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FACULDADE – UNINASSAU

CURSO DE RADIOLOGIA
FRANCELMA AMENARTHAS MARTINS DA COSTA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

BELÉM – PA
2018
FRANCELMA AMENARTHAS MARTINS DA COSTA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

Relatório de Estágio Supervisionado


da Faculdade UNINASSAU como
requisito avaliativo da disciplina
Estágio, do curso de Radiologia.

BELÉM – PA
Janeiro de 2018
LISTA DE SIGLAS, SÍMBOLOS E ABREVIATURAS

AP- Incidência Anteroposterior


CC - Crânio-Caudal
CCLE - Crânio Caudal Lateral Esquerda
DV - Decúbito Ventral
DV - Decúbito Ventral
DLD - Decúbito Lateral Direito
DD - Decúbito Dorsal
DLE - Decúbito Lateral Esquerdo
ML - Medial-Lateral
OBL - Incidência Oblíqua
OML - Obliquo Medial-Lateral
PA - Incidência Posteroanterior
PACS – Sistema de Comunicação e Arquivamento
PF - Incidência de Perfil
RC - Raio Central.
RM – Ressonância Magnética
TC – Tomografia Computadorizada
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO................................................................................................................... 04
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 06
2.1 Objetivo Geral.................................................................................................................... 06
2.2 Objetivo Específico............................................................................................................ 06
3. INSTITUIÇÃO ................................................................................................................... 07
4. DESENVOLVIMENTO...................................................................................................... 08
4.1 A ORIGEM DOS RAIOS X...............................................................................................08
4.2 RADIOGRAFIA CONVENCIONAL............................................................................... 08
4.3 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA....................................................................... 10
4.4 MAMOGRAFIA................................................................................................................ 12
4.5 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA....................................................................................... 14
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................... 17
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 18
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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório é referente às atividades profissionalmente acadêmicas ocorridas


em clínicas particulares, a exemplo da clínica ACCEB, onde o aluno pode exercer com
competência, ética e disciplina as funções de estagiário na supervisão de profissionais e
professores especializados na área Radiológica, tendo por específicos setores, tais como:
Radiologia Convencional, Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e
Mamografia. Na supervisão do preceptor Fábison dos Santos e da coordenadora de estágio
Rosana Sarmento.
O objetivo do trabalho é apresentar e explicar cada área radiológica que foi exercida
pelos alunos em seu período de estágio supervisionado.
As áreas da Radiologia relacionadas a este trabalho tem por objetivo auxiliar na
saúde das pessoas, utilizando equipamentos que possam revelar o interior do corpo humano
ajudando no diagnóstico de doenças.
A Radiologia Convencional utiliza feixes de raios X, onde os mesmos incidem no
objeto - corpo humano – fazendo com que revele no filme radiográfico, além das estruturas
anatômicas, alguma patologia, a exemplo das fraturas ósseas.
A Tomografia Computadorizada tem o mesmo principio da Radiografia
Convencional na questão da utilização de feixes de raios X provenientes da ampola presente
no equipamento do mesmo. Ao colidir com as estruturas anatômicas humanas, é formada
então, a imagem radiológica digital que pode ser visualizada na tela de um monitor de
computador.
No princípio do exame de Mamografia também são utilizados feixes de raios X sobre
a mama para examinar o tecido mamário, contribuindo também no tratamento e diagnóstico
de doenças.
Na Ressonância Magnética é utilizada uma máquina que contém um campo
magnético para a formação das imagens anatômicas. A emissão de pulsos de radiofreqüência
provindos das bobinas que fazem parte do conjunto da máquina e equipamentos magnéticos,
ao colidirem com os prótons de hidrogênio presente no corpo humano faz com que a imagem
interior do corpo seja criada e visualizada na tela de computador para ser avaliada por um
profissional da área.
A referência sistemática foi a metodologia utilizada neste relatório. Foram
necessários pesquisas em sites científicos, tais como O SciELo (Scientific Eletronic Library
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Online), LILACS (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), BVS


(Biblioteca Virtual em Saúde), livros, artigos e dentre outros.
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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral


Apresentar as áreas da Radiologia que fizeram parte como atividades desenvolvidas do
estágio supervisionado.

2.2 Objetivos Específicos


Citar cada uma delas: Radiologia Convencional, Tomografia Computadorizada,
Mamografia e Ressonância Magnética.
Explicar a aplicabilidade e funcionamento das mesmas.
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3 INSTITUIÇÃO

A clínica ACCEB é uma instituição particular que oferece espaço e oportunidade de


ensino para acadêmicos que estão em formação na área da Radiologia onde possuem a
necessidade de cumprir com profissionalismo e eficiência cada etapa do estágio
supervisionado, sendo este uma parte fundamentalmente complementar da grade curricular
que pertencente à Faculdade UNINASSAU. A sua estrutura física fica localizada na Travessa
Dr Enéas Pinheiro, no Bairro do Marco, na cidade de Belém - PA, no CEP 66095-100.
A ACCEB possui um ambiente organizado que fornece diversas áreas no âmbito da
saúde, tais como: Cardiologia, Clínica Geral, Oftalmologia, Neurologia, Pediatria,
Odontologia, Tomografia Computadorizada, Mamografia, Ressonância Magnética Nuclear,
Raios X, Colonoscopia, Teste Ergométrico, Endoscopia e dentre outros. A Clínica também
tem convênio com a Good Paz, FASEP, FUZEX SAÚ e outros. Seu horário de funcionamento
são das 7:00h às 18:00h de Segunda a Sexta.
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4 DESENVOLVIMENTO

4.1 A ORIGEM DOS RAIOS X


Durante a evolução da ciência no decorrer dos anos, houve uma grande descoberta que
mudaria e influenciaria significativamente o ramo da medicina, sendo então uma enorme
importância e utilidade à área. A descoberta dos raios X, em 1895, por Wilhelm Conrad
Roentgen (1845-1923) (NOBREGA, 2015).
Roentgen nasceu em 27 de março de 1845 na cidade de Lennep, na Alemanha, mas
aos 3 anos de idade mudou-se para a Holanda, onde se naturalizou, estudou até concluir o
ensino médio, graduou-se em Engenharia Mecânica, fez especialização em Matemática e
dentre outras atividades no ramo da ciência. Dedicou sua vida acadêmica ao ensino à Física
experimental. Foi no meio de suas experiências que descobriu os raios X. Existiram outros
cientistas que precederam a descoberta dos raios X. Como o físico e químico Michael Faraday
(1791 – 1867), o físico e matemático James Clerk Maxwell (1831- 1879), o mecânico Johann
Heinrich (1815-1879), o químico e fisico William Crookes (1832 - 1919), o físico Heinrich
Hertz (1857-1894) e dentre outros (NOBREGA, 2015).
Com a evolução da ciência e estudos científicos houve criações importantes de
máquinas, equipamento e acessórios voltados para a área da radiologia. A Radiologia
convencional foi o inicio de uma grande era tecnológica.

4.2 RADIOLOGIA CONVENCIONAL


A Radiologia Convencional é um exame utilizado amplamente em clínicas e hospitais
de diversos países, contribuindo para o acompanhamento de tratamentos e diagnósticos de
doenças, tais como as fraturas ósseas e doenças pulmonares. A Radiologia Convencional fez
parte de uma das atividades desenvolvidas durante o estágio supervisionado na clínica
ACCEB. No setor desta área há o aparelho de raios X da marca CR 30 XM Figura 1, onde o
mesmo consiste em possuir um tubo de raios X, mesa, bucky mural, console de operação,
transformador de alta tensão, carcaça, colimador, grade, leitora CR 30 – XM, impressora Fugi
Film DRY DIX SMART e filme radiográfico.
Interiormente ao tubo de raios X existe uma peça chamada de ampola feita com
material de vidro. Nela os raios X são produzidos. Na Física Radiológica, a ampola possui
dois pólos: o pólo negativo (catodo/cátodo) onde são produzidos os elétrons e o pólo positivo
(anodo/ânodo), onde são atraídos os feixes de elétrons. No catodo, é formada uma nuvem de
elétrons provenientes do filamento de tungstênio, devido uma corrente elétrica exercida sobre
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o mesmo. Os feixes de elétrons deslocam-se para o anodo, provindos de uma DDP (diferença
de potencial), colidindo com a superfície alvo de tungstênio, formando os raios X. Esta
formação consiste quando os feixes de elétrons provenientes da ampola de vidro atingem os
elétrons da camada mais interna que encontram-se nos átomos presentes no alvo de
tungstênio. Ao colidirem-se, os elétrons da camada mais interna saltam para a camada mais
externa e em seu retorno à camada de origem libera-se, então, energia na forma de raios X.
Durante a emissão dos raios X, eles deslocam-se em variadas direções dentro da ampola,
contudo existe uma janela por onde eles saem e são regulados pelo colimador no momento da
realização do exame. Os raios X ao serem incididos diretamente ao objeto (paciente) eles
podem ultrapassar ou não o mesmo, chegando à película radiográfica, formando assim a
imagem latente. É utilizado o sistema de processamento automático em que a imagem latente
torna-se em imagem radiográfica (imagem visível) na película, onde a região escurecida é o
local menos denso e que foram atingidos em maior quantidade os feixes de raios X e a região
mais clara é a mais densa, onde os raios X foram absorvido por estruturas ósseas do corpo ou
dos órgãos.
A mesa é utilizada para posicionar o paciente no momento da realização do exame. Há
inúmeras posições para este fim, tais como: (AP) Incidência Anteroposterior, (PA) Incidência
Posteroanterior, (PF) Incidência de Perfil, (OBL) Incidência Oblíqua, (DV) Decúbito Ventral,
(DLD) Decúbito Lateral Direito, (DD) Decúbito Dorsal, (DLE) Decúbito Lateral Esquerdo e
(RC) Raio Central. O ponto positivo é que através desse exame pode servir de complemento a
outros exames para fechar um diagnóstico de doença a ser investigada. Já o ponto negativo é
que a emissão de radiação ionizante é um risco à saúde humana quando a mesma for emitida
de maneira fora dos padrões de quantidades de radiação a serem absorvidas pelo corpo.

Figura 1: Setor e parelho de Raios X Convencional CR 30 XM.

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA (2019).


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4.3 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA


A Tomografia Computadorizada é um tipo de exame que serve para diagnóstico das
partes e estruturas internas do corpo humano através de imagens de cortes anatômicos, onde
resulta na diferença de contrastes provenientes da absorção da quantidade de feixes de raios X
pelo corpo em função da característica dos tecidos. Possui o mesmo princípio físico da
radiologia convencional na questão da formação dos raios X. Antes da realização do exame é
necessária uma entrevista com o paciente, por ter um papel relevante neste método, pois
através da entrevista pode-se obter informações que o levaram à indicação desse
procedimento. Após isto, é necessário a preparação do paciente para o exame propriamente
dito para depois haver o processamento, documentação de imagens e análise do exame.
A composição típica do setor de Tomografia Computadorizada são: o Gantry Bright
Speed GE (tubo detector), mesa, console de operação, impressora Komica Minolta Dez Hub
C258, monitor e acessórios de posicionamento para a cabeça, os braços, os joelhos e os pés.
Os equipamentos que complementam este setor são: impressora, estação de trabalho
(Workstation), bomba injetora de contraste, monitor, gravadora de DVD, sistema de
comunicação e arquivamento (PACS) Figura 2 e 3.
O Gantry é o local onde vão ficar os componentes relacionados a aquisição da imagem
e primeiros processamentos da informação física (raios X). É onde ocorre a emissão e
detecção dos raios X. O tubo possui alta capacidade térmica. Detectores e cintiladores
também fazem parte da composição do Gantry, sendo que cada arco de detectores possuem
células detectoras que em conjunto formam o canal detector. Possui também colimadores de
feixe tanto da fonte (pré-colimadores) quanto dos detectores (pós-colimadores), conversor
analógico-digital, sistema de refrigeração do tubo de raios X (radiadores, ventoinhas, dentre
outros), motores, geradores de tensão medido em volt e kilovolt. O aparelho possui também
uma abertura circular (60cm - 70cm) onde é colocado o paciente e luzes de posicionamento.
Assim como o painel de comandos manuais que controla o movimento da mesa, angulação do
Gantry, ativação dos eixos de centralização e possui botão de desconexão de emergência.
Os detectores presentes no Gantry convertem os raios X em fótons luminosos para
medir a radiação que atravessou o paciente. O fato de conter detectores menores permite ao
exame ter a capacidade de produzir imagens de até 0,5mm de espessura.
O painel de controle é composto pelo teclado, monitor e mouse. É a partir dele que se
faz planejamento do exame a exemplo da seleção dos protocolos. Faz-se também o registro de
dados dos pacientes, reconstruções de imagens mais ou menos sofisticadas. A partir da sala de
comando é possível a comunicação bilateral entre o paciente e o operador profissional da
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radiologia. Existem protocolos para cada estrutura anatômica do corpo do paciente, tais como:
crânio, órbita, sela turca, ossos temporais, seios da face, pescoço, tórax alta resolução, tórax
rotina, tórax para pesquisa de tromboembolismo pulmonar, abdômen superior, abdômen total,
pelve, coluna cervical, coluna torácica (dorsal), coluna lombar, bacia (pelve óssea), quadril,
joelho, patela, tornozelo, pé, ombro, cotovelo, punho e dentre outros.

Figura 2: Setor da Tomografia Computadorizada - Gantry Bright Speed GE.

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA (2019).


Figura 3: Aparelho de Tomografia Computadorizada- Gantry Bright Speed GE e o aparelho de O2.

Fonte: AUTORIA PRÓPRIA (2019).


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4.4 MAMOGRAFIA
A mamografia é um método de diagnóstico uniplanar, invasivo, que se utiliza das
propriedades dos raios X para a formação de imagens radiográficas da mama, objetivando o
diagnóstico precoce do câncer de mama. Sendo utilizada também em precirúrgico na
localização de área suspeita, serve como guia de agulhas para biópsia, avaliação de massas da
mama palpáveis ou não. A anatomia externa da mama é de situação ventral, na região da
parede torácica anterior e lateral, estando posicionada entre a 2ª e 6ª costela, possui forma
cônica, cobrindo o músculo peitoral maior e partes do músculo serrátil anterior e obliquo
externo. Possui também prolongamento axilar que vai desde a faixa de tecido que envolve o
músculo peitoral lateralmente e se estende até a axila. Então, resumidamente a mama é um
conjunto de glândulas mamárias, gordura, vasos sanguíneos, nervos e linfáticos, dentro de
uma estrutura de sustentação.
Existem 4 padrões na classificação das mamas. Padrão 1: Mamas adiposas com
substituição adiposa total; Padrão 2: Mamas predominantemente adiposas com substituição
adiposa maior que 50%; Padrão 3: Mamas parcialmente substituída, mas com predomínio de
tecido fibroglandular e Padrão 4: Mamas densas sem substituição adiposa considerável. Os
fatores de risco para o câncer de mama é maior no sexo feminino, quando a mulher tem a
menarca precoce, na menopausa devido a diminuição hormonal, em nuliparidade,
antecedentes familiares – principalmente a mãe- obesidade, dieta gordurosa, tabagismo,
exposição a fatores carcinogênicos e dentre outros.
O mamógrafo automatizado é por marca ALFHA RT Figura 4 (A) e (B), sendo
composto pelo tubo de raios X, anodo, catodo, ponto focal da janela, colimadores,
compressor, grade, cassete ou chassi, ampola, écran, leitora CR 30 – XM, impressora Fugi
Film DRY DIX SMART e dentre outros. A ampola converte energia elétrica em fótons de
raios X. O anodo pode ser de Molibdênio, de Prata, Rádio ou da combinação destes com
outros metais, o Tungstênio. O colimador delimita o campo de radiação, onde o mesmo pode
ser automático ou manual. O cone expõe um volume menor de tecido ao feixe de radiação e
diminui a quantidade de radiação dispersa (radiação secundária).
A Janela é feita de berílio. É uma abertura no tubo através da qual o feixe de raios x
incide sobre a mama, permitindo somente os fótons “ideais” incidam sobre o tecido mamário.
O mamógrafo também tem um dispositivo de compressão ou compressor feito de um material
resistente que não interfere na imagem. A manutenção para a compressão sobre a mama pode
ser automática, através de pedal ou botões laterais no aparelho ou manual. Os modos de
operação podem ser automático, semi-automático e manual.
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Quanto ao preparo, o paciente deve usar roupas apropriadas. Durante a realização do


exame, pode-se pedir que o paciente não use, hidratante, desodorante, talco, perfume, cremes
nas mamas ou axilas, pois essas substâncias poderão deixar resíduos que interferirão nos
resultados. É necessário levar os exames anteriores de mamografia.
Na ficha de anamnese é importante conter o nome do paciente; data; idade; telefone;
estatura; peso; a indicação do exame se é caso de rotina, de suspeita de nódulo e controle;
quantas gestações; qual idade das gestações; se há casos de câncer na família, se lado paterno
ou materno; vícios; quando parou de menstruar, com quantos anos; submissão cirúrgica; uso
de medicação, tais como: anticoncepcional oral/injetável, substituição hormonal e dentre
outros.
A mamografia é realizada em um equipamento de raios-X especialmente projetado
para esta finalidade, no caso, o mamógrafo. Normalmente, o médio solicita duas ou mais
radiografias de cada mama. A compressão é importante, pois proporciona uma mamografia
clara e detalhada, devido a redução do espaço entre a suposta lesão e o filme. Deve-se
comprimí-las ligeiramente, até que elas fiquem com uma espessura mais uniforme.
As incidências utilizadas na mamografia são: Crânio-Caudal (CC), Medial-Lateral
(ML), Obliquo Medial-Lateral (OML), Crânio Caudal Lateral Esquerda (CCLE). Existe
também a mamografia com implante mamário de incidência crânio-caudal com a técnica de
pinçamento.
Apesar de pouco freqüente, a mama masculina também pode ser acometida por doença
maligna que se expressa radiologicamente com as mesmas formas que na mama feminina
(microcalcificações, nódulos e dentre outros).

Figura 4 (A): Mamógrafo Automatizado (B): Painel de comando

Fonte: Autoria Própria Fonte: Autoria Própria


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4.5 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA


É um método de estudo do corpo muito complexo que produz imagens de uma
definição impressionante dos tecidos do organismo de modo a diferenciar com detalhes
muitas estruturas com bastante clareza. Como o próprio nome diz, é uma técnica que utiliza os
princípios físicos da ondulatória (ressonância) e magnetismo (campos magnéticos). A
ressonância magnética é um método não invasivo e amplamente utilizado para diagnóstico de
lesões neurológica, esquelético-musculares e dentre outros, possuindo duas vantagens
essenciais, tais como um alto poder de resolução entre os tecidos e não produz efeitos
adversos como os das radiações ionizantes utilizadas em Raios X, Tomografia
Computadorizada e outros.
A Ressonância Magnética Nuclear é um fenômeno que na medicina produz imagens
matematicamente reconstruídas a partir da troca de energia entre os núcleos de átomos de
Hidrogênio com ondas eletromagnéticas provenientes de campos magnéticos oscilatórios
associados a pulsos de radiofreqüência.
Antes de adentrar-se ao estudo da Ressonância Magnética, é necessário entender o
princípio atômico e fazer a descrição geral dos elementos e seus princípios físicos.
Átomo é uma palavra de origem grega que significa indivisível. É considerado a
menor unidade de um elemento químico. Estruturalmente é considerado como o sistema solar,
onde a reunião de prótons juntamente aos nêutrons seriam o sol e os elétrons que circunda
este núcleo, os planetas. O núcleo é formado por partículas com cargas positivas e neutras.
Os de cargas positivas são os prótons e as partículas sem cargas são os nêutrons. A massa do
átomo é formada pela reunião dos prótons com os nêutrons. Os elétrons possuem cargas
negativas e giram em torno do núcleo, então quando o número de elétrons é equivalente ao
número de prótons mais os nêutrons, considera-se que o átomo está eletricamente estável,
contudo quando o número de elétrons é diferente (para menos ou para mais) do número de
prótons e nêutrons, este átomo torna-se instável passando a se chamar de íon.
Em 1766, Henry Cavendish descobriu o átomo de hidrogênio através da decomposição
da água, mas somente Lavoisier denominou de hidrogênio. Este átomo possui 3 isótopos:
prótio, deutério e trítio. O prótio possui um próton no núcleo e é o elemento mais abundante
na natureza. O nosso corpo é feito em sua maior parte por água, portanto, por prótio
(hidrogênio), por isso a ressonância magnética utiliza esse elemento para formar as imagens.
Os átomos possuem três movimentos intrínsecos: os elétrons girando ao redor do seu
próprio eixo, os elétrons girando ao redor do núcleo e os elementos do núcleo (prótons e
nêutrons) girando ao redor deles mesmos. O momento angular é justamente quando ocorre
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este giro em torno do seu próprio eixo, denominando-se de spin. Quando acontece este
movimento de giro em torno do seu próprio eixo - próton de hidrogênio -, cria-se um campo
magnético neste átomo (momento magnético), transformando-se em um pequeno ímã, então a
formação da imagem por ressonância magnética surge da interação destes pequenos campos
magnéticos dos prótons de hidrogênio com outro campo magnético maior que seria o aparelho
de Ressonância Magnética (RM).
Naturalmente no organismo humano, os prótons de hidrogênio estão girando
aleatoriamente em torno do seu próprio eixo, mas quando o paciente se submete ao exame de
RM estes prótons de hidrogênio alinham-se de acordo com o campo magnético maior que
provém do aparelho, formando então a imagem por Ressonância Magnética, e esta formação,
dependerá também de outros fatores físicos como a emissão dos pulsos de radiofreqüência
provenientes das bobinas.
No setor de RM existem os componentes básicos do aparelho de Ressonância da
marca Signe Profili - 0.2 - Tesla da GE, tais como: o magneto principal, emissor e receptor de
radiofreqüência (bobina de radiofreqüência) denominada também de bobina corpo, as bobinas
de superfície, impressora Komica Minolta Dez Hub C258, computador, mesa de comando e
os gradientes, identificados por X, Y e Z Figura 5.
As bobinas de gradiente são utilizadas para criar um gradiente de campo magnético
para gerar uma diferenciação espacial nos sinais emitidos da região de interesse do paciente.
As bobinas de gradiente são em três direções X, Y e Z. Formado por três conjuntos de
bobinas posicionadas ortogonalmente. O plano axial é formado pela bobina Z, o plano sagital
é formado pela bobina X e o plano coronal é formado pelo Y.

Figura 5: Posição dos componentes de um equipamento de RM.

Fonte: WERLANG; BERGOLI; MADALOSSO (2009).


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As bobinas receptoras são ou de radiofreqüência são: bobina de corpo (body); torso


(abdômen, tórax, coxa, pelve, perna, quadril); head (crânio em geral, angio de crânio);
Nvarray (pescoço, plexo braquial, carótida e dentre outros); joelho (joelho, tornozelo, mão e
outros); colunas (cervical, dorsal, lombar); múmia (angio de aorta total e membro inferior);
gpflex (cotovelo e quadril infantil); coração; mama; punho; prótata; ombro;
É necessário que a sala seja adequada, com blindagem (blindagem de radiofreqüência),
na área da ressonância magnética, pois o campo da mesma pode sofrer interferências externas.
A blindagem deve ser feita de material condutor (cobre ou alumínio) que pode impedir a
entrada de campos eletromagnéticos e eletrostáticos. Serve também para proteger as pessoas
que estão por perto, assim como os cartões de crédito, televisores, computadores, monitores,
clips, marcapassos, próteses e outros.
Antes do paciente ser submetido ao exame de RM, ele passa pela etapa de triagem sob
os cuidados do profissional tecnólogo, médico, biomédicos e enfermeiros. É necessário um
questionário para manter a segurança do paciente, tais como: se realizou cirurgia, se fez radio
ou quimioterapia, se já foi submetido à tomografia ou ressonância, se possui alergia a
medicamentos e a contraste, qual idade e peso, possui marcapasso ou prótese, e diabético ou
hipertenso e dentre outros. As contra indicações da ressonância magnética são para gestantes
no primeiro trimestre, pacientes com marcapassos, pacientes com projeteis ou estilhaços pelo
corpo, com clips ou clautrofóbicos e também com implantes ou próteses.
Os principais implantes ou próteses que geralmente se usam são os clipes vasculares
intracranianos, guias, filtros e stents intravasculares. Também as valvas cardíacas, implantes
penianos, oculares e otológicos.
O setor de RM também possui placas sinalizadoras de advertência para a proteção do
paciente e de quem circula pelo local de trabalho.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho é importante para a conclusão do estágio supervisionado da instituição


de ensino UNINASSAU do curso de ensino superior em Radiologia, servindo para contribuir
com o conhecimento acadêmico e profissional nos assuntos abordados, tais como: Radiologia
Convencional, Tomografia Computadorizada, Mamografia e Ressonância Magnética,
permitindo, então, uma maior compreensão de cada tema abordado para aprimoramento
acadêmico. É importante para o profissional da área de Radiologia ter conhecimentos em cada
setor, pois é de grande utilidade à ciência e no bem-estar de cada um dos pacientes, sendo
necessário agir sempre com respeito, domínio de conteúdo, segurança, confiança, agilidade e
profissionalismo com os pacientes e equipe de trabalho.
Faz-se de suma importância tal aprendizado para que o aluno já sendo um futuro
profissional possa se adentrar ao mercado de trabalho com competência e qualidade na área
radiológica. É importante também que o aluno seja interessadamente envolvido nas atividades
do estágio e ter uma boa relação eticamente com os seus supervisores. Sabe-se que o
conhecimento está disponível a todos, mas é preciso sempre buscá-lo.
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REFERÊNCIAS

NOBREGA, Almir Inacio da; Tecnologia Radiológica e Diagnóstico Por Imagem – Guia
Para Ensino e Aprendizado; Volumes: 1, 2, 3 e 4. 5ª Ed. São Paulo, 2015.

WERLANG, Henrique Z; BERGOLI, Pedro Martins; MADALOSSO, Ben Hur; Manual


do Residente de Radiologia. 2ª Ed. Rio de Janeiro, 2009.

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