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Nome: Daniel Safara

Número de aluno: 42268

Professor: Mário Marques

Mestrado em Ensino da Música


Trabalho final

Didática Especifica Ensino Vocacional De Música

Ano Letivo 2018/2019

Contextualização Histórica
O Piano teve a sua primeira referência publicada em 1711 e foi dos instrumentos mais
importantes a ser utilizado por grandes músicos e compositores da História da Música.
Bartolomeu Cristofori foi um fabricante Italiano de cravos, mas mais conhecido como o inventor
do Piano.
Em 1690, mudou-se para Florença a convite do príncipe Fernando de Médici onde teve a
oportunidade de trabalhar com músicos e fabricantes de instrumentos musicais.
O seu primeiro projeto foi lançado em 1698 e apresentou o seu primeiro cravo modificado em
1702.
Em 1709 o inventor apresenta o seu primeiro piano nos moldes primitivos dos de hoje.
Cristofori queria desenvolver uma maior dinâmica de som, visto que o cravo não permitia fazer
diferenças dinâmicas nem de intensidades de som.
Por esses motivos Cristofori procurou idealizar uma evolução a partir do cravo, um instrumento
bastante parecido com o piano, mas com as suas diferenças.

Algumas diferenças entre Piano e Cravo

Piano Cravo
Possui cordas que vibram acionadas por Teclas mais finas, as cordas não recebem
teclas impacto
O sistema mecânico faz com que as cordas Os sistemas mecânicos das cordas são
recebam o impacto de um martelo e pode “beliscadas” impede que o executante mude
controlar a forçar com qual a corda é a intensidade do som
percutida
O piano possui 88 teclas e mais os pedais, A extensão do teclado é inferior á do Piano e
que servem para prolongar, suavizar e até Sem pedais
abafar a vibração das cordas.

Piano Partes, Funções e Funcionamento

O piano como já referido possui 88 teclas apresentando teclas brancas e pretas, feitas de
madeira.
As teclas brancas são revestidas de marfim ou material plástico e as pretas são revestidas em
ébano, sendo que as pretas formam grupos de duas e três teclas.

Cordas

As cordas do piano se dividem em três grupos: graves, médias e agudas.


As graves são cordas mais grossas e são revestidas em cobre, chamadas de bordões.
As cordas graves são as mais longas, diminuindo gradativamente de tamanho à medida em que
vão ficando menos graves.
As notas mais graves apresentadas no canto esquerdo do teclado, são produzidas cada uma
delas, por uma corda.
As notas menos graves são produzidas, cada uma delas por duas cordas.
As cordas médias são mais finas que as cordas graves e continuam diminuindo de comprimento
á medida em que vão ficando mais agudas.
Cada nota média é produzida por três cordas, isso para obter maior volume e para tornar o
timbre mais rico e a afinação delas não é absoluta, o que produz sistemas complexos de
batimentos lentos, enriquecendo o timbre.
As cordas agudas são finas e feitas de aço, de comprimento pequeno, continuando a diminuir
em tamanho até chegar a mais aguda.
As notas agudas ficam no lado direito do teclado e cada uma delas é produzida também por três
cordas.
As cordas são dispostas de uma forma cruzada sendo, as cordas graves passam por cima das
cordas médias e agudas, desta forma permite-se usar cordas graves longas sem precisar
aumentar ainda mais o tamanho do instrumento.

Martelos
Os Martelos são feitos de madeira e revestidos por feltro.
Nas notas graves cada martelo bate em um bordão, nas notas médias-graves cada martelo bate
em dois bordões e nas notas médias e agudas cada martelo bate em três cordas.
Nos pianos verticais os martelos estão na vertical e nos pianos de cauda eles estão na
horizontal.

Função: Os martelos servem para bater nas cordas de maneira a que elas vibrem, produzindo
assim o som.

ESTRUTURA

A estrutura do piano é feita geralmente de madeira (carvalho ou outros tipos de madeiras), ferro
e barras de aço, podem ser vistos na parte de trás de um piano de armário ou na parte de baixo
de um piano de cauda.
Função: Ajuda a suportar a tensão das cordas de aço.

TÁBUA HARMÔNICA

Chamada de “Alma” do piano, é uma madeira larga corta em forma de diafragma.


A tábua harmônica fica por baixo das cordas nos pianos de cauda e por trás das cordas nos
pianos verticais.
Ela é pressionada pelas cordas, através dos cavaletes, forçando-a a vibrar junto com elas,
aumentando assim o volume de som do piano.
Tiras ou ripas de madeira são coladas por baixo da tábua harmônica, adicionando força e
ajudando a sustentar a pressão.
Função: Aumentar o volume do piano.

CEPO

O Cepo fica montado por cima da Tábua Harmônica no piano vertical e no piano de cauda fica á
frente, normalmente está escondido inteiramente ou parcialmente no instrumento.
É feito de diversas fatias de madeira duras e cortadas em várias posições em relação ao seu
veio da madeira.
É onde mais tarde vão ser colocadas sob pressão, as cravelhas do piano, as quais sustentaram a
afinação.

Função: Prender as cravelhas, sustentando a afinação.

CHAPA DE AÇO

É uma estrutura feita de várias ligas de aço, ferro e outros minérios, onde ficam os pinos de aço
que prendem as cordas do outro lado das cravelhas.
A tensão total das cordas fica por volta de dez toneladas nos pianos verticais e dezoito ou mais
toneladas nos pianos de cauda.
Prendendo as cordas na chapa de aço evita-se que o instrumento deforme por causa da tensão
das cordas.

Função: Prender as cordas evitando que o instrumento deforme e que as cordas fiquem
folgadas ou soltem, sustentando a afinação
SISTEMA GERAL, MECÂNICA E FUNCIONAMENTO

Cada corda é fixada na cravelha, que está presa no cepo e assim elas passam por baixo de uma
barra guia de aço na chapa, passa pelos cavaletes da tábua harmônica (onde pressiona a tábua
e amplifica o som), indo terminar cada uma em um pino de aço fortemente fixado na chapa,
onde se dá um nó especial para evitar que ela se alargue ou solte ao ser esticada ao máximo.
Em alguns pianos essa corda pode não ser fixa nesses pinos, mas fazer o retorno pelo caminho
ao lado, passando de volta pelo cavalete, pela barra guia e terminando novamente à cravelha
adjacente à corda que
originalmente saiu.
Mecânica - conjunto de dispositivos mecânicos responsáveis pela produção e extinção das
vibrações das cordas do piano.
Funcionamento – Ao apertar uma tecla, o martelo acoplado a ela bate nas cordas
correspondentes e depois volta imediatamente para trás, graças ao mecanismo de escape.
Simultaneamente o abafador correspondente afasta-se dessas cordas, deixando-as livres. Sendo
percutidas pelo martelo, as cordas vibram produzindo o som.
Ao soltar a tecla apertada, imediatamente o abafador correspondente volta para a sua posição
de repouso sobre as cordas, impedindo que elas continuem vibrando, parando assim o som.

PEDAIS

O piano pode ter dois ou três pedais.


O pedal esquerdo é chamado de “una corda”.
No piano de cauda, ao se apertar esse pedal todo o mecanismo do piano desloca-se
ligeiramente para a direita – teclado, martelos e abafadores.
Assim, nas notas médias e agudas, em vez do martelo bater em três cordas, baterá em apenas
duas; nas notas médio-graves, em vez de bater em duas cordas, baterá em uma apenas; e nos
bordões graves baterá descentralizado.
No piano vertical, ao se apertar esse pedal todos os martelos se aproximam mais das cordas.

Função: Diminuir o volume e modificar o timbre dos sons.

O pedal direito é chamado de “pedal de sustentação” – ele faz com que todos os abafadores ao
mesmo tempo se desencostem das cordas, deixando-as livres.
Desta forma os sons se prolongam, melhorando o legato e enriquecendo o timbre, pois ao tocar
uma nota outras cordas vibram levemente por simpatia, produzindo harmônicos.

Função: Prolongar os sons, melhorar o legato e enriquecer o timbre com os harmônicos de


outras cordas.

Ao apertar os abafadores que já estavam desencostados das cordas permanece assim a


possibilidade da prolongação de uma nota ou acorde grave enquanto se utilizam ambas as
mãos no registo médio e agudo.
Nos pianos verticais o pedal do meio chama-se “pedal de estudo”.
Ao pressionar o pedal pode ser encaixado no entalhe que o deixa preso em baixo, uma cortina
de feltro desce
posicionando-se entre os martelos e as cordas, diminuindo muito o volume dos sons.

Função: Prolongar uma nota ou acorde grave enquanto se utilizam ambas as mãos no registo
médio e agudo (nos pianos de cauda) e diminuir muito o volume dos sons ao se estudar (nos
pianos verticais).

A IMPORTANCIA DE AQUECER E ALONGAR ANTES DE TOCAR


O piano moderno possui 88 teclas. As teclas são brancas e pretas, feitas de
Cada instrumento musical possui uma forma diferente de tocar e cada um tem sua
particularidade.
Alongar e aquecer antes de tocar é bom para prevenir problemas no futuro e é extremamente
gratificante para prevenir as terríveis tendinites.
É essencial que os músicos se preparem fisicamente para a atividade instrumental e terem
conhecimento e consciência de aplicarem alguns exercícios de aquecimento e de alongamento.
A prevenção passa pela adoção de posturas corporais corretas, pela realização de exercícios de
aquecimento e alongamentos antes de iniciar a atividade, para preparar o corpo para o esforço
que lhe vai ser exigido e pela realização de exercícios de alongamento no final da atividade para
libertar a tensão e relaxar a musculatura, envolvida no esforço.
No entanto, os músicos para prevenirem lesões não é suficiente apenas praticarem exercícios de
alongamento e ouvirem o melhor som que podem extrair do instrumento, mas sim devem
adquirir maior consciência corporal, observando-se a si próprio.
Os exercícios de aquecimento podem reduzir o risco de dor muscular, e até mesmo reduzir a
possibilidade de lesões.
Fazer exercícios é benéfico para aumentar a temperatura do músculo, o que melhora a
eficiência do mecanismo muscular.
Do mesmo modo, eles produzem melhorias nas articulações e nos movimentos devido ao
aumento da circulação sanguínea.
Em seguida, apresento exemplos de exercícios de aquecimento que devem ser realizados
corretamente, pois a execução incorreta de mobilidade e de exercícios de alongamento durante
várias sessões pode tornar-se numa influência negativa e no bem-estar do músico.

Postura ao Piano

A postura tem de ser correta e consiste no alinhamento do corpo com eficiências fisiológicas e
biomecânicas máximas, o que minimiza o stress e a sobrecarga sofridas pelo sistema
musculosquelético pela ação da gravidade.
É a posição do corpo que envolve o mínimo de sobrecarga das estruturas com o menor gasto de
energia para o máximo de eficiência na sua utilização.
Permite máxima eficiência com mínimo esforço e varia de indivíduo para indivíduo.
Para alcançar as extremidades do piano, seja para a esquerda ou para a direita, deve-se inclinar
o corpo para os lados, para chegar mais facilmente aos registos de todo o teclado.
Abrir a asa do braço ajuda a alcançar a extremidade do piano de forma a atingir maior
amplitude.
Não se deve girar o quadril ou os ombros.
Virar o corpo em vez de inclinar, irá fazer com que as mãos fiquem posicionadas erradamente
sobre o teclado do piano, o que irá prejudicar a performance.

1.Tocar com peso e não com força:


- Não se deve colocar força nos dedos. Para pressionar as teclar deve-se usar o peso do braço.
- Projetar o peso do braço para a ponta de seus dedos que irão tocar as teclas do piano
utilizando este peso.
- Pressionar as teclas colando força nos dedos irá dificultar a aprendizagem, além de causar
dores e problemas mais graves de articulação.

2. Manter os pulsos flexível:


- Não deixar os pulsos com tensões ou rígidos.
- Ter um bom movimento do pulso é indispensável para conseguir um som perfeito no piano.
- Imaginar que os pulsos são amortecedores de carro.
- Algumas vezes será mais estático, outras mais suaves, mas nunca rígido e tensionado.
- Com o pulso tensionado não se consegue fazer movimentos mais rápida ou lentos.

3. Inclinar o corpo em vez de virar:


- No piano para alcançar as extremidades tanto para a esquerda ou para a direita, deve-se
inclinar o corpo para os lados, quando mais longe mais inclinado tem que ficar.
- Deve ter a asa do braço aberta para ajudar a alcançar melhor a extremidade do piano.
- Não girar o quadril ou o seu ombro.
- Virar o corpo, em vez de incliná-lo, irá fazer com que suas mãos fiquem posicionadas
erradamente sobre o teclado do piano, o que irá prejudicar a sua performance.

4. Alinhar os dedos, pulsos e cotovelos:


- Os cotovelos não devem ficar nem em abaixo nem acima dos dedos.
- É importante focar o dedo mindinho e alinhar com os pulsos e ao mesmo tempo os cotovelos.
- Isto significa que não se deve levantar ou abaixar os ombros, o que facilmente iria dificultar
este alinhamento.
- Manter este alinhamento irá facilitar ter as mãos posicionadas corretamente.

5. Tocar com a ponta dos dedos:


- Especialmente o dedo mindinho é preciso redobrar a atenção para que use a ponta dos dedos.
- É importante não ter as unhas grandes porque dificulta a posição.
- Especial atenção em tocar com ponta dos dedos.

6. Manter os dedos curvados:


- Manter os dedos curvados de forma que a mão fique de forma côncava.
- Assim, irá conseguir movimentá-los corretamente e distribuir o peso do braço.
- Mudar a posição dos dedos, pode prejudicar articulação.

7. Manter os polegares retos:


- Não é possível manter o polegar com a mesma posição dos outros dedos.
- Utilizar a parte lateral do polegar no teclado do piano.
- Se tocar com a ponta do polegar, significa que sua mão está levantada de mais e não está na
posição correta

8. Manter os dedos curvados para fora:


- Muita atenção com a parte articulada dos dedos.
- Mantenha sempre os dedos curvados para fora.
- Curvar os dedos para dentro poderá ocasionar

9. Mantenha o corpo ereto:


- Alinhe a cabeça, ombros e quadril de forma que o seu corpo fique ereto.
- Atenção mesmo depois de algum momento de execução, não encurvar a coluna ou pescoço.
- Não deixar o corpo ereto, poderá causar problemas sério de coluna, dores nos ombros e
pescoço entre outros.

10. Os pés devem estar apoiados:


- Independente de o interprete ser baixo ou alto o banco precisa estar na altura compatível ao
seu tamanho para que suas mãos fiquem nas posições corretas, já indicadas nos itens
anteriores.
- Se nesta altura os seus pés não tocarem no chão, não abaixe o banco.
- Utilizar um banquinho para apoiar os pés.
- Para crianças ou pessoas baixas manter o banco na altura correta, entendendo correto como a
altura que proporcione que suas mãos fiquem na posição correta, irá permitir uma melhor
performance.

INICIAÇAO AO PIANO PARA CRIANÇAS

Ter aulas de música em criança talvez seja uma das melhores decisões para se fazer ao longo
da sua educação.
Na verdade trás muitos benefícios que facilitam a vida social futura do indivíduo.
De acordo com alguns estudos, não vale a pena ensinar piano para crianças com menos de 3
anos e meio, elas são ainda muito jovens para se lançar em um estudo relativamente complexo
de um instrumento.
Na iniciação é importante que o professor aborde vários aspetos práticos que motivem as
crianças.
Alguns exemplos para iniciação/crianças:
- O Professor deve de levar um pouco de humor
- Trabalhar a concentração e a atenção
- Fazer Jogos Rítmicos e Auditivos
- Jogos de reflexos é um bom exercício para testar a concentração
- Trabalhar a postura corporal, fazer exercícios de aquecimento
- Aprender as notas brancas no teclado
- Aprender as notas pretas no teclado
- A Pauta
- As Notas na Pauta
- As Figuras
- Ordem dos sustenidos e bemóis (importante que o aluno leve um bloco de notas para apontar
e andar sempre com ele), pois, é essencial e relembrar alguma matéria e gradualmente dominar
as escalas.
- Aprender as Claves de Sol como a de Fá e trabalhar alguma leitura
- O aluno deve de aprender solfejar e perceber as figuras e seus valores, as mais básicas tais
como: a Semibreve, Mínima e Semínima
- Aprender a dedilhação para uma escala mais fácil com a de Dó Maior ou Fá Maior
- Fazer a escala em uma oitava e mais tarde em duas.
- Estudos básicos para pianos e exercícios
As cordas do piano se dividem em três grupos: graves, médias e agudas.

As cordas graves são cordas grossas, revestidas (fiadas) a cobre – elas são
chamadas de bordões.
As notas mais graves, no canto esquerdo do teclado, são produzidas, cada uma
delas, por apenas uma corda.
As notas menos graves são produzidas, cada uma delas por duas cordas.
Também vale ressaltar que as cordas graves são as mais longas, diminuindo
gradativamente de tamanho à medida em que vão ficando menos graves.

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