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Boa produtividade gera redução de preço do Mel produzido na

Chapada Diamantina

Em 2018 a dedicação maior dos apicultores à sua atividade e o clima razoavelmente


favorável resultaram no crescimento de mais de 100% da quantidade de mel entregue
na Casa de Mel FLOR NATIVA localizada no Vale do Capão! Mais de dois terços das 17,2
toneladas de Mel beneficiado foram classificados como orgânico. A vistoria anual pelo
IBD – Instituto Biodinâmico de Botucatu/SP ocorrida na virada do ano aprovou a
produção de 13 apicultores de Palmeiras e 10 apicultores de Lençóis: os produtores
seguem à risca as normas da Lei Federal Nº 10.831 que dispõe sobre a Produção
orgânica, entre os quais a limitação de alimentação artificial e a distância de segurança
de mais de três quilômetros de possíveis fontes de contaminação.

Os 30% restantes de Mel comum foram colhidos nos apiários de 46 associados dos
municípios de Bonito, Boninal, Iraquara, Lençóis, Novo Horizonte, Palmeiras e Seabra.
Pedro Constam, o presidente da Associação explica que de comum este mel não tem
nada, e alguns apiários só não podem ser certificados por ter uma única plantação de
hortaliças em seu raio de ação de 03 quilômetros: “Ao contrário, em sabor é um mel
tão excepcional quanto a linha orgânica, pois é oriundo da flora diferenciada de nossa
Chapada! E o fato de nos o colhermos em sistema de mutirão e conduzir a produção
para o único estabelecimento de nosso território com Selo de Inspeção Federal (SIF),
onde é beneficiado, classificado e preparado para comercialização, o diferencia de
todos os outros méis.” Constam apenas se queixa dos altos custos envolvidos nesta
operação: “Alguns apiários ficam a 200km da Casa de Mel. Por mais que tentamos
juntar um máximo de produtores no mesmo dia, o atual preço do combustível quase
inviabiliza a colheita nestes locais.” Soma-se a isto às novas exigências do Ministério da
Agricultura, que desde 2016 vem recadastrando todas as Unidades de Produtos de
Origem Animal. O tesoureiro da Associação, Lars Rellstab explica: “A cadeia do Mel, que
é um alimento durável e inclusive usado na conservação de outros alimentos,
infelizmente cai na mesma categoria da Carne, Pescado, Derivados do leite e ovos, que
são todos produtos que estragam rapidamente. Mas as exigências para a construção
física da Unidade de beneficiamento e o rigor na fiscalização são os mesmos! Só nestes
dois anos já gastamos R$ 50 mil para nos adequar! Tudo isto eleva o preço de nosso
produto, e fica difícil concorrer em nossa região com o mel informal oferecido nas
beiras de estrada.” Pedro Constam vai além e adverte da compra deste mel: “Às vezes
até que se trata de mel centrifugado com cuidado na casa de apicultores que ainda não
atingiram escala de produção, ou desconfiam da Associação, mas outras vezes nem
sabemos de onde vem o produto muito menos em quais circunstâncias foi colhido! E
para piorar, pode não ser mel verdadeiro ou inclusive ser produto de roubo, só no mês
passado nos furtaram mais de 200 litros de mel nos apiários!”.
Voltando às notícias boas, a Associação que completará 22 anos de existência em abril,
reuniu-se no sábado passado em assembleia e em virtude da boa produção decidiu
baixar o preço de mel pago ao produtor em R$ 3,00/quilo. Consequentemente o preço
final para o consumidor também baixará: nas novas entregas que serão feitas ainda
antes do Carnaval a previsão é de que as bisnagas orgânicas de 270g e 500g terão
redução na prateleira de R$ 2,00 e R$ 3,50 respectivamente, e o preço do mel comum
de 750g e 1.370 (equivalente ao litro) será reduzido em R$ 5,00 e até R$ 10,00!

A oportunidade é boa para moradores e também para os milhares de turistas que


passarão o feriado em nossa região, pois quando enviado para as capitais o Mel FLOR
NATIVA chega a custar o dobro, devido aos custos de logística e impostos. Brasília,
Salvador e São Paulo já contam com pontos de venda regulares.

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