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Resumo
1. INTRODUÇÃO
As escolas são espaços educativos de construção de personalidades
humanas autônomas, buscando constituir seres pensantes, críticos,
questionadores, criativos, desenvolvendo seus talentos e preparando-os para
serem melhores cidadãos (MANTOAN, 2003).
Hoje, no Brasil, há um grande índice de pessoas com algum tipo de
deficiência na nossa sociedade, portanto, as escolas, junto com a família
desempenham um papel muito importante na inclusão de todos os cidadãos,
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Licenciada do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix
2
Professora do Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix.
sendo fundamental refletir como poderemos construir um caminho para uma
sociedade mais inclusiva (AINSCOW & CÉSAR, 2003).
Um dos grandes desafios da educação é conseguir que todos os alunos
tenham acesso à educação básica de qualidade, por meio da inclusão escolar,
respeitando as diferenças culturais, sociais e individuais (SANTOS ,1995).
A Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte3 (FZB-BH) por ser a terceira
maior área verde pública da cidade contribui com vários projetos educativos,
científicos e culturais.
É importante pensar em atividades de inclusão não só no ambiente
escolar. Muitos espaços não escolares, igualmente importantes para o ensino-
aprendizado, precisam se adaptar para receber pessoas com necessidades
educativas especiais. Esta adaptação não se limita apenas no âmbito da
acessibilidade física, mas também do conhecimento. Portanto, o objetivo deste
trabalho é elaborar uma proposta de implantação de um Jardim Sensorial na
Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte e propor uma aula de Ciências que
possa ser desenvolvida neste Jardim Sensorial, a fim de contribuir nas
discussões das estratégias de ensino de Ciências em espaços não escolares
para portadores de necessidades especiais seja ela qual for.
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http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/comunidade.do?app=fundacaobotanica
referência o sistema educacional e as suas possíveis limitações. Segundo Glat
& Oliveira (2003) e importante reconhecer as características e dificuldades
individuais de cada aluno para então, de determinar qual tipo de adaptação
curricular é necessário para que ele aprenda.
A Educação Inclusiva foi vista, em primeiro momento, como uma
inovação da Educação Especial, depois expandiu em todo contexto educativo
como uma tentativa de uma educação de qualidade que alcançasse a todos.
Esta enfatiza a diversidade, mais que a semelhança. Segundo Skrastic (1999),
o movimento a favor da Educação Inclusiva pode oferecer a visão estrutural e
cultural necessária para começar a construir a educação pública rumo às
condições históricas do século XXI.
Na Educação especial, o trabalho era desenvolvido com base em um
conjunto de terapias individuais como: fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e
Psicopedagogia e pouca ênfase era dada a atividade acadêmica durante o
horário dos alunos (GLAT,1989). A educação escolar não era considerada
necessária, ou mesmo possível, para aqueles com deficiência cognitiva ou em
sensoriais severas, o trabalho educacional em relação à alfabetização não
tinha muita expectativas quanto a capacidade desses indivíduos desenvolver e
ingressar na cultura formal.
O avanço do paradigma da Educação Inclusiva tem trazido grandes
desafios à Educação. A própria Educação Especial vem tentando mudar seu
papel, ou seja, a Educação Especial é hoje concebida como um conjunto de
recursos que a escola regular deve ter à sua disposição para atender todos os
alunos (GLAT & PLETSCH, 2004).
O modelo segregado de Educação Especial passou a ser questionada
sobre a inserção dos alunos com deficiência na classe regular, desencadeando
alternativas pedagógicas para a inserção de todos os alunos, mesmo os
portadores com a deficiência severa no sistema regular de ensino (como
recomendado no artigo 208 da Constituição Federal de 1988).
Foi assim instituída, no âmbito das políticas educacionais a integração,
as escolas especiais deveram preparar os alunos para serem integrados em
classes regulares recebendo atendimento de acordo com sua necessidade
(GLAT & FERNADES,2005).
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação
Especial (MEC-SEESP, 1998), o conceito de escola inclusiva implica em uma
escola regular propor no projeto político- pedagógico, no currículo, na
metodologia, na avaliação e nas estratégias de ensino, ações que favoreçam a
inclusão social e práticas educativas diferenciadas que atendem todos os
alunos.
Para oferecer uma educação de qualidade para os alunos com
necessidades especiais, a escola precisa capacitar seus professores para
receber essas crianças e jovens. O próprio Ministério da Educação reconhece
que inclusão não significa somente matricular os educandos e ignorar suas
necessidades especiais, mas sim dar ao professor e à escola o suporte
necessário à sua ação pedagógica (MEC/SEESP, 1998).
Uma sala de aula inclusiva deve se embasar na premissa de que todas
as crianças são capazes de aprender e fazer parte da vida escolar e
comunitária (LIPPE & CAMARGO 2010).
Para Castaman (2006) o contexto escolar deve propiciar inserção a
todos os alunos, sejam em ambientes público ou privado e oferta de qualidade
de ensino independentemente da necessidade de cada aluno.
Para favorecer o aprendizado dos alunos com necessidades
educacionais especiais e efetivar a proposta de inclusão escolar foram
desenvolvidos, conceitos de adaptações curriculares. Essas adaptações têm
por objetivo garantir as mudanças que as escolas precisam fazer e garantir
acessibilidade aos alunos quanto às adaptações pedagógicas ou curriculares
propriamente ditas (CORREIA, 2001; MEC/SEESP, 2003; MACHADO2005).
Fica ainda o desafio de ampliar as questões relacionadas à Educação
Inclusiva pra além do espaço escolar, atingindo também os espaços não
escolares, que tenha intenção clara de educar e que também recebem pessoas
com necessidades educativas especiais.
2. METODOLOGIA
A revisão de literatura com foco no ensino inclusivo de Ciências em
espaços não escolares teve como descritores: Educação Inclusiva, Ensino de
Ciências, Espaços não Escolares, Ciências e Inclusão, Ciências e deficiência
visual, entre outros. Foram pesquisados artigos científicos e livros da área, bem
como documentos oficiais sobre educação e inclusão (Lei de Diretrizes e
Bases- LDB, Parâmetros Curriculares Nacionais- PCN, etc.).
A partir dessa revisão foi possível conhecer algumas estratégias
educativas para inclusão de pessoas com necessidades especiais, em
atividades em espaços não escolares, e também as possibilidades para o
ensino de Ciências nestas condições. Antes de realizar essa prática os
professores junto com equipe pedagógica devera comunicar com a Fundação
Zoobotânica agendando o dia e a hora que Será realizado a aula prática e até
mesmos preparar e capacitar os professores e monitores para receber esses
alunos. Com base nestas estratégias foi elaborada a proposta do Jardim
Sensorial na Fundação Zoobotânica Belo Horizonte e propor uma aula de
Ciências que possa ser desenvolvida neste Jardim Sensorial.
A Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte (FZB-BH) é a terceira maior
área verde pública da cidade, para isto, mantém projetos educativos, científicos
e culturais, contribuindo para a preservação da fauna e da flora. Sua área
possui 1,8 milhões de metros quadrados com diferentes espaços de lazer para
toda a família: Jardim Zoológico, Aquários de peixes da Bacia do Rio São
Francisco, Jardim Botânico, Jardim Japonês constituindo um espaço de lazer e
conhecimento (Prefeitura de Belo Horizonte,.1991).
A FZB-BH foi escolhida como foco para a possibilidade de implantação
de um jardim sensorial por possuir nas suas dependências um Jardim Botânico
organizado em áreas temáticas, tais como, Jardim das Medicinais, Jardim das
Suculentas, estufas com os diferentes biomas brasileiros, etc.
Vale ressaltar que a proposta de implantação deste jardim sensorial é
apenas teórica, não sendo uma solicitação da FZB-BH, podendo ser uma idéia
para este ou para outros espaços não escolares com função semelhante.
3.RESULTADOS
Foi elaborada uma proposta de um Jardim Sensorial na Fundação
Zoobotânica de Belo Horizonte. Esse jardim será circular em uma área de 15
m2, havendo na entrada uma placa indicativa com os dizeres em tinta e em
braile4, conforme:
JARDIM SENSORIAL
Os alunos/visitantes
s/visitantes poderão admirar as diversas cores das flores, e os
alunos ou visitantes que tenha necessidades especiais como, por exemplo,
deficiência visual ou auditiva terá placa e monitores para descrever como são
as cores como, o vermelho, branco, amarele e dentre outros.
A seguir é apresentado o croqui para o referido espaço proposto.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Jardim Sensorial é muito importante, pois além de contribuir com
processo de aprendizado dos alunos, qualquer outra pessoa poderá visitar.O
Jardim por ser autoexplicativa com placas informativas e com um monitor
qualquer criança, jovem ou adulto ao entrar no jardim eles também poderá
desenvolver e estimular os seus sentidos.
É importante ressaltar que, para o professor essa metodologia
possibilitará a inovação dos seus trabalhos para o processo de ensino e
aprendizagem, e agora o professor não ficará mais preso com seus alunos
dentro da sala aula. O jardim pode ser utilizado como uma ferramenta didática
podendo contribuir com o ensino não formal proporcionar aos alunos um
contato sensorial com a natureza, trabalhar com eles a educação ambiental
incentivando a preservação do meio ambiente.
Um dos grandes desafios da educação brasileira é tornar-se uma
educação inclusiva, primeiramente devemos começar com a capacitação dos
profissionais, melhor a infraestrutura das escolas e o material didático,
portanto, o jardim sensorial vem para contribuir com esse processo de ensino e
aprendizagem onde o professor poderá desenvolver trabalho em grupo e
desenvolver projetos para tentar incluir essas crianças com necessidades
especiais.
5.REFERÊNCIAS
2.2 Especifico:
Desenvolver uma aula pratica no Jardim Sensorial para uma sala onde há
alunos tendo ou não necessidade especiais, estimular a percepção sensorial
dos alunos aguçarem suas curiosidades e facilitar o processo de ensino e
aprendizado através de uma atividade lúdica.
3. Tempo estimado
3 etapas, duas aula teórica em sala e uma aula pratica no Jardim Sensorial da
Fundação Zoobotânica.
4. Desenvolvimento
4.1Aula teórica
O professor de Ciências inicia a aula com uma discussão, perguntando os
alunos se eles sabem da importância da água, do alimento para as pessoas,
para os animais e as plantas. A partir dessas informações o professor de
Ciências passa o conteúdo no quadro para explicar melhor sobre a vida nos
ecossistema brasileiro, a relações entre os seres vivos e adaptações dos seres
vivos ao meio ambiente, ecossistema terrestre, componentes abióticos e
bióticos de um ecossistema, biodiversidade.
4.2 Aula prática
Será realizado no Jardim sensorial, o professor deverá desenvolver os sentidos
dos alunos como, por exemplo, tato dos pés, olfato, paladar, tato das mãos e
audição, ensinando a conhecer melhor o ambiente que vivem.
Depois dessa atividade vamos fazer uma roda de debate e discussão cada um
vai expor seus sentimentos das suas dificuldades o que achou o que foi bom
ou ruim para cada um.