Programa de Mestrado Profissional em Educação Sexual

Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”

Programa de Pós Graduação “Ensino e Processos Formativos”

Programa da Disciplina Diversidade de gênero e cotidiano escolar

Objetivos: Possibilitar que os alunos: a) reflitam acerca das pluralidades das identidades de gênero, de
existências e manifestações da diversidade humana, visando romper com processos de patologização de
identidade que não se alinham ao binarismo de gênero; b) problematizem os processos de reprodução, no
cotidiano escolar, de modelos e crenças estruturados sobre o gênero, bem como os processos
discriminatórios daí decorrentes; c) analisem os processos de exclusão social enfrentados por aqueles que
não atendem aos padrões de gênero hegemonicamente estabelecidos; d) reflitam acerca do papel da
escola para a ruptura desses processos de discriminação e exclusão.

Ementa: Pluralidade de identidades de gênero, problematização do modelo binário de gênero, atuação da

escola na reprodução e na ruptura dos modelos de relação de gênero e processos de exclusão instituídos,
processos de exclusão vivenciados por pessoas de identidade trans.

Metodologia: Serão utilizadas metodologias de ensino variadas dentre as quais se destacam:

- Oficinas
- Estudo de texto e discussão (fórum);
- Estudo dirigido;
- Aula expositiva dialogada;
- Seminários;
- Análise de filmes.
Avaliação: A avaliação somativa da aprendizagem será realizada através de uma prova escrita, individual e
um trabalho a ser realizado em grupo, ou individualmente. A prova versará sobre todo o conteúdo
desenvolvido na disciplina, com valor de 0 a 10. O trabalho deve ser entregue escrito, atendendo às normas
da ABNT, sendo que ao mesmo será atribuído uma nota de 0 a 10. As orientações detalhadas sobre o
trabalho escrito constam em documento entregue separadamente. Os trabalhos escritos serão
apresentados para o coletivo que compõe a disciplina. Contudo, a apresentação não receberá nota. O
conceito obtido, na disciplina, será resultante da avaliação individual e do trabalho escrito, com igual peso.

Cronograma

Bloco I – Concepções acerca de gênero

data Conteúdo

I.1 Concepções Hegemônicas de gênero

I.1.2 Criticas à concepção binária de gênero

I.2 Corpo e gênero

 I.3 A performática de gênero

1.4 Teoria queer e estudos decoloniais

Bloco II – Reflexões acerca dos processos de construção da identidade

II.1 Compreensões sobre identidade

- Processos de construção identitária e gênero: da identidade enquanto

metamorfose às concepções pós-estruturalistas.

- Gênero, melancolia e a vida psíquicas do Poder

II.2 Gênero, representação, poder e políticas identitárias

II.3 Identidades trans

II.4 Travestilidades e a “travesti brasileira”

II.5. Patologização das identidades trans

Bloco III – Pessoas trans e processos de exclusão social

III.1 A dialética exclusão/inclusão

III.2 Pressupostos psicossociais da exclusão

Apresentação de trabalho

III.3 Pessoas trans e processos de exclusão social

Apresentação de trabalho

Bloco IV – A diversidade de gênero no cotidiano escolar

IV.1 Processos de reprodução do binarismo de gênero no cotidiano escolar

Apresentação de trabalho

IV.1 Processos de reprodução do binarismo de gênero no cotidiano escolar

Apresentação de trabalho

IV.2 Atuação da escola na promoção do respeito à diversidade de gênero

Apresentação de trabalho

IV.2 Atuação da escola na promoção do respeito à diversidade de gênero

 Apresentação de trabalho

Entrega do trabalho escrito

Bibliografia:

ARÁN, Márcia. A transexualidade e a gramática normativa do sistema sexo-gênero. Ágora: Estudos em

Teoria Psicanalítica, v. 9, n. 1, 2006.
BENTO, B. Na escola se aprende que a diferença faz a diferença. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v.
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BENTO, B; PELÚCIO, L. Despatologização do gênero: a politização das identidades abjetas. Estudos

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BORBA, R. Receita para se tornar um “transexual verdadeiro”: discurso, interação e (des) identificação no
Processo Transexualizador. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 55, n. 1, p. 33-75, 2016.
BORBA, R. A linguagem importa? Sobre performance, performatividade e peregrinações conceituais.
Cadernos Pagu, n. 43, p. 441-473, 2014.
BORBA, R; OSTERMANN, A. C. Gênero ilimitado: a construção discursiva da identidade travesti através da
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BUTLER, J. A vida psíquica do poder: teorias da sujeição. Autêntica, 2017.
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DIAS, D. M. Brincar de gênero, uma conversa com Berenice Bento. Cadernos pagu, n. 43, p. 475-497,
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GARCIA, M. R. V. Alguns aspectos da construção do gênero entre travestis de baixa renda. Psicol. USP,
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SAWAIA, B. (Org.). As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. 2. ed.
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Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 1999