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MEMORIAL REFERENTE AO PROJETO DE

DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS DA PROMOTORIA


DO ESTADO - MT
EM PRIMAVERA DO LESTE.

PRIMAVERA DO LESTE-MT
ABRIL DE 2014.
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SUMÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ........................................................................4

2. NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA ..............................................................................5

3. DESCRIÇÃO DO PROJETO DE ÁGUAS PLUVIAIS ..............................................................6

3.1. MEMORIAL DESCRITIVO ............................................................................................6


3.1.1. IDF (CURVAS INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA) E
VAZÃO DE PROJETO ............................................................................................. 6

3.1.2. CALHAS .................................................................................................... 6

3.1.3. CONDUTORES VERTICAIS ................................................................... 6

3.1.4. CONDUTORES HORIZONTAIS ............................................................. 7

3.1.5. CAIXA DE INSPEÇÃO E DE AREIA...................................................... 7

3.2. MEMORIAL DE CÁLCULO ...........................................................................................8


3.2.1. ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO .................................................................... 8

3.2.2. IDF E VAZÃO DE PROJETO ................................................................... 9

3.2.3. CALHAS .................................................................................................. 10

3.2.4. TUBOS DE QUEDA OU CONDUTORES VERTICAIS ....................... 14

3.2.5. CONDUTORES HORIZONTAIS ........................................................... 15

4. RESPONSÁVEL TÉCNICO .............................................................................................. 15

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ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Exemplo de superfície inclinada (Fonte: NBR 10844/89). ............................. 8


Figura 2 - Ábacos para a determinação de diâmetro de condutores verticais (Fonte: NBR
10844/89). ....................................................................................................................... 14

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Quadro de Áreas. ............................................................................................ 9


Tabela 2 - Dimensões da calha em função do comprimento do telhado.(Fonte: Melo e
Azevedo Netto, 1998). .................................................................................................... 10
Tabela 3 - Apresenta o resultado do dimensionamento da largura das 6 calhas. ........... 11
Tabela 4 - Resultado do Dimensionamento para cada tipo de calha. ............................. 13
Tabela 5 - Dimensionamento de tubulações verticais .................................................... 15

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1. IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

• INFORMAÇÕES DO CONTRATANTE

RAZÃO SOCIAL: PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE


MATO GROSSO
NOME FANTASIA: MINISTÉRIO PÚLBLICO DO ESTADO DE MATO GROSSO
CNPJ: 14.921.092/0001-57
ENDEREÇO: RUA QUATRO S/N – CENTRO POLÍTICO ADMINISTRATIVO
MUNICÍPIO: CUIABÁ–MT CEP: 78.049-921
ATIVIDADE PRINCIPAL: ORGAO PUBLICO AUTONOMO ESTADUAL OU
DISTRITO FEDERAL

• RESPONSÁVEL TÉCNICO PELO PROJETO

RESPONSÁVEL TÉCNICO: FERNANDO SANTI SAGIN DE OLIVEIRA


REGISTRO NO CREA/RN: 1208268082
ENDEREÇO: RUA TRINTA E SETE, Nº 447, BAIRRO BOA ESPERANÇA.
CEP: 78.068-555
MUNICÍPIO: CUIABÁ- MT TELEFONE: (65) 3359-5966

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2. NORMAS TÉCNICAS DE REFERÊNCIA

O presente memorial descreve o projeto de drenagem de águas pluviais da


Procuradoria geral de justiça do estado de Mato Grosso em Primavera do Leste.

• ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas;


• NBR 10844/89 - Instalações prediais de águas pluviais;

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3. DESCRIÇÃO DO PROJETO DE ÁGUAS PLUVIAIS
3.1. MEMORIAL DESCRITIVO

3.1.1. IDF (CURVAS INTENSIDADE-DURAÇÃO-FREQUÊNCIA) E


VAZÃO DE PROJETO

Para certa intensidade de chuva, constante e igualmente distribuída sobre uma bacia
hidrográfica, a máxima vazão a ser verificada em uma seção, corresponde a uma
duração de chuva igual ao “tempo de concentração da bacia”, a partir da qual a vazão é
constante. Assim, o dimensionamento das obras hidráulicas exige o conhecimento da
relação entre a intensidade, a duração e a frequência da precipitação (Castro et al.,
2011).

3.1.2. CALHAS

As calhas são dispositivas que captam as águas diretamente dos telhados impedindo
que estas caíssem livremente causando danos as áreas circunvizinhas, principalmente
quando a edificação é alta (Melo e Azevedo Netto, 1998).
Neste projeto foram dimensionados Foram dimensionadas 14 calhas feitas de ferro
fundido, com funil de saída, seção retangular, sendo do tipo calha de água furtada
(cobertura i = 10%).

3.1.3. CONDUTORES VERTICAIS

Segundo a NBR 10844/89 os condutores verticais são tubulações verticais


destinadas a recolher águas de calhas, coberturas, terraços e similares e conduzi-las até a
parte inferior do edifício, então foram dimensionados condutores verticais com diâmetro
nominal de 100 mm e que foram colocadas internamente no edifício.

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3.1.4. CONDUTORES HORIZONTAIS

Segundo a NBR 10844/89 os condutores horizontais são canais ou tubulações


horizontais destinadas a recolher e conduzir águas pluviais até locais permitidos pelos
dispositivos legais. Então foram dimensionados 14 condutores horizontais (seção
circular) com diâmetro interno de 100 mm. A ligação entre os condutores verticais e
horizontais deverá ser feita por curva de raio longo, com caixa de inspeção e de areia,
estando o condutor horizontal enterrado.

3.1.5. CAIXA DE INSPEÇÃO E DE AREIA

Sempre que houver há mudança de direção em uma rede, quando localizada no


terreno, haverá necessidade de colocação de uma caixa de inspeção com grelha, e
quando há possibilidade de entra de terra nas grelhas das caixas de inspeção, estas serão
construídas de forma a reter a terra ou areia, impedindo o carreamento para dentro da
tubulação, e por isto são chamadas de “caixa de areia” (Melo e Azevedo Netto, 1998).
Foram previstas caixas de inspeção e de areia que poderão ser em alvenaria, além de
uma caixa de passagem, lembrando que serão locadas no pavimento térreo e serão
encaminhadas para a galeria pluvial através dos condutores horizontais.

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3.2.MEMORIAL DE CÁLCULO

3.2.1. ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO


No cálculo da área de contribuição, devem-se considerar os incrementos devidos à
inclinação da cobertura e às paredes que interceptem água de chuva que também deva
ser drenada pela cobertura. È importante lembrar que há área com inclinação de 10% e
de 0,5% (laje). As superfícies encontradas são do tipo inclinado como mostrada na
Figuras 1 e calculada pela fórmula que a segue:

Figura 1 - Exemplo de superfície inclinada (Fonte: NBR 10844/89).



𝐴 = �𝑎 + �.𝑏
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Em que:
A = área inclinada (m²)
a = base (m)
b = largura (m)
h = altura do telhado (m)

Através do método foram obtidos os resultados listados na tabela a seguir:

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Tabela 1 – Quadro de Áreas.
ESPECIFICAÇÃO ÁREA (m²)
TQ - 1 24,22
TQ- 2 17,19
TQ- 3 14,6
TQ- 4 16,41
TQ- 5 161
TQ- 6 20,79
TQ- 7 56,75
TQ- 8 54,41
TQ- 9 16,21
TQ- 10 16,21
TQ- 11 54,43
TQ- 12 43,97
TQ- 13 28,08
TQ- 14 43,08
TQ- 15 56,09
TQ- 16 31,66
TOTAL 655,1

Área de contribuição encontrada é de 655,1 m².

3.2.2. IDF E VAZÃO DE PROJETO

Por falta de dados hidrológicos na região, adota-se a intensidade pluviométrica padrão


de 156,00 mm/h. Utilizou-se o Método Racional para o calculo da vazão de projeto.
𝐼. 𝐴
𝑄=
60
Onde:
Q = Vazão de projeto (L/min);
I = intensidade pluviométrica (156,00 mm/h);
A = área de contribuição (655 m²).

Logo a Q encontrada foi de 1703 L/min.

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3.2.3. CALHAS

A largura de cada calha é dimensionada conforme o comprimento do telhado


que é a medida da direção do escoamento, logo é necessário a observação da Tabela 8,
já que cada comprimento do telhado corresponde a uma largura da calha.

Tabela 2 - Dimensões da calha em função do comprimento do telhado.(Fonte: Melo


e Azevedo Netto, 1998).

COMPRIMENTO DO TELHADO LARGURA DA CALHA


(m) (m)
ATÉ 5 0,15
5 À 10 0,20
10 À 15 0,30
15 À 20 0,40
20 À 25 0,50
25 À 30 0,60

A tabela 3 descreve a distância da largura de cada área dimensionada de acordo


com o comprimento do telhado.

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Tabela 3 - Apresenta o resultado do dimensionamento da largura das 6 calhas.

LARGURA
COMPRIMENTO
ESPECIFICAÇÃO DA CALHA
DO TELHADO (m)
(m)

TQ - 1 5,07 0,48
TQ- 2 3,85 0,48
TQ- 3 3,3 0,48
TQ- 4 3,57 0,48
TQ- 5 16,59 0,48
TQ- 6 5,14 0,48
TQ- 7 6,85 0,48
TQ- 8 5,71 0,48
TQ- 9 5,71 0,2
TQ- 10 10,25 0,2
TQ- 11 10,25 0,48
TQ- 12 5,71 0,48
TQ- 13 5,01 0,48
TQ- 14 4,8 0,48
TQ- 15 5,82 0,48
TQ- 16 19,43 0,2

Então se considerou que a calha de 0,2 m de largura tem 0,015 m de altura d’água. Para
calcular a área (S), o perímetro (p) e o raio hidráulico (Rh) da calha foi utilizada as
fórmulas a seguir:
𝑆 = 𝑎. 𝑏
Onde:
S = área da seção molhada (m²);
a = altura d’agua (m);
b = largura (m).
𝑝 = 2. 𝑎 + 𝑏
p = perímetro (m);
a = altura d’agua (m);
b = largura (m).

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𝑆
𝑅ℎ =
𝑝
Rh = raio hidráulico (m);
S = área da seção molhada (m²);
p = perímetro (m);
O dimensionamento das calhas foi feito através da fórmula de Manning-
Strickler, indicada a seguir:
𝑆 2 1
𝑄 = 𝐾. . 𝑅ℎ3 . 𝐼 2
𝑛

Onde:
Q =Vazão de projeto (L/min);
S = área da seção molhada(m²);
n = coeficiente de rugosidade (ferro fundido: 0,012)
Rh = raio hidráulico (m);
I = declividade da calha (m/m);
K = 60.000
Logo para as calhas de áreas maiores ou iguais 0,006 m², temos a inclinação de 0,01
m/m e para as calhas com área inferior 0,006 m², temos a inclinação de 0,005 m/m.

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Tabela 4 - Resultado do Dimensionamento para cada tipo de calha.
Q
Tipo Calha a(m) b(m) S(m²) P(m) Rh(m) I (m/m) (L/min)
TQ - 1 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 2 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 3 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 4 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 5 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 6 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 7 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 8 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 9 0,015 0,2 0,003 0,23 0,0130 0,005 58,77
TQ- 10 0,015 0,2 0,003 0,23 0,0130 0,005 58,77
TQ- 11 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 12 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 13 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 14 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 15 0,02 0,48 0,0096 0,52 0,0185 0,005 237,09
TQ- 16 0,015 0,2 0,003 0,23 0,0130 0,005 58,77

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3.2.4. TUBOS DE QUEDA OU CONDUTORES VERTICAIS

O dimensionamento dos condutores verticais foi feito a partir dos seguintes dados:
Q = Vazão de projeto (L/min.);
L = comprimento do condutor vertical(m).
H = altura da lâmina de água na calha (mm);
Como a calha é com funil de saída utilizou-se o seguinte ábaco (Figura 2)
mostrado na NBR 10844/89:

Figura 2 - Ábacos para a determinação de diâmetro de condutores verticais


(Fonte: NBR 10844/89).

A altura estimada de pé direito é de 3 metros e meio, por tanto utilizaremos a L


igual 3 metros, onde as vazões são caracterizadas com mínimas já que o diâmetro
mínimo é 100 milímetros e todos os diâmetros encontrados são menores que o mesmo.

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Tabela 5 - Dimensionamento de tubulações verticais
CALHAS Q(L/min) L (m) H (mm) D (mm)
TQ - 1 237,09 3 20 100
TQ- 2 237,09 3 20 100
TQ- 3 237,09 3 20 100
TQ- 4 237,09 3 20 100
TQ- 5 237,09 3 20 100
TQ- 6 237,09 3 20 100
TQ- 7 237,09 3 20 100
TQ- 8 237,09 3 20 100
TQ- 9 58,77 3 15 100
TQ- 10 58,77 3 15 100
TQ- 11 237,09 3 20 100
TQ- 12 237,09 3 20 100
TQ- 13 237,09 3 20 100
TQ- 14 237,09 3 20 100
TQ- 15 237,09 3 20 100
TQ- 16 58,77 3 15 100

3.2.5. CONDUTORES HORIZONTAIS

Os condutores horizontais foram projetados com declividade mínima de 5% com


diâmetro mínimo de 100 milímetros, sendo o material de PVC. Onde toda água captada
cai para rede coletora de águas pluviais.

4. RESPONSÁVEL TÉCNICO

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Fernando Santi Sagin de Oliveira
Eng.° Sanitarista – CREA Nac. 1208268082

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