Recados

12/12/18 - 05:31h

De todas as notas q já deixei para nós, essa eh a pior de todas.

Estamos destruídos, e pra piorar, passamos ou estamos passando enqt escrevo, próximos da
morte.

A gente se tornou viciado

Nossas férias serão reflexão e cuidados. Ame sua família, seus amigos, a Valquíria e a si
msm, João. André n vai fazer isso.
Ele só nos destrói. E estamos caindo na dele.

OQEACA?

Um misto extremo de emoções, do ápice ao nulo em segundos. Em uma celebração, com toda
família reunida, algo aconteceu. Algo q envolvia pessoas queridas a André, pessoas
importantes, mas ele se encontrou de mãos atadas.
Sem o controle da situação, André se viu sufocado, o apito em seu ouvido voltara e junto com
isso, seu ódio extremo.
Juntamente a isso, sua capacidade autodestrutiva operara com maestria, álcool, raiva, local
novo e ambiente hostil, tudo se montou como uma bomba relógio em sua cabeça e explodiu.
André n faz ideia de como seu mundo seguirá, mas teme. Graças a Deus, André teme a vida.

Notas sobre mim mesmo

1. Vc suga as pessoas. Não no sentido de esgotá-las, mas no de usar tudo que elas podem te
oferecer de bom, e depois as descarta.

2. Quando vc era pequeno, de tanto falarem que vc TINHA que se comportar como um adulto,
vc encapsulou essa ideia desde cedo na cabeça e em vez de se tornar um adulto vc se fechou
e endureceu.

3. Em ambientes sociais vc coloca uma grade no seu psicológico e evita de falar com ele;
quando tá sozinho, vc não consegue segurar essa grade e ele conversa diretamente com vc.
As vezes te ajuda a se entender, mas as vezes ele te agride.

4. A sua personalidade é toda "moldada" pela forma que você se sente a vontade em um
determinado ambiente. Entre o seu Eu de franca e o Eu da sua casa, vc n consegue mais
saber qual eh vc de verdade.

5. Você mantém suas relações pessoais alocadas de uma maneira que elas supram aquilo que
te deixou assustado há pouco tempo. Cria laços, vínculos e novos círculos (sociais)
desnecessários, apenas como um mecanismo de defesa - o que gerou (talvez) o item 1.

6. Você se comporta como se essas relações criadas à esmo fossem algo natural, logo, cria
alguns laços "reais" às pessoas muito rapidamente; isso leva aos rompimentos bruscos e
sensação de solidão.

7. A partir de um momento da sua vida, sua falta de atitude em relação as coisas, sempre te
forçou a viver de um jeito dicotômico. Sempre divido entre duas ou mais coisas (ou lugares, ou
momentos ou pessoas) que vc gostava muito; começou na escola, depois na faculdade, sua
residência, grupos de amigos... Isso nunca foi bom pra vc. Vc nunca soube lidar com
desapegos e estar divido te sufocava muito, te sugava - e ainda suga - muito.

8. Vc enfrentou a faculdade de uma maneira brusca: todas as pessoas q vc conheceu no

ambiente universitário vieram de cidades grandes, já sabiam "lidar" de alguma forma. Vc saiu
de uma pequena e foi pra uma grande. Esse rompimento criou uma vala entre suas amizades,
as antigas ainda estão "fixas" no seu Eu do passado e constantemente te lembram dele; as
novas já são mais "pra frente" e vc se intimida.

9. Vc tem um real problema de vulnerabilidade; vc simplesmente não consegue deixar ninguém

se aproximar de vc além da sua camada de sociabilidade. Isso tem confirmado todos os outros
itens e feito de vc uma bolha (isolada) dentro da bolha.

10. Você parece preferir se fechar em vez de dar alguma liberdade pras pessoas em relação à
vc. Isso provavelmente já vinha acontecendo e depois do ocorrido em 2013 vc só se fechou
mais. Mas provável, tb, que seu constante uso de drogas por um certo período tencionou a
situação, não só de vc pra terceiros, como tb de vc pra vc.

11. Vc aprendeu a ver uma beleza naquilo que te faz mal, aprendeu a gostar disso. Dessa
forma, tudo que te faz bem te assusta, faz vc querer se afastar.
Parece que vc sente uma necessidade de estar sozinho, de não se sentir bem; vc não se
permite, e ao passo que isso acontece, vc volta a flertar com a auto-sabotagem.
Vc quer sabotar com tudo aquilo que te fez voltar a se sentir bem. De maneira "inconsciente"
quer (e tenta) afastar todo mundo da sua volta. Lutar contra isso eh cansativo, e vc tem se
esgotado cada vez mais.

12. Você se tornou um amontoado de sentimentos vazios e desapegos. Vc está desligado, em

um ciclo de repetições que movem apenas ao dia seguinte.
Aprendeu a ver beleza nisso e tem lutado para estar melhor; sua depressão, materializada em
André, ainda flerta e atinge em dias randômicos.
Tudo dói, mas ao mesmo tempo, chega a ser poético.

13. Suas crises e acessos extremos de raiva atingem as pessoas a sua volta agressivamente,
mas a sua capacidade autodestrutiva eh assustadora. Vc eh bom nisso querendo ou não. Logo,
o cuidado deveria ser maior, mas a maneira como vc n liga pras coisas ajuda, de maneira
negativa.
14. Mentiroso compulsivo.
15. Comportamento de autodestruição durante 3 anos. Te afetou duramente e (se não já tiver
acontecido) vai te derrubar drasticamente e alterar os rumos da sua vida.

Psicóloga.
- ajudei duas senhoras no trânsito hj, fiquei super feliz;
- Eu tenho uma caixa, em Monte Alto, onde guardo pequenas memórias de pessoas q foram
importantes na minha vida. Qnd olho pra ela, hj, me vem uma sensação de q eh certo q as
coisas (coisas engloba sentimentos e sensações, tb) q a Valquíria me deu vão parar ali, eh só
uma questão de tempo;
- eu cansei de me esforçar pra manter as relações com quem eu gostava, fiz mto por onde e
me desgastei demais. Acho q por isso comecei a não ligar mais e me tornei "autossuficiente";
- eu não consigo estar desocupado, sem distrações por mt tempo. Minha mente (André) cria
mecanismos pra me prender em memórias passadas em looping, e normalmente são memórias
q me machucam;
- relação existente entre eu e minha avó. Como me sinto por ela estar sozinha; suas angústias
com minha mãe e ingratidão. Como isso ajuda para q eu me afaste da minha mãe;
- maneira q minha mãe tem de enxergar a vida da forma q levo (comodismo), ela colocar
frustrações próprias sobre mim, almejar encaminhar minha vida de maneira X ou Y e
claramente não aceitar a minha visão;
- sonho com Júlia: sensações que vieram dps de um rasgo na pele, sentimentos incompletos e
uma sensação de um vazio. Não sei se pela forma q o relacionamento terminou, pela falta dela,
pela sensação de preenchimento e paz q tinha dentro daquele relacionamento (isso eh
egoísmo?);
- eu voltei a me dar a oportunidade de fazer um novo amigo (o Cocamar) em um momento da
minha vida em q eu só afastava as pessoas;
- eu gosto da sensação de não depender de ngm, de n estar ligado a ngm;
- acesso de raiva; casamento do Ju, mãe chorando​ OQ CRLS ACONTECEU?! - sem
explicação; lavei as mãos e desisti de tudo;
- mentir compulsivamente;
- Acontecimentos na casa da minha tia envolvendo Isabela e meu tio; ataque de raiva;
sensação de impotência; me escapou às mãos;
- cansaço físico contínuo; exaustão mental;
-

Acho q entendi

(2016)
TUDO NOVO! Uma criança de 17 anos; o peso da responsabilidade dada em mãos.
Consciência, ou melhor, cautela.
Chegara querendo apagar seus demônios passados: relacionamento e morte, tudo mto recente
e que machucava ainda.
Tentou tornar-se melhor. Como? Um amor de verão.
Segundo semestre, primeiro amor real. Terno, q tinha carinho e compreensão; tudo mágico.
Primeiras primeira vez feitas da maneira correta e não sendo um lixo com a pessoa.
Ano qse perfeito.

(2017)
Feliz com as circunstâncias, porém cumpriu a promessa feita a si mesmo. Conscientemente?
Não. Mas encaixa a idéia.
Machucou pessoas ao passo q se deteriorava com aquilo q descobrira. Mas estava feliz.
Um rompimento brusco e tudo mudou de configuração. A inconstância se tornou regra e o
amanhã sempre fora processo de fim. Entretanto manteve-se responsável.
Antiga casa, nova casa, antiga rep, nova rep; novas amigas e relações e rompimentos e
partidas.

(2018)
Uma cabeça ocupada por uma constante batalha de memórias. Uma relação de
passado/presente, desapego e descrença.
Ceticismo, apatia e aceitação passiva.
É humano ter problemas de seu tempo
(Junho/2018)