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Geologia Estrutural

A geologia estrutural estuda os processos deformacionais da litosfera e as estruturas


decorrentes dessas deformações. Investiga de maneira detalhada as formas geométricas que
se desenvolvem em decorrência do dinamismo de nosso planeta.

Do ponto de vista científico, os estudos em geologia estrutural têm mostrado que


nosso planeta é dinâmico (deriva continental). Do ponto de vista prático, muitas dessas
estruturas são responsáveis pelo armazenamento de hidrocarbonetos, água e outros minérios.
São também importantes em obras de engenharia civil, onde o levantamento das estruturas
geológicas constitui a base para as grandes obras de engenharia, como barragens, pontes,
túneis, estradas, etc.

Conceitos básicos

Deformação: a deformação de um corpo é a mudança de sua forma ou volume


causados pela influência de forças externas na crosta terrestre. As condições reinantes durante
a deformação são fundamentais no comportamento do corpo submetido à ação de esforços.
Para um material geológico qualquer, as condições físicas são: i) pressão litostática e
temperatura; ii) condições termodinâmicas e iii) esforço aplicado à rocha. As deformações
resultantes podem ser rúpteis ou dúcteis, ou seja, podem ocorrer respectivamente quebras e
descontinuidades ou apenas deformação plástica, sem perda de continuidade.
Domínios de deformação natural em função da pressão litostática e temperatura. As linhas BP-
AT e AP-BT representam o comportamento esperado em regimes de alto e baixo gradientes
térmicos, respectivamente. AP – Alta pressão; BP – Baixa pressão; AT – Alta temperatura; BT –
Baixa temepratura.

Elasticidade: é uma propriedade dos corpos sólidos, segundo a qual estes podem
modificar sua forma e volume sob a influência de efeitos físicos, e recobrar completamente
seu estado original após o esforço ser interrompido.

Deformação elástica: é um tipo de deformação recuperável, ou seja, um corpo pode


sofrer contração ou estiramento quando submetido à ação de esforços, porém, quando estes
são retirados, o corpo retorna a sua forma e posição originais.

Deformação plástica: a partir de um determinado valor do esforço, a deformação é


restituída apenas parcialmente, a deformação que permanece, é a deformação plástica.

Domínios Deformacionais: a pressão litostática e a temperatura são função da


profundidade na crosta terrestre e permitem distinguir dois domínios deformacionais
distintos: superficial e profundo, caracterizados pela formação de estruturas geológicas
distintas.
O domínio superficial caracteriza-se por deformação rúptil, enquanto no domínio
profundo predominam as deformações dúcteis.
Deformação rúptil: formação de falhas, fendas e fraturas marcadas por planos de
descontinuidades.
Deformação dúctil: deformação sem perda de continuidade, porém com a rocha
sofrendo distorção.
Dobras: são deformações dúcteis que afetam corpos rochosos da crosta terrestre.
Seus elementos geométricos básicos são: charneira – linha que une os pontos de curvatura
máxima da superfície dobrada; superfície axial – é a superfície que contém a linha de
charneira; flancos ou lados das dobras.
Falhas: elementos resultantes de deformações rúpteis. São expressas por superfícies
descontínuas com deslocamento diferencial de poucos cm a centenas de Km.

Falha de San Andreas


Sua importância para a engenharia deve-se a diferentes fatores:

 As falhas de grande rejeito colocam lado a lado rochas distintas, com


comportamento reológico diferente
 Zonas de falha de compressão promovem fraturamento e trituração, que resultam
na redução da resistência; e aumento da permeabilidade; cimentação, que resulta
no aumento da resistência; decomposição¸resultando na formação de extensos
perfis de solo.

Fratura: deformação rúptil gerada quando o movimento é perpendicular a superfície.

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