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HIDROGEOLOGIA

1’ Aula

Definição: ramo da geologia que trata das águas que encontram-se no sub-solo. Estuda histórico,
ocorrência, distribuição, movimento, qualidade, etc; as formas de interação entre a água e o
sistema geológico (aquíferos); Os impactos das ações antrópicas na qualidade e na quantidade
dessas águas (poluição, contaminação, superexplotação, recarga dos aquíferos); Captação, uso e
gestão

Aquíferos: reservatórios naturais de água encontrados nas rochas ou em sedimentos inconsolidados


(sedimentos não resistentes).

Ciclo Hidrológico: Inclui mecanismos de transferência contínua de água, na Terra; da superfície para a
atmosfera,da atmosfera para a superfície através de precipitações, além de reservatórios naturais (água
dos lagos), neve nos polos, aquíferos. (Olhar desenho do questionário)

Nos continentes, a água precipitada pode seguir diferentes caminhos:


‘Infiltrar e percolar no solo ou nas rochas, podendo formar aquíferos, ressurgir na superfície na forma de
nascentes, ‘Fluir lentamente entre as partículas e espaços vazios dos solos e das rochas (podendo ficar
armazenada por um tempo variável); ‘Escoar sobre a superfície do solo (precipitação > infiltração no solo);
‘Evaporar dos solos, rios, lagos e oceanos retornando à atmosfera; ‘Ser transpirada pelas plantas e animais;
‘Congelar formando as camadas de gelo em montanha e geleiras.

A Hidrogeologia no Brasil:
- Formação de recursos humanos;
- Perfuração de poços conduzido por pessoal qualificado;
- Estudos mais detalhados sobre a exploração da água subterrânea.
Inventário Hidrogeológico básico do Nordeste: 1° trabalho na América latina, que descreve as
potencialidades/disponibilidades hídricas dos aquíferos da região quanto à quantidade e qualidade
para diversos usos.

DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA NO PLANETA:


De toda água presente na Terra:‘ 97,5% é Água Salgada

‘ 2,5% é Água Doce (gelo+líquida): 68,9% de gelo


31,10% de água doce líq.:96% Água Subt
4% Água Superf
Distribuição e disponibilidade de água: (Tabela)
‘A água doce não está uniformemente distribuída pela superfície do planeta, ocorrendo regiões de extrema
escassez(Norte e Nordeste) e outras com relativa abundância(Amazônia).

Águas Subterrâneas x Águas Superficiais


1- Mais abundantes (vazão menos afetada por períodos de estiagem);
2- diferentes usos urbano e rural: doméstico, industrial, agropecuária;
3- Melhores qualidades físico-químicas e bacteriológicas(dispensam,em muitos casos,tratamento físico-quím)
4- Mais protegidas contra contaminação;
5- Mais protegidas contra evaporação;
6- Mais baratas (abastecimento) - valor de perfuração dos poços e prazos de execução são inferiores em
relação às obras de captação e transporte de águas de superfície;
7- Dispensa longas redes de distribuição (poço no local) - facilitam a distribuição setorizada (distância entre
poços – reservatório geralmente é de pequena extensão);
8- Permite investimentos gradativos com a demanda;
9- Impactos ambientais com instalações são consideravelmente pequenos (restritos a área de captação - poço
tubular).
Invisibilidade da água subterrânea: fator importante que descaracteriza as águas subterrâneas
como provedora para abastecimento de água potável.
Interesse > em obras de captação e tratamento das águas superficiais, mesmo sendo financeiramente
inviáveis quando comparadas à águas subterrâneas, há um investimento < nas águas subterrâneas.

A Gestão de Ofertas x Demandas por Água


• Fim da década de 90: Países desenvolvidos começou a priorizar a gestão das demandas ( + barata).
Fornecer água e usá-la com eficiência é mais importante que ostentar sua abundância.
• Diversos países do mundo, principalmente desenvolvidos, passou a extrair água subterrânea p/
abastecimento humano (devido < custo de captação, transporte e tratamento.
Importante: (Tabela)

Gestão Integrada das Águas - Brasil


Bacia Hidrográfica: Determinada área de terreno que drena água ,partículas de solo e material dissolvido
para um ponto de saída comum, situado ao longo de um rio. Dentro de uma bacia Hidrog. Podem existir
várias sub-bacias.

Problemas à Solucionar:
• Falta destinação adequada do lixo e tratamento do esgoto; • Falta inserção de água subterrânea e de
reuso; • Falta aplicação de recurso em pesquisa e desenvolvimento; • Predomínio da gestão de oferta e
falta a gestão da demanda.

Fatores desencadeantes da degradação de água subterrânea (podem estar relacionadas com as atividades
humanas e/ou processos naturais):
• Desmatamento; • Mineração; • Atividades agrícolas: irrigação pouco eficiente - desperdício de água e
risco de contaminação por percolação excessiva; • Esgotos e fossas; • Deposição de resíduos sólidos no
solo; • Vazamento de substâncias tóxicas; • Inadequado uso e ocupação do solo nas cidades; • Poços mal
construídos e/ou abandonados.
Poço bem Construído x Buraco
• É de fundamental importância diferenciar um poço de um buraco de onde se extrai água subterrânea.
• Fontes principais de poluição/degradação da qualidade da água subterrânea é na superfície (poço é fonte
potencial de contaminação).

Funções dos aquíferos na gestão integrada


‘Produção: Fornecem água em quantidade e qualidade adequadas para os usos múltiplos.
‘Transporte: Conduzem água de uma área de recarga (onde a água infiltra) para as áreas de bombeamento,
onde estão situados os poços para explotação.
‘Estratégica: Aquífero tem capacidade de abastecer cidades, regular as descargas de rios, manter parques
ecológicos; receber recarga artificial com excedentes sazonais de estação de tratamento de água, controlar
enchentes; proteger a água armazenada da evaporação.
‘Estocagem e regularização: Estocagem de excedentes de água de enchentes dos rios (armazenam água
em períodos de chuva e cedem em épocas de estiagem para rios e lagos); estocagem de água de estações
de tratamento ou de reuso não potável de águas das cidades, indústrias e agricultura e cedem em épocas
de maior demanda.
‘Ambiental: Fornecem água para a manutenção dos ecossistemas e da biodiversidade.

2’ Aula

Os problemas mais comuns das águas subterrâneas são:


a) Superexplotação: a extração de água é > que o volume infiltrado, pode:
- Afetar o escoamento básico dos rios e secar nascentes; -Influenciar nos níveis mínimos dos
reservatórios; Provocar afundamento dos terrenos; Induzir o deslocamento de água contaminada (região
litorânea); Promover salinização do solo; Provocar impactos negativos na biodiversidade; e Pode até
mesmo exaurir completamente o aquífero.
b) Poluição das Águas Subterrâneas:
-Devido às baixas velocidades de infiltração e processos biológicos,físicos e químicos que ocorrem no
solo e na zona não saturada, os aquíferos são naturalmente mais protegidos da poluição. A poluição/
contaminação da água subterrânea pode ser direta ou indireta. Ambas podem estar relacionadas com as
atividades humanas e/ou por processos naturais.

Depois de ocorrida a poluição:


• Recuperação muito lenta da qualidade (baixas velocidades de fluxo);
• Dependendo do tipo de contaminante, essa recuperação pode levar
anos, com custos muito elevados; (Slide 23)

A crosta terrestre é um vasto reservatório subterrâneo constituído de rochas com numerosos interstícios
ou vazios, que variam em formas e dimensões.

• Rochas Ígneas: São formadas diretamente pelo resfriamento do magma.


Ex.: granitos, basaltos, diabásio
• Rochas Metamórficas: São formadas pela transformação de outras rochas, sob ação da pressão ou
temperatura. Ex.: (mármores, gnaisses, xistos, etc) Ambas são também chamadas de rochas cristalinas ou
embasamento cristalino (água subterrânea ocorre nas fraturas e fissuras das rochas).
• Rochas Sedimentares: são formadas por fragmentos de rochas préexistentes, desagregados pela erosão,
transportados e acumulados em locais propícios à deposição. São as rochas que compõem as bacias
sedimentares do Brasil, formando os maiores aquíferos.
(SLIDE 44)

• As rochas podem permitir além do armazenamento, a circulação e a extração de água (aquíferos).


• Pode-se identificar diferentes domínios aquíferos com condições de estocagem (propriedade de
porosidade), de fluxo (propriedade de permeabilidade) e de recarga natural (infiltração de água de chuva)
muito semelhantes.

Domínios aquíferos de porosidade/permeabilidade intersticial primária (porosidade granular):


Predominam em sedimentos aluviais e dunas e em rochas sedimentares.

Nos depósitos e dunas (grãos soltos ou pouco consolidado):


• Os aquíferos são livres ou freáticos, rasos e vulneráveis à contaminação;
• As condições de uso e ocupação afetam a qualidade de suas águas;
• Captação de água por meio de poços tubulares rasos e poços amazonas.
Aquífero livre: Formação geológica permeável e parcialmente saturada de água. É limitado na base por
uma camada impermeável. O nível da água no aquífero está à pressão atmosférica.
Aquífero Confinado: Formação geológica permeável e completamente saturada de água. É limitado no
topo e na base por camadas impermeáveis. A pressão da água no aquífero é superior à pressão
atmosférica.
• São os maiores reservatórios de águas subterrâneas no Brasil.
Nas bacias sedimentares brasileiras existem os seguintes sistemas hidrogeológicos,
caracterizados de acordo com a menor ou maior facilidade de armazenamento e condução de
água:Aquíferos, Aquitardos, Aquicludes.

Sistemas Hidrogeológicos em bacias sedimentares, classificados conforme a > ou < facilidade de


armazenar e conduzir água
Aquífero: • Formação geológica que contém água e permite que a mesma se movimente em condições
naturais e em quantidades significativas;
• São sistemas sub-superficiais com porosidade e permeabilidade suficientes para conduzir água em
condições de aproveitamento; • Ex. camadas de arenitos.
Aquitardo: • Camada geológica que pode armazenar água porém permite muito pouco o seu movimento.
• Ex.: corpos rochosos formados por sequências alternadas de silte/siltitos, ou por misturas em proporções
variadas de argila e arenitos finos (partículas de tamanho heterogêneo).
Aquiclude: • Camada geológica que pode armazenar água porém não permite o seu movimento (baixo
armazenamento / baixa porosidade efetiva e permeabilidade / capacidade de conduzir água praticamente
nula). • Ex.: rochas sedimentares submetidas a intensos processos de compactação/cimentação, como os
argilitos.
(SLIDE 60)

Aquífero Poroso:
• Água armazenada nos espaços entre os grãos criados durante a formação da rocha (funcionam com
esponjas onde os espaços vazios são ocupados por água);
• Ocorrem em sedimentos inconsolidados (aluviões e dunas) e em rochas sedimentares consolidadas;
• Constituem os mais importantes aquíferos (armazenam grande volume água; ocorrência em grandes
áreas); (Aquífero Guarani)
• Particularidade: sua porosidade quase sempre é homogeneamente distribuída (água flui a qualquer
direção em função dos diferenciais de pressão hidrostática do meio).
Aquífero de Fratura ou Fissural (cristalino/embasamento cristalino):
• A água circula pelas fissuras ou fraturas resultantes do fraturamento das rochas relativamente
impermeáveis (ígneas ou metamórficas);
• A capacidade destas rochas em acumularem água está relacionada à quantidade de fraturas, suas
aberturas e suas intercomunicação;
• No Brasil a importância destes aquíferos está muito mais em sua localização geográfica, do que na
quantidade de água que armazenam;
• A possibilidade de se ter um poço produtivo dependerá tão somente do mesmo interceptar fraturas
capazes de conduzir a água (há caso em que de dois poços situados a pouca distância um do outro,
somente um venha a fornecer água, sendo o outro seco).
Aquífero Cársticos:
• São os aquíferos formados em rochas carbonáticas;
• Constituem um tipo peculiar de aquífero fraturado, onde as fraturas, devido á dissolução do carbonato
pela água, podem atingir aberturas muito grandes, criando verdadeiros rios subterrâneos;
(SLIDE 72-75)

3’Aula

Águas Subterrâneas:
- Parcela da água que permanece no subsolo, onde flui lentamente até descarregar em corpos de água
de superfície, podendo ser interceptada pelas raízes de plantas ou ser extraídas em poços.
-Ocorrem preenchendo espaços formados entre os grãos minerais e as fraturas das rochas.

A importância das rochas como aqüíferos foi definida através:


- Propriedades intrínsecas (porosidade e permeabilidade);
- Condições de ocorrência (extensão, espessura e estrutura);
- Explotabilidade (fácil, regular, difícil).

Pontos relevantes para a construção do mapa hidrogeológico: olhar slide


(Slide 10)

Condições Geológicas criando aquíferos


‘Processos geológicos (dinâmica externa e interna da crosta terrestre) condicionam a formação e as
características dos aquíferos (disposição estrutural, extensão e espessura, presença de fratura e outros).
‘Uma sequência arenosa ou de cascalhos, resulta de processos sedimentares específicos (possuem
condições necessárias para uma boa porosidade e permeabilidade).
Porém, se não houver precipitação pluviométrica na região?????
A sequência é praticamente inútil em termos de produção de água.
‘Após a rocha ser formada, a continuidade dos eventos geológicos pode alterá-la de vários modos,
melhorando ou prejudicando suas propriedades aquíferas.
‘As águas subterrâneas ocorrem em rochas de todas as idades, desde as mais antigas (do Pré-Cambriano)
até as do quaternário .
‘As rochas do quaternário geralmente são aquíferos melhores, em função da porosidade e da
permeabilidade em relação as do terciário (comuns processos de compactação, cimentação, etc) .
‘Metamorfismo reduz a porosidade e a permeabilidade das rochas, contudo o fraturamento aumenta
essa porosidade e permeabilidade de forma secundária.

Aspectos climáticos e fisiográficos considerados no estudo de ocorrência de água subterrânea –


Brasil: Predomínio de clima quente e úmido (clima tropical); Extensas áreas de florestas quentes e úmidas,
e de formações como os campos, os cerrados e as caatingas (clima mais seco); Relevo com altitudes
médias; Morfologia; Clima: possui variados climas (equatorial, tropical, semi-árido e subtropical com
variados índices pluviométricos); Vegetação e solos.

Os aquíferos: Ocupam diferentes tipos de reservatórios - zonas fraturadas do embasamento cristalino


(escudo: são formados por rochas magmáticas e metamórficas)até os depósitos sedimentares cenozóicos
(bacias sedimentares).; Reúne três sistemas aquíferos: porosos, fissurados e cársticos; As bacias
sedimentares são depressões preenchidas, ao longo do tempo, por detritos ou sedimentos provenientes de
áreas próximas ou distantes, normalmente dispostas de forma horizontal.
(SLIDE 22 a 42: Mapas).

4’ Aula

Balanço hídrico e bacias hidrográficas


- O ciclo hidrológico tem uma aplicação prática no estudo de recursos hídricos que visa avaliar e monitorar
a quantidade de água disponível na superfície da terra.
- A unidade geográfica para esses estudos é a bacia hidrográfica, definida como uma área de captação da
água de precipitação,demarcada por divisores topográficos, onde toda água captada converge para um
único ponto de saída, o exutório. (Slide 21)

• Características físicas de uma bacia hidrográfica


– aquelas que podem ser extraídas de mapas, fotografias e imagens de satélites. Basicamente são áreas,
comprimentos, declividades e coberturas do solo medidos diretamente ou expressos por índices;
–grande importância para a hidrologia: existe uma estreita Bacia Hidrográfica correspondência entre o
regime hidrológico (formação do escoamento) e estes elementos;
– Principais características:
1. Área de drenagem; Projeção horizontal (área plana) da área inclusa entre os divisores topográficos da
bacia; Principal indicador da potencialidade hídrica de uma região; expressa em hectares ou km²;
Normalmente, determina-se o perímetro da bacia junto com a sua área.
2. Forma da bacia: A forma superficial de uma bacia hidrográfica é importante devido ao tempo
de concentração (tc), definido como o tempo, a partir do inicio da precipitação, necessário para que toda a
bacia contribua na seção de deságue,ou seja, é o tempo que a água leva para deslocar-se do ponto mai
s remoto da bacia até sua saída; (Slide 26)
3. Sistema de drenagem;
4. Relevo da bacia

Interceptação vegetal
Refere-se à coleta de chuva sobre a superfície das plantas. Pode atingir até 25% da precipitação anual total.
Os fatores que mais influenciam na quantidade de água interceptada são:
- Tipo de vegetação (mais exuberante: > interceptação);
- Densidade da vegetação (mais densa: > interceptação);
- Estágio de crescimento (plantas + desenvolvidas: > interceptação);
- Estação do ano (época ocorrência de queda de folha: < interceptação). (Slide 29)
A interceptação depende de um modo geral:
‘Intensidade da chuva→Maior intensidade menor intercepção.
‘Área vegetada ou urbanizada (Av)→Maior a área Av maior o volume da interceptação.
‘Característica da vegetação ou dos obstáculos→Maior o tamanho das folhas, maior a capacidade de
armazenamento O volume interceptado retorna para a atmosfera por evaporação, após a ocorrência da
chuva.
Interceptação: Tipo e densidade de vegetação. Este processo interfere no balanço hídrico da bacia
hidrográfica, funcionado como um reservatório que armazena uma parcela da precipitação para consumo.
A intercepção influencia na vazão ao longo do ano, retarda e atenua o pico de cheias e favorece a
infiltração da água no solo. O processo depende de fatores climáticos (intensidade da chuva) e físicos da
bacia (áreas vegetadas). (Slide 36)

Fatores que intervêm na infiltração: Cobertura vegetal: Um solo coberto por vegetação é mais permeável
do que um solo desmatado; Inclinação do terreno: em declividades acentuadas a água corre mais
rapidamente, diminuindo o tempo de infiltração; Tipo de chuva: Chuvas intensas saturam rapidamente o
solo, ao passo que chuvas finas e demoradas têm mais tempo para se infiltrarem; Umidade do Solo: Por
exemplo em um solo mais úmido a infiltração é menor do que um solo mais seco; Temperatura
Escoamento no solo é laminar (tranquilo) em função da viscosidade da água. Quanto maior a temperatura
maior a infiltração de água no solo.
A água em excesso no solo vai infiltrar, percolando* em profundidade, passando pelo subsolo não
saturado e alimentando o subsolo saturado.
*Percolação: migração de fluídos na forma de um fluxo laminar através de fraturas ou poros de
material sólido.
A enxurrada somente tem início após satisfeitas as demandas de Interceptação, Retenção Superficial,
Detenção Superficial e Infiltração. (Slide 48 a 50)

5’ Aula

‘Além da força gravitacional e das características dos solos, sedimentos e rochas, o movimento da água no
subsolo é controlado também pela força de adesão (atração molecular) e de coesão (tensão superficial).
‘Conforme o tamanho do poro a água pode ser (classificação física da água no solo):
Água gravitacional: ( ocupa os poros maiores sendo retida levemente pelas partículas, sendo removida
(drenada) pela força da Gravidade);
Água higroscópica (está firmemente fixada (retida) por adsorção às partículas minerais do solo;
Formam delgadas ou finas camadas ,capas ou filmes, em torno das partículas do solo, Não se movem,
nem por capilaridade e nem por gravidade ,só se movimentam sob a forma de vapor d'água,; É uma água
indisponível às plantas.).
Água Capilar: (É retida pela tensão superficial em forma de películas em torno das partículas do solo;
pode ter movimento contra a força da gravidade; é disponível as pltantas.

Limite inferior de percolação de água no subsolo: ocorre quando as rochas não admitem mais
espaços abertos (poros/fraturas) devido a pressão de rochas sobrejacente. Toda água de infiltração
tende a atingir este limite inferior, onde sofre um represamento, preenchendo todos os espaços
abertos em direção à superfície.

No subsolo, duas zonas podem ser diferenciadas quanto a presença da água: zona saturada(Porção das
rochas ou sedimento onde os interstícios estão totalmente preenchidos por água; Corresponde a zona de
ocorrência das águas subterrâneas (maior interesse hidrogeológico). e zona não saturada,ou vadosa
ou de aeração (Localizada acima do nível da zona saturada; Porção das rochas ou do solo onde os
interstícios estão preenchidos por ar ou ar e água (onde o movimento da água se dá em função da
força de gravidade).
O limite entre estas duas zonas é uma importante superfície denominada superfície freática, nível da
água subterrânea, nível d'água (NA), nível freático ou lençol freático. (Slide 11,13)
O nível freático tem uma relação íntima com os rios.
• Rios cuja vazão aumenta para jusante são chamados de rios efluentes, e são alimentados pela água
subterrânea (típico de regiões úmidas).
• Rios cuja vazão diminui a jusante são denominados rios influentes, como consequência da recarga da
água subterrânea pela água de curso superficial (a água do rio infiltra-se para o nível freático e o rio
poderá secar - comum em áreas semiáridas ou áridas). (SLIDE 18)
• Em áreas áridas, onde a evaporação é intensa e > que a precipitação, pode ocorrer inversão sazonal da
infiltração (parte da água subterrânea tem movimento ascendente por capilaridade, atravessa a zona não
saturada (vadosa) para alimentar a evaporação na superfície do solo).
• Este processo é responsável pela salinização dos horizontes superficiais do solo (sais dissolvidos na
água subterrânea acabam precipitando e cimentando os grãos constituintes do solo).

Porosidade do Material Geológico


Porosidade: Propriedade física que relaciona o volume de poros e o volume total de certo material
(rocha, regolito ou solo).
• É a % de espaços vazios numa rocha, sedimento ou solo.
• Depende da forma e tamanho dos grãos e do grau de empacotamento.
• A porosidade é maior nos sedimentos e em rochas sedimentares (10-40%) do que em rochas ígneas e
metamórficas (1-2%).
Dois tipos de porosidade:
Primária: Gerada juntamente com o sedimento ou rocha.
• Em rochas sedimentar é caracterizada pelo espaço entre os grãos (porosidade intergranular) ou nos
planos de extratificação.
• Em materiais sedimentares o tamanho e forma das partículas seu grau de seleção e presença de
cimentação influenciam a porosidade.
Secundária: Se desenvolve após a formação das rochas ígneas, metamórficas e sedimentares por
fraturamento ou falhamento durante sua deformação (porosidade de fraturas).
Porosidade cárstica: tipo especial de porosidade secundária em rochas solúveis (como calcários e
mármores), devido a reação de dissolução. (SLIDE 24 a 27)

Águas em sedimentos inconsolidados (porosidade granular)


• Apresenta muitas vantagens, sendo prioritária sua busca para captação de água.
– Fáceis de perfurar; Encontram-se em vales, com níveis rasos, pequenos recalques; Geralmente boa
porosidade e permeabilidade. Ex.: Aluviões, dunas, depósitos coluviais.
Águas em rochas sedimentares (porosidade granular e porosidade cárstica)
• Arenitos – permeabilidade aumenta com a porosidade;
• Arenitos argilosos, siltitos e argilitos – pouco permeáveis;
• Rochas carbonáticas – geralmente mais permeáveis (porosidade secundária). Ex calcário
Águas em rochas ígneas e metamórficas (porosidade de fratura)
• Porosidade e permeabilidade primárias praticamente nulas;
• Porosidade e permeabilidades secundárias: fraturas.
• Cristalino em regiões semi-áridas
– Água de baixa qualidade; – Poços pouco produtivos
• Cristalino em regiões úmidas
– Águas de boa qualidade; – Poços mais produtivos. (SLIDE 31)

Permeabilidade: é a propriedade dos materiais conduzirem água e depende do tamanho dos poros e da
conexão entre eles. O principal fator que determina a disponibilidade de água subterrânea não é a
quantidade de água que os materiais armazenam, mas a sua capacidade em permitir o fluxo de água
através dos poros.
• Ex.: sedimento argiloso - possui alta porosidade e é praticamente impermeável (poros muito pequenos
– água fica presa por adsorção).
• Ex.: Derrames basálticos, onde a rocha em si não tem porosidade alguma, mas possui abundantes
fraturas abertas e interconectadas. Volume de poros e tamanho de partículas em sedimentos, mostrando
que a permeabilidade diminui com o aumento da porosidade e redução do tamanho da partícula.

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