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Os sete primeiros minutos do documentário Juízo mostram a audiência da juíza com um menor que se envolveu no

roubo de uma bicicleta. O menor foi convidado por outro rapaz, Alex, e os dois cometem a infração. Alex aborda a
vítima, subtrai a bicicleta e o menor sai pedalando-a. Questionado pela juíza sobre o porquê que ele participou da ação,
o menor usou de um ato falho e disse que Alex o chamou, falou que era de uma facção e que praticamente o obrigou a
praticar o roubo. A juíza não aceitou o argumento do menor dizendo que ele, um menino saudável, com dois braços e
duas pernas, poderia estar fazendo algo lícito ao invés de roubar. Na tentativa de tentar diminuir a pena do menor,
conseguindo uma liberdade provisória assistida, usou o argumento da participação de menor importância. A juíza não
tem certeza se a participação do menor foi de menor importância, porque ela só tem apenas a verdade processual, e o
menor já tinha outra infração por drogas e fugiu do local de onde estava internado, fato esse que justifica a manutenção
da decisão de o manter internado. O menor, ao ser interrogado pela juíza parece esboçar indiferença.

Faculdade Anhanguera
Curso: Direito 1º sem. “B”
Disciplina: Psicologia Aplicada ao Direito
Professora: Rachel Rabelo
Aluna: Jaine Pereira da Silva Pacheco RA: 358801216195

Mais um caso de feminicídio – o sétimo do ano de 2019 – aconteceu no Paranoá no dia 31/03. Um homem,
Mateus Galheno, de 22 anos, insatisfeito com o término do relacionamento de dois anos, matou a ex-companheira,
Isabella Borges, na frente de um dois filhos do casal, de 1 ano, e se suicidou logo depois.
O feminicídio é o termo criado para diferenciar o assassinato de uma mulher por razões ligadas ao gênero, por
sua condição de mulher. Entre janeiro e julho de 2018, o Ligue 180 registrou 3.018 tentativas de feminicídios e 14
feminicídios no Brasil. Ainda de acordo com os dados, 2.4 mil foram vítimas de violência sexual, mais de 16.615 mil
sofreram violência física e 1,3 mil relataram cárcere privado, entre outras manifestações.
A advogada Ilka Teodoro, diretora da ONG Artemis, diz que esses números revelam a importância de divulgar
esses casos para mapear e encontrar políticas públicas eficazes: “Tudo aquilo que a gente não vê a gente não consegue
combater. Mapear e dar visibilidade para os números é extremamente necessário para se identificar as necessidades de
cada região e como agir”. Advogada defende também que é preciso denunciar para que esse quadro mude e outras
mulheres fiquem estimuladas a denunciar também.
Muitas vezes as vítimas não tomam nenhuma atitude contra o agressor, pois acredita que depende
financeiramente do homem, ou que o comportamento dele vá mudar ou por temer por sua integridade física. Porém, a
situação se agrava cada vez mais, culminando no feminicídio.
Por fim, é preciso distinguir o feminicídio dos homicídios praticados por mulheres, prevenir, punir. Além disso,
tipificar o feminicídio como crime no código penal brasileiro contribuirá para o combate à violência contra a mulher.

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