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(Soldadura a estanho)
Por :
Eng. Omar Anlaue e
Eng. Sidónio Navesse
2007 Março
Plano de Trabalho
Há duas formas essenciais práticas de soldadura a estanho: a soldadura ponto-por-ponto e
a soldadura de onda.
Será sobre estas duas modalidades de soldadura que iremos abordar neste guião, com
ênfase especial para o método de ponto-por-ponto por ser o mais comum e popular.
Soldar
A junção metalúrgica a baixa temperatura na qual a solda (o metal que junta) tem um
ponto de fusão muito baixo que as superfïcies a juntar (os substractos). Dada essa sua
baixa temperatura de fusão, a solda pode derreter e entrar em contacto com os substractos
sem os derreter. Durante o processo de soldadura, a solda derretida molha as superfícies
do substracto (espalhando-se neles) e solidifica ao arrefecer para formar uma junção
sólida.
Depois do arrefecimento dos metais, a junção que resulta não é tão forte como os metais
da base (os substractos), mas tem uma força adequada, condutividade eléctrica, ou (em
latoaria) fechando suficientemente para não deixar uma fuga de água.
Diz a história que a soldadura é uma técnica muito antiga como a história dohomem de
quando começa a produzir ferramentas e utensílios metálicos.
Soldadura a estanho
Para quem queira trabalhar em electrónica, é inevitável o contacto com esta técnica de
soldadura. Precisa dela para montar, dissoldam componentes para análise ou reparar
aparelhos.
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Note-se que quando usada de forma inadequada, a soldadura a estanho poderá também
ser uma fonte de avarias imediatas ou a médio prazo.
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Formas de soldadura a estanho
Soldadura de onda
Esta forma é usada como processo de soldadura em larga escala através do qual
componentes electrónicos são soldados a uma placa de circuito impresso (PCB) para
formar um aparelho electrónico.
O seu nome deriva do facto de que o processo usa um tanque (cadinho) para conter uma
quantidade de solda derretidda; O estanho estará quente e em estado líquido. O cadinho,
que comporta o estanho líquido, é equipado com uma turbina que gera uma onda. Esta
onda lançará o estanho quente e líquido sobre a placa com os componentes quando passar
sobre o cadinho. Esta passagem da placa é feita à custa duma esteira rolante.
Soldadura ponto-por-ponto
A soldadura ponto-por-ponto é feita com o ferro de soldar. Se se tiver que soldar mil
pontos numa placa, terão que ser visitados um a um todos os mil pontos com o ferro de
soldar. Mas na verdade, esta forma de soldar é de longe a mais usada para reparação,
análise e diagnóstico de aparaelhos e aquela que requer do executante um conhecimento
tanto do método como dos equipamentos que são requeridos.
Pode-se ainda de forma imediata adiantar que o equipamento é simples e mais barato que
a soldadura por onda. Doutro lado, o equipamento básico, o ferro de soldar, é portátil e
portanto, fácil de ir na mala de ferramentas para onde for necessário.
Ela é lenta de se executar, requer habilidade do executante e por ser lenta, não é usada
para o fabrico em série de aparelhos electrónicos. Mas é com essa forma que se
dissoldam componentes para análise e se reparam aparelhos.
Ferro de soldar
Estanho com resina
Esponja ou pano grosso
Lixa fina
Chupa-solda ou malha metálica de limpeza
Bicos de soldar
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Como soldar
Precauções
Antes de deitarmos mão à arte de soldar, há necessidade de colocarmos aqui uma série de
precauções de segurança particularmente necessárias.
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Pronto para começar a soldar
Pegue no ferro de soldar como quem pega numa caneta, perto da base da
pega.
Deixe que a junta arrefeça por alguns segundos anets de mexer as peças do
circuito ou a placa.
Inspeccione a soldadura
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O ferro de soldar
Qualquer destes ferros tem o seu lugar e seu valor na bancada duma oficina. O mais
usado e possívelmente mais barato é o ferro eléctrico (veja a fig. 1).
Mas cabe aqui informar que o ferro a gaz, carvão ou a maçarico, são importantes na
medida em que há vezes sem conta que temos que soldar for a da zona da energia
electrica. Neste contexto, é fortemente recomendável que se tenha na oficina um desses
ferros para fazer face a situações de trabalho for a das oficinas, como por exemplo, numa
vala para interligação de cabos ou colocação de conectores.
Outro aspecto que tambem deve merecer atenção é a potência do ferro de soldar. Para o
ferro eléctrico e para uso corrente em electrónica, um ferro de 30 W será suficiente.
No entato, também se recomenda que se tenha na oficina um ferro de 100 W para fazer
face a soldaduras de elementos ligados a chassis e que podem absorver muito calor.
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6. Cabo de alimentação
7. Pega em plástico e geralmente reforçado a fibra de vidro
8. Condutor revestido
9. Ligação à terra
10. Falange em aço niquelado
11. Fios de resistência para aquecimento isolados por mica natural ou fundidos em
cerâmica
12. Parafuso de aperto
O bico de ferro de soldar é uma das mais importantes partes deste equipamento. Por isso
deve merecer um tratamento adequado. Há várias formas e tamanhos de bicos,
dependendo da necessidade de uso (veja Fig. 3)
O bico é parte removível do ferro de soldar. Portanto, um ferro pode estar acompanhado
de vários tipos e tamanhos de bico e serem colocados de acordo com o ponto de
soldadura.
Doutro lado, a eficácia com que aquece, depende o sucesso da soldadura, razão pela qual
o bico deverá estar bem limpo antes de se começar a soldar.
A sua limpeza pode ser feita por uma esponja e não raras vezes terá que ser feito por uma
lixa para remover a oxidação que se verifica neste ponto do ferro.
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O Estanho
O estanho, de símbolo Sn, é um elemento metálico usado pelo homem desde há séculos.
Estanho tem sido encontrado em tumbas no Egito. Os antigos egípcios consideravam o
estanho e o chumbo como formas diferentes do mesmo metal.
Ele ocupa o grupo 14 ou IVa da Tabela Periódica, e tem número atômico 50 (o que o
coloca na família dos Metais Representativos). Proveniente do minério de cassiterita, este
metal apresenta como principal característica, elevada resistência anticorrosiva. Por este
motivo é muito empregado em processos de eletro-deposição em chapas de aço onde
actua consideravelmente bem contra oxidação e humidade.
Principais Ligas
As ligas de estanho mais comuns são o bronze (estanho e cobre), a solda (estanho e
chumbo), e estanho, chumbo e antimônio. Também é usado em liga com titânio na
indústria aeroespacial.
As soldas macias, como as usadas em eletrónica, são ligas de estanho chumbo, algumas
vezes com adição de bismuto; as soldas duras são ligas de prata, cobre e zinco (solda
prateada).
Solda Estanho-Chumbo
As soldas são produzidas na forma de lingotes, ánodos, pastas, barras e vergas
extrudadas, fitas laminadas e fios, estes últimos com ou sem injecção de um núcleo de
resina, e trefilados nas formas e diâmetros especificados pelo cliente (Fig. 4).
Estes produtos são finalmente acondicionados em carretéis e caixas para atender às mais
diversas utilizações.
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Se as juntas forem projetadas com técnica, e executadas de maneira correta, permitirão
que a união entre os metais e a solda propriamente dita se faça com modificação da
estrutura cristalina, apresentando resistência mecânica final muito superior à da solda
isoladamente, sem que ocorra a fusão dos metais a serem soldados.
Também a transmissão de calor e corrente elétrica se faz com bom desempenho através
da junta soldada, o que permite a sua utilização em componentes elétricos e circuitos
eletrônicos.
O chumbo serve como elemento de diluição para redução de custo, face ao seu menor
valor comercial, mas também pode contribuir tecnicamente em alguns aspectos, como o
de reduzir a temperatura de fusão para uma grande "família" de ligas, além de melhorar
as propriedades mecânicas das juntas soldadas.
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Além do chumbo, outros metais são, às vezes, intencionalmente adicionados às soldas de
estanho, com o objetivo de modificar propriedades mecânicas e/ou alterar o desempenho
destas ligas em serviço.
Pequenas adições de até 0,5% de antimônio não afetam a soldabilidade, mas garantem a
ausência do alumínio, um importante contaminante pela facilidade com que produz
óxidos.
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Bibliografia
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