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África
África
Texto Complementar
Aspectos Físicos
As consequências da colonização
Os colonizadores impuseram aos africanos um modelo de economia e sociedade típico dos povos
europeus e, com isso, destruíram a organização social original desses povos.
Uma das consequências da dominação colonial é a economia dependente, subordinada ao mercado
internacional. Antes da colonização, a economia desses povos era autossuficiente, ou seja, eles produziam
praticamente tudo àquilo que precisavam e quase não recorriam a trocas comerciais. Os colonizadores destruíram
essas economias e, no seu lugar, implantaram uma economia comercial, tanto agrícola quanto mineral, voltada
para o mercado externo, isto é, para atender as necessidades dos países desenvolvidos.
Para estabelecer essa economia comercial, os colonizadores organizaram grandes plantações, onde se
cultivava apenas gênero agrícola. Esse tipo de exploração recebeu o nome de plantation.
Os melhores solos, como é óbvio, foram utilizados para essas grandes plantações coloniais, ficando os
piores para o cultivo de alimentos para a população local. Essa prática acabou perdurando mesmo depois da
independência dos países africanos, pois suas economias já estavam voltadas para a exportação de produtos
agrícolas. Com exceção de poucos países, os problemas de fome e subnutrição são notórios nesse continente.
África Setentrional
A África Branca, do norte ou setentrional é formada por Estados onde predominam os povos caucasoides,
isto é, com a cor de pele mais clara. Com exceção do Sudão, em geral os povos que habitam essa parte da África
são de origem árabe. E mesmo no Sudão a etnia predominante é chamada de árabe-sudanesa, ou seja, são
descendentes de árabes, especialmente
egípcios, que dominaram o país durante
séculos. A religião mulçumana ou islâmica
predomina em toda essa região africana.
Existe cerca de 200 milhões de
habitantes na África Branca, o que equivale
a mais ou menos 20% do total da população
do continente africano. O norte da África
praticamente representa uma continuação
do Oriente Médio, que fica na Ásia, do outro
lado do Canal de Suez, construído entre os
continentes africano e asiático para ligar o
mar Mediterrâneo ao Vermelho.
África Subsaariana
O Apartheid
O apartheid foi implantado na África do Sul após sua independência completa do Reino Unido, em 1961.
Antes disso já havia enormes desigualdades entre brancos e negros, pois uma das bases do colonialismo é
exatamente a divulgação, pelos colonizadores, de sua “superioridade” racial em relação aos colonizados. Quem
mais defendeu o apartheid foi a população branca de origem holandesa, chamada de africânder, muito mais
radical no seu racismo que a de origem inglesa.
Na África do Sul, o novo governo, representante da minoria branca, achou que era necessário oficializar as
diferenças étnicas para manter os privilégios dos brancos e evitar uma maior participação dos negros nas
decisões. Nas décadas de 1960 e 1970, o apartheid foi aperfeiçoado, tornando-se mais radical. As diferenças entre
brancos e negros se ampliaram.
Algumas leis rigorosas foram criadas, estabelecendo, por exemplo, que nenhum negro tinha o direito de
adquirir terras; que era proibido o casamento de brancos com pessoas de outra etnia; que era proibido o acesso
de negros a certos hotéis, restaurantes de luxo, etc.; que nenhum negro podia hospedar ninguém, nem mesmo
parentes, por mais de 72 horas em sua casa. Tudo isso representou uma tentativa de controlar melhor a maioria
negra, de evitar que ela se organizasse e lutasse contra o regime imposto pela minoria branca.
Depois de um boicote internacional, liderado pela ONU, contra o sistema oficial de racismo na África do
Sul, o governo do país percebeu que a situação estava insustentável e resolveu eliminar gradativamente o
apartheid. No início ele queria somente abrandar esse regime para aplacar o boicote internacional, mas com o
tempo e grandes manifestações de grupos africanos, se viu obrigado a promover eleições e permitir a presença de
partidos políticos e candidatos negros.
A partir de 1994, com a realização das primeiras eleições livres e multirraciais na África do Sul para os
cargos de legislativos e para a presidência da República, desapareceu oficialmente o apartheid. Uma nova
Constituição foi promulgada, tornando iguais os direitos de todas as pessoas, qualquer que seja sua etnia ou cor
da pele, e, além disso, várias línguas dos povos africanos foram oficializadas no país.
Nelson Mandela, um famoso ex-preso político da África do Sul, tornou-se o primeiro presidente negro da
história do país. Ele tentou organizar uma união nacional, com a participação no seu governo de negros e brancos,
representados por seus partidos políticos.