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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE SONGO

Licenciatura em Engenharia Hidráulica

DISCIPLINA: Topografia
H 12

Tema: Método de Levantamento Clássico

Discentes: Docente:
Jorge Dinis Manhepe dr. Pita Naissone Pita Jasse

Songo, Agosto 2019


Índice
1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1. Objetivo Geral: ................................................................................................................. 1

1.2. Objetivo especifico:.......................................................................................................... 1

2. Levantamento clássico ............................................................................................................. 2

2.1. Método do levamento clássico ......................................................................................... 2

2.1.1. Principais métodos do levantamento clássico ........................................................... 2

2.1.2. Tipos de instrumentos utlizado para cada método de levantamento ......................... 6

3. Poligonação e poligonais ......................................................................................................... 9

3.1. Tipos de poligonais ........................................................................................................ 10

3.1.1. Poligonal fechada .................................................................................................... 10

3.1.2. Poligonal aberta ...................................................................................................... 11

3.1.3. Poligonal amarrada ................................................................................................. 11

4. Conclusão .............................................................................................................................. 12

5. Bibliografia ............................................................................................................................ 13
1. Introdução

O presente trabalho de Topografia com o tema nasce das necessidades dos Estudantes visto que o
tema visa trazer e adquirir conhecimentos para a carreira estudantil e profissional nesta área de
Engenharia Hidráulica e para a sociedade em geral. Tem como

1.1. Objetivo Geral:

 Abordar acerca dos Métodos de Levantamento Clássico;

1.2. Objetivo especifico:

 Descrever cada método e procedimento.

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2. Levantamento clássico

O levantamento clássico é então utilizado no levantamento de pequenas áreas quando se pretende


a elaboração de cartas a escalas grandes (usualmente maiores do 1:1000) com pequenos valores
de equidistância natural.

2.1. Método do levamento clássico

Existem vários métodos passíveis de serem utilizados no levantamento de pontos de pormenor,


cuja escolha depende da situação em que decorre cada trabalho de campo, nomeadamente se
trata de zonas urbanas ou rurais, do tipo de cobertura do terreno, da densidade do pormenor a
representar, do relevo da superfície, etc.

2.1.1. Principais métodos do levantamento clássico

Os principais métodos do levantamento clássico são:

 Método da Irradiação;
 Método de levantamento por intersecções;
 Método de Levantamento por triangulação e trilateração;
 Método de levantamento por normais;
 Método por poligonais.

2.1.1.1. Método da Irradiação

Este método de levantamento clássico é um dos mais utilizados no levantamento de pontos de


pormenor, em zonas não muito urbanizadas e não densamente arborizadas, quer seja utilizado
um taqueómetro, quer seja utilizada uma estação total, Utiliza uma ou várias estações, consoante
a extensão da zona a levantar e o seu relevo.

Figura apresenta-se esquematicamente a utilização do método de irradiação

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2.1.1.2. Método de levantamento por intersecções

O levantamento por intersecções engloba os métodos seguintes:

2.1.1.2.1. Intersecção direta

Utilizado para pontos que se prestam a ser observados diretamente de duas ou mais estações, e
cujo posicionamento se reveste da necessidade de rigor e precisão.

Este método é muito utilizado principalmente em operações de apoio de trabalhos de campo,


nomeadamente no estabelecimento de uma poligonal de apoio.

Estaciona-se um aparelho topográfico nas estações A e B e delas se para o ponto pretendido,


permitindo o seu posicionamento. Quanto maior for a distância dos pontos A e B ao ponto a
posicionar menor será o erro nas observações angulares e maior é o erro transmitido às suas
coordenadas devido a um erro na determinação dos rumos das direções com ele formadas.

Figura 1 – Intersecção direta

2.1.1.2.2. Intersecção lateral

É utilizado quando se pretende simultaneamente efetuar trabalhos de apoio topográfico e


proceder ao levantamento de pontos de pormenor. Na Figura abaixo apresenta-se
esquematicamente o método de intersecção lateral.

Figura 2 – Intersecção lateral

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Os pontos A e B do terreno estão materializados numa carta, sobre a qual se pretende localizar a
imagem do ponto P da superfície natural. Estaciona-se em P e num dos outros dois pontos (por
exemplo em A) um aparelho topográfico e definem se os ângulos γ (APB ∧ ) e α (PAB ∧ ). Na
carta, com origem sobre o ponto a, marca se o ângulo e define-se o segmento ap, com origem em
p marca-se o ângulo e define-se o segmento pb, cuja interceção com o segmento ab será sobre o
ponto b.

2.1.1.2.3. Intersecção inversa

É utilizado na situação em que se pretende a definição precisa da posição de um ponto X da


superfície natural sobre uma carta ou se pretende a determinação das suas coordenadas. Para o
efeito recorre-se a observações efetuadas dele para, pelo menos, três outros pontos de
coordenadas conhecidas posicionadas na sua proximidade.

Estaciona-se um aparelho topográfico em X e dele efetuam-se leituras de ângulos, e


contabilizam-se distâncias e diferenças de nível, para os pontos A, B e C. Para o posicionamento
do ponto X na carta utilizam-se os dados de campo obtidos e traçam-se segmentos de recta
orientada, a partir dos pontos A, B e C já implantados na carta, com comprimentos
correspondentes às distâncias definidas e transformadas à escala da carta.

Figura 3 – Intersecção inversa

2.1.1.3. Método Levantamento por triangulação e trilateração

A triangulação- como já foi referido anteriormente, consiste na definição da posição, à


superfície terrestre, de pontos constituindo vértices de polígonos, através da medição de todos os

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ângulos internos dos mesmos, da medição do comprimento de um dos lados e da definição do
rumo de uma direção.

A trilateração- apresenta os mesmos objetivos da triangulação mas utiliza os comprimentos de


todos os lados dos polígonos, em lugar de considerar os ângulos internos.

2.1.1.4. Método de levantamento por normais

Este método em grande importância no levantamento de pontos de pormenor em zonas


densamente urbanizadas, para definição de detalhes de edificações, arruamentos, redes (elétrica,
abastecimento de água, saneamento, etc.), etc.. Aplica-se em levantamentos em grande escala
(1:500 a 1:5000).

Figura 4 – Alinhamento por normais

Definidos os alinhamentos XY, WK e UZ, vão-se marcando as normais aos mesmos passando
pelos pontos a, b, …, m, e medindo os respetivos comprimentos. O posicionamento, ao longo
dos alinhamentos definidos, dos pontos sobre os quais são marcadas as normais referidas, é
conseguido através da medição de distâncias a pontos de referência, que podem ser, por
exemplo, as extremidades dos alinhamentos referidos, como esquematizado na Figura.

Figura 5 – Posicionamento da normal

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2.1.2. Tipos de instrumentos utlizado para cada método de levantamento

Os instrumentos utlizado para cada método de levantamento são:

 Teodolitos;
 Trenas;
 Níveis de Luneta
 Estação Total
 GNSS
 Bússolas.

2.1.2.1. Teodolitos

Os teodolitos são equipamentos destinados à medição de ângulos verticais e horizontais e


juntamente com o auxílio da mira-falante, para medição de distâncias horizontais e verticais.

Atualmente existem diversas marcas e modelos de teodolitos, os quais podem ser classificados:

a) Pela finalidade: Topográficos, geodésicos e astronómicos;

b) Quanto à forma: Mecânicos – Óticos;

c) Automáticos – Óticos ou Digitais;

d) Quanto à precisão: Precisão baixa ± 30” Precisão média ± 07” Precisão alta ± 02”

Figura 6a- Teodolitico otico Figura 6b- Teodolitico


electronico

Os teodolitos são compostos pelos seguintes eixos pela Figura abaixo:

Eixo vertical, principal ou de rotação do Teodolito (em verde);

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Eixo de colimação ou linha de visada (em vermelho);

Eixo secundário ou de rotação da luneta (em azul).

Figura 7-Três eixos principais do teodolito

2.1.2.2. Trenas

Instrumento muito usual utilizado para mensurar distâncias horizontais (mais comum) e
diferenças de nível, Se utilizado de forma adequada pode-se ter boas respostas quanto à precisão.

Figura 8 - Trena em fibra de vidro

2.1.2.3. Níveis de Luneta

De modo geral, os níveis de luneta ou níveis de Engenheiro ou simplesmente níveis, são


equipamentos destinados à determinação de distâncias verticais ou também chamadas de
diferenças de nível entre dois ou mais pontos.

Figura 9 – Alguns níveis de luneta atuantes no mercado.

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2.1.2.4. Estação Total

Estação total é um instrumento eletrónico utilizado na obtenção de ângulos, distâncias e


coordenadas usadas para representar graficamente uma área do terreno, sem a necessidade de
anotações, pois todos os dados são gravados no seu interior e descarregados para um PC, através
de um software, podendo ser trabalhados com auxílio de outros softwares.

Esse instrumento pode ser considerado como a evolução do teodolito, onde adicionou-se um
distanciómetro eletrónico, uma memória temporária (processador), uma memória fixa (disco
rígido) e uma conexão com um PC, montados num só bloco.

Figura 10 - Estação Total da marca Topcon com GNSS integrado

2.1.2.5. GNSS

Global Navigation Satellite System – GNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite) são
sistemas que permitem a localização tridimensional de um objeto em qualquer parte da superfície
da Terra, através de aparelhos que recetam ondas de rádio emitidas por seus respetivos satélites.
O GNSS inclui diversos sistemas, são eles: GPS, GLONASS, GALILEO e COMPASS.

Figura 11 – Constelação (esquerda) e plano orbital (direita) do GPS.

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2.1.2.6. Bússolas

É um instrumento de orientação baseado em propriedades magnéticas da Terra. Pesquisas


geológicas recentes, afirmam que a parte central da Terra seja constituída por ferro fundido.
Correntes elétrica existentes dentro deste núcleo de ferro seriam as responsáveis pela existência
do campo magnético.

As bússolas são geralmente compostas por uma agulha magnetizada colocada num plano
horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade de forma que possa girar livremente, e que se
orienta sempre em direção próxima à direção norte-sul geográfica de forma a ter a ponta
destacada, geralmente em vermelho, indicando o sentido que leva ao Norte magnético da Terra.

Figura 12 - Diferentes tipos de bússolas.

3. Poligonação e poligonais

A poligonação - é uma operação tridimensional que permite transporte simultaneamente


Coordenadas cartográficas e altitudes ortométricas.

Poligonais- são mais do que um conjunto de sucessivos segmentos de recta formando uma linha
poligonal da qual se medem os comprimentos dos lados e os ângulos que estes formam.

Antes da apresentação do método de levantamento por poligonação, convém definir poligonal,


indicando os três tipos diferentes de poligonais que podem ser consideradas num trabalho
topográfico.

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3.1. Tipos de poligonais

3.1.1. Poligonal fechada

É aquela em que uma figura constituída por vários segmentos de recta constituindo uma linha
quebrada, de tal forma que o primeiro e o último vértices são coincidentes.

Figura 13 – Poligonais fechada

3.1.1.1. Cálculo de área de poligonais fechadas (métodos analíticos).

A partir dos dados medidos em campo (ângulos e distâncias), orientação inicial e coordenadas do
ponto de partida é possível calcular as coordenadas de todos os pontos da poligonal. Inicia-se o
cálculo a partir do ponto de partida (costuma-se empregar a nomenclatura OPP.
para designar o ponto de partida). A figura a seguir ilustra o processo de cálculo.

Figura 14 - Cálculo das coordenadas.

Onde;
Az: Azimute da direção OPP-P1;
d: distância horizontal entre os pontos OPP e P1;
Xo e Yo: Coordenadas do ponto OPP;
X1 e Y1: Coordenadas do ponto P1.
As coordenadas do ponto P1 serão dadas por;
X1 = Xo + ∆X
Y1 = Y0 + ∆Y

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Onde ∆X e ∆Y são calculados por:
∆X = × d sen(Az)
∆Y = d ×cos(Az).

3.1.2. Poligonal aberta

É aquela em que quando a linha quebrada começa num ponto de coordenadas conhecidas e
termina num outro de coordenadas desconhecidas.

Figura 15 – Poligonais aberta

3.1.3. Poligonal amarrada

É aquela em que quando a linha quebrada começa e termina em vértices de coordenadas


conhecidas.

Figura 16 – Poligonais amarrada

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4. Conclusão

A concluir o presente trabalho é de salientar que o levantamento clássico é então utilizado no


levantamento de pequenas áreas quando se pretende a elaboração de cartas a escalas grandes com
pequenos valores de equidistância natural e que para tal depende da situação em que decorre
cada trabalho de campo, nomeadamente se trata de zonas urbanas ou rurais, do tipo de cobertura
do terreno, da densidade do pormenor a representar, do relevo da superfície.

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5. Bibliografia

 COELHO, Rosa Marques dos Santos; RIBEIRO, Paulo Flores; Topografia, Método de
Levantamento Clássico; 2006/2007.
 ASSOCIACÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT). NBR 13133 : execução
e levantamentos topográficos. Rio de Janeiro, 1994. 35p.
 DOMINGUES, F. A. A. Topografia e astronomia de posição: para engenheiros e
arquitetos. São Paulo. Editora MC GRAW Hill do brasil, 1979. 403p.
 Apostila – Fundamentos de topografia – Luís Viegas Maria Zanette e Pedro Faggion/UEPR.
2007.

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