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BRADO

UMBANDISTA
Leonardo Montes

POMBAGIRAS
www.estudoespiritualista.org

{ Brado Umbandista é uma série de textos que objetiva


esclarecer alguns fundamentos da Umbanda na tentativa de
diminuir o preconceito, a intolerância e a discriminação
que, ainda hoje, assola os Umbandistas }

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PRECONCEITO
A o lado dos exus, as pombagiras são as entidades da
Umbanda mais temidas pelos leigos. Este temor nasceu, em
grande parte, devido à intensa difamação que essas
entidades sofreram ao longo dos anos. Ainda hoje se pode
“vê-las” em programas de TV religiosos, onde pastores
supostamente exorcizam a gritos essas entidades que,
segundo eles, estaria atrapalhando a vida amorosa de um
coitado qualquer.

Décadas e mais décadas de difamação televisiva,


radiofônica e jornalística foram extremamente eficazes em
inculcar medo nas pessoas. Se não bastasse, é preciso
reconhecer que muitos adeptos da Umbanda também não
honraram bem esse compromisso, distorcendo ainda mais o
papel dessas valorosas guerreiras espirituais...

Atualmente, essas entidades se manifestam na maior


parte dos terreiros, trazendo sua força, sua alegria, seus
sábios conselhos e suas contribuições à felicidade de seus
consulentes.

Pedimos a todos os irmãos Umbandistas que copiem este


texto, se concordarem com o mesmo, e disponibilizem esse
arquivo em seus blogs, sites, redes sociais, etc. Precisamos,
urgentemente, agir em favor da religião!

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Guardiãs
É bom pontuar o seguinte: nunca vimos uma pombagira
referir a si mesma por este termo. Elas preferem,
frequentemente, ser chamadas de: guardiãs, moças,
damas, senhoras, senhoritas. O termo pombagira é mais
utilizado por quem está fora da Umbanda.

Uma guardiã é um espírito que, na Terra, habitou o corpo


de uma mulher e faliu em sua missão. Não necessariamente
foi criminosa, no sentido estreito da palavra, mas de alguma
forma errou e deixou a desejar em sua passagem pela
matéria.

São espíritos ainda pouco evoluídos, carregados de


paixões terrenas, mas cujo senso de bondade já foi
despertado e desejam, ardentemente, melhorarem-se através
da caridade. Não há nenhuma vergonha em admitir a
verdade!

A Umbanda é uma das pouquíssimas religiões que abre


espaço a essas entidades, pois são frequentemente repelidas
em razão da sua pouca evolução espiritual.

Tendo como princípio oferecer campo espiritual a toda


entidade que deseja fazer o bem, princípio este estabelecido
pelo próprio Caboclo das Sete Encruzilhadas (o de não virar
as costas a nenhuma entidade), esses espíritos se
manifestam trazendo sua alegria e sua sabedoria na área
afetiva.

A área de atuação dessas entidades são os nossos


sentimentos. Depois de se arrependerem da vida que

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levaram na Terra, foram instruídas no plano espiritual e
adquiriram conhecimentos valiosos, ao lado de diversas
habilidades psíquicas, por meio das quais ajudam àqueles
que, ainda presos à matéria, sofrem pelos tortuosos
caminhos do coração.

São exímias conselheiras e atuam diretamente em


quaisquer tipos de problemas emocionais, tais como: luto,
depressão, ansiedade, pânico, desapego, obsessão
espiritual, paixões, amor, saudade, amizade, etc.

Se um consulente pede o auxílio de uma guardiã por


conta de uma depressão, por exemplo, e ela identificar em
seu coração o desejo sincero de se libertar deste mal, irá
auxiliá-lo com suas vibrações, conselhos e mesmo protegê-lo
dos ataques de espíritos vampiros que se alimentam desse
tipo de sentimento.

Surpreso com tudo isso? Você achava que pombagira


servia para fazer marido se separar da esposa ou trazer a
pessoa de amada de volta? Então, saiba que você foi
enganado!

Nenhuma guardiã faz essas coisas. Se um consulente for


a um terreiro de Umbanda e pedir a uma pombagira para
descasar alguém, no mínimo, obterá como resposta que está
no lugar errado, pois, na Umbanda, as pombagiras fazem
única e exclusivamente o bem!

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Manifestação
O que frequentemente choca a muitos é a forma de
manifestação dessas entidades. Por vezes sensualistas (mas
não sexualizadas). Essas entidades exalam charme a cada
passo dado (estejam se manifestando em médiuns homens
ou mulheres), gostam de dançar e espalhar sua alegria com
gostosas gargalhadas.

Estamos acostumados a ligar ambiente religioso a clima


de cemitério, onde tudo precisa ser cinza e nublado. Na
Umbanda não é assim!

Claro, há trabalhos que exigem maior seriedade, como o


dos Caboclos, por exemplo, onde o que se trabalha é
energia, vigor, força. Mas, há trabalhos, como o das guardiãs,
onde tudo são alegria, felicidade e amor!

O uso de elementos de trabalho, como cigarro, cigarrilha


e champanhe, muito comum entre as guardiãs, também
causa espanto ao leigo. Mas, espanto por que razão?
Quantas mães, irmãs e esposas fumam e adoram
champanhe? É preciso sair da hipocrisia... O sujeito que
critica uma entidade por fumar não tem o mesmo empenho
ao chegar em casa e acender o próprio cigarro, ou da sua
esposa, ou da sua mãe...

Na Umbanda, porém, a finalidade é que muda. Não se


trata, simplesmente, de gosto por essas substâncias, mas da
extração de energia desses elementos. Energias estas
utilizadas para limpar, fortificar e energizar todos que
recebem seu axé!
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Atendimento
A fim de melhor ilustrar o trabalho de nossas guardiãs,
citarei dois casos de atendimentos reais, onde duas mulheres
foram atendidas por uma guardiã.

- Qual é vossa graça – pergunta a consulente que aparentava


pouco mais de 30 anos.

- Rosa Vermelha -, responde com largo sorriso a entidade,


estendendo-lhe a mão em leve cumprimento.

- Ah, que bonito nome, minha dama... Venho pedir a sua


ajuda!

- Pois não, minha querida. Sou toda ouvidos – responde,


delicadamente, a entidade.

- É o seguinte... Eu namoro um rapaz há uns seis anos, mas


já me cansei dele... A gente briga muito, separa e volta e eu
cansei disso... Quero sua ajuda para esquecê-lo!

A entidade pede que ela tome um gole de sua sidra


vermelha, segura a mão da consulente, concentrando-se por
alguns segundos. Em seguida, diz:

- Querida, você pede a minha ajuda para esquecê-lo, mas


ainda há amor em seu coração e também no dele. Não é
melhor tentar aquecer esse coração ao invés de esfriá-lo?

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- Então – responde reticente – eu gosto dele e sei que ele
gosta de mim, mas a gente não tem dado certo, muitas
brigas, to meio cansada disso...

- Façamos assim – tornou a entidade -, eu pessoalmente vou


te ajudar a acender essa chama, pode ser? Até mesmo por
que vejo vocês apenas cansados e desentrosados... Ainda
não é o fim do amor para vocês.

Daí por diante seguiu-se uma série de conselhos em


relação à intimidade do casal que não convém mencionar
publicamente. O atendimento terminou e estava claro que a
consulente, antes de face oprimida, agora era toda sorrisos.

Eis, portanto, caro leitor, um exemplo bem claro de como


o imaginário popular sobre as guardiãs é equivocado... Ora,
se as pombagiras objetivam apenas a infelicidade dos
consulentes, bem poderia ter aceitado o pedido da senhora
(pedido voluntário, diga-se). Porém, não foi isto que ocorreu.
Identificando um sentimento verdadeiro, se propôs ela
mesma a auxiliá-los...

Vejamos outro caso...

Uma consulente jovem, na casa dos vinte e poucos anos,


aproxima-se entusiasticamente da Dona Rosa Vermelha e
lhe pede licença.

- Sente-se, minha amiga – responde a entidade.

- Ah, Dona Rosa, que bom que consegui passar com a


senhora!

- Eu também estou muito feliz, minha criança. Em que posso


te ajudar?

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- Amanhã estou indo ver uma casa com o meu marido e
gostaria muito que desse certo.

- Vocês têm dinheiro para obtê-la?

- Sim, temos... Só que meu marido não gostou da


localização, mas eu adorei, vou ficar bem perto da casa dos
meus pais!

- Façamos assim, amanhã, quando você for ver esse


apartamento, leve uma rosa vermelha e, depois que ele
entrar na casa, arranque as pétalas e jogue-as na porta da
casa do lado de fora. Se a casa estiver no caminho de vocês,
eu ajudarei a consegui-la.

O atendimento encerrou-se pouco tempo depois. A moça


pediu, ainda, conselhos para seu relacionamento com o
marido. Recebeu os preciosos conselhos e depois de uns
três meses voltou para agradecer a entidade, dizendo ter
conseguido o referido apartamento, melhorado a relação com
o marido e, inclusive, engravidado.

Perceba caro leitor que em ambos os casos, a


entidade priorizou seu auxílio naquilo que pudesse trazer
felicidade às consulentes e, mais, uma felicidade que não
viesse a prejudicar ninguém, sem tirar nada de ninguém,
sem usar nenhum artifício sujo ou negativo para
prejudicar a ninguém.

Nossas guardiãs são exímias mestras do coração e, todas


as noites, por esse Brasil afora, estão auxiliando muitos pais,
mães, maridos, mulheres, namorados, namoradas, filhos e
filhas a resolverem seus conflitos, suas dores e suas chagas
de forma caritativa e gratuita!

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“O meu maior erro, enquanto
estava na Terra, foi não ter sido
mãe. Eu privilegiei os palcos, a
liberdade feminina e deixei de
lado a minha maior tarefa: ser
mãe!” Dona Rosa Vermelha.

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Conclusão
Este informativo visa apenas trazer uma primeira
compreensão e a desfazer a má impressão que muitas
Igrejas plantaram no imaginário popular sobre as
pombagiras, tratadas, não raro, como sinônimo de entidade
negativa (quando não demoníaca), cujo único objetivo é
destruir famílias!

É preciso dizer, também, que falsos religiosos têm


empregado o nome de pombagiras para todo tipo de sandice.
Não é difícil encontrarmos em jornais onde lemos pessoas
dizendo terem sido vítimas de “pai-de-santo” que queria “tirar
a pombagira” da pessoa mediante ato sexual ou uma
pequena fortuna...

Pensamos que o que foi dito neste informativo seja o


suficiente para mostrar a todos que sinceramente se
interessam em compreender o trabalho das nossas guardiãs
que elas atuam única e exclusivamente em prol da caridade e
da felicidade, o que implica em nunca fazer mal a ninguém.

Agora, cabe, portanto, alertar a todos que:

 Pombagira é entidade de Umbanda e Umbanda é


caridade. Umbanda é gratuidade. Se alguém lhe
cobrar qualquer coisa para um atendimento, saiba que
você está sendo enganado;

 Não existe isso de pombagira possuir alguém que


precisa ser submetido a um ritual sexual para tirá-la,
isso é conversa de tarado querendo se aproveitar de
pessoas ingênuas;
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 Pombagira na Umbanda não faz amarração amorosa,
não trás seu amado em sete dias, não ajuda a separar
um casal que se ama;

 Pombagira não dá em cima de consulente homem,


não é sexualizada, isso é o médium (homem ou
mulher) dando vazão a seus desejos íntimos;

 Pombagira não bebe até cair, não faz barraco, não dá


vexame. Isso é coisa de médium mal formado;

 Pombagira nada pede em troca de seus atendimentos.


Se alguém lhe ofertar algo, é de livre vontade.

As guardiãs trabalham única e


exclusivamente em prol da
caridade. Tudo que fugir disso
é enganação em nome da
entidade ou da religião,
então, fuja disso!
Se você gostou do que leu neste pequeno informativo,
procure mais informações. Visite terreiros sérios de
Umbanda, tenha sua própria experiência, onde você
comprovará tudo que leu acima!

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