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Kah' Ahra Lare Kazamar

O que sonha um jovem anão sem clã nas ruas de Adbar?


O que sonha um jovem anão que não recebeu o nome de sua família, nas ruas de Adbar e está
relegado a viver sendo chacota, e sem saber se há um senhor que possa chamar de pai?
E quase como não ser anão em sua terra natal, viver nas montanhas e não ter como ser digno do
nome de anão do nome de sua família!
Quando nas festas e os jovens declamam felizes e orgulhosos sua geração e os feitos de sua família.
E triste para um jovem anão que tem apenas uma pequena pedra chamando de travesseiro e por
vezes ficou sem comida para dormir e sem cerveja para tirar a poeira da sua garganta, vivendo com
mulheres que trabalham para dar prazer àqueles que pagam pelo serviço e numa cidade Anã são
poucas as que conseguem viver assim, e as moedas, mínguam e não satisfazem as necessidades. Eu
morava em uma travessa nos subúrbios de Adbar, o lugar era chamado por Varekan Ardoth, um
pequeno estabelecimento onde algumas havia algumas senhoras, a mulher que cuidava de mim na
primeira infância era Kurva (puta) StreetWalker, uma anã robusta com cabelos castanhos, de seios
fartos e ancas firmes que sempre pintava seu rosto com mistura de cal, carvão, caldo de frutas, e pôs
de diversas pedras, Kurva não me permitia chamá-la de mãe, e sempre me tratava com um pouco de
dureza, mas era a pessoa que eu entendia como minha família, ela me dava parte de seus alimentos,
me vestia, me ensinou a ler e me ensinou como esconder uma pequena bolsa dentro de minhas
vestes, comida e cerveja, me ensinou também a brincar com pequenos malabares, e como me
movimentar como se dança-se sempre, cuidando onde por meus pés e pensar onde olhar as pessoas,
ela me ensinou como ler os movimentos daqueles que se aproximavam e saber intuir as próximas
ações. Como ela era ágil.
Mas para os anões as regras são severas e duras, então a regra era nunca ser pego. Sempre falar
pensando nas palavras e ouvir as intenções contidas nestas. Escapar era uma ultima alternativa e
tinha que ser o mais rápido possível.
Numa tarde ela me ensinava isso e me mandou a taverna do centro, para buscar no andar de cima
uma pequena garrafinha que lá havia, porém alguém apareceu no corredor, eu fiquei preso no quarto
e quando aquele que la estava tocou a maçaneta eu pulei, porém não cuidei de olhar, e cai sobre a
grade do vizinho, Kurva havia me ensinado a não ser pego e mesmo com o braço rasgado, eu corri
para Varekan Ardoth meu braço ficou muito machucado, e os grandes machados ficaram proibidos
para mim.

Me Lembro de uma vez quando iria completar os meus 20 anos, era a idade de se alistar na
academia, e o reino estava em guerra, eu era um imberbe anão, e vivia fazendo pequenos trabalhos
escondido de Kurva as vezes, era um mensageiro e era rápido e esperto como poucos de minha raça,
eu fazia pequenos trabalhos, conseguia coisas pequenas nas ruas mais sombrias de Adbar, lembro
que anoiteceu e eu ainda não havia voltado para Varekan Ardoth (luz vermelha), que era o cortiço
onde morava, nos subúrbios de ADBAR, quando chegava na travessa onde eu morava, lembro que
vi a Anã mais bela que já havia visto, ela era robusta com suas tranças vermelhas que caiam sobre
um manto azul, que me lembrava as roupas da nobreza, rapidamente me escondi na esquina e ouvi
algo que me surpreendeu, a mulher falava com a minha senhora, Kurva (puta) StreetWalker.
Aquela bela senhora falava com Kurva, e perguntava sobre mim a ela, a bela senhora entregou uma
pequena caixinha de madeira bem trabalhada e um pergaminho, Aquela Anã falava que eu deveria
me alistar e ela havia conseguido que eu servisse juntamente com o Senhor Thrukkin VernDari, que
ele me aceitaria no grupo dele e que eu seria bem cuidado, assim evitando que eu fosse alistado no
frente de batalha onde com certeza eu nem aguentaria as armaduras pesadas de combate ou os
grandes machados,la eu só conseguiria se alvo fácil e morreria. Quando a Senhora foi embora,
Kurva que já havia me visto me chamou para conversar, e me deu aquela caixinha selada que eu só
deveria abrir quando fosse a hora e eu saberia quando seria, e no pergaminho estava minha carta de
alistamento onde eu estava vinculado a trabalhar como aprendiz junto aos VernDAris.
Aquela temporada no serviço militar foi boa para mim! terminava minha época de jovem
anão e vivia bem, era bem alimentado na tropa do Senhor VernDari, era bem ensinado, e aprendi
mais sobre a batalha, porem eu gostava de agir a frente bem escondido, bem rápido e trazer
informações.
Numa incursão ao campo inimigo, eu já era um jovem firme no front, eu saia ao campo e
contava as tropas inimigas, analisava e trazia as informações ao senhor Thrukkin, era bem tratado e
me sentia importante, ate me esquecia das noites que dormi sem nada na barriga nos cubículos de
Varekan Ardoth. porem quando eu voltava para o acampamento, eu achei estranho, o senhor
VernDari, não estava no seu alojamento, ele havia sido levado a noite por alguém ou alguma coisa.
o acampamento estava pólvora o próprio filho do Senhor Vern Dari, o jovem senhor Hrukkin,
estava como o segundo em comando dando ordens e organizando buscas, mas o seu olhar era
apreensivo, algo havia levado o pai dele e ele não sabia como fazer! Eu desesperado pelo meu bom
senhor sai buscando onde podeia estar e encontrei um rastro e meus sentidos me diziam o pior, apos
caminhar pelo campo algum tempo encontrei um rastro de sangue, escondido me aproximava, e
olhei aquela poça de sangue imensa que jazia abaixo do corpo do Senhor Verndari, ele claramente
estava morto, havia sinais das tropas inimigas, porem não havia ninguém ali, apenas o corpo partido
do Senhor VernDari, eu chorei em silencio mantendo meu esconderijo meus olhos ficaram
vermelhos do choro e minha visão embaçada, eu queria me aproximar mas algo me impedia, como
se houvesse algo ainda que eu não vi me impelindo a ficar em atenção. naquele momento o seu que
estava claro, foi cruzado por um relâmpago que atingiu bem próximo de mim, eu cai atordoado,
quando olhei para onde estava o corpo do senhor Thrukkin, este estava de pé com sua armadura
posta e seu machado na mão, ele logo ajoelhou-se em direção a nossa montanha e uma prece a
Moradin ecoou em sua voz. Eu estupefato não me mexi, e fiquei olhando e quieto ate que chegou a
tropa com o jovem filho do senhor, Hrukkin, O senhor Thrukkin, nada disse e eu fiquei quieto
também, sabia que o que vi era obra do Deus dos Anões e essas historias pertencem a quem nela
esta. Mais um segredo que guardarei.
Apos o fim das batalhas que estávamos travando, houve uma pausa na guerra e voltamos
com nosso contingente para Adbar, lá agora eu já me mantinha melhor, trabalhava como agente do
Reino, o senhor VErn Dari me deu o cargo de tenente, e eu já tinha um salario, e uma moradia
melhor. fiz amizade com o Senhor Hrukkin e me sentia bem quando ao lado dele eu lutava,
juntamente com os seus primos. havia ate mesmo o incrível primo deles o Anão Mago, piada maior
que a minha por ter nascido sem ser reconhecido por um Clã. Porem chegava a hora de eu conhecer
a minha herança, conhecer minha linhagem, e a duras penas descobri que mesmo sabendo a minha
herança, apenas descobri mais um segredo que deverei carregar para o tumulo. mesmo em tenra
idade tive a capacidade de discernir, e a capacidade de poder me considerar útil, passei a infância
inteira como um jovem anão sem clã, era criado como o filho da puta, criado em uma pocilga, e
agora chegava o momento que iria descobrir.
Quando apos uma missão militar voltei para a cidadela, eu tive a noticia quando cheguei nos
cortiços que Kurva estava presa e doente. Com a triste noticia corri ate os calabouços para descobrir
o porque da prisão e o que poderia fazer para salvá-la, peguei em minha coisas a recompensa de
outra missão uma pequena poção avermelhada e o mais rápido corri para ver Kurva, ela estava em
uma solitária nas masmorras, porem o meu status como tenente permitiram que eu chegasse a cela
dela. Quando eu conversei com Kurva ela me falou que estava muito doente e que era chegada a
hora de eu saber quem era, eu a interrompi e dei a ela a poção mas não percebi efeito, ela falou que
eu devia abrir a pequena caixinha, que eu conheceria o nome de minha mãe e o nome de meu pai, e
que o que havia na caixa seria a prova da minha herança. Quando em suas ultimas palavras deitada
com o cabeça em meu colo Kurva me contou que o meu pai era o senhor Thrukkin, e que minha
mãe era a sacerdotisa Kaunis Nainen Baneaxe, a filha mais nova da família Baneaxe, e que eu era
um bastardo do Sr Vern DAri, e guardar ou impor o meu segredo seria minha escolha, e quando ela
termina dizendo " Seja sábio jovem sem clã" e pendeu sua cabeça eu chorei e chorei, minhas
economias foram usadas para pagar o funeral de Kurva StreetWalker, um funeral digno da mulher
que cuidou de um filho de nobre.
Na caixa havia o anel da família Vern Dari, uma relíquia e um pequeno cacho de cabelos
ruivos. e um pequeno bilhete selado com o mesmo anel que ali estava!
Assim Kah'Ahra poderia reivindicar o seu nome, porem iria assim corromper o nome de um
servo do Pai Anão, decidi que iria continuar os meus serviços para o reino, e acompanhar agora
aquele que sei que é meu irmão Hrukkin.

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