Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________
Prof.º Dr. Me. ou Esp. Adailton dos Santos – Orientador
______________________________________
Prof.º Dr. Me. ou Esp. Clóvis Noberto Savi
______________________________________
Prof.º Dr. Me. ou Esp. Jorge Luiz Laureano
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
1.1 Justificativa.......................................................................................... 11
1.2 Objetivos ............................................................................................. 12
1.2.1 Objetivo geral ............................................................................... 12
1.3 Organização ........................................................................................ 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 13
2.1 Definição E Causas De Atrito Negativo ............................................... 13
2.2 Definições ........................................................................................... 13
2.3 Causas ................................................................................................ 14
2.3.1 Alívio de aquífero ou Rebaixamento do Lençol Freático .............. 15
2.3.2 Sub – Adensamento de Argilas .................................................... 16
2.3.3 Amolgamento Devido a Cravação de Estacas ............................. 17
2.3.4 Colocação de sobrecargas na superfície do terreno .................... 19
2.3.5 Flutuação Natural do Nível D’água ............................................... 20
2.3.6 Recalques Provocados pelo Deslocamento de Estruturas de
Contenção .......................................................................................................... 21
2.4 Ponto Neutro ....................................................................................... 23
2.5 Fatores Que Afetam O Valor Do Atrito Negativo ................................. 24
2.5.1 Características Das Estacas......................................................... 24
2.5.2 Características do Solos ............................................................... 25
3 INFLUÊNCIA DA CARGA ADMISSÍVEL DA ESTACA ......................................... 26
3.1 Métodos Para Se Estimar O Atrito Negativo ....................................... 28
3.2 Redução Do Atrito Negativo ................................................................ 30
4 MÉTODOS DE CÁLCULO DE ATRITO NEGATIVO EM ESTACAS ISOLADAS . 32
4.1 Método De Moretto E Bolognesi ......................................................... 32
4.2 Método De Buisson, Ahu E Habib ....................................................... 32
4.3 Método De Elmasry............................................................................. 36
4.4 Métodos De Johannessen E Bjerrum .................................................. 38
4.5 Métodos De De Beer E Wallays .......................................................... 39
4.6 Método De Bowles .............................................................................. 44
4.7 Método De Endo, Minou, Kawasaki E Shibata .................................... 46
4.8 Método De Poulos E Mattes................................................................ 47
4.9 Método De Soares .............................................................................. 49
4.10 Métodos De Kezdi ............................................................................. 50
4.11 Métodos De Poulos E Davis.............................................................. 51
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 60
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
cargas geral do porto do Rio Grande, no metrô do Rio de Janeiro, nas obras da capital
em Brasília e entre outras. Dessa forma, o presente trabalho tem como justificativa
ampliar os estudos acerca desse fenômeno, e contribuir para que haja mais
embasamento sobre o atrito negativo de forma a reduzir os erros por projetos que
desconsiderem esse fenômeno, ou pra que o projetista tenha conhecimento de como
fazer os cálculos de maneira correta.
1.2 Objetivos
1.3 Organização
Após a introdução, o capítulo dois foi feita uma breve revisão bibliográfica,
apresentando conceito sobre o assunto, as causas do fenômeno, o conceito do ponto
neutro, situações que levam às ocorrências do atrito negativo e os fatores que afetam.
No capítulo três são feitas considerações das cargas admissíveis nas
estacas, métodos estimativos do atrito negativo e fatores que amenizam o mesmo.
No quarto capítulo são apresentados os diversos métodos de cálculos de
atrito negativo.
13
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Esse tópico tem o objetivo de realizar uma revisão teórica, para uma melhor
compreensão do tema abordado.
2.2 Definições
2.3 Causas
Segundo Santos Neto (1981), existem 6 grupos mais comuns que pode se
obter atrito negativo:
𝑆
𝑆𝑡 = Equação 1
𝑆
Como bem nos assegura Alonso (2012) O valor do atrito negativo nessa
situação é similar ao peso próprio da argila almogada, no entanto a zona de almogada
é um assunto muito discutido, pois existe argilas que recuperam suas resistência
inicial em poucos dias após a cravação, que podemos chamar de cicatrização e por
essa compressão, como é o caso das argilas da obra da baixada Santista não foram
considerados qualquer parte de atrito negativo, considerando que não executem
aterros ou obras em cima das argilas - Figura 3.
terrenos tanto que instantâneo quanto ao longo do tempo como confirma, Azevedo
(2017). Quando a estaca cravada atravessa esses solos moles ela sofrera atrito
negativo ao longo do fuste ou em partes, a Figura 4 demostra esse fenômeno por
sobrecarga.
Conforme Santos Neto (1983) a sobrecarga pode ser uma situação muito
perigosa pois sempre está acompanhada com outras condições como:
arenoso, que acompanha a variação da maré, quando baixa o nível de água o peso
do solo que estava imerso aumenta e com a subida no nível de água ele diminui.
Locais com grandes variações pluviométricas em todas estações e regiões que o
solo sofre importantes recalque devido a saturação e submetidos a sobrecargas. A
Figura 5 demonstra o fenômeno provocado por essa situação.
Terzaghi e Peck (1967) afirma que cada aumento de pressão efetiva faz
aumentar os recalques do solo. A frequência dos recalques faz diminuir o ciclo de
aumento e aproxima-se a zero, mas o recalque final é na maioria das vezes bem
maior que o recalque inicial. (Apud SANTOS NETO, 1981)
Santos Neto (1981) cita que Peck (1970) e Soares (1981) entre outros,
averiguaram que mesmo contenções de grande rigidez como exemplo parede de
diafragma ocorrem o deslocamento, principalmente devido ao método executivo.
É difícil não perceber que o espaço deslocado pela parede de contenção
não vai ser ocupa pelo solo, que resultará em recalques em terrenos vizinhos. Nem
as obras sobre estacas profundas não ficaram livre desse fenômeno, mesmo que
tivesse cravadas a superfícies de solos resistentes.
Santos Neto (1981) cita que no RAND MCNALLY BUILDING em
CHICAGO, foram executadas cravação de estacas de madeira de 18 metros de
comprimentos apoiado em um solo de argila rija. Quando foram realizadas as
escavações para o metrô de CHICAGO o difícil recalcou conforme mostra a figura de
Peck (1970).
Santos Neto (1981) cita que de acordo com Peck, que esses recalques
são provenientes dos deslocamentos de estruturas de contenções, que de certa
forma foram responsáveis pelo aparecimento de sobrecargas no solo que causou o
fenômeno atrito negativo provocado pelos recalques das camadas compreensíveis
do terreno. Essas estacas fizeram as estacas próximas as escavações recalcassem
20,0 mm no terreno.
23
Existem diversos fatores que podem afetar o valor do atrito negativo ente
eles os principais fatores são:
onde:
𝑃𝑝 = parcela correspondente à resistência de ponta na ruptura;
𝑃𝑙 (+) = parcela correspondente à resistência por atrito lateral positivo na
ruptura (calculado no trecho do fuste entre o ponto neutro e a ponta da
estaca);
𝑃𝑎𝑛 = parcela correspondente ao atrito lateral negativo;
𝑃𝑎𝑑𝑚 = carga admissível.
onde:
𝑃𝑎𝑑𝑚 = carga admissível.
𝑃𝑎𝑛 = parcela correspondente ao atrito lateral negativo;
𝑃𝑙 (+) = parcela correspondente à resistência por atrito lateral positivo na
ruptura (calculado no trecho do fuste entre o ponto neutro e a ponta da
estaca);
𝑃𝑝 = parcela correspondente à resistência de ponta na ruptura;
𝐹𝑆𝑔 = fator de segurança global.
𝑃𝑝 + 𝑃𝑙 (+)
𝑃𝑟𝑑 = − 𝑃𝑎𝑛 × 𝛾𝑓 Equação 4
𝛾𝑥
onde:
𝛾𝑥: fator de minoração das resistências;
𝑃𝑟𝑑: carga resistente do projeto;
𝛾𝑓: fator de majoração das ações.
28
Santos Neto (1981) cita que um modelo para cálculo do atrito negativo deve
considerar:
Parâmetros de resistência do cisalhamento em condições drenadas;
Aplicação específica para estacas isoladas e grupos de estacas;
A localização do ponto neutro com função dos recalques relativos
estaca-solo;
A redução da capacidade da ponta da estaca;
História do carregamento da estaca;
Os esforços cisalhantes mobilizados ao longo do fuste;
Evolução do atrito negativo com o tempo.
Fica muito difícil incluir todos esses fatores de uma forma correta, assim
ficando impossível obter um modelo matemático com todos os parâmetros. Também
o fato de existir poucos estudos de alguns aspectos necessários, dificultam a
conferência dos modelos criados.
Segundo Santos Neto (1981), a evolução do atrito negativo com o tempo e
o histórico de carregamento da estaca são os fatores mais difíceis de se obter.
Santos Neto (1981) expõe que ponto mais importante para o cálculo do
atrito negativo é a determinação correta das tensões cisalhantes ao longo do fuste e
29
𝑃𝑎𝑛 = 𝐴𝑙 × 𝜏 Equação 5
onde:
𝑃𝑎𝑛 = parcela correspondente ao atrito lateral negativo;
𝐴𝑙 = é a área lateral da estaca que pode ser obtida pelo perímetro (U) e
pelo comprimento (L)
𝜏 = é a resistência ao cisalhamento inicial do solo
Comentários gerais:
onde:
𝑃 = carga que a estaca recebe da estrutura (incluindo o peso próprio);
𝐴𝑁 = sobrecarga do atrito negativo ao longo da espessura do aterro;
𝜏 = resistência ao cisalhamento do solo compressível não amolgado
𝑈 = perímetro da estaca;
𝑧 = altura, da superfície natural do terreno (sem o aterro);
𝐻 = espessura da camada compreensível e
𝑄 = reação oposta pelo terreno resistente na estaca (atrito positivo +
resistência de ponta), quando estiver atuando atrito negativo ao longo de z.
𝑃 + 𝐴𝑁 + 𝜏. 𝑈. (2. 𝑧 − 𝐻) = 𝑄𝑧 Equação 7
Figura 11: Curva I - recalque do aterro e Curva II - Recalque da estaca, variando com ponto
neutro.
(𝜏. 𝑈. (𝐻 − 𝑧)]
𝑄𝑧 = 𝐴. 𝐾. {𝛾 . 𝐻. 𝛾 . 𝑙 + 𝑞 − 𝐴𝑁 + [ } Equação 8
𝐴
onde:
𝐴 = área da ponta da estaca;
𝐾 = coeficiente admitido como sendo unicamente função da penetração da
estaca (K independente de z).
𝛾 = (𝛾 . 𝐻 + 𝛾 . 𝐻 + 𝛾 . 𝐻 +. . . + 𝛾 . 𝐻 )/𝐻 Equação 9
Comentários gerais:
(ℎ𝑚(%). 𝑃 )
𝐴𝑁 = 𝐹 + 𝑘. [𝑎. 𝑃 . 𝐻. 𝑈 − 𝑏. λ . ] Equação 10
(𝛾 . 𝛾 )
onde:
𝐹 = parcela de atrito negativo devida ao adensamento da camada,
adensamento este causado pelo seu próprio peso (ou seja, considerando a
sobrecarga na camada compressível devida ao aterro igual a zero)
( (%). )
O termo “𝑘. [𝑎. 𝑃 . 𝐻. 𝑈 − 𝑏. λ . ( . )
]” representa o atrito negativo que
𝛾 = (𝛾 . 𝐻 + 𝛾 . 𝐻 + 𝛾 . 𝐻 +. . . + 𝛾 . 𝐻 )/(𝐻 + 𝐻 + 𝐻 . . ) Equação 11
∅1 = 𝑃𝐶 . 𝐻. 𝑈 Equação 13
Tem-se, então:
𝐴𝑁 = 𝐹 + 𝑘. (𝑎. ∅ − 𝑏. λ . ∅ ) Equação 15
Logo:
38
Comentários gerais:
ou ainda,
onde:
𝜎′ℎ = pressão horizontal efetiva;
𝜎 = pressão vertical efetiva;
𝐾 = coeficiente de empuxo;
∅ = ângulo de aderência estaca-solo
𝜏𝑎 = 𝐾 × tan ∅′ 𝜎 dz Equação 19
39
𝑧
𝐴𝑁 = 𝜏 × 𝑈 = 𝑈 × 𝐾 × tan ∅ 𝜎′𝑣 dz Equação 20
0
Comentários gerais:
𝛾 ). )] ). )]
𝑝 , = . 1 − 𝑒 [( + 𝑝 . 𝑒 [( Equação 21
𝑚
onde:
𝑝 , = pressão efetiva vertical final;
𝛾 = (𝛾 ) = peso específico do terreno;
𝑚 = (𝐾 . tan ∅ . 𝑈)/𝐴)
𝐾 = coeficiente de empuxo no repouso;
∅ = ângulo de atrito interno do solo;
40
𝑈 = perímetro da estaca;
𝐴 = área efetiva tributária para cada estaca;
𝑒 = base dos logaritmos neperianos;
𝑝 = pressão efetiva vertical inicial (ou seja, antes da colocação da estaca);
𝐻 = espessura da camada.
𝛾 . . ∅.
𝐴𝑁 = 𝐴. {𝛾 . ℎ = 𝑝 −
𝑈
× 1− 𝑒 } Equação 22
𝐴 . 𝑘 . tan ∅
. . ∅.
𝐴𝑁 = 𝐴 . 𝑝 . 1− 𝑒 Equação 23
1 − 𝑒 . . ∅.
𝐴𝑁 = 𝐴 . 𝛾 . . ℎ 1 −
𝑈 Equação 24
𝐴 . 𝑘 . tan ∅ . ℎ
onde:
𝐴𝑁 = parcela devida à sobrecarga;
𝐴𝑁 = parcela devida ao peso próprio do terreno.
Em função de :
e 𝑘. tan ∅, encontra-se, facilmente, o 𝐴𝑁 e 𝐴𝑁 .
.
𝐴𝑁 = na área de influência devido à sobrecarga e
.
𝐴𝑁 = . devido ao peso próprio.
𝐴𝑁 , = corresponde à sobrecarga 𝑝 ;
43
𝑃0 , ℎ1 = 𝑃0 + 𝛾𝑘,1 . ℎ1 Equação 26
𝐴𝑁 𝑝 1 . . . ∅
= 1+ − × [1 − 𝑒 ] Equação 30
ℎ. 𝐴. 𝛾 , ℎ. 𝛾 , 𝑈. ℎ. 𝑘 . tan ∅
𝐴
onde:
. .
𝛾 , =𝛾 −
Comentários gerais:
𝐴𝑁 = 𝑈. 𝐿 . 𝑆 Equação 31
onde:
𝑈 = perímetro da estaca;
𝐿 = espessura do aterro ou solo que se morre verticalmente e
𝑆 = resistência ao cisalhamento do solo na zona 𝐿 .
45
1
𝐴𝑁 = 𝐿 . 𝑈. 𝛾. 𝑘. 𝑓 Equação 32
2
onde:
𝛾 = massa específica do aterro
𝑘 = coeficiente de empuxo de terra (𝑘 𝑒 𝑘 ) são coeficiente de empuxo
ativo e passivo.
𝑓 = coeficiente de atrito. Pode ser usado igual a tan ∅ para estacas com
superfícies rugosa, sendo ∅ = ângulo de atrito interno do solo.
Figura 15 - Atrito negativo em estacas causado por: (a) aterro coesivo, (b) aterro granular.
Comentários gerais:
𝐴𝑁 á = ƞ. 𝑈. 𝛼 𝜎 . 𝑑𝑧 Equação 33
onde:
ƞ = coeficiente que depende da ponta da estaca (os autores sugeram
para estaca com ponta maciça ƞ = 1, para estaca com ponta aberta ƞ = 0,6);
𝑈 = perímetro da estaca;
𝛼 = 𝐾 tan ∅;
𝐾 = coeficiente de empuxo de terra;
∅ = ângulo de atrito estaca-solo
𝛽 < 0,78);
𝑙 = profundidade do ponto neutro e
𝑙 = comprimento da estaca.
( . ).
𝐴𝑁 = ƞ. 𝑈. 𝛼 𝜎 . 𝑑𝑧 Equação 34
Comentários finais:
(1965).
Métodos considera o ponto neutro.
Simples aplicação.
O método leva em consideração o tipo de ponta da estaca,
indicando seus valores de coeficiente.
𝐴𝑁 = 𝐼 . 𝐸 . 𝑆 . 𝐿 Equação 35
onde:
𝐼 = fator de influência obtido de um gráfico – figura 16 em função de 𝐿/𝐷,
do fator de rigidez da estaca 𝐾 e do coeficiente de Poison, sendo:
𝑘= .𝑅
Comentários gerais:
Santos Neto (1981), expõe “O inconveniente maior deste método é
a dificuldade de se determinar corretamente alguns dados
necessários para sua utilização, tais como: módulo da elasticidade
do solo, coeficiente de Poisson e os recalques que deverão ocorrer
no solo.”
Método de fácil aplicação.
Pode ter resultados elevados, devido a camada rija que a estaca
pode estar apoiada.
49
Comentários gerais:
onde se tem:
Figura 18.a - o perfil e as cargas atuando na estaca e no terreno;
Figura 18.b - a distribuição das pressões verticais ao longo do fuste.
Figura 18.c - o recalque da camada argilosa.
Figura 18.d1 – recalque da estaca:
𝛾 = penetração da ponta
𝛾 = compressão elástica da estaca
51
𝐴𝑁 = 𝑃𝑁𝐹𝑆 . 𝑁𝑅 . 𝑁𝑇 + 𝑃𝑎 Equação 36
onde:
𝑃 = máxima sobrecarga devida ao atrito negativo quando ocorre plena
mobilização da resistência ao cisalhamento;
𝑁 = fator de correção para o caso em que não ocorra plena mobilização
da resistência ao cisalhamento;
𝑁 = fator de correção para o caso em que a estaca não seja cravada na
ocasião da colocação do aterro e, sim, após um certo tempo t; e
𝑃 = força axial que atua na estaca no tipo da camada compressível. A
adição de 𝑃 é correta se ocorre cisalhamento total ao longo da estaca e
somente aproximada em outros casos. Entretanto está generalização
leva, geralmente, a pequenos erros. Convém ressaltar que 𝑃 deve incluir
a sobrecarga devida ao atrito negativo nas camadas sobrejacentes ao
terreno compressível. Se estas camadas não forem coesivas, é
perfeitamente aceitável considerar que ocorre completo cisalhamento
entre a estaca e estas camadas.
𝐻
𝑃 = 𝜋. 𝑑. 𝜏′𝑎 . 𝑑𝑧 Equação 37
0
na qual:
𝑑 = diâmetro da estaca;
𝜏 = aderência solo-estaca;
𝐻 = espessura da camada
𝛾𝐿
𝑃 = 𝜋. 𝑑. 𝐿. [𝑐 + 𝐾 . tan ∅ . ( + 𝑞] Equação 38
2
onde:
𝑐 𝑒 = 𝑐 + 𝑝0 . 𝐾𝑠 . tan ∅ Equação 39
onde:
𝑇 = fator tempo;
𝑡 = tempo transcorrido da colocação do aterro até a instalação da estaca.
𝐶 = coeficiente de adensamento obtido de ensaios de adensamento na
53
camada compressível;
𝑀 = coeficiente que depende do número de face drenantes;
𝑀 = 1 quando a camada tem uma face drenante;
𝑀 = 4 quando tem duas faces drenantes.
𝐾= .𝑅
𝑃𝑡 = 𝑈𝑛 . (𝐹𝑁 − 𝑃𝑎 ) + 𝑃𝑎 Equação 40
onde:
𝐹 = cálculo na equação (
𝑃 = força no topo da camada compressível;
𝑈 = grau de desenvolvimento do atrito negativo, obtido na figura 20 em
função de:
. .
𝑇 =
onde:
𝑡 = 𝑡 - 𝑡 = tempo transcorrido desde a instalação da estaca.
56
𝜌 = 𝜌 . 𝑄 . 𝑄 + (𝑃 . 𝐻)/(𝐸 . 𝐴 ) Equação 41
onde:
𝜌 = movimento axial da estaca se ocorre cisalhamento completo:
2. 𝑞. 𝐻2 . 𝑅𝐴 𝛾. 𝐿
𝜌𝐹𝑆 = . [𝑐′𝑎 + 𝐾𝑠 . tan ∅′𝑎 . ( + 1)] Equação 42
𝐸𝑝 . 𝑑 3𝑞
𝑃𝑎 . 𝐻 𝑃𝑎 . 𝐻
𝜌𝑡 = 𝑈𝜌 . 𝜌 − + Equação 42
𝐸𝑃 . 𝐴 𝑃 𝐸𝑃 . 𝐴 𝑃
. .
𝑈 = grau de deslocamento da estaca para um certo 𝑇 = , obtido
na figura 23.
Comentários gerais:
59
REFERÊNCIAS
ALONSO, Urbano Rodriguez. Dimensionamento de Fundações Profundas. 2. ed.
São Paulo: Blucher, 2012.
FELLENIUS, B.H. Negative Skin Friction on Long Piles Driven in Clay, Royal
Swedish Academy of Engineering Sciences, n9 l8, Stockolm, 1971.
SALOMÃO, V. N. (1979). Atrito Negativo. Projeto Final de Graduação. São Paulo: USP.