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Resumo

Bertha Becker em Amazônia- Geopolítica na virada do III milênio nos possibilita ver os
processos contemporâneos que dão significados às transformações na Amazônia
brasileira, trazendo uma nova visão de fronteira móvel que é frente avançada desses
processos de dinamicidade desse território.
A autora mostra essas mudanças estruturais no decorrer no histórico de ocupação
regional em três períodos: Formação territorial (1916- 1930; Planejamento Regional
(1930- 1985) e A Incógnita do Heartland( 1985-...).
Em 1616 e 1777 se dá uma ocupação lenta e gradativa tendo como base econômica a
exportação das “drogas do sertão”. Os traços do que é hoje a Amazônia se deu nos
períodos de 1850 e 1899, com marcos econômicos imperiais de internacionalização da
navegação e o “boom” da borracha.
Os elementos que devem ser levados em consideração nesse longo período de formação
da região são três: Uma ocupação tardia dependente do mercado externo; A
importância da Geopolítica e A Experiência e o confronto de modelos de ocupação
territorial. Ressalta-se que os produtos extrativos para exportação, as estratégias de
controle do território e os modelos de ocupação marcaram a formação territorial da
Amazônia.
A partir do século XX, dentro do período de 1930 – 1985 houve uma aceleração de
ocupação na Amazônia em consequência do planejamento governamental marcado por
diversos governos possuidores de intervenção na economia e no território. Entretanto, a
efetivação do projeto governamental na região foi entre 1966 e 1985. Esses processos
têm características e rastros violentos, desrespeitando as diferenças sociais e ecológicas,
negando as culturas e existências historicamente construídas.
As mudanças estruturais do século XX possibilitou uma Amazônia conectada,
industrializada e consequentemente a mudança na urbanização. A fase atual do
povoamento da Amazônia é caracterizada por três padrões de uso de terra, são eles: a
reprodução do ciclo de exploração da madeira/expansão da pecuária/desfloramento; as
experiências sustentáveis do extrativismo florestal e pesqueiro tradicional melhorados e
a agropecuária capitalizada.
Dentro desse processo de globalização na Amazônia, não haverá apenas uma interação
econômica, as também política de cunho nacional e internacional. Esse contexto alterou
o significado da Amazônia, dando uma valorização ecológica de dupla face: a
sobrevivência humana e do capital natural, a megadiversidade e a água, atribuindo
potencial dos recursos naturais.
A geopolítica mundial não visa à apropriação do território, porém tem poder nas
decisões dos Estados e no papel que a Amazônia assumiu nesse contexto. A
internacionalização da Amazônia nos traz uma visão de natureza mercantilizada,
causando também o esgotamento dessas fronteiras móveis, tornando essa região numa
Amazônia Transnacional, deixando de ser uma Amazônia brasileira, sendo palco de
decisões políticas conjuntas, gerando diversos conflitos com povos que ali vivem e
lutam por sua preservação.

Aluna: Evelin Moreira Turma: 4 Histn1

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