Você está na página 1de 11

Trabalho enviado ao Só Matemática por

Sóstenes Rônmel da Cruz (pauloteno@bol.com.br)

Solução do problema

1 – Faz-se uma ponte entre a álgebra dos vetores e a série de potência.


2 – Para fazer essa ponte utiliza-se da fórmula do ângulo entre dois vetores que é:

u.v
cos    onde  é o ângulo entre os vetores u e v
u .v

cos( ) u.v Produtos dos meios é igual


Posso fazer →   u.v.1  u . v . cos   
1 u.v ao produtos dos extremos 

u.v  u . v . cos  

 Onde u .v é o produto escalar entre os vetores u e v e u,v são respectivamente os


módulos dos vetores u e v
 O produto escalar entre dois vetores é a soma do resultado do produto entre as
componentes correspondentes desses vetores.
 Módulo de um vetor é a raiz quadrada da soma dos resultados dos quadrados das
componentes desse vetor.
 Os vetores u e v pertencem ao Rn onde n pertence ao conjunto Z*+
 Para n = ∞ , u e v  ao R∞
 1 1 
3 – Supondo que u  1, 2 , ..., 2 ,... (com n  Z*+ ) é um vetor u  R∞
 2 n 
Supondo que v = [ (1 +  ) , (1 + ) ,..., (1 + )n-1,...] (com n  Z*+ ) é um vetor v  R∞
0 1

4 – Calculando-se o módulo dos vetores u e v tem-se:

1 1
u  1 4
 ...  4  ...
2 n

v  1    0  1    2  ...  1    2 n  2  ...

1 1 4
5 – Euler descobriu que 1  4  ... 4  ... 
2 n 90

1 1 4 4 2
Substituindo em u  1   ...   ... tem-se u   
24 n4 90 90 90
Lembrando-se que 1  r  r 2  ...  r n 1  r n  ... é uma série geométrica de razão r
1
1  r  r 2  ...  r n 1  r n  ... 
1 r

Observe que 1    0  1    2  ...  1    2 n  2  ... com n  Z * é uma série geométrica de


razão 1    2
♥Obs.→ sabemos que numa série geometrica a razão r pode ser maior ou igual a um ou
menor que um, devemos ter cuidado para não confudir com o conceito a nivel de segundo
grau que é dado a P.G de termos infinitos.
Na universidade sabemos pelo estudo de serie que uma serie geometrica pode ter razão igual a
um...

1    0  1    2  ...  1    2 n2  ...  1    2


0
1
pois 1     1
0

1  1    1  1   
2

1 1 1
Substituindo em v   
1  1    1  1    1  1   
2 2 2

6 – Calculam-se o produto escalar entre os vetores u e v  R

 1 1 

1, 22 ,..., n 2 ,.... 1    , 1    ,...1     ...  u.v
0 1 n 1

1    0  1  2  1    n 1  ...  u.v
1
 ... 
2 n2

7 – Substituindo tudo que foi encontrado na fórmula u .


v = cos() . u .v
tem-se:

1    0  1    1    n 1  ...  2
1
1
 ...  . . cos( )
90 1  1    2
2 2
2 n

8 – Multiplicando ambos os lados por d têm-se:

1 1  2 1cos( )d
1    0 d  . 1    1
d  ...  . 1    n 1
d  ...  .
22 n2 90 1  1    2

ObsVamos ver a que ângulo tende alfa quando n tende a infinito.

9 – Aplicando integral em ambos os lados tem-se:

1 1 n1 2 1 cos   d
 1     1    d  ...   1   
0 1

90  1  1    2
d  d  ...  
22 n2

10 – Resolvendo as integrais do lado esquerdo utilizado o método da


substituição tem-se
u 0 1 u 1
 1    d   u  1    1    d   u du   u  1   
0 0
  0

0 1 1
du  d

u 11 u 2 1    2

 1     1   
1 1
d  u  1    d   u 1 du   
11 2 2
du  d

u n 11 un 1    n

 1    d   u  1      u du 
n 1 n 1
 
n 11 n n
du  d

11 – Substituindo as integrais encontradas tem-se:

1     1  3  1    n  ...   2 1cos( )d


2

90  1  1    2
 .... 
2 n3
1cos( ) d
12 – Calculando a integral  1  1   
2 utilizando a fórmula de integração

por partes que é  u.dv  u.v   v.du

13 – Supondo que u = cos(), a diferencial de u é du = - sen()d

d d
Supondo que dv 
1  1   
2 a integral  dv é  dv   1  1   
2

d
 dv  v  v   1  1   
2
utilizando o método da substituição
Supondo que 1+  = u, diferenciando d = du e substituindo tem-se:

du
v  arcsen (u )  arcsen 1   
1  u
2

14 – Substituindo tudo na fórmula de integração por partes tem-se:

 u . dv  u.v   v.du
cos( )d
  arcsen1   . cos( )   arcsen1    sen( )d
1  (1   ) 2

15 – Calculando a integral  arcsen 1   .sen   d


16 – Pela fórmula de Mac – Laurin
3  2 n 1
sen( )     ...  (-1) 3n -1 .  ... com n  Z *
3!  2n  1!
17 – Substituindo em  arcsen 1   .sen( )d tem-se:
 3  2 n 1 
 arcsen  1    .sen ( ) d    arcsen (1   ).   ...  (-1) 3n -1
.  ... d
 3!  2n  1! 

18 -
1  - 1 3 n 1

 arcsen1   . sen( ).d   arcsen .1   d  3! arcsen(1   ) d  ...   2n  1 ! 


3

  arcsen1     2 n 1 d  ...

19 – Calculando as integrais do lado direito usando a fórmula de integração


por partes tem-se:

 arcsen(1   )d u  arcsen(1   )


dv  d
2
 dv   d  v  2
d 2 1  2 d
du    u  dv  u  v   v  du   arcsen(1   )d  arcsen(1   )  
1  (1   ) 2 2 2 1  (1   ) 2

 arcsen(1   ) d  u  arcsen(1   )
3

d
du 
1  (1   ) 2
dv   3 d

 dv    d
3

4
v
4
arcsen(1   )   4 1  4 d
 u  dv  u  v   v  du   arcsen(1   ) d   
3

4 4 1  (1   ) 2

 arcsen(1   ) d  u  arcsen(1   )
2 n 1

d
du 
1  (1   ) 2
dv   2 n 1 d

 dv    d
2 n 1

 2 n 11
 2n
v 
2n  1  1 2n
 u  dv  u  v   v  du
arcsen(1   ) 2 n 1  2 n d
 arcsen(1   ) d  
2 n 1

2n 2n 1  (1   ) 2
20 – Observem que 1  (1   ) 2  1  1  2   2  2   2

Como  1  i 2 então - 2 -  2  - 1   2   2   i 2   2   2 
 2 n d  2 n d 1  2 n d
Substituindo na integral  1  1   
2

i 2  ( 2  2 )

i  2
 2 

1 i  2 n d 1  2 n d  2 n d
   2  i  i 
i i   2 i
2
 2
 2   2
 2 
Para n = 1

 2 n d  2.1  d  2 d
  i 
 2  2 
 i 
 2  2 
1  1   
2

Para n = 2

 2 n d  2.2  d  4 d
  i 
 
 i 
 
1  1     2  2
2 2 2

Para n = n

 2 n d  2 n d
 1  1   
2
 i 
 2
 2 

Substituindo as integrais do lado direito tem-se:

arcsen1    2  2 d
 arcsen(1   )d  2
 i
2  2  2 

arcsen1      4  4 d
 arcsen1    d   i
3

4 4  2  2  

arsen(1   ). 2 n  2 n d
 arcsen (1   ) d   i
2 n 1

2n 2n ( 2  2 )


Posso colocar dentro da integral ou fora
dela já que se trata de um valor numérico.

21 – Substituindo em 18 tem-se:
 arcsen (1   ) 2 1 arcsen (1   ) 4 (1)3n 1
 arcsen1     sen( )  d   2
 
3! 4
 .... 
(2n  1)!

arcsen(1   ) 2 n   2 d 1 1  4 d (1)3n 1   2 n d
  ...  i   i    ...  i   ...
2n  2  2  2 3! 4  2  2  2n  1!2n  2  2

22 – Aplicando a simbologia de somatório na 21 tem-se:


arcsen(1   ) 2 n 
(-1)3n -1  2 n d
 arcsen(1   )  sen( )d   n 1  2n - 1 ! 2n
 (1)3n 1  i  
n 1  2n - 1 ! 2n

 2  2
23 – Substituindo em 14 tem-se:

cos( )d 
arcsen(1   ) 2 n
  arcsen(1   )  cos( )      1
3n 1

1  (1   ) 2 n 1 (2n  1)!2n


 - 1 3n 1  2 n d
+ i  
n 1 ( 2n  1) ! 2n  2  2

24 – Substituindo a integral em 11 tem-se:

1      1 
2
 ... 
 1  
n
 ... 
2
arcsen1     cos( ) 
2

23 n3 90 90

arcsen 1    2 n  - 1 3 n 1

2 
 2 n d
 
90  n 1  2n  1!2n  2  2
 (1)3n 1  i 
n 1  2n  1 !2n

1    2
1    n  ...  1     1    2  ...  1    n  ...  0.i
25- Obs.  1     3
 ...   
2 n3  23 n3 

26 – Substituindo em 24

  1 
2
1 
n
  2 2
1     3  ...  3  ...  0i    arcsen 1     cos( )  
 2 n   90 90
arcsen 1    2 n  2   1  2 n d 
3 n 1
3 n 1 
 
.  ( 1)   i      
n 1  2n  1!2n   90 n 1  2n  1 ! 2n   2 
2
27 – Igualando-se as partes reais e imaginárias tem-se:

 1   (1)n   2
2
2
1  . . . . arcsen(1)cos()  

3 3 
2 n  90 90

arcsen (1   ) 2 n 
  (1)3n 1 
n 1  2n  1 ! 2n 

 2 
  1 3n 1   2 n d 
i.
♠ 
 90

n 1  2 n  1!2 n
  i 0
 2  2 

2 
  1 3n 1   2 n d   2     1 3n 1   2 n d
28 – Observe que 
90  n 1  2n  1 ! 2n  2  2  90 n 1
  2n  1 ! 2n  2  2

29 – Observe que 0.i  i  0 d

30 – Substituindo 0  i na 27 por i  0.d

2   - 1 3 n 1
 2 n d
31 - i   
90 n 1  2n  1 ! 2n  2  2
 i  0.d

Poderia aqui calcular a integral


para cada valor de n e igualar a
zero, mesmo assim chegaria em
  0, porém vamos seguir um
 Nessas condições podemos dizer que:
caminho mais curto.

 2    1 3n 1  2n
  0
90 n 1  2n  1 ! 2n  2  2


  1 3n 1   2n 0. 90 0

n 1  2 n  1 !2n  2  2

 2
 2 0

32 – Podemos fazer:


  1 3n 1  2n 2 4   1 3n 1  2n
 (2n  1)!2n 
n 1  2  2

2  2  2

3!4  2  2
 ... 
(2n  1)!2n

 2  2
 ...  0
1
33 – Colocando-se em evidência:
  2
2

 2  4
  ... 
  1 3n 1   2 n  ...  1
0
 
 2 3!.4 (2n  1)!.2n    2
2

2 4
  ... 
  1 3 n 1
  2 n  ...  0.  2  2
2 3!.4  2n  1 !.2n

2 4
  ... 
  1 3 n 1
  2 n  ...  0  com
  1 3 n 1

pertencente ao Q+*
2 3!.4  2n  1 !.2n  2n  1 !.2n

34 – Fazendo-se uma análise sobre este polinômio observa-se que uma das soluções
aceitável se não a única talvez é  = 0 … ♥ colocando-se  2 em evidência :
1  2
2    ... 
  1 3n 1   2 n 2  ...  0

 2 3!.4  2n  1 !.2n 

2  0
  0
 0

35 – Substituindo  = 0 na parte real em 27 tem-se:

1  0  1  30  1  0  n
2
2
 ...   ...  arcsen 1  0 . cos(0) 
2 n3 90

 2  arcsen (1  0)
   0  .( 1) 3n1
2n
+
90 n 1  2n  1 ! 2n

 2  arcsen (1  0)
Obs  
90 n 1 (2n  1)!2n
 (0) 2 n  (1)3n 1  0  0  0  ...  0

 
36 – Observe que: arcsen(1  0)  arcsen(1)  cos(0)  1 
2 2

 0 2n  0
1  0 n  (1) n 1

37 – Então se tem:
1 2  ...  1 n 2  2    - 1 3n 1
1
23 n3
 ...   1  0 
90 2
 
90 n 1 2  2n  1 !2n

1 1 3
1 3
 ...  3  ...  0
2 n 2 90

• Observe que 90  9.10  9 . 10  3 10

Então se conclui que:

1 1 3 3
1  ...   ...  
23 n3 2.3 10 6 10

1 1 3
1 3
 ...  3  ... 
2 n 6 10


1 3

n 1 n
3

6 10

♠Conclusão quando n tende a infinito o ângulo alfa tende a zero o co-seno de alfa tende a um
3
e a soma tende a .
6 10
Folha observação(olhar apos analisar a solução)

Voltando há...

1   
1    0  1  2  1    2 1    n1  ...  0
1
2
  ...    1  cos  
2 32 n2 90 1  1    2

Para α 0

1
1

1
 ... 
1
 ... 
2

1  1  cos(0) 0

90 1  1 2
2 2 2
2 3 n

1 1 1 2 1
1 2
 2  ...  2  ...    1  cos(0)
2 3 n 90 1  1

1 1 1 2 1  2 1 1 1  2
1   ...   ...    1  cos( 0)   
2 2 32 n2 90 0 90  0 0

Lembra disso!!!

Lá no início foi falado que antes de Euler achar o valor da série

1 1 1 2
1   ...   ...  na tentativa de resolver essa série, chegava-se a ∞
2 2 32 n2 6
♥ Lembre-se lá no referencial teorico chegamos a infinito igual à soma dos inversos dos
quadrados dos números naturais e aqui também chegamos ao mesmo resultado. Isto significa
dizer que a série tem infinitos termos a serem somados.


1 1 1 1 1 1
Ou seja 1  2
 2  ...  2  ... = 1  2  2  ...  2  ... (já que encontramos infinito igual
2 3 n 2 3 n
a soma dos inversos dos quadrados nos dois casos)
Obs:

♠Se os cálculos estiverem todos corretos os mesmos poderão ser utilizados para calcular as
série convergentes do tipo:
1 1 1
1 p
 p  ...  p  ...  onde p  2n  1 com n  z*
2 3 n

Você também pode gostar