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http://ec.europa.eu/social/
ISBN 978-92-79-07545-2
Comissão Europeia
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através do fax (352) 2929-42758.
Guia de boas práticas não vinculativo
para a aplicação da Directiva 2002/44/CE relativa
às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes
à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos
aos agentes físicos (vibrações)
Comissão Europeia
Unidade F.4
Encontram-se disponíveis numerosas outras informações sobre a União Europeia na rede Internet, via servidor Europa
(http://europa.eu)
© Comunidades Europeias, 2009
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
ISBN 978-92-79-07545-2
Printed in Luxembourg
Impresso em papel branqueado sem cloro
PREÂMBULO
A criação de mais empregos sempre foi um objectivo da União Europeia. Este objectivo foi adoptado oficialmente
pelo Conselho no Conselho Europeu de Lisboa, em Março de 2000, sendo um dos elementos-chave da melhoraria
da qualidade do emprego.
A adopção de medidas legislativas forma parte do compromisso de integrar a saúde e a segurança dos trabalhadores
no trabalho na abordagem global do bem-estar no trabalho. Neste âmbito, a Comissão Europeia combina diversos
instrumentos a fim de consolidar uma verdadeira cultura de prevenção do risco.
A Directiva 2002/44/CE do Parlamento Europeu e do Conselho relativa à exposição dos trabalhadores aos riscos
devidos aos agentes físicos (vibrações) visa introduzir, a nível comunitário, prescrições mínimas de protecção dos
trabalhadores que, no âmbito da sua actividade laboral, estão expostos aos riscos devidos a vibrações.
A Directiva 2002/44/CE estabelece valores-limite de exposição e valores de acção da exposição. Além disso,
especifica as obrigações das entidades patronais em matéria de determinação e avaliação dos riscos, estabelece
as medidas a tomar para reduzir ou evitar a exposição e pormenoriza o modo de dar informação e formação aos
trabalhadores. Qualquer entidade patronal que pretenda realizar obras que impliquem riscos devidos a uma
exposição a vibrações deverá aplicar uma série de medidas de protecção antes e durante essas obras.
A directiva obriga também os Estados‑Membros a implementarem um sistema adequado de controlo da saúde dos
Preâmbulo
trabalhadores expostos a riscos devidos a vibrações. A avaliação e a análise dos riscos devidos à exposição a
vibrações e a implementação das medidas de protecção podem ser complicadas. O presente «guia de boas
práticas» não vinculativo facilitará a avaliação dos riscos devidos à exposição a vibrações transmitidas ao sistema
mão-braço, a identificação dos controlos para eliminar ou reduzir a exposição e a introdução de sistemas que
impeçam a ocorrência e a progressão de lesões.
3
Í ndice
Agradecimentos. ........................................................................................................................... 6
Capítulo 1 introdução.......................................................................... 11
Capítulo 2 avaliação dos riscos............................................................. 15
Capítulo 3 eliminação ou redução da exposição...................................... 23
Capítulo 4 vigilância da saúde.............................................................. 31
Anexos A - H .................................................................................... 33
Índice alfabético.................................................................................. 53
Parte 2 Guia de boas práticas sobre Vibrações
.. transmitidas ao corpo inteiro......................................................................... 55
Capítulo 1 Introdução.......................................................................... 59
Capítulo 2 Avaliação dos riscos............................................................. 63
Índice
Capítulo 3 Eliminação ou redução da exposição...................................... 73
Capítulo 4 Vigilância da saúde.............................................................. 79
Anexos A – H..................................................................................... 81
Índice alfabético.................................................................................. 103
Texto da Directiva 2002/44/CE........................................................................... 105
5
A gradecimentos
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
HSL: Mr P M Pitts
Health and Safety Laboratory
Reino Unido
Unidade «Saúde, Segurança e Higiene no Trabalho» da Direcção‑Geral «Emprego, Assuntos Sociais e Igualdade de
Oportunidades» da Comissão Europeia.
Grupo de Trabalho «Vibrações», mandatado pelo Comité Consultivo para a Segurança e a Saúde no Local de
Trabalho.
Nota: Os autores do projecto agradecem ainda a informação utilizada na elaboração do presente guia, proveniente
de dois projectos financiados pela UE, a saber:
VINET: Research Network on Detection and Prevention of Injuries due to Occupational Vibration Exposures (Rede
de Investigação sobre a Detecção e Prevenção de Lesõess devidos a Exposição Profissional a Vibrações),
EC Biomed II projecto n.º BMH4-CT98-3251.
6
Parte 1
Guia de boas práticas sobre
Vibrações Transmitidas ao Sistema
Mão Braço
Índice
Capítulo 1 Introdução............................................................................................................................................. 11
PARTE 1
2.4.3 Incerteza das avaliações da exposição diária......................................................... 22
3.3.9 Manutenção...................................................................................................... 28
9
Capítulo 4 Vigilância da saúde............................................................................................................................. 31
4.1 Quando é necessária a vigilância da saúde?........................................................................................... 31
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
10
C apítulo 1 I ntrodução
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
A Directiva 2002/44/CE da UE (Directiva‘Vibrações’) atribui às entidades patronais as
responsabilidades de garantir a eliminação ou redução ao mínimo dos riscos derivados das vibrações
transmitidas ao sistema mão-braço (responsabilidades resumidas no Anexo A).
O presente guia destina-se a ajudar as entidades patronais a identificar os perigos derivados das
vibrações transmitidas ao sistema mão-braço,a avaliar as exposições e os riscos, bem como a
estabelecer medidas para proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores expostos aos riscos
devidos a vibrações transmitidas ao sistema mão-braço.
O guia deve ser lido conjuntamente com a Directiva «Vibrações» ou com a legislação nacional que
aplica os requisitos dessa directiva.
Capítulo 1 Introdução
As vibrações transmitidas ao sistema mão-braço são Julho de 2005. A legislação nacional pode aplicar dispo-
transmitidas através da palma e dedos da mão (ver sições mais favoráveis do que as exigidas pela directiva e
Anexo B). Os trabalhadores cujas mãos estão não deve reduzir a protecção concedida aos trabalhado-
regularmente expostas a vibrações transmitidas ao res por qualquer legislação nacional preexistente.
sistema mão-braço podem sofrer lesões nos tecidos das
mãos e braços que provocam os sintomas colectivamente A Directiva «Vibrações» estabelece um valor de acção
conhecidos como síndroma das vibrações transmitidas da exposição para a exposição diária a vibrações
ao sistema mão-braço (ver Anexo C). acima do qual as entidades patronais são obrigadas a
Os riscos das vibrações transmitidas ao sistema mão- controlar os riscos de transmissão de vibrações ao
braço afectam pessoas de muitas indústrias e profissões. sistema mão-braço da sua força de trabalho e um valor-
Os riscos aumentam muito com a utilização de limite de exposição acima do qual os trabalhadores
equipamento de vibrações mais elevadas e com a não podem ser expostos2:
utilização prolongada e regular desse equipamento. • um valor de acção da exposição diária de 2,5 m/s²
No entanto, há investigações que mostraram que os
perigos das vibrações podem ser controlados e os riscos • dum valor-limite da exposição diária de 5 m/s².
reduzidos através de uma boa gestão. Mostraram ainda No entanto, há algum risco de lesões devidas à transmissão
que os custos desses controlos não são necessariamente de vibrações ao sistema mão-braço no caso de exposições
elevados e podem geralmente ser compensados pelos abaixo do valor de acção da exposição. A Directiva
benefícios de os trabalhadores se manterem com saúde. «Vibrações» atribui às entidades patronais responsabilidades
Além disso, as medidas de controlo das vibrações têm, quanto a garantir que os riscos resultantes de vibrações
em muitos casos, levado a uma melhor eficiência. transmitidas ao sistema mão-braço são
A Directiva «Vibrações» (Directiva 2002/44/CE – ver eliminados ou reduzidos a um mínimo.
caixa «Bibliografia suplementar») estabelece padrões Essas responsabilidades estão resumidas
mínimos para o controlo dos riscos resultantes das vi- no Anexo A.
brações transmitidas ao sistema mão-braço. A Directiva A Directiva «Vibrações» é uma directiva
«Vibrações» exige que os Estados-Membros da União específica da directiva-quadro (Directiva
Europeia implementem legislação nacional para apli- 89/391/CEE - ver a caixa «Bibliografia
car os requisitos da Directiva o mais tardar até 6 de suplementar») e, assim, muitos dos requisitos
2 Os Estados-Membros podem (após consultar os parceiros sociais) aplicar períodos transitórios para o valor-limite de exposição durante um período
de cinco anos a partir de 6 de Julho de 2005. (Os Estados-Membros podem alargar esse periodo por mais quatro para as máquinas agrícolas e
florestais). Os períodos transitórios apenas se aplicam à utilização de máquinas fornecidas antes de 6 de Julho de 2007 para as quais (tendo em
conta todos os meios técnicos ou organizativos disponíveis para controlar o risco) o valor-limite de exposição não possa ser respeitado.
11
da Directiva «Vibrações» resultam da directiva-quadro e a optimização de métodos e a implementação de me-
fazem-lhe referência específica. didas de protecção (medidas técnicas e/ou organiza-
O presente guia ajudará as entidades patronais no tivas) na base de uma análise de riscos prévia. Este
cumprimento da Directiva «Vibrações», uma vez que guia dá também pormenores sobre o tipo de formação
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
se aplica às vibrações transmitidas ao sistema mão- e informação a fornecer aos trabalhadores envolvidos
braço. O guia pretende cobrir a metodologia utiliza- e propõe soluções eficazes para as restantes matérias
da para determinar e avaliar riscos; para escolher e abordadas na Directiva 2002/44/CE. A estrutura des-
usar correctamente o equipamento de trabalho, para te guia está indicada no fluxograma da Figura 1.
Bibliografia suplementar:
Directiva «Vibrações”:
12
Vibrações transmitidas Figura 1: Fluxograma das vibrações transmitidas ao sistema
ao sistema mão-braço mão-braço
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
no trabalho
Dados do fabricante
Outras fontes
Medição
Capítulo 1 Introdução
Exposição diária às vibrações - A(8)
Os controlos estão a
funcionar?
Repetição da avaliação dos riscos 3.5
13
C apítulo 2 R avaliação dos riscos
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
O objectivo da avaliação do risco de vibrações transmitidas ao sistema mão-braço é permitir à
entidade patronal tomar uma decisão válida acerca das medidas necessárias para prevenir ou
controlar de forma adequada os riscos derivados da exposição dos trabalhadores a vibrações
transmitidas ao sistema mão-braço.
Neste capítulo apresentamos o modo como a entidade patronal pode concluir se poderá ter algum
problema com a exposição do sistema mão-braço a vibrações nas suas instalações de trabalho, sem
necessidade de uma medição ou de qualquer conhecimento detalhado de como fazer a avaliação da
exposição.
A avaliação dos riscos deve: Se for o caso, pode precisar de gerir as exposições a
vibrações. No Quadro 1 são apresentadas algumas
• identificar onde pode haver um risco derivado de
perguntas para ajudá-lo a decidir se é necessário tomar
vibrações transmitidas ao sistema mão-braço;
mais qualquer medida. A Figura 2 apresenta exemplos
• calcular as exposições dos trabalhadores e de amplitudes das vibrações de algumas ferramentas e
compará-las com o valor de acção da exposição e máquinas que criam os riscos.
o valor-limite de exposição;
É importante manter os trabalhadores e os seus
• identificar os controlos de risco disponíveis; representantes envolvidos e informados no processo de
• identificar os passos que pretende dar para controlar avaliação do risco de vibrações. Uma parceria eficiente
e monitorizar os riscos de transmissão de vibrações com os trabalhadores ajudará a garantir que a informação
ao sistema mão‑braço; usada para a avaliação do risco se baseia em avaliações
realistas do trabalho que está a ser executado e do tempo
• registar a avaliação, os passos gasto para fazer esse trabalho.
que foram dados e a respectiva
eficácia. Os factores que governam a exposição
diária de uma pessoa às vibrações
Um ponto de partida é considerar são a amplitude (nível) ponderada em
o trabalho que está a ser executa- frequência da vibração e o período de
do, os processos envolvidos e as tempo durante o qual a pessoa lhe está
ferramentas e equipamentos utiliza- exposta. Quanto maior a amplitude ou
dos, e perguntar: «A empresa utili- quanto mais longa a exposição, tanto
za equipamento manual, guiado à maior será a exposição dessa pessoa
mão ou alimentado manualmente?» às vibrações.
15
Quadro 1 – Algumas perguntas para ajudar a decidir se é necessário tomar mais qualquer
medida
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Algumas perguntas para ajudar a decidir se é necessário tomar mais qualquer medida
Algumas ferramentas de movimento rotativo podem ultrapassar o valor de acção da exposição no espaço de
cerca de meia hora, pelo que se deve certamente tomar medidas caso algum trabalhador as utilize durante
mais de cerca de 2 horas por dia.
Com ferramentas de impacto ou de percussão, os níveis de vibração são provavelmente muito mais elevados
do que com ferramentas de movimento rotativo. Algumas ferramentas com acção de martelo podem exceder
o valor de acção da exposição no espaço de poucos minutos, pelo que se deve certamente tomar medidas
caso algum trabalhador as utilize durante mais de cerca de meia hora por dia.
Se são utilizadas ferramentas eléctricas manuais que possam pôr os utilizadores em risco de lesões provocadas
por vibrações, o fabricante deve fazer o aviso correspondente no respectivo manual.
O formigueiro ou entorpecimento das mãos podem ser visíveis durante ou após a utilização de uma ferramenta
eléctrica e são um indicador de risco de vibrações transmitidas ao sistema mão-braço derivado da utilização
dessa ferramenta durante muito tempo.
Sinais de síndroma das vibrações transmitidas ao sistema mão-braço significam que é necessário gerir as
exposições às vibrações. Os sintomas, quando estão ligados a exposições abaixo do valor de acção, podem
identificar trabalhadores particularmente susceptíveis a riscos de transmissão de vibrações ao sistema mão-
braço.
16
Figura 2: Exemplos de amplitudes das vibrações para ferramentas comunsj
gamas de valores de vibração para equipamento comum no mercado da ue. estes dados são apenas para ilustração.
para mais pormenores, ver o anexo b.
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
Aceleração ahv (m/s²)
0 5 10 15 20 25 30 35
Serras de
corrente
Martelos de
britagem
Roçadeiras
Martelos
demolidores
Trituradoras
Berbequins por
percussão
Chaves de
aperto por
percussão
Cinzéis
mecânicos
Calcadores
Martelos
pneumáticos
Martelos
de perfurar
Lixadoras
Serras
de corrente
Calcadores
vibratórios
il il
imum
rc ent rc ent xim
um
Min . pe . pe Ma
25 75
17
2.2 Determinação da duração da exposição
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Bibliografia suplementar:
EN ISO 5349-2:2001 Mechanical vibration — Measurement and evaluation of human exposure to hand-
transmitted vibration. Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace.
CEN/TR 15350 Mechanical vibration — Guideline for the assessment of exposure to hand-transmitted vibration
using available information including that provided by manufacturers of machinery (Vibrações mecânicas –
Orientações para a avaliação da exposição a vibrações transmitidas pela mão usando informação disponível,
incluindo a fornecida pelos fabricantes das máquinas)
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2.3 Amplitude da vibração
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
O risco das vibrações transmitidas ao sistema produzidos por entidades de normalização europeias
mão‑braço baseia-se no ahv, o valor total da ou internacionais e (desde 2005) com base na EN ISO
aceleração ponderada em frequência, que é dado 20643. São exemplos a série EN ISO 8662 para as
pela raiz quadrada da soma dos quadrados da ferramentas pneumáticas e outras não eléctricas e a sé-
aceleração, ponderada em frequência, dos três rie EN 60745 para as ferramentas eléctricas.
eixos ortogonais, x, y e z: Os valores de emissão declarados permitem aos com-
pradores comparar as máquinas ensaiadas com o mes-
y z mo código do teste normalizado. Os valores de emis-
são podem mostrar se há grandes diferenças entre
O valor é calculado no ponto em que a vibração
máquinas, para se poderem evitar as ferramentas com
penetra na mão (ver o Anexo B).
altas vibrações.
A informação sobre a vibração utilizada para a
Os dados sobre as emissões fornecidos pelo fabrican-
avaliação da vibração tem de corresponder tanto
tes podem também indicar o nível provável de vibração
quanto possível às emissões prováveis de vi-
transmitida às mãos de um trabalhador ao utilizar uma
brações do equipamento que se pretende utilizar
determinada ferramenta eléctrica. Isto pode ser útil para
da forma que se pretende utilizar.
ajudar a calcular a exposição diária e fazer uma ava-
Bibliografia suplementar:
EN ISO 20643:2005 Mechanical vibration — Hand-held and hand-guided machinery. Principles for evaluation
of vibration emission
CEN/TR 15350: 2005 Mechanical vibration — Guideline for the assessment of exposure to hand-transmitted
vibration using available information including that provided by manufacturers of machinery
19
2.3.2 Utilização de outras fontes de dados 2.3.3 Medição da amplitude da vibração
Há outras fontes de informação sobre as amplitudes das
vibrações que são frequentemente suficientes para se Em muitas situações, não será necessário medir as
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
saber se o valor de acção da exposição ou o valor‑limite amplitudes das vibrações. No entanto, é importante
de exposição são susceptíveis de ser ultrapassados. saber quando se devem realizar medições.
20
Medições das vibrações Nos casos em que se seguram as ferramentas com as
duas mãos, as medições têm de ser feitas em ambas as
As medições devem fazer-se de modo a obterem-se posições das mãos, utilizando-se o valor mais elevado
valores de vibração representativos da vibração média para determinar a exposição às vibrações.
de uma ferramenta ou processo ao longo do período
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
de trabalho do operador. Assim, é importante que as
condições de operação e os períodos de medição
sejam seleccionados de modo a obtê-los.
Bibliografia suplementar:
EN ISO 5349-1:2001 Mechanical vibration — Measurement and evaluation de human exposure to hand-
transmitted vibration — Part 1: General requirements (Vibrações mecânicas – Medição e avaliação da exposição
pessoal às vibrações transmitidas pela mão. Parte 1: Prescrições gerais)
EN ISO 5349-2:2001 Mechanical vibration — Measurement and evaluation de human exposure to hand-
transmitted vibration — Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace (Vibrações mecânicas –
Medição e avaliação da exposição pessoal às vibrações transmitidas pela mão. Parte 2: Orientação prática
para a medição no local de trabalho)
21
2.4 Cálculo das exposições diárias às vibrações
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Bibliografia suplementar:
EN ISO 5349-2:2001 Mechanical vibration — Measurement and evaluation de human exposure to hand-
transmitted vibration — Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace (Vibrações mecânicas –
Medição e avaliação da exposição pessoal às vibrações transmitidas pela mão. Parte 2: Orientação prática
para a medição no local de trabalho)
22
Capítulo 3 Eliminação ou redução da
exposição
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
adequadamente a exposição dos trabalhadores a vibrações transmitidas ao sistema mão-braço.
Neste capítulo mostramos como se pode desenvolver uma estratégia de controlo, estabelecer prioridades
para as actividades de controlo, implementar controlos de risco e monitorizar a eficácia desses
controlos.
23
A directiva-quadro prevê a seguinte hierarquia para implementar um programa de medidas preventivas:
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
1. evitar os riscos;
2. avaliar os riscos que não possam ser evitados:
3. combater os riscos na origem;
4. adaptar o trabalho ao homem, especialmente no que se refere à concepção dos postos de trabalho, bem
como à escolha dos equipamentos de trabalho e dos métodos de trabalho e de produção, tendo em vista,
nomeadamente, atenuar o trabalho monótono e o trabalho cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre
a saúde;
5. ter em conta o estádio de evolução da técnica;
6. substituir o que é perigosa pelo que é isento de perigo ou menos perigoso;
7. planificar a prevenção com um sistema coerente que integre a técnica, a organização do trabalho, as
condições de trabalho, as relações sociais e a influência dos factores ambientais no trabalho;
8. dar prioridade às medidas de protecção colectiva em relação às medidas de protecção individual;
9. dar instruções adequadas aos trabalhadores.
A gestão bem sucedida dos riscos assenta no apoio e tuno para a resolução das questões de saúde e
no envolvimento dos trabalhadores, especialmente dos segurança;
seus representantes. Os representantes podem constituir
um canal eficaz de comunicação com a mão‑de‑obra e • valorizar e levar em conta as opiniões dos traba-
ajudar os trabalhadores a compreenderem e a utiliza- lhadores.
rem as informações sobre a saúde e a segurança.
A consulta pode levar a identificar melhores soluções
Embora algumas soluções para o controlo das vibra- de controlo que sejam bem aceites pelos trabalhado-
ções transmitidas ao sistema mão‑braço sejam bas- res. A eficácia das medidas de controlo dependerá
tante simples, outras exigirão mudanças na forma dos trabalhadores. Em função de uma formação e
como o trabalho está organizado. Essas mudanças supervisão adequadas, os trabalhadores têm o de-
só podem ser eficazmente realizadas em consulta ver de fazer uma utilização correcta das máquinas e
com os representantes dos trabalhadores. de cooperar com a entidade patronal para poderem
estar certos de que o ambiente e condições de traba-
Uma consulta eficaz assenta no seguinte: lho são seguros, de modo a que os riscos para a
segurança e a saúde sejam minimizados e, se possí-
• partilhar com os trabalhadores as informações vel, eliminados. O processo de consulta incentiva o
pertinentes sobre saúde e segurança; envolvimento e a cooperação dos trabalhadores nas
medidas de controlo, garantindo assim uma maior
• dar aos trabalhadores oportunidade de exprimir probabilidade de os controlos serem implementados
as suas opiniões e de contribuir em tempo opor- com êxito.
24
3.3 Controlos dos riscos
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
lesões. Provavelmente, um controlo eficaz base- • associação comercial;
ar‑se-á numa combinação de vários métodos..
• outros contactos no sector;
Neste capítulo analisamos a engenharia, a ges-
tão e outros métodos que devem ser considerados • boletins profissionais.
quando se procuram soluções de controlo.
3.3.3 Política de compras
3.3.1 Introdução de outros métodos
de trabalho É necessário garantir que o departamento de compras
tem uma política quanto à compra de equipamento
Talvez haja possibilidade de encontrar métodos de tra- adequado, que leve em conta tanto a emissão de vibra-
balho alternativos que eliminem ou reduzam a exposi- ções como os requisitos operacionais.
ção a vibrações. Isto pode envolver a mecanização ou
Os fabricantes de ferramentas eléctricas (e os importado-
25
nas frequências que mais contam quando se calcula a
exposição. Se não houver uma selecção cuidadosa, os
A nova Directiva «Máquinas» obriga os
materiais resilientes podem amplificar a vibração em
fabricantes ou fornecedores de máquinas a
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
26
• práticas de trabalho seguras que minimizem a ex- balho podem ter para a saúde. Devem ser incentivados
posição às vibrações mecânicas; a deixar de fumar ou a fumar menos, pois o fumo pode
prejudicar a circulação sanguínea. Os trabalhadores
• porquê e como detectar e notificar sinais de uma
devem também estar conscientes de que a utilização de
lesão;
ferramentas eléctricas para trabalho feito pelo próprio
• porquê e como informar que há máquinas a preci- em casa ou actividades como andar de motocicleta se
sar de manutenção; somarão às exposições diárias às vibrações, aumentan-
• como e quando desmantelar ferramentas inseridas do assim o risco de desenvolver uma lesão por vibra-
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
ou consumíveis que contribuam para um excesso ções transmitidas ao sistema mão-braço.
de exposições às vibrações;
• as circunstâncias em que os trabalhadores têm di- 3.3.6 Horários de trabalho
reito à vigilância da saúde. Para controlar os riscos resultantes da vibrações transmi-
Será necessário confiar nos operadores de ferramentas tidas ao sistema mão-braço pode ser necessário limitar
e processos vibratórios para tornar eficazes as medidas o tempo que os trabalhadores estão expostos à vibra-
de controlo. A implementação das medidas de controlo ção resultante de algumas ferramentas ou processos.
deve ser feita em consulta com os trabalhadores e os Recomenda-se que o trabalho seja planificado para evi-
seus representantes. Os trabalhadores têm o dever de tar que os trabalhadores estejam expostos à vibração
cooperar quando são tomadas medidas para cumprir durante períodos longos e contínuos.
as directivas europeias relativas à saúde e à seguran- É preciso assegurar que novos padrões de trabalho
ça. sejam adequadamente supervisados, para garantir
27
(9000 rotações por minuto). Isto significa que, para a da sua eficácia para manterem as mãos e o corpo
maioria das ferramentas manuais eléctricas, a redução da quentes e secos nas condições de trabalho.
amplitude ponderada em frequência da vibração propor-
cionada pelas luvas antivibráticas é negligenciável. As
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
3.3.9 Manutenção
luvas antivibráticas podem proporcionar alguma redução
do risco de vibrações no caso das ferramentas que ope- A manutenção regular das ferramentas eléctricas e outro
ram a altas velocidades de rotação (ou que produzem equipamento de trabalho ajudará frequentemente a
vibrações a altas frequências) e que não são agarradas manter as amplitudes das vibrações ao nível mínimo
com muita força. No entanto, esta redução do risco não necessário, pelo que se deve:
pode ser facilmente quantificada, pelo que normalmente • manter bem afiadas as ferramentas de corte;
não se pode confiar nas luvas para se conseguir protec-
ção contra as vibrações transmitidas ao sistema mão-bra- • reparar os trituradores correctamente,
ço. seguindo as recomendações do fabri
cante;
Protecção contra o frio • lubrificar quaisquer peças móveis,
Uma baixa temperatura do corpo au- de acordo com as recomendações
menta o risco de dedo branco, devido do fabricante;
à diminuição da circulação sanguínea. • substituir as peças gastas;
Assim, no caso de tempo frio, deve-se
evitar trabalhar no exterior, se for possí- • fazer verificações da calibragem e as
vel. Se se tiver de trabalhar no exterior, correcções necessárias;
então pode‑se recorrer a algumas má- • substituir os suportes antivibráticos e os
quinas, como as serras de corrente, punhos suspensos antes de se deterio
que têm punhos aquecidos para aju- rarem (procurar sinais de deterioração
dar a manter as mãos quentes. ou de fissuras, de aumento de volume,
A temperatura num local de trabalho de amolecimento ou de endurecimen
interior deve proporcionar um conforto to, nos apoios em borracha);
razoável sem necessidade de vestuá- • verificar e substituir amortecedores de
rio especial e ser normalmente de pelo vibrações, mancais e engrenagens
menos 16º C. Devem-se evitar máqui- defeituosos;
nas que possam arrefecer as mãos,
como, por exemplo, máquinas com • afiar os dentes das serras de corrente
caixa de aço ou ferramentas pneumáticas que expulsem e manter a tensão da corrente
o ar de exaustão para as mãos do operador. correcta;
28
3.4 Monitorização e reavaliação
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
resultados esperados. no local de trabalho alterações que possam afectar o
nível de exposição, tais como:
Neste capítulo analisamos a forma de monitori-
zar os controlos das vibrações e o momento de • a introdução de máquinas ou processos diferentes
repetir a avaliação dos riscos. • alterações no padrão ou nos métodos de trabalho
• alterações no número de horas trabalhadas com o
equipamento vibratório
• a introdução de novas medidas de controlo das
3.4.1 Como saber se os controlos das vibrações.
vibrações transmitidas ao sistema
mão-braço estão a funcionar? Será também necessário reavaliar os riscos, se houver
indicações (por exemplo, vindas da vigilância da
29
C apítulo 4 Vigilância da S aúde
Parte 1 Guia de boas práticas sobre vibrações transmitidas ao sistema mão braço –
A vigilância da saúde diz respeito à aplicação de procedimentos sistemáticos, regulares e adequados para a
despistagem de doenças profissionais e à adopção de medidas em função dos resultados. Os objectivos são,
antes de mais, proteger a saúde dos trabalhadores (nomeadamente pela identificação e protecção dos
trabalhadores mais vulneráveis), mas também verificar a eficácia a longo prazo das medidas de controlo.
A vigilância da saúde é claramente uma competência dos Estados-Membros e, além disso, há diferenças nas
práticas nesta matéria na União Europeia. Não é intenção do presente guia fornecer orientações definitivas
a este respeito. Neste capítulo reafirmamos os requisitos em matéria de vigilância da saúde previstos na
Directiva «Vibrações» revemos algumas das técnicas de avaliação disponíveis.
Algumas técnicas de vigilância da saúde relacionadas com lesões do sistema mão‑braço são descritas no
Anexo F.
• a exposição dos trabalhadores às vibrações for tal 4.3 Que fazer se for identificada uma
que permita estabelecer uma ligação entre essa lesão?
exposição e uma doença identificável ou efeitos
nocivos para a saúde, Se os resultados da vigilância da saúde revelarem que
um trabalhador sofre de uma doença ou de uma afecção
• houver probabilidade de a doença ou os efeitos identificáveis que sejam consideradas por um médico
ocorrerem nas condições particulares de trabalho ou um profissional de cuidados de saúde no trabalho
de um trabalhador e como resultante da exposição a vibrações mecânicas
no trabalho:
• houver técnicas válidas que permitam detectar a
Informações para o trabalhador
doença ou os efeitos nocivos para a saúde.
O trabalhador deve ser informado, pelo médico ou por
De qualquer modo, os trabalhadores cuja exposição outra pessoa devidamente qualificada, dos resultados
diária a vibrações exceda o valor de acção da da vigilância da saúde a que foi sujeito. Em particular,
exposição diária têm direito a uma vigilância apropriada os trabalhadores devem ser informados e aconselhados
da saúde. sobre qualquer vigilância da saúde a que se devam
submeter após o final da exposição.
31
Informações para a entidade patronal qualificada ou da autoridade competente ao aplicar
quaisquer medidas necessárias para eliminar ou
A entidade patronal deve ser informada de quaisquer
reduzir os riscos da exposição do sistema mão-braço
resultados significativos obtidos no âmbito da vigilância
às vibrações, incluindo a possibilidade de afectar o
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
32
A nexo A Resumo das responsabilidades definidas
pela directiva 2002/44/CE
Parte 1
Anexo A-H
valor-limite de acima do valor limite
exposição 3 Apurar as razões pelas quais o valor limite das expo-
sições foi ultrapassado
Trabalha-dores em 3 Adaptação às necessidades dos trabalhadores em situ-
situação particular de ação particular de risco
risco
Artigo 6 Entidade Trabalha-dores em Informação e formação dos trabalhadores:
patronal risco de vibrações 3 Para todos os trabalhadores expostos a riscos de
transmitidas ao sistema transmissão de vibrações ao sistema mão-braço.
mão-braço
Artigo 7 Entidade Trabalha-dores em Consulta e participação dos trabalhadores:
patronal risco de vibrações 3 Consultar, de forma equilibrada e em tempo útil, os
transmitidas ao sistema trabalhadores e os seus representantes sobre a avaliação
mão-braço dos riscos, as medidas de controlo, a vigilância da saúde
e a formação.
Artigo 8 Médico ou Em caso de doença Vigilância da saúde:
pessoa 3 Informar o trabalhador dos resultados da vigilância da
devidamen-te saúde
qualificada
3 Dar informações e recomendações ao trabalhador sobre
qualquer exame de saúde a que ele se deva submeter
após o final da exposição
3 Transmitir à entidade patronal os resultados mais
significativos das medidas de vigilância da saúde
Entidade Em caso de doença 3 Rever a avaliação de riscos
patronal 3 Prosseguir com a eliminação ou redução dos riscos
3 Reexaminar o estado de saúde dos trabalhadores que
tenham estado expostos de forma semelhante
Entidade Exposições acima do 3 Os trabalhadores têm direito a uma vigilância da saúde
patronal valor de acção da adequada
exposição
33
A nexo B O que é uma vibração?
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
y z
34
Figura B.3 Exemplos de amplitudes das vibrações de ferramentas comuns
Dados baseados em medições das vibrações no local de trabalho para os valores totais das vibrações ahv (ver
Capítulo 2.3) pelo HSL e o INRS entre 1997 e 2005. Estes dados são apenas para ilustração e podem não ser
representativos da utilização das máquinas em todas as circunstâncias. O 25.º e o 75.º pontos percentis indicam a
0 5 10 15 20 25 30 35
Serras de
corrente
Martelos de
britagem
Roçadeiras
Martelos
demolidores
Rectificadoras
Parte 1
Anexo A-H
Trituradoras
Berbequins por
percussão
Chaves de
aperto por
percussão
Cinzéis
mecânicos
Calcadores
Martelos
pneumáticos
Martelos
de perfurar
Lixadoras
Serras
de corrente
Calcadores
vibratórios
Exemplos 25. e 75. percentis
35
brações) sejam cuidadosamente seleccionados. A vi-
B.5 Que instrumentos devem ser bração em máquinas manuais e guiadas à mão pode ser
utilizados? muito elevada e pode facilmente sobrecarregar transdu-
tores inadequados. A fixação de transdutores aos punhos
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Bibliografia suplementar:
EN ISO 5349-2:2001 Mechanical vibration — Measurement and evaluation de human exposure to hand-
transmitted vibration — Part 2: Practical guidance for measurement at the workplace workplace (Vibrações
mecânicas – Medição e avaliação da exposição pessoal às vibrações transmitidas pela mão. Parte 2: Orientação
prática para a medição no local de trabalho)
36
A nexo c Riscos para a saúde, sinais e sintomas
Parte 1
Anexo A-H
continuar, estes sintomas tendem a piorar e podem interferir
com a capacidade de trabalho e as actividades diárias. Os
C.1 Patologias vasculares trabalhadores expostos a vibrações podem apresentar uma
Em trabalhadores expostos a uma vibração dos braços redução da sensação normal de tacto e temperatura, assim
transmitida pelas mãos podem ocorrer episódios em como uma diminuição da destreza manual.
que os dedos ficam brancos, o que habitualmente é
desencadeado por uma exposição ao frio. Este sintoma
é causado por uma interrupção temporária da circula- C.3 Síndroma do túnel carpelar
ção sanguínea nos dedos. A investigação epidemiológica de trabalhadores mostrou
Para descrever as patologias vasculares induzidas por também que a utilização de ferramentas vibratórias em com-
vibrações têm sido usados vários termos: binação com movimentos repetitivos, como a preensão de
objectos de modo forçado e com posturas desadequadas
• dedo morto ou dedo branco, pode aumentar o risco de síndroma do túnel carpelar.
• fenómeno de Raynaud de origem profissional,
• dedo branco induzido por vibrações. C.4 Patologias músculo-esqueléticas
Inicialmente, ficam brancas as pontas de um ou mais Os trabalhadores com exposição prolongada a vibra-
dedos, mas, com a continuação da exposição às vibra- ções podem queixar-se de fraqueza muscular, dores nas
ções, esse embranquecimento pode estender-se à base mãos e braços e redução da força muscular. Estas pato-
dos dedos. Quando o fluxo sanguíneo volta aos dedos logias parecem relacionar-se com factores de stress er-
(o que habitualmente se deve ao calor ou a uma massa- gonómico resultante de um trabalho manual pesado.
gem local), os dedos ficam vermelhos, frequentemente Foi detectada uma ocorrência excessiva de osteoartrite
com sensação de dor. É mais frequente os dedos ficarem do pulso e do cotovelo, bem como o endurecimento de
brancos no Inverno do que no Verão. A duração varia tecido mole (ossificação) nos pontos de ligação dos ten-
com a intensidade dos estímulos de vibração, podendo dões, sobretudo no cotovelo, em mineiros, trabalhado-
ir de alguns minutos a mais de uma hora. res de construção de estradas e operadores de ferra-
mentas de percussão a trabalhar com metais.
Se a exposição às vibrações continuar, o embranqueci-
mento torna-se mais frequente, afectando mais dedos. Es- Outras patologias relacionadas com o trabalho foram rela-
ses episódios podem verificar-se durante todo o ano mes- tadas em trabalhadores expostos a vibrações, como a infla-
mo com pequenas reduções da temperatura. Durante mação de tendões (tendinite) e respectivas baínhas nos
essas fases, o trabalhador afectado pode sofrer de uma membros superiores e a contractura de Dupuytren, uma do-
perda completa do tacto e da destreza manual, o que ença dos tecidos fasciais da palma da mão.
37
A nexo d Ferramentas para calcular as exposições
diárias
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
D.1 Ferramentas baseadas na Internet exposições não devem ser assumidas como “seguras”.
Pode haver um risco de lesão por transmissão de vibra-
Para simplificar o processo de cálculo da exposição ções ao sistema mão-braço para exposições abaixo do
diária a vibrações, estão disponíveis algumas valor de acção da exposição, pelo que algumas expo-
calculadoras baseadas na Internet, como, por sições incluídas na área verde podem causar lesões
exemplo:
provocadas por vibrações a alguns trabalhadores, es-
http://www.hse.gov.uk/vibration/hav/vibrationcalc. pecialmente após muitos anos de exposição.
htm
h t t p : / / w w w. d b . u m u . s e / k a l k y l a t o r.
aspx?calc=hav&lang=en
D.3 Nomograma da exposição diária
O nomograma da Figura D.2 fornece um método
h t t p : / / w w w. h v b g . d e / d / b i a / p r a / s o f t w a /
alternativo simples para obter exposições diárias às
kennwertrechner/index.html
vibrações sem usar as equações. Para cada ferramenta
ou processo:
D.2 Gráfico da exposição diária 1. Desenhar uma linha que vá desde um ponto na
O gráfico da Figura D.1 fornece um método alternativo escala do lado esquerdo (que representa a amplitude
simples para procurar as exposições diárias ou da vibração) até um ponto na escala do lado direito
exposições parciais a vibrações sem necessidade de (que representa o tempo de exposição);
uma calculadora. 2. Fazer a leitura das exposições parciais no ponto em
Basta procurar no gráfico, sobre uma linha A(8), o que as linhas cruzam a escala central;
ponto em que a linha da amplitude da vibração
3. Achar o quadrado de cada valor parcial de
intersecta linha do tempo de exposição ou o ponto de
exposição a vibrações;
uma linha A(8) imediatamente acima dessa
intersecção. 4. Somar o valor de todos os quadrados;
A área verde da Figura D1 indica exposições provavel- 5. Achar a raiz quadrada do resultado para ter o valor
mente abaixo do valor de acção da exposição. Estas global da exposição diária a vibrações A(8).
38
Figura D.1 Gráfico da exposição diária
16
12
Amplititude das vibrações (m/s2)
10
A(8)=10m/s2
8 A(8)=9m/s2
Parte 1
Anexo A-H
A(8)=8m/s2
A(8)=7m/s2
6
A(8)=6m/s2
A(8)=5m/s2
4
A(8)=4m/s2
A(8)=3m/s2
2 A(8)=2,5m/s2
A(8)=2m/s2
A(8)=1m/s2
0
0:00
0:30
1:00
1:30
2:00
2:30
3:00
3:30
4:00
4:30
5:00
5:30
6:00
6:30
7:00
7:30
8:00
8:30
9:00
9:30
10:00
39
Figura D.2 Nomograma da exposição do sistema mão-braço às vibrações
Aceleração Exposição Pontos de Tempo de
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
40
30
30 10
8
20 6
20 5
15
4
10 1600 3
15
8
800
6 2
Horas
Valor limite de exp. 5 m/s 2
400 100
1,5
10 4 80
200
3 1,0 60
8 Valor de acção da exp. 2,5 m/s2 100 0,8
2 40
0,6
50
1,5 0,5 30
6
25
Minutos
5 1,0 16 20
0,8 15
4 8
0,6
0,5 4 10
0,4 8
3 2
0,3 6
1 5
0,2 4
2
3
0,1 2
1,5 Instruções:
Para cada exposição traçar uma linha entre a aceleraçãoo ponderada e o tempo de
exposição. Ler a exposição a vibrações A(8)I, ou os pontos de exposição ni, no ponto
em que a linha cruza a escala central. Escrever os valores no quadro respectivo
abaixo. 1
1,0 Para os valores de A(8): Para os valores de n,:
Elevar ao quadrado e somar os valores Somar os valores dos resultados para
de A(8). Achar a raíz quadrada do obter um total dos pontos diários, n
0,8 resultado para obter a exposição diária Usar a escala central para converter o
às vibrações A(8) valor de n para A(8)
Ai(8) Ai(8)2 ni
0,6
Exposição 1 Exposição 1
0,5 Exposição 2 Exposição 2
Exposição 3 Exposição 3
Exposição 4 Exposição 4
Exposição 5 Exposição 5
∑Ai(8)2 = n = ∑ni =
A(8) = ∑Ai(8) =
2
A(8) =
40
D.4 Sistema de pontos de exposição Em geral, o número de pontos de exposição,PE é
A gestão da exposição a vibrações transmitidas ao sis- definido por:
tema mão-braço pode ser simplificada usando-se um
sistema de «pontos» de exposição. Para qualquer ferra-
20 67 200 400 800 1600 2400 3200 4000 4800 6400 8000
Parte 1
Anexo A-H
19,5 63 190 380 760 1500 2300 3050 3800 4550 6100 7600
19 60 180 360 720 1450 2150 2900 3600 4350 5800 7200
18,5 57 170 340 685 1350 2050 2750 3400 4100 5500 6850
18 54 160 325 650 1300 1950 2600 3250 3900 5200 6500
17,5 51 155 305 615 1250 1850 2450 3050 3700 4900 6150
17 48 145 290 580 1150 1750 2300 2900 3450 4600 5800
16,5 45 135 270 545 1100 1650 2200 2700 3250 4350 5450
16 43 130 255 510 1000 1550 2050 2550 3050 4100 5100
15,5 40 120 240 480 960 1450 1900 2400 2900 3850 4800
15 38 115 225 450 900 1350 1800 2250 2700 3600 4500
14,5 35 105 210 420 840 1250 1700 2100 2500 3350 4200
14 33 98 195 390 785 1200 1550 1950 2350 3150 3900
13,5 30 91 180 365 730 1100 1450 1800 2200 2900 3650
13 28 85 170 340 675 1000 1350 1700 2050 2700 3400
12,5 26 78 155 315 625 940 1250 1550 1900 2500 3150
12 24 72 145 290 575 865 1150 1450 1750 2300 2900
Aceleração (m/s²)
11,5 22 66 130 265 530 795 1050 1300 1600 2100 2650
11 20 61 120 240 485 725 970 1200 1450 1950 2400
10,5 18 55 110 220 440 660 880 1100 1300 1750 2200
10 17 50 100 200 400 600 800 1000 1200 1600 2000
9,5 15 45 90 180 360 540 720 905 1100 1450 1800
9 14 41 81 160 325 485 650 810 970 1300 1600
8,5 12 36 72 145 290 435 580 725 865 1150 1450
8 11 32 64 130 255 385 510 640 770 1000 1300
7,5 9 28 56 115 225 340 450 565 675 900 1150
7 8 25 49 98 195 295 390 490 590 785 980
6,5 7 21 42 85 170 255 340 425 505 675 845
6 6 18 36 72 145 215 290 360 430 575 720
5,5 5 15 30 61 120 180 240 305 365 485 605
5 4 13 25 50 100 150 200 250 300 400 500
4,5 3 10 20 41 81 120 160 205 245 325 405
4 3 8 16 32 64 96 130 160 190 255 320
3,5 2 6 12 25 49 74 98 125 145 195 245
3 2 5 9 18 36 54 72 90 110 145 180
2,5 1 3 6 13 25 38 50 63 75 100 125
5m 15m 30m 1h 2h 3h 4h 5h 6h 8h 10h
Algumas entidades patronais que trabalham com fabri- O êxito do sistema das cores dos semáforos depende da
cantes e fornecedores de máquinas desenvolveram um qualidade dos dados usados para determinar a cor com
sistema com as cores verde/amarelo/vermelho dos se- que cada máquina é classificada. O sistema das cores
máforos, em que cada ferramenta está claramente mar- dos semáforos pode basear-se em medições ou na decla-
cada com uma codificação das cores para as vibra- ração do fabricante sobre a emissão de vibrações. Se se
ções transmitidas ao sistema mão-braço, em função da usar o valor da emissão de vibrações, esse valor deve ser
amplitude esperada da vibração de cada máquina du- multiplicado por um factor entre 1 e 2, para levar em
rante a utilização, estando um exemplo deste sistema conta a incerteza nos resultados obtidos nos ensaios de
de codificação ilustrado no Quadro D.1. emissões normalizados (ver Capítulo 2.3.1).
Aos trabalhadores é dada formação sobre o sistema A utilização de uma máquina «verde» indica que as
de codificação das cores, pelo que podem seleccio- exposições estarão provavelmente abaixo do valor de
acção ou do valor-limite de exposi-
Quadro D.1 Exemplo de codificação com as cores dos ção. Estas exposições não devem
semáforos ser assumidas como «seguras». Pode
Código da cor Tempo para alcançar Tempo para alcançar haver um risco de lesão por transmis-
o VAE o VLE são de vibrações ao sistema mão-
(2,5 m/s²) (5 m/s²) braço para exposições abaixo do
valor de acção da exposição e têm
Vermelho Inferior a 30 minutos Inferior a 2 horas de ser usados outros controlos de
gestão para garantir que os traba-
Amarelo 30 minutos a 2 horas 2 a 8 horas lhadores recebem formação para
compreender e operar o sistema cor-
Verde Mais de 2 horas Mais de 8 horas rectamente, que os sistemas são
efectivamente usados de forma cor-
recta e que os trabalhadores em ris-
nar rapidamente as ferramentas vibratórias e saber co não desenvolvem sintomas de síndroma das vibra-
durante quanto tempo podem usar a ferramenta. ções transmitidas ao sistema mão-braço.
42
A nexo E E xemplos
Parte 1
3. Martelo:
Anexo A-H
Um trabalhador florestal usa uma máquina corta-
8x60
mato durante um total de 4½ horas por dia. A
vibração da máquina corta-mato, quando em
funcionamento, é de 4 m/s². A exposição diária A exposição diária a vibrações é então:
A(8) é:
A(8) = AAfia (8)2 + AFres (8)2 + AMart (8)2
43
E.3 Exposição diária: A(8), usando o sistema de pontos de exposição
((Nota: Trata-se do mesmo exemplo que no Anexo E.2, usando o método dos pontos de exposição.)
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Caso e disponha dos valores da aceleração em m/s2: Caso se disponha de dados sobre os pontos por hora:
Passo 1: Determinar os valores em pontos para cada tare- Passo 1: Determinar os valores em pontos por hora para
fa ou máquina, usando a Figura D.3 para procu- cada máquina ou operação, a partir dos dados
rar os pontos de exposição com base no valor do fabricante, de outras fontes ou por medição.
da aceleração e no tempo de exposição.
Passo 2: Para cada máquina ou operação, achar os pon-
Passo 2:Somar os pontos por máquina para obter o total tos diários, multiplicando o número de pontos por
de pontos diários. hora pelo número de horas de utilização da má-
Passo 3: O mais elevado dos valores dos três eixos é a quina.
exposição diária a vibrações, em pontos.
Passo 3: A soma dos valores dos pontos de cada máqui-
nas ou operação é a exposição diária a vibra-
Exemplo ções em pontos.
Um rebarbador utiliza três ferramentas durante um
dia de trabalho:
1. Uma afiadora angular: 4m/s² durante Exemplo
44
A nexo F Técnicas de vigilância da saúde
A vigilância da saúde pode consistir numa avaliação da Entre os testes do sistema nervoso periférico contam-se a
anamnese de um trabalhador em conjunção com um exa- avaliação da destreza manual (por exemplo, reconhecer
me físico realizado por um médico ou um profissional de e apanhar moedas), o teste de Roos, o teste de Phalen e
cuidados de saúde com qualificação adequada. o sinal de Tinel (para a compressão do túnel cárpico).
Parte 1
Anexo A-H
mudanças de cor do dedo, registo dos tempos de recupe-
F.1 A anamnese ração da temperatura na pele do dedo e medição da
A anamnese deve centrar-se no seguinte: pressão sanguínea sistólica do dedo. Podem também ser
úteis outros testes de diagnóstico não-invasivos, como
• antecedentes familiares, uma sonografia Doppler do fluxo sanguíneo e da tensão
• antecedentes sociais, incluindo o hábito de fumar e nos braços e nos dedos.
de consumir bebidas alcoólicas,
• antecedentes profissionais, incluindo actividades pro-
fissionais passadas e actuais com exposição a vibra-
F.5 Exames neurológicos
ções transmitidas ao sistema mão-braço, empregos A avaliação neurológica da síndroma das vibrações
anteriores com exposição a agentes neurotóxicos ou transmitidas ao sistema mão‑braço inclui diversos testes:
angiotóxicos e quaisquer actividades de lazer que
envolvam a utilização de ferramentas ou máquinas • Limiares de percepção de vibrações
vibratórias. • Sensibilidade táctil (detecção da falha, monofilamen-
• antecedentes clínicos pessoais. tos)
• Limiares de percepção de temperaturas
F.2 O exame físico • Velocidades de condução nervosa nos membros su-
Um exame físico deve analisar em pormenor os siste- periores e inferiores
mas vasculares, neurológicos e músculo-esqueléticos • Electromiografia
periféricos, devendo ser realizado por um médico
qualificado. • Destreza da ponta dos dedos (Purdue pegboard).
45
F.6 Exames da força muscular grafias dos ombros, cotovelos, pulsos e mãos para um
diagnóstico radiológico de problemas a nível dos ossos
A avaliação da força muscular na mão pode ser reali- e das articulações.
zada com um dinamómetro para medir a força de pre-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Bibliografia suplementar:
ISO 13091-1:2001 Mechanical vibration — Vibrotactile perception thresholds for the assessment of nerve
dysfunction — Part 1: Methods of measurement at the fingertips (Vibrações mecânicas – Limiares de percepção
vibrotáctil para a avaliação da disfunção nervosa – Parte 1: Métodos de medição na ponta dos dedos)
ISO 14835-1:2005 Mechanical vibration and shock — Cold provocation tests for the assessment of peripheral
vascular function — Part 1: Measurement and evaluation of finger skin temperature (Vibrações e choque mecânicos
– Testes de provocação pelo frio para avaliação da função vascular periférica – Parte 1: Medição e avaliação
da temperatura da pele dos dedos)
ISO 14835-2:2005 Mechanical vibration and shock — Cold provocation tests for the assessment de peripheral
vascular function — Part 2: Measurement and evaluation de finger systolic blood pressure (Vibrações e choque
mecânicos – Testes de provocação pelo frio para avaliação da função vascular periférica – Parte 2: Medição e
avaliação da pressão sanguínea sistólica nos dedos)
46
Anexo G Glossário
Parte 1
brações transmitidas ao sistema mão‑braço uti-
Anexo A-H
não devem ser expostos.
liza-se a ponderação Wh (definida na EN ISO
5349-1:2001). Tempo de exposição
Período diário em que um trabalhador está ex-
Exposição diária a vibrações, A(8)
posto a uma fonte de vibrações.
Valor total das vibrações equivalente em ener-
gia a 8 horas para um trabalhador, em metros
por segundo ao quadrado (m/s²), incluindo
todas as exposições do sistema mão-braço às
vibrações durante o dia.
47
Anexo H Bibliografia
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Europeias Internacionais
Comité Europeu de Normalização (2001) Mechanical Organização Internacional de Normalização (2005) Hu-
vibration — Measurement and evaluation of human expo- man response to vibration — measuring instrumentation
sure to hand-transmitted vibration — Part 1: General requi- (Reacção humana às vibrações – Instrumentos de medi-
rements (Vibrações mecânicas – Medição e avaliação da ção) ISO 8041:2005
exposição pessoal às vibrações transmitidas pela mão.
Parte 1: Prescrições gerais) EN ISO 5349-1:2001. ISO 13091-1:2001 Mechanical vibration — Vibrotactile
perception thresholds for the assessment of nerve dysfunc-
Comité Europeu de Normalização (2001) Mechanical tion —Part 1: Methods of measurement at the fingertips
vibration — Measurement and evaluation of human expo- (Vibrações mecânicas – Limiares de percepção vibrotáctil
sure to hand-transmitted vibration — Part 2: Practical gui- para a avaliação da disfunção nervosa – Parte 1: Méto-
dance for measurement at the workplace (Vibrações me- dos de medição na ponta dos dedos)
cânicas – Medição e avaliação da exposição pessoal às
vibrações transmitidas pela mão. Parte 2: Orientação prá- ISO 13091-2:2003 Mechanical vibration — Vibrotactile
tica para a medição no local de trabalho) perception thresholds for the assessment of nerve dysfunc-
EN ISO 5349-2:2001. tion — Part 2: Analysis and interpretation of measurements
at the fingertips (Vibrações mecânicas – Limiares de per-
48
cepção vibrotáctil para a avaliação da disfunção nervosa Griffin, M.J. (2004) Minimum health and safety require-
– Parte 2: Análise e interpretação das medições na ponta ments for workers exposed to hand-transmitted vibration
dos dedos) and whole-body vibration in the European Union; a re-
view. Occupational and Environmental Medicine; 61,
ISO 14835-1:2005 Mechanical vibration and shock —
387-397.
Parte 1
ISO/TR 22521:2005 Portable hand-held forestry machi-
Anexo A-H
nes — Vibration emission values at the handles — Com- tests for the diagnosis of vibration-induced white finger:
parative data in 2002 (Máquinas florestais sustentadas à Standardisation and repeatability. HSE research report
mão portáteis – Valores da emissão de vibrações nos pu- CRR 173/1998.
nhos – Dados comparativos em 2002)
Kaulbars,U. Hand-arm vibration parameters: from manu-
facturers and workplace measurements – deviations and
causes. VDI-Report No. 1821 (2004), p. 115-124).
www.hvbg.de/d/bia/vera/vera2a/human/kaulbars2.
H.3 Publicações científicas pdf. (Em alemão)
Bovenzi M. Exposure-response relationship in the hand- LEY F. X. Hand arm vibration bone and joint disorders.
arm vibration syndrome: an overview of current epidemio- INRS, Document pour le médecin du Travail, n° 40, 4
logy research. International Archives of Occupational and term 1989. (Em francês)
Environmental Health 1998; 71:509-519.
Lindsell, C.J. & and Griffin. M.J. (1998) Standardised
Bovenzi M. Vibration-induced white finger and cold res- diagnostic methods for assessing components of the hand-
ponse of digital arterial vessels in occupational groups arm vibration syndrome. HSE research report CRR
with various patterns of exposure to hand-transmitted vibra- 197/1998.
tion. Scandinavian Journal of Work, Environment & Health
Mason H., Poole K. Clinical testing and management of in-
1998; 24:138-144.
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Bovenzi M. Finger systolic blood pressure indices for the ce review. Faculty of Occupational Medicine of the Royal
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Mansfield, N.J. (2004) Human Response to Vibration
2002; 75:20-28.
ISBN 0-4152-8239-X
Brammer,A.J., Taylor,W., Lundborg,G. (1987) Sensorineu-
Paddan, G.S. & and Griffin, M.J. (1999) Standard tests
ral stages of the hand-arm vibration syndrome. Scandina-
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report CRR 249/1999.
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Paddan, G.S., Haward, B.M., Griffin, M.J., Palmer,
Gemne,G., Pyykko,I., Taylor,W., Pelmear,P. (1987) The
K.T.Paddan, G.S. et al. (1999) Hand-transmitted vibra-
Stockholm Workshop scale for the classification of cold-
tion: Evaluation of some common sources of exposure in
induced Raynaud’s phenomenon in the hand-arm vibration
Great Britain. HSE research report CRR 234/1999.
syndrome (revision of the Taylor-Pelmear scale). Scandina-
vian Journal of Work, Environment and Health, 13, (4), Palmer,K.T., Coggon,D.N., Bednall,H.E., Kellingray,S.D.,
275-278. Pannett,B., Griffin,M.J., Haward,B. (1999)Palmer, K.T. et
49
al. (1999) Hand-transmitted vibration Occupational ex- H.4 Publicações de orientação
posures and their health effects in Great Britain. HSE rese-
arch report CRR 232/1999. Bulletin for workers of the institution for statutory accident
insurance and prevention in the mining industry (Bergbau-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
50
Apenas disponível na Internet em www.hse.gov.uk/ H.5 Sítios na Internet
pubns/founindx.htm
www.humanvibration.com
HSE (2002) A purchasing policy for vibration-reduced to- Informação geral sobre as vibrações,
ols in foundries incluindo ligações para vários outros
Parte 1
Anexo A-H
Kaulbars, U. (1998) Technical protection against hand-
arm vibrations. BIA Handbuch, 33. Lfg. XII/98 (på tysk).
Kaulbars, U. (2001) Anti-vibration-gloves – Positive list.
BIA Handbuch, 39. Lfg. VII/2001. (Em alemão)
Neugebauer, G.; Hartung, E. Mechanical vibrations at
the workplace. Bochum: VTI Verlag 2002. (Em alemão)
Berufsgenossenschaftlicher Grundsatz. (2005) G46: Be-
lastungen des Muskel- und Skelettsystems. (Em alemão)
Ministère fédéral de l’Emploi et du Travail (Belgique) Vibra-
tions main bras. Stratègie d’évaluation et de prévention
des risques. D/1998/1205/70 (em francês)
51
Índice alfabético
A exames neurológicos.............................................45
acção de martelo.................................................16 exames radiológicos.............................................46
PartE I
codificação das cores...........................................42 formigueiro....................................................16, 37
códigos dos testes de vibrações........................16, 68 fornecedor.............................................. 20, 26, 75
concepção do posto de trabalho.............................26 fraqueza muscular.................................................37
consulta e participação....................................33, 61 frequência.................................. 19, 20, 28, 34, 47
Contractura de Dupuytren.......................................37 frequência dominante............................................34
controlos dos riscos.........................................13, 61
H
D horários de trabalho........................................27, 61
dados do fabricante sobre a emissão.................19, 22
de impacto..........................................................16 I
de percussão.................................................16, 37 incerteza.......................................................22, 42
dedo branco induzido por vibrações.......................37
directiva....................................................8, 25, 32 L
directiva-quadro....................................... 11, 24, 60 limiares de percepção de vibrações.........................45
duração da exposição............................. 13, 22, 37 luvas antivibrações................................................28
E M
emissão de vibrações............................... 19, 20, 47 manutenção...................................................29, 61
entorpecimento...............................................16, 37 materiais resilientes................................................26
equilibradores......................................................26 medição........................................................44, 61
estratégia de controlo............................... 13, 23, 61 medição da amplitude da vibração...................20, 69
exame físico...................................................45, 96 médico qualificado...............................................45
exames da força muscular......................................46 medidas colectivas................................................13
53
monitorização e reavaliação..................................23 sensibilidade táctil.................................................45
P T
S vibração média....................................................21
54
Parte 2 Guia de boas práticas sobre
Vibrações transmitidas ao corpo inteiro
ÍNDICE
Parte 2
Capítulo 3 Eliminação ou redução da exposição................................................................................................. 73
3.1 Elaboração de uma estratégia de controlo................................................................................................... 73
3.3.8 Manutenção............................................................................................................ 76
57
3.4 Monitorização e reavaliação das vibrações.................................................................................................. 77
3.4.1 Como saber se os controlos das vibrações transmitidas ao corpo inteiro estão a funcionar?.. 77
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
58
Capítulo 1 Introdução
O presente guia destina‑se a ajudar as entidades patronais a identificar os perigos derivados das
vibrações transmitidas ao corpo inteiro, a avaliar as exposições e os riscos, bem como a estabelecer
medidas para proteger a saúde e segurança dos trabalhadores expostos aos riscos devidos a vibrações
transmitidas ao corpo inteiro.
O Guia deve ser lido conjuntamente com a Directiva «Vibrações» ou com a legislação nacional que
aplica os requisitos dessa directiva.
As vibrações transmitidas ao corpo inteiro devem‑se a vi- motoristas e operadores de máquinas ou ferramentas por-
brações transmitidas através do assento ou dos pés pelas táteis, é importante identificar e analisar o conjunto de
Capítulo 1 Introdução
máquinas ou veículos do local de trabalho (ver Anexo B). todos os factores coadjuvantes.
A exposição a níveis elevados de vibrações transmitidas
A Directiva «Vibrações» (Directiva 2002/44/CE – ver
ao corpo inteiro pode pôr em risco a saúde e a seguran-
PARTE 2
caixa «Bibliografia suplementar») estabelece padrões mí-
ça, sabendo‑se que podem provocar ou agravar lombal-
nimos para o controlo dos riscos resultantes das vibrações
gias e outras patologias (ver Anexo C). Os riscos são
maiores quando a amplitude das vibrações é elevada, os transmitidas ao corpo inteiro. A Directiva «Vibrações» exi-
períodos de exposição são longos, frequentes, e regula- ge que os Estados‑Membros da União Europeia imple-
res, e as vibrações comportam choques e sacudidelas mentem legislação nacional para aplicar os requisitos da
violentos. Directiva o mais tardar até 6 de Julho de 2005. A legisla-
ção nacional pode aplicar disposições mais favoráveis
A exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro do que as exigidas pela directiva e não deve reduzir a
ocorre geralmente em actividades laborais como por protecção concedida aos trabalhadores por qualquer le-
exemplo a agricultura, a construção e as actividades ex- gislação nacional preexistente.
tractivas, podendo no entanto ocorrer noutros lugares, a
saber, na estrada em veículos pesados, no mar em peque- A Directiva «Vibrações» estabelece valores de acção de
nas embarcações e no ar em alguns helicópteros. As vi- exposição, acima dos quais as entidades patronais são
brações transmitidas ao corpo inteiro não atingem apenas obrigadas a controlar os riscos de transmissão de vibra-
aqueles que trabalham sentados, por exemplo os motoris- ções ao corpo inteiro da sua força de trabalho e um va-
tas, podendo também afectar as pessoas que trabalham lor‑limite de exposição acima do qual os trabalhadores
de pé, como no caso dos trabalhos realizados com má- não podem ser expostos1:
quinas trituradoras de betão. • um valor de acção de exposição diária de 0,5 m/s²
As lombalgias podem ser causadas por factores ergonó- (ou, à escolha do Estado-Membro, um valor de dose
micos, tais como a movimentação manual de cargas ou de vibrações de 9,1 m/s1,75);
as posturas incómodas. Estes factores podem ser pelo me-
• um valor‑limite da exposição diária de 1,15 m/s²
nos tão importantes quanto a própria exposição às vibra-
(ou, à escolha do Estado-Membro, um valor de dose
ções. As lesões lombares podem, naturalmente, ser provo-
de vibrações de 21 m/s1,75).
cadas por actividades de trabalho ou outras,
independentemente da utilização de veículos. A fim de A Directiva «Vibrações» atribui às entidades patronais as
abordar com êxito o problema das lesões lombares em responsabilidades de garantir a eliminação ou redução
1 No que se refere ao valor‑limite de exposição, os Estados‑Membros podem, após consulta dos parceiros sociais, aplicar um período transitório
de cinco anos a partir 6 de Julho de 2005 (os Estados‑Membros têm a faculdade de alargar este período por mais quatro anos no que se refere
aos equipamentos utilizados nos sectores agrícola e silvícola). Os períodos transitórios aplicam‑se apenas à utilização de equipamentos de
trabalho que tenham sido postos à disposição dos trabalhadores até 6 de Julho de 2007 (tendo em conta todos os meios técnicos ou
organizacionais de controlo do risco) e que não permitam respeitar os valores-limite de exposição.
59
ao mínimo dos riscos derivados da aplica às vibrações transmitidas ao corpo inteiro. O
transmissão de vibrações ao corpo guia pretende cobrir a metodologia utilizada para de-
inteiro. Estas responsabilidades es- terminar e avaliar riscos; para escolher e usar correcta-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Bibliografia suplementar:
Directiva «Vibrações»:
(Publicada no Jornal Oficial das Comunidades Europeias L 177 de 6 de Julho de 2002, p. 13)
Directiva-Quadro:
60
Vibrações transmitidas ao Figura 1 Fluxograma das vibrações transmitidas ao corpo
corpo inteiro no trabalho inteiro
Dados do fabricante
Outras fontes
Medição
Capítulo 1 Introdução
Valor da dose de vibrações - VDV
PARTE 2
Elaboração de uma estratégia de controlo 3.1
Os controlos estão a
funcionar?
Repetição da avaliação dos riscos 3.5
61
Capítulo 2 Avaliação dos riscos
Neste capítulo apresentamos o modo como a entidade patronal pode concluir se poderá haver algum
problema com a exposição do corpo inteiro a vibrações nas suas instalações, sem necessidade de uma
medição nem quaisquer conhecimentos detalhados sobre como fazer a avaliação da exposição.
PARTE 2
• identificar os eventuais riscos de saúde ou segurança • ter sistematicamente de subir para uma cabina eleva-
que tenham como causa ou factor agravante as vi- da ou de difícil acesso, ou de saltar para fora dela.
brações transmitidas ao corpo inteiro; Todos estes factores podem, por si só, provocar lombalgias.
• calcular as exposições dos trabalhadores e compa- Contudo, o risco será maior caso o trabalhador esteja ex-
rá‑las com o valor de acção de exposição e o valor‑li- posto a um ou mais destes factores e, simultaneamente, a
mite de exposição; vibrações transmitidas ao corpo inteiro. Por exemplo:
63
Como ponto de partida para a avaliação dos riscos con- estão expostos a níveis elevados de vibrações transmiti-
vém analisar o trabalho efectuado, bem como os proces- das ao corpo inteiro numa base regular e duradoura. A
sos, as máquinas e os equipamentos utilizados. No Qua- Figura 2 apresenta alguns veículos associados à transmis-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
dro 1 são apresentadas algumas perguntas para ajudá-lo são de vibrações ao corpo inteiro e a riscos ergonómicos.
a decidir se é necessário tomar mais alguma medida. Recorde‑se que a exposição às vibrações transmitidas ao
Todos os tipos de veículo em movimento são susceptíveis corpo inteiro pode também ocorrer em actividades distin-
de transmitir vibrações ao corpo inteiro do condutor. Os tas da condução, como por exemplo nos casos em que
riscos para saúde aumentam quando os trabalhadores os trabalhadores estão de pé em plataformas vibratórias.
Bibliografia suplementar:
A probabilidade de exposição a níveis elevados de vibrações transmitidas ao corpo inteiro é maior no caso
de trabalhadores que, na sua actividade laboral, em conduzem veículos em superfícies irregulares,
nomeadamente veículos todo-o-terreno tais como tractores, motos quatro e camiões com caixa basculante.
Conduz ou trabalha, diariamente e por períodos longos, com máquinas que vibram?
Os factores que determinam a exposição diária de um trabalhador a vibrações são a amplitude (nível) das
vibrações e o tempo de exposição às mesmas. Quanto mais durar a exposição, maior será o risco de
exposição a vibrações.Jo længere eksponeringstid, jo større risiko for vibrationsbetingede skader
Alguns veículos industriais, como os empilhadores, não têm suspensão nas rodas e são equipados com pneus
sólidos que lhes fornecem a estabilidade necessária para operar com segurança. Desde que sejam conduzidos
em superfícies regulares, os níveis das vibrações transmitidas ao corpo inteiro não são, em princípio, elevados.
Contudo, se forem conduzidos em superfícies inadequadas (por exemplo, um empilhador concebido para ser
utilizado em armazém está a ser utilizado numa zona de carga no exterior), podem dar origem a níveis elevados
de vibrações transmitidas ao corpo inteiro.
Desde que as estradas estejam em boas condições, a maioria dos veículos rodoviários será responsável
por níveis relativamente baixos de vibrações transmitidas ao corpo inteiro. Automóveis, furgonetas e
camiões com cabinas suspensas de concepção moderna não são em geral susceptíveis de apresentar
riscos de vibrações transmitidas ao corpo inteiro em estradas em boas condições. Contudo, os veículos
com suspensão menos eficaz, tais como os camiões de estrutura rígida, podem dar origem a níveis
elevados de vibrações transmitidas ao corpo inteiro especialmente no caso de condução em pisos
degradados ou quando não transportarem carga.
64
Está exposto a choques (ou sacudidelas)?
Pensa‑se que o maior risco derivado da exposição às vibrações é o que decorre da exposição a vibrações
resultantes de choques. Estas vibrações podem ser devidas ao piso degradado das estradas, a velocidade
excessiva para o piso em causa ou à instalação incorrecta da suspensão dos assentos. As gadanhas podem
gerar níveis elevados de vibrações por choque em pisos difíceis. Alguns veículos com cargas muito pesadas
A concepção desadequada da cabina ou a má visibilidade podem ter como resultado estiramentos e torções,
podendo ainda confinar o condutor à mesma posição durante longos períodos. Estas más condições
ergonómicas, combinadas com a exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro ou não, podem provocar
lombalgias e outras patologias músculo‑esqueléticas.
PARTE 2
Os trabalhadores queixam‑se de problemas nas costas?
65
Figura 2 - Exemplos de amplitudes das vibrações de equipamento comum
Gamas de valores de vibração para equipamentos comuns no mercado da ue. estes dados são apenas para
ilustração. para mais pormenores, ver o Anexo B.
Aceleração (m/s²)
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Retroescavadora-
carregadora c/rodas
Cilindro -
compactador c /rolo
Cilindro -
compactador
c/duplo rolo
Tractor de rastos
Camião
articulado
Escavadora de
rodas
Escavadora
<25t
Escavadora
>25t
Tractor agrícola
Pavimentadora de
asfalto/espalhadora
Grua florestal
Segadeira florestal
Empilhador de
contrapeso
Empilhador
- order picker
Empilhador
rectráctil
Niveladora
Porta-paletes
c/plataforma
para o operador
Porta-paletes elevadores
c/plataforma p/operador
Gadanha
Tractor rebocador
Pá carregadora
de rodas
il il o
im um
rc ent rcent xim
Min . pe . pe Má
66 25 75
2.2 Determinação da duração da exposição
PARTE 2
Bibliografia suplementar:
Norma EN 14253:2003 (Ed. 1). Mechanical vibration. Measurement and evaluation of occupational exposure
to whole-body vibration with reference to health. Practical guidance (Vibrações mecânicas. Medição e cálculo
da exposição profissional às vibrações transmitidas ao corpo inteiro no que diz respeito à saúde ‑ Orientações
práticas).
67
2.3 Determinação da amplitude da vibração
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Bibliografia suplementar:
EN 1032:2003 (Ed. 2) Vibrações mecânicas. Ensaio de máquinas móveis para determinação do valor da
emissão de vibração.
CEN/TR Primeiro projecto, Munique (Março de 2005) ‑ Vibrações mecânicas ‑ Directrizes para a avaliação da
exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro em máquinas de terraplenagem. Utilização de dados
harmonizados medidos por institutos, organizações e fabricantes internacionais.
68
2.3.2 Utilização de outras fontes de dados 2.3.3 Medição da amplitude da vibração
Há outras fontes de informação sobre as amplitudes das
vibrações que são muitas vezes suficientes para se sa- Em muitas situações, não será necessário medir as
ber se o valor de acção ou o valor‑limite de exposição amplitudes das vibrações. No entanto, é importante
são susceptíveis de ser ultrapassados. saber quando se devem realizar medições.
Uma associação comercial ou equivalente num dado Neste capítulo analisamos aquilo que é medido,
sector pode ter também dados úteis sobre as vibrações onde se mede as vibrações e de que modo se
PARTE 2
relativas ao equipamento (marca e modelo) que se pre-
tende utilizar. No entanto, se as mesmas não estiverem
disponíveis, pode-se também utilizar informações relati-
vas a equipamento similar, como ponto de partida,
substituindo-as por dados com valores mais precisos
quando estes estiverem disponíveis.
Ao escolher informações publicadas sobre as vibra-
ções, os factores que é preciso ter em conta ao fazer a
escolha são, entre outros, os seguintes:
• o tipo de equipamento (por exemplo, empilhador);
• a classe de equipamento (por exemplo, potência
ou tamanho);
Os dados do fabricante e as informações provenientes de
• a fonte de energia (por exemplo, motor eléctrico ou outras fontes podem dar indicações úteis sobre a exposi-
de combustão); ção do operador da máquina às vibrações. Contudo, a
• quaisquer características antivibráticas (por exem- exposição às vibrações transmitidas ao corpo inteiro está
plo, sistemas de suspensão, cabina suspensa, as- muito dependente da qualidade do piso das estradas, das
sentos); velocidades dos veículos, bem como de outros factores,
tais como o modo de operar o veículo. Por conseguinte,
• a tarefa para que o equipamento foi utilizado ao pode ser necessário confirmar a avaliação inicial da expo-
produzir-se a informação sobre as vibrações; sição, efectuando medições dos valores de vibração.
• a velocidade a que se operou;
Pode-se optar por fazer as medições pelos próprios servi-
• o tipo de superfície em que foi utilizado. ços ou recorrer a um consultor especializado. Em qual-
Ao utilizar dados publicados sobre as vibrações, é acon- quer caso, é importante que quem quer que faça as me-
selhável tentar comparar dados de duas ou mais fontes. dições tenha suficiente competência e experiência.
69
O que é que se mede? tivo, ou seja, aumenta com o tempo de medição. Por
conseguinte, no que se refere a toda e qualquer medição
A exposição pessoal às vibrações transmitidas ao corpo
inteiro deve ser avaliada usando o método definido na de VDV, é importante conhecer o período durante qual o
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
norma internacional ISO 26311:1997, sendo dadas valor foi medido. Para avaliar a exposição utiliza‑se o
orientações práticas detalhadas sobre a utilização do mé- valor eficaz mais elevado medido segundo os três eixos
todo de medição da vibração no local de trabalho na ortogonais (1,4awx, 1,4awy ou awz).
norma EN 14253:2003 (Ed. 1).
Medição das vibrações
O valor eficaz da amplitude da vibração é expresso em
termos da aceleração ponderada em frequência no as- As medições devem ser feitas de modo a obterem‑se valo-
sento de um trabalhador sentada ou aos pés de um traba- res de vibração representativos da vibração que ocorre
lhador de pé (ver Anexo B), em metros por segundo ao ao longo do período de trabalho do operador. Assim, é
quadrado (m/s²). O valor eficaz da amplitude da vibra- importante que as condições operacionais e os períodos
ção representa a aceleração média durante o período de de medição sejam seleccionados de modo a obtê-los.
medição. Para avaliar a exposição utiliza‑se o valor efi- Recomenda-se que, sempre que possível, as medições
caz mais elevado medido segundo os três eixos ortogo-
sejam feitas durante períodos de pelo menos 20 minutos;
nais (1,4awx, 1,4awy ou awz).
caso seja necessário fazer medições mais curtas, estas
O valor de dose de vibração (ou VDV) proporciona uma devem ser de pelo menos três minutos e, se possível, ser
medida alternativa da exposição à vibração. O VDV é repetidas para se obter um tempo total de medição total
uma medida que foi desenvolvida para fornecer indica- de mais de 20 minutos [consultar a norma EN
ções mais precisas dos riscos devidos a vibrações com 14253:2003 (Ed. 1) para mais informações]. É preferí-
choques. O VDV é expresso em metros por segundo ele- vel efectuar medições mais longas, de duas horas ou mais
vados a 1,75 (m/s1,75) e, ao contrário do valor eficaz da (por vezes é possível fazer medições durante a metade ou
amplitude de vibração, o VDV medido é um valor cumula- a totalidade de um dia útil).
Bibliografia suplementar:
Norma EN 14253:2003 (Ed. 1). Mechanical vibration. Measurement and evaluation of occupational exposure
to whole-body vibration with reference to health. Practical guidance (Vibrações mecânicas. Medição e cálculo
da exposição profissional às vibrações transmitidas ao corpo inteiro no que diz respeito à saúde ‑ Orientações
práticas).
CEN/TR Primeiro projecto, Munique (Março de 2005) ‑ Vibrações mecânicas ‑ Directrizes para a avaliação da
exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro em máquinas de terraplenagem. Utilização de dados
harmonizados medidos por institutos, organizações e fabricantes internacionais.
70
2.4 Cálculo das exposições diárias às vibrações
PARTE 2
a) Exposição diária às vibrações, A(8) ou
(por exemplo, é necessária manutenção, a máqui-
b) Valor de dose de vibrações, VDV na foi aquecida?).
Ambas as medidas dependem do valor de vibração me- Quando se mede a amplitude da vibração e o tempo de
dido. Para determinar o A(8), também é necessário o tem- exposição, as incertezas associadas à avaliação da
po de exposição. Tal como a amplitude da vibração, a A(8) e do VDV podem significar que o valor calculado
exposição diária a vibrações é expressa em i metros por pode variar entre 20% acima e 40% abaixo do valor
segundo ao quadrado (m/s²). real. Se o tempo de exposição ou a amplitude da vibra-
Se o VDV for medido durante um período de medição ção forem apenas estimados — por exemplo, com base
inferior a um dia de trabalho completo (como será normal- nas informações do trabalhador (tempo de exposição) ou
mente o caso), será necessário extrapolar a medição re- do fabricante (amplitude) — então a incerteza na avalia-
sultante. ção da exposição diária pode ser muito superior.
71
Capítulo 3 Eliminação ou redução da
exposição
Para controlar a exposição é preciso ter uma estratégia que conduza de forma eficaz
a uma redução da exposição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro.
A avaliação dos riscos deve permitir a identificação de desenvolvê‑las mesmo com exposições abaixo do va-
PARTE 2
• identificação das principais fontes de vibração com b) avaliar os riscos que não possam ser evita-
choques; dos;
• classificação das mesmas em termos da sua contri- c) combater os riscos na fonte;
buição para a exposição; d) adaptar o trabalho ao homem, especialmente
• identificação e avaliação de soluções potenciais em no que se refere à concepção dos postos de
termos de praticabilidade e custos; trabalho, bem como à escolha dos equipa-
mentos de trabalho e dos métodos de trabalho
• estabelecimento de metas que possam realisticamen- e de produção, tendo em vista, nomeadamen-
te ser alcançadas; te, atenuar o trabalho monótono e o trabalho
• definição de prioridades e estabelecimento de um cadenciado e reduzir os efeitos destes sobre a
«programa de acção»; saúde;
• definição das responsabilidades de gestão e afecta- e) ter em conta o estádio de evolução da técni-
ção dos recursos adequados; ca;
f) substituir o que é perigosa pelo que é isento
• implementação do programa;
de perigo ou menos perigoso;
• monitorização dos progressos;
g) planificar a prevenção com um sistema coe-
• avaliação do programa. rente que integre a técnica, a organização
do trabalho, as condições de trabalho, as
A abordagem a seguir para reduzir os riscos derivados
relações sociais e a influência dos factores
das vibrações transmitidas ao corpo inteiro dependerá
ambientais no trabalho
de aspectos práticos dos processos de cada empresa e
dos níveis correntes de exposição. h) dar prioridade às medidas de protecção co-
lectiva em relação às medidas de protecção
Pode também ser necessário adaptar os controlos para
individual;
os trabalhadores que sejam particularmente vulnerá-
veis ao risco, como, por exemplo, os trabalhadores i) dar instruções adequadas aos trabalhado-
que sejam mais susceptíveis de sofrer de patologias res.
devidas às vibrações e apresentem sinais de estar a
73
3.2 Consulta e participação dos 3.3.1 Introdução de outros métodos de
trabalhadores trabalho
Pode ser possível encontrar métodos de trabalho alternati-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
A gestão bem sucedida dos riscos assenta no apoio e no vos que evitem ou reduzam exposição às vibrações, como
envolvimento dos trabalhadores, especialmente dos seus o transporte de materiais por correia transportadora em
representantes. Os representantes podem constituir um ca- vez da utilização de máquinas móveis. Para estar actuali-
nal eficaz de comunicação com a mão-de-obra e ajudar zado quanto aos métodos disponíveis, convém consultar
os trabalhadores a compreenderem e a utilizarem as infor- regularmente:
mações sobre a saúde e a segurança. • a associação comercial correspondente;
As lombalgias podem ser devidas a uma combinação de • outros contactos na indústria;
factores, incluindo a exposição a vibrações transmitidas • fornecedores de equipamento;
ao corpo inteiro, pelo que poderão ser necessárias várias
soluções diferentes. Algumas soluções podem ser relativa- • boletins profissionais.
mente óbvias. Outras soluções exigirão que se altere a
forma como o trabalho está organizado. Muitas vezes
estas questões só podem ser tratadas eficazmente em con- 3.3.2 Selecção do equipamento
sulta com representantes dos trabalhadores.
74
Qualquer fornecedor de máquinas para utilização na 3.3.4 Concepção de tarefas e processos
UE deve cumprir a Directiva «Máquinas» (Directiva
2006/42/CE que revoga a Directiva 98/37/CE). As tarefas laborais devem ser concebidas de forma a:
De acordo com esta directiva, a máquina deve ser pro- • manter a exposição às vibrações transmitidas ao
jectada e fabricada para que os riscos resultantes das corpo inteiro ao nível mais baixo possível;
vibrações produzidas pela máquina sejam reduzidos
• reduzir ao mínimo o período diário de exposição a
ao nível mais baixo tendo em conta o progresso técnico
vibração excessiva;
e a disponibilidade de meios de redução das vibra-
ções, nomeadamente na sua fonte. Estabelece ainda • evitar a exposição a choques violentos e
que o banco deve ser concebido para reduzir as vibra-
• fazer com que a postura de trabalho não aumente
PARTE 2
bina (para minimizar a torção das costas e do pes-
• qualquer formação especializada (para conduto-
coço);
res, pessoal de manutenção, etc.) recomendada
para efeitos do controlo da exposição a vibrações • reposicionando os comandos da máquina (para
transmitidas ao corpo inteiro; minimizar os estiramentos),
• como conservar a máquina em bom estado; • prevendo um assento adaptado a todos os condu-
tores que utilizam o veículo, ao espaço disponível
• informação que indique que o banco instalado no
na cabina e à tarefa a executar;
veículo reduz as vibrações transmitidas ao condutor
ao nível mais baixo razoavelmente possível; • utilizando cintos de segurança para manter o con-
dutor na melhor posição, permitindo‑lhe ter as cos-
• quaisquer opções que estejam disponíveis e sejam tas apoiadas.
recomendadas para controlo das vibrações trans-
mitidas ao corpo inteiro em utilizações específicas
da máquina. 3.3.5 Medidas colectivas
No caso de estarem presentes diversas empresas no
A Directiva «Máquinas» obriga os fabricantes ou mesmo local de trabalho, as várias entidades patronais
fornecedores de máquinas a fornecer, no manual têm de cooperar na aplicação das medidas no domínio
de instruções: da saúde, segurança e higiene no trabalho. Isto pode
significar, por exemplo, a necessidade de assegurar a
«indicações acerca das vibrações transmitidas pela adequada manutenção de uma estrada, a fim de con-
máquina (…) a todo o corpo»: trolar a exposição às vibrações por parte dos trabalha-
dores de outra empresa que opere no mesmo local.
• «mais alto valor médio quadrático da aceleração
ponderada a que está exposto todo o corpo, se
for igual ou superior a 0,5 m/s2. Se esse nível
não ultrapassar 0,5 m/s2, o facto deve ser
mencionado».
75
3.3.6 Formação e informação 3.3.8 Manutenção
dos trabalhadores
A manutenção regular de veículos,
É importante fornecer aos operadores e reboques e vias de circulação con-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
• as medidas de controlo que estão a ser usadas • verificar e substituir os amortecedores, rolamentos e
para eliminar ou reduzir riscos devidos as vibra- engrenagens defeituosos;
ções transmitidas ao corpo inteiro; • afinar os motores;
• as práticas de trabalho seguras que minimizem a • verificar o estado dos pneus e certificar‑se de que
exposição a vibrações; estão insuflados às pressões adequadas às condi-
• porquê e como detectar e notificar os sinais de le- ções do piso e da carga;
são; • lubrificar os sistemas de suspensão do assento e
• as circunstâncias em que os trabalhadores têm di- outros sistemas semelhantes.
reito à vigilância da saúde.
Os trabalhadores devem ser formados em técnicas de 3.3.9 Suspensão dos assentos
condução que minimizem a exposição às vibrações.
Devem ser sensibilizados para os efeitos da velocidade O fornecedor deve fornecer informação sobre os as-
de condução e, caso haja limites de velocidade, para sentos adequados para os veículos. Os assentos com
os motivos que os justificam. suspensão nem sempre são apropriados, mas os fabri-
Caso os veículos estejam equipados com sistemas de cantes das máquinas devem pôr à disposição assen-
suspensão dos assentos, convém explicar aos conduto- tos concebidos para reduzir ao mínimo as vibrações
res como regulá‑los de acordo com o seu peso. Tam- transmitidas ao condutor.
bém é necessário explicar‑lhes como regular os demais Caso estejam previstos assentos com suspensão, é
controlos do assento (posição, altura, inclinação do es- importante que essa suspensão seja apropriada ao
paldar do assento, etc.) a fim de se alcançar a postura veículo. Uma má selecção dos sistemas de suspen-
mais cómoda. são dos assentos pode facilmente resultar numa ex-
Condutores e técnicos de manutenção têm de receber for- posição às vibrações superior à que se verificaria
mação para saberem quando é necessário procederem à sem suspensão. Todos os sistemas de suspensão dos
manutenção ou substituição das componentes da máquina assentos amplificam uma determinada gama de fre-
que afectam a exposição às vibrações e a postura, como quências. Se as frequências dominantes da vibração
,por exemplo, o sistema de suspensão do assento. do veículo se situarem nesta gama de amplificação,
a suspensão do assento agrava-
Os trabalhadores devem igualmente ser informados so- rá a exposição do condutor às
bre as consequências das actividades não laborais em vibrações. As normas EN ISO
matéria de riscos para a saúde. Para reduzir os riscos 7096:2000 (Ed. 1), EN ISO
de vir a sofrer de lombalgias, os trabalhadores devem 5007 e EN 13490:2001
ser incentivados a manter uma boa condição física, (Ed. 1) apresentam critérios
bem como a prevenir os riscos decorrentes de activida- de desempenho, respecti-
des não laborais, como, por exemplo, utilizar métodos vamente, para má-
errados para levantar pesos ou permanecer em posturas quinas de terra-
incorrectas durante longos períodos. plenagem,
tractores agríco-
las com rodas e
camiões indus-
3.3.7 Programação do trabalho
triais, concebidos
Para controlar os riscos das vibrações transmitidas ao para garantir o
corpo inteiro, poder ser necessário limitar o tempo du- desempenho ade-
rante o qual os trabalhadores estão expostos às vibra- quado da suspensão
ções de alguns veículos ou máquinas. dos assentos.
76
O sistema de suspensão deve igualmente ser selec- A suspensão do assento deve ser facilmente acessível e
cionado para que, em condições habituais de utiliza- ajustável ao peso e tamanho do operador. A regulação
ção, o assento não seja susceptível de atingir o fim da altura, da posição longitudinal e do espaldar do as-
de curso superior ou inferior. Isso provocaria vibra- sento são particularmente importantes. A concepção dos
ções com choque, assim aumentando o risco de lom- estofos dos assentos deve também obedecer aos princí-
balgias. pios ergonómicos.
Bibliografia suplementar:
CEN/TR 15172-2:2005, Whole-body vibration – Guidelines for vibration hazards reduction – Part 2:
Management measures at the workplace (Vibrações transmitidas ao corpo inteiro – Directrizes para a redução
dos riscos devidos às vibrações – Parte 1: Medidas de gestão no local de trabalho).
PARTE 2
repetir a avaliação dos riscos. • a introdução de máquinas ou processos diferentes;
• alterações no padrão ou nos métodos de trabalho;
• alterações no número de horas trabalhadas com o
3.4.1 Como saber se os controlos das equipamento vibratório;
vibrações transmitidas ao corpo • introdução de novas medidas de controlo das vibra-
inteiro estão a funcionar? ções.
Será necessário rever periodicamente os controlos das Será também necessário reavaliar os riscos, se houver in-
vibrações transmitidas ao corpo inteiro, para garantir dicações (por exemplo, vindas da vigilância da saúde)
que continuam a ser pertinentes e eficazes. É preciso: de que os controlos existentes não são eficazes.
• verificar regularmente que gestores e trabalhadores O grau da reavaliação dependerá da natureza das alte-
continuam a realizar o programa de controlos intro- rações e do número de pessoas por elas afectadas. Uma
duzido; alteração no número de horas ou nos padrões de traba-
lho pode exigir um novo cálculo da exposição diária
• conversar regularmente com os trabalhadores, com para os trabalhadores afectados, mas não mudará neces-
o pessoal responsável e com os representantes de sariamente as amplitudes das vibrações. A introdução de
trabalhadores sobre os eventuais problemas rela- novas máquinas ou veículos pode exigir uma reavaliação
cionados com as vibrações ou com as posturas de- total.
vidos aos veículos ou às máquinas ou ao modo
como estão a ser operados; É conveniente rever a avaliação dos riscos e das práti-
cas de trabalho a intervalos regulares, mesmo que nada
• verificar os resultados da vigilância da saúde e tenha mudado de uma forma evidente. Pode, num dado
abordar com o prestatário dos serviços de saúde a ramo, haver novas tecnologias, concepções de máqui-
questão de saber se os controlos são eficazes ou nas ou formas de trabalhar que permitam reduzir mais
têm de ser modificados. os riscos.
77
Capítulo 4 Vigilância da saúde
A vigilância da saúde é claramente uma competência dos Estados‑Membros e, além disso, há diferenças nas
práticas nesta matéria na União Europeia. Não é intenção do presente guia fornecer orientações definitivas a
este respeito. Neste capítulo reafirmamos os requisitos em matéria de vigilância da saúde previstos na Directiva
«Vibrações» revemos algumas das técnicas de avaliação disponíveis.
Algumas técnicas de vigilância da saúde respeitantes às lesões provocadas pelas vibrações transmitidas ao
corpo inteiro são descritas no Anexo F.
• houver existam técnicas válidas que permitam detec- Informações para o trabalhador
tar a doença ou os efeitos nocivos para a saúde;
O trabalhador deve ser informado, pelo médico ou por
• em todo o caso, os trabalhadores cuja exposição outra pessoa devidamente qualificada, do resultado
diária ultrapasse o valor de acção têm direito a uma que lhe diga pessoalmente respeito. Em particular, os
vigilância da saúde adequada. trabalhadores devem ser informados e aconselhados
79
sobre a eventual vigilância da saúde a que devam sub- • Ter em conta o parecer do profissional de cuidados
meter-se após o final da exposição. de saúde no trabalho ou de outra pessoa devida-
mente qualificada ou da autoridade competente ao
aplicar quaisquer medidas consideradas necessá-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Informações para a entidade patronal rias para eliminar ou reduzir os riscos devidos à
exposição a vibrações transmitidas ao corpo intei-
A entidade patronal deve ser informada de quaisquer da-
ro, incluindo a possibilidade de afectar o trabalha-
dos significativos obtidos no âmbito da vigilância da saú-
dor em causa a uma função alternativa na qual não
de, tendo em conta o necessário segredo médico;
haja riscos de mais exposição, e
80
Anexo A Resumo das responsabilidades definidas na
Directiva 2002/44/CE
ANEXO A-H
Exposições 3 Tomar medidas imediatas para prevenir a exposição acima
PARTE 2
acima do do valor-limite
valor-limite de 3 Apurar as razões pelas quais o valor limite de exposição foi
exposição ultrapassado
Trabalhadores 3 Adaptar‑se às necessidades dos trabalhadores em situações
em situações particulares de risco
particulares de
risco
Artigo 6 Entidade Trabalhadores Informação e formação dos trabalhadores:
patronal sujeitos ao risco 3 Para todos os trabalhadores expostos riscos de vibrações
devido a transmitidas ao corpo inteiro.
vibrações
transmitidas ao
corpo inteiro
Artigo 7 Entidade Trabalhadores Consulta e participação dos trabalhadores:
patronal sujeitos ao risco 3 Consultar, de uma forma equilibrada e em tempo útil, os
devido a trabalhadores e os seus representantes sobre a avaliação
vibrações dos riscos, as medidas de controlo, a vigilância da saúde
transmitidas ao e a formação.
corpo inteiro
Artigo 8 Médico ou Em caso de Vigilância da saúde:
outra pessoa doença ✓ Informar o trabalhador dos resultados da vigilância da
devidamente saúde
qualificada
✓ Dar informações e recomendações ao trabalhador sobre
quaisquer exames de saúde a que deva submeter-se após o
final da exposição.
✓ Apresentar à entidade patronal os resultados mais
significativos das medidas de vigilância da saúde
Entidade Em caso de ✓ Rever a avaliação dos riscos
patronal doença ✓ Prosseguir com a eliminação ou redução dos riscos
✓ Reexaminar o estado de saúde dos trabalhadores que
tenham estado expostos de forma semelhante.
Entidade Exposições ✓ Os trabalhadores têm direito a uma adequada vigilância da
patronal acima do valor saúde
de acção de
exposição
81
Anexo B O que é uma vibração?
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
82
Figura B.3 Exemplos de amplitudes de vibração para máquinas comuns
Exemplos de medições de vibrações no local de trabalho relativas aos valores mais elevados
das vibrações axiais, efectuadas pelo INRS (em colaboração com a CRAM e a Prevencem) e o
HSL and RMS Vibration Test Laboratory entre 1997 e 2005. Estes dados são fornecidos apenas a
título de ilustração e podem não ser representativos da utilização das máquinas em todas ascircunstâncias.
Os percentis 25 e 75 indicam a amplitude da vibração que é igual ou superior a 25% ou 75% dos casos.
Retroescavadora
carregadora c/rodas
Cilindro -
compactador c/rolo
Cilindro -
compactador c/duplo rolo
Tractor de rastos
ANEXO A-H
Escavadora de
PARTE 2
rodas
Escavadora
<25t
Escavadora
>25t
Tractor agrícola
Pavimentadora de
asfalto/espalhadora
Grua florestal
Segadeira florestal
Empilhador de
contrapeso
Empilhador - order
picker
Empilhador rectráctil
Niveladora
Porta-paletes
c/plataforma para o
operador
Porta-paletes
elevadores
c/plataforma para o
Gadanha
Tractor rebocador
Pá carregadora de
rodas Exemplos
25. e 75. percentis
83
Bibliografia suplementar:
ISO 2631-1:1997 Mechanical vibration and shock – Evaluation of human exposure to whole-body vibration –
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Part 1: General requirements (Vibrações mecânicas e choques - Avaliação da exposição pessoal às vibrações
transmitidas ao corpo inteiro ‑ Parte 1: Prescrições gerais)
84
Anexo c Riscos para a saúde, sinais e sintomas
ANEXO A-H
PARTE 2
respeita à coluna lombar, mas também ao pescoço e aos • condições climatéricas adversas e
ombros. Alguns estudos relataram ainda que as vibrações
afectam o sistema digestivo, o aparelho reprodutor femini- • stress.
no e o sistema venoso periférico. Em alguns países e em certas condições, as lombalgias
que atingem os trabalhadores expostos a vibrações trans-
mitidas ao corpo inteiro são consideradas uma doença
C.2 Lombalgias e patologias das costas, profissional.
dos ombros e do pescoço
Os resultados dos estudos epidemiológicos mostram uma
taxa de prevalência mais elevada das lombalgias, C.3 Outras patologias
da hérnia discal e da espondilose nos grupos ex- Permanece em aberto a questão de saber se a ex-
postos a vibrações transmitidas ao corpo inteiro. posição a vibrações transmitidas ao corpo inteiro
Estima‑se que uma maior duração e intensidade pode provocar patologias do aparelho digestivo ou
da exposição às vibrações aumentam o risco, circulatório ou ter efeitos adversos no aparelho repro-
ao passo que os períodos de repouso o dimi- dutor. Em alguns casos foi observada um aumento da
nuem. Muitos condutores queixam-se também prevalência das queixas gastrointestinais, úlceras pépti-
de problemas nos ombros e no pescoço, em- cas e gastrites em condutores dos veículos que vibram.
bora os estudos epidemiológicos sejam incon- As vibrações transmitidas ao corpo inteiro parecem ser
clusivos a este respeito. um factor que, combinado com a postura sentada pro-
As lombalgias e as patologias das costas, dos longada dos condutores contribui para a ocorrência de
ombros ou do pescoço não são específicas da veias varicosas e de hemorróidas. Alguns estudos assi-
exposição às vibrações. Há muitos factores sus- nalaram efeitos no aparelho digestivo, nos órgãos do
ceptíveis de induzir confusão tais como a postura aparelho reprodutor feminino e no sistema venoso
de trabalho, as características antropométricas, o periférico. Um estudo revelou uma taxa de morte
tónus muscular, a carga de trabalho físico e a sus- neo-natal superior à esperada nos bebés dados à
ceptibilidade individual (idade, antecedentes, for- luz por mulheres expostas a vibrações no sector dos
ça muscular, etc.). transportes.
85
Anexo d Ferramentas para calcular as exposições diárias
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
D.1 Ferramentas baseadas na Internet haver um risco de lesão por transmissão de vibrações ao
corpo inteiro para exposições abaixo do valor de acção
Para simplificar o processo de cálculo da exposição diá- de exposição, pelo que algumas exposições incluídas na
ria a vibrações, estão disponíveis algumas calculadoras área verde podem causar lesões provocadas por vibra-
baseadas na Internet, como, por exemplo: ções a alguns trabalhadores, especialmente após muitos
www.hse.gov.uk/vibration/wbv/wholebodycalc.htm anos de exposição.
www.dguv.de/bgia/de/pra/softwa/kennwertrechner/
index.jsp
86
Figura D.1 Gráfico da exposição diária
3,8 Exemplo:
1,2m/s2 por 4 horas 30
3,4
3,2
2,8
2,6
2,4
(kaw)max (m/s2)
2,2
ANEXO A-H
1,8
PARTE 2
A(8)=2,0m/s2
1,6 A(8)=1,8m/s2
1,4 A(8)=1,6m/s2
1,2 A(8)=1,4m/s2
A(8)=1,2m/s2
1
A(8)=1,15m/s2
A(8)=1,0m/s2
0,8
A(8)=0,8m/s2
0,6
A(8)=0,6m/s2
0,4 A(8)=0,5m/s2
A(8)=0,4m/s2
0,2 A(8)=0,2m/s2
0
0:00
0:30
1:00
1:30
2:00
2:30
3:00
3:30
4:00
4:30
5:00
5:30
6:00
6:30
7:00
7:30
8:00
8:30
9:00
9:30
10:00
87
Figura D.2 Nomograma para os valores de A(8)
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
Horas
3
2
100
2 1,5
3 80
2 1,5
1,0 60
Valor-limite de exposição 1,15 m/s²
0,8
1,0
1,5 40
2 0,8 0,6
0,5 30
0,6
Valor-limite de exposição 0,5 m/s²
Minutos
1,5 20
1,0 0,4
15
0,3
0,8
1,0 10
0,2
8
0,6 0,15
0,8 6
0,5 0,1 5
4
0,6
0,4 3
0,5
2
0,3 0,4
Instruções: 1
0,3
0,2
Para cada exposição traçar uma linha entre a aceleraçãoo
ponderada e o tempo de exposição. Ler a exposição a vibrações
A(8); ou os pontos de exposição n,; no ponto em que a linha cruza
0,15 a escala central. Escrever os valores no quadro respectivo abaixo.
0,2
0,15
0,1
0,1
88
D.4 Sistema de pontos de exposição Em geral, o número de pontos de exposição,
A gestão da exposição a vibrações transmitidas ao corpo PE, é definido por:
inteiro pode ser simplificada usando-se um sistema de
«pontos» de exposição. Para qualquer veículo ou máqui-
na em funcionamento, o número de pontos de exposição 8 horas
acumulados numa hora (PE,1h em pontos por hora) pode
ANEXO A-H
PARTE 2
2 50 100 200 400 600 800 1000 1200 1600 2000 2400
1,9 45 90 180 360 540 720 905 1100 1450 1800 2150
1,8 41 81 160 325 485 650 810 970 1300 1600 1950
1,7 36 72 145 290 435 580 725 865 1150 1450 1750
1,6 32 64 130 255 385 510 640 770 1000 1300 1550
1,5 28 56 115 225 340 450 565 675 900 1150 1350
0,4 2 4 8 16 24 32 40 48 64 80 96
0,3 1 2 5 9 14 18 23 27 36 45 54
0,2 1 1 2 4 6 8 10 12 16 20 24
89
Anexo E Exemplos de exposição diária
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
exp
em que
3 Texp é a duração diária da exposição à vi
bração e
3 T0 é o período de referência de oito horas.
Passo 3: O valor mais elevado de Ax(8), Ay(8) og Az(8)
corresponde à exposição diária à vibração. Passo 3: A exposição diária A(8) equivale ao
mais elevado destes valores. Neste caso,
trata-se do eixo y: 0,5m/s² (ou seja, o
valor de acção de exposição)
90
E.2 Exposição diária: A(8), no caso de haver mais de uma tarefa
ANEXO A-H
exp Ay, Empilhadora
PARTE 2
Az, Empilhadora
exp
Camião
em que
Ay, camião
3 Texp é a duração diária da exposição às vibrações e
3 T0 é o período de referência de oito horas. Az, camião
Cada exposição parcial a vibrações representa o contri-
buto de uma fonte particular de vibração (máquina ou
actividade) para o total da exposição diária do trabalha- Passo 3: A exposição diária às vibrações, para cada
dor. O conhecimento dos valores das exposições parciais eixo, é:
ajuda a decidir quanto às prioridades: as máquinas ou
actividades com maiores valores de exposição parcial a
vibrações são os que devem ter prioridade nas medidas
de controlo.
Passo 3: Para cada eixo (j), a exposição diária total a
vibrações pode ser calculada a partir dos valo- Passo 4: A exposição diária do condutor a vibrações
res da exposição parcial a vibrações, usando transmitidas ao corpo inteiro A(8) equivale ao
a fórmula: mais elevado dos valores obtidos. Neste
caso, trata-se dos eixos y ou z: 0,4 m/s2, ou
Aj8) = Aj1(8)2 + Aj2(8)2 + Aj3(8)2 + … seja ligeiramente abaixo do valor de acção
de exposição.
em que Aj1(8), Aj2(8), Aj3(8) etc. são os valores da exposi-
ção parcial a vibrações relativos às diferentes fontes de
vibrações.
Passo 4: A exposição diária à vibração equivale ao va-
lor mais elevado de Ax(8), Ay(8) og Az(8) er
dagseksponeringen.
91
E.3 Exposição diária: VDV, no caso de uma única tarefa
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
3 Eixo y: 5 m/s1,75
3 Eixo z: 4 m/s1,75
em que:
3 Tmeas é o período de medição, e
3 Texp é a duração diária de exposição às vi-
brações.
92
E.4 Exposição diária: VDV, no caso de haver mais de uma tarefa
Empilhadora
ANEXO A-H
PARTE 2
emp
emp
emp
em que:
Camião
3 Tmeas é o período de medição, e
3 Texp é a duração diária de exposição às
vibrações. camião
Passo 3: Para cada eixo (j), o VDV diário total pode ser camião
calculado a partir dos valores da exposição par-
cial a vibrações, usando a fórmula:
VDVj = ( VDVj14 + VDVj24 + VDVj34 + K )1/4 camião
93
E.5 Exposição diária: A(8), usando o sistema de pontos de exposição
(Nota: Trata-se do mesmo exemplo que no Anexo E.2, usando o método dos pontos de exposição.)
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
3 0,3 m/s² i 6 horas = 27 pontos 3 Os factores k factors estão incluidos nos valores dos pontos
por hora (ver Anexo D.4).
* Os valores exactos das vibrações não estão indicados
3 Os valores dos pontos por hora foram arredondados ao
na Figura D.3, e, por isso, usam- se os valores
número inteiro mais próximo.
imediatamente superiores.
94
Passo 2: Logo, os pontos de exposição diária Passo 3: Os pontos relativos à exposição diária
para os eixos x, y e z são: a vibrações, para cada eixo, são:
Eixo x = 25 + 24 = 49 pontos
Empilhadora Camião Eixo y = 9 + 54 = 63 pontos
(1 horas de trabalho) (6 horas de trabalho)
ANEXO A-H
PARTE 2
95
Anexo F Técnicas de vigilância da saúde
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
96
Anexo G Glossário
ANEXO A-H
• Wd para as vibrações horizontais para a
PARTE 2
acima do qual os trabalhadores não devem ser
frente e para trás (x) e laterais (y), e
expostos.2
• Wk para o eixo vertical (z).
Período de exposição
Exposição diária às vibrações, A(8) Período diário em que um trabalhador está ex-
Valor total das vibrações equivalente em ener- posto a uma fonte de vibrações.
gia a 8 horas para um trabalhador, em metros
por segundo ao quadrado (m/s2), incluindo
2 Os Estados-Membros podem escolher entre utilizar o valor A(8) ou o VDV para estabelecer os valores de acção e os valores-limite d exposição.
97
Anexo H Bibliografia
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
98
Organização Internacional de Normalização (2003) Dupuis, H. Diseases due to whole-body vibration. In: Ma-
Agricultural wheeled tractors ‑ Operator’s seat — Labora- nual of Occupational Medicine: Occupational physiolo-
tory measurement of transmitted vibration (Tractores agríco- gy, occupational pathology, prevention. Konietzko, Du-
las com rodas — Assento do operador — Medição labo- puis. Landsberg a.L.: ercomed-Verl.-Ges., Loose-leaf-edt.
ratorial das vibrações transmitidas) Chap. IV-3.5. (em alemão)
ISO 5007:2003
Griffin, M.J. (1990, 1996) Handbook of human vibra-
ANEXO A-H
PARTE 2
mechanical vibrations — Whole-body vibration. VDI 2057:2002 – „Former measuring values can be used
2057-1:2002. Em alemão. further on“ VDI-Report No. 1821, S. 239-250. (em ale-
mão)
Dachverband der Ingenieure (2005) Protective measures
against vibration effects on man. VDI 3831:2005. Em HSE Contract Research Report 333/2001 Whole body
alemão. vibration and shock: A literature review. Stayner RM.
Kjellberg, A., Wikstrom, B.O. & Landstrom, U. (1994)
Injuries and other adverse effects of occupational exposure
H.3 Publicações científicas to whole body vibration. A review for criteria document
Bovenzi M & and Betta A. (1994) Low back disorders in Arbete och halsa vetenskaplig skriftserie 41. 1-80.
agricultural tractor drivers exposed to whole body vibra-
Mansfield, N.J. (2004) Human Response to Vibration
tion and postural stress. Applied Ergonomics 25. 231-
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100
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Manual of occupational medicine, ecomed Landsberg, italiano)
Chap. II-3.1., 1-16 (33. completion 8/08). (em ale-
ANEXO A-H
PARTE 2
101
Índice alfabético
A fornecedor.....................................................25, 74
IÍndice alfabético
Parte 2
Consulta e participação...................... 24, 33, 61, 74 manutenção............................................ 22, 28, 71
controlos das vibrações....................................29, 77 máquinas......................................................68, 74
D Medição.......................................................70, 91
deslocação....................................................34, 82 médico.........................................................70, 79
Directiva «Máquinas».......................... 19, 25, 68, 75 Medidas colectivas.........................................13, 61
Directiva «Movimentação manual de cargas»:...........64 N
Directiva «Vibrações»:......................................11, 31 Nomograma..................................... 38, 40, 86, 88
Directiva-Quadro............................................12, 60
duração da exposição....................................19, 61 O
ombros................................................................85
E
emissão de vibrações......................................19, 47 P
estratégia de controlo......................................23, 73 padrões de trabalho................................. 18, 27, 67
exame físico...................................................45, 96 pescoço........................................................75, 85
exposição diária a vibrações..................... 11, 45, 67 Política de compras.........................................13, 61
Exposição diária às vibrações, A(8),........... 18, 22, 75 ponderação em frequência...............................47, 97
Exposição diária: A(8).....................................43, 90 ponderação Wd..................................................82
Exposição diária: VDV...........................................92 ponderação Wk...................................................82
postura................................................................76
F posturas..............................................................77
fabricantes........................................ 19, 25, 42, 68 posturas forçadas..................................................85
factores ergonómicos.......................................37, 74 posturas inadequadas............................................85
Formação e informação............................ 13, 27, 61 Programação do trabalho......................................76
103
R V
registo de saúde...................................................79 valor de acção de exposição...........................81, 92
valor de acção de exposição diária........................59
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
T
técnicas de condução...........................................76
torção...........................................................75, 85
104
Directiva 2002/44/CE do parlamento
europeu e do conselho
de 25 de Junho de 2002 relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes
1 JO C 77 de 18.3.1993, p. 12, e
JO C 230 de 19.8.1994, p. 3.
2 JO C 249 de 13.9.1993, p. 28.
3 Parecer do Parlamento Europeu de 20 de Abril de 1994 (JO C 128 de 9.5.1994, p. 146), confirmado em 16 de Setembro de 1999 (JO
C 54 de 25.2.2000, p. 75), posição comum do Conselho de 25 de Junho de 2001 (JO C 301 de 26.10.2001, p. 1) e decisão do
Parlamento Europeu de 23 de Outubro de 2001 (ainda não publicada no Jornal Oficial).Decisão do Parlamento Europeu de 25 de Abril de
2002 e decisão do Conselho de 21 de Maio de 2002.
4 JO C 260 de 15.10.1990, p. 167.
105
de trabalho contribuem, pois, para a protecção dos disposições mais rigorosas e/ou específicas previs-
trabalhadores que os utilizam. tas na presente directiva.
(7) As entidades patronais devem adaptar-se ao pro- Artigo 2
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
5 JO L 183 de 29.6.1989, p. 1.
6 JO L 184 de 17.7.1999, p. 23.
106
107
brações, por exemplo assentos que amorteçam c) Resultados das avaliações e medições das vibra-
eficazmente as vibrações transmitidas a todo o ções mecânicas efectuadas nos termos do artigo
organismo e pegas que reduzam as vibrações 4.o da presente directiva e lesões que possam resul-
transmitidas ao sistema mão-braço; tar do equipamento de trabalho utilizado;
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
108
2. Os Estados-Membros devem aprovar disposições sulta aos parceiros sociais, de acordo com a legislação
para assegurar que seja elaborado e actualizado ou as práticas nacionais, terão a faculdade de fazer
um registo de saúde para cada trabalhador sujeito uso de um período transitório de cinco anos, no máxi-
a vigilância da saúde em conformidade com o n.° mo, a contar de 6 de Julho de 2005, quando forem
1.Os registos de saúde devem conter um resumo utilizados equipamentos de trabalho que tenham sido
dos resultados da vigilância da saúde efectuada e postos à disposição dos trabalhadores antes de 6 de
ser conservados de forma que permita a sua poste- Julho 2007 e que não permitam respeitar os valores-li-
rior consulta, tendo em conta a necessária confiden- mite de exposição tendo em conta os últimos progressos
109
Artigo 11 Comissão desse facto.Devem incluir igualmente uma
lista indicando pormenorizadamente as razões do
Alterações técnicas
regime transitório adoptado pelos Estados-Membros,
As alterações de natureza estritamente técnica a introdu-
Guia não vinculativo de boas práticas para a aplicação da Directiva 2002/44/CE (Vibrações mecânicas no trabalho)
110
dos às características próprias das vibrações mecâni- riais e da observação das práticas de trabalho
cas a medir, ao ambiente circundante e às caracterís- específicas, ou por medição.
ticas do aparelho de medida, em conformidade com
Os Estados-Membros têm a faculdade de, no que se re-
a norma ISO 5349-2 (2001);
fere à navegação marítima, considerar apenas as vibra-
b) No caso de aparelhos que devam ser seguros com ções de frequência superior a 1 Hz.
ambas as mãos, as medições serão efectuadas em
2. Medição
cada mão.A exposição é determinada por referên-
cia ao valor mais elevado; serão igualmente forneci- Quando se procede à medição nos termos do n.o 1 do
111
Comissão Europeia
ISBN 978-92-79-07545-2
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