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LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


PORTO BELO/SC.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O Município de Porto Belo, pessoa jurídica de direito público interno, parte
integrante da República Federativa do Brasil e do Estado de Santa Catarina no pleno uso
de sua autonomia política, administrativa, reger-se-à por esta Lei Orgânica e demais e
demais leis que adotar, visando à construção de uma sociedade livre, justa e solidária,
tendo como fundamentos:

I - a soberania nacional;

II - a autonomia estadual;

III - a autonomia municipal;

IV - a cidadania;

V - a dignidade da pessoa humana;

VI - os valores sociais do trabalho e de livre iniciativa;

VII - o pluralismo político.

Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
Art. 2º
diretamente, nos termos da legislação eleitoral e desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto
direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - Plebiscito;

II - Referendo;

III - Iniciativa Popular;

O Município como entidade autônoma e básica da federação, promoverá digna a


Art. 3º
seus habitantes e será administrada mediante os seguintes compromissos fundamentais:

I - transparência pública de todo os seus atos;

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II - moralidade administrativa;

III - participação popular nas decisões mais importantes;

IV - impedimento de recursos à força pública para tratar com mobilizações populares


pacíficas;

V - descentralização política administrativa;

VI - prestação integrada dos serviços públicos.

Art. 4ºSão símbolos do Município de Porto Belo, o Brasão, a Bandeira, o Hino e outros
estabelecidos em Lei.

Art. 5º O dia 13 de outubro é data magna do Município.

TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Art. 6º O Município, por suas leis e pelos atos de seus agentes, assegurará em seu
território e nos limites de sua competência, os direitos e garantias individuais e coletivas,
sociais e políticos, previstos na Constituição Federal e na Constituição Estadual, ou
decorrentes dos princípios e do regime por elas adotados.

Parágrafo Único - As omissões do Poder Público que tornem inviável o exercício dos
direitos constitucionais, serão supridas na esfera administrativa, sob pena de
responsabilidade da autoridade competente, no prazo de trinta dias, contados do
requerimento do interessado, sem prejuízo da utilização de medidas judiciais.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 7ºO Município de Porto Belo, organiza-se política e administrativamente nos termos
desta Lei Orgânica e das leis que adotar.

Art. 8º É mantido o atual território Município.

Art. 9º A sede do Município e dos poderes é a cidade de Porto Belo.

Capítulo II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

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Art. 10 Ao Município cabe exercer em seu território, todas as competências que não lhe
sejam vedadas pela Constituição Federal e Estadual, promovendo a tudo quanto respeite
ao seu interesse local, tendo como objetivo o pleno desenvolvimento de suas funções
sociais e bem estar de seus habitantes e especialmente:

I - Legislar sobre assunto de interesse local:

II - Suplementar a legislação federal e a estadual no que couber para atender suas


peculiaridades;

III - Organizar sua administração e seus servidores;

IV - Instituir e arrecadar tributos de sua competência, fixar e cobrar tarifas e preços


públicos, bem como administrar e aplicar suas rendas sem prejuízo da obrigatoriedade de
prestar contas e publicar balancetes até o último dia do mês subsequente ao encerramento
dos mesmos;

V - Organizar e prestar diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços


públicos de interesse local;

VI - Executar, mediante administração direta ou por via de licitação, as obras públicas


locais;

VII - Administrar seus bens e preservar o patrimônio público;

VIII - Constituir a guarda municipal, destinada a proteção de seus bens, serviços e


instalações;

IX - Organizar a defesa civil;

X - Promover adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e da ocupação do


solo urbano, estabelecendo o plano diretor ;

XI - Estabelecer o plano municipal de viação, a ordenação do transito urbano e do tráfego


local;

XII - Promover o desenvolvimento econômico e social, fomentando a indústria, o comércio,


a prestação de serviços e o turismo;

XIII - Exercer o poder de polícia administrativa no âmbito de suas atribuições;

XIV - Celebrar convênio, consórcios, ajustes, acordes e instrumentos congêneres com as


demais pessoas político-administrativa, visando a execução de suas leis, serviços e
decisões pelos respectivos servidores e a mutua cooperação no desempenho de tarefas de
competência ou interesse comum.

Art. 11

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Art. 11 O Município exerce com a União e o Estado as seguintes competências:

I - Zelar pela guarda da Constituição Federal, da Constituição Estadual, desta Lei Orgânica,
das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

II - Cuidar da saúde e assistência pública e da proteção e garantias das pessoas


portadoras de deficiências;

III - Proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,
os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros


bens de valor histórico, artístico e cultural;

V - Proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e a ciência;

VI - Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - Preservar a floresta, a fauna e a flora;

VIII - Fomentar a produção pesqueira, agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;

IX - Promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

X - Combater as causas da pobreza e os fatores da marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

XI - Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisas exploração


de recursos hídricos e minerais em seu território;

XII - Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

§ 1º Nas matérias de competência comum das pessoas político-administrativas, o


Município observará as normas sobre cooperação fixadas por lei complementar e a
legislação estadual pertinente, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem
estar em seu território.

§ 2º Inexistindo norma geral federal e estadual, o Município exercerá a competência


legislativa plena para atender suas peculiaridades.

§ 3º A superveniência da lei federal ou estadual, sobre normas gerais suspende a eficácia


de lei municipal no que lhe for contrário.

Capítulo III
DOS BENS

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Art. 12 São bens do Município;

I - Os que atualmente lhe pertencem, que vier adquirir ou lhe forem xxxxxxxx a hipótese de
permuta, esta será precedida de avaliação dos imóveis objetos da operação;

II - A avaliação realizada por comissão especial, será homologada pelo prefeito;

III - É dispensada a avaliação na doação gratuita, mas necessária na doação com


encargos.

Art. 13 Todos os bens municipais devem ser cadastrados, com identificação respectiva,
numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em regulamento e mantendo-se
um livro tombo com a relação descritiva dos bens imóveis, ao qual qualquer cidadão poderá
solicitar informações.

Art. 14 A aquisição de imóvel sempre dependerá de autorização legislativa, geral ou


específica, atenderá o seguinte:

I - Na hipótese de permuta, esta será precedida de avaliação dos imóveis objetos da


operação;

II - A avaliação realizada por comissão especial, será homologada pelo Prefeito;

III - É dispensada a avaliação na doação gratuita, mas necessária na doação com


encargos.

Art. 15 A alienação de imóveis, sempre subordinada a existência de interesse público, será


realizada:

I - Por venda ou permuta, atendendo no que couber o disposto no artigo no artigo anterior;

II - Por doação a União ou ao Estado, para realização de obra ou serviço de interesse


geral, bem como a entidades filantrópicas, educacional, cultural, cívicas ou esportivas,
examinando-se nestes casos, a conveniência de lhe ceder apenas o direito real de uso, por
prazo certo.

Art. 16 Os imóveis adquiridos para fins especiais de estimulo a industria ou ao turismo,


será alienados na forma que estabelecer a lei, elaborada com as seguintes cautelas:

I - Será abstrata e geral, de forma a aplicar-se todos os casos semelhantes;

II - Obedecerá os princípios de isonomia;

III - Estabelecerá os requisitos básicos para a concessão de benefício, de modo a poder


ser aplicada pelo Prefeito no caso concreto independente de nova autorização legislativa,

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resguardando o interesse público;

Parágrafo Único - É vedado ao Município a permissão para uso de bens imóveis de seu
patrimônio, excetuando-se aquelas feitas a órgãos e entidades previstas no Inciso II do
Artigo 15º desta Lei Orgânica.

Art. 17 Os bens imóveis, inservíveis, obsoletos ou excedentes, serão alienados por


concorrência, permitida a doação na forma do Artigo 15º, Inciso II.

Art. 18 Os valores mobiliários serão alienados através de bolsa de valores.

§ 1º Se os valores mobiliários não tiverem cotação em bolsa de valores, serão alienados


por concorrência ou leilão.

§ 2º A onerarão dos valores de que trata este artigo, como garantia a realização da
operação de crédito ou à obtenção de financiamento, depende da autoridade legislativa.

Art. 19O uso de bens do Município por terceiros, poderá ser feito por arrendamento,
concessão, permissão ou autorização.

Parágrafo Único - A utilização e administração de bens de uso especial, como mercados,


matadouros, recintos de espetáculos e campos de esportes, serão feitos na forma que a lei
municipal determinar.

Art. 20 Os bens de uso comum do povo, possuem livre utilização, desde que respeitada a
sua finalidade e devem ter sempre um conjunto mínimo de elementos naturais ou de obras
de urbanização que caracterizem a sua destinação.

Parágrafo Único - As áreas verdes podem ter seu cultivo e sua manutenção realizadas com
a participação da comunidade.

Capítulo IV
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21 A administração pública de qualquer dos poderes do Município compreende:

I - Os órgãos da administração direta;

II - As seguintes entidades da administração indireta, dotadas de personalidade jurídica


própria:

a) Autarquias;
b) Empresas públicas;

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c) Sociedades de economia mista:


d) Fundações públicas;

Parágrafo Único - Depende de Lei específica:

I - A criação de autarquias;

II - A autorização para:

a) constituição de empresa pública; e sociedade de economia mista;


b) instituição de fundação pública;
c) transformação, fusão, cisão, extinção, dissolução, transferência de controle e
privatização de qualquer das entidades mencionadas nas alíneas anteriores .

Art. 22 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros.

Art. 23Os atos da administração pública de qualquer dos poderes do Município


obedecerão os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade.

§ 1º Os atos administrativos são públicos, salvo quando a lei, por relevante interesse da
administração, impuser sigilo.

§ 2º A administração é obrigada a fornecer a qualquer interessado, certidão ou cópia


autentica, no prazo máximo de quinze dias, de atos, contratos e convênios administrativos,
sob pena de responsabilidade da autoridade competente ou do servidor que negar ou
retardar a expedição.

§ 3º A autoridade competente terá o mesmo prazo do parágrafo anterior para atender


requisição do Poder judiciário se outro não for o prazo por este fixado.

§ 4º A lei fixará prazo para proferimento de decisão final no processo contencioso


administrativo ou administrativo tributário, bem como normas gerais para seu
processamento.

§ 5º No processo administrativo, qualquer que seja o objeto ou o procedimento, observar-


se-ão, entre outros requisitos de validade, e contraditório, a defesa ampla e o despacho ou
decisão motivados.

§ 6º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e as campanhas dos órgãos e


entidades da administração pública, ainda que não custeadas diretamente por esta,
deverão ter caráter educativo, ou de orientação social, delas não podendo constar
símbolos, expressões, nomes ou imagens que caracterizem promoção pessoal de
autoridades ou servidores públicos e serão suspensas noventa dias antes das eleições,
ressalvadas as essenciais ao interesse público.

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Art. 24Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá exigências de qualificação técnica e econômica, indispensáveis à
garantia do cumprimento das obrigações.

Parágrafo Único - A licitação e a contratação de obras públicas são proibidas no período de


até cento e vinte dias precedentes ao término do mandamento do Prefeito Municipal, salvo
situação de comprovada urgência ou se especificadas na lei de diretrizes orçamentarias.

Art. 25 As reclamações relativas a prestação de serviços públicos serão disciplinadas em


lei.

Parágrafo Único - As entidades e as associações representativas de interesses sociais e


coletivos, vinculados ou não a órgãos públicos, quando expressamente autorizadas, são
partes legitimas para requerer informações ao Poder Público e promover as ações que
visem à defesa dos interesses que representam na forma da lei.

Art. 26Os atos de improbidade administrativa imporão a suspensão dos direitos políticos,
a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao erário na forma
e gradação prevista em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Art. 27 Os convênios, ajustes, acordos e instrumentos congêneres firmados pelo


município, serão submetidos a Câmara Municipal para homologação, no prazo de trinta
dias, contados da celebração, e serão apreciados na forma e nos prazos previstos em seu
regimento interno, sem o que não produzirão seus efeitos jurídicos e legais. (Declarado
Inconstitucional conforme ADIN nº 2013.042871-0)

Art. 28 Os cargos empregos e funções públicas, criados por lei, em números e com
atribuições e remuneração certos, são acessíveis a todos os brasileiros que preencherem
os requisitos legais observados o seguinte:

I - A investidura em cargo ou admissão em emprego da administração pública, depende da


aprovação prévia em concurso público de provas e títulos ressalvadas as nomeações para
cargo em comissão declarada em lei de livre nomeação e exoneração;

II - O prazo de validade do concurso público será de até dois anos prorrogável uma vez,
por igual período;

III - Durante o prazo improrrogável prevista no edital de convocação, quem for aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos, será convocado com prioridade sobre
novos concursados para assumir cargo ou emprego na mesma carreira;

IV - A lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras
de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

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§ 1º A não observância do disposto nos incisos I e II implicará a nulidade do ato e a


punição da autoridade responsável nos termos da lei.

§ 2º A lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a


necessidade temporária de excepcional interesse público.

§ 3º A lei estabelecerá a par dos gerais requisitos específicos de escolaridade, habilitação


profissional e outros para a investidura de cargo público.

Art. 29Todo agente público, qualquer que seja sua categoria ou a natureza do cargo,
emprego ou função, é obrigado na posse, exoneração ou aposentadoria, a declarar seus
bens.

Art. 30A remuneração dos servidores da administração pública de qualquer dos poderes
atenderá o seguinte:

I - A revisão geral da remuneração far-se-á sempre na mesma data;

II - A lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e menor remuneração,
observados como limites máximos e no âmbito dos respectivos poderes, os valores
percebidos como remuneração, em espécie a qualquer título, pelo Prefeito;

III - Os vencimentos e os salários dos servidores públicos são irredutíveis;

V - É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, salários e gratificações para


efeito de remuneração de pessoas de serviços público, ressalvas o disposto no inciso IV e
no Art. 33 § 1º .

VI - Os acréscimos pecuniários percebidos por serviço público não serão computados nem,
acumulados, para fins de concessão de acréscimo ulteriores sob o mesmo título ou idêntico
fundamento.

Art. 31 É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver


compatibilidade de horários:

I - a de dois cargos de professor;

II - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as


vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo, e, não havendo compatibilidade, lhe será facultado optar por sua remuneração;

III - em qualquer caso que seja o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento.

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SEÇÃO II
DOS SERVIDORES PÚBLICOS DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA AUTÁRQUICA E
FUNDACIONAL

Art. 33O Município instituirá regime jurídico único e planos de carreiras para os servidores
da administração pública direta, das autarquias e fundações que instituir e mantiver.

§ 1º É assegurada aos servidores públicos da administração direta isonomia de vencimento


para cargos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores do
Poderes Executivo e legislativo, ressalvados as vantagens de caráter individual e as
relativas ou ao local de trabalho.

§ 2º Para aplicação do disposto no parágrafo anterior, a lei estabelecerá os cargos de


atribuições iguais ou assemelhados.

Art. 34 São direitos dos servidores públicos sujeitos ao regime jurídico único, além de
outros estabelecidos em Lei:

I - piso de vencimento não inferior ao salário mínimo, nacionalmente unificado;

II - piso de vencimento proporcional à extensão e à complexidade do trabalho, assegurado


aos servidores ocupantes de cargo ou empregos de nível médio e superior remuneração
não inferior ao salário mínimo profissional estabelecido em Lei;

III - décimo terceiro vencimento com base na remuneração integral ou o valor dos
proventos;

IV - remuneração do trabalho noturno superior ao diurno, na forma da Lei;;

V - remuneração de titular quando em substituição ou designado para responder pelo


expediente;

VI - salário família para seus dependentes;

VII - percepção dos vencimentos e proventos até o quinto dia útil do mês subsequente;

VIII - duração do trabalho normal, não superior a oito horas diárias e quarenta semanais,
facultadas a compensação de horários e a redução de jornada de jornada, nos termos da
lei;

IX - repouso semanal remunerado, especialmente aos domingos;

X - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo a cinqüenta por cento a do


normal;

XI - gozo de férias anuais remuneradas com pelo menos um terço a mais de que a

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remuneração norma;

XII - licença remunerada a gestante, coma duração de cento e vinte dias;

XIII - Licença paternidade nos termos da lei;

XIV - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos


termos da lei;

XV - redução dos riscos inerentes ao trabalho por meios normais de saúde, higiene e
segurança;

XVI - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubre ou perigosas, na


forma da lei;

XVII - proibição de diferenças de vencimentos do exercício das funções e critérios da


admissão, bem como de ingresso e freqüência em cursos de aperfeiçoamento por motivo
de sexo, cor ou estado civil;

XVIII - a livre associação sindical;

XIX - a greve, nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal.

Art. 35 São estáveis após dois anos de efetivo exercício, os servidores nomeados em
virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial


transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada
ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável será ele reintegrado, e
o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 3º Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade remunerada até seu adequado aproveitamento em outro cargo.

Art. 36Os servidores públicos municipais terão direito a aposentadoria de acordo com o
regime jurídico adotado pelo Município e segurado os seguintes preceitos:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrentes de acidente


em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificados
em lei e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de serviço;

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III - Voluntariamente;
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos efetivo exercício em funções do magistério se professor, e vinte e cincos
anos, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço se homem, e aos vinte e cinco se mulher, com proventos
proporcionais ao tempo de serviço;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;

§ 1º A lei disporá sobre a aposentadoria em cargos ou empregos temporários.

§ 2º O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal será computado


integralmente para os efeitos de aposentadoria e de disponibilidade.

§ 3º Os proventos da aposentadoria serão revistos na mesma proporção e na mesma data,


sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também
estendidos aos inativos qualquer benefícios e vantagens posteriormente concedidos aos
servidores em atividade, quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo
ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.

§ 4º Para efeito do disposto no inciso III, alínea "b" considera-se efetivo exercício em
funções de magistério e atividades dos especialistas em assuntos educacionais.

Capítulo V
DOS ATOS MUNICIPAIS

SEÇÃO I
DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS

Art. 37 Os atos municipais que produzam efeitos externos serão publicados no órgão
oficial do Município ou da respectiva associação municipal e em jornal local ou da micro
região a que pertencer e, na falta deles, em edital que será afixada na sede da Prefeitura e
na Câmara Municipal.

§ 1º Inexistindo órgão oficial do Município, a publicação dos atos a este regime, será feita
obrigatoriamente e jornal de circulação diária;

§ 2º Os atos municipais mencionados no "caput" deste artigo, somente produzirão efeitos


após publicação;

§ 3º Diante da necessidade de escolha do órgão de imprensa para publicação dos atos


municipais, esta deverá ser feita mediante licitação, em que se levarão em conta, não só as
condições de preço, honorários, tiragem, distribuição e tempo de existência que deverão
constar expressamente no edital;

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§ 4º O jornal que vencer a licitação e firmar contrato com a Prefeitura, para publicação dos
atos municipais, será considerada, por decreto do Poder Executivo, órgão oficial do
Município.

§ 5º Os Decretos Legislativos, Resoluções e demais atos do Legislativo serão publicados


no órgão oficial do Município, devendo do Contrato e do Edital constar cláusula específica
neste sentido.

§ 6º Os atos normativos internos, bem como os que declarem situações individuais,


dispensam publicações, desde que transmitidos a seus destinatários para ciência e
cumprimento.

Art. 38 O Prefeito fará publicar:

I - mensalmente o balancete da receita e da despesa:

II - mensalmente, os montantes de cada um dos tributos arrecadados e dos recursos


recebidos;

III - anualmente, até o dia 31 (trinta e um) de março, pelo órgão oficial do Município, as
contas da administração, constituídas do balanço financeiro, do balanço patrimonial, do
balanço orçamentário e demonstração das variações patrimoniais de forma sintética.

Art. 39A administração municipal realizará com divulgação antecipada de prazo mínimo
de 30 dias os processos de concessão de serviços públicos, de locação e de cessão de
uso, de próprios municipais.

Parágrafo Único - a divulgação referida no presente artigo, se dará no mínimo por


publicação em edital.

SEÇÃO II
DOS LIVROS

Art. 40 O Município manterá os livros que forem necessários ao registro se deus serviços.

§ 1º Os livros, tipograficamente numerados serão abertos, rubricados e encerrados,


conforme o caso, pelo Prefeito ou Presidente da Câmara ou pelo Secretário Municipal para
este fim designado.

§ 2º São obrigatórios livros de:

I - Termos de compromisso e posse de Prefeito, Vice - Prefeito e dos Auxiliares diretos do


Prefeito;

II - Transcrição da declaração de bens dos que, por esta devam declarar.

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III - Registro de todos os bens imobiliários do Município.

§ 3º Os livros referidos neste artigo, exceto os obrigatórios, poderão ser substituídos por
fichas ou outros sistemas, convenientemente autenticados.

SEÇÃO III
DA FORMA DOS ATOS

Os atos municipais de competência do Prefeito serão baixados com observância


Art. 41
das seguintes normas:

I - LEIS numeradas em ordem cronológica crescente, em série contínua e infinita.

II - MEDIDAS PROVISÓRIAS numeradas em ordem cronológica crescente, em série


própria contínua e infinita, nos seguintes casos:

a) regulamentação da lei:
b) instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) abertura de créditos suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de
créditos extraordinários;
d) declaração de utilidade pública ou interesse social, para fins de desapropriação ou de
servidão administrativa;
e) aprovação de regulamentos ou de regime das entidades que formam a administração
municipal;
f) medidas executarias do Plano Diretor;
g) normas de efeito externos, não privativos de lei.

III - DECRETOS numerados em ordem cronológica crescente, em série própria continua e


infinita, nos seguintes casos:

a) Regulamentação de lei;
b) Instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) Abertura de créditos suplementares, até o limite autorizado por lei, assim como de
créditos extraordinários;
d) Declaração de utilidade pública ou interesse social, para fins de desapropriação ou de
servidão administrativa;
e) Aprovação de regulamentos ou de regime das entidades que formam a administração
municipal;
f) Medidas executarias do Plano Diretor;
g) Normas de efeito externos, não privativos de lei.

IV - PORTARIAS numeradas em ordem cronológica crescente, em séries próprias contínua


e anual, seguida da identificação do ano de sua expedição, nos seguintes casos:

a) provimento e vacância dos órgãos públicos e demais atos de efeito individuais;

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b) lotação e relotação nos quadros de pessoal;


c) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de penalidades e demais
atos individuais de efeito interno;
d) outros casos determinados em Lei ou Decreto.

V - CONTRATO em ordem cronológica crescente, em séries própria contínua e anual,


seguida pela identificação do ano de sua celebração, nos seguintes casos:

a) para contratação de pessoal por tempo determinado para atender a necessidade


temporária de excepcional interesse público, nos termos da lei;
b) para execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei;
c) para concessão de uso, no caso do inciso II do artigo 15 desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - Os atos constantes do inciso IV deste artigo, poderão ser delegados aos
auxiliares diretos do Prefeito, por Decreto.

SEÇÃO IV
DAS CERTIDÕES

Art. 42 A Prefeitura e a Câmara Municipal fornecerão, obrigatoriamente no prazo de 15


(quinze) dias, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena de responsabilidade da
autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua expedição.

§ 1º As requisições jurídicas serão atendidas no prazo, se outro não for fixado pelo juiz.

§ 2º A certidão do exercício do cargo de Prefeito será expedida pelo Presidente da Câmara.

§ 3º Nos termos do inciso XXXIV, do artigo 5º da Constituição Federal, são a todos


assegurados, independentemente de pagamento:

I - o direito de petição em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;

II - a obtenção de certidões para defesa de direitos e esclarecimento de situação de


interesse pessoal.

§ 4º Com exceção dos casos dos §§ 1º e 3º, deste artigo, as demais petições e certidões
serão cobradas de conformidade com a legislação tributária.

Capítulo VI
AS OBRAS E SERVIÇOS MUNICIPAIS

Art. 43 Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município poderá ter início sem
prévia elaboração do plano respectivo, do qual, obrigatoriamente, consta:

I - A viabilidade de empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse


comum;

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II - os pormenores para sua execução;

III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;

IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva justificação.

§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema e comprovada


urgência, serão executados sem prévio orçamento de custo.

§ 2º As obras Públicas serão executadas pela Prefeitura, por órgão da administração


indireta, ou por terceiros, mediante licitação.

Art. 44 Os serviços públicos serão:

I - permitidos, mediante edital de chamamento de interessados para a escolha do melhor


pretendente, na forma da lei;

II - concedido mediante autorização legislativa, precedidos de concorrência pública, e com


contrato.

§ 1º Serão nulas de plano direto as permissões, as concessões, bem como quaisquer


outros ajustes feitos em desacordo com este artigo.

§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos a regulamentação e


fiscalização do município, incumbindo, ao que executarem, sua permanente atualização e
adequação às necessidades dos usuários.

§ 3º Desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato bem como os que
se revelarem insuficientes para atendimento dos usuários, os serviços permitidos ou
concedidos poderão ser retomados pelo Município, sem indenização.

§ 4º As concorrências para a concessão de serviço público deverão ser, precedidas de


ampla publicidade, no órgão oficial, em jornais, inclusive em órgão da imprensa oficial do
Estado, mediante edital ou comunicado resumido.

Art. 45 As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo em vista
a justa remuneração.

Art. 46 O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum, mediante


convênio com entidades públicas ou particulares, bem assim, por consórcio, com outros
Municípios, mediante aprovação dos mesmos pela Câmara Municipal. (Declarado
Inconstitucional conforme ADIN nº 2013.042871-0)

Parágrafo Único - Os consórcios deverão ter sempre um Conselho Consultivo, com a


participação de todos os Municípios, integrantes, um autoridade executiva, e um Conselho

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Fiscal de munícipes não pertencentes ao serviço público.

Capítulo VII
DAS LICITAÇÕES

Art. 47Aplica-se a legislação federal específica sobre licitações, na execução de serviços,


obras, e no caso de compras e alienações.

Art. 48As concorrências e Tomadas de Preço deverão ser precedidas de publicidade,


mediante publicação, ainda que resumida, no órgão oficial do Município e no Diário Oficial
do Estado e de Comunicação às entidades de Classe.

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 49São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si o Legislativo e o


Executivo.

Parágrafo Único - Salvo as expressas exceções previstas nesta Lei Orgânica, é vedado a
qualquer dos Poderes delegar competência.

Capítulo II
DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 50O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, constituída de Vereadores,
representantes do povo portobelense, eleito pelo voto direto e secreto, em sistema
proporcional, dentre brasileiros maiores de dezoito anos, atendidas as demais condições
da Legislação o eleitoral.

Art. 51 A eleição para vereador se fará simultaneamente com as eleições gerais para
Prefeito.

Parágrafo Único - Cada legislatura terá duração de quatro(4) anos.

Art. 52A Câmara Municipal reunir-se-á, independentes de convocação, de 15 de fevereiro


a 30 junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro, transferindo-se para essas datas, quando
recaírem em sábados, domingos e feriados.

Art. 53

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Art. 53 A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, ao Prefeito


Municipal ou a maioria de seus membros.

Parágrafo Único - Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara somente poderá


deliberar sobre a matéria objeto da convocação.

Art. 54 As deliberações da Câmara e de suas comissões, Serão tomadas, por maioria de


votos, presente a maioria de seus membros, salvo a disposição em contrário nas
Constituições Federal e Estadual e nesta Lei Orgânica, que exija "Quorum" superior
qualificado.

§ 1º As deliberações Serão públicas, através de chamada nominal ou por votação


simbólica, salvo que a Lei determina procedimento em contrário.

§ 2º A Câmara mediante resolução aprovada pelo voto de dois terços de seus membros, no
ano que antecedera das eleições, fixará o número de vereadores para a Legislação
seguinte, para compatibiliza-lo com o crescimento da população do município, respeitados
os limites previstos na Constituição Estadual.

Art. 55 O Poder Legislativo será representado, Judicial e extrajudicialmente, por seu


presidente.

Art. 56A Câmara Municipal é assegurada autonomia administrativa e financeira, na forma


desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - A Câmara Municipal elaborará sua proposta orçamentária dentro dos
limites fixados pela lei e diretrizes orçamentarias.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA CAMÂRA MUNICIPAL

Art. 57 (*) Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito,dispor sobre todas as
matérias de competência do Município, especialmente sobre:

I - Sistema tributário: arrecadação, distribuição de rendas, isenções, anistias fiscais e


débitos;

II - Matéria orçamentaria: plano plurianual, diretrizes orçamentarias, orçamento anual,


créditos suplementares e especial;

III - Planejamento Urbano: plano diretor, suas alterações, e em especial planejamento e


controle do parcelamento, edificação, uso e ocupação do solo;

IV - Organização do território Municipal: especialmente em distritos, observadas a


legislação estadual e delimitações do perímetro urbano;

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V - Organização administrativa: criação, estruturação e atribuições das Secretarias


Municipais, bem como criação, transformação e extinção de cargos, empregos, funções
públicas e fixação da remuneração dos servidores do Município, inclusive da administração
indireta, observando os parâmetros da Lei das Diretrizes Orçamentarias;

VI - Auxílios e subvenções a terceiros bem como concessão de serviços públicos;

VII - Denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos;

VIII - Planos e programas municipais, regionais e setoriais de desenvolvimento;

IX - Transferência temporária da sede do Governo Municipal;

X - Aquisição, administração, alienação, arrendamento, concessão permissão e


autorização de direito real de uso de bens imóveis do Município e da administração indireta.

XI - Proteção, recuperação e incentivo à preservação do meio ambiente;

XII - Obtenção de empréstimos e financiamentos pela administração direta e indireta, bem


como a forma e os de pagamento.

XIII - Autorizar a aquisição de bens imóveis, por doação, salvo se esta não trouxer nenhum
encargo, excluído os de escritura e registro.

* Ver Lei Complementar 01/91 de 29.02.91 em anexo.

SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES PRIVATIVAS DA CÂMARA

Art. 58 (*) Entre outras, compete à Câmara Municipal, as seguintes atribuições:

I - receber o compromisso dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito, dar-lhes posse,


conhecer de suas renuncias ou afastá-los definitivamente do cargo;

II - eleger sua mesa, e constituir suas comissões técnicas, nestas assegurada, tanto quanto
possível, a representação proporcional dos partidos políticos;

III - aprovar seu regimento interno;

IV - organizar os seus serviços administrativos internos e prover os cargos respectivos;

V - propor a criação e a fixação dos respectivos vencimentos, observadas os limites legais;

VI - conceder licença ao Prefeito, Vice-Prefeito, para afastamento do cargo;

VII - autorizar o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, por necessidade de serviço, a

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ausentar-se do Município por mais de sete (07) dias; (Inciso VII declarado inconstitucional,
conforme ADIN nº 2013.042873-4)

VIII - emendar a Lei Orgânica;

IX - zelar pela preservação de sua competência, sustando os atos normativos, do Poder


Executivo que exorbitem o poder regulamentado ou os limites da delegação legislativa.

X - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XI - fixar em cada legislatura, para a subsequente, a remuneração do prefeito, Vice-Prefeito


e dos vereadores até seis meses antes do término da legislatura, observados os limites e
as condições da Constituição Federal, vinculados os aumentos, tanto do índice quanto do
período de reajuste de remuneração dos servidores públicos municipais;

XII - decretar a perda do mandato do Vereador, Prefeito e Vice-Prefeito nos casos previstos
na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e lei Federal aplicável;

XIII - criar comissões especiais de investigação ou de inquérito, que terão poderes de


investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento
Interno, sobre fato determinado, que as incluas na competência municipal, sempre que o
requerem um terço dos Vereadores, e cujas conclusões, se for o caso, serão
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade dos infratores;

XIV - conhecer da denúncia contra o Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;

XV - processar e julgar o Prefeito, Vice-Prefeito e os Vereadores, e cassar os seus


mandatos, nos casos e condições previstos em lei;

XVI - exercer, através de controle externo, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a
fiscalização financeira, orçamentaria e patrimonial do Município;

XVII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberado sobre o parecer do tribunal de


Contas do Estado no prazo máximo de noventa dias de seu recebimento, observados os
seguintes preceitos:

a) o parecer do Tribunal de Contas do estado, somente deixará de prevalecer por decisão


de dois terços dos membros da Câmara;
b) decorridos o prazo de noventa dias, sem deliberação pela Câmara, as contas serão
consideradas aprovadas ou rejeitadas, de acordo com a conclusão do parecer do Tribunal
de Contas do Estado;
c) rejeitadas, as contas serão imediatamente remetidas ao Ministério Público, para os fins
de direito;

XVIII - Convocar, por deliberação do plenário, ou de qualquer de suas comissões, o


Prefeito, os Secretários e Diretores Municipais, para prestar, pessoalmente, no prazo fixado
no ato convocatório, não inferior a dez dias, informações sobre assunto previamente

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determinado, importando em crime de responsabilidade, a ausência sem justificação


adequada; sendo ainda lícito os mesmos, comparecerem à Câmara Municipal ou a
qualquer de suas comissões, por iniciativa própria e mediante entendimentos com a mesa,
para expor assunto de relevância; (Expressão "importando em crime de responsabilidade,
a ausência sem justificação adequada" declarada inconstitucional, conforme ADIN nº
9121974-80.2015.8.24.0000)

XIX - deliberar sobre o adiamento e a suspensão de suas reuniões;

XX - Conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem a pessoas que


reconhecidamente tenham prestado relevantes serviço ao Município ou nele se destacado
pela atuação exemplar na vida pública e particular, mediante voto de dois terços dos
membros da Câmara, devendo o título ser entregue ou a homenagem prestada dentro da
própria legislatura de aprovação, observando este mesmo "quorum" para a cassação do
título ou da homenagem;

XXI - solicitar a intervenção do Estado no Município nos casos previstos em lei.

XXII - resolver definitivamente sobre os acordos, convênios, consórcios e outros ajustes,


depois de celebrados pelo Prefeito: (Inciso XXII declarado inconstitucional, conforme ADIN
nº 2013.042871-0)

* Ver Lei Complementar nº 1/91 de 26.02.91 em anexo.

SEÇÃO IV
DA POSSE

Art. 59 No primeiro ano de cada legislatura, a primeiro de janeiro, às dezoito horas,


independente de convocação, sob a Presidência do Vereador mais idoso entre aos
presentes, os Vereadores eleitos reunir-se-ão em Reunião Solene, com a seguinte ordem
do dia: (Redação dada pela Lei Complementar nº 74/2016)

I - compromisso, posse e instalação da legislatura;

II - compromisso e posse do Prefeito e Vice-Prefeito;

§ 1º O Vereador que não tomar posse na reunião prevista neste artigo, deverá faze-lo no
prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara;

§ 2º No ato da posse, os Vereadores deverão desincompaibilizar-se, quando for o caso. Na


mesma ocasião e ao término do mandado, deverão fazer declaração de seus bens, a qual
será transcrita em livro próprio;

§ 3º No ato da posse, exibidos os diplomas e verificada a sua autenticidade, o Presidente


em exercício, de pé, no que será acompanhado por todos os Vereadores, proferirá o
seguinte compromisso, que se completa com a assinatura do termo competente:

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"PROMETO GUARDAR A CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, A CONSTITUIÇÃO DO


ESTADO DE SANTA CATRINA E A LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, DESEMPENHANDO
LEAL E SINCERAMENTE O MANDATO A MIM CONFERIDO, OBSERVANDO AS LEIS E
TRABALHANDO PELO ENGRANDECIMENTO DESTE MUNICÍPIO"; Ato contínuo, feita a
chamada nominal, cada vereador, novamente de pé, declara: "ASSIM O PROMETO".

§ 4º Depois da posse os Vereadores, o Prefeito e o Vice-Prefeito prestarão compromisso,


assinado o termo de posse respectivo e entregando sua declaração e bens:

§ 5º Ato contínuo, o vereador mais idoso suspenderá a reunião por trinta minutos a fim de
ser procedida a eleição da Mesa Diretora.

SEÇÃO V
DA MESA DA CÂMARA

Art. 60 Decorridos os trinta minutos, a reunião será reaberta e os Vereadores, sob a


Presidência do mais idoso e constatada a maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados;

Parágrafo Único - Não havendo número legal, o Vereador mais idoso dentre os presentes
permanecerá na Presidência e convocará reuniões diárias até que seja eleita a Mesa.

Art. 61 A eleição para a renovação da Mesa realizar-se-á sempre no primeiro dia de


janeiro, ás dez horas;

Parágrafo Único - Vagando qualquer cargo da Mesa, este será preenchido por eleição no
prazo máximo de quinze dias, não podendo ser votados os legalmente impedidos . O eleito
completará o mandato do antecessor.

Art. 62 A Mesa será composta de quatro Vereadores, sendo um Presidente, um Vice-


Presidente, um 1º Secretário e um 2º Secretário.

Art. 63O mandato da Mesa será de dois anos, não permitida a reeleição, de qualquer de
seus membros, para igual cargo, na mesma legislatura.

Art. 64 A eleição da Mesa será feita por cotação que obedecerá as formalidades
específicas no Regimento Interno.

SEÇÃO VI
DAS ATRIBUIÇÕES DA MESA

Art. 65 (*) À Mesa, dentre outras atribuições, compete:

I - Propor projetos de lei que criem ou extingam cargos dos serviços da Câmara e fixem os
respectivos vencimentos:

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II - Elaborar e expedir, mediante ato, discriminação analítica das dotações orçamentarias


da Câmara, bem como alterá-las, quando necessário;

III - Apresentar projeto de lei disposto sobre a abertura de créditos suplementares ou


especiais, através de anulação parcial ou total da dotação da Câmara;

IV - Suplementa, mediante ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o limite d


autorização constante da Lei Orçamentaria, desde que os recursos para sua cobertura
sejam proveniente de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentarias;

V - Devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de Caixa existente na Câmara, ao final do


exercício;

VI - Enviar ao Prefeito, até o dia primeiro de março, as contas do exercício anterior;

VII - Nomear, promover, comissionar, conceder gratificações e vantagens, licenças, colocar


em disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir funcionários ou servidores da
Câmara, nos termos da Lei;

VIII - Promulgar leis complementares de alteração desta Lei Complementar;

* Ver Lei Complementar nº 1/91 de 26.02.91 em anexo.

Art. 66 Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:

I - Representar a Câmara em juízo ou fora dele;

II - Dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;

III - Interpretar e fazer cumprir regimento interno;

IV - Promulgar as Resoluções e os Decretos Legislativos, bem como as leis com sanção


tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo plenário;

V - Fazer publicar os atos da Mesa, bem como as Resoluções, os Decretos Legislativos e


as leis por ele promulgadas;

VI - Declarar extinto o mandato de Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos


previstos em Lei;

VII - Requisitar o numerário destinado a despesas da Câmara e aplicar as disponibilidades


financeiras no mercado de capitais, em instituições financeiras oficiais, na forma da lei;

VIII - Apresentar ao plenário, até o dia vinte (20) de cada mês, o balancete relativo aos
recursos recebidos e às despesas do mês anterior;

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IX - Representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal;

X - Solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela Constituição do Estado;

XI - Manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para este
fim;

XII - Comunicar por ofício, com pelo menos vinte e quatro (24) horas de antecedência, ao
Juiz Eleitoral da Comarca e aos Vereadores, a mudança do local de reunião da Câmara
Municipal, em caso de impedimento de uso do recinto destinado ao seu funcionamento, sob
pena de nulidade dos atos praticados.

SEÇÃO VII
DA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA

Art. 67 A Câmara de Vereadores reunir-se-á anualmente:

I - Em período ordinário, dispensa convocação, de quinze de fevereiro a trinta de junho e de


primeiro de agosto a quinze de dezembro, transferindo-se para dia útil subsequente as
reuniões marcadas para essas datas, quando recaírem em Sábado, Domingo e feriados;

II - Em período extraordinário, quando convocada pelo Prefeito, por seu Presidente ou a


requerimento da maioria de seus membros, em caso de urgência ou interesse público
relevante, devendo neste período ser apreciada apenas a matéria que motivou a
convocação.

Parágrafo Único - A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do
projeto de lei diretrizes orçamentarias.

Art. 68 A convocação da Câmara, para período extraordinário, sempre justificada de dará:

I - Pelo Presidente, durante o período ordinário;

II - Pelo Prefeito, no período ordinário e de recesso;

III - Por provocação da maioria dos Vereadores em qualquer caso.

§ 1º A convocação extraordinária durante o período ordinário se fará por simples


comunicação do Presidente inserida na ata, ficando automaticamente cientificados todos os
Vereadores presente à reunião.

§ 2º A convocação pelo Prefeito se fará mediante ofício dirigido ao Presidente,


comunicando o dia para a realização da reunião extraordinária. De posse do ofício, o
Presidente, se o receber:

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1) - Durante o período ordinário de reuniões, procederá nos termos do Parágrafo anterior;


2) - Durante o recesso, cientificará os vereadores, com quatro dias de antecedência,
através de citação pessoal.

§ 3º Na omissão do Presidente da Câmara, o Prefeito poderá cientificar diretamente aos


vereadores, igualmente com a antecedência de quatro (4) dias, através de citações
pessoal.

SEÇÃO VIII
DAS REUNIÕES

Art. 69 A Câmara de Vereadores reunir-se-á:

I - No dia primeiro de janeiro do primeiro ano de Legislatura, sob a presidência do Vereador


mais idoso entre os presentes, para o compromisso e posse de seus membros, do Prefeito
e do Vice-Prefeito;

II - Em reuniões preparatórias, a partir de primeiro de janeiro do primeiro e segundo biênio


da legislatura, sob a presidência do Vereador mais idoso, entre os presentes, presente a
maioria absoluta de seus membros, para a eleição da mesa, para mandato de dois anos,
vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente;

III - Em reuniões ordinárias:

a) a sessão legislativa ordinária iniciar-se á na forma e no dia prevista no artigo 67 desta lei;
b) a fixação do número e dos dias para realização das reuniões ordinárias será
mensalmente, a quatro (4) se o município tiver população até dez mil habitantes; a seis (6)
se o número de habitantes for superior a dez mil e inferior ou igual a cinqüenta mil; a oito
(8) se o número de habitantes for superior a cinqüenta mil e inferior ou igual a cem mil e a
dez (10) se o Município contar com mais de cem mil habitantes;

IV - Em Reuniões Extraordinárias:

a) Sempre que convocada de acordo com artigo 68 desta lei;


b) A convocação da reunião extraordinária será sempre motivada e feita durante a reunião
da Câmara, ou através de expediente dirigido a cada Vereador, caso em que deverá ser
respeitada a antecedência mínima de quarenta e oito horas;
c) É vedada a realização de mais de quatro reuniões extraordinárias remuneradas durante
o mês;
d) Nas reuniões extraordinárias a Câmara somente deliberará sobre a matéria para a qual
foi convocada.

Art. 70 As reuniões da Câmara e de suas Comissões serão sempre públicas, salvo


deliberação em contrário de dois terços de seus membros, adotada em razão de motivo
relevante de preservação de preservação do decoro parlamentar.

Art. 71

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Art. 71 As reuniões da Câmara deverão ser realizadas em recinto destinado ao seu


funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem fora dele.

§ 1º Comprovada a impossibilidade de acesso àquele recinto ou outra causa que impeça a


sua utilização, poderão as reuniões ser realizadas em outro local designado pela Mesa,
mediante comunicação escrita ao Juiz Eleitoral da Comarca, com o mínimo Vinte e quatro
(24) horas de antecedência.

§ 2º As reuniões solenes poderão ser realizadas fora do recinto da Câmara.

Art. 72 As reuniões somente poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, 1/3 (um
terço) dos membros d Câmara.

Parágrafo Único - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro e


presença e participar dos trabalhos do Plenário e das votações, salvo, neste último caso se
legalmente impedido.

Art. 73 A falta de comparecimento às reuniões extraordinárias, será computada para fins


de extinção de mandato na forma da lei.

Art. 74 As deliberações da Câmara e de suas Comissões serão tomadas por maioria de


votos, presentes a maioria de seus membros, salvo disposição em contrário desta Lei
Orgânica.

Art. 75 Fica instituída a tribuna popular nas sessões plenárias, ordinárias e extraordinárias,
da Câmara Municipal de Porto belo, com espaço garantido de trinta (30) minutos a ser
distribuído eqüitativamente entre as entidades inscritas.

§ 1º Podem fazer uso da Tribuna Popular entidades com sede em Porto Belo, entidades
representativas de moradores ou outras entidades que tenham atuação no âmbito
municipal, reconhecidas ou registradas como tal.

§ 2º Entidades que mesmo não tendo caráter municipal, venham a apresentar questões de
relevância para a população de Porto Belo, poderão ocupar a Tribuna Popular.

§ 3º Para fazer uso da Tribuna Popular, as entidades interessadas deverão realizar, com
antecedência mínima de vinte e quatro (24) horas, junto à Secretaria da Câmara, que
manterá livro próprio para este fim, a inscrição de seus representantes.

SEÇÃO IX
DAS COMISSÕES

Art. 76 A Câmara terá comissões:

I - Permanente;

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II - Especiais;

III - Especiais de inquérito;

§ 1º Às comissões permanentes, em razão da matéria de sua competência tem as


seguintes atribuições:

I - Dar parecer em Projeto de Lei, de Decreto - Legislativo, de Resolução e em outras


matérias que lhe forem encaminhadas;

II - Realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

III - Convocar os Secretários Municipais ou Diretores para prestarem informações sobre


assuntos inerentes as suas atribuições, desde que aprovado pelo voto da maioria da
Comissão respectiva;

§ 2º As Comissões Especiais, criadas por deliberação do Plenário, Serão destinadas ao


estudo de assuntos específicos e à representação da Câmara em Congressos,
Solenidades ou outros atos públicos.

§ 3º As Comissões Especiais de Inquérito, que terão poderes de investigação próprios das


autoridades judiciais, serão criadas pela Câmara mediante requerimento um terço (1/3) de
seus membros, para apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

§ 4º Os membros das Comissões Especiais de Inquérito, no interesse da investigação,


poderão, em conjunto ou separadamente:

I - Proceder as vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais, onde terão


livre ingresso e permanência;

II - Requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação de


esclarecimentos necessários;

III - Transportar-se aos lugares onde a sua presença se fizer necessária, ali realizando os
atos que lhe competirem;

§ 5º É fixado em quinze (15) dias, prorrogáveis por igual período, desde que solicitado e
devidamente justificado, o prazo para que os responsáveis pelos órgãos da administração
direta prestem as informações e encaminhem os documentos requisitados pelas
Comissões Especiais de Inquérito;

§ 6º No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as Comissões Especiais de Inquérito,


por seu Presidente:

I - Determinar as diligências que reputar necessárias;

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II - Requerer a convocação de Secretario Municipal;

III - Tomar depoimento de quaisquer autoridades, intimar testemunhas e inquiri-las sob


compromisso;

IV - Proceder a verificação contábil em livros, papéis e documentos dos órgãos da


administração direta e indireta.

§ 7º Na formação das Comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a representação


proporcional dos partidos que participam da Câmara.

§ 8º As testemunhas serão intimadas de acordo com as prescrições estabelecidas na


legislação penal, e em caso de não comparecimento, sem motivo justificado, a intimação
será solicitada ao Juiz da localidade onde reside ou se encontra, na forma do artigo 218 do
Código de Processo Penal.

SEÇÃO X
DO REGIMENTO INTERNO

Art. 77 Câmara Municipal, dentro de (180) cento e oitenta dias, da data da promulgação
desta Lei Orgânica, por iniciativa da Mesa Diretora, observado o disposto nesta Lei,
elaborará o seu regimento interno, dispondo sobre sua organização, política e serviços,
valendo-se neste período, e após, nos casos omissos, do regimento interno da Assembléia
Legislativa e especialmente sobre:

I - sua instalação e funcionamento;

II - posse de seus membros;

III - eleição da mesa, sua composição e atribuições;

IV - número de reuniões mensais;

V - comissões;

VI - sessões;

VII - deliberações;

VIII - todo e qualquer assunto de sua administração interna;

§ 1º A discussão e a votação da matéria da ordem do dia só poderá ser efetuada com a


presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.

§ 2º A aprovação da matéria em discussão, com as exceções dos parágrafos seguintes,

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dependerá de voto favorável da maioria dos Vereadores presente à sessão.

§ 3º Dependerão de voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara a


aprovação e as alterações das seguintes matérias:

I - Estatuto dos servidores municipais;

II - Criação de cargos e aumento de vencimento dos servidores;

III - Regimento Interno da Câmara ;

IV - Preservação do patrimônio histórico;

VI - Abertura de créditos adicionais ou especiais;

VII - Rejeição de veto;

VIII - Das conclusões das comissões especiais de inquérito;

IX - Julgamento do Prefeito ou de Vereadores:

§ 4º Dependerão de voto favorável de dois terços (2/3) dos membros da Câmara a


aprovação e as alterações das seguintes matérias:

I - Plano Diretor;

II - Zoneamento urbano;

III - Concessão de serviço público;

IV - Alienação de bens imóveis;

V - Desafetação de bens públicos de uso comum;

VI - Concessão de direito real de uso;

VII - Aquisição de bens imóveis por doação, com encargos;

VIII - Denominação e alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

IX - Obtenção de empréstimos e financiamentos junto a instituição pública e particular;

X - Realização de sessão secreta;

XI - Aprovação de representação representando a alteração do nome do Município;

XII - Destituição de componentes da Mesa;

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XIII - Código de Postura;

XIV - Código Tributário;

XV - Código de Obras ou de Edificações;

XVI - Parcelamento do solo urbano;

XVII - Criação de Direitos ou Zonas Industriais;

XVIII - Convênios, consórcios, acordos ou outros ajustes;

XIX - Isenções ou anistia fiscais e remissão de dividas;

XX - Rejeição do parecer do Tribunal de Contas;

XXI - Concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou homenagem;

§ 5º O Presidente da Câmara ou seu substituto só votará;

I - na eleição da Mesa;

II - nas matérias dependentes do voto favorável de dois terços (2/3) da maioria absoluta
dos membros da Câmara para aprovação ou rejeição;

III - no caso de empate em qualquer votação no Plenário.

§ 6º O voto será sempre público nas deliberações da Câmara, salvo disposição em


contrário da Legislação Federal.

SEÇÃO XI
DOS VEREADORES

Art. 78 Os Vereadores são invioláveis no exercício do mandato e na circunscrição do


Município, por suas opiniões, palavras e votos.

Art. 79 É vedado ao Vereador:

I - desde a expedição do diploma do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, com suas autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista ou com suas empresas concessionárias de
serviços públicos, salvo quando o contrato obedecer cláusulas uniformes;
b) aceitar cargo, emprego ou função, no âmbito da administração públicos direta ou indireta
do Município, salvo mediante aprovação em concurso público.

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II - desde a posse:

a) ocupar cargo, função ou emprego na administração pública direta ou indireta do


Município, de que seja livremente exonerado, salvo o Cargo de Secretário Municipal;
b) exercer outro cargo eletivo Federal, Estadual ou Municipal;
c) ser proprietário ou diretor da empresa que goze de favor decorrente de contrato com
pessoa jurídica de direito público do Município ou nela exercer função remunerada;
d) patrocinar causa junto ao Município em que seja interessada qualquer das entidades a
que se refere a alínea "a", do inciso I, deste artigo.

Art. 80 Perderá o mandato o Vereador que:

I - Infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - Tiver procedimento incompatível com o decoro parlamentar ou atentório às instituições


vigentes;

III - Utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade


administrativa;

IV - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa anual, à Terça parte das sessões
ordinárias da Câmara, salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada pela
Edilidade;

V - fixar residência fora do município;

VI - perder ou tiver suspenso os direitos políticos;

VII - sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1º A perda do mandato do Vereador será declarada:

I - Pela Câmara, nos casos dos incisos I, II e VII, por voto secreto e maioria absoluta,
mediante provocação da mesa ou de partido político representado na Câmara, assegurada
ampla defesa;

II - Pela Mesa da Câmara, nos casos previstos nos incisos III e VI, de ofício ou mediante
provocação de qualquer Vereador ou de partido político representado na Câmara,
assegurada ampla defesa.

§ 2º O processo de perda de mandato será estabelecido pelo Regimento Interno da


Câmara.

Art. 81 O Vereador poderá licenciar-se:

I - por motivo de doença;

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II - para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não
ultrapasse sessenta (60) dias por sessão legislativa;

III - para desempenhar missões temporárias, de caráter cultural ou de interesse do


Município;

IV - tratando-se de Vereadora, aplica-se o disposto no inciso II do parágrafo único do artigo


112 desta lei.

§ 1º O Vereador investindo no cargo de Secretário Municipal será considerado


automaticamente licenciado, na forma da letra "a", do artigo 76 desta Lei.

§ 2º Nos casos dos incisos I e III, deste artigo, não será concedida sem prejuízo da
remuneração do vereador.

§ 3º A licença referida no inciso II, deste artigo, não será inferior a trinta (30) dias, e o
Vereador não poderá reassumir o exercício do mandato antes do término da licença.

§ 4º Poderão ser abonadas em cada sessão legislativa, com direito a remuneração, até seis
(6) faltas, por motivo de doença desde que devidamente comprovadas por atestado
médico, que deverá ser entregue à Mesa da Câmara até a abertura sessão em que ocorrer
a falta.

§ 5º No caso do § 1º deste artigo, o Vereador poderá optar pela remuneração do mandato.

§ 6º Independente de requerimento, considerar-se-á como licenciado sem remuneração, o


Vereador que não comparecer às sessões, privado temporariamente, de sua liberdade, em
virtude de processo criminal em curso.

Art. 82 (**) No caso de vaga ou licença será convocado o suplente de Vereador, que
deverá tomar posse no prazo de cinco(5) dias, contados da convocação, salvo motivo justo
aceito pela Câmara, que fixará o prazo da prorrogação.

§ 1º Enquanto não preenchida a vaga o "quorum" será calculado em função dos


Vereadores remanescentes.

§ 2º Se o suplente se achar presente na mesma sessão em que for concedida a licença,


poderá assumir as suas funções independentemente de qualquer formalidade, por
convocação do Presidente da Câmara, que será obrigatória .

** Ver Lei nº 908/96 de 17.05.96

Art. 82 A -O vereador ocupante de cargo efetivo da Administração Direta e Fundações do


Município de Porto Belo, tem direito a licença para desempenho de mandato de vereador,

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sem remuneração, para o exercício do mandato. (Redação acrescida pela Lei


Complementar nº 46/2013)

SEÇÃO XII
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 83 O processo legislativo municipal compreende a elaboração de:

I - Leis Complementares;

II - Leis Ordinárias;

III - Resoluções;

IV - Decretos - Legislativos.

Parágrafo Único - A lei disporá sobre a apresentação e material e formal dos atos
normativos e municipais, para que guarde similaridade com os atos Federais e Estaduais.

Art. 84 Esta Lei disporá material e formal dos atos normativos municipais, para que guarde
similaridade com os atos federais e estaduais.

I - de um terço (1/3), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito municipal;

III - da iniciativa popular, subscrita no mínimo, por cinco por cento (5%) do total de eleitores
inscritos no Município.

§ 1º As propostas apresentadas através de iniciativa popular terão inscrição prioritária na


Ordem do dia da Câmara municipal, devendo obrigatoriamente ser apresentadas em
regime de urgência;

§ 2º Fica garantido o acesso das organizações patrocinadoras da iniciativa popular, ao


plenário da Câmara Municipal, com direito a voz, durante a discussão da proposta,
conforme art.70 desta lei.

§ 3º O projeto de alteração será discutido e votado em dois turnos, com interstício mínimo
de dez (10) dias, considerando-se aprovado se obtiver, em ambas as votações, o voto
favorável de dois (2/3) dos membros da Câmara;

§ 4º Esta Lei Complementar não poderá ser alterada na vigência do estado de sitio ou de
intervenção ao Município;

§ 5º As alterações a esta Lei Complementar serão promulgadas pela Mesa da Câmara,


com o respectivo número de ordem.

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§ 6º A matéria constante de emenda rejeitada ou havida por prejudicada, não poderá ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Art. 85 A iniciativa dos projetos de lei cabe:

I - a qualquer Vereador;

II - ao Prefeito Municipal;

III - à iniciativa popular;

Parágrafo Único - No caso do inciso III, deste Artigo, a proposta deve vir assinada, no
mínimo, por cinco por cento (5%) dos eleitores inscritos no Município, salvo se a iniciativa
for de competência exclusiva do Prefeito, quando não caberá a proposta.

Art. 85-A Todo projeto de lei de iniciativa do Poder Legislativo, Executivo ou mesmo de
iniciativa popular, independentemente de sua natureza, quando tratar de matéria cujo
interesse diga respeito a qualquer entidade, deverá vir acompanhado de parecer desta, sob
pena de não ser submetido a apreciação do Plenário até a manifestação da entidade
interessada, sendo o parecer requisito indispensável para a inserção do Projeto na Ordem
do Dia.

Parágrafo Único - Conceitua-se entidade para fins do disposto no caput deste artigo,
Conselhos Municipais, Fundações, Associações, Sindicato dos Servidores Públicos e
demais pessoas jurídicas que sejam previamente reconhecidas pela Mesa Diretora como
legitimadas à emissão de opiniões quanto a matérias constante de Projeto de Lei.(Artigo
acrescentado pela Lei Complementar nº 19, de 06 de fevereiro de 2008)

Art. 86 Com exceção das alterações desta Lei Complementar que serão por outras
alteradas, as demais constituir-se-ão em Leis Ordinárias.

Art. 87 As Resoluções e Decretos-Legislativos são de competência exclusiva da Câmara


Municipal, que as disciplinará em seu Regimento Interno, cuja elaboração e redação serão
feitas com observância das mesmas técnicas da Lei.

Art. 88 Terão forma de Decreto-Legislativo ou de Resolução as Deliberações da Câmara


tomadas em Plenário e que independem de sanção do Prefeito. Neste caso, com a votação
final considera-se encerrada a elaboração do ato legislativo que será promulgado pelo
Presidente da Câmara.

§ 1º Destinam-se os Decretos-Legislativos a regular as matérias de exclusiva competência


da Câmara, que tenham efeito externo, tais como:

I - concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo ou ausentar-se do Município,


salvo quando em férias regulamentares;

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II - aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as contas do Prefeito e da Mesa da


Câmara, proferido pelo órgão Estadual competente;

III - fixarão dos subsídios do Prefeito e dos Vereadores;

IV - mudança de local de funcionamento da Câmara Municipal;

V - perda do mandato do Prefeito, na forma da prevista em lei;

VI - aprovação de convênios, consórcios, acordos e outros ajustes de que for parte o


Município. (Inciso VI declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 2013.042871-0)

§ 2º Destinam-se as Resoluções a regulamentar matéria de caráter político ou


administrativo, de sua economia interna, sobre a qual deva a Câmara pronunciar-se em
casos concretos, tais como:

I - perda do mandato do Vereador;

II - concessão de licença a Vereador para desempenhar missão temporária de caráter


cultural ou de interesse do Município;

III - criação de comissão especial, de inquérito ou mista;

IV - conclusões de comissão de inquérito;

V - qualquer matéria de natureza regimental;

VI - todo e qualquer assunto de sua economia interna, de caráter geral ou normativo, que
não compreenda nos limites dos simples atos administrativos;

VII - concessão de título de cidadão honorário e qualquer outra honraria.

Art. 89 As deliberações da Câmara sofrerão duas discussões, com interstício mínimo de


vinte e quatro horas, executando-se as moções, as indicações e os requerimentos, que
sofrerão uma única discussão, além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica.

Art. 90 São de iniciativa exclusiva do Prefeito os Projetos de Lei que disponham sobre:

I - criação, transformação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos, na


administração direta e indireta, bem como a fixação e aumento da remuneração;

II - servidores públicos municipais, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade


e aposentadoria;

III - criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e demais órgãos e


entidades da administração pública;

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IV - abertura de crédito, concessão de auxílios, prêmios e subvenções;

V - plano plurianual, diretrizes orçamentarias e orçamentos anuais.

Art. 91 O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 1º Se a Câmara Municipal não deliberar em até 45 (quarenta e cinco) dias, o projeto será
incluído automaticamente na Ordem do Dia até que se ultime a sua votação.

§ 2º O prazo referido do § 1º deste artigo não corre no período de recesso da Câmara.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica aos Projetos de Lei Complementar.

Art. 92 Aprovado o Projeto de Lei será este enviado ao Prefeito que, aquiescendo, o
sancionará.

§ 1º O Prefeito, considerando o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário


ao interesse público vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis,
contados da data do recebimento.

§ 2º Vetado o projeto, o Prefeito, dentro de 48 (quarenta e oito) horas após transcorrido o


prazo do § 1º, comunicará á Câmara Municipal as razões do veto.

§ 3º A precessão do veto pela Câmara Municipal será no prazo de 30 (trinta) dias a contar
de seu recebimento, em uma só discussão e votação, com ou seu parecer, e considerado
rejeitado se obtiver o voto contrário da maioria absoluta dos membros da Câmara.

§ 4º Rejeitado o veto, será o projeto devolvido ao Prefeito para que o promulgue no prazo
de 48 (quarenta e oito) horas, e não o fazendo, caberá essa medida ao Presidente da
Câmara, em igual prazo, e na negativa desde, ao Vice-Presidente.

§ 5º O veto parcial só poderá incidir sobre o texto integral de artigo, parágrafo, inciso e
alínea.

§ 6º Decorrido o prazo do § 1º, deste artigo, e não havendo ao projeto, este será
considerado sancionado, e sua promulgação obrigatória pelo presidente da Câmara.

Art. 93 Ressalvados os projetos de iniciativa exclusiva, a maioria constante de projeto de


lei rejeitado somente poderá ser renovado, na mesma sessão legislativa, mediante
proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 94 Não será admitido aumento da despes a prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvados o disposto no Art. 130 §§ 1º


e 2º:

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II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos na Câmara.

III - para o controle dessa vedação, os projetos deverão ser encaminhados à Câmara
acompanhados de demonstrativos que permitam aferir sua expressão financeira.

A iniciativa das Leis Complementares cabe a 1/3(um terço) dos membros da


Art. 95
Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos na forma prevista nesta Lei Orgânica.

§ 1º No caso de proposta subscrita por eleitores esta deverá ser acompanhada dos dados
identificadores do título eleitoral.

§ 2º Não será objeto de deliberação a emenda tendente a abolir:

I - o voto direto, secreto, universal e periódico;

II - os direitos e garantias individuais, inclusive as formas de exercício soberania popular


prevista nesta Lei Orgânica;

IV - a autonomia e a soberania municipal.

§ 3º a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havia por prejudicada,


somente poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa se subscrita por
2/3(dois terços) dos Vereadores ou por 10% (dez por cento) do eleitorado do Município.

Art. 96A iniciativa das Leis Ordinárias cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara,
ao Prefeito e aos cidadãos, na forma da Lei Orgânica.

§ 1º São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham sobre:

I - criação de cargos e funções na administração direta, autárquica e fundacional, ou


aumento de sua remuneração;

II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamento anual;

III - servidores públicos municipais, seu regime jurídico, provimento de cargos, e


aposentadorias;

IV - criação, estruturação e atribuições das Secretarias Municipais e demais órgãos e


entidades da administração pública.

§ 2º a iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara de projeto de lei de
interesse específico do Município, da cidade ou de bairro, subscrito por pelo menos 5%
(cinco por cento) do eleitorado do Município, respeitando a determinação do § 1º do artigo
95 desta Lei.

Art. 97 As Leis Complementares serão aprovadas por, no mínimo (2/3) dois terços dos

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membros da Câmara.

Art. 98 Nos casos de calamidade pública, para atender situações de relevância e urgência
dela decorrentes, o Prefeito poderá adotar medidas provisórias com força da Lei, devendo
submetê-las de imediato à Câmara, que estando em recesso será convocada
extraordinariamente, no prazo de cinco (5) dias.

Parágrafo Único - As medidas provisórias perderão eficácia desde a edição, se não forem
convertidas em Lei no prazo de trinta (30) dias a partir de sua publicação, devendo a
Câmara disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.

SEÇÃO XIII
DA FISCALIZAÇÀO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 99 A fiscalizaçào contábil, financeira e orçamentaria operacional e patrimonial do


Município e dos órgãos e entidades da administração pública, quanto legalidade.
Legitimidade, economicidade, aplicação das subvenção e renuncias de receitas, será
exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle
interno de cada Poder.

Parágrafo Único - Prestará conta qualquer pessoa física ou entidade pública ou privada que
utiliza, arrecada, guarda, gerência ou administra dinheiro, bens e valores públicos ou pelos
quais o Município responde, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza
pecuniária.

Art. 100 O controle externo, a cargo da Câmara Municipal será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado do, ao qual serão oferecidos as condições e os elementos
necessários para:

I - emitir parecer prévio sobre as contas que o Prefeito deve prestar anualmente, nelas
incluídas a da Câmara;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiro, bens e


valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades
instituídas e mantidas pelo Município, e as contas daqueles que derem causa a perda,
extravio ou irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;

III - apreciar para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as funções instituídas e mantidas pelo
Município, efetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a
das concessões de aposentadorias e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterarem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar por iniciativa própria, da Câmara ou de comissões técnica ou de inquérito,


inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentaria, operacional e
patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes legislativo e Executivo, e demais

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entidades mencionadas no inciso II deste artigo;

V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado mediante


convênio, acordo, ajuste ou instrumento congênere;

VI - prestar informações solicitadas pela Câmara Municipal, ou por qualquer de suas


comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial e sobre
resultado de auditorias e inspeções realizadas;

VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de


contas, as sanções previstas em Lei, que estabelecerá, entre outras cominações, multa
proporcional ao dano causado ao erário;

VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao
exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

IX - sustar se não atendido a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à


Câmara Municipal;

X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados;

§ 1º No caso de contrato, o ato de sustentação será adotado diretamente pela Câmara


Municipal, que, aplicará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis;

§ 2º Se a Câmara Municipal ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar


as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal de Contas do Estado decidirá a
respeito.

§ 3º As decisões do Tribunal de Contas do Estado de que resulte imputação de débito ou de


multa, terão eficácia de título executivo e serão encaminhadas à Procuradoria Geral do
Município.

Art. 101 A Comissão de finanças públicas, diante de indícios de despesas não autorizadas,
ainda que sobre a forma de investimentos não programados ou de subsídios não
aprovados, poderá solicitar a autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco
dias, preste os esclarecimentos necessários.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos ou considerados estes insuficientes, a Comissão


solicitará ao Tribunal de Contas que se pronuncie conclusivamente.

§ 2º Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão se julgar que o gasto possa


causar dano irreparável ou grave lesão a economia pública, proporá a Câmara sua
sustação.

Art. 102 As contas do Município, serão encaminhadas pelo Prefeito à Câmara e ao


Tribunal de Contas do estado até o dia 31 de março.

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Parágrafo Único - As contas da Câmara serão encaminhadas pela Mesa ao Prefeito até o
dia 28 de fevereiro.

Art. 103 A Via das contas do Município encaminhadas a Câmara ficará na Comissão de
finanças públicas, durante sessenta dias, a disposição de qualquer contribuinte, para
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade.

§ 1º A Mesa da Câmara divulgará, por edital, no órgão oficial, do Município ou naquele que
assim considerado for, a data a partir da qual as contas do Município estarão a disposição
do contribuinte para exame e apreciação.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legitima para, na


forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade perante o Tribunal de Contas da União,
do Estado e à Câmara Municipal.

Capítulo III
DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I
DO PREFEITO E DO VICE- PREFEITO

Art. 104O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelos Secretários
Municipais e Diretores, e os responsáveis pelos órgãos da administração direta e indireta.

Parágrafo Único - É assegurada a participação popular nas decisões nas decisões da


administração pública municipal.

Art. 105 As entidades e movimentos da sociedade civil poderão requerer ao executivo ou


legislativo, conforme o caso, a realização de audiências pública para prestar
esclarecimento sobre projetos, obras ou outras matérias de interesse social.

§ 1º Fica o Executivo ou o Legislativo, conforme o caso, obrigado a realizar a audiência


pública no prazo de trinta (30) dias a contar da data de entrega do requerimento.

§ 2º A documentação relativa ao assunto da audiência, ficará à disposição das entidades e


movimentos da sociedade civil, a contar de dez (10) dias da data da entrega do
requerimento.

Art. 106 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato de quatro anos, se fará até
noventa dias antes do término do mandato dos que devam suceder, mediante pleito direto
e simultâneo realizado em todo país, atendidas as condições das legislação eleitoral.

§ 1º A eleição do Prefeito importa a do Vice-Prefeito com ele registrado.

§ 2º Se o Município tiver mais de duzentos mil (200.000) eleitores na eleição de Prefeito

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será observado o disposto no Artigo 77 §§ 2º e 5º da Constituição Federal.

O Prefeito e o Vice-Prefeito, tomarão posse em Sessão da Câmara Municipal, no


Art. 107
dia Primeiro de janeiro do ano subsequente ao da eleição, prestando o compromisso de
manter, defender e cumprir a Constituição Federal, a Constituição Estadual e esta Lei
Orgânica, observar as leis, promover o bem geral e sustentar a autonomia do Município.

§ 1º Se decorridos dez (10) dias da data da posse, o Prefeito ou o Vice-Prefeito salvo


motivo justificado e aceito pela Câmara, não tiver assumido o cargo, este será declarado
vago pela Mesa da Câmara, e enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-
Prefeito e, na falta ou impedimento deste, o Presidente da Câmara.

§ 2º No ato da posse, o Prefeito deverá desincompatibilizar-se e, na mesma ocasião e ao


término do mandato, fará declaração pública de bens, que será publicada no órgão oficial
do Município, e transcrita em livro próprio, que ficará sob a guarda do Legislativo.

§ 3º O Vice-Prefeito, quando remunerado, desincompatibilizar-se-á e fará declaração


pública de bens no ato da posse, e quando não, ao assumir pela primeira vez o exercício o
cargo.

Art. 108 Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á na vaga, o Vice-


Prefeito.

Parágrafo Único - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem atribuídas por
lei, auxiliará o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais, nestas
incluídas a investidura e cargo de Secretário Municipal.

Art. 109 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou vacância dos


respectivos cargos, será chamado ao exercício do cargo de Prefeito o Presidente da
Câmara Municipal.

Art. 110Vagando os cargos de Prefeito e de Vice-Prefeito, far-se-á eleição noventa dias


depois da abertura da última vaga.

§ 1º Ocorrente a vacância nos últimos dois anos do período governamental, a eleição para
ambos os cargos será feita trinta (30) dias depois de aberta a última vaga, pela Câmara
Municipal, por voto secreto e maioria absoluta.

§ 2º Se no primeiro escrutínio, nenhum candidato obtiver essa maioria, a eleição em


segundo escrutínio, por maioria relativa, considerando-se eleito o mais idoso, em caso de
empate.

§ 3º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

Art. 111O Prefeito e o Vice-Prefeito residirão no Município e não poderão dele se ausentar
por mais de sete (7) dias, quando em território nacional, e por qualquer período quando fora
dele, sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda de cargo. (Expressão "e não

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poderão dele se ausentar por mais de sete (7) dias, quando em território nacional, e por
qualquer período quando fora dele, sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda
de cargo" declarada inconstitucional, conforme ADIN nº 2013.042873-4)

Art. 112 O Prefeito poderá licenciar-se:

I - Quando em serviço ou em missão de representação do município;

II - Quando impossibilitado para o exercício do cargo, por motivo de doença, devidamente


comprovada ou em licença gestante;

§ 1º No caso do inciso I, o pedido de licença amplamente, as razões da viagem, o roteiro e


a previsão dos gastos, e deverá ser aprovado.

§ 2º O Prefeito licenciado, nos casos dos incisos I e II receberá a remuneração integral.

Art. 113Os substitutos legais do prefeito não poderão se recusar a substituí-lo, sob pena
de extinção de seus mandatos de Vice-Prefeito ou de Presidente da Câmara, conforme o
caso.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 114 São atribuições privativas do Prefeito:

I - exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção superior da Administração


Municipal;

II - iniciar o Processo Legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

III - sancionar, promulgar e fazer as Leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
as sua fiel execução;

IV - dispor sobre a organização e funcionamento da Administração Municipal, na forma da


Lei;

V - vetar Projetos de Lei, total ou parcialmente;

VI - nomear e exonerar os Secretários Municipais;

VII - prestar anualmente, à Câmara Municipal, até trinta e um (31) de março, as contas
referentes ao exercício anterior;

VIII - encaminhar ao Poder Legislativo, para exame, até o último dia do mês subsequente
ao encerramento dos mesmos, os balancetes mensais da Prefeitura Municipal, que
deverão trazer em acostado, uma via de todos os documentos remetidos ao Tribunal de

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Contas do Estado;

IX - remeter mensagem e plano de governo à Câmara Municipal por ocasião da abertura da


sessão legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar
necessárias;

X - ministrar, por escrito, as informações e esclarecimentos que lhe forem solicitados pela
Câmara Municipal, no prazo máximo de quinze dias; observados as condições e princípios
do Artigo 23 §§ 1º e 2º desta Lei Orgânica;

XI - realizar operação de crédito e financiamento, mediante prévia e específica autorização


da Câmara Municipal;

XII - celebrar convênios, acordos, consórcios e outros ajustes de interesse do Município,


"ad referendum" da Câmara Municipal; (Inciso XII declarado Inconstitucional conforme
ADIN nº 2013.042871-0)

XIII - promover desapropriação, na forma da Lei;

XIV - prover os cargos e funções do Poder Executivo;

XV - Enviar à Câmara Municipal o Plano Plurianual, o Projeto de Lei de diretrizes


orçamentarias e as propostas de orçamento previstos nesta Lei Orgânica;

XVI - Editar Medidas Provisórias com força de Lei nos termos do Artigo 98 desta Lei
Orgânica.

Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar as atribuições mencionadas no inciso IV e as


relativas ao provimento de cargos e funções, aos Secretários Municipais, que observarão
os limites traçados nas respectivas delegações.

SEÇÃO III
DAS RESPONSABILIDADES DO PREFEITO

Art. 115(***) São crimes de responsabilidade os atos do Prefeito Municipal que atentarem
contra a Constituição Federal, contra a Constituição Estadual, contra esta Lei Orgânica e
especialmente contra:

I - A existência da União, Estado ou Município;

II - O livre exercício do Poder Legislativo;

III - O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - A segurança interna do Estado e do Município;

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V - A probidade na administração pública;

VI - A Lei Orçamentaria;

VII - O cumprimento das leis e das decisões jurídicas;

VIII - O livre funcionamento dos Conselhos Municipais;

§ 1º A Câmara Municipal, ao tomar conhecimento de qualquer ato do prefeito que possa


configurar crime comum ou de responsabilidade, nomeará comissão especial para oferecer,
no prazo de 30 (trinta) dias, sobre os fatos, relatório ao plenário, que decidirá sobre a
conveniência ou não de encaminhá-lo ao Procurador Geral da Justiça, para as providências
cabíveis.

§ 2º Nas infrações político-administrativas, o Prefeito será julgado pela Câmara,


assegurada ampla defesa, que o absolverá ou condenará, neste caso, por maioria absoluta
de votos e com a decretação da perda do mandato.

SEÇÃO IV
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 116Os secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e
um anos e no exercício dos direitos políticos.

Parágrafo Único - Compete ao secretário municipal, além de outras atribuições


estabelecidas em Lei:

I - Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da


Administração Municipal na área de sua competência;

II - Referendar os Decretos e atos assinados pelo Prefeito;

III - Expedir instruções para a execução das Leis, Decretos e Regulamentos;

IV - Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Prefeito;

V - Comparecer a Câmara Municipal ou a qualquer de suas Comissões, quando convocado


ou por iniciativa própria, neste caso mediante entendimento com a mesa da Câmara, para
expor assuntos de relevância de sua gestão na Secretaria.

VI - Apresentar ao Prefeito, relatório anual de sua gestão na Secretaria.

Art. 117 São crimes de responsabilidade dos Secretários Municipais os referidos no


Art.115 desta Lei Orgânica, os demais nela previsto entre os quais se inclui o não
comparecimento, sem justa causa, à Câmara Municipal, quando convocado.

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SEÇÃO V
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO

Art. 118 A Procuradoria Geral do Município é a instituição que representa o Município


judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da Lei que dispuser sobre sua
organização e funcionamento, as atividades de consultoria e acessoramento jurídico do
Poder Executivo.

§ 1º A Procuradoria Geral tem por chefe o Procurador Geral do Município, de livre


nomeação pelo Prefeito dentre cidadãos, advogados, de reconhecido saber jurídico e
reputação ilibada;

§ 2º O ingresso na carreira de Procurador do Município depende de concurso de Provas e


Títulos.

TÍTULO V
DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 119 Cabe à Lei Complementar, observadas as normas gerais de direito financeiro
fixado pela União e, no que couber pelo estado, dispor sobre:

I - a vigência, os prazos, a elaboração e organização do Plano Plurianual, da Lei de


Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária anual;

II - o exercício financeiro;

III - as normas de gestão financeira e patrimonial da administração pública;

IV - condições para a instituição e o funcionamento de fundos;

V - a dívida pública municipal, externa e interna, atendida a competência do Senado


Federal;

VI - concessão de garantias a entidades da administração indireta ;

VII - operações de Câmbio realizados pelo Município.

§ 1º ressalvadas as de antecipação de receitas, nenhuma operação de crédito poderá ser


contratada por órgão ou entidade de administração direta, autárquica ou Fundacional, sem
prévia e específica autorização;

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§ 2º A lei que autoriza operação de crédito cuja liquidação ocorra em exercício financeiro
subsequente deverá dispor sobre os valores que devam ser incluídos nos orçamentos
anuais, para os respectivos serviços de juros, amortização e resgate, durante o prazo para
sua liquidação.

Art. 120 A disponibilidade financeira dos órgãos e entidades da administração pública


serão depositadas em instituições financeiras no Município e somente através delas poderá
ser aplicadas.

Parágrafo Único - A lei poderá executar depósitos e aplicações dessa obrigatoriedade,


quando o interesse público recomendar.

Art. 121 As dívidas dos órgãos e entidades da administração pública independentemente


de sua natureza, quando inadimplidas serão monetariamente atualizadas, apartir do dia de
seu vencimento e até o de sua liquidação, segundo os mesmos critérios adotados para a
atualização de obrigações tributárias.

Parágrafo Único - Essa disposição não se aplica a operação de crédito contratadas com
instituições financeiras.

Art. 122 Os preços públicos pela utilização de bens, serviços e atividades municipais,
fixadas pelo Prefeito mediante Decreto deverão cobrir os custos ou acompanhar os valores
de mercado, conforme o caso, salvo disposição de lei em contrário.

Art. 123A despesa com pessoal ativo e inativo do município não poderá exercer os limites
estabelecidos em Lei Complementar Federal.

Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a


criação de cargos ou a alteração da estrutura de carreiras e a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração pública só poderão ser feitas:

I - se houver Dotação Orçamentária suficiente para atender as projeções da despesa de


pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e sociedades de economia mista.

Art. 124 Os recursos correspondentes às Dotações Orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ão entregues
até o dia 20 (vinte) de cada mês.

Art. 125 O Poder Executivo publicará até o último dia do mês subsequente ao da
arrecadação os montantes de cada um dos tributos arrecadados e os recursos recebidos.

Capítulo II
DOS ORÇAMENTOS

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Art. 126 Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - O Plano Plurianual;

II - As Diretrizes Orçamentárias;

III - Os Orçamentos Anuais.

Art. 127A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá por região administrativa, ou
bairro, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de
capital e outras delas decorrentes, e para as relativas ao programas de duração
continuada.

Parágrafo Único - Os planos e programas municipais e setoriais serão elaborados em


consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.

Art. 128 A Lei de Diretrizes Orçamentárias:

I - Compreenderá as metas e prioridades da administração pública, incluindo as despesas


de capital, para o exercício financeiro subsequente;

II - Orientará a elaboração da Lei Orçamentária anual;

III - Disporá sobre as alterações na legislação tributária.

Art. 129 A Lei Orçamentária Anual compreenderá:

I - O orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executivo, seus fundos, órgãos e
entidades da administração pública:

II - O orçamento de investimentos das empresas cujo controle seja, direta ou indiretamente,


detido pelo Município;

III - O orçamento da seguridade social municipal;

§ 1º A Lei Orçamentária, não poderá conter estranha a previsão de receita e à fixação de


despesa exceto para autorizar:

I - a abertura de créditos suplementares, até o limite de 1/4 (um quarto) do montante das
respectivas dotações orçamentárias;

II - a contratação de operações de créditos, ainda que por antecipação de receita, nos


termos da lei.

Art. 130 Os Projetos de Leis relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes Orçamentárias, ao

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Orçamento Anual e aos Créditos Adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal na
forma do Regimento Interno, cabendo à comissão de Finanças Públicas, sem prejuízo da
atuação das demais comissões, examinar e emitir parecer sobre projetos e sobre os planos
e programas municipais e setoriais.

§ 1º As emendas ao Projetos serão apresentados à Comissão de Finanças Públicas, que


sobre elas emitirá parecer sobre sua constitucionalidade, legalidade e mérito.

§ 2º As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias não poderão ser aprovadas


quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 3º As emendas ao Projeto de Lei do orçamento Anual ou aos Projetos que o modifiquem,


somente podem ser acolhidas caso:

I - Sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias;

II - Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesas, excluídas as que incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos e o
serviço da dívida pública;

III - Sejam relacionadas com correções de erros ou omissões ou com dispositivos de texto
do projeto;

§ 4º O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara, propondo a modificação desses


projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão de Finanças Públicas da parte cuja
alteração é proposta.

§ 5º Aplicam-se a esses projetos as demais normas do processo legislativo.

§ 6º Os recursos que por decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei


Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares com prévia e específica
autorização legislativa.

Art. 131 É vedado:

I - Iniciar programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;

II - Iniciar, sob pena de crime de responsabilidade, investimento cuja execução ultrapasse


um exercício financeiro sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a
inclusão;

III - Realizar despesas ou assumir obrigações diretas que excedam créditos orçamentários
ou adicionais;

IV - Realizar operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital,


ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade

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precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;

V - Vincular receitas e impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a destinação de


recursos para a manutenção e o desenvolvimento de ensino e a prestação garantias às
operações de crédito por antecipação de receita;

VI - Abrir crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem a


indicação dos recursos correspondentes;

VII - Transpor, remanejar ou transferir recursos de uma categoria de programação para


outra, ou de um órgão para outro sem prévia autorização legislativa;

VIII - Conceder ou utilizar créditos ilimitados;

IX - Utilizar, sem autorização legislativa específica recursos dos orçamentos fiscais e de


seguridade social, para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações ou
fundos;

X - Instituir fundos de qualquer natureza sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


foram autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
de exercício, caso em que, reabertos no limites de seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 2º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender as despesas


imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade
pública, observado o disposto no Artigo 98.

Capítulo III
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 132 O Município tem competência, para instituir os seguintes tributos:

I - Impostos;

II - Taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial,


de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua
disposição;

III - Contribuição de melhoria, decorrentes de obras públicas.

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§ 1º A função social dos tributos constitui princípio a ser observado na legislação que sobre
eles dispuser.

§ 2º A administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de


competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, nos termos
da Lei.

§ 3º As taxas não poderão ser cobradas em valor superior ao custo de seus fatos
geradores, e também não poderão ter base de cálculo próprio de impostos instituídos pela
mesma pessoa ou por outra de direito público.

§ 4º A Lei poderá determinar a atualização monetárias dos tributos, desde a data da


ocorrência do fato gerador até a do pagamento.

Art. 133 O Município poderá instituir contribuição cobradas de seus servidores, para o
custeio, em benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social.

Parágrafo Único - As contribuições do sistema Municipal de previdência social, só poderá


ser exigidas depois de decorridos noventa (90) dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou aumentado, não se lhes aplicando o disposto no inciso III, "b" do Artigo
135 .

Art. 134A Legislação Tributária observará o disposto em Lei Complementar Federal no


tocante a:

I - conflitos de competência, em matéria tributária, entre pessoas de direito público;

II - limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - definição de tributos e de suas espécies, bem como em relação aos impostos
constitucionalmente discriminados, dos respectivos fatos geradores, base de cálculo e
contribuintes;

IV - obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributária;

V - adequado tratamento tributário ao ato praticado por sociedades cooperativas.

Art. 135 Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedada ao


Município:

I - exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça;

II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação


equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por
elas exercidas independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;

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III - cobrar títulos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou
aumentou;

IV - utilizar tributos com efeito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou de bens por meio de tributos


intermunicipais, excluída a cobrança de preço.

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviço do Estado e da União;


b) templos de qualquer culto religioso;
c) patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, inclusive sua fundações, entidades
sindicais dos trabalhadores, das associações comunitárias e, atendidos os requisitos da lei,
de instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;

VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão
de sua procedência ou destino;

§ 1º A vedação do inciso VI "a", é extensiva as autarquias e às fundações instituídas e


mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços
vinculados as suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

§ 2º As vedações do inciso VI "a" e do parágrafo anterior não aplicam ao patrimônio, à


renda e aos serviços relacionados com a exploração de atividades econômicas regidas
pelas normas aplicáveis a empreendimento privados, ou em que haja contra prestação ou
pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exoneram o promitente comprador da
obrigação de pagar o imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 3º As vedações do inciso VI alíneas "b" e "c" compreendem somente o patrimônio, a


renda de serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.

§ 4º Somente a Lei poderá conceder isenção, redução de alíquota ou base de cálculos,


anistia, remissão e outros incentivos e benefícios fiscais.

Art. 136 Compete ao Município instituir imposto sobre:

I - propriedade predial e territorial urbano;

II - transmissão "inter-vivos", a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis, por

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natureza ou acessão fiscal e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
como cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza definidos em Lei Complementar, exceto o de transporte


interestadual e intermunicipal e de comunicação;

§ 1º A lei poderá estabelecer a progressividade do imposto no inciso I, com vistas a garantir


a função social da propriedade;

§ 2º O imposto referido no inciso II:

I - é devido sobre os bens situados em seu território;

II - não incide sobre a transmissão de bens ou de direitos, incorporados ao patrimônio de


pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de seus direitos
decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa Jurídica, salvo se, nesses
casos, a atividade preponderante for a compra e venda desses bens ou direitos, a locação
de bens imóveis ou arrendamento mercantil;

§ 3º o imposto referido no inciso III, não exclui a audiência do imposto previsto no Artigo
129, I, "b" da Constituição Estadual, sobre a mesma operação.

§ 4º Cabe a Lei Complementar Federal:

I - fixar as alíquotas máximas dos Impostos referidos nos incisos III e IV;

II - excluir da incidência do imposto referido no inciso IV, exportações de serviços para o


exterior.

TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 137 A ordem social do Município tem como base e primado do trabalho e como
objetivo o bem-estar e a justiça social.

Art. 138 As Leis que estabelecerem, a política, os planos e programas municipais de


desenvolvimento econômico e social, atenderão os princípios da Constituição Federal e da
Estadual, e serão baseados no primado do trabalho, tendo por fim assegurar a todos uma
existência digna, conforme os ditames da justiça social.

Art. 139 O Município só intervirá na exploração direta da atividade econômica por motivo
de interesse público, expressamente definido em lei.

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§ 1º As empresas públicas que exploram atividade econômica se sujeitarão ao regime


jurídico próprio da empresa privada, inclusive quanto as obrigações trabalhistas e
tributárias.

§ 2º Com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico, o Município adotará entre


outras, as seguintes providências:

I - Apoio e estimulo ao cooperativismo e outras associativas;

II - Estimulo à pesquisa científica e tecnológica;

III - Articulação e integração das ações das diferentes esferas do governo e das respectivas
entidades da administração indireta com atuação no Município, objetivando distribuição
adequadas dos recursos financeiros;

IV - tratamento jurídico diferenciado às micro-empresas de pequeno porte, aos pescadores


artesanais e aos produtores rurais que trabalha em regime de economia familiar, assim
definidos em Lei, visando a incentivá-los mediante:

a) simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e financeiras;


b) redução escalonada ou eliminação de tributos através de Lei.

Art. 140 Ao Município incube a prestação dos serviços públicos de sua competência.

§ 1º A execução poderá ser delegada, precedida de licitação, nos regimes de concessão ou


permissão.

§ 2º A delegação assegurará ao concessionário ou permissionário as condições de


prorrogação, caducidade, fiscalização e rescisão do contrato garantidas:

I - a qualidade do serviço prestado aos usuários;

II - política tarifária socialmente justa que assegure aos usuários o direito de igualdade, o
melhoramento e expansão dos serviços, a justa remuneração do capital empregado e o
equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Capítulo II
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 141 A política de desenvolvimento urbano tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes,
na forma da lei.

§ 1º O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da política


da lei.

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§ 2º A propriedade urbana cumpre suas funções sociais quando atende às exigências


fundamentais de ordenação da cidade, expressas no plano diretor.

§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização


em dinheiro.

§ 4º É facultado o Poder Público Municipal mediante Lei específica para área incluída no
Plano Diretor, exigir nos termos da lei Federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
sub-utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação mediante pagamento com títulos da dívida pública de emissão


previamente aprovado pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e juros
legais.

No estabelecimento de normas e diretrizes relativas ao desenvolvimento urbano, o


Art. 142
Município assegurará:

I - política de uso e ocupação do solo que garanta:

a) controle de expansão urbana;


b) controle de vazios urbanos;
c) proteção e recuperação do ambiente cultural;
d) manutenção de características do ambiente natural.

II - criação de área de especial interesse social, ambiental, turístico ou de utilização pública;

III - participação de entidades comunitárias na elaboração e implementação de planos,


programas e projetos e no encaminhamento de soluções para os problemas urbanos;

IV - eliminação de obstáculos arquitetônicos às pessoas portadoras de deficiência física;

V - atendimentos aos problemas decorrentes de áreas ocupadas por população de baixa


renda;

VI - a restrição à utilização de áreas de riscos geológicos;

Art. 143 A Lei estabelecerá, em conformidade com as diretrizes do Plano Diretor normas
sobre zoneamento, loteamento, parcelamento, uso e ocupação de solo, índices
urbanísticos, proteção ambiental e demais limitações administrativas pertinentes.

Art. 144Compete ao Município, de acordo com as respectivas diretrizes de


desenvolvimento urbano, a criação e a regulamentação de zonas industriais, obedecidos os

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critérios estabelecidos pelo estado, mediante Lei, e respeitadas as normas relacionadas ao


uso de ocupação do solo e meio ambiente.

As áreas ou distritos industriais serão definidos em lei, observadas as limitações e


Art. 145
dimensões dos estabelecimentos industriais tendo presente, sempre a preservação do
meio ambiente.

Art. 146 Para fixação dos distritos industriais, observar-se-á:

I - localização distantes dos centros urbanos;

II - proximidade à malha viária principal;

III - área mínima de ajardinamento, ou reservas florestais;

IV - exigência de serviços públicos necessários à infra-estrutura.

Parágrafo Único - Inexistindo serviços públicos necessários como água, energia elétrica e
demais recursos indispensáveis a implantação de industrias, não poderá o Município fixar
distrito industrial, sem prévia audiência dos órgãos responsáveis pela manutenção dos
mesmos serviços no Estado.

Capítulo III
DA PESCA

Art. 147 O Município definirá política específica para o setor pesqueiro local, em
consonância com as diretrizes dos Governos Federal e Estadual, promovendo seu
planejamento, ordenamento e desenvolvimento, enfatizando sua função de abastecimento
alimentar através da implantação de mercados de peixes nas sedes distritais, provimento
de infra-estrutura de suporte à pesca, incentivo à implantação dos sistema de informação
setorial.

§ 1º Na elaboração da política pesqueira, o Município garantirá efetiva participação da


comunidade da pesca, através de suas representações de classe.

§ 2º Incumbe ao Município criar mecanismos de proteção e preservação de áreas


ocupadas por comunidades de pescadores, assegurando seu espaço vital.

Art. 148 Cabe ao Município criar base institucional comunitária participativa, para promover
o gerenciamento pesqueiro, através da implantação do Conselho Municipal da Pesca,
constituído de representantes dos Poderes Executivo e legislativo Municipal, de instituições
ligadas à pesca, e, ao meio ambiente e das comunidades pesqueiras locais.

Parágrafo Único - O apoio à fiscalização da pesca será exercida por delegação do


Conselho, contará com apoio logístico do Executivo Municipal e será exercido por membros
do Conselho Municipal da pesca e por cidadãos escolhidos dentre aqueles indicados pelas

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comunidades pesqueiras organizadas do Município.

Art. 149 O Município poderá articular-se com o Governo Federal ou Estadual, visando a
implantação e a operação do serviço de busca e salvamento no limite do mar territorial.

Art. 150 O Município deve promover permanente adequação dos conteúdos dos currículos
escolares das comunidades relacionadas econômicas e socialmente à pesca, a sua
vivência, realidade e potencialidade pesqueira.

Capítulo IV
DA SEGURIDADE SOCIAL

SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 151O Município participará, respeitada sua autonomia e os limites de seus recursos,
das ações dos sistemas Federal ou Estadual de seguridade social.

§ 1º A proposta do orçamento anual da seguridade social será elaborada de forma


integrada pelos órgãos Municipais responsáveis pela saúde e assistência social,
observadas as metas e prioridades no Plano Plurianual e na Lei de Diretrizes
Orçamentárias, assegurada a cada área a gestão democrática de seus recursos.

§ 2º É assegurada a gestão democrática e descentralizada das ações relativas à


seguridade social civil organizada, nos termos da lei.

SEÇÃO II
DA SAÚDE

Art. 152 A Saúde é direito de todos e dever do Município, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visam a redução de risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação.

Parágrafo Único - O direito à saúde implica os seguinte princípios fundamentais:

I - trabalho digno, educação, alimentação, saneamento, moradia, meio ambiente saudável,


transporte e lazer;

II - informação sobre o risco da doença e morte, bem como a promoção e recuperação da


saúde;

III - respeito ao meio ambiente e controle da população ambiental;

IV - acesso universal igualitário de todos os cidadãos do Município às ações e serviços de

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promoção, proteção e recuperação da saúde sem qualquer discriminação ;

V - formação da consciência sanitária individual e coletiva nas primeiras idades, através do


ensino primário;

VI - prevenção e combate às moléstias específicas, contagiosas e infecto-contagiosas;

VII - combate ao uso de substâncias tóxicas ou que causam dependência física ou


psíquica.

Art. 153 O Poder Público Municipal deverá viabilizar a assistência médica, hospitalar,
odontológica e farmacêutica de boa qualidade e a construção de centros de saúde em
número suficiente para atender a demanda da população, prioritariamente nos distritos e
bairros.

Art. 154 Terá caráter obrigatório a inspeção médica nos estabelecimentos de ensino do
Município.

Parágrafo Único - O Município promoverá periodicamente, ou no mínimo uma vez por ano,
exames completos de saúde inclusive odontológicos e oftalmológicos gratuitos para todas
as crianças matriculadas nas escolas do Município.

Art. 155 São de relevância pública as ações e serviços de saúde cabendo ao poder público
dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua
execução ser feita diretamente ou através de terceiros e também por pessoa física ou
jurídica de direito privado.

Art. 156 O Município, integra, com a União e o Estado, o Sistema Único de Saúde,
dirigindo-o em sua circunscrição territorial de acordo com as seguintes diretrizes:

I - atendimento integral, com prioridade para as ações preventivas e coletivas, sem prejuízo
dos serviços assistenciais;

II - a participação da comunidade.

Art. 157 É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às


instituições privadas com fins lucrativos.

Art. 158 A Lei Ordinária criará o Conselho Municipal de Saúde, regulamentando a


composição, o funcionamento e as atribuições do mesmo.

SEÇÃO III
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 159O Município prestará em cooperação coma União e o estado, assistência social, a
quem dela necessitar, objetivamente:

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I - a prestação à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice ao deficiente;

II - o amparo à criança, ao adolescente e ao idoso carente;

III - a habitação e a reabilitação das pessoas portadoras de deficiências e a promoção de


sua integração à vida comunitária;

IV - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência


e ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção, ou de tê-la
provida por sua família, ressalvado os que já recebem pensão do estado ou da União,
conforme dispuser a Lei;

V - aos maiores sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos
em linhas urbanas e intermunicipais de características urbanas, assim classificadas pelos
poderes concedentes.

Parágrafo Único - as ações municipais na área da assistência social, deverão ser


organizadas com base na participação da população por meio de organizações
representativas, na formulação e controle das políticas, e no controle das ações.

Art. 160 O Município deverá manter em funcionamento permanente, um organismo de


assistência social, que desenvolverá os programas de assistência social do Município,
visando o atendimento da comunidade em geral.

Art. 161 O Município implementará política destinada a amparar as pessoas idosas,


assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem estar e
garantindo-lhes o direito à vida, nos termos da lei, observando o seguinte:

I - os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares.

Parágrafo Único - Para eliminação do quadro de marginalização social, o Município


facilitará os procedimentos fiscais, legais e burocráticos, em favor do associativismo de
trabalho das pessoas idosas que visem ao aproveitamento de suas habilidades
profissionais e complementação da renda para sobrevivência.

a Lei Ordinária regulamentará os casos de redução ou isenção de impostos e


Art. 162
taxas municipais para os maiores de 65 (sessenta e cinco) anos.

SEÇÃO IV
DA CONSULTA POPULAR

Art. 163O Prefeito poderá realizar consultas populares para decidir sobre assuntos de
interesse específico do município, de bairros ou distritos, cujas medidas deverão ser
tomadas diretamente pela administração municipal.

Art. 164

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Art. 164 A consulta popular deverá ser realizada sempre que a maioria absoluta dos
membros da Câmara ou pelo menos cinco por cento do eleitorado inscrito no Município, no
bairro ou no distrito, com a identificação de título eleitoral, de acordo com a abrangência da
matéria, apresentarem proposta neste sentido.

Art. 165 A votação será organizada pelo Executivo no prazo de dois meses após a
apresentação da proposição, com participação da Câmara e mediante processo que
garanta a correta aferição da consulta.

§ 1º Será adotado cédula oficial que conterá as palavras sim e não, indicando
respectivamente a aprovação ou rejeição da proposição, esclarecida a mesma.

§ 2º A proposição será considerada aprovada se o resultado lhe tiver sido favorável, pelo
voto da maioria dos eleitores que comparecerem às urnas, em manifestação a que se
tenham apresentado pelo menos cinqüenta por cento dos eleitorados envolvidos.

§ 3º Serão realizados no máximo duas consultas por ano.

§ 4º É vedada a realização de consultas populares nos quatro meses que antecederem as


eleições para qualquer nível de governo.

Art. 166 O Prefeito Municipal proclamará o resultado da consulta popular e será


considerada como decisão sobre a questão proposta, devendo o governo Municipal,
quando couber, adotar as providências legais para sua consecução.

SEÇÃO V
SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 167O Município poderá constituir guarda municipal, força auxiliar destinada a proteção
de seus bens, serviços, e instalações nela incluída a guarda florestal, na forma da Lei.

§ 1º A Lei de criação de Guarda Municipal disporá sobre acesso, direitos, deveres,


vantagens e regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina.

§ 2º A investidura nos cargos da Guarda Municipal, far-se-á mediante concurso público de


provas e título.

SEÇÃO VI
DA EDUCAÇÃO

Art. 168 A Educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida coma
colaboração da sociedade, visando ao Pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 169 O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:

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I - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;

II - ensino fundamental, obrigatório e gratuito inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;

III - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

IV - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

V - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência física, mental ou


sensorial, bem como os que revelarem vocação excepcional em qualquer ramo do
conhecimento, preferencialmente na rede regular de ensino;

VI - condições físicas adequadas para o funcionamento das Escolas;

VII - atendimento ao educando através de programas suplementares de alimentação,


assistência à saúde, material didático e transporte;

§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo, acionável


mediante mandato de injução.

§ 2º O não oferecimento de ensino obrigatório pelo Município, ou sua oferta irregular,


importará em responsabilidade da autoridade competente.

§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos do ensino fundamental, fazer-lhes


a chamada e zelar, junto aos pais e responsáveis, pela freqüência às escolas.

Art. 170 O Sistema de Ensino Municipal assegurará aos alunos necessitados condições de
eficiência escolar.

Art. 171 O Ensino Oficial do Município será gratuito em todos os graus, e atuará
prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.

§ 1º O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários das


escolas oficiais do Município, e será ministrado de acordo com a confissão religiosa do
aluno, manifestada por ele se for capaz, ou por seu representante legal ou responsável.

§ 2º O Ensino Fundamental Regular, será ministrado em língua portuguesa.

§ 3º O Município promoverá a integração escola-comunidade, e a democratização do


ensino, pelo sistema eletivo, mediante voto direto e secreto, para escolha dos dirigentes
dos estabelecimentos de ensino, nos termos da Lei.

§ 4º O Município orientará e estimulará por todos os meios, a educação física, que será
obrigatória nos estabelecimentos oficiais de ensino.

Art. 172

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Art. 172 O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes;

Art. 173 O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento no mínimo, da receita
resultante de impostos, compreendida e proveniente de transferência na manutenção e no
desenvolvimento do ensino.

Art. 174 Os recursos do Município destinados à educação serão aplicados,


prioritariamente, nas escolas públicas, visando ao atendimento das necessidades do ensino
obrigatório.

§ 1º Os recursos de que trata este artigo, serão destinados à bolsas de estudo para o
ensino fundamental, na forma da Lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas nos cursos regulares da rede pública na localidade de
residência do educando, ficando o Município obrigado a investir prioritariamente na
expansão na localidade.

§ 2º Como forma de incentivar os estudos superiores, bem como profissionalizantes, o


Município distribuirá bolsas de estudos, auxílio transporte e outros, definidos em Lei, para
pessoas que comprovarem a insuficiência de recursos.

§ 3º A lei que dispuser sobre os programas de bolsas de estudo e outros incentivos


econômicos definirá os casos e as formas de contrapartida que seus beneficiários deverão
prestar ao Município.

§ 4º Os recursos municipais poderão ser dirigidos a escolas comunitárias confessionais ou


filantrópicas, definidas em, lei, que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros na


educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou


confessional, ou ao Município, no caso de encerramento de suas atividades.

Art. 175A Lei Ordinária criará e regulará a composição, o funcionamento e as atribuições


do Conselho Municipal de Educação, que será composto obrigatoriamente, com membros
do Poder Executivo, do Poder Legislativo, de Pais de educandos, de Professores e demais
membros da sociedade civil organizada.

Art. 176 A Lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, de duração plurianual, visando
à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das
ações do Poder Público na comunidade que conduzam a:

I - erradicação do analfabetismo;

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II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade de ensino;

IV - promoção humanística, científica e tecnológica do município

SEÇÃO VII
DA CULTURA

Art. 177 O Município garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às
fontes da cultura nacional, catarinense e portobelana, baseados no seguintes princípios:

I - incentivo e valorização de todas as formas de expressão cultural;

II - integração com as políticas de comunicação, ecológica, educacional e de lazer;

III - proteção das obras, objetos, documentos, monumentos naturais e outros bens de valor
histórico, artístico, científico e cultural;

IV - criação de espaços e equipamentos públicos e privados, destinados às manifestações


artístico-culturais;

V - preservação da identidade e da memória portobelana;

VI - concessão de apoio administrativo, técnico e financeiro às entidades culturais


municipais e privadas;

VII - Concessão de incentivos, na forma da lei, para produção e difusão de bens e valores
culturais, como forma de garantir a preservação das tradições e costumes das etnias
formadoras da sociedade portobelana;

VIII - integração das ações do Poder público no âmbito da educação, cultura e esporte;

IX - abertura dos equipamentos públicos para as atividades culturais;

X - criação de espaços públicos equipados para a formação de difusão das expressões


artístico-culturais.

Parágrafo Único - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e


protegerá o patrimônio cultural portobelano, por meio de inventários, registros, vigilância,
tombamento e desapropriações, e de outras formas de acautelamento e prevenção.

SEÇÃO VIII
DO DESPORTO

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Art. 178 É dever do Município fomentar práticas desportivas formais e não formais, como
direito de todos, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações quanto a sua


organização e funcionamento;

II - A destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional


e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e não profissional, privilegiando


o esporte amador;

IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação municipal;

V - a educação física como disciplina de matrícula obrigatória;

VI - o fomento e a iniciativa à pesquisa e aprimoramento de seus profissionais no campo da


educação física;

VII - o incentivo às competições desportivas estaduais, regionais e locais;

VIII - a prática de atividades esportivas pelas comunidades, facilitando o acesso às áreas


públicas destinadas à pratica do esporte;

IX - o desenvolvimento de práticas desportivas para pessoas portadoras de deficiências.

SEÇÃO IX
DO TURISMO

Art. 179 A Lei criará e regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do


Conselho Municipal de Turismo, que será composto obrigatoriamente com membros do
Poder Legislativo, do Poder Executivo, representantes da iniciativa privada e membros da
sociedade civil organizada.

Parágrafo Único - O Conselho Municipal de Turismo tem por objetivo formular e controlar a
execução da Política Municipal de Turismo, principalmente no que diz respeito:

I - à elaboração de um calendário de eventos;

II - ao registro das atrações turísticas de natureza geofísica, históricas, étnicas e culturais


do Município, incentivando a sua preservação;

III - à classificação de todos os estabelecimentos ligados ao atendimento do turista,


incentivando a melhoria de seus serviços;

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IV - fixação de padrões de qualidade nos serviços e das instalações que atendem o


turismo;

V - ao aspecto econômico e financeiro do turismo do Município, elaborando programas de


colaboração mútua entre iniciativa privada e o Poder Público, fixando atribuições e
responsabilidades.

Capítulo I
DO MEIO AMBIENTE

Art. 180 Todos têm direitos ao Meio Ambiente Ecologicamente Equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Município e a
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º O direito ao ambiente saudável, estendendo-se ao ambiente de trabalho, ficando o


Município obrigado a garantir e proteger o trabalhador contra e qualquer condições nociva
a sua saúde física e mental.

§ 2º Para assegurar a efetividade desse direito, o Município desenvolverá ações


permanentes de planejamento, proteção, restauração e fiscalização do meio ambiente,
incubando-lhe primordialmente;

I - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em qualquer de suas formas;

II - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, obras e monumentos


artísticos, históricos e naturais e promover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas, definindo em Lei os espaços territoriais a serem protegidos, vedada
qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifique sua proteção;

III - fiscalizar e normalizar a produção, armazenamento, transporte e o uso e o destino final


de produtos, embalagens e substâncias potencialmente perigosas à saúde pública e aos
recursos naturais, vedado o lançamento no meio ambiente de substâncias químicas e
biológicas, carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas;

IV - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino, deixando aos


educadores a liberdade da escolha da forma a ser ministrada, bem como a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;

V - informar sistematicamente à população sobre os níveis de poluição, a qualidade do


meio ambiente, a situação de riscos de acidentes e a presença de substâncias
potencialmente danosas a saúde na água, no ar, no solo e nos alimentos;

VI - definir critérios ecológicos em todos os níveis de planejamento político, social e


econômico;

VII - fomentar e auxiliar técnica e financeiramente os movimentos comunitários e entidades

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de caráter cultural, cientifico, educacional, recreativos, sem fins lucrativos e com finalidade
de proteger o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida;

VIII - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, vedadas as práticas que coloquem em
riscos a sua função ecológica e paisagística, provoque a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade;

IX - fiscalizar a e manter as matas e unidades de conservação públicas municipais,


fomentando o florestamento ecológico e preservando na forma da Lei, as matas
remanescentes no território do Município;

X - incentivar e promover a recuperação das áreas degradadas nos corpos d`água e nas
encostas sujeitas a erosão;

XI - preservar e recuperar os recursos hídricos superficiais e subterrâneos, as matas


ciliares que os protegem, vedadas as práticas degradadas da capacidade de infiltração do
solo;

XII - combater as queimadas, responsabilizando os autores e o proprietário do solo,


quando for o caso, por suas conseqüências;

XIII - determinar a realização de estudo prévio de impacto ambiental e alternativas para a


instalação e operação de obra ou atividade pública ou privada que possa causar
significativa degradação ou transformação do meio ambiente, do patrimônio histórico,
natural e paisagístico, em especial toda e qualquer atividade de parcelamento do solo,
extração mineral ou exploração de produtos florestais, a quer se dará publicidade de
maneira acessível às entidades interessadas e com prazo mínimo de cento e vinte (120)
dias.

§ 3º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão competente na forma da lei.

§ 4º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, sujeitarão aos


infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais previstas na Legislação Federal,
independente da obrigação de recuperar os danos causados e sem prejuízo das
penalidades administrativas estabelecidas em Lei Municipal.

§ 5º Aplica-se o disposto no parágrafo 4º deste artigo, às autoridades e servidores públicos


que se omitirem, facilitarem não tomarem as medidas cabíveis para impedir, de qualquer
forma, atos de degradação ao meio ambiente.

Art. 181 Inexiste direito adquirido de poluir ou causar dano ambiental.

Art. 182 O Município pode promover consulta plebiscitaria quando a obra ou atividade
pública Federal ou Estadual afetar o ambiente no território Municipal.

Art. 183

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Art. 183 A tutela do meio ambiente será exercida por todos os órgãos do Município e por
todos os cidadãos.

Art. 184 O município, respeitado o direito de propriedade, poderá executar levantamentos,


estudos, projetos e pesquisas necessárias ao conhecimento do meio físico.

Art. 185 Os Projetos de Lei originários dos Poderes Executivo ou Legislativo Municipal, que
venham a causar impacto ambiental, terão de ser informados previamente à população,
mediante afixação por noventa (90) dias no quadro oficial de avisos da Prefeitura, dos
planos, plantas, projetos, RIMA e outros documentos, precedidos de ampla divulgação em
jornais, rádios, televisão com circulação e penetração no Município

Parágrafo Único - Será realizada audiência pública pelos poderes legislativo ou Executivo
num prazo de até trinta (30) dias a contar do término do prazo a que se refere o "caput"
deste artigo, se houver solicitação de qualquer entidades não governamental ou instituição
pública interessada, para que colha opiniões ou propostas alternativas.

Art. 186 A implantação de pólos industriais, de alto potencial poluente, bem como
quaisquer obras de grande porte que possam causar danos à vida ou alterar significativa ou
irreversivelmente o ambiente, dependerá de autorização de órgão ambiental, da aprovação
da Câmara Municipal e de concordância das comunidades, manifestada por plebiscito na
forma da Lei mediante requerimento de entidade ambientalista ou representativa da
sociedade.

Art. 187 As áreas verdes, praças, parques, jardins e reservas ecológicas municipais, são
patrimônio público inalienável, sendo proibida sua concessão ou cedência, bem como
qualquer atividade ou empreendimento público ou privado que danifique ou altere suas
características.

§ 1º Somente com a finalidade de adequar às condições locais de cada região, após


consultada e ouvida as associações representativas da população afetadas pelo ato, serão
permitidas, na forma da Lei, permutas de áreas citadas no "caput" deste artigo, mantida
para o imóvel adquirido, destinação idêntica e originalmente fixada para aquele permutado.

§ 2º Na inexistência de uma associação representativa nas localidades envolvidas, estas


poderão ser representadas por outra associação do Município, mediante delegação
assinada por cinco (5) por cento dos eleitores das localidades afetadas.

Art. 188As elevações existentes acima da conta de vinte (20) metros sobre o nível do mar,
no âmbito do perímetro urbano do Município e suas mata nativas, são patrimônio da cidade,
destinadas à preservação de reservas ecológica, biológica e natural, nelas sendo vedadas
qualquer atividades ou obras que possam alterar suas características topográficas que
venham a introduzir situações de comprometer a integridade das condições que justifiquem
sua preservação.

§ 1º As árvores e arbustos aí situados, bem como aquelas existentes no perímetro urbano,


são consideradas imunes ao corte.

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§ 2º A Lei definirá sansões e os casos e os casos em que por apresentar risco às pessoas,
dano ao patrimônio ou por necessidade de obra pública ou privada, excepcionalmente se
autorizará o abate, garantindo na Lei que a efetivação se dará mediante prévia autorização
do órgão ambiental e sob sua orientação e fiscalização.

Art. 189 Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a adquirir, por via amigável ou
judicial, as áreas delimitadas no "caput" do artigo anterior, desprovidas de cobertura vegetal
apropriadas as suas funções naturais previstas, para o fim exclusivo de reflorestamento
com espécies nativas.

§ 1º O ato expropriatório garantirá os diretos de manutenção nas condições atuais, aos


proprietários de áreas já edificadas, ou em construção, devidamente licenciada, na
proporção necessária ao uso familiar, bem como aos proprietário de loteamentos
aprovados pela Prefeitura, ou seus adquirentes.

§ 2º Até a efetivação das desapropriações previstas neste artigo, ao longo da malha


rodoviária municipal já implantada, serão permitidas edificações exclusivamente
unifamiliares, às quais o ato expropriatório respeitará o disposto no § 1º deste artigo.

Art. 190 Caberá ao Município, na forma da Lei, a coordenação das atividades destinadas a
controlar evitar incêndios nos morros e áreas florestais do território municipal.

Art. 191O Município, visando a melhoria da qualidade do ambiente urbano, elaborará um


programa de manutenção e expansão de arborização, com as seguintes metas prioritárias:

I - Implantar e manter hortos florestais destinados à recomposição da flora nativa,


preferencialmente as espécies frutíferas de rápido desenvolvimento e a produção de
espécies diversas, destinadas à arborização de logradouros públicos;

II - Promover ampla arborização dos logradouros públicos da área urbana.

§ 1º A elaboração e execução do programa ficará a cargo ambiental do Município.

§ 2º A Lei definirá formas de responsabilidade da população em relação à conservação de


arborização das vias públicas.

§ 3º O Plantio de árvore em logradouros públicos é de exclusiva competência do Município,


que definirá o local e a espécie vegetal a ser plantada, podendo no entanto, a receber a
cooperação da população.

§ 4º Para a consecução dos objetivos previstos neste artigo os orçamentos consignarão,


anualmente, dotação nunca inferior a 2,5% (dois e meio por cento) do total prevista para
receita, destinada à aquisição de áreas para proteção do verde, na forma prevista.

Art. 192 São vedados no território municipal:

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I - o lançamento de esgotos industriais ou domésticos, "in natura" ou insuficientemente


tratados, em qualquer corpo d`água;

II - a produção, distribuição e venda de aerosóis que contenham clorofluorcarbono (gás


CFC).

III - a fabricação, conscientização, transporte, armazenamento e utilização de armas


químicas e biológicas;

IV - a instalação de depósitos de explosivos, seja para uso civil ou militar, a menos de dois
(2) quilômetros da área urbana;

V - fica proibido a utilização de metais pesados em qualquer processo de extração,


produção e beneficiamento que possam resultar na contaminação do ambiente natural;

VI - a pesca que se utilize de arte que possam causar prejuízo à preservação de recurso
vivos;

VII - a implantação de atividades poluidoras cujas emissões possam conferir aos corpos
receptores, em quaisquer condições, características em desacordo com os padrões de
qualidade ambiental em vigor;

VIII - a produção, o transporte, a comercialização e o uso de medicamentos, biocidas,


agrotóxicos ou produtos químicos ou biológicos cujo emprego tenha sido comprovado
como nocivo em qualquer parte do território nacional, ou em outros países, por razões
toxicológicas, farmacológicas ou de degradação ambiental;

IX - a destruição, descaracterização ou alteração por qualquer meio ou para qualquer


finalidade, dos costões e formações rochosas, existentes a longo do litoral, bem como sua
vegetação associados;

X - a construção ou disposição de aterros ou estruturas que alterem a conformação original


da costa, ressalvadas as obras públicas de interesse social, devidamente aprovadas pela
Câmara Municipal, ouvido o órgão ambiental.

Art. 193 Fica proibido a instalação no território de Plantas geradoras de eletricidade


proveniente de fissão nuclear, bem como a produção, armazenamento e transporte, por
qualquer via, de armamento nucleares ou de resíduos que tenham sua origem, na
utilização de energia nuclear, bem como qualquer atividade, mesmo de pesquisa, que
esteja relacionada com o seu uso militar.

§ 1º A construção e operação de reatores e equipamentos destinados à pesquisa científica,


a utilização na medicina, industria ou agricultura, dependerá de autorização do Poder
Municipal, na forma da Lei.

§ 2º A fiscalização e penalização das atividades nucleares fica a cargo do órgão ambiental

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do Município, que poderá estabelecer convênios com o Estado ou a União, para esta
finalidade.

§ 3º As instituições públicas ou privadas que utilizem materiais radioativos, ficam obrigadas


a se cadastrarem junto a órgão ambiental do Município e a manter direta ou indiretamente,
depósitos para a guarda destes materiais, segundo as especificações da Lei.

§ 4º A responsabilidade por danos decorrentes de atividades que utilizem energia nuclear,


independente da existência de culpa.

§ 5º O Município fica obrigado a prestar informações, quando solicitadas, por entidades


civis da defesa do meio ambiente sobre atividades nucleares existentes no seu território,
riscos de contaminação e sobre acidentes com materiais radioativos.

Art. 194 Fica criado o Fundo de Saneamento Básico cujos recursos compor-se-ão de
dotação orçamentária própria, subvenções, rendas por aplicação financeira, doações e
outras receitas.

§ 1º A ação do fundo tem por objetivo a manutenção da boa qualidade e recuperação dos
corpos d`água e do meio ambiente em geral, mediante o fornecimento e instalação, por
parte do Poder Público, sem ônus para os proprietários que comprovarem renda
insuficiente para tanto, de equipamentos de comprovada eficiência, e recomendados pelo
Órgão Ambiental do Governo do Estado, destinados ao tratamento de esgotos domésticos.

§ 2º A administração dos recursos e da ação do Fundo, será exercida pelo Órgão


Ambiental do Município, com a participação efetiva do Conselho Municipal de Defesa do
Meio Ambiente - COMDEMA, na forma que a Lei Ordinária determinar.

ATOS DAS DISPOSIÇÕES ORGÂNICAS GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 1º Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos vereadores da Câmara Municipal,
será promulgada pela mesa da Câmara com o número, e suas alterações, na forma do § 5º
do seu arquivo 81 receberão a numeração seguinte, pela ordem.

Art. 2ºFica mantida a presente legislatura, o número atual de nove vereadores à Câmara
Municipal, cujo mandato espira a 31 de dezembro de 1992.

Art. 3º Até a promulgação da Lei Complementar Federal a que se refere o artigo 169, da
Constituição Federal, a despesa com o pessoal, ativo e inativo, não poderá receber a 65%
(sessenta e cinco) de valor das respectivas receitas correntes.

Art. 4º Enquanto não forem disciplinados por Lei Complementar Federal, o Plano
Plurianual e as Diretrizes Orçamentárias, não se aplica a lie de Orçamento o disposto no §
3º, do Art. 166 da Constituição Federal .

Art. 5º O registro a que se refere a alínea III do Art. 40 desta lei Orgânica deverá ser feito

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e publicado no órgão oficial do Município, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar
de sua promulgação.

Art. 6º No prazo de um (1) ano a contar da promulgação desta Lei Orgânica, a Câmara
Municipal promoverá através da Comissão Mista Especial, exame analítico e pericial da
Legalidade dos atos e fatos relacionados à aquisição, doação, permuta, concessão de uso
e venda pela Prefeitura, das áreas pertencentes ao Patrimônio do Município destinadas ao
uso público, adquiridos dos proprietários de loteamento como decorrência da Lei Municipal
nº 180/74 e legislação posterior.

§ 1º A Comissão Mista especial será constituída por três (3) Vereadores, atendida tanto
quanto possível a representação proporcional dos Partidos Políticos, que participam da
Câmara Municipal, um (1) representante do Poder Executivo Municipal um (1)
representante de cada associação representativa da sociedade devidamente registrada,
com sede e jurisdição no Município.

§ 2º A Comissão terá força legal de Comissão Parlamentar de Inquérito, para fins de


requisição, diligências, intimação de testemunhas e convocação e poderá atuar com o
auxílio do Tribunal de Contas do Estado, sendo suas reuniões de audiências de caráter
públicos.

§ 3º No tocante às vendas e permutas, o exame será feito com base exclusivamente no


critério de legalidade operação.

§ 4º Nos casos de aquisição, doação e concessão de uso, a revisão obedecerá aos


critérios de legalidade e de conveniência do interesse público.

§ 5º Apurada eventual irregularidade, a Câmara Municipal, se for o caso proporá ao Poder


Público a declaração de nulidade do ato e encaminhará as peças do processo ao Ministério
Público, para formalização da ação cabível.

Art. 7º As áreas definidas por esta Lei Orgânica como reserva ecológica, biológica ou área
natural, deverão ser desapropriadas e recuperadas até o ano 2010, para a real implantação
destas reservas no Município.

Art. 8ºA criação dos conselhos previstos nesta Lei, deverá ser efetivada no prazo de
noventa (90) dias da promulgação desta Lei Orgânica.

Art. 9º O Município mandará imprimir esta Lei para distribuição nas escolas e entidades
representativas da comunidade, gratuitamente, de modo que se faça a mais ampla
divulgação de seu conteúdo.

Art. 10 Esta Lei Complementar entra em vigor na data da sua publicação.

EMENDA - ANEXOS A LEI ORGÂNICA MUNICIPAL - LEI COMPLEMENTAR Nº 1/90

LEI COMPLEMENTAR Nº 2/91

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ALTERA A REDAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR Nº 1 DE 05.04.1990

Lauro Silveira da Silva Filho Presidente da Câmara Municipal de Vereadores de Porto Belo,
faz saber a todos os habitantes deste Município, que a Câmara de Vereadores aprovou, e
eu PROMULGO apresente Lei complementar.

A Lei Complementar Nº 01 de 05 de abril de 1990, passa a vigorar com a seguinte


Art. 1º
redação.

I - O Artigo 57 passa ater a seguinte redação:

"Art. 57 Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, não exigida esta para o
especificado no Art.58, disposto sobre todas as matérias de competência do Município,
especialmente sobre:

..."

II - O Artigo 58 passa a vigorar na forma seguinte:

"Art. 58 ...

V - Dispor sobre sua organização, funcionamento, política, criação, transformação ou


extinção dos cargos, empregos ou funções de seu serviço e fixação respectiva
remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

..."

III - O Artigo 65 passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 65 ...

I - Propor Projetos de Resolução que disponham sobre sua organização, funcionamento,


polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus
serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na
Lei de Diretrizes Orçamentárias;

..."

Art. 2ºEsta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Sala da Sessões, 02 de março de 1991.

Lauro Silveira da Silva Filho


Presidente

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LEI Nº 860/95

EMENDA À LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

SERGIO LUIZ BIEHLER, Prefeito do Município de Porto Belo no uso de suas atribuições
legais, faz saber à todos os habitantes deste Município, que a Câmara de Vereadores
aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

Por morte do Prefeito, Vice-Prefeito ou Vereador, na vigência de seus respectivos


Art. 1º
mandatos, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valores correspondentes ao
da respectiva remuneração ou proventos, a partir da data do óbito.

Art. 2º As pensões distinguem-se, quanto a natureza, em vitalícias e temporárias.

§ 1º A pensão vitalícia é composta de cota ou cotas permanentes, que somente a extingue


ou revertem com a morte de seus beneficiários.

§ 2º A pensão temporária é composta de cota ou contas que podem se extinguir ou reverter


por motivo de morte, cessação de invalides ou maioridade do beneficiário nos termos da
Lei.

Art. 3º São beneficiários das pensões:

I - Vitalícia:

a) O cônjuge, enquanto durar seu estado de viuves ou não passe a conviver com outra
pessoa em união durável ou que dela resulte prole;
b) A pessoa desquitada, separada judicialmente ou divorciada, com percepção de pensão
alimentícia;
c) O companheiro ou companheira designado que comprove união estável como entidade
familiar;
d) A mão e o pai que comprovem dependência econômica do referido falecimento;
e) A pessoa designada maior de 60 anos, e a pessoa portadora de deficiência, que vivem
sob a dependência econômica do referido falecimento.

II - Temporários:

a) Os filhos, ou enteados, até 18 anos de idade, ou se inválidos enquanto durar a invalidez;


b) O menor sobre guarda ou tutela judicial, até 18 anos de idade;
c) O irmão órfão de até 18 anos, e o invalido, enquanto durar a invalidez, que comprovem
dependência econômica do referido falecido;
d) A pessoa designada que viva na dependência econômica do referido falecido de até 18
anos, ou, se invalida, enquanto durar a invalidez.

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§ 1º A concessão de pensão vitalícia ao beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "c" do


inciso I deste artigo, deste exclui deste direito os demais beneficiários referidos nas alíneas
"d" e "e".

§ 2º A Comissão da pensão temporária aos beneficiários de que tratam as alíneas "a" e "b"
do inciso II deste artigo exclui desse direito os demais beneficiários referidos nas alíneas
"c" e "d".

§ 3º As alíneas "b" e "c" do inciso I, aplicam-se as mesmas disposições da alínea "a" do


mesmo inciso I deste artigo.

Art. 4º A pensão será concedida integralmente ao titular da pensão vitalícia, exceto se


existirem beneficiários da pensão temporária.

§ 1º Ocorrendo habilitação de vários titulares à pensão vitalícia, o seu valor será distribuído
em partes iguais entre os beneficiários habilitados.

§ 2º Ocorrendo habilitação às pensões vitalícia e temporária metade do valor caberá ao


titular ou titulares da pensão vitalícia sendo a metade rateada em partes iguais, entre os
titulares da pensão temporária.

§ 3º Ocorrendo habilitação somente a pensão temporária, o valor integral da pensão será


rateada, em partes iguais, entre os que se habilitarem.

A pensão poderá ser requerida a qualquer tempo, prescrevendo-se tão somente as


Art. 5º
prestações exigíveis há mais 5 anos.

Parágrafo Único - Concedida a pensão, qualquer prova posterior ou habilitação tardia que
implique exclusão de beneficiários ou redução de pensão só produzirá efeitos a partir da
data em que for oferecida.

Art. 6ºNão faz jus à pensão o beneficiário pela prática de crime doloso de que tenha
resultado a morte do Prefeito, Vice-Prefeito, ou Vereador.

Será concedida pensão provisória por morte presumida do Prefeito, Vice-Prefeito


Art. 7º
ou Vereador, nos seguintes casos:

I - Declaração de ausência, pela autoridade judiciária competente;

II - Desaparecimento em desabamento, inundação, incêndio ou acidente não caracterizado


como serviço;

III - Desaparecimento no desempenho das atribuições do cargo ou em missão de


segurança.

Parágrafo Único - A pensão provisória será transformada em vitalícia ou temporária,

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conforme o caso, decorridos 5 (cinco) anos de sua vigência, ressalvados o eventual


reaparecimento do Prefeito, Vice-Prefeito, e Vereador, hipótese em que o benefício será
automaticamente cancelado.

Art. 8º Acarreta perda da qualidade de beneficiários:

I - O seu falecimento;

II - Anulação do casamento, quando a decisão ocorrer após a concessão da pensão ao


cônjuge;

IV - A maioridade de filho, irmão órfão ou pessoa designada, aos 18 anos de idade;

V - A renúncia expressa.

Art. 9º Por morte ou perda da qualidade de beneficiário, a respectiva cota reverterá:

I - Da pensão vitalícia para os remanescente desta pensão, titulares de pensão temporária,


se não houver pensionista remanescente da pensão vitalícia e se, no caso de morte, esta
não resultou de ação ou omissão de um dos demais beneficiários.

II - Da pensão temporária para co-beneficiários, ou na falta destes, para o beneficiário da


pensão vitalícia aplicando-se as mesmas disposições da parte final do inciso anterior.

As pensões serão automaticamente atualizadas na mesma e na mesma proporção


Art. 10
dos reajustes dos vencimentos do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.

Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo seus afeitos a partir
Art. 11
de 01 de junho de 1995, revogadas as disposições em contrário.

Porto Belo SC, 03 de julho de 1990

SERGIO LUIZ BIEHLER


Prefeito

LEI Nº 908/96

EMENDA MODIFICATIVA À LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PORTO BELO, AO


ARTIGO 82, DA REFERIDA LEI.

SERGIO LUIZ BIEHLER, Prefeito do Município de Porto Belo, no uso de suas atribuições
legais, faz saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara de Vereadores a
provou e eu sanciono a presente Lei:

Na conformidade do disposto nos artigos 134 e seguintes do Regimento Interno e Artigo 84

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e seguinte da referida Lei Orgânica da Câmara de Vereadores do Município de Porto Belo -


Santa Catarina, através da presente altera a redação do Artigo 82, o qual fica assim
disciplinado:

"Art. 82 No caso de vaga ou licença por período superior a 30 (trinta) dias, será convocado
o suplente de Vereador que deverá tomar posse no prazo de 05 (cinco) dias, contados da
convocação, salvo motivo justo pela Câmara, que fixará o prazo de prorrogação.

§ 1º Enquanto não preenchida a vaga, o "quorum" será calculado em função dos


Vereadores remanescentes.

§ 2º Se o suplente de Vereador se acha na mesma sessão em que for concedida a licença,


poderá assumir as suas funções independente de quaisquer formalidade, por convocação
do Presidente da Câmara que será obrigatório"

Porto Belo, 17 de maio de 1996

SERGIO LUIZ BIEHLER


Prefeito

LEI Nº 933/96

ALTERA O ARTIGO 1º DA LEI MUNICIPAL 860/95.

SERGIO LUIZ BIEHLER, Prefeito do Município de Porto Belo, no uso de suas atribuições
legais, faz saber à todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal de
Vereadores aprovou e eu sanciono a presente Lei:

Altera a redação do artigo 1º da lei 860/95 de 03 de julho de 1995, passando o


Art. 1º
mesmo a ter a seguinte redação:

"Por morte ou invalidez do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador na vigência de seus


respectivos mandatos, os dependentes fazem jus a uma pensão mensal de valores
correspondentes ao da respectiva remuneração ou provento, a partir da data do óbito ou
laudo médico de invalidez."

esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação revogados as disposições em


Art. 2º
contrário.

Porto Belo, 23 de dezembro de 1996.

SERGIO LUIZ BIEHLER


Prefeito

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LEI COMPLEMENTAR Nº 6/99

ALTERA A REDAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 01 DE 05/04/90; SUBSTITUINDO,


MODIFICANDO E INCORPORANDO ARTIGOS, PARÁGRAFOS, ÍNDICES E ALÍNEAS.

A Mesa da Câmara Municipal de Vereadores de Porto belo através de seu presidente,


Antônio Sérgio Stein, nos termos do Inciso VIII do Artigo 65 da Lei Orgânica, faz saber a
todos os habitantes deste Município, que a Câmara Municipal aprovou, e eu promulgo a
presente Lei Complementar.

Art. 1º A Lei Complementar 01 de 05/04/90 passa a vigorar coma seguinte redação:

I - O Artigo 58 passa a vigorar na seguinte forma:

"Art. 58 ...

XII - Decretar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador, nos casos


previstos nesta Lei Orgânica e Lei Federal aplicável;

XIII - Convocar, por deliberação do Plenário, ou de qualquer de suas comissões, o Prefeito,


os Secretários e Diretores Municipais, para prestar, pessoalmente, no prazo fixado no ato
convocatório, não inferior a 10(dez) dias, informações sobre assunto previamente
determinado importando em infração político - administrativa, a ausência sem justificação
adequada, sendo ainda lícito aos mesmos comparecerem a Câmara Municipal ou a
qualquer de suas Comissões, por iniciativa própria e mediante entendimentos com a
mesma, para expor assunto de relevância. (Expressão "o Prefeito" declarada
inconstitucional, conforme ADIN nº 9121974-80.2015.8.24.0000)

...".

II - O inciso VII do Artigo 66, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 66 ...

VII - Requisitar o numerário destinado às despesas da Câmara na forma da Lei;

...".

III - O artigo 75 passa a vigorar com a nova redação, excluindo-se do artigo os seus
Parágrafos 1º, 2º e 3º.

"Art. 75 Fica instituída a Tribuna Popular nas sessões plenárias ordinárias da Câmara
Municipal de Porto Belo, com espaço garantido de 15(quinze minutos), a serem distribuídos
eqüitativamente entre as entidades regularmente inscritas nos órgãos competentes".

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IV - Fica acrescido o inciso IV do Art.76, acrescentando-se, ainda, neste Artigo um


Parágrafo que será denominado de § 3º e remunerando-se o Parágrafo 3º e, assim
sucessivamente até o Parágrafo 8º que passará a denominar-se de Parágrafo 9º, passando
a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 76 ...

IV - Processante:

§ 1º ...

§ 2º ...

§ 3º As comissões processantes criadas por deliberação do plenário, atuarão de processo


de cassação pela prática de infração político - administrativa do Prefeito, Vice-Prefeito ou
de Vereador, observando-se os procedimentos e as disposições previstas na Lei Federal
aplicável e nesta Lei Orgânica.

...".

V - O Inciso II, do § 5º do Artigo 77 da Lei Orgânica passa a vigorar cm nova redação,


acrescentando-se, ainda, o Inciso IV e V no referido Parágrafo:

"Art. 77 ...

§ 5º ...

I - ...;

II - Nas matérias dependentes do voto favorável de 2/3 (dois terços) da maioria absoluta
dos membros da Câmara;

III - ...;

IV - nas votações nominais;

V - nas votações secretas.

...".

VI - Ficam revogados do Capítulo III, a Seção III, seu Artigo e todos os Parágrafos e Incisos
passando a vigorar com a seguinte redação:

"SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO, DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO"

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"Art. 115 São crimes de responsabilidade do Prefeito aqueles definidos pela Legislação
Federal.

§ 1º A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer ato do Prefeito que possa


configurar infração penal comum ou crime de responsabilidade, nomeará Comissão
Especial para apurar os fatos e apresentar relatório conclusivo ao Plenário, no prazo de 30
(trinta) dias.

§ 2º Se o Plenário julgar procedentes as acusações apuradas na forma do parágrafo


anterior, promoverá a remessa do relatório a Procuradoria Geral de Justiça do Estado, para
providências.

§ 3º Recebido a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Justiça do estado, a Câmara


decidirá por maioria absoluta, sobre a conveniência da designação de Procurador para
atuar no processo como assistente de acusação.

§ 4º O Prefeito ficará suspenso de suas funções com o recebimento da denúncia pelo


Tribunal de Justiça do estado, cessando o afastamento caso não se conclua o julgamento
do processo dentro de 189 (cento e oitenta) dias."

VII - Fica criado o Artigo 115a, com a seguinte redação:

"Art. 115a - São infrações político-administrativas do Prefeito, sujeitas ao julgamento pela


Câmara Municipal e sancionadas com a cassação do mandato:

I - Impedir o funcionamento regular do Poder Legislativo;

II - Impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam


constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços municipais
por comissão de investigação da Câmara ou auditoria, regularmente instituída;

III - Desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da


Câmara, quando feitos a tempo e na forma regular;

IV - Retardar a publicação ou deixar de publicar as Leis e Atos Oficiais sujeitos a essa


formalidade;

V - Deixar de apresentar à Câmara no devido tempo, o Projeto de Lei de Diretrizes


Orçamentárias e a Proposta Orçamentaria Anual;

VI - Descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro;

VII - Praticar, contra expressa disposição da lei, ato de sua competência, ou omitir-se na
sua prática;

VIII - Omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do


Município, sujeitos a Administração Municipal;

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IX - Ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em Lei, ou afastar-se da


Prefeitura sem autorização da Câmara Municipal;

X - Proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

XI - Ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por Lei, ou realizá-las em desacordo com
as normas financeiras pertinentes; (Inciso XI Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº
9150773-36.2015.8.24.0000)

XII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão competente, da aplicação de


recursos, empréstimos, subvenções ou auxílios internos ou externos recebidos a qualquer
t í t u l o ; (Inciso XII Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-
36.2015.8.24.0000)

XIII - Antecipar ou inverter a ordem de pagamento a credores do Município, sem vantagem


para o Erário; (Inciso XIII Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-
36.2015.8.24.0000)

XIV - Nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa disposição em lei; (Inciso XIV
Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-36.2015.8.24.0000)

XV - Deixar de fornecer certidões de atos ou contratos municipais dentro do prazo


estabelecido em lei. (Inciso XV Declarado inconstitucional, conforme ADIN nº 9150773-
36.2015.8.24.0000)

§ 1º O processo de cassação de mandato do Prefeito, pela Câmara, por infrações político-


administrativas definidas neste artigo, obedecerá o seguinte rito:

I - A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos
fatos e indicação das provas; se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre
a denúncia e de integrar a Comissão Procedente.

Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal,


para os autos do processo, e só votará, se necessário, para completar o "quorum" do
julgamento. Será convocado o suplente do Vereador impedido de votar, o qual não poderá
integrar a Comissão Procedente;

II - De posse de denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão ordinária,


determinará a sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento. Decidido o
recebimento, pelo voto da maioria dos presentes, na mesma sessão será constituída a
Comissão Processante, com três Vereadores sorteados dentre os desimpedidos, os quais
desde logo o Presidente e o Relator;

III - Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos dentro de 05


(cinco) dias, notificando o denunciante, com a remessa de cópia da denúncia e dos

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documentos, que a instruírem, para que no prazo de 10 (dez)dias apresente defesa prévia,
por escrito, indique as provas que pretende produzir e arrole testemunhas, até o máximo de
08(oito). Decorrido o prazo de defesa, a Comissão Processante emitirá parecer em
05(cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da denúncia, a qual, neste
caso, será submetida ao Plenário. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o
Presidente designará, deste logo, o início da instrução e determinará os atos e diligências
que se fizerem necessárias para o depoimento do denunciado e inquisição das
testemunhas;

IV - O denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente ou na


pessoa do seu Procurador, com antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas, sendo-
lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem, como formular perguntas às
testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa;

V - Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões finais,
no prazo de 05 (cinco) dias e após a Comissão Processante emitirá Parecer Final, pela
procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara a
convocação de sessão para julgamento. Na sessão de julgamento o processo será lido
integralmente, e, a seguir, os Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se
verbalmente pelo tempo máximo de 10(dez) minutos cada um, e, ao final, o denunciado ou
seu Procurador terá o prazo máximo de 02 (duas horas para produzir a sua defesa oral;

VI - Concluída a defesa proceder-se-á tantas votações quantas forem as infrações


articuladas na denúncia. Considerar-se-á definitivamente afastado do cargo o denunciado
que for declarado, pelo voto da maioria qualificada (2/3) dos Membros da Câmara, incurso
em qualquer das infrações político-administrativas. Concluído o julgamento, o Presidente
da Câmara, proclamará imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a
votação sobre cada infração, e, se houver condenação expedirá o competente decreto
legislativo da cassação do mandato do Prefeito;

VII - O processo a que se refere este artigo deverá estar concluído dentro de 90 (noventa)
dias contados da data em que se efetivar notificação inicial do denunciado. Transcorrido o
prazo sem julgamento o processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda
que sobre os mesmos fatos.

§ 2º Caso a Comissão Processante opine pelo prosseguimento do processo, o Prefeito,


ficará suspenso de suas funções, cessando o afastamento se o processo não for julgado
no prazo previsto no inciso VII do § 1º acima". (§ 2º Declarado inconstitucional, conforme
ADIN nº 9150773-36.2015.8.24.0000)

Art. 2º Esta Lei Complementar entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições.

Sala das Sessões, 24 de novembro de 1999.

Antônio Sérgio Stein


Presidente

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