FACULDADE DE PARAÍSO DO NORTE - FAPAN

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

JAILSON OLIVEIRA RANGEL

A Importância da Engenharia na Perícia Judicial

ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E
PERÍCIAS

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

SALVADOR/BA
2019

FACULDADE DE PARAISO DO NORTE – FAPAN

INSTITUTO BRASILEIRO DE FORMAÇÃO – IBF
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS
MODALIDADE A DISTANCIA - EAD
INFORMAÇÕES PESSOAIS

Nome: Jailson Oliveira Rangel

End. Condomínio Pedra do Sal Residências, Rua
Caminho do Mar, Casa 116 – Itapuã – Salvador/Ba
E-mail: jalrangel@vac-allbrasil.com.br

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS
MODALIDADE A DISTANCIA - EAD
 TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO E APROVAÇÃO

AUTOR: JAILSON OLIVEIRA RANGEL

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DA ENGENHARIA NA PERÍCIA JUDICIAL

Autorizo que o presente artigo científico apresentado ao Curso de Pós-

Graduação Lato Sensu da FAPAN – Faculdade de Paraíso do Norte, como
requisito parcial para obtenção do certificado de Especialista em Engenharia de
Avaliações e Perícia, e aprovado pelos professores responsáveis pela
orientação e sua aprovação, seja utilizado para pesquisas acadêmicas de outros
participantes deste ou de outros cursos, afim de aprimorar o ambiente acadêmico
e a discussão entorno das temáticas aqui propostas.

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CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS
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TITULO: A IMPORTANCIA DA ENGENHARIA NA PERÍCIA JUDICIAL

AUTOR: JAILSON OLIVEIRA RANGEL

ORIENTADOR: ADIVAL JOSÉ REINERT JUNIOR

Resumo

Esse artigo busca mostrar a importância da engenharia na perícia judicial nos

dias atuais, pesquisas estas realizadas na atividade prática do perito. O perito
engenheiro tem um papel importante dentro do processo de avaliação para
ajudar o juiz nos casos concretos, sugerindo, no laudo pericial, a melhor solução
para o que lhe foi requerido. Nesse contexto, cada vez mais é reconhecida a
relevância da engenharia nas pericias judiciais, para auxiliar nos processos da
justiça, no intuito de dirimir controvérsias que se instalam no campo judicial. É
comum, as engenharias serem chamadas pelas instituições judiciais, como
forma de subsidiar os magistrados requisitantes, a partir de elementos técnicos
especializados.

Os conhecimentos técnicos que um profissional de engenharia adquire nas

instituições educacionais de engenharia e de preparação específica para
perícias judiciais, além de experiências vividas neste contexto, o credencia com
louvor, a atuar com muita propriedade nos campos da Perícia Judicial, tendo um
papel importante na eliminação ou minimização de possíveis falhas na decisão
do magistrado.

Palavras-chave:
Engenharia nas Perícias. Perícias Judiciais. Perícia Científica.

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1. INTRODUÇÃO

O presente estudo da importância da engenharia nas pericias judiciais, nasceu

de minha trajetória profissional. A formação em engenharia mecânica;
engenharia de petróleo; doutorado em engenharia química e experiência como
empresário atuando em um segmento que envolve alto risco de acidentes
(trabalhos em espaço confinado sob atmosfera de nitrogênio) na área industrial,
e da experiência de mais de 20 anos em empresa recuperadora automotiva
direcionaram significativamente essa minha escolha.

Sendo assim, considero de suma importância à questão da engenharia na

perícia judicial, que vem dia a dia abordando temáticas variadas, exigindo
profissional especializado no tema, com ampla experiência e constante
atualização acadêmica, atributos estes necessários para o bom desempenho do
perito, fornecendo laudos técnicos confiáveis, auxiliando ao Juiz em suas
decisões judiciais.

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2 A IMPORTANCIA DA ENGENHARIA NA PERÍCIA JUDICIAL

Dentro das atribuições e atividades do profissional Engenheiro fixadas no artigo

7º da Lei n°5.194 de 24/12/66, a perícia é uma delas, dentre outras, que estão
discriminadas na Resolução n° 218 de 29/06/73. Mas para uma atuação segura
neste segmento faz-se necessário contar com a experiência profissional,
garantindo assim, um trabalho seguro, adquirindo com isso um maior
reconhecimento, por parte das instituições judiciais, para esclarecimento e bom
encaminhamento nas decisões nos processos.

A engenharia pericial é uma função que deve ser exercida por engenheiro,
profissional devidamente registrado no Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia – CREA, que visa cumprir uma necessidade técnica judicial, para que
o juiz, na sua decisão judicial ou extrajudicial, possa apresentar a veracidade
fidedigna, relativo às ocorrências em litigio, ratificando de modo técnico/científica
o trabalho da engenharia pericial.

Outro aspecto relevante a ser considerado refere-se à responsabilidade

profissional determinada no art. 4º da resolução 345 de 27 de julho de 1990, que
dispõe quanto ao exercício do profissional de nível superior das atividades de
Engenharia de Avaliações e Perícias, que estabelece que os trabalhos técnicos
para sua plena validade, devem ser objeto de Anotação de Responsabilidade
Técnica (ART), preconizada pela Lei n2 6.496, de 07 de dezembro de 1977.

Sempre onde se conservar a dúvida, surge a perícia como alternativa efetiva no

esclarecimento e definição da sentença produzida pela magistratura. Portanto
ela se origina no fato do juiz necessitar do conhecimento técnico ou
especializado de um profissional para poder decidir.

Na maioria das vezes as pericias são determinantes nos Julgamentos onde se

envolvem fatos patrimoniais de pessoas, empresas, instituições e meio
ambiente, sendo assim, uma perícia deve ser de extrema confiabilidade,
objetividade, abrangência e segurança, para que possa cumprir com seus
objetivos.

É de grande importância o trabalho do engenheiro habilitado em Avaliações e

Perícia, nomeado pelo juiz para esclarecer fatos que dependem de
conhecimento técnico ou científico específicos, para auxiliar a resolver questões
do campo técnico, utilizando de laudos bem fundamentados, amparados pelo
amplo conhecimento do profissional habilitado.

A finalidade da engenharia na perícia judicial é enfrentar os desafios em busca

da verdade, propondo soluções em seu campo de trabalho, com laudos técnicos
altamente confiáveis, impossibilitando que ações fraudulentas venham

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comprometer o parecer do Juiz com maus julgamentos, e venham provocar
prejuízos para as pessoas, empresas instituições ou meio ambiente.

Diante desse contexto foi atentamente evidenciada a atividade profissional

exercida pelo perito e suas obrigações.

“...De acordo com o § 1º do artigo 156 do novo CPC, "os

peritos serão nomeados entre os profissionais legalmente
habilitados e os órgãos técnicos ou científicos devidamente
inscritos em cadastro mantido pelo tribunal ao qual o juiz
está vinculado".

Um projeto sustentável, exemplificando a engenharia aplicada à perícia judicial

para o meio ambiente, deve ser observado o entendimento de que a energia está
ligada à água, a água, às mudanças climáticas, as mudanças climáticas à
produção de alimentos, a produção de alimentos à saúde, a saúde, ao
desenvolvimento social, e assim por diante. A não observação natural desse
ciclo gera demanda, para ação de um perito, por iniciativa de uma das partes
interessadas em busca de provas, atos e fatos por ela levantados para buscar
um direito pleiteado. A perícia pode ainda surgir por iniciativa do juiz, para o
conhecimento e o esclarecimento de atos e fatos.
“...O § 2º do artigo 157 do novo CPC afirma, "será
organizada lista de peritos na vara ou na secretaria, com
disponibilização dos documentos exigidos para habilitação
à consulta dos interessados, para que a nomeação seja
distribuída de modo equitativo, observadas a capacidade
técnica e a área do conhecimento".

Além da abordagem multidisciplinar-técnica de cada área, o perito engenheiro

também incorpora em sua atuação as questões consolidadas em legislações
específicas, como Códigos e Resoluções em geral e Planos Diretores entre
outros, tendo como objetivo a elucidação de casos que envolvam a resolução de
conflitos, de dúvidas, de riscos naturais ou induzidos de atividades em geral.
Desse modo, em todas as áreas do conhecimento técnico-científico para as
quais o conhecimento jurídico do magistrado não é suficiente para emitir opinião
técnica a respeito, faz-se necessária a presença da perícia para apurar
circunstâncias e/ou causas relativas a fatos reais, com vistas ao esclarecimento
da verdade, tendo à frente, o trabalho de um profissional técnico especializado
e habilitado para tal.
Cabe ressaltar que os profissionais são intimados a comparecer em um cartório
para prestar compromisso em dia, hora e local designado pelo juiz, e neste fazem
promessa solene de exercer leal e honradamente sua função. Tais profissionais
acompanharão todas as fases da perícia e expressarão sua opinião técnica,
onde e quando necessário, com absoluta independência, objetivando sempre a
busca da verdade.
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Dessa forma, o conhecimento científico adquire características de peritagem
quando é convocado para clarificar, justificar ou fundamentar, mesmo que
parcialmente, uma decisão. Da mesma forma, quando o cientista deixa o
ambiente laboratorial para integrar uma comissão sobre determinado tema
solicitado, ele passa a atuar no campo da peritagem, e já não propriamente no
âmbito da pesquisa científica. A sua função não é a de fornecer pura e
simplesmente um conhecimento, mas um conhecimento que se destina a
esclarecer aqueles que têm a responsabilidade de tomar decisões. Trata-se de
um conhecimento que serve à decisão, embora não constitua a própria decisão.
O perito pode ser chamado a fornecer informações técnicas sobre determinada
ação, a pronunciar-se sobre a autenticação de um produto, obra ou sobre a
apreciação de um caso específico. Boa parte da procura destes especialistas
está, porém, relacionada com a avaliações, previsões futuras, engenharia
pericial, conceito de ciclo de vida e conceito de sistemas, fornecendo laudos
técnicos, inclusive propondo melhorias aos fundamentos da engenharia visando
levar a soluções de possíveis danos.
A perícia científica não pode responder aos mesmos critérios de objetividade que
a ciência. Produzir conhecimentos científicos no contexto da investigação
acadêmica é diferente de utilizá-los no quadro da tomada de decisão.
Sendo assim, a ação do perito pode ser fundamental à esclarecer um impasse
judicial, analisando seus aspectos técnicos a partir de quesitos elaborados pelas
partes, definindo assim, os aspectos conclusivos a respeito da temática antes da
sentença, e uma definição legal do caso. Torna-se, portanto relevante as
contribuições do especialista engenheiro, que oferece aos juristas, inúmeras
oportunidades de debater e questionar no que diz respeito aos conhecimentos
específicos da engenharia, munindo-os de subsídios nas decisões e resoluções
das medidas legais de cada processo que gere dúvidas e controvérsias relativo
as questões especificas da engenharia.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A atuação de Engenheiros como peritos Judiciais, sendo a peritagem científica

um saber que, situando-se entre a ciência e a política, se encontra no lado do
conhecimento, a tensão sustentada entre as duas éticas deve dar origem a uma
combinação prudente. Os conhecimentos científicos podem esclarecer a decisão
política acerca do que está em causa, mostrando com clareza as várias
alternativas e seus efeitos secundários, mas tal não autoriza a deduzir que a
ciência possa determinar o que deve ser decidido. Da mesma forma, a decisão
política, sobretudo a que concerne ao interesse geral, deve atender aos
conhecimentos validados pela ciência, mas sem esquecer os conflitos
ideológicos, os diversos modelos de desenvolvimento econômico e social, as

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sensibilidades, os valores e as experiências sociais dos cidadãos, as noções de
equilíbrio, a coesão e a segurança da sociedade.
Nesse contexto considero de grande importância a utilização da engenharia em
processos judiciais em que envolva conhecimento técnico para o tema, e para
isso deve contar com profissionais que buscam formação e melhoria continuada,
como estratégia relevante para enfrentar esse desafio com segurança.
O ideal para abastecer e/ou manter o mercado com profissionais melhores
preparados é que a instituição de ensino superior capacite o engenheiro não
apenas para calcular e projetar, sim, para colaborar na promoção da justiça,
atuando como auxiliar do direito, principalmente na realização de diferentes tipos
de perícias. Deve transmitir o embasamento teórico e prático que o engenheiro
deve ter para auxiliar em matérias jurídicas, principalmente quando de sua
designação para atuar em processos judiciais ou administrativos.
A preparação deve possibilitar a compreensão das relações do direito com a
engenharia, o entendimento dos documentos e solicitações forenses, e o
preparo na capacitação do profissional nesse tipo de trabalho.
Sendo assim, espero que em certa medida, esse estudo possa contribuir para o
desenvolvimento da prática e reflexão sobre a temática “pericias judiciais na área
das engenharias”.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CALDEIRA, Sidenei. A Influência do Laudo Pericial Contábil na Decisão dos

Juizes em Processos nas Varas Cíveis. Disponível em:
http://www.e.fernando.cse.prof.ufsc.

ARTIGODINFORMATIVOS. Acidentes de barco Eunápolis Bahia. Disponível

em:
<http:www.artigosinformativos.com.br/Acidentes_de_Barco_Eunapolis_Bahia-
r954253-Eunapolis_Ba.html>.

Mihelcic, J.R. Julie, B.Z. Engenharia Ambiental. 2. Ed: LTC

Beltrão, A. F. G. Direito Ambiental. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
Método, 2009.

ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10719. Apresentação

de relatórios técnico-científicos. Rio de Janeiro: 1989, 9p.

ALMEIDA, J.R., OLIVEIRA, S.G. & PANNO, M., Perícia Ambiental, Rio de
Janeiro: Thex Ed., 2000.

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Brasil, Jorge Eduardo Barreto. Consequências da perícia judicial na apuração
de responsabilidades [manuscrito] / Jorge Eduardo Barreto Brasil. -- 2009.
Disponível em www.ipog.edu.br/ . Acesso em 13 de outubro de 2013.

OLIVEIRA, Rogério Freitas de. Engenharia Legal: Interface Direito - Engenharia

“Conceitos, procedimentos, atribuições e competências do profissional de

Engenharia Legal". Monografia apresentada ao Curso de Especialização em
Construção Civil da Escola de Engenharia da UFMG Belo Horizonte Escola de
Engenharia da UFMG Departamento de Engenharia de Materiais e Construção
Dezembro / 2009

RESOLUÇÃO Nº 345, DE 27 DE JULHO DE 1990. Disponível em

www.normativos.confea.org.br Acesso em 13 de outubro de 2013.

RESOLUÇÃO Nº 218, DE 29 DE JUNHO DE 1973.

www.normativos.confea.org.br.Acesso em 13 de outubro de 2013.

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