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Indivíduos e Coletividades
Autoria: Gabriela DeLuca, Sidinei Rocha de Oliveira, Carolina Dalla Chiesa
Resumo
Este trabalho objetiva apresentar e discutir os conceitos de Gilberto Velho, e como estes
possibilitam ao aprofundamento teórico e a novas perspectivas para os estudos de carreira, com
vistas à uma elaboração interdisciplinar para compreender a carreira de um indivíduo ou
coletividade. Para tanto, revisamos as noções de projeto, campo de possibilidades, negociação da
realidade e metamorfose, bem como as noções de carreira, com especial enfoque no
interacionismo de Everett Hughes. Buscamos, assim, contribuir para o campo de estudos com
uma abordagem interdisciplinar e simbólica acerca da noção de carreiras.
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1 Introdução
A noção de carreira é recente em termos históricos, surgindo no decorrer do século XX,
ligada à ideia de sucessão de etapas em uma profissão ou em uma organização. Trata-se de um
fenômeno da moderna sociedade industrial, baseado nos princípios de igualdade, reconhecimento
do êxito individual e crescimento econômico e social, contrapondo-se aos modos de vida ligados
à tradição, predominantes na sociedade feudal (Chanlat, 1996).
Sendo a carreira um tema recente, mesmo já tendo sido interesse de autores de diferentes
campos científicos (psicologia, sociologia, administração, entre outros), ainda apresenta grande
potencial para discussão, principalmente no que se refere às diferentes nuances que o conceito
pode assumir nas sociedades contemporâneas. Entretanto, apesar da diversidade de campos para
explorar, a maior parte dos estudos que marcam a discussão sobre o tema nos últimos vinte anos
volta-se, de um lado, para a construção de modelos que possam explicar, em grande parte, as
trajetórias profissionais (ver Sullivan & Baruch, 2009; Inkson et al., 2012); e, de outro, reforçam,
principalmente, a dicotomia entre indivíduo e organização.
Esse foco altera-se nos últimos anos, tanto pela reflexão sobre os limites das principais
abordagens da discussão – carreira proteana e carreiras sem fronteiras (Sullivan & Baruch, 2009;
Ituma & Simpson, 2012) –, quanto pelo incentivo à busca de novas abordagens que permitam
maior interdisciplinaridade nesse campo teórico (Arthur, 2008; Chudzikowski & Mayrhofer,
2011; Khapova & Arthur, 2011; Lawrence, 2011). Além disso, permanece a crítica frequente
sobre falta de inovação nos trabalhos realizados sobre a temática, ponto amplamente reforçado
nos dois handbooks sobre o tema (Arthur, Hall & Lawrence, 1989; Gunz & Peiperl, 2007), apesar
das quase duas décadas que separam suas publicações.
Assim, para ampliar a discussão sobre o tema, bem como para apresentar uma contribuição
interdisciplinar para reflexões teóricas sobre o conceito, objetivamos com este ensaio discutir
como os conceitos da obra do antropólogo Gilberto Velho possibilitam o aprofundamento teórico
interdisciplinar para os estudos de carreira . Deste modo, o texto traz uma dupla proposta:
apresentar e discutir conceitos da obra de Gilberto Velho que permitam explorar trajetórias de
vida nas sociedades complexas; e discutir como estes conceitos podem ser apropriados para os
estudos de carreira, utilizando como interface uma orientação teórica principal pertinente ao autor
em foco.
Para realização deste objetivo, organizamos o trabalho em quatro partes, além desta
introdução. Na primeira, apresentamos a trajetória do conceito de carreira, explorando suas
principais vertentes e enfocando, com maior profundidade, a interacionista, a qual tem Everett
Hughes como expoente primordial. Em seguida, exploramos a obra de Gilberto Velho,
introduzindo os conceitos de campo de possibilidades, projeto, negociação da realidade e
metamorfose. Dado isto, passamos à discussão entre os conceitos apresentados, buscando as
contribuições que a perspectiva antropológica de Gilberto Velho pode trazer. Ao fim, colocamos
considerações para retomar e avançar nas reflexões decorrentes dessa discussão.
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O campo de possibilidades é, portanto, o rol de alternativas que se apresenta ao indivíduo
a partir de processos sócio-históricos mais amplos que, além disso, passam pelo potencial
interpretativo da sociedade. Trata-se de algo que é dado, mas que passa, ao mesmo tempo, por
ressignificações em diferentes contextos, demonstrando o potencial de metamorfose do
indivíduo. O campo de possibilidades é um conceito fundamental para compreensão da maneira
pela qual os projetos movimentam-se ao longo de uma trajetória de vida, coerentemente ou não.
Dado o seu “potencial de metamorfose” (Velho, 2003), o indivíduo pode alterar projetos
ao longo de sua trajetória, “negociando” sua realidade, contemplada por outros projetos, de
indivíduos ou grupos. No caso destes últimos, chamados “projetos coletivos”, estão incluídos
traços de famílias, grupos, instituições, entre outros, todos passíveis de diferentes interpretações
individuais “devido a particularidades de status, trajetória e, no caso de uma família, de gênero e
geração” (Velho, 2003, p. 41). Assim sendo, mesmo os projetos coletivos não podem ser
considerados homogêneos, pois não é porque estes são coletivos que são igualmente
compartilhados por todos; projetos são continuamente reinterpretados.
Cumpre, neste momento, ressaltar o fenômeno de negociação da realidade, o qual
pressupõe a diferença como elemento constitutivo do mesmo. Esta diferença, contudo, está
inserida em um contexto de significados compartilhados, de modo que a heterogeneidade que se
revela na negociação da realidade não seja considerada um estraçalhamento do indivíduo, porém,
uma característica do social a partir da cultura. Em outras palavras, a rede de significados
(Geertz, 2008) não exclui diferenças, mas vive delas.
Apesar de Velho (2003) colocar como um de seus objetivos o resgate de uma possível
margem de manobra e iniciativa dos atores sociais envolvidos, pois “a interação vista como
processo social básico dá aos atores que interagem um papel de, não apenas agentes de
reprodução, mas de reinventores da vida social” (Velho, 2006, p. 50), eles não são indivíduos-
sujeitos em sua plenitude, pois também “são empurrados por forças e circunstâncias que tem de
enfrentar e procurar dar conta” (Velho, 2003, p. 45). Ou seja, por mais que exista a capacidade de
escolha, esta também estará ancorada em um conjunto mais abrangente de valores e
representações sociais (Velho, 2006).
É também a partir desse jogo de papéis que o indivíduo traça e transforma seu próprio
projeto, desenvolvendo o “potencial de metamorfose” (Velho, 2003). A viabilidade de suas
decisões vai depender desse jogo de interação com outros projetos individuais e coletivos (Velho,
2003). O projeto, portanto, sendo passível de transformação, se torna único ao sujeito: uma
caracterização de sua individualidade, uma orientação no percurso por entre campos de
possibilidades e, enfim, o instrumento básico de negociação da realidade. Nesse sentido, cumpre
observar um último conceito dentro da noção de trajetória de vida explorada por Gilberto Velho:
a metamorfose.
Por menor que seja a sociedade, esta não será totalmente homogênea. Poder-se-ia dizer
que a vida social reside na interação das diferenças, o que nas sociedades complexas, se revela de
modo ainda mais contundente. O trânsito frequente por entre províncias de significados “implica
adaptações constantes dos atores, produtores de e produzidos por escalas de valores e ideologias
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individualistas constitutivas da vida moderna” (Velho, 2003, p.44). No plano individual, a
participação nesses diferentes mundos desenvolve um potencial de metamorfose do indivíduo.
Tais noções revelam aspectos simbólicos fundamentais, pois, muito embora existam
mecanismos de massificação do indivíduo, na sociedade moderna, estes são interpretados de
formas diferentes, revelando a heterogeneidade cultural (Velho, 2003). A metamorfose demonstra
não somente a heterogeneidade sociocultural, como também a possibilidade de o indivíduo
transformar sua trajetória, mudar seu projeto e transitar por entre “mundos” ou “províncias de
significado” (Schutz, 2012). Portanto, a noção de metamorfose permite observar analiticamente a
flexibilidade e transformação, pois "os projetos, como as pessoas, mudam. Ou as pessoas mudam
através de seus projetos. A transformação individual se dá ao longo do tempo e contextualmente"
(Velho, 2003). Essas fragmentações devem ser vistas, como uma característica do social,
justamente por seu caráter simbólico.
No ambiente controverso da metrópole, existe um número maior de manobras possíveis.
A diversidade de papéis e a possibilidade de trânsito permitem a produção de identidades
multifacetadas. Em casos extremos, “a heterogeneidade e a diferenciação poderiam produzir
situações de fragmentação sociocultural” (Velho, 2003, p. 81). Porém, em verdade, "o potencial
de metamorfose permite, em geral, aos indivíduos transitarem entre diferentes domínios e
situações, sem maiores danos ou custos psicológico-sociais" (Velho, 2003, p. 82).
A “metamorfose” da qual Velho (2003, p. 29) discorre, possibilita “através do
acionamento de códigos, associados a contextos e domínios específicos [...] que os indivíduos
estejam sendo permanentemente reconstruídos”. O que se chama de potencial é, portanto, a
latência da possibilidade de transformação, devido ao fato de sua existência estar condicionada às
múltiplas realidades. Velho (2003, p. 29), enfim, alerta: “com isso, talvez, possamos escapar de
falsos problemas ditados por uma visão linear da experiência humana”.
Na próxima seção, buscamos integrar os conceitos de Gilberto Velho apresentados às
discussões sobre carreira, com especial enfoque no interacionismo de Hughes (1937).
5 Considerações Finais
Neste trabalho, buscamos apresentar e discutir os conceitos de Gilberto Velho e como
estes possibilitam o aprofundamento teórico e novas perspectivas para os estudos de carreira.
Desta discussão, resgatamos alguns pontos que nos parecem centrais para o avanço do tema.
Primeiro, os conceitos de Gilberto Velho contribuem para a interdisciplinaridade no tema
da carreira na área de Administração, possibilitando a compreensão da ação de indivíduos,
grupos, organizações e instituições, por meio dos conceitos de projeto, campo de
possibilidades, negociação e metamorfose. Assim, tanto a visão de que a carreira deve ser
estruturada e possa ser controlada pela organização (visão tradicional de carreira), quanto a ideia
de que ela é uma construção centrada exclusivamente do indivíduo (carreira proteana e carreiras
sem fronteiras), merecem ser revistas. Como alternativa, foram apresentadas por Adamson,
Doherty e Viney (1998) novas percepções quanto à carreira, devido à mesma perspectiva
interacionista. Apesar de demonstrar a peculiaridade de cada carreira nestes apontamentos, os
autores colocam uma visão organizacional, ampliando as possibilidades de análise de um
currículo. Entendemos, no entanto, que a carreira vai para além de uma análise curricular,
passível de qualificações parciais. Além disso, não é contemplada, nesta visão, a possibilidade de
recursividade entre indivíduo e instituição.
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Segundo, o rompimento da dicotomia agente-estrutura, que tem caracterizado a literatura
internacional por meio da utilização de conceitos que permitem mais dinamismo para
compreender, por meio na noção de projeto e de trânsito por entre campos de possibilidades,
como os atores (indivíduo, organização, instituições, etc.) influenciam-se mutuamente, trazendo
mudanças para ambos. A existência de projetos individuais e coletivos, sendo continuamente
negociados, permite dinamismo para a análise de trajetórias tanto individuais quanto coletivas,
quebrando com perspectivas estritamente deterministas ou voluntaristas, e reforçando a noção de
troca entre os atores e de reconfiguração dos projetos.
Terceiro, o entendimento deste dinamismo, unido à noção de metamorfose, amplia a
compreensão da carreira para algo não necessariamente fixo, mas potencialmente em
transformação. Sendo dinâmicos e mutuamente influenciadores, projetos individuais e coletivos
podem mudar constantemente, devido às diferenças contempladas pelo individuo e às
negociações vivenciadas e exercidas por ele. Assim, as metamorfoses são tanto uma causa como
um efeito do trânsito do individuo.
Quarto, a análise da carreira como um universo temporal, fazendo uso das noções de
memória e projeto, referentes ao passado e ao futuro, revela que a exploração do passado
contribui para a compreensão do presente e para compreensão projeção de uma trajetória porvir,
seja em relação a um indivíduo ou a uma coletividade. A análise desses elementos permite
compreender a maneira pela qual ocorreram os processos de negociação entre fronteiras
simbólicas e quais mudanças marcaram os projetos de cada ator até o momento presente. No
futuro, a carreira é a projeção que resulta de, e irá resultar em negociações de fronteiras
simbólicas, as quais contemplam subjetividades e objetividades.
Tendo em vista as proposições analíticas sobre carreira diferentemente das demais já
tratadas, bem como os conceitos explorados de Gilberto Velho, entendemos que carreira é, ao
mesmo tempo, uma trajetória retrospectiva e projetada, dinâmica e mutável, de um
indivíduo ou coletividade, revelando negociações entre objetividades e subjetividades.
A trajetória retrospectiva faz referência à noção de memória, que inclui os projetos
prévios do indivíduo ou coletividade. No mesmo sentido, a trajetória projetada faz referência à
noção de projeto, como antecipação do futuro. Portanto, “trajetórias retrospectivas e projetadas”
referem-se à sequência dinâmica de elaboração da carreira. Dinamismo e mutabilidade são
referentes às noções de recursividade entre os diferentes atores que fazem parte de um campo de
possibilidades, bem como à noção de metamorfose presente em uma biografia. Essa proposta
revela os processos de negociação decorrentes do trânsito por objetividades e subjetividades dos
campos de possibilidades, bem como as fronteiras simbólicas sendo tensionadas.
Pretendemos, assim, explicitar o quadro amplo daquilo que entendemos como carreira,
muito embora, compreendamos que são numerosas as peculiaridades das noções apresentadas.
Deste modo, sugerimos pontos que merecem ser explorados em trabalhos futuros, afim de
ampliar os entendimentos que propusemos, como agenda futura de pesquisa:
a) ao considerar a noção de projeto, sobretudo de projetos coletivos, o conceito de carreira pode
ser ampliado para a organização, tornando-se necessário explorar trajetórias coletivas em grupos,
organizações e instituições, de forma a discutir a noção de uma “carreira coletiva”;
b) Explorar de que maneira a base conceitual apresentada pode ser trabalhada metodológica e
analiticamente, uma vez que os aspectos teóricos não se desenvolvem em separado da discussão
epistemológica e metodológica (Rocha-de-Oliveira & Closs, 2013);
c) realizar estudos empíricos com diferentes atores, a fim de explorar a base conceitual discutida
e apresentada e refinar o conceito proposto; e,
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d) refletir sobre a possibilidade de utilização destes conceitos nas práticas de Gestão de Pessoas e
Carreiras no cotidiano organizacional.
Este trabalho representa uma proposta inicial que requer ampliação da discussão teórica,
explorando novos limites dos conceitos e estudos empíricos para aprofundar as reflexões aqui
apresentadas. Acreditamos no potencial de interdisciplinaridade da proposta e na relevância de
situarmos a discussão de carreira com autores brasileiros. Dado este primeiro passo, será possível
esclarecer e aperfeiçoar os entendimentos, de modo a trazer colaborações para a pesquisa
acadêmica e para a prática administrativa.
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A fenomenologia social de Schutz (2012) se situa na confluência da fenomenologia de Edmund Husserl com a
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para compreender a conduta organizada do indivíduo.
ii
O filósofo e sociólogo Georg Simmel, cujos escritos inspiram a obra de Gilberto Velho, considerava a modernidade
uma multiplicidade de estilos, de mundos, os quais podem ser compreendidos em um indivíduo, dado seu trânsito
por diferentes formas da vida social.
iii
A ideia de "homem marginal" é tomada de empréstimo por Hughes (1958a) de Robert E. Park, o qual chamou
assim os casos especiais de pessoas que eram híbridos raciais e, como consequência, encontravam-se em uma
situação de dilema entre suas raças (compreendidas como status grupais).
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