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DOCÊNCIA EM

PRIMEIROS SOCORROS
SAÚDE NA INFÂNICA
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Triagem Organização LTDA ME
Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167
Portal Educação

P842p Primeiros socorros na infância / Portal Educação. - Campo Grande: Portal


Educação, 2012.

63p. : il.

Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-295-4

1. Primeiros socorros – infância. I. Portal Educação. II. Título.

CDD 618.9200252
SUMÁRIO

1 ACIDENTE NA INFÂNCIA .........................................................................................................4

2 RELAÇÃO DE ACIDENTES COM AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA .......5


2
3 HOSPITALIZAÇÃO ....................................................................................................................6

4 RELAÇÃO DE ACIDENTES COM CARACTERÍSTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS .............7

4.1 PREVENÇÃO ............................................................................................................................11

4.2 PROTEGENDO O BEBÊ ...........................................................................................................11

5 SEGURANÇA E BRINQUEDOS ...............................................................................................25

5.1 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES ............................................................................................26

5.2 PREVENINDO ACIDENTES NO PARQUINHO.........................................................................31

6 TRANSPORTE ESCOLAR .......................................................................................................36

7 PRIMEIROS SOCORROS.........................................................................................................41

7.1 ACIDENTE COM ELETRICIDADE ............................................................................................41

7.2 CISCO NOS OLHOS .................................................................................................................42

7.3 CÓLICAS ...................................................................................................................................43

7.4 CONVULSÕES..........................................................................................................................44

7.5 CORPO ESTRANHO.................................................................................................................45

7.6 CORTES....................................................................................................................................48

7.7 DESMAIO ..................................................................................................................................49

7.8 ESCORIAÇÕES .......................................................................................................................50


7.9 FARPAS ....................................................................................................................................50

7.10 FEBRE.......................................................................................................................................51

7.11 INGESTÃO DE PRODUTOS TÓXICOS ...................................................................................53

7.12 MORDIDA DE ANIMAIS ............................................................................................................54

7.13 PERDA DE DENTE ...................................................................................................................55 3

7.14 PICADA DE INSETO .................................................................................................................56

7.15 QUEDAS ...................................................................................................................................56

7.16 QUEIMADURA ..........................................................................................................................58

7.17 SANGRAMENTO NASAL ..........................................................................................................59

7.18 UNHAS ARRANCADAS ............................................................................................................60

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................61
1 ACIDENTE NA INFÂNCIA

Os acidentes, ou lesões não intencionais, representam a principal causa de morte de


crianças de 0 a 14 anos no Brasil. No total, cerca de 6 mil crianças até 14 anos morrem e 140
mil são hospitalizadas anualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, configurando-se 4
como uma séria questão de saúde pública. Estimativas mostram que a cada morte, outras
quatro crianças ficam com sequelas permanentes que irá gerar, provavelmente, consequências
emocionais, sociais e financeiras a essa família e à sociedade. De acordo com o governo
brasileiro, cerca de R$ 63 milhões são gastos na rede do SUS – Sistema Único de Saúde.

A boa notícia é que estudos mostram que pelo menos 90% dessas lesões poderiam
ser evitadas com atitudes de prevenção!
2 RELAÇÃO DE ACIDENTES COM AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Conhecer as particularidades e diferentes características do desenvolvimento de uma


criança é um bom caminho para compreender a incidência de determinados acidentes neste 5
processo.

Com o passar do tempo, os pequenos passam a desenvolver suas habilidades


motoras, cognitivas e sensoriais. Mas enquanto este processo não está completo, a criança fica
vulnerável a uma série de perigos exigindo, portanto, cuidados especiais e atenção total.

Veja a tabela abaixo:

TABELA 1 - MORTALIDADE

Idade 1° Posto 2° Posto 3° Posto 4° Posto 5° Posto 6° Posto

Menor Sufocação Passageiro de Queda Afogamento Queimadura Atropelamento


de 1 ano veículo com fogo
514 35 24 20
40 21

De 1 a 4 Afogamento Atropelamento Passageiro de Sufocação Queda Queimadura com fogo


anos veículo
469 233 119 92 77
129

De 5 a 9 Afogamento Atropelamento Passageiro de Queda Ciclista Queimadura com fogo


anos veículo
390 364 60 51 40
160

De 10 a Afogamento Atropelamento Passageiro de Ciclista Queda Choque elétrico


14 anos veículo
499 317 76 67 56
259

FONTE: DATASUS/Ministério da Saúde/2007.


3 HOSPITALIZAÇÃO

TABELA 2 - HOSPITALIZAÇÕES

6
Idade 1° Posto 2° Posto 3° Posto 4° Posto 5° Posto 6° Posto

Menor Queda Queimadura Choque Atropela- Queimadura Envenenam.


de 1 ano com líquidos elétrico mento com fogo medicam.,
2.511 quentes e 282 183 146 pesticidas
outras fontes e outros.
de calor 129
397

De 1 a 4 Queda Queimadura Atropelamento Choque elétrico Envenenam. Queimad.


anos com líquidos 1.498 1.478 Medicam., com fogo
13.863 quentes e pesticidas 864
outras fontes e outros
de calor 971
2.616

De 5 a 9 Queda Atropela- Choque Queimadura Queimadura Ciclista


anos mento elétrico com fogo com líquidos 988
29.293 3.312 2.882 1.076 quentes e outras
fontes de calor
1.035

De 10 a Queda Choque elétrico Atropelamento Ciclista Passageiro de Envenenam.


14 anos 3.127 2.997 1.474 veículo medicam.,
27.788 1.162 pesticidas e
outros.
1.090

FONTE: DATASUS/Ministério da Saúde/2007.


4 RELAÇÃO DE ACIDENTES COM CARACTERÍSTICAS SOCIAIS E ECONÔMICAS

Alguns elementos observados em nossa sociedade e no ambiente que vivemos estão


ligados ao aumento da exposição das crianças aos riscos de acidentes. A falta de informação,
de infraestrutura adequada, de espaços de lazer, de creches e escolas e de políticas públicas 7
direcionadas à prevenção de acidentes são alguns exemplos desta relação. Sabemos que
alguns fatores como pobreza, mãe solteira e jovem, baixo nível de educação materna,
habitações precárias e famílias numerosas estão associados aos riscos de acidentes*. Por
outro lado, é importante ressaltar que qualquer criança, independentemente de sua classe
social, está vulnerável à ocorrência de um acidente.

Faixa etária de 0 a 14 anos

Tipo de
Total de mortes 0 a 14 anos
acidente

2007 2006 2005 2004 2003

2134 2.176 2.364 2427 2446


Acidentes de trânsito
(40%) (39%) (40,7%) (41,1%) (41%)

1382 1.489 1.496 1533 1527


Afogamento
(26%) (27%) (25,7%) (26%) (25%)

701 698 806 791 771


Sufocação
(13%) (13%) (13,9%) (13,4%) (13%)

337 366 367 387 420


Queimaduras
(6%) (7%) (6,3%) (6,6%) (7%)

359 352 317 329 367


Outros
(7%) (6%) (5,5%) (5,6%) (6%)
254 315 310 292 289
Quedas
(5%) (6%) (5,3%) (4,9%) (5%)

Intoxicações 105 81 108 109 121


(envenenamento) (2%) (1%) (1,9%) (1,8%) (2%)

52 43 40 34 52
Armas de fogo
(13%) (1%) (0,7%) (0,6%) (1%)
8
Total 5324 5.520 5.808 5902 5993

DATASUS – Ministério da Saúde 2003/2004/2005/2006/2007

Tipo de Total de mortes menores


acidente de 1 ano

2007 2006 2005 2004 2003

514 504 586 602 576


Sufocação
(69%) (63%) (68,6%) (67,8%) (69,4%)

91 116 109
Acidentes de trânsito 102(14%) 96 (12%)
(10,6%) (13,1%) (13,1%)

44 (6%) 53 55 56
Queimaduras 38(5%)
(6,2%) (6,2%) (6,7%)

39 (5%) 28 36 29
Afogamento 24(3%)
(3,3%) (4,1%) (3,5%)

63 (8%) 56 48 29
Quedas 35(5%)
(6,6%) (5,4%) (3,5%)

40 (5%) 33 21 23
Outros 26(3%)
(3,9%) (2,4%) (2,8%)
Intoxicações 6 10
7(1%) 7 (1%) 8 (0,9%)
(envenenamento) (0,7%)d (1,1%)

Armas de fogo 1(0%) 1 (0%) 1 (0,1%) 0 (0%) 0 (0%)

Total 747 793 854 888 830

DATASUS – Ministério da Saúde 2003/2004/2005/2006/2007 9

Tipo de acidente Total de mortes 1 a 4 anos

2007 2006 2005 2004 2003

469 488 482 488 535


Afogamento
(31%) (35%) (32,5%) (30,8%) (31,7%)

157 145 159 188 206


Queimaduras
(10%) (10%) (10,7%) (11,9%) (12,2%)

468 448 482 525 527


Acidentes de trânsito
(31%) (32%) (32,5%) (33,2%) (31,2%)

128 125 124


Sufocação 119 (8%) 120(8%)
(8,6%) (7,9%) (7,3%)

92 110 112
Outros 137 (9%) 103 (7%)
(6,2%) (7,0%) (6,6%)

83 80 106
Quedas 92 (6%) 90 (6%)
(5,6%) (5,1%) (6,3%)

Intoxicações 52 56
63 (4%) 34 (2%) 69 (4%)
(envenenamento) (3,5%) (3,5%)

10 10
Armas de fogo 11 (1%) 6 (0%) 6 (0,4%) (0,6%) (0,6%)
Total 1516 1434 1484 1582 1689

DATASUS – Ministério da Saúde 2003/2004/2005/2006/2007

Sufocação
10
<1 10 a
Outros Riscos Acidentais à Respiração 1a4 5a9 Total
ano 14
W75 Sufocação e estrangulamento, acidente na cama 33 2 1 0 36

W76 Outros, enforcamento e estrangulamento acidental 2 1 11 6 20

W77 Risco resp dev desmor queda terra outr subst 0 5 6 6 17

W78 Inalação do conteúdo gástrico 202 31 7 5 245

W79 Inalacao ingest aliment caus obstr trat resp 117 29 3 8 157

W80 Inalac ingest outr obj caus obstr trat resp 20 21 5 3 49

W81 Confinado aprision ambiente pobre oxigênio 1 1 0 1 3

W83 Outros riscos espec a respiração 1 0 0 0 1

W84 Riscos NE a respiração 138 29 3 3 173

Total 514 119 36 32 701


4.1 PREVENÇÃO

A prevenção é a principal saída para a problemática dos acidentes, mas essa ainda
permanece como um desafio. A prevenção não é encarada como prioridade no País. 11

Muitas vezes é necessário que os problemas ocorram – dengue, AIDS, alagamentos,


drogas – para só depois se rever os prejuízos. Além disso, o acidente nem sempre é notificado
e tratado como tal, gerando ainda mais obstáculos na busca de soluções.

Com a conscientização da sociedade, pelo menos 90% dos acidentes poderiam ser
evitados com atitudes preventivas, como:
 Ações Educativas;
 Modificações no meio ambiente;
 Modificações de engenharia;
 Criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas.

Os pais em geral são muito cuidadosos e querem proteger seus filhos de todas as
ameaças que podem existir "lá fora". Mas, e os perigos que estão próximos ou em casa? Itens
aparentemente inocentes, como a torneira do banheiro ou o botão perdido das suas camisas,
de repente, têm uma grande importância, quando um bebê tem que ser cuidado. Até mesmo
produtos feitos para ninar ou entreter sua criança podem, às vezes, ser perigosos.

4.2 PROTEGENDO O BEBÊ

 Corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança.


FIGURA 1 – ALIMENTAÇÃO

12

FONTE: Disponível em: <


http://lh5.ggpht.com/_1m5W8yFIQaQ/TDZ0hRNtklI/AAAAAAAAEIk/0cwoU498tqU/crianca-comendo-
alimentacao-cor2%5B2%5D.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

 Bebês devem dormir em colchão firme de barriga para cima, cobertos até a
altura do peito com lençol ou manta que estejam presos embaixo do colchão. O colchão deve
estar bem preso ao berço (não mais que dois dedos de espaço entre o berço e o colchão) e
sem qualquer embalagem plástica.
FIGURA 2 – POSIÇÃO PARA DORMIR

13

FONTE: Disponível em: < http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/foto/0,,21162379-EX,00.jpg>. Acesso em: 19


set. 2011.

 Seja especialmente cauteloso em relação aos berços usados. Procure berços


certificados conforme as normas de segurança do Inmetro. Fique atento aos espaços das
grades de proteção do berço, elas não devem ter mais que 6cm de distância entre elas.

FIGURA 3 – BERÇO

FONTE: Disponível em: < http://images01.olx.com.br/ui/2/84/51/36968351_1.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.


 Remova todos os brinquedos, excesso de cobertores e travesseiros do berço
quando seu bebê estiver dormindo, para reduzir o risco de asfixia.

FIGURA 4 – CRIANÇA DORMINDO COM BRINQUEDOS

14

FONTE: Disponível em: <


http://lh5.ggpht.com/_C9dUtULK2hI/SuCkX0uFgrI/AAAAAAAACRc/bzmPk84V6zg/nene_dormindo.JPG >.
Acesso em: 19 set. 2011.

 Compre somente brinquedos apropriados para o seu bebê. Tenha certeza de


que o piso está livre de objetos pequenos como botões, colar de contas, bolas de gude,
moedas, tachinhas. Tire esses e outros pequenos itens do alcance de seu bebê.
FIGURA 5 – OBJETOS PEQUENOS

15

FONTE: Disponível em: < http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/foto/0,,14323191,00.jpg >. Acesso


em: 19 set. 2011.

 Tenha certeza de que materiais de limpeza, remédios e vitaminas estão


trancados e longe do bebê. Tire plantas venenosas do alcance.

FIGURA 6 – ARMÁRIO DE MEDICAMENTOS

FONTE: Disponível em: < http://www.riototal.com.br/saude/saude056-medicamentos01.jpg >. Acesso em: 19


set. 2011.
 Considere a compra de cortinas ou persianas sem cordas para evitar que
crianças menores corram o risco de estrangulamento.

FIGURA 7 – PERSIANAS

16

FONTE: Disponível em: < http://www.persitecpraiagrande.com.br/fotos/persianas_verticais/g/persiana12.jpg


>. Acesso em: 19 set. 2011.

 Nunca deixe as crianças, sem vigilância, próximas a pias, piscinas, vasos


sanitários, banheiras, baldes e recipientes com água. Esvazie-os logo depois de usá-los.
Guarde baldes e recipientes de cabeça para baixo.
FIGURA 8– CUIDADO COM A PISCINA

17

FONTE: Disponível em: < http://4.bp.blogspot.com/-


OCVngYbXYa8/TkFpicqdtCI/AAAAAAAADP0/kR7INGLuGNc/s1600/crian%25C3%25A7a_relaxando_piscina.j
pg >. Acesso em: 19 set. 2011.

 A maioria das queimaduras com bebês, especialmente entre as idades de seis


meses a dois anos, é causada por comidas quentes e líquidos derramados na cozinha. A água
quente da pia e da banheira é também responsável por muitas queimaduras em crianças;
essas tendem a ser mais graves e cobrem uma porção maior do corpo do que as ocasionadas
por outros líquidos quentes.

FIGURA 9 – CUIDADOS COM O FOGÃO

FONTE: Disponível em: < http://cb.sc.gov.br/ccb/dicas_seg/imagem/segura91.jpg >. Acesso em: 19 set. 2011.
 Sempre teste a temperatura da água do banho, usando o dorso da mão ou o
cotovelo, movimentando a água de um lado para o outro.

FIGURA 10 – CUIDADOS COM A TEMPERATURA DA ÁGUA


18

FONTE: Disponível em: < http://www.prevencaoacidentes.com.br/img/lar4f.jpg >. Acesso em: 19 set. 2011.

 Evite carregar comidas ou bebidas quentes próximas de seu bebê.

FIGURA 11 – PANELA QUENTE

FONTE: Disponível em: < http://3.bp.blogspot.com/_ey4j4gQr4Qk/SWjied7_RQI/AAAAAAAAAEY/3jCegsR-


vkI/s320/Queima2.gif >. Acesso em: 19 set. 2011.
 Não use toalha comprida na mesa. O bebê pode puxá-la e derrubar utensílios e
líquidos quentes.

FIGURA 12 – CUIDADOS NA MESA

19

FONTE: Disponível em: < http://cb.sc.gov.br/ccb/dicas_seg/imagem/segura88.jpg >. Acesso em: 19 set. 2011.

 Não use andador com rodas, prefira o cercado (chiqueirinho).

FIGURA 13 – ANDADOR COM RODAS

FONTE: Disponível em: < http://www.pontodobebe.com.br/gerenciador/upload/noticias/Andador.jpg >. Acesso


em: 19 set. 2011.
 Instale telas ou grades nas janelas e sacadas. Nunca coloque berços ou outros
móveis próximos de uma janela.

FIGURA 14 – SACADA COM TELA


20

FONTE: Disponível em: < http://images01.olx.com.br/ui/11/63/59/1304514927_195465459_3-Redes-de-


Protecao-para-Sacadas-Para-Bebes-Criancas.jpg >. Acesso em: 19 set. 2011.

 Procure adquirir móveis com pontas arredondadas ou considere o uso de


pontas de silicone (protetores de quinas) vendidas em lojas especializadas de bebê.
FIGURA 15 – PROTETOR DE QUINA DE SILICONE

21

FONTE: Disponível em: < http://www.lojabebefeliz.com.br/loja/images/protetor%20quina%20moveis.jpg >.


Acesso em: 19 set. 2011.

 Evite móveis com vidro ou outro material que possa quebrar e cortar.

FIGURA 16 – MÓVEL DE VIDRO

FONTE: Disponível em: < http://imgs.odisea.com.br/produtos/anuncios/23176151.jpg>. Acesso em: 19 set.


2011.
 Mantenha uma mão em seu bebê enquanto você troca as fraldas. Não deixe
seu bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis.

FIGURA 17 – MANTER UMA MÃO NO BEBÊ

22

FONTE: Disponível em: < http://bebeaporter.files.wordpress.com/2011/05/trocar-fraldas-


01.jpg?w=300&h=213>. Acesso em: 19 set. 2011.

 Em uma colisão, uma cadeirinha de segurança instalada e usada corretamente


reduz em 71% o risco de um bebê morrer. Entretanto, é estimado que a maioria das crianças
esteja sendo transportada no carro desprotegida ou de forma incorreta. Use a cadeirinha em
todas as viagens, desde a saída da maternidade. Bebês devem viajar no bebê-conforto,
instalado de costas para o movimento do veículo, até completarem um ano de idade e pesarem
pelo menos 9 Kg. Nunca coloque a criança no banco da frente de um carro.
FIGURA 18 – BEBÊ CONFORTO

23

FONTE: Disponível em: < http://www.ideiasmodernas.com/wp-content/uploads/2011/05/bebe-conforto-para-o-


carro.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

Veja qual é o tipo de cadeira de segurança mais adequado ao peso e à idade da


criança.

TABELA 3 – TIPOS DE ASSENTOS

Assento de
Bebê conforto Cadeira de Cinto de segurança
elevação ou
ou conversível segurança de três pontos
“booster”
Tipo de Bebê conforto Cadeira de Assento de elevação Cinto de segurança
assento ou conversível segurança ou “booster” de três pontos

Desde o
nascimento até
Acima de 36 Kg
9 ou 13 Kg,
De 9 a 18 Kg, De 18 até 36 Kg, e no mínimo 1,45m
Peso e conforme
aproximadamente de aproximadamente de de altura -
idade recomendação
1 a 4 anos de idade. 4 a 10 anos de idade. aproximadamente 10 24
do fabricante, ou
anos de idade
até 1 ano de
idade.

Voltada para o
vidro traseiro,
com leve
inclinação,
Até 10 anos de idade,
conforme Voltada para frente, No banco traseiro
no banco traseiro do
Posição instruções do na posição vertical, com cinto de três
carro, com cinto de
fabricante, de no banco de trás. pontos.
três pontos.
costas para o
movimento,
sempre no
banco de trás.
5 SEGURANÇA E BRINQUEDOS

Brincar é uma importante parte do desenvolvimento da criança. Brinquedos oferecem


diversão e entretenimento, além de ajudar seu filho no aprendizado. Para uma brincadeira 25
segura, alguns itens devem ser observados, incluindo a presença da marca de conformidade
do Inmetro e a escolha do brinquedo adequado a faixa etária de seu filho.

Supervisão é um importante fator para manter as crianças seguras de acidentes com


brinquedos. Envolver-se com a brincadeira de seu filho, em vez de supervisionar à distância,
lhe dá a oportunidade de tomar conta com mais cuidado.

As crianças adoram quando os adultos participam de seus jogos. Brincar com o seu
filho é uma forma de aprender mais sobre ele e ensinar-lhe importantes lições. Além disso,
você se diverte também enquanto o protege.

FIGURA 19 – BRINCAR COM SEGURANÇA

FONTE: Disponível em: < http://psicosaber.files.wordpress.com/2009/07/crianca-


brincando.jpg?w=400&h=267&h=267>. Acesso em: 19 set. 2011.
5.1 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

 Quando selecionar os brinquedos, considere a idade, o interesse e o nível de


habilidade da criança. Siga as recomendações do fabricante e procure brinquedos com selo do 26
Inmetro;

FIGURA 20 – BRINQUEDO ADEQUADO PARA A IDADE

FONTE: Disponível em: < http://www.pedagogiaaopedaletra.com/wp-


content/uploads/2011/05/crianca_brincando-150x150.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

 Inspecione os brinquedos regularmente à procura de danos – que podem


ocorrer durante a brincadeira ou enquanto a criança manuseia o brinquedo - e potenciais riscos
tais como pontas afiadas e arestas. Conserte o brinquedo imediatamente ou mantenha-o fora
do alcance da criança;
FIGURA 21 – ATENÇÃO COM BRINQUEDOS QUEBRADOS

27

FONTE: Disponível em: < http://www.universohq.com/quadrinhos/images/broken_leg.jpg>. Acesso em: 19


set. 2011.

 Cuidado com balões de látex (bexigas). Não permita que crianças encham
bexigas e tenha muito cuidado com os pedaços de bexigas estouradas, pois podem ser
acidentalmente ingeridos pelas crianças e ocasionar sérias consequências. Após o uso,
esvazie as bexigas e descarte-as juntamente com eventuais pedaços;

FIGURA 22 – BALÕES DE LATÉX

FONTE: Disponível em: < http://www.diretoriodeartigos.com.br/wp-content/uploads/2011/04/baloes-


300x225.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
 Evite brinquedos com pontas e bordas afiadas, que produzem sons altos e que
apresentem projéteis, como dardos e flechas;

FIGURA 23 – BRINQUEDOS COM PONTAS


28

FONTE: Disponível em: < http://drcep.com.br/drcep/dardos/dardos1.gif>. Acesso em: 19 set. 2011.

 Brinquedos elétricos podem causar queimaduras. Evite brinquedos com


elementos de aquecimento – baterias, tomadas elétricas – para crianças com menos de oito
anos;
FIGURA 24 – FONTES DE ENERGIA

29

FONTE: Disponível em: < http://images01.olx.pt/ui/11/76/20/1310989488_229477620_3-Transformador-12v-


5A-para-imax-mystery-e-portateis-Jogos-Brinquedos.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

 Certifique-se de que os brinquedos serão usados em ambientes seguros.


Brinquedos dirigidos pela criança não devem ser usados próximos a escadas, rua, piscina,
lago, etc.;

FIGURA 25 – BRINQUEDOTECA

FONTE: Disponível em: < http://www.acessa.com/casa/arquivo/ambientes/2010/06/04-


brinquedoteca/brinquedoteca2.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
 Ensine as crianças a guardarem seus brinquedos após a brincadeira. Um local
seguro para guardar previne quedas e outros acidentes. Brinquedos para crianças maiores
podem ser perigosos para os menores e devem ser guardados separadamente;

FIGURA 26 – GUARDANDO OS BRINQUEDOS

30

FONTE: Disponível em: < http://3.bp.blogspot.com/-


bFJWvK0hMdY/TlztJN14ARI/AAAAAAAAEUQ/K3GKHeIg_Ks/s1600/guardando+brinquedos.jpg>. Acesso
em: 19 set. 2011.

 Presentes como bicicletas, patins, patinetes e skates são boas oportunidades


para ensinar às crianças sobre segurança na diversão. Presenteie seu filho com os
equipamentos de segurança necessários, tais como capacete, joelheira, cotoveleira, luvas e
buzina.
FIGURA 27 – SEGURANÇA

31

FONTE: Disponível em: < http://static.sitedabaixada.com.br/noticias/wp-content/uploads/2010/03/Pista-de-


Skate-no-Sopping-Grande-Rio.bmp>. Acesso em: 19 set. 2011.

5.2 PREVENINDO ACIDENTES NO PARQUINHO

 Conheça os parquinhos, onde as crianças brincam. Procure equipamentos


apropriados para a idade das crianças e verifique se os equipamentos estão enferrujados,
quebrados ou contêm superfícies perigosas.
FIGURA 28 – PARQUINHO

32

FONTE: Disponível em: < http://www.sitiocanaa.com.br/fotos/Parquinho%201.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

 O parquinho dever ser instalado em piso que absorva impacto, como um


gramado, um piso emborrachado ou areia fina.

FIGURA 29 – PISO CONTRA IMPACTO

FONTE: Disponível em: < http://www.turisbarra.com/hoteis/royalty/parquinho.JPG>. Acesso em: 19 set. 2011.


 Tire o capuz e o cachecol de todas as crianças para evitar perigos de
estrangulamento nos parquinhos.

FIGURA 30 – CRIANÇA COM CAPUZ E CACHECOL

33

FONTE: Disponível em: <


http://1.bp.blogspot.com/_gInwXSKy1w0/Sja5uW4H0NI/AAAAAAAAAck/qz09Lhwv06A/s320/cachecol.jpg>.
Acesso em: 19 set. 2011.

 Ensine para a criança as regras de comportamento nos parquinhos, como não


empurrar, não dar encontrões e nem se amontoar e mostre quais são os equipamentos
apropriados para a faixa etária dela;
FIGURA 31 – REGRAS NO PARQUINHO

34

FONTE: Disponível em: < http://www.paulistano.org.br/upload/editor/image/noticias/Parquinho_n.jpg>.

Acesso em: 19 set. 2011.

 Crianças menores devem estar sob constante supervisão de adultos durante a


brincadeira no parquinho.

FIGURA 32 – SUPERVISÃO NAS BRINCADEIRAS

FONTE: Disponível em: < http://www2.uol.com.br/debate/1193/fotos/mulher01.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.


 As quedas, lesões de grande ocorrência nos parquinhos, representam a
principal causa de hospitalização por acidente de crianças de 1 a 14 anos no Brasil.

35
6 TRANSPORTE ESCOLAR

Na hora de contratar um transporte escolar, dedique um pouco mais de tempo para


escolher bem o prestador de serviço, e para garantir a segurança e o bem-estar dos seus 36
filhos. Os veículos autorizados a transportar alunos são: ônibus, vans, VW Kombi e
embarcações.

Em alguns municípios, onde as estradas são precárias, os Detrans autorizam o


transporte de alunos em carros menores, desde que os veículos sejam adaptados para o
transporte de alunos. Esses veículos autorizados extraordinariamente são, normalmente,
camionetes. As motocicletas, carros de passeio e caminhões não são recomendados para
transportar alunos.

FIGURA 33 – TRANSPORTE ESCOLAR

FONTE: Disponível em: < http://blogs.maiscomunidade.com/blogdocallado/files/2009/10/transporte-


escolar.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
Antes de contratar um prestador de serviços verifique:

 As condições do veículo e da documentação pessoal do motorista;

FIGURA 34 – ÔNIBUS ESCOLAR

37

FONTE: Disponível em: < http://carnaubaverdade.com/wp-content/uploads/2011/08/escolarbus.jpg>.

Acesso em: 19 set. 2011.

 Busque referências na escola e com outros pais, no sindicato dos motoristas


ou no Detran;

FIGURA 35 – REFERÊNCIA NA CONTRATAÇÃO

FONTE: Disponível em: < http://www.colegiomontevirgem.com.br/site/images/stories/transporte-


escolar/transporte-escolar-01.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
 Verifique as condições de higiene do carro e o número de cintos de segurança.
Todas as crianças transportadas devem estar com cintos de segurança.

FIGURA 36 – CONDIÇÕES DE HIGIENE NO TRANSPORTE


38

FONTE: Disponível em: <


http://www.dourado.sp.gov.br/ImageBank/FCKEditor/image/jornal%20112%20anos/Transporte%20escolar.jpg
>. Acesso em: 19 set. 2011.

O condutor, seja de embarcação ou automóvel, deve ter:

 Idade superior a 21 anos;


 Habilitação para dirigir veículos na categoria “D”;
 Se pilotar embarcações, deve ser habilitado na Capitania dos Portos;
 Ter sido submetido a exame psicotécnico com aprovação especial para transporte de
alunos;
 Possuir curso de Formação de Condutor de Transporte Escolar;
 Possuir matrícula específica no Detran ou Capitania dos Portos;
 Não ter cometido falta grave ou gravíssima nos últimos doze meses.

O veículo deve possuir:

 Cintos de segurança em boas condições e para todos os passageiros; 39


 Uma grade separando os alunos da parte onde fica o motor;
 Seguro contra acidentes;
 Para que o transporte de alunos seja mais seguro, o ideal é que os veículos da
frota tenham no máximo sete anos de uso;
 Registrador de velocidade (chamado tacógrafo), que é um aparelho instalado
no painel do veículo e que vai registrando a velocidade e as paradas do veículo em um disco
de papel. Os discos devem ser trocados todos os dias e devem ser guardados pelo período de
seis meses, porque serão exibidos ao Detran por ocasião da vistoria especial;
 Apresentação diferenciada, com pintura de faixa horizontal na cor amarela nas
laterais e a traseira deve conter a palavra ESCOLAR na cor preta.
Todo veículo que transporta alunos deve ter uma autorização especial, expedida pela
Divisão de Fiscalização de Veículos e Condutores do Detran ou pela Circunscrição Regional de
Trânsito (Ciretran). A autorização deverá estar fixada na parte interna do veículo, em local
visível.

Além das vistorias normais no Detran, o veículo que transporta alunos precisa fazer
mais duas vistorias especiais (uma em janeiro e outra em julho), para verificação específica dos
itens de segurança para transporte escolar.

Ensine à criança:

 Ficar sentado enquanto o veículo estiver em movimento;


 Afivelar o cinto de segurança;
 Não falar com o motorista enquanto ele estiver dirigindo;
 Respeitar o monitor do veículo;
 Falar com os pais sobre o que acontece durante a viagem;
 Descer do veículo somente depois que ele parar totalmente;
 Em embarcações, manter-se sentado, com a boia salva-vidas afivelada.

40
7 PRIMEIROS SOCORROS

É natural que surja um pouquinho de insegurança no instante de cuidar desse ser


aparentemente tão frágil – a criança, mas basta seguir corretamente as orientações e as dicas 41
abaixo que certamente tudo correrá bem.

Após os primeiros socorros, se necessário, procure um pediatra ou serviço de saúde,


relate o ocorrido e as providências tomadas.

Jamais dê qualquer medicamento à criança sem que ele tenha sido recomendado
pelo pediatra. Respeite sempre a dosagem e frequência recomendadas por ele. Um remédio
que é bom para uma criança nem sempre é o adequado para todas.

Não se esqueçam de lavar bem suas mãos antes e após tratar da criança,
especialmente no caso de ferimentos.

7.1 ACIDENTE COM ELETRICIDADE

Em primeiro lugar, desligue a eletricidade o mais rápido possível. Se não conseguir,


retire a pessoa do contato com a corrente elétrica, você pode usar um pau seco, uma corda,
uma borracha ou um pano grosso, mas nunca use nada de metal ou úmido e principalmente
nunca se encoste à pessoa, senão você também vai levar um choque.

Depois de retirá-la da corrente elétrica, cubra-a com um cobertor bem grosso. Nunca
a deixe sair correndo. Depois que a pessoa já estiver fora de perigo, veja se tem queimaduras
pelo corpo e refresque o local com água fria ou toalhas molhados, mas não passe manteiga,
gelo, pomada ou pasta de dentes. Também não pode estourar as bolhas, nem retirar a roupa
se ela estiver colada no corpo e leve-a imediatamente ao médico.

FIGURA 37 – CHOQUE ELÉTRICO

42

FONTE: Disponível em: < http://1.bp.blogspot.com/-


Tf0ggMwgy9o/TmlshBg8MfI/AAAAAAAAB7M/FcEdUflnALI/s1600/crian%25C3%25A7a+tomada.jpg>. Acesso
em: 19 set. 2011.

7.2 CISCO NOS OLHOS

Evite que a criança coce os olhos. Não se apavore se os olhos lacrimejarem ou


ficarem avermelhados por causa de um cisco. Pode ser que o próprio lacrimejamento remova o
corpo estranho.

Se isso não acontecer, use um conta gotas e pingue nos olhos algumas gotas de
água (filtrada) morna ou soro fisiológico.
Se mesmo assim o cisco continuar lá, delicadamente examine a pálpebra inferior e
superior tentando localizá-lo. Em seguida retire-o com a ponta de uma fralda de pano limpa.
Depois, não se esqueça de lavar de novo os olhos com água morna ou soro fisiológico.

43
FIGURA 38 – CISCO NOS OLHOS

FONTE: Disponível em: <


http://3.bp.blogspot.com/_CcoVrXKWO3M/TK8TrKJpFLI/AAAAAAAAKxk/vxyd1g8YrhU/s400/CISCO+NO+OL
HO.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

7.3 CÓLICAS

São muito comuns em bebês até os três meses, mesmo entre os que mamam no
peito, resultado da adaptação do organismo ao processo de digestão da alimentação. O
primeiro passo é reconhecer o choro que indica cólicas: a criança se contrai, mexe as
perninhas, fica vermelha, num choro intermitente.
Pegue-a no colo com carinho e levemente faça uma massagem em sua barriguinha.
Outra opção é colocá-la sobre o seu ventre, pele sobre pele, criando uma compressa morna
natural.

Alguns pediatras podem recomendar um remédio homeopático (pó a base de ervas)


que deve ser colocado na chupeta. Outros podem recomendar um antigases ou
antiespasmódico em gotas. 44

FIGURA 39 – CÓLICAS

FONTE: Disponível em: < http://www.klin.com.br/blog/wp-content/uploads/2011/06/colicas-do-bebe1.jpg>.


Acesso em: 19 set. 2011.

7.4 CONVULSÕES

Uma das causas mais frequentes de convulsão, até os seis anos de idade, é a febre
alta. Durante a convulsão tente evitar ferimentos ou asfixia, afastando móveis ou outros objetos
que possam machucá-la e virando a criança de lado, para evitar que se engasgue com a saliva.
Afrouxe as roupas e após a convulsão retire-as.

Tente diminuir a febre dando um antitérmico recomendado pelo pediatra e um banho


de esponja com água morna, mais para fria (forre a cama com toalhas). NÃO COLOQUE A
CRIANÇA NUMA BANHEIRA OU NO CHUVEIRO para evitar que ela engula água ou caia,
caso surja outra convulsão. 45

Logo após controlar a convulsão procure o pediatra ou um posto de saúde,


principalmente se for a primeira vez em que ocorrer.

FIGURA 40 – CONVULSÃO

FONTE: Disponível em: < http://www.wikinoticia.com/images/embarazo10/embarazo10.com.wp-


content.uploads.convulsionesfebriles_thumb.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

7.5 CORPO ESTRANHO


Crianças pequenas com alguma frequência engolem pequenos objetos que
encontram ao seu alcance. Principalmente na fase em que estão começando a engatinhar e
andar e exploram o ambiente a sua volta. Mantenha objetos pequenos longe do alcance das
mãozinhas curiosas.

Sempre comunique o pediatra. Se o objeto engolido for pequeno e arredondado e a


criança não está engasgada, ele provavelmente irá recomendar que a criança fique em 46
observação e que suas fezes (cocô) sejam examinadas pelos pais até que o objeto seja
expelido.

No caso de obstrução de vias aéreas com dificuldade de respirar, vire o bebê de


bruços e dê pancadas secas em suas costas mantendo o tórax abaixado. Repita o
procedimento até que o corpo estranho seja expelido ou até que chegue ajuda médica.

FIGURA 41 – TAPOTAGEM

FONTE: Disponível em: < http://4.bp.blogspot.com/_P-


MzoBY5JIc/S1dcrvYYZLI/AAAAAAAAAr0/pe24QQGzJ64/s400/desobstru%C3%A7%C3%A3o+va+crian%C3
%A7a.JPG>. Acesso em: 19 set. 2011.
Se a criança for maior peça para ela tossir várias vezes para colocar o objeto para
fora. Bata nas costas da pessoa com a mão em forma de concha. Se isso não der certo, abrace
a pessoa pelas costas colocando os braços em volta da sua cintura e aperte com bastante
força para que ela cuspa para fora.

Se a pessoa não estiver acordada, deite-a e aperte sua barriga para baixo e para
frente, com as duas mãos. Repita a manobra até que a pessoa desengasgue ou até que 47
chegue ajuda médica.

FIGURA 42 – MANOBRA PARA EXPULSÃO DE CORPO ESTRANHO

FONTE: Disponível em: <


http://2.bp.blogspot.com/_DjZvj6DrDp0/TFLlX3eWP3I/AAAAAAAAAIY/nAdeZwh9ySY/s200/02.jpg>. Acesso
em: 19 set. 2011.

No caso de objetos introduzidos no nariz ou no ouvido não tente retirá-los, pois você
pode agravar a situação. Leve imediatamente ao serviço de atendimento médico.
FIGURA 43 – OBJETO NO NARIZ

48

FONTE: Disponível em: <


http://2.bp.blogspot.com/_BmdLwHGvkDk/SxOhxy7VqaI/AAAAAAAACjY/GovpmWgNjRU/s1600/10-dedo-
nariz.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

7.6 CORTES

A primeira providência é lavar o local com água e sabão. Havendo hemorragia,


estanque o sangue com uma gaze esterilizada ou pano limpo pressionando o local por alguns
minutos. Se o corte for muito grande ou a hemorragia não estancar leve a criança ao posto de
saúde imediatamente. Aprenda a fazer um curativo em pequenos cortes: na maioria dos casos
basta limpar, colocar um spray antisséptico e proteger o corte com um curativo tipo "band-aid".
Se o corte for profundo ou muito extenso mantenha comprimido e leve a um serviço de saúde
para uma melhor avaliação.
FIGURA 44 – LESÃO NO JOELHO

49

FONTE: Disponível em: < http://www.wikinoticia.com/images/embarazo10/embarazo10.com.wp-


content.uploads.herida_nio_thumb.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.

7.7 DESMAIO

Mantenha a criança deitada, com as pernas levantadas em altura maior que o


restante do corpo. Leve imediatamente ao serviço ou chame o serviço de resgate.

FIGURA 45 – DESMAIO

FONTE: Disponível em: < http://iguinho.ig.com.br/images/primeiros_socorros_desmaio.gif>. Acesso em: 19


set. 2011.
7.8 ESCORIAÇÕES

A criança caiu e "ralou" alguma parte do corpo? Não se preocupe, apenas lave bem
com água e sabão e deixe o machucadinho ao ar livre.
50

FIGURA 46 – ESCORIAÇÕES

FONTE: Disponível em: <


http://static.medicosdeportugal.pt/mp/content_files/cms/img/img1_9023effe3c16b0477df9b93e26d57e2c.jpg>.
Acesso em: 19 set. 2011.

7.9 FARPAS

A primeira providência é lavar bem suas mãos e o local da farpa com água e sabão.
Qualquer objeto que seja utilizado (pinça, agulha ou alfinete) deve ser esterilizado antes do uso
- ferva e deixe esfriar.
Evite "espremer" o local, pois a farpa pode penetrar mais. Não tente retirar objetos
grandes ou que estão muito profundos. Procure o pediatra ou o posto de saúde.

Para pequenas farpas tente inicialmente retirar com uma pinça, puxando suavemente
no mesmo ângulo que entrou. Se não tiver nenhuma ponta para fora, delicadamente use uma
agulha ou alfinete. Certifique-se de que não ficou nenhum pedaço dentro da pele.

Lembre-se de limpar bem o local após extrair a farpa. Fique atento aos sinais de 51

infecção: latejamento, pus, vermelhidão, dor ou inchaço em torno do ferimento. Caso isso
ocorra procure o pediatra ou o posto de saúde.

FIGURA 47 – FARPAS

FONTE: Disponível em: < http://www.comofazer.org/wp-content/uploads/2011/02/farpa-150x150.jpg>. Acesso


em: 19 set. 2011.

7.10 FEBRE
É uma manifestação que ajuda o organismo a se defender de um agente agressor. O
metabolismo aumenta seu ritmo, e este é um bom sinal. Por isso, deve-se combater a febre
que ultrapasse os 38 graus.

Mantenha a criança com roupas leves, dê banhos mornos - nunca gelados ou frios - e
ofereça bastante líquido (água, chás ou sucos).

Se a febre não ceder com estas providências dê um antitérmico na dosagem e 52

frequência recomendada pelo pediatra. Se mesmo assim a febre persistir, procure o pediatra
ou um posto de saúde.

Ao usar na axila um termômetro não digital (de mercúrio), lembre-se de agitar o


termômetro até a coluna de mercúrio ficar abaixo da primeira marcação e manter a criança
quieta por pelo menos três minutos.

NUNCA USE O TERMÔMETRO DE MERCÚRIO NA BOCA de crianças, pessoas, de


idade ou pessoas inconscientes, pois elas poderão morder e se machucar gravemente.

FIGURA 48 – HIPERTERMIA

FONTE: Disponível em: < http://cdn1.mundodastribos.com/wp-admin/uploads/2011/06/Febre-31.jpg>. Acesso


em: 19 set. 2011.
7.11 INGESTÃO DE PRODUTOS TÓXICOS

Entre em contato com o pediatra ou com o posto de saúde imediatamente para


orientações. Leve a criança a um hospital o mais rapidamente possível. Leve também a 53
embalagem do produto ingerido, seu rótulo ou pelo menos o nome do produto e de seu
fabricante. Se existir um telefone do fabricante anote, ele poderá ser útil no caso de produtos
não conhecidos pelo médico.

Não provoque vômito, pois isso pode agravar a situação.

FIGURA 49 – PRODUTOS TÓXICOS

FONTE: Disponível em:


http://4.bp.blogspot.com/_tAfnX0r4UHQ/TIWRK6x5HoI/AAAAAAAAATE/F9onUqqVdIQ/s320/socorros1.jpg >.
Acesso em: 19 set. 2011.
7.12 MORDIDA DE ANIMAIS

Lave bem a ferida com água e sabão e procure o posto de saúde mais próximo. Se
possível, mantenha o animal preso e sob observação. No posto de saúde informe se o animal 54
tem dono, se foi vacinado e suas condições de saúde.

Com estes dados será possível determinar se é necessário tomar vacinas e quantas
aplicações são necessárias.

FIGURA 50 – MORDIDA DE ANIMAIS

FONTE: Disponível em: <


http://2.bp.blogspot.com/_VbghCjvyv6A/SxG5bvIU_PI/AAAAAAAADT0/W8xfWo3Aea0/s400/Crian%25C3%25
A7a%2Bcom%2Bcachorro.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
7.13 PERDA DE DENTE

É inquestionável a importância da avaliação odontológica (e, algumas vezes, médica,


em casos mais complexos) assim que possível. Mas enquanto o profissional não é localizado, 55
os pais devem lembrar-se:

 Em cortes e sangramentos - colocar gaze ou um pano limpo sobre o ferimento


e pressionar bem para controlar o sangramento.
 Se houver fratura do dente - procurar os pedacinhos e guardá-los em meio
líquido (soro fisiológico, leite...), para que o dentista possa avaliar a possibilidade de
reaproveitá-los na restauração do dente.
 Se houver saída (avulsão) do dente de leite - não é indicada a colocação deste
de volta no lugar, devido à probabilidade de sucesso ser mínima e as chances de dano ao
dente permanente serem altas. Mesmo assim, guarde o dentinho em meio líquido e consulte
rapidamente seu dentista quanto à conduta nesses casos. O dente poderá ser aproveitado para
a confecção de uma prótese, necessária para manter o espaço "ocupado" até a época da
"perda normal" do dente.

FIGURA 51 – CUIDANDO DOS DENTES

FONTE: Disponível em: <


http://2.bp.blogspot.com/_rmtYfKs1KKg/TRitKrOt2bI/AAAAAAAAAds/BzjcYomDzAE/s320/escovando-os-
dentinhos-300x199.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
7.14 PICADA DE INSETO

No caso da criança ter histórico anterior de alergia a picadas de insetos, tiver dor
muito intensa, inchaço excessivo, dificuldades respiratórias ou levar muitas picadas, leve-a 56
imediatamente para um hospital.

No caso de uma única picada e não havendo histórico anterior de alergia a picadas,
tente tirar o ferrão. Caso o pediatra recomende, aplique pomada anestésica no local e dê um
antialérgico na dosagem e frequência recomendadas por ele.

FIGURA 52 – PICADA DE INSETO

FONTE: Disponível em: < http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/foto/0,,14486512,00.jpg>. Acesso


em: 19 set. 2011.

7.15 QUEDAS
Se a criança bater com a cabeça, evite que ela durma logo após o ocorrido e não
ofereça alimentos pesados. Deixe-a em observação por 48 horas e caso pareça atordoada,
sonolenta ou comece a vomitar deve ser levada imediatamente ao pediatra ou posto de saúde.

Nos casos de batidas leves a criança poderá dormir, porém durante as primeiras 4
horas você deverá acordá-la e avaliar seu nível de consciência.

Se apenas formou-se um galo na cabeça e não apresentou nenhum dos sintomas 57

acima, aplique compressas frias nas para evitar a formação de hematomas.

Podem-se usar pequenas bolsas de água, toalhas molhadas em água fria ou gelo em
um saquinho plástico ou enrolado em um tecido fino (não coloque o gelo diretamente sobre a
pele para evitar queimaduras com o frio ou que "grude" na pele).

Atenção: qualquer queda que cause desmaios, dor intensa ou permanente deve ser
investigada. Em caso de fratura deve-se levar imediatamente a um hospital.

Se a criança não se levantar espontaneamente logo após a queda e em casos graves


evite mexer: chame imediatamente por ajuda especializada (hospital, bombeiros ou resgate).

Em hipótese alguma mexa no membro quebrado ou tente transportar qualquer


pessoa que sofreu grande traumatismo.

FIGURA 53 – QUEDA

FONTE: Disponível em: < http://thumbs.dreamstime.com/thumblarge_226/1200429149QZ7Q21.jpg>. Acesso


em: 19 set. 2011.
7.16 QUEIMADURA

Não tente tratar em casa queimaduras provocadas por eletricidade, fogo, ferro elétrico
ou grandes queimaduras provocadas pelo sol. Se as roupas estiverem em chamas procure 58
abafar o fogo enrolando a criança em um cobertor. Não tente retirar roupas, sapatos ou
qualquer coisa que fique grudada na queimadura. Procure imediatamente um hospital.

No caso de queimaduras leves ou queimaduras comuns por sol - aquela vermelhinha


que não forma bolha e logo descasca - basta manter o local limpo e passar um creme
hidratante neutro.

Nada de pomadas anestésicas que podem causar reações alérgicas. Se aparecerem


bolhinhas, jamais as perfure e procure imediatamente o pediatra.

FIGURA 54 – QUEIMADURA

FONTE: Disponível em: <


http://1.bp.blogspot.com/_FwvPBmByZJg/S7TyWICa7zI/AAAAAAAAEGY/vJ5EiN9dwY0/s1600/ni_queimadur
a.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
7.17 SANGRAMENTO NASAL

A primeira providência é sentar a criança, um pouco inclinada para frente. Assim o


sangue não escorrerá por sua garganta. Deve-se também fazê-la cuspir qualquer sangue que 59
esteja na boca, pois se for engolido poderá causar náuseas ou vômitos.

Em seguida, aplique uma compressa fria sobre o nariz e enquanto isso o aperte com
firmeza por alguns minutos, usando o indicador e o polegar. Quando soltar, faça-o devagar.

Após estancar o sangramento, evite limpar o interior do nariz usando cotonetes ou


similares para não provocar novo sangramento.

Se o sangramento ocorrer com frequência procure o médico para maiores


providências.

FIGURA 55 – SANGRAMENTO NASAL

FONTE: Disponível em: < http://www.brasilescola.com/upload/e/sangramento%20nasal.jpg >. Acesso em: 19


set. 2011.
7.18 UNHAS ARRANCADAS

Enrole a unha ferida com um pano limpo, e coloque a mão ou o pé ferido um pouco
mais alto que o resto do corpo. A unha, se ainda estiver presa no dedo, não deve ser jogada 60
fora, e sim fazer o curativo com ela. Pois além de proteger o local, vai modelar a nova unha que
nascerá.

FIGURA 56 – UNHAS ARRANCADAS

FONTE: Disponível em: < http://wiliancorrea.com/wordpress/wp-content/uploads/2010/12/roer-unhas-e-sinal-


de-compulsao-saiba-mais-sobre-essa-mania-01.jpg>. Acesso em: 19 set. 2011.
REFERÊNCIAS

ABATH, G. M. Epidemiologia dos Acidentes de trânsito ocorridos no Recife, no período


de 1961-1971. Recife: Tese. Fac. Medicina da Univ. Federal de Pernambuco,1974. 61

ARRIOLA, A. F. et al. Prevención de accidentes. Archivos Argentinos de Pediatria, 69: 1-11,


1971.

BAPTISTA, F. G. Acidentes nas crianças. Jornal de Pediatria, 25:562, 1960.

BERTHET, E. La prevention des accidents chez Penfant. Revue de Pediatrie, 1971.

BULHÕES, I. Pediatria Social. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 1986.

BULL, J. P. Accidents and their prevention. The Teory and Practice of Public Health. Oxford
Un. Press, 1965.

CABANAS, G. E. et al. Accidentes en ei hogar. Estúdio en menores de 15 anos. Revista


Cubana de Pediatria, 60(4): 549, 1988.

CARVALHO PINTO, V. A. Prevenção de acidentes na infância. Pediatria Prática, 24(6): 269,


1953.

CONE, J. R. T. E. The Book of Accidents: designed for young children. New Haven, 1830.
COSTA, A. Pneumopatias por hidrocarbonetos do tipo querosene. Boletim Inst.
Puericultura da Univ. Brasil 11: 61, 1954.

RODRIGUES, Y. T. et al. Acidentes na Infância (causa e prevenção das queimaduras).


Jornal de Pediatria, 21: 405, 1956.

62

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