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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Dedicatória

Este trabalho é dedicado aos meus pais, meus irmão e as pessoas


intimamente ligadas a mim, que no período de desenvolvimento
deste trabalho me ajudaram com paciência, carinho e
compreensão, demonstrando que a superação nos momentos
difíceis vale a pena, por estarmos ao lado de quem realmente se
importa com agente.

I
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Agradecimento

Agradeço a Deus pela força que incansavelmente me concedeu.


Aos meus pais que incansavelmente envidaram esforços de modo
a que não me faltar o essencial durante todo período de ensino, a
minha mãe em particular pela atenção e compreensão e aos meus
irmãos pelo calor e motivação que sempre souberam transmitir.
A todos docentes e os colegas que de forma directa ou indirecta
se fizeram presentes dando o seu apoio, ai vai o meu
agradecimento.

II
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Resumo

Com a evolução da tecnologia no sector de telecomunicações móveis, tem sido uma


aposta enorme para as companhias de telecomunicações optarem pela melhoria dos
seus equipamentos e esta evolução rápida trás uma enorme desafio as companhias de
telefonia móvel fazendo com que este faça sempre um upgrade do seu equipamento de
modo a darem face a esta evolução. A Vodacom sendo uma companhia empenhada
em satisfazer o cliente mais exigente, e de acordo com a competitividade do mercado,
viu-se na necessidade de mudar o seu equipamento de modo a providenciar serviço
de qualidade. Sendo assim esta empenhada na troca dos equipamentos da Nokia
Siemens Network para os equipamentos da Huawei. Essa mudança abrange a rede no
seu geral, mas neste trabalho em particular vamos analisar os dois equipamentos ao
nível da BTS. Embora esta mudança esteja no seu estagio inicial, vamos de uma forma
genérica abordar em volta das especificações dos dois equipamentos.

III
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

ÍNDICE
Dedicatória ..................................................................................................................................... I
Agradecimento.............................................................................................................................. II
ÍNDICE .......................................................................................................................................... IV
LISTA DE SÍMBOLOS............................................................................................................... VII
ÍNDICE DE FIGURAS ................................................................................................................ IX
ÍNDICE DE TABELA.................................................................................................................... X
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 1
Objectivos Gerais ......................................................................................................................... 2
Objectivos específicos................................................................................................................. 2
Capitulo 1....................................................................................................................................... 3
TECNOLOGIAS DE REDE EM TELEFONIA MÓVEL ........................................................... 3
Tecnologia 1G........................................................................................................................... 3
Tecnologias 2G......................................................................................................................... 3
Tecnologias 2.5G......................................................................................................................... 5
Tecnologias 3G ............................................................................................................................ 6
Tecnologia 4G........................................................................................................................... 7
ARQUITECTURA GSM............................................................................................................... 8
BSS (Base Station Subsystem) ............................................................................................. 8
BTS (Base Transceiver Station) ........................................................................................ 9
O subsistema OSS (Operation Support Subsystem) ..................................................... 9
NMC (Network Maintenance Center)................................................................................ 9
O subsistema NSS (Network Switching Subsystem) ........................................................ 9
HLR (Home Location Register)........................................................................................ 10
AUC (Authentication Center)............................................................................................ 10
EIR (Equipment Identify Register .................................................................................... 10
Interfaces ................................................................................................................................. 10
Tipos de Canais no GSM...................................................................................................... 12
Canais de tráfego TCH...................................................................................................... 13
Canais de controle ............................................................................................................. 13
DEFINIÇÕES .............................................................................................................................. 15
Células de uma rede.............................................................................................................. 15
Handover ............................................................................................................................. 15

IV
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

MIMO (Mulple-Input and Multiple-Output)...................................................................... 16


Capitulo 2..................................................................................................................................... 17
EQUIPAMENTO DA HUAWEI ................................................................................................. 17
DBS3900 ................................................................................................................................. 17
Capacidade ......................................................................................................................... 17
Consumo ............................................................................................................................. 17
Cobertura............................................................................................................................. 18
Potência de consumo ........................................................................................................ 18
RRU (Rádio Remote Unit).......................................................................................................... 19
Capacidade das duas versões de RRU3908 em single-mode e multi-mode......................... 20
Partes constituintes de uma RRU ................................................................................... 21
Cabos da RRU ........................................................................................................................ 23
BBU3900 (Baseband unit) ......................................................................................................... 23
Componentes de Hardware da BBU3900 ............................................................................. 24
Disposição das placas na BSBC ..................................................................................... 24
Função das placas de BBU3900 ................................................................................................ 25
Placa GTMU........................................................................................................................... 25
Placa WMPT (WCDMA Main Processing and Transmission Unit) ........................................ 26
Placa WBBP (WCDMA Baseband Process Unit) ......................................................... 28
Placa UPEU (Universal Power and Environment Interface Unit) ............................... 30
Placa UTRP (Universal Transmission Processing Unit) .............................................. 30
Placa USCU (Universal Satellite card and Clock Unit) ................................................ 32
Placa FAN ........................................................................................................................... 33
EQUIPAMENTO DA NOKIA SIMENS NETWORK.......................................................... 35
Flexi Multiradio BTS WCDMA .............................................................................................. 35
Constituição da Flexi Multiradio BTS .............................................................................. 35
Módulo RF (RF Module).................................................................................................... 36
Remote Radio Head (RRU) ........................................................................................................ 39
System Module ......................................................................................................................... 39
Capitulo 3..................................................................................................................................... 41
ANÁLISE DA QUALIDADE DE SERVIÇO ............................................................................. 41
Indicadores utilizados ........................................................................................................ 42
CONCLUSÃO ............................................................................................................................. 43

V
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................... 44
Referência bibliográfica......................................................................................................... 44
Outra bibliografia consultada................................................................................................ 44
Anexos ........................................................................................................................................... A
Anexo 1...................................................................................................................................... B
Anexo 2...................................................................................................................................... C
Anexo 3......................................................................................................................................D
Anexo 4...................................................................................................................................... E

VI
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

LISTA DE SÍMBOLOS

AGC Automatic Gain Control


AISG Antenna Interface Standards Group
AMPS Advanced Mobile Phone System
ARFCN Absolute Radio Frequency Channel Number
ATM Asynchronous Transfer Mode
AuC Authentication Center
BBU BaseBand Unit
BCH Broadcast Channel
BSBC BBU Sub-rack Backplane type C
BSS Base Sub-System
BTS Base Transceiver System
CCH Common Channel
CPRI Common Public Radio Interface
DBS Dual Base Station
DCCH Dedicate Common Channel
DL Downlink
DTX Dual TX
EDGE Enhaced Data rate for GSM Evolution
EIR Equipment Identify Register
ESMx EDGE System Module (A, B e C)
FCCH Frequency Common Channel
FDD Frequency Division Duplexer
FDMA Frequency Division Multiple Acess
FSMx Flexi System Module (B,C,D e E)
GBBP GSM BaseBand Processing unit
GPS Global Positioning System
GSM Global System Mobile
HLR Home Location Register
HSDPA High Speed Downlink Packet Acess
HSPA High Speed Packet Acess
HSPA+ Evolved HSPA
HSUPA High Speed Uplink Packet Acess
IP Internet Protocol
LMPT LITE Main Processing Transmission unit
LTE Long Time Evolution
MIMO Multiple-Input Multiple-Output
MS Mobile Station
NMC Network Maintenance

VII
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

NSS Network Sub-System


OBSAI Open Base Station Architecture Initiative
OMC Operation Maintenance Center
OSS Operation Sub-System
RRH Remote Radio Head
RRU Remote Radio Unit
SCH Sinchronization Channel
SIM Subscriber Identifier Mobile
TCH Traffic Channel
TDD Time Division Multiplexer
TDMA Time Division Multiple Access
UEIU Universal Environment Interface Unit
UL Uplink
UMTS Universal Mobile Telecommunications System
UPEU Universal Power and Environment Interface Unit
USCU Universal Satellite card and Clock Unit
UTRP Universal Transmission Processing unit
VLR Visitor Location Resister
VSWR Voltage Standing Wave Ratio
WBBP WCDMA BaseBand Processing unit
W-CDMA Width-CDMA
WMPT WCDMA Main Processing Transmission unit

VIII
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Tecnologia TDMA ............................................................................................................. 3
Figura 2. Tecnologia CDMA............................................................................................................. 4
Figura 3. Arquitectura GSM ............................................................................................................ 8
Figura 4. Interfaces GSM............................................................................................................... 11
Figura 5. Árvore de Canais GSM ................................................................................................... 12
Figure 6. Transmissão MIMO ........................................................................................................ 16
Figure 7. Constituição da DBS3900 ............................................................................................... 19
Figura 8. Partes constituintes de uma RRU .................................................................................. 22
Figura 10. Cabo RF e de Energia ................................................................................................... 23
Figura 11. Cabo de extensão AISG ................................................................................................ 23
Figura 11. Backplane de uma BBU e sua constituição .................................................................. 24
Figura 133. Placa GTMU................................................................................................................ 26
Figura 14. Placa WMPT ................................................................................................................. 27
Figura 15. Placas WBBPa e WBBPb............................................................................................... 28
Figura 16. Placas UPEU ................................................................................................................. 30
Figura 17. Painel da UTRP3 e UTRP4 suportando oito E1/T1 ....................................................... 31
Figura 18. Painel da UTRP6 suportando um STM-1/OC-3 ............................................................ 31
Figura 19. Painel da UTRP9 suportando quatro portas eléctricas ................................................ 31
Figura 21. Placa USCU ................................................................................................................... 32
Figura 22. Placa na USCU .............................................................................................................. 32
Figura 23. Placa FAN ..................................................................................................................... 34
Figura 24. Cabo de Energia e cabo de protecção de surto E1 ...................................................... 34
Figura 25. Cabo FE e cabo Óptico CPRI I................................................................................ 34
Figura 26. Cabo de Monitoramento de sinal entre a OFB e BBU ................................................. 34
Figura 27. Cabo de Monitoramento de sinal entre APMI e BBU .................................................. 34
Figura 28.Flexi Multiradio BTS WCDMA ....................................................................................... 36
Figura 29. RFM de três sectores triplo 70W ................................................................................. 37
Figura 30. Painel frontal de um RF Module Dual .......................................................................... 37
Figura 31. RRU............................................................................................................................... 39
Figura 32. Flexi EDGE 18/36 TRX Sysem Module .......................................................................... 40

IX
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

ÍNDICE DE TABELA
Tabela 1. Faixa de Frequência de GSM ......................................................................................... 12
Tabela 2. Capacidade de uma RRU3908 em Single-mode............................................................ 20
Tabela 3. Capacidade de uma RRU3908 em multi-mode ............................................................. 21
Tabela 4. Configuração típica da RRU3908 V1.............................................................................. 21
Tabela 5. Descrição das partes da RRU......................................................................................... 22
Tabela 6. Constituição e disposição das placas no backplane da BBU ......................................... 24
Tabela 7. LEDs de Sinalização da Placa WMPT ............................................................................. 27
Tabela 8. especificações................................................................................................................ 28
Tabela 9. LED`s da placa WBBP..................................................................................................... 29
Tabela 10. Especificações da UTRP ............................................................................................... 30
Tabela 11. LEDs no painel da UTRP............................................................................................... 31
Tabela 12. LEDs de sinalização da USCU....................................................................................... 33
Tabela 13. Sinalização da Placa FAN ............................................................................................. 33
Tabela 14. Configurações do RF Module ...................................................................................... 38
Tabela 15. Sinalização do RF Module ........................................................................................... 38
Tabela 16. Sinalização do RF Module ........................................................................................... 39

X
INTRODUÇÃO

A evolução dos sistemas de comunicações móveis é um dos maiores fenómenos


registados nas aplicações de telecomunicações nestes últimos anos. A mobilidade que
o sistema celular oferece em vários aspectos, em qualquer lugar a qualquer momento,
vem ganhando mais espaço no mercado.
A oportunidade de negócio está longe de estar esgotada, pois basta imaginarmos que
cada cidadão, pode ser um potencial assinante móvel, incluindo as camadas etárias
mais jovens. Por estes e outros aspectos a Vodacom sendo uma companhia provedora
destes serviços, vem apostando para melhor servir ao seu potencial cliente. Pensando
nisso vem realizando a modernização do seu equipamento de modo a providenciar
serviços a altura do cliente e de qualidade.
A Vodacom esta empenhada no swap (troca) do seu equipamento, mas antes dizer que
este é o segundo projecto do género num período de 10 anos. Neste trabalho vamos
descrever os equipamentos envolvidos neste processo. O projecto de swap, se singe a
mudança de equipamentos da Nokia Simens para Huawei, sendo a Huawei uma
empresa empenhada em inovação tecnológica no ramo da telecomunicações e
reconhecida mundialmente, e por iste e mais aspectos ganhou o concurso para
emplementaçao da sua tecnologia na Vodacom. Com a implantação destes
equipamentos a Vodacom estará preparada futuramente para a migração a mais
recente tecnologia 4G.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Objectivos Gerais

 Princípios básicos de funcionamento de uma rede de telecomunicações em


GSM;
 Descrição do GSM na generalidade;
 Descrição dos ambos equipamentos, Nokia Siemens e Huawei;

Objectivos específicos

 Análise das especificações de cada equipamento;


 Explicação do funcionamento de cada elemento da rede GSM na generalidade;
 Análise da qualidade dos serviços suportados por cada equipamento;
 Análise da implementação dos produtos da multinacional HUAWEI na área de
Telecomunicações.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Capitulo 1

TECNOLOGIAS DE REDE EM TELEFONIA MÓVEL

Tecnologia 1G

A Tecnologia 1G de telefonia móvel era analógica (só transmitia voz) e utilizava a


comutação por circuito (canal dedicado). Fazia uso da tecnologia FDMA (frequency
Division Multiple Access), tendo como padrão o AMPS (Advanced Mobile Phone
System).

Tecnologias 2G

De entre as vantagens sobre os analógicos destacam-se: a codificação digital de voz


mais poderosa, maior eficiência espectral, melhor qualidade de voz, facilidade de
comunicação de dados e a criptografia. O sinal passa a ser digital, mas a tecnologia de
rede ainda é a comutação de circuitos.

Tecnologia TDMA
Em um sistema telefónico móvel que utiliza o padrão de Acesso Múltiplo por Divisão de
Tempo (TDMA), vários usuários móveis se revezam, no tempo, na
transmissão/recepção sob uma mesma frequência compartilhada.
A Capacidade do canal num sistema TDMA é fixo e indiscutível. Cada canal possui um
número finito de slots, e há possibilidade de acomodar um novo participante, uma vez
preenchidos todos slots. A eficiência espectral vária de uma tecnologia para outra. Isso
é possível porque, como o TDMA é uma tecnologia digital, os dados da comunicação
são comprimidos, fazendo com que esta ocupe apenas um terço da capacidade do
canal. Por exemplo, GSM oferece 8 slots em um canal de 200 kHz de largura,
enquanto iDEN oferece 3 slots em um único canal de 25 kHz de largura.

Figura 1. Tecnologia TDMA

Tecnologia CDMA
O TDMA representou um passo importante para a telefonia celular, mas encontrou
limitações ao longo do tempo, especialmente no que se refere ao aumento da
quantidade de usuários, apesar de redes baseadas na tecnologia contarem com maior

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

capacidade que os sistemas analógicos. Assim, alternativas tiveram que ser


encontradas, sendo uma delas a tecnologia CDMA (Code Division Multiple Access).
Em vez de utilizar o esquema de divisão em slots, o CDMA faz com que as chamadas,
após digitalizadas, sejam "espalhadas" pelo canal de frequência. Em outras palavras,
não há organização por intervalos de tempo, pois todas as conexões são realizadas ao
mesmo tempo.

Para que haja distinção entre as chamadas, as informações de cada uma delas
recebem uma codificação exclusiva. Com isso, consegue-se diminuir situações de
interferências entre células, já que possibilita o uso de frequências iguais em células
adjacentes, e permite a cada uma delas suportar maior quantidade de usuários.

Na telefonia celular, o primeiro sistema amplamente utilizado que tem como base a
tecnologia CDMA possui a denominação IS-95 que permite taxas até 14,4 Kb/s, IS-
95B, cujo principal diferencial é permitir o tráfego de dados à velocidade máxima de 64
Kb/s. O CDMA normalmente utiliza as faixas de frequência de 800 MHz e 1.900 MHz.

Figura 2. Tecnologia CDMA

Tecnologia GSM
O GSM, Global System for Mobile Communications (Sistema Global para
Comunicações Móveis), é uma tecnologia desenvolvida e amplamente utilizada na
Europa, e que não tardou para chegar em países de outros continentes, inclusive ao
Brasil. Não por menos, é a tecnologia móvel mais difundida da actualidade.

O GSM também realiza transmissões baseadas no padrão TDMA, embora o faça de


maneira um pouco diferente em relação aos sistemas IS-54 e IS-136, já que utiliza até
oito slots em cada canal no entanto, que o GSM também pode trabalhar com o padrão
FDMA (Frequency Division Multiple Access - "Múltiplo Acesso por Divisão de
Frequência").

Uma característica bastante interessante da tecnologia GSM é o uso do cartão SIM


(Subscriber Identity Module – Modulo de identificação do assinante) e IMEI
(International Mobile Equipment Identity). Trata-se de uma sequência numérica
exclusiva para cada aparelho e definido pelo fabricante é formado por quinze dígitos:
os oito primeiros possuem informações referentes ao fabricante e ao modelo do

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

dispositivo; os outros seis dígitos correspondem ao número de série; o último dígito é


um número "verificador", ou seja, que atesta a validade de todo o código.
A tecnologia GSM utiliza protecção via criptografia para evitar que dados dos usuários
sejam indevidamente interceptados.
Outra vantagem do GSM é que, por esta ser uma tecnologia utilizada em diversos
países, torna-se mais fácil a activação do recurso de roaming, que permite a uma linha
oriunda de um determinado local funcionar em redes de outros lugares (cidades ou
países) a partir da infra-estrutura da mesma operadora ou de outra.
Redes GSM podem operar em várias frequências, sendo as faixas de 900 MHz, 1.800
MHz e 1.900 MHz as mais comuns. A faixa escolhida varia de acordo com o país e com
a operadora, para o caso particular de Moçambique e em especial Vodacom, esta
utiliza as três faixas acima descritas.

Tecnologias 2.5G

A tecnologia 2,5G é formada, essencialmente, pelas tecnologias GPRS, EDGE e


HSCSD.

Tecnologia GPRS
O GPRS, General Packet Radio Service (Padrão de Transmissão de Rádio por
Pacote), tem como base a tecnologia GSM, funcionando como uma "extensão" desta.
Seu foco, é claro, é a transferência de dados, mais precisamente, a comunicação com
a internet, dada a sua compatibilidade com o protocolo IP. Esta actividade pode ser
realizada de maneira simultânea às chamadas de voz.

Tecnologia EDGE
A tecnologia EDGE, Enhanced Data Rates for GSM Evolution (Transferência de Dados
Melhorada para a Evolução do GSM), tem como base a tecnologia GSM, mas se
mostra mais sofisticado que o padrão GPRS. Há, inclusive, quem considere o EDGE
como um GPRS "melhorado" (Enhanced GPRS). Este padrão utiliza um esquema de
modulação mais avançado (8-PSK) e novos tipos de codificação de canal, fazendo com
que as taxas de transferência de dados aumentem consideravelmente e a velocidade
máxima teórica da tecnologia é de 473,6 Kb/s, embora dificilmente ultrapasse 384 Kb/s.

Tecnologia HSCSD
A tecnologia HSCSD, High Speed Circuit Switched Data (algo como "Comutação de
dados por Circuito em Alta Velocidade"), tem como base o padrão GSM, surgindo, na
verdade, antes do GPRS. Trata-se de uma especificação que apresentou pouco
impacto para o acesso móvel à internet, especialmente por sua baixa velocidade
(máximo de 57,6 Kb/s) e por utilizar comutação por circuito, fazendo com que sua
cobrança seja baseada em tempo de uso.

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Tecnologias 3G
Tecnologia CDMA-2000
A denominação CDMA-2000, faz referência a um conjunto de padrões, começando
com o CDMA-2000 1x, que é conhecido como CDMA 1xRTT (1x Radio Tansmission
Technology). Tem como principal característica a sua capacidade de trabalhar com
taxas de transferência de dados de até 144 Kb/s (307 Kb/s na teoria), com o upload
ficando praticamente na mesmo nível de velocidade, isso tudo utilizando apenas uma
portadora de 1,25 MHz.
As tecnologias CDMA-2000 podem trabalhar com várias faixas de frequência, como
450 MHz, 850 MHz, 1,9 GHz e 2,1 GHz.

Tecnologia UMTS
A tecnologia UMTS, Universal Mobile Telecommunications Service (Sistema de
Telecomunicações Móveis Universal), é tido como uma evolução do padrão GSM, com
a sua implementação podendo inclusive aproveitar a estrutura deste. O UMTS é
considerado, de fato, uma tecnologia da terceira geração em si.
O UMTS surgiu principalmente como resultado de um trabalho envolvendo empresas e
entidades ligadas ao consórcio 3GPP (Third Generation Partnership Project), que lidera
os esforços para o desenvolvido da tecnologia. Até então, os trabalhos relacionados ao
padrão GSM eram comandados pela ETSI (European Telecommunications Standards
Institute).
A tecnologia UMTS tem entre as suas principais características a implementação com
base no padrão W-CDMA, e posteriormente com o padrão HSPA.

Tecnologia W-CDMA
A tecnologia W-CDMA, Wideband Code Division Multiple Access (Acesso Múltiplo por
Divisão de Código em Banda Larga), é um padrão para uso de radiofrequência
baseado nos mesmos conceitos de comunicação do CDMA que possibilita ao UMTS
atingir taxas de até 2 Mb/s para download e para upload, embora não costume
ultrapassar 384 Kb/s. Estas velocidades são possíveis, entre outros motivos, graças ao
uso de uma portadora de 5 MHz.
O W-CDMA possui, essencialmente, dois modos de funcionamento: o TDD
(Duplexação por Divisão de Tempo), onde as actividades de downlink e uplink
compartilham a mesma portadora, mas em intervalos (slots) distintos; e o FDD
(Duplexação por Divisão de Frequência), que utiliza portadoras diferentes para cada
um destas actividades, sendo que há uma faixa de frequência de 190 MHz entre elas.
O uso de TDD e FDD faz com que a transmissão seja mais eficiente, uma vez que
cada modo é mais adequado a determinadas situações.

Tecnologia HSPA (HSDPA / HSUPA)


Se o W-CDMA consegue fornece taxas razoáveis de transferência de dados, as
especificações HSPA (Acesso a Pacotes em Alta Velocidade), também empregadas no
UMTS, podem ir muito mais além, oferecem velocidades maiores e podem suportar
uma quantidade superior de usuários.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Tida como uma evolução do W-CDMA, o HSPA tem como base dois protocolos:
o HSDPA e o HSUPA (High Speed Uplink Packet Access). Ambos trabalham utilizando
portadoras de 5 MHz, mas o HSDPA se direcciona ao download, enquanto que o
HSUPA, além deste aspecto, se foca também no upload.
O HSDPA pode oferecer taxas de transferência de dados de até 14,4 Mb/s (as demais
velocidades são de 1,8 Mb/s, 3,6 Mb/s e 7,2 Mb/s), enquanto que o HSUPA velocidade
máxima de 5,76 Mb/s. Níveis tão altos se devem, em outros motivos, à redução do TTI
(Transmission Time Interval ), que varia entre 1 e 3 milissegundos, enquanto que em
outros padrões esta medida gira em torno dos 10 milissegundos.
Por serem mais recentes, as especificações HSPA são também chamadas de "3,5G".

Tecnologia HSPA+
Também chamado de Evolved HSPA (HSPA Evoluído) e de tecnologia "3,75G",
teoricamente, é capaz de trabalhar com taxas de até 168 Mb/s para download e 22
Mb/s para upload. Uma revisão futura pode fazer com que o recebimento de dados
chegue à incrível velocidade de 672 Mb/s.
Além de taxas maiores de transferência de dados, o HSPA+ também oferece outras
vantagens, como menor tempo para o estabelecimento de chamadas, capacidade para
uso de voz ampliada consideravelmente graças ao uso de VoIP, melhor suporte a
aplicações que exigem grandes quantidades de informações e, por se tratar de uma
evolução do HSPA, aproveitamento da estrutura de redes deste último tipo.
Entre os factores que colaboram para as velocidades do HSPA+ está o uso do MIMO,
uma técnica que utiliza mais de uma antena para transmissão no mesmo canal,
mantendo o uso de portadoras de 5 MHz.
Outra característica que influência no aspecto da velocidade é o uso de modulação 64-
QAM (Quadrature Amplified Modulation) para download e 16-QAM para upload.

Tecnologia 4G

Até então a quarta geração (4G) da telefonia móvel tem início com a tecnologia LTE,
Long Term Evolution (algo como "Evolução de Longo Prazo"). Trata-se de mais uma
proposta apresentada pela 3GPP.
Para facilitar a assimilação do aspecto de velocidade, o nível de compatibilidade de
aparelhos com o LTE é determinado em categorias:

 Categoria 1: download de até 10 Mb/s; upload de até 5 Mb/s;


 Categoria 2: download de até 50 Mb/s; upload de até 25 Mb/s;
 Categoria 3: download de até 100 Mb/s; upload de até 50 Mb/s;
 Categoria 4: download de até 150 Mb/s; upload de até 50 Mb/s;
 Categoria 5: download de até 300 Mb/s; upload de até 75 Mb/s.

É claro que estas velocidades dificilmente são alcançadas em sua totalidade, mesmo
porque há uma série de factores que determinam as taxas que uma rede LTE pode
atingir. A quantidade de antenas em uso de maneira simultânea é uma delas, a utiliza
das técnicas MIMO.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Outro factor importante é a frequência do canal, que pode ser de 1,4 MHz, 3,5 MHz, 15
MHz ou 20 MHz. Teoricamente, quanto maior a frequência disponível, maior é a taxa
de transferência de dados.

O LTE também se diferencia pela forma de acesso. Enquanto as tecnologias UMTS e


HSPA são baseadas no padrão W-CDMA, o LTE utiliza as especificações OFDMA
(Orthogonal Frequency Division Multiple Access ), sendo este outro aspecto que
favorece velocidades maiores para o downlink.

ARQUITECTURA GSM

A arquitectura do sistema, foi desenhada de forma a minimizar a complexidade das


estações base de transmissão, para em caso de alterações topológicas, como a
criação ou sectorização de células, o custo seja o menor possível. Outro conceito
importante em conta no desenho, foi a gestão e manutenção centralizada da rede bem
como a interligação a outras redes, particularmente à rede fixa. Esta arquitectura pode
ser observada na figura abaixo.

Figura 3. Arquitectura GSM

No extremo do sistema temos a estação móvel ou MS (Mobile Station), que para alem
da parte de rádio e funções de processamento para acesso à rede através do interface
rádio, e ou interface para interligação com equipamento terminal. Outro aspecto
significativo da arquitectura da estação móvel, é o módulo do assinante, onde está
envolvido mais do que uma simples identificação. O SIM (Subscriber Identity Module) é
essencialmente um cartão inteligente contendo toda a informação relativa ao assinante
e alguma informação relativa ao sistema.

BSS (Base Station Subsystem)


O subsistema de estação base ou BSS (Base Station Subsystem), agrupa as infra-
estruturas de máquinas que são específicas aos aspectos rádio celulares. O BSS

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encontra-se em contacto directo com as estações base, através do interface rádio,


incluindo portanto o equipamento responsável pela transmissão e recepção do
percurso rádio e sua gestão. Necessitando de controle, o BSS encontra-se também em
contacto com os OMC (Operation and Maintanance Center), através de uma rede de
comunicação de dados. Os equipamentos abrangidos pela BSS são:

BTS (Base Transceiver Station)


A BTS compreende os dispositivos de transmissão e recepção de rádio, incluindo as
antenas, bem como o processo de específico do interface rádio. O modo de acesso ao
canal de rádio adoptado pelo sistema GSM é do tipo TDMA, o que permite a um único
transceiver rádio servir simultaneamente 16 canais de débito parcial ou 8 canais de
débito total.

BSC (Base Station Controller)


O BSC é responsável por toda a gestão do interface rádio, através do comando remoto
da BTS e da MS, e principalmente da atribuição de canais de rádio bem como o
controle de handover. Esta ligada por um lado ao OSS, e por outro varias BTS`s.

O subsistema OSS (Operation Support Subsystem)


O OSS suporta uma ou varias OMCs que são utilizadas para a operação e
manutenção do sistema GSM, permitindo aos operadores monitorar, diagnosticar e
resolver problemas de falhas em todo aspecto no sistema GSM. Este subsistema
interage com os outros subsistemas, a monitoria do sistema no seu todo é feita
remotamente através de pessoal qualificado e é oferecido somente ao staff que oferece
as facilidades de serviço para a rede da companhia operadora. De entre outras
funções, este subsistema é responsável pelo processo de facturação.

NMC (Network Maintenance Center)


O controle centralizado de uma rede é feito pelo NMC. É necessário apenas um NMC
em cada rede, o qual controla os OMCs subordinados. A vantagem desta estrutura
hierárquica é que os operadores do NMC podem ficar concentrados na análise de
informações do sistema de longa duração, ficando o pessoal de cada OMC
responsável pela avaliação de informações regionais de curta duração. A
funcionalidade de OMC e NMC podem ser combinadas no mesmo nó de rede físico ou
instaladas em diferentes locais.

O subsistema NSS (Network Switching Subsystem)

O NSS manipula a comutação das chamadas GSM entre redes externas e os BSCs no
subsistema de rádio e é também responsável pela gerência e provê acesso externo a
varias bases de dados de cliente. A MSC é a única unidade central dentro do NSS que
controla o tráfego entre todos os BSCs. No NSS há três diferentes bases de dados
nomeadamente:

9
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

HLR (Home Location Register)


O HLR armazena informação sobre níveis de assinaturas, serviços suplementares e a
posição actual, ou mais recente, dos assinantes da própria rede. a cada usuário em um
mercado atendido pelo padrão GSM é atribuída a uma única identidade chamada IMSI
(International Mobile Subscriber Identity); esse numero é utilizado para identificar cada
usuário local.

VLR (Visitor Local Register), este forma uma base de dados que armazena
temporariamente a IMSI e informações de usuário para cada roamer que esta visitando
a área de cobertura de uma MSC em particular. O VLR está associado a varias MSCs
em uma área geográfica e contem informações de assinatura de todos os usuários
visitantes nessa área. Estando registado no VLR, a MSC envia as informações
necessárias ao HLR desse usuário visitante de tal forma que as chamadas para este
assinante possam ser devidamente roteadas através da rede.

AUC (Authentication Center), compõe uma base de dados fortemente protegida e que
tem a função de manipular as chaves de autenticação e criptografia para cada usuário
no HLR e no VLR. O centro de autenticação (AUC) contém um registador de chamado
EIR, a segurança no sistema abrange quatro aspectos:
 Privacidade da comunicação;
 Privacidade da localização e identidade do assinante;
 Controlo do acesso à rede em relação ao assinante;
 Controlo doa acesso à rede em relação ao assinante;
 Controlo do acesso à rede em relação ao equipamento.

EIR (Equipment Identify Register)


EIR, este sistema disponibiliza um mecanismo de verificação do equipamento móvel,
suportado pelos dados guardados no EIR. O EIR é actualizado para que todos os
dados existentes nos diversos EIRs dos operadores sejam consistentes no que diz
respeito a situação dos móveis.

Interfaces

As interfaces entre as diversas unidades da rede foram padronizadas de modo a


atender a interoperabilidade com outras redes, como, por exemplo, a de roaming
internacional, permitindo que diferentes fornecedores participem de sua
implementação. A Fig. 2.3 mostra a estrutura simplificada com detalhes distintos das
interfaces existentes.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Figura 4. Interfaces GSM

Interface aérea (Um)


Esta interface utiliza o protocolo LAP-Dm, onde a letra m se refere ao enlace rádio com
a MS, o qual é também compatível com a rede RDSI.

Interface Abis
Os sistemas de estações base (BSS), que é constituído pelas BTS´s e BSC´s,
assegura o acesso à sinalização de informação e a canais de tráfego através da
interface Abis., que está localizada entre a BTS e o BSC transmitindo a 2 Mbit/s.

Interface A entre BSC e MSC


Esta interface é especificada pelas normas do GSM. A camada física utiliza um enlace
de 2 Mbit/s.

Interfaces C, D, E e F
Estas interfaces estão dispostas da seguinte forma:
Interface C, interliga a HLR com o MSC (Gateway), interface D interliga a VLR coma a
HLR, a interface E interliga as MSC entre elas e a interface F interliga a AuC com o
HLR.

Interfaces B e H
As interfaces B entre MSC e VLR, e H entre HLR e AuC não estão padronizadas, pois
se tratam normalmente de interfaces internas entre estas unidades (MSC/VLR e
HLR/AUC).

Interface entre o MSC e redes de Telefonia Fixa


A interconexão utiliza o padrão SS#7.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Em termos de funcionalidade basicamente a BTS assegura a recepção e transmissão


rádio, tendo para isso um ou mais transreceptores (TRX) para assegurar a capacidade
requerida.

Tabela 1. Faixa de Frequência de GSM

Parâmetro Especificações
Frequência do canal reverso 890 – 915 MHz
Frequência do canal directo 935 – 960 MHz
Número ARFCN 0 a 124 e 975 a 1023
Espaçamento de frequência Tx/Rx 45 MHz
Espaçamento temporal Tx/Rx 3 slots
Taxa de transmissão 270.83 kdps
Período do quadro 4.615 ms
Usuário por quadro (full rate) 8
Duração do bit 576.9 μs
Duração do bit 3.692 μs
Modulação GMSK com Bust =0.3
Espaçamento do canal ARFCN 200 kHz
Taxa do codificador de voz 13 kbps

Tipos de Canais no GSM

Existem dois tipos de canais lógicos no GSM, chamados canais de tráfego (TCH –
Traffic Channels) e canais de controle (CCH – Control Channels). Os canais de tráfego
transportam voz codificada ou dados do usuário e têm função e formato idênticos para
os links directo e reverso. Os canais de controle transportam sinalização e comandos
de sincronismo entre a estação rádio base e o terminal do usuário. Certos tipos de
canais de controle são definidos para o link directo ou para o reverso. Há seis tipos
diferentes de TCHs no GSM, e um número ainda maior de CCHs, ambos descritos pela
figura abaixo.

Figura 5. Árvore de Canais GSM

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Canais de tráfego TCH


Os canais de tráfego do GSM podem operar tanto em full-rate quanto half-rate e podem
transportar tanto voz digitalizada quanto dados do usuário. Quando transmitido em full-
rate, o tráfego e transportado em todos os quadros GSM. Quando transmitido em
halfrate, esse tráfego é dividido para ocupar quadros alternados. Em outras palavras,
dois usuários de canais operando em half-rate irão utilizar o mesmo slot de tempo, mas
irão transmitir em quadros alternados.

Canais de controle
De acordo com a figura acima é possivel verificar de que existem tres principais canais
de controle no sistema GSM, nomeadamente:
 O canal de broadcast (BCH – Broadcast Channel);
 O canal de controle comum (CCCH – common Control Channel);
 O canal de controle dedicado (DCCH – Dedicated Control Channel).

Cada canal de controle consiste de varios canais logicos distribuidos no tempo para
prover as funçoes de controle necessarias ao sistema GSM.

Canais de Broadcast (BCH)


são utilizados em downlink, ponto a multiponto, sendo utilizado como:

Broadcast Control Channel (BCCH)


É um canal de controle que é utilizado para transmitir informaçoes em broadcast tais
como identificaçao de rede e de celulas e caracteristicas de opera,cao da celula
(estrutura atual de canais de controle, disponibilidade de canal e congestionamento).

Frequency correction Channel (FCCH)


O FCCH é umasequencia de dados especial que ocupa TS0 a cada primeiro qaudro de
GSM (quadro 0) e é repetida a cada 10 quadros em multiquadros de canais de
controle.

Syncronization Channel (SCH)


O SCH é transmitido em broadcast no TS0 do primeiro quadro subsequente ao quadro
do FCCH e é utilizada para identificar a estaçao BTS servidora, enquanto permite ao
terminal movel estabelecer sincronismo de quadro com a BTS.

Canais de Control Comum (CCH)


Os canais de controle comum são canais que estao disponiveis para serem utilizados
por todos os moveis, sendo os recursos de radio que os transporta comum a todos os
móveis.este tipo de canais divide-se em:

Canal de paging (PCH)


Com certos entervalos de tempo o móvel executa o canal de paging, PCH, para
verificar se o sistema quer entrar em contacto com o móvel. A razao deste contacto
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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

podera residir numa chamada para o móvel, ou simplismente uma mensagem curta
para o móvel. A informaçao enviada pelo paging que inclui o número de identificaçao
do móvel (IMSI) ou um número temporario (TMSI). O PCH é utilizado em downlink
ponto a ponto.

Canal de Acesso Aleatorio (RACH)


Como consequência de uma mensagem de paging ou simplismente porque o utilizador
deseja efectuar uma chamada, o móvel terá que entrar em contacto com o sistema.
Para isso o movel terá que pedir um canal de sinalizaçao através do canal de acesso
aleatorio. É utilizado em uplink ponto a ponto.

Canal de Acesso Atribuido (AGCH)


Em resposta ao pedido efectuado no RACH, o sistema terá de atribuir um canal de
sinalizaçao para alguma troca de informa,cao entre o m’ovel e o sistema, o SDCCH.
Esta atribui,cao ‘e realizada atrav’es do canal de acesso atribuido. ‘e utilizado em
downlink ponto a ponto.

Canal de Controle Dedicado (DCCH)


Ao canais atribuidos a um m’ovel em particular, sendo os recursos radio independente
entre os diversos canais. Este tipo de canal divide-se em:

Canal de controle dedicado Stand Alone (SDCCH)


É usado para sinalizaçao do sistema durante a inicializa,cao da chamada, antes da
atribuiçao de um TCH ser feita. Podera ser utilizado também para a transmissao de
mensagens curtas em modo de espera. É neste canal que é realizada a autentica,cao
bem como a atribuiçao de canal de traf’ego, sendo enviado a frequência e time slot que
definem o canal. É utilizado em up/downlink ponto a ponto.

Canal de Controle Associado Lento (SACCH)


É associado a um TCH ou a um SDCCH, sendo um canal de dados continuo
transportando informação de sinalização, tal como relatorio de medida do nivel de
intensidade do sinal recebido na célula onde está presente a as suas adjacentes. Em
downlink o móvel recebe informaçao respeitante ao avanço temporal e controle de
potência. É utilizado em up/downlink ponto a ponto.

Canal de Controle Associado Rápido (FACCH)


É associado ao TCH e funciona em modo stealing. Isto significa que se por acaso
durante a transmissao de voz quizer trocar informaçao de sinalizaçao com o sistema, a
um ritmo muito mais alto do que o SACCH, pode faze-lo, mas “roubando” segmentos
de voz de 20 ms para se efectuar essa sinalizaçao. É o caso do handover, em que a
interrupção não sera sentida pelo utilizador porque o codificador de voz volta a
transmitir os segmentos não transmitidos. É utilizado em up/downlink ponto a ponto.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

DEFINIÇÕES

Células de uma rede


Normalmente o móvel opera no seu próprio operador, denominado por HPLMN – Home
Public Land Mobile Network. Contudo poderá ser selecionado um operador em que o
movel é apenas visitante, VPLMN – Visited PLMN. Para efectuar esta selecçao existem
dois modos possiveis:
i. Modo Automático – A escolha do PLMN é feita de acordo com ordem de
prioridades.
ii. Modo Manual – A seleçao do PLMN é manual, seleccionado pelo utilizador.

Sempre que o m’ovel utiliza serviços de um operador que não o de origem, é


considerado em Roaming. Existem principalmente dois tipos:
i. Roaming Internacional – Este ‘e o caso em que o móvel acede ao serviço de um
PLMN de um pais diferente do que pertence o seu HPLMN.
ii. Roaming Nacional – Aqui o móvel ira receber serviços de um operador que está
no mesmo pais do que o seu HPLMN.

Selecçao e Reselecçao de Célula


O objectivo da selecção é de obter um serviço normal, situando-se na célula e
registando-se no PLMN. Só as células proporcionam uma transmissão com um
desempenho minimo, podem ser escolhidoas pelo móvel. Esta escolha tem como
objectivo maximizar a qualidade da transmissao, e minimizar o risco de perca de
chamada.
A selecçao de células pela lista de portadoras. Aqui, o móvel dispõe de uma lista de
portadoras BCCH utilizadas no PLMN. As portadoras aqui guardadas deveram ser
procuradas por ordem decrescente de intensidade de sinal.

Handover
A possibilidade de mudar de célula sem perder ligação com o sistema ‘e uma função
muito importante num sistema celular, e a maior fonte de complexidade na gestão do
recurso rádio.
A decisão de iniciar o handover, e a escolha de célula destino, são baseadas num
número de parâmetro, e varias razões podem resultar nesta decisão. Primeiro iremos
estudar estas razões, e então depois a descrição dos parâmetros que afectam a
escolha. Existem três tipos de handover:

i. Handover de Resgate – tem como principal funçao o estabelecimento de


chamadas, o qual é uma tentativa de salvar a ligação depois da perda efectiva
de comunicação com a célula que servia a estaçao móvel.
ii. Handover de Limitação – este efectua calculos de modo a seleccionar a melhor
célula no ponto de vista de interferência, minimizando a potência de
transmissão da estação móvel, o que reduzira o nível de interferência.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

iii. Handover de Tráfego – este tipo de handover é requerido quando estamos


perante a uma célula que esteja congestionada e as células vizinhas não de
modo a transferir umas chamadas de uma célula para outra menos
congestionada.

MIMO (Mulple-Input and Multiple-Output)


MIMO (múltipla - entrada e múltipla – saída), é o uso de múltiplas antenas no
transmissor e receptor para melhorar o desempenho de comunicação. É uma das
várias formas de tecnologia de antena inteligente. Oferece aumentos significativos nos
dados e alcance de ligação sem largura de banda adicional ou aumento da potência de
transmissão. Ele alcança esse objetivo, espalhando o mesmo poder transmitir total
sobre as antenas para alcançar um ganho de matriz que melhora a eficiência espectral
ou para conseguir um ganho de diversidade que melhora a confiabilidade de ligação.
Os DSP’s então têm a responsabilidade de pegar os dados, ‘separar’ em diferentes
partes, enviar cada parte via antenas diferentes, ao mesmo tempo, no mesmo canal. E
fazer o processo inverso no receptor.

Figure 6. Transmissão MIMO

VSWR ( Voltage Standing Wave Ratio)

VSWR é tido como um indicador do sinal reflectido de volta ao transmissor de rádio


frequência, sempre tendo o valor 1 no denominador. E quanto menor esse indicador,
melhor. Dessa forma: um sistema de rádio frequência com VSWR 1.4:1 é Melhor do
que outro com 1.5:1.

O sistema de RF com um VSWR 1:1 teria um casamento de impedância perfeito. Em


outras palavras, só ocorre na teoria.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Capitulo 2

EQUIPAMENTO DA HUAWEI

A Huawei é uma companhia de telecomunicações que esta operando com a Vodacom


na montagem de novos equipamentos com vista a aumentar a sua capacidade e
melhoria da qualidade dos seus serviços. Esta companhia disponibiliza uma gama de
equipamentos no que concerne a telefonia móvel.

A Huawei dispõe de uma series de BTS, sendo: DBS3900, BTS3900, BTS3900A,


BTS3900L, BTS 3900B, BTS3902E, BTS3900E e BTS3900C.

DBS3900

De entre as diferentes BTS enumeradas acima a Vodacom usa a DBS3900, a


particularidade desta BTS em relação a outras é o facto de esta não conter fisicamente
as cartas de RFU, estando estas inseridas no RRU. Estas series suportam o múltiplo
Rádio Acess Tecnologies (RATs) e facilita a evolução de GSM para UMTS e
futuramente o LTE, suportando vários tipos de modulação em Rádio Frequência (RF)
incluindo modulo RF de dupla transmissão em modo MIMO e a única transmissão RF
com elevada potencia e larga capacidade. O DBS3900 suporta três modos de
operação: modo GSM, modo GSM+UMTS (dual mode), e modo UMTS através de
diferentes configurações de software.

Capacidade

i. DBS3900 no modo GSM: a BBU3900 suporta no máximo uma configuração de


células S24/24/24 e a RRU3908 suporta no máximo 6 portas para a versão 1
(RRU3908 V1) e 8 para a versão 2 (RRU3908 V2).
ii. A DBS3900 em modo dual GSM+UMTS: a BBU3900 suporta uma configuração
máxima de S24/24/24 no GSM e S8/8/8 no UMTS. A capacidade de RRU3908
pode ser expandida através do casamento de RRU`s, três RRU`s em cascata
podem suportar a configuração de células S4/4/4 + UMTS S2/2/2 ou GSM
S5/5/5 + UMTS S1/1/1.
iii. DBS3900 em modo UMTS: a BBU3900 suporta 24 células, configuração máxima
de 3x8, 1.538 CE`s em uplink e 1.538 em downlink. A BBU3900 suporta HSDPA
e a RRU3908 suporta no máximo 4 portadoras UMTS.

Consumo

A DBS3900 pode controlar o mecanismo on/off das placas através de sofware,


desactivação de canais de RF via software, ajuste de tensão da fonte do amplificador

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

de potência (PA) e a velocidade de rotação de FAN. Estes ajustes baseiam-se na carga


de tráfego actual, reduzindo a potência de consumo.

Cobertura

A distância de transmissão de um cabo óptico mono-modo da BBU ate a RRU ou de


uma RRU ate outra RRU pode ser de ate 20km sendo que a RRU suporta um máximo
de três níveis de cascata permitindo uma distância máxima entre RRU`s e BBU de ate
100km.
Quando a DBS3900 funciona em modo UMTS, uma RRU3908 pode suportar “open
loops” nos modos STTD (Space Time Transmit Diversity) e TSDTD (Time Switched
Transmit Diversity) e “closed loops” no modo de diversidade de transmissão que
permite melhorar a performance d acoberta e capacidade de DL.
A DBS3900 suporta a diversidade de RX em 2 vias e 4 vias, melhorando a performance
de demodulação em UL e sensibilidade de recepção.

Capacidade de conexão:
 A DBS3900 suporta múltiplas topologias de rede tais como estrela, árvore, anel.
 Suporta Flex Abis;
 A DBS3900 suporta a compartilha de recursos de transmissão entre as
interfaces Abis e lub;
 Em modo UMTS a DBS3900 suporta utilização de transmissão híbrida ATM e IP
(dual stack).

Modo de Sincronismo Flexível


Quando a rede GSM utiliza transporte E1/T1 e o UMTS utiliza transporte IP, o clock do
UMTS pode ser directamente extraído do GSM, desta forma compartilhando recursos
de sincronismo sem investimentos adicionais em GPS e/ou clock server.
Sincronismo com o IP clock que pode ser obtido através de upgrade de software, sem
hardware adicional.
É suportado pela compartilha da largura de banda da transmissão IP em “dual-mode”
GSM+UMTS.

Potência de consumo

Em telecomunicações e quase em todo o ramo da tecnologia os fabricantes estão


preocupados com a questão de custo benefício, dai que os equipamentos modernos na
área de telecomunicações têm de a melhorar na construção dos seus equipamentos de
modo a garantir melhor desempenho com menor consumo possível de energia. A
Huawei estabelece a potência de consumo da DBS3900.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

 A potência máxima de consumo é medida quando a estação base trabalha a


uma temperatura de 25oC.
 Potência típica de consumo para o GSM (760W na configuração 3x2) é
alcançada quando a estação base trabalha com 30% de carga, potência de
controle e DTX é habilitado. A potência máxima de consumo (1070W na
configuração 3x6) é alcançada quando a estação trabalha com 100% de carga.
 A potência típica de consumo de UMTS (490W na configuração 3x1) é
alcançada a estação base trabalha com 40% da carga, e a potência máxima de
consumo para UMTS (1110W na configuração 3x4) é alcançada quando a
estação base trabalha com 100% da carga.
 A potência típica de consumo para LTE é alcançada quando a estação base
trabalha com 50% de carga, e a potência máxima de consumo para LTE é
alcançada quando a estação base trabalha com 100% de carga. A configuração
2X2 MIMO é aplicada no LTE.

Figure 7. Constituição da DBS3900

RRU (Rádio Remote Unit)

A RRU é uma unidade de rádio remota que faz a modulação, desmodulação,


processamento de Dados, combinação e providencia a divisão do sinal da estação de
banda base e o de RF. Este é responsável na distribuição do sinal e é recomendado a
instalar próximo a antena. Existem três tipos de RRU nomeadamente:
 Modulo Multi-modo: RRU3908, RRU3929, RRU3928
 Modulo GSM: RRU3004, RRU3008/RRU3908
 Modulo UMTS: RRU3804, RRU3806, RRU3801E, RRU3808, RRU3829,
RRU3828.

Neste trabalho, vamos descrever basicamente o RRU3908, por este ser o equipamento
que esta sendo usado pela Vodacom. Este foi desenhado com características múltiplas

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

capaz de operar nos três módulos anteriormente descritos. Isto é possível devido a
mobilidade presente na sua configuração, isto faz dele versátil.
O RRU3908 possui duas versões nomeadamente RRU3908 V1 e RRu3908 V2. Abaixo
estão indicadas as funções básicas de RRU3908 no seu geral:
 Providencia portas CPRI para comunicação com a BBU3900, estas portas das
redes GSM e UMTS podem ser multiplexadas no mesmo cabo óptico, reduzindo
a quantidade de portas CPRI.
 Quando implementado em modo GSM, a RRU3908 adopta a técnica de
conversão directa que é implementada directamente no canal de transmissão.
Esta modula os sinais de banda base nos sinais de banda base nos sinais RF
GSM. Apos ter ser filtrado, os sinais de RF é enviado para transmissão através
do duplexador de RF.
 Quando funcionando em modulo UMTS a RRU envia directamente os sinais de
banda base para a antena para transmissão através do duplexador de RF.
 A RRU3908 processa os sinais de RF recebidos da antena através da “down-
conversion”. Amplificação, conversão de A/D e vice-versa, digital down-
conversion, filtragem, controle de ganho automático (AGC) e então transmite os
sinais para BBU3900.
 A RRU3908 suporta controle de potencia e detecção de VSWR;
 A RRU3908 suporta sintetização de frequência;
 A RRU3908 suporta a geração e recuperação de clock e detecção de alarmes
na porta CPRI.

Para além das características acima descritas que fazem parte da RRU3908, esta
suporta seis portadoras quando em modo GSM e GSM+UMTS, e suporta quatro
portadoras em modo UMTS, permitindo a compartilha de potência entre portadoras do
mesmo modo no mesmo canal de TX aumentando a potencia de utilização. Possui alta
potência de saída que pode alcançar 80W.
Na configuração de cada modo, quanto maior o número de TRX activos em cada RRU,
influencia no nível de potência máximo de transmissão em cada TRX, diminuindo a
cobertura do sinal e aumentando o número de canais de rádio activos em cada RRU.
A banda de frequência de uma via de TX é de 12.5MHz, banda de frequência de 2 vias
RX é de 25MHz.

Capacidade das duas versões de RRU3908 em single-mode e multi-mode.

Tabela 2. Capacidade de uma RRU3908 em Single-mode

Modo Capacidade
GSM Cada RRU3908 V1 suporta 6 TRX
Cada RRU3908 V2 suporta 8 TRX
UMTS Cada RRU3908 suporta 4 TRX
LTE RRU3908 V1: Cada suporta 1 TRX. A banda larga do LTE é de 5, 10, 15
ou 20MHz.
RRU3908 V2: Cada suporta 1 TRX. A banda larga do LTE é de 1.4, 3, 5,

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

10, 15 ou 20MHz.

Tabela 3. Capacidade de uma RRU3908 em multi-mode

Modo Capacidade
GSM + RRU3908 V1: tem uma capacidade mínima de (1+1) TRX e máxima para
UMTS GSM de (5+1) TRX, para UMTS a sua máxima é de
(1+2;2+2;3+2;4+2)TRX
RRU3908 V2: neste nota-se o uso de modo de acesso de canal de raio
diferente, descrito como MIMO
GSM + RRU3908 V2: neste modo encontramos um mínimo (1+1) TRX e um
LTE máximo de (5+1) TRX, tendo 1TRX o LTE

A tabela abaixo ilustra a configuração típica de uma das versões da RRU3908, neste
esta a RRU3908 V1 para 850MHz/900MHz/1800MHz/1900MHz em single-mode.

Tabela 4. Configuração típica da RRU3908 V1

Número Número Número Potência Potência de Potência Potência


de de de de saída saída de saída de saída
portadora portadora portadora por compartilhada por por
GSM UMTS LTE portadora por GSM portadora portadora
GSM (W) UTMS LTE (W)
(W)
2 0 0 40 40 0 0
3 0 0 20 20 0 0
4 0 0 15 20 0 0
5 0 0 12 12 0 0
6 0 0 10 12 0 0
0 1 0 0 0 40 0
0 2 0 0 0 30 0
0 3 0 0 0 20 0
0 4 0 0 0 10 0
0 0 1 0 0 0 2x30

A tabela abaixo ilustra a configuração típica de uma das versões da RRU3908, neste
esta a RRU3908 V1 para 850MHz/900MHz/1800MHz/1900MHz sem o MSR (Multi-
standard Radio).

Partes constituintes de uma RRU


A figura abaixo ilustra as partes constituintes de uma RRU.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Figura 8. Partes constituintes de uma RRU

A parte física de um RRU é constituída por um painel inferior, painel de concavidade


para cabos e uma área de LED`s, como ilustra a figura acima. A BBU3900 é conectada
através do porto CPRI usando um cabo eléctrico ou óptico para a transmissão de sinais
do CPRI.
O BBU3900 e o RRU3908 é conectado em topologia dual-star, a porta CPRI no GTMU
é conectado para o CPRI_W na RRU3908, e a porta CPRI no WBBP é conectado para
o CPRI_E na RRU3908.

Tabela 5. Descrição das partes da RRU

Item Porta Descrição

Painel Inferior RX_IN/OUT Porta de interconexão de


RF

RET Porta de RET da antena

ANT_TX/RXA RF TX/RX porta A

ANT_TX/RXB RF TX/RX porta B

Painel cavidade de Cabos RTN+ Cabeamento de energia

NEG-

TX RX CPRI_E Porta óptica/eléctrica


Eastward

TX RX CPRI_W Porta óptica/eléctrica


Westward

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EXT_ALM Porta de alarmes externos

RST Botão de reset

TST VSWR Botão de teste para


alarmes de VSWR

TST CPRI Botão de teste CPRI

Cabos da RRU

Figura 9. Cabo RF e de Energia

Figura 10. Cabo de extensão AISG

O anexo 2 ilustra como ‘e feita a ligação da RRU com os demais componentes atraveis
dos cabos acima descritos.

BBU3900 (Baseband unit)

A BBU3900 é uma unidade de controle de banda base sendo um componente


importante numa BTS, este possui enumeras funções das quais estão destacadas
abaixo:

 Gestão da estação base centralizada incluindo OM, sinalização, processamento


do sinal de clock;
 Providencia a interface física na conexão da estação base para o transporte e
troca de informação na rede;
 Providencia um canal de manutenção para a conexão com o PC;
 Processa o UL e DL do sinal de banda base, providencia portas CPRI para
comunicação com RF módulos;
 Providencia um dispositivo de monitoria do ambiente.

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Componentes de Hardware da BBU3900

A figura abaixo ilustra uma das configurações de uma BBU.

Figura 11. Backplane de uma BBU e sua constituição

O BSBC (BBU Sub-rack Backplane type C) é o backplane da BBU que prove oito slots
para placas, dois slots para energia e um para FAN. O BSBC provê interfaces de
comunicação entre as placas e energia para as mesmas.

Disposição das placas na BSBC


Sendo um boxe com enumeras placas, a que obedecer alguns requisitos predefinidos
pela companhia produtora do equipamento, em cada placa esta definida a inserção de
placas obrigatórias e opcional em alguns casos. O quadro abaixo ilustra as principais
configurações das placas BBU3900.

Tabela 6. Constituição e disposição das placas no backplane da BBU

Nome Opcional/ No Slot Limitações das configurações


da Placa Obrigatório Máximo

WMPT Obrigatório 1 Slot 7 Somente configurado no slot 7

GTMU Obrigatório 1 Slot5 e slot 6 Somente configurado no slot 5 e


slot 6

WBBP Obrigatório 4 Slot0-slot3 Somente configurado no slot 2 e


slot 3 no caso de WBBP transmitir
os sinais CPRI

FAN Obrigatório 1 FAN Somente configurado no slot de

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

FAN

UPEU Obrigatório 2 PWR1 ou Preferencialmente configurado no


PWR2 slot PWR2 no caso de somente
uma UPEU

UEIU Opcional 1 PWR1 ou Preferencialmente configurado no


PWR2 slot PWR1

UELP Opcional 2 Slot0 ou slot4 Configurado no slot 0 no modo


GSM;

Configurado no slot 4 no modo


UMTS.

UFLP Opcional 1 Slot4 Preferencialmente configurado no


slot 4 em casos que existem
apenas uma UFLP

UTRP Opcional 4 Slot0-slot4

Função das placas de BBU3900

Placa GTMU
A GTMU (GSM Transmission, Timing, and Management Unit) controla e gerência a
BTS no modo GSM provendo interface de referência de clock, monitoramento de
energia, OM e alarmes externos. A BBU suporta somente uma placa GTMU no slot 5 e
6.

Funções
 Controle, manutenção e operação da BTS. Provê gerenciamento de falhas, de
configurações, de performance e de segurança.
 Monitoramento da FAN e módulo de energia.
 Provê portas CPRI (CPRI0-CPRI5 com conector SFP) que providenciam
entradas ópticas e eléctricas para comunicação com os módulos de RF;
 Distribuição e gerenciamento dos sinais de clock da BTS.
 Providencia portas Ethernet;
o Porta eléctrica FE0 (conector RJ45), reservada para conectar BBU à rede
de TX através de um equipamento de roteamento usando cabo de rede;
o Porta eléctrica ETH (conector RJ45), reservado para manutenção local e
comission;

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

 Porta óptica FE1 (conector DLC), reservada para conectar a BBU à rede de
TRX através se um equipamentos de roteamento utilizando cabo óptico
 Providencia porta TST (conector USB) utilizada para teste de sinais de clock
utilizando equipamento de teste.
 Providencia porta USB (conector USB) utilizada para realizar actualização
automática de software através de um dispositivo USB.
 Providencia E1/T1 (conector DB26), para entrada e saída de 4 E1`s/T1`s entre
GTMU e UELP ou entre GTMU e BSC.

Interruptor DIP
Na GTMU, existem cinco interruptores DIP, cada um dos quais tem quatro bits. O
interruptor DIP S1 e S2 precisa de estar junto. As funções dos cinco interruptores DIP
estão descritas abaixo:
 S1 é usado para seleccionar a resistência da E1;
 S2 é usado para seleccionar o modo de aterramento do cabo de E1/T1;
 S4 é usado para seleccionar o desvio de E1;
 S5 é usado para definir o timeslot quando o E1 é seleccionado.

Figura 123. Placa GTMU

Placa WMPT (WCDMA Main Processing and Transmission Unit)

A WMPT é a placa de controle e transmissão da Node B que processa os sinais e


gerência os recursos para outras placas. Na BBU está configurada no slot 7.

Funções:

 Providencia funções de O&M tais como o gerenciamento de configuração, do


equipamento, monitoria de performance, processamento de sinalização e
conexões de canais de O&M ao OMC (LMT, M2000 e U2000);
 Providencia o sincronismo de referência;
 Processamento de sinalização e gerenciamento de recursos para outras placas
da BBU;
 Providencia portas USB para upgrade automático de software;

26
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

 Providencia portas de E1/T1 (conector DB26), utilizada para 4 E1`s/T1`s que


suportam protocolos ATM e IP;
 Provê portas Ethernet;
 Porta eléctrica ETH (conector RJ45), reservado para manutenção local e
commission
 Porta eléctrica FE0 (conector RJ45),
 Porta óptica FE1 (conector SFP), suporta protocolo IP.
 Botão RST, para reset da BBU;
 Porta GPS (conector SMA) para conexão com a antena.

Figura 13. Placa WMPT

Sinalização da placa
Tabela 7. LEDs de Sinalização da Placa WMPT

LED Cor Estado Descrição

RUN Verde ON A placa esta energizada mas está falha.

OFF Não há alimentação

ON por 1s e A placa esta na configuração normal e


OFF por 1s funcionando normalmente.

ON por 0.125s O software está sendo carregado para a placa


e OFF por ou a placa não esta em uso.
0.125s

ON A placa possui alarmes no hardware.

ALM Red OFF Não há alarmes

ACT Verde ON A placa está no modo activo.

OFF A placa está no modo standbay.

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Placa WBBP (WCDMA Baseband Process Unit)


A WBBP é uma placa da BBU3900 encarregue para o processamento dos sinais de
banda base. Na BBU esta placa está configurada para slot 2 e slot 3.

Funções:
 Providencia seis portas CPRI para comunicação entre BBU e modulo RF e
suporta utilização de 1+1 backup mode;
 Processa sinais de banda base no UL e DL;
 Suporta interface de cancelamento no interior da placa. Quando instalado no
slot 2 ou slot 3, o WBBP suporta função da interface de cancelamento dos
dados de UL.

Existem dois tipos de placa WBBP: WBBPa e WBBPb, ilustrados na figura a baixo:

Figura 14. Placas WBBPa e WBBPb

Especificações da WBBP

Tabela 8. especificações

WBBP Número de ULCE DLCE Tráfego máximo Tráfego máximo


Células HSDPA HSUPA

WBBPa 3 128 256 15Mbps 6Mbps

WBBPb1 3 64 64 15Mbps 6Mbps

WBBPb2 3 128 128 15Mbps 6Mbps

WBBPb3 6 256 256 30Mbps 12Mbps

WBBPb4 6 384 384 40Mbps 12Mbps

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Tabela 9. LED`s da placa WBBP

LED Cor Estado Descrição

RUN Verde ON A placa esta energizada mais esta


falha.

OFF Não há alimentação

ON por 1s e OFF por 1s A placa está funcionando


normalmente.

ON por 0.125s e OFF por O software está sendo carregado


0.125s na placa.

ALM Vermelho ON A placa tem alarmes de hardware

OFF A placa está funcionando


normalmente

ACT Verde ON A placa está funcionando


normalmente

OFF O WBBP não esta em uso.

CPRI0/ Vermelho OFF O módulo óptico não está


configurado com portas CPRI ou o
CPRI1/ ou Verde módulo está desligado
CPRI2
ON (verde) O link CPRI está operacional e o
hardware da RRU está operacional.

ON (vermelho) O modulo óptico não esta na


posição ou o link CPRI está
falhando.

Piscando em 4Hz O hardware da RRU conectada ao


(vermelho, 0.125s ON, link CPRI está falhando e precisa
0.125s OFF) ser substituído.

Piscando em 0.5 Hz Alarme de VSWR, alarme de


(vermelho, 1s ON, 1s antena ou alarme externo de RRU
OFF) na RRU conectada ao link CPRI.

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Placa UPEU (Universal Power and Environment Interface Unit)


A UPEU é uma placa da BBU3900 encarregue para a conversão da tensão de -48V ou
+24V DC para +12V DC. Esta placa é inserida no slot de power num máximo de 2 slots
denominados PWR1 e ou PWR2.

Funções:
 Converter -48V ou 24V DC proveniente da bateria para +12V DC necessário
para o funcionamento das placas;
 Provê duas portas que transmitem sinais RS485 e duas portas que transmitem
quatro sinais de contacto seco;
 Provê protecção de conexão reversa para os conectores dos cabos de energia.

A UPEU é classificada em dois tipos: tipo A, que converte -48V DC para +12V DC e a
UPEU tipo B que converte +24V DC para +12V DC.

A figura abaixo ilustra os dois tipos de UPEU.

Figura 15. Placas UPEU

Placa UTRP (Universal Transmission Processing Unit)

Placa UTRP) é uma placa de extensão da transmissão da BBU3900 que providencia


oito E1`s/T1`s e uma STM-1/OC-3 não canalizada. Suporta transporte ATM e IP.

Especificações
Tabela 10. Especificações da UTRP

Placa Sub-Placas Porta


UTRP2 UEOC Duas portas ópticas FE/GE universais
UTRP3 UAEC Portas para oito canais de ATM alem de E1/T1
UTRP4 UIEC Portas para oito canais de IP alem de E1/T1
UTRP6 UUAS Uma porta não canalizada para STM-1/OC-3
UTRP9 UQEC Quatro portas eléctricas FE/GE universais

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Figura 16. Painel da UTRP3 e UTRP4 suportando oito E1/T1

Figura 17. Painel da UTRP6 suportando um STM-1/OC-3

Figura 18. Painel da UTRP9 suportando quatro portas eléctricas

Funções

A UTRP apresenta as seguintes funções:


 O UTRP2 providencia duas portas ópticas Ethernet de 100M/1000M, realiza
funções da camada MAC, recebe e transmite dados no link Ethernet, e analisa o
endereço MAC;
 O UTRP3 providencia oito E1s/T1s e realiza a inversão de multiplexação e
demultiplexação em num único fluxo de célula ATM sobre os oito links de E1/T1,
 O UTRP4 providencia oito E1s/T1s, frames e deframes HDLC frames, aloca e
controla os 256 HDLC timeslots.
 O UTRP6 suporta uma porta STM-1/OC-3 não canalizada;
 O UTRP providencia quatro portas eléctricas Ethernet 10M/100M/1000M e
realizam a função da camada MAC e camada física.

Tabela 11. LEDs no painel da UTRP

Led Cor Estado Descrição


RUN Verde ON A placa tem potência na entrada, mas a
placa tem defeito.
OFF A placa não tem potência na entrada,
ou a placa tem defeito.
ON por 1s e OFF por 1s A placa está funcionando correctamente
ON por 0.125s e OFF por A placa não esta configurada ou esta
0.125s carregando software.
ON por 2s e OFF por 2s A placa esta desligada ou em teste.

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ALM Red ON ou piscando A placa está reportando alarme.


rapidamente
ALM Red OFF A placa esta funcionando correctamente
ON por 2s e OFF por 2s A placa esta reportando um alarme
menor.
ON por 1s e OFF por 1s A placa está reportando um alarme
maior.
ON por 0.125s e OFF por A placa está reportando um alarme
0.125s crítico.
ACT Verde ON A placa está em modo activo.
OFF A placa está em modo de espera.

Placa USCU (Universal Satellite card and Clock Unit)

Funções

A placa USCU apresenta as seguintes funções:


 Fornece a informação de clock de sincronização na estação base na principal
placa de controle;
 Fornece informação de sincronização para a BBU no nível baixo para alcançar o
efeito cascata do clock BBU

Figura 19. Placa USCU

Figura 20. Placa na USCU

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Tabela 12. LEDs de sinalização da USCU

LED Cor Estado Descrição


RUN Verde ON Não existe fonte de alimentação, ou a placa
esta defeituosa.
OFF Não existe fonte de alimentação, ou a placa
esta defeituosa.
Piscando (ON por A placa está funcionando correctamente.
1s e OFF por 1s)
ON por 0.125 e Software está sendo carregado para a placa,
OFF por 0.125s ou a placa não esta configurada.
ALM Red OFF A placa esta funcionando correctamente e
não esta gerando alarme.
ON Algum alarme é gerado e a placa precisa ser
substituída.
Piscando (ON por Um alarme é gerado. O alarme pode ser
1s e OFF por 1s) causado por um defeito relativo a placa ou a
porta.
ACT Verde ON A porta serial para a comunicação entre a
USCU e a principal placa de controlo está
habilitada.
OFF A porta serial para a comunicação entre a
USCU e a principal placa de controlo está
desabilitada.

Placa FAN

A FAN é a unidade de ventilador da BBU3900. O FAN controla a velocidade da


ventoinha, detecta a temperatura da placa da ventoinha, e dissipa o calor na BBU.

Funções

A FAN possui as seguintes funções:


 Controla a velocidade da ventoinha;
 Reporta o estado da ventoinha para a principal placa de controle;
 Detecta a temperatura de entrada do ar;
 Dissipa calor.

Tabela 13. Sinalização da Placa FAN

LED Cor Estado Descrição


STATE Verde 0.125s ON, 0.125s O modulo não esta registado, e nenhum
OFF alarme é reportado.
1s ON, 1s OFF Modulo esta funcionando correctamente.
Vermelho OFF Nenhum alarme é reportado.
1s ON, 1s OFF O módulo está reportando alarme.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Figura 21. Placa FAN

Cabos para BBU

Figura 22. Cabo de Energia e cabo de protecção de surto E1

Figura 23. Cabo FE e cabo Óptico CPRI I

Figura 24. Cabo de Monitoramento de sinal entre a OFB e BBU

Figura 25. Cabo de Monitoramento de sinal entre APMI e BBU

No anexo 1 está representado as conexões feitas numa BTS da Huawei.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

EQUIPAMENTO DA NOKIA SIMENS NETWORK

A Nokia Simens Network (NSN) é uma empresa que resultou da junção da divisão
Simens AG (exceptuando a unidade Enterprise) com o grupo de redes da Nokia, esta
junção foi efectivada em Abril de 2007. Desde lá até então vem inovando a sua gama
de equipamentos de telecomunicações.

A Vodacom utilizou diversos tipos de equipamentos da Nokia Siemens Network, com


vista a acompanhar a evolução da comunicação móvel. Sendo o Flexi Multiradio BTS
WCDMA o ultimo equipamento utilizado. Neste capitulo vai-se debruçar dos últimos
dois equipamento utilizado pela Vodacom
.

Flexi Multiradio BTS WCDMA

A Nokia Siemens Network introduziu no mercado uma nova maneira de edificar um site
BTS usando módulos, sem cabine BTS. Existindo um site de suporte e cabine auxiliar
pode ser usado para módulos Flexi Multiradio, ou o modulo pode ser instalado na torre.
A Flexi Multiradio BTS consiste de três tipos de RF Módulos por cada banda de
frequência e um Modulo de Sistema com a transmissão sub-modulo. O mesmo
Multiradio modulo é usado em ambos, em site indoor e outdoor.
A Flexi multiradio BTS foi desenhada para facilitar a instalação, o commission, e
manutenção. O tempo de aquisição, custo, e o tempo de aceitação do novo site é
reduzido. A Flexi Multiradio não requer manutenção regular.

Constituição da Flexi Multiradio BTS

A Flexi Multiradio pode consistir em:

 Um módulo de sistema (FSMx), equipado com um sub-modulo de transmissão.


 Um módulo de extensão de sistema (FSMx) sem sub-modulo de transmissão
operando em modo de extensão banda base (Flexi Kit de sistema de extensão
(FSKA) requerido);
 Um dos três módulos RF ou Remote Radio Heads (RRH), dependendo do tipo
de modulo rádio;
 Um opcional exterior Flexi power Module (FPMA) capaz de abrigar no máximo
quatro sub-modulos:
o Um dos três opcionais sub-modulos conversores de AC/DC (FPAA)
o Um dos três opcionais sub-modulos de bactérias (FPBA/B)
 Combinadores Multiradio (MRC), partes da rede Flexi da Nokia Simens sistema
de antena para co-localização GSM e WCDMA BTS ocupando a mesma banda
de frequência.

Quando o módulo é instalado sem a cabine, os seguintes itens são disponíveis:

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

 Na montagem da Flexi Multiradio no exterior não exige enorme requisitos, desde


que garanta a segurança do equipamento em caso de mau tempo, visto que
este esta exposto a condições climáticas.

Figura 26.Flexi Multiradio BTS WCDMA

Módulo RF (RF Module)

Funções:
 Modulador do sinal de RF;
 Processamento do sinal RF Analógico;
 Amplificador de potência integrado;
 Filtro de antena.

Existem três tipos de RF Module:


 RF Module de 3 sectores (IP65)
 Dual RF Module 50W (IP65)
 Single RF Module50W (IP65)

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Figura 27. RFM de três sectores triplo 70W

Figura 28. Painel frontal de um RF Module Dual

Características

 1 RF module para site de 3 sectores, com capacidade de 18 (3x6) portadoras


integrando filtros Duplex;
 Potência de 3x60W no conector da antena;
 Disponível em 850MHz, 900 MHz full band, 1800 MHz e 1900 MHz band;
 Software de largura de banda sintonizáveis activo de 20 MHz para
900/1800/1900 MHz, e 15MHz para 850MHz;
 3 RP3 01 OBSAI interfaces, para a conectividade do System Module e
encadeamento do RF Module;
 Com 1 RF Module podemos ter uma configuração até 6/6/6 TRX em cada
sector;
 3TX/RX interfaces da antena, 3 RX Diversity antena interface;
 Suporta AISG 2.0 (somente para 3G), Bias-T`s e medição de VSWR;
 Tensão de entrada 48V.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Configurações RF com único RF Module

Tabela 14. Configurações do RF Module

Configuração Nᵒ de RF Module Potência de saída Nᵒ de linhas de


típica por TRX antena
2/2/21 1 30W 2/2/2
3/3/3 1 20W 2/2/2
4/4/4 1 15W 2/2/2
6/6/6 1 10W 2/2/2
4/4/4 1 30W 2/2/2
6/6/6 2 20W 2/2/2
8/8/8 2 15W 2/2/2
12/12/12 2 10W 2/2/2
6/6/6 3 30W 3/3/3
12/12/12 3 15W 3/3/3
8/8/8 4 30W 4/4/4
12/12/12 4 20W 4/4/4

Configuração Dual Band Nᵒ de RF Potência típica Nᵒ linhas da


Module de saída por antena
TRX
900 1800
2/2/2 2/2/2 2 30W 2/2/2 2/2/2
3/3/3 3/3/3 2 20W 2/2/2 2/2/2
4/4/4 4/4/4 2 15W 2/2/2 2/2/2
6/6/6 6/6/6 2 10W 2/2/2 2/2/2
4/4/4 2/2/2 3 30W 2/2/2 2/2/2
6/6/6 3/3/3 3 20W 2/2/2 2/2/2
8/8/8 4/4/4 3 15W 2/2/2 2/2/2
4/4/4 4/4/4 4 30W 2/2/2 2/2/2
6/6/6 6/6/6 4 20W 2/2/2 2/2/2

Tabela 15. Sinalização do RF Module

Cor Explicação
Vermelho Auto teste do módulo ou reset (LED vermelha para <5
segundos) ou alarme principal
Vermelho, piscando Alarme menor
Amarelo Modulo em standby ou bloqueado
Amarelo, piscando SW download ou configuração em curso, módulo não
operacional
Verde Módulo operacional (cell pode estar bloqueado no RNC)

1
Potência assimetrica por TRX também é suportada

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Verde, piscando Módulo está carregando software ou parâmetros ou o acesso à


manutenção local quando os módulos estão operacionais

Tabela 16. Sinalização do RF Module

Modo do LED Explicação


Piscando RF desligado
Aceso RF ligado
permanente
Verde FAN esta operacional
Vermelho FAN esta desligado

Remote Radio Head (RRH)

RRU tem uns dois terminais da unidade MCPA optimizado para único sector usado
com diversidade de duas vias. Isto consiste em dois individuais terminais designados
para a transmissão e recepção de Sinais de multiportadoras de múltipla tecnologia de
rádio em simultâneo. Cada terminal contém a transmissão e cadeias de recepção em
frente dos filtros. Cada terminal contém uma cadeia na RRH. FHxA contém supervisão
da antena integrada.

Assim como RF module de 3 sectores, RRH contém a funcionalidade comum


necessária e o controle de circuito. A interface OBSAI a necessária conversão de
energia DC/DC. RRH usa resfriamento por convenção natural, isto é, não possui
ventiladores. Existem uma parte comum da baseband para o transreceptor dentro do
system module.
Flexi Multiradio BTS RRH é disponível em bandas de 900 e 1800, como descritas
abaixo:

 FHDA, Flexi RRH 2TX 900


 FHEA, Flexi RRH 2TX 1800

Figura 29. RRU

System Module

O Flexi EDGE 18/36 TRX System Module providencia funcionalidades específicas a


GSM/EDGE dentro da Multiradio BTS. Armazena e executa a GSM/EDGE BTS SW e
providencia a GSM/EDGE especificações externas e internas das funções da BTS.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Existem duas variantes da Flexi Multiradio System Module; possui uma capacidade de
processamento de baseband integrada: para ESMB acima de 18 e para ESMC acima
de 38 TRX de capacidade da GSM/EDGE. A ESMC providencia a capacidade máxima,
no entanto na maioria das aplicações a capacidade de ESMB é suficiente. Com o
ESMB pode ser duplicado e acoplado, o operador pode construir o site quer com ESMB
ou ESMC com as duas faixas fornecendo caminho de expansão da capacidade
máxima do sistema (36TRX).

Funções de EDGE System Module:

O System Module da unidade da BTS Flexi Multiradio tem como função cuidar da
gestão de rádio software, gerenciamento de configuração, gestão de alarmes e
recuperação, gerenciamento do clock de referência e controle de alarme externo O&M,
Conectividade da OBSAI.

Figura 30. Flexi EDGE 18/36 TRX Sysem Module

ESMB / ESMC tem uma unidade de transporte integrado que fornece as interfaces de
transmissão física e da funcionalidade do transporte dos BTS. Seis alternativas de
interface de rede diferentes são oferecidas: E1 simétrico, assimétrico E1, T1, Fast
Ethernet, Gigabit Ethernet e Flexbus.
Estas variantes de interface de transporte são os mesmos que com Flexi EDGE
System Module ESMA.

Na Flexi BTS Multiradio WCDMA, o System Module incorpora o controle de


telecomunicações, operação e manutenção do sistema, aplicação da baseband,
transmissão e funcionalidade de distribuição de energia. O System Module também
pode actuar como um módulo operacional do sistema de extensão em um modo de
extensão de banda base.

As versões disponíveis do System Module estão descritas abaixo:


 System Module FSMB
 System Module FSMC
 System Module FSMD
 System Module FSME

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

O RF module pode suportar um a três sectores, com os seguintes componentes


integrados:

 Transceptores com TX para dois das quatro portadoras (três transceptores nos 3
sectores RF Module, dois em Dual e um em Single RF Module);
 Transceptores com RX para dois das quatro portadoras com diversidade (a
portadora pode ser adjacente) (três transceptores nos 3 sectores RF Module,
dois em Dual e um em Single RF Module);
 Amplificador de potência linear (três transceptores nos 3 sectores RF Module,
dois em Dual e um em Single RF Module);
 Interface para o System Module;
 Ventilador integrado (dois ventiladores);
 Fonte de alimentação de entrada de 48V DC;
 Preparado para AISG 2.0
 Apoio operacional e largura de banda total.

A implantação de sistemas 3G acelerou o uso de produtos da linha de antenas com


controle remoto digital e estruturas de controlo. A antena de Interface Standards Group
(AISG) criou especificações abertas para a interface de controle para esses
dispositivos. Os desenvolvimentos futuros da especificação são esperados para
ampliar o leque de dispositivos e da sintaxe de comando disponíveis. A implantação de
sistemas 3G acelerou o uso de produtos da linha de antenas com controle remoto
digital e estruturas de controlo. A AISG criou especificações abertas para a interface de
controle para esses dispositivos. Os desenvolvimentos futuros da especificação são
esperados para ampliar o leque de dispositivos e da sintaxe de comando disponíveis.

O sistema de monitorização VSWR é usado para a produção de alarmes para


condicionar a antena contra o limite estabelecido do sinal de VSWR (RRH, Single, Dual
e 3-sector Módulo RF). Como configuração padrão, o alarme menor será gerado
quando o VSWR é de 1,9 o alarme principal será gerado quando o VSWR é de 2,6. No
entanto, é possível ajustar tanto menor e limiar de alarme principal entre 1,5-3,5. A
linha de antena.
A figura no anexo 3, ilustra a configuração mínima de uma BTS da Nokia Siemens.

Capitulo 3

ANÁLISE DA QUALIDADE DE SERVIÇO

Para análise de Qualidade dos serviços, vamos ter como amostra o desempenho de
uma BTS que foi abrangida neste processo de swap (troca) de equipamento. Para isto
usou-se uma ferramenta para analisar o funcionamento da BTS num período
equivalente a uma semana.

41
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Para fazer analise do funcionamento do ponto de vista do equipamento recorreu-se a


datas remotas através de uma ferramenta especifica 2 seleccionou-se o mês , o ano e a
semana em analise. Para ambos casos, isto é, Nokia Simens e Huawei.
A ferramenta em questão dá-nos a possibilidade de avaliar os seguintes indicadores:

Indicadores utilizados

Call setup success network – Este indicador mostra o sucesso tido durante o
período em questão dos clientes na execução de uma chamada, isto é , a possibilidade
de ligares e conseguires ter acesso a um canal e poderes comunicar. O seu indicador é
expresso em percentagem (%). O valor limite considerado óptimo para o
funcionamento da rede deve ser em média maior ou igual a 94%.

Call drop – Este indicador danos a conhecer em percentagem a quantidade de


chamadas não sucedidas (perdidas) ou perca de chama, isto é, o número de tentativas
feitas para aceder a um canal de voz. O valor limite estabelecido como sendo óptimo
para o funcionamento da rede deve ser menor ou igual a 1.5%.

Location update – Este indicador, é responsável na supervisão da conexão entre a


BTS e o móvel, pois mostra o nível de resposta da BTS no que diz respeito ao contacto
constante que o móvel tem tido com a BTS de modo a: pedir acesso a um canal de
sinalização, autenticação, medição da potência do sinal, resposta a informação de
handover. Em princípio esta avaliação é solicitada especificamente quando um móvel
tem problemas de conexão com a rede.

Sms insufiecy – para este caso, avaliamos em percentagem a quantidade de sms


falhadas durante o envio, isto é, quando envias uma sms e te deparas com a seguinte
informação: mensage failed.
A monitoria da rede é feita constantemente num intervalo máximo de 24 horas, isto é, a
monitoria é diária. Ocorrendo uma variação dos indicadores acima ou abaixo do
preconizado, é feita uma monitoria específica para aquele sector de modo a se apurar
a real causa do problema. Este processo envolve diversos sectores de trabalho
nomeadamente PRO e Rádio, para alem de que antes tem que avaliar se o problema é
realmente ao nível da BTS ou da BSC, para tal analisa-se o comportamento da BSC
direccionada ao serviços prestados a BTS em causa e no período a analisar.

2
Devido ao a politica da empresa no que concerne ao sigilo, não posso especificar o nome da ferramenta

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

CONCLUSÃO

Na avaliação do desempenho de equipamento na área de telecomunicações exige um


tempo, pois depois da montagem do equipamento é necessário monitorizar de modo a
optimiza-lo, processo este chamado de “Timing”.
A Vodacom em particular e sendo a empresa em estudo, já teve uma mudança de
equipamento no passado que foi de Simens para Nokia Simens e deste processo
serviu de aprendizagem de maneira a precaver-se de swaps vindouros. Isto porque
nesta mudança de inicio houve grandes problemas com o desempenho da rede, tendo
piorado com a mudança. Esta experiência fez com que o processo actual de mudança
estivesse a decorrer com sucesso e com níveis de melhoria da rede aceitável nos
locais onde foi efectuado, embora esteja em fase de implantação e afinação de alguns
parâmetros.
Das observações feitas em termos estruturais e funcionais dos equipamentos da Nokia
Siemens Network (NSN) e Huawei foi possível verificar o seguinte:
 A Huawei trouxe uma nova abordagem no que concerne a transmissão do sinal
da rádio BBU ao RRU, pois esta é feita com base em fibra óptica, com isso
anulando perdas nos cabos;
 A Huawei possui uma arquitectura fácil de instalação, manuseio e manutenção
sendo este um aspecto a considerar na escolha;
 De entre todas as especificações apresentadas pelo equipamento da Huawei,
existe a componente custo. Tendo esta se apresentado com propostas melhores
que a NSN.
 A NSN usa feeder de várias secções para a comunicação da dual TRX com a
RRH, isto é de facto uma desvantagem pois este introduz perdas de atenuação
do sinal.
 A NSN, actualmente nos equipamentos 3G, incorpora o uso de fibra na
transmissão do sinal do dual TX ao RRH.

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Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

BIBLIOGRAFIA

Referência bibliográfica

 Huawei 2010, MBTS GSM FIELD O&M TRAINING PRATICE GUIDE;


 Huawei 2010-03-20, BBU3900 V100 Hardware Description ;
 Huawei 2012-07-13, Treinamento para Field Inspectors “DBS/BTS 3900 Dual-
Mode Base Station”;
 Nokia Simens Networks 2010-06-22, Flexi Multiradio BTS WCDMA RF Module
and Remote Radio Head Description;

Outra bibliografia consultada

 http://pt.scribd.com/doc/63531746/BBU3900-Hardware-Description-V100-03, 31
de Junlho de 2012 9:36 AM;
 http://pt.scribd.com/doc/58790177/BBU3900-Hardware-Description-V100R003-1,
13 de Agosto de 2012

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Anexos

A
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Anexo 1

B
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Anexo 2

Conexoes feitas a uma RRU com o painel ou feeder.

C
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Anexo 3

Configuração mínima de uma BTS da Nokia Siemens Network.

D
Projecto de mudança de equipamentos, da Nokia Simens para a Huawei ao nível das BTS na Vodacom 2012

Anexo 4

Conexão de dois módulos para formar um Sector Module

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