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SALÃO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA DO CEULJI/ULBRA

PROCESSO DE ENGENHARIA DE SOFTWARE


Micaela Ausilio Diniz1
Thyago Bohrer Borges2
INTRODUÇÃO

Atualmente a maior preocupação no quesito desenvolvimento de software é atender todas as


necessidades do usuário final de forma rápida e eficaz. A Engenharia de Software trata de auxiliar
durante todo o ciclo de vida do software, desde seu planejamento até a entrega final ao usuário.
Pressman (2011) diz que muitos indivíduos e empresas desenvolvem software de forma desordenada,
mesmo ao construírem sistemas dirigidos às mais avançadas tecnologias. Isto porque muitas vezes a
falta de implementação desta engenharia ou até mesmo seu uso incorreto pode fazer com que seu
software seja mal sucedido, ou seja, apresente falhas, seja propenso a erros, difícil de utilizá-lo e
modifica-lo, fato que deixa os usuários insatisfeitos. Para isto não ocorrer esta Engenharia possui
várias áreas de conhecimento integradas como a do Processo de Engenharia de Software, que
abrange diversas atividades encontradas durante todo o desenvolvimento, manutenção e operação de
um software. Contemplando alguns processos como construção, design, teste, manutenção,
configuração e entre outros. Pressman (2011) afirma que este processo é a liga que mantem as
camadas de tecnologia coesas e possibilita o desenvolvimento de software de forma racional e
dentro do prazo. O processo define uma metodologia que deve ser estabelecida para a entrega
efetiva de tecnologia de engenharia de software. Bourque (2014) diz que estes processos são
especificados e trabalhados porque facilitam a compreensão, comunicação e coordenação, auxiliam
a gestão de projetos de software, medem e melhoram a qualidade dos produtos numa maneira
eficiente, suportam melhorias nos processos e fornecem uma base para um suporte automatizado na
execução dos processos. Neste trabalho será abordado o artigo de Rocha (2005) que trata da
implantação da Estação Taba, utilizada para adaptar processos padrões de uma organização com o
objetivo de aumentar o controle e melhorar a qualidade dos produtos de software. No final
apresenta-se os resultados obtidos no artigo após a implementação deste projeto em 18 pequenas e
médias empresas no estado do Rio de Janeiro pela COPPE/UFRJ.

METODOLOGIA

A metodologia usada foi a pesquisa descritiva, em que a mesma consiste em analisar, observar
e registrar eventos e características sobre o determinado tema ou sistema. Este artigo foi
elaborado com base em artigos e livros com até 12 anos de publicação, encontrados através da
ferramenta de pesquisa o Google Acadêmico, onde as palavras chaves foram: Processo de
Engenharia de Software, Software Engeneering Process Tools e Engenharia de Software.

1
Acadêmica do 5º período do curso de Sistemas de Informação do CEULJI/ULBRA - micaeladiniz@hotmail.com
2
Docente e Coordenador do Curso de Sistemas de Infomação do CEULJI/ULBRA, Bacharel em Análise de
Sistemas (UCPel), Mestre em Ciência da Computação (PUCRS), Doutorando PPGBio (ULBRA), Pos-Graduando
Gestão Estratégica de Negócios (ULBRA) – thyago.borges@hotmail.com
RESULTADOS E DISCUSSÕES

Ferramentas de Processo de Engenharia de Software é uma subárea do Processo de Engenharia de


Software que comporta a maioria das informações e notações utilizadas no processo de definição,
implementação, gerência de processos individuais e clico de vida do software. Comumente se
utiliza diagramas de dados, gráficos de estado, BPMN (Business Process Modeling Notation),
diagramas de atividade UML (Unified Modeling Language), entre outros para reunir estas notações.
Cada área de conhecimento dentro da Engenharia de Software possui um conjunto de possíveis
ferramentas que poderão auxiliar no desempenho das atividades no decorrer do projeto. Existem
também aqueles softwares que estão prontos para ajudar a gerenciar o desenvolvimento do projeto
já com métodos, métricas, modelos e padrões especificados. Estes buscam principalmente adequar o
sistema às normas de gestão de qualidade, como exemplo está a Estação Taba que será descrita e
estudada a seguir. O Modelo de Referência para melhoria de processo de software Brasileiro (MR
mps Br) é um projeto implantado em diversas empresas brasileiras com o objetivo de facilitar e
acelerar a definição, implantação e melhoria de processos de software. Para isso foi desenvolvido
um Ambiente de Desenvolvimento de Software (ADS) chamado Estação Taba. O projeto não tem
por objetivo definir algo novo em relação a padrões e modelos de maturidade. Rocha (2005) relata
que o MR mps Br foi implantado pela COPPE/UFRJ em 18 pequenas e médias empresas onde todas
elas compartilharam as mesmas atividades de treinamento, que constituíram 44 horas de aulas em
tópicos de Engenharia de Software, 20 horas no MR mps Br e nos processos organizacionais a
serem implantados, logo seguido a implementação da Estação Taba. Segundo Rocha (2005) esta
estação foi criada para apoiar atividades de gerência de projetos, melhoria da qualidade dos
produtos de software, e aumento da produtividade, provendo o meio para que engenheiros de
software possam controlar o projeto e medir a evolução das atividades baseada em informações
coletadas ao longo do desenvolvimento. E também provê a infraestrutura para o desenvolvimento e
integração de ferramentas de apoio à execução de processos de software. Além do mais, esta
infraestrutura mantém um útil repositório contendo informações do projeto de software coletadas ao
longo do seu ciclo de vida.

CONCLUSÃO OU CONSIDERAÇÕES FINAIS

Como dito antes a falta ou a má implementação da Engenharia de Software pode causar danos a
longo prazo no produto final, tranzendo transtornos, atrasos e despesas no desenvolvimento. Apartir
do estudo MR mps Br foi possível notar que a utilização de ferramentas de gerenciamento e de
desenvolvimento auxiliam na produção e qualificação do software. Outro ponto forte é a quantidade
de informações que são obtidos nestes processos, usados posteriormente por outras áreas, o que
torna o processo de Engenharia dinâmico, de fácil interpretação, uso e alteração. Rocha (2005)
destaca que após a implantação da estação nas empresas foi possível obter diversos resultados, como
por exemplo, o aumento da qualidade dos produtos e processos e a preservação do conhecimento
organizacional relacionado aos processos de software. Um benefício direto obtido a partir deste
projeto foi a certificação ISO (International Organization for Standardization) 9000:2000 que duas
empresas obtiveram. A certificação define o padrão de qualidade que a empresa segue, esta sendo
uma das mais recentes e voltadas para a satisfação do cliente. Sroufe (2008) diz que a norma tem
como objetivo avaliar a capacidade da empresa de forma eficaz projetar, produzir e entregar e
serviços de qualidade. Destacou também atraves de uma pesquisa de campo utilizada em cada uma
das organização que mais de 90% dos participantes reconheceram que a Estação Taba reduziu
significativamente o esforço da execução da maioria das atividades dos processos. Além de ajudar na
tomada de decisão, facilitar a comunicação entre os membros dos projetos e diminuir
desentendimentos ao longo do projeto com relação aos procedimentos, atividades a serem executadas
e aos artefatos a serem produzidos.
REFERÊNCIAS
PRESSMAN, Roger S. Engenharia de software: uma abordagem profissional. 7ª Edição.
Ed: McGraw Hill, 2011.

BOURQUE, Pierre; FARLEY, R. E. SWEBOK V3. 0. IEEE Computer Society, 2014.

SANTIAGO, ROGERIO MARCOS. Ensaio do SWEBOK – Software Engineering Body Of


Knowledge. POSEAD, Goiania 2011.

SROUFE, Robert; CURKOVIC, Sime. An examination of ISO 9000: 2000 and supply chain
quality assurance. Journal of operations management, v. 26, n. 4, p. 503-520, 2008.

ROCHA, Ana Regina et al. ESTAÇÃO taba: Uma infra-estrutura para Implantação do
Modelo de referência para Melhoria de Processo de Software. Simpósio Brasileiro de
Qualidade de Software, p. 49-60, 2005.

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