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Estruturas Tênseis
Alexandre Muller e Mauricio Dahmer
Teoria e Prática em Estruturas Tensis
MÓDULO 5
Vid útil d
Vida útil de cabos
b
Durabilidade de um cabo depende de:
• Condições de trabalho: cuidados durante o uso, cargas aplicadas,
Condições de trabalho: cuidados durante o uso cargas aplicadas
exposição ao intemperismo.
• Bitola do cabo: cabos maiores suportam cargas maiores e têm menor
número de fibras expostas na superfície.
É importante entender que um cabo sempre acabará perdendo resistência ao
longo de sua vida útil em qualquer aplicação.
Cabos são sérias ferramentas de trabalho e devem
ser utilizados apropriadamente, propiciando um
serviço regular e de confiança. O custo da troca de
um cabo é extremamente limitado quando
comparado com os danos físicos ou pessoais que
um cabo desgastado pode causar.
Importante: Seguir cronograma de inspeções no cabo e
manter histórico sobre o tempo de trabalho do cabo
Maurício Dahmer MÓDULO 5 – Vida Útil
Teoria e Prática em Estruturas Tensis
R
Recomendações para inspeção de cabo usado
d õ i ã d b d
Diâmetro irregular Descoloração
• Redução localizada no diâmetro • Em áreas causadas pela
• Aumento localizado no diâmetro contaminação química
Flexibilidade irregular
Flexibilidade irregular Fusão pelo calor
Fusão pelo calor
• Áreas de rigidez • Áreas extensas de fusão pelo calor
Múltiplas
pernas
cortadas
Superfície
Superfície
com abrasão
Perna única
Perna única
cortada
Perna puxada
da capa
da capa
R
Recomendações
d õ para inspeção
i ã de
d cabo
b usado
d
Ensaios destrutivos:
Não existe método visual para determinação da carga residual de um cabo
Não existe método visual para determinação da carga residual de um cabo,
para isso são realizados testes em laboratório para avaliar de forma mais precisa
a resistência residual do cabo. Para isso são retirados alguns PSA’s para serem
testados em equipamento de tração adequado
testados em equipamento de tração adequado.
Avaliação final:
Avaliação final:
Com base em todos os dados avaliados na inspeção e com auxílio da tabela
da ISO 9554, cabe ao inspetor
avaliar se o cabo tem condições
avaliar se o cabo tem condições
de continuar trabalhando, se
poderá ser reparado ou deverá
ser descartado.
Todas as avaliações realizadas
devem ser registradas.
T b l ISO 9554
Tabela ISO 9554 para reparo e rejeição de cabos
j i ã d b
CONFECÇÃO DE
TIPO DE CABO E CONDIÇÃO REMOÇÃO
EMENDA / COSTURA
Todos os cabos
Tamanho de fios ou pernas da superfície reduzidas por 50% ou mais para uma distância linear igual ao
X X
diâmetro do cabo
p
Cabo suspeito de ter sido submetido à carga
g de choque
q X
Partes queimadas ou fundidas visíveis para um comprimento maior que 4 diâmetros de cabo X X
Abrasão no raio interno do olhal, com redução do tamanho dos fios ou pernas superficiais em 50% ou mais X X
X X
Repuxamento severo
Remover fonte de abrasão
Degradação UV, lascas na superfície do fio para cabos com alma e capa trançados X
Mais do que 4 pernas da capa consecutivas repuxadas (que não podem ser reincorporadas na trança da
X X
capa)
p
Pernas da alma repuxadas, cortadas, com abrasão, esfarelados ou fundidos X
T b l ISO 9554
Tabela ISO 9554 para reparo e rejeição de cabos
j i ã d b
CONFECÇÃO DE
TIPO DE CABO E CONDIÇÃO REMOÇÃO
EMENDA / COSTURA
Fios da capa cortados ou com abrasão mais do que 50% em uma ou mais crista do cabo X X
Dano térmico
Áreas duras,
duras fundidas,
fundidas achatadas do cabo,
cabo que pode indicar danos sérios ao cabo X X
– Poliéster,
P lié t acima
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de 100°C X
Ti
Tipos de Danos e Efeitos
d D Ef it
Principais causas:
• Sobrecargas e choques
• Fadiga por tensão cíclica
Fadiga por tensão cíclica
• Abrasão externa
• Abrasão interna
• Cortes
C t
• Pernas puxadas
• Olhais e emendas
• Nós
• Creep
• Torções e compressões
• Degradação ao UV
• Temperatura
• Degradação química
g ç q
Ti
Tipos de Danos e Efeitos
d D Ef it
Sobrecargas e choques
Sobrecarga: aplicação de cargas acima da capacidade do cabo
Carga de choque: mudança brusca de um estado de relaxação ou baixa carga
no cabo para um estado de alta carga.
Áreas rígidas localizadas ao longo do cabo normalmente indicam que ele tem
sido submetido a cargas de choque. Causam redução significativa de resistência
e durabilidade.
Prevenção: manter histórico de utilização do cabo, registrando eventos fora
do comum.
• Sobrecargas sucessivas podem causar os mesmos danos causados por
fadiga cíclica
• Cargas de choques podem causar fusão das fibras internas e nos olhais
• Podem ocasionar o rompimento do cabo
P d i i t d b
Tipos de Danos e Efeitos
Abrasão Externa
É um dos problemas mais comuns nos cabos. Na maior parte dos casos o
problema é localizado em regiões em contato com o navio. Como consequência
pode haver ainda cortes de fibras e fusão.
Tipos de Danos e Efeitos
Cortes
Co tes
Dano de fácil identificação numa inspeção, podendo‐se avaliar a quantidade
de fibras afetadas e a orientação do corte.
Em cabos com capa sem função de
Em cabos com capa, sem função de
resistência, cortes na capa podem não ter
impacto sobre a resistência do cabo, mas deve
inspecionar para verificar a integridade da
inspecionar para verificar a integridade da
alma.
Fios ou PSA cortados terão pouco efeito
negativo sobre a resistência do cabo.
g
Entretanto, esse é um dano usualmente
causado por forças externas localizadas, que
muito raramente danificam apenas um fio e,
portanto, o efeito do dano necessita ser
avaliado considerando um fio repuxado como
rompido.
Tipos de Danos e Efeitos
Pernas repuxadas, retorções e acavalamentos
É possível fazer um retrabalho para recolocar as
pernas na estrutura original.
• O grau do dano depende do percentual da
seção transversal que é perdido de maneira
permanente
O manuseio errado na desbobinagem pode
provocar distorção nos cabos torcidos, contrária à
di
disposição dos filamentos. Em cabos trançados as
i ã d fil t E b t d
causas podem ser as mais diversas.
Cabo retorcido tem sua resistência de ruptura
reduzida em cerca de 30%
reduzida em cerca de 30%.
Tipos de Danos e Efeitos
Flexão
e ão
Dobras e flexões constantes do cabo podem
causar abrasão externa e interna das fibras.
Flexão dos cabos sobre superfícies angulosas
Flexão dos cabos sobre superfícies angulosas
também pode gerar fadiga por flexão.
• Deslizamento sobre estas superfícies
p
pode causar grande desgaste da superfície
g g p
• Pode causar ruptura de fibras e fusão
Tipos de Danos e Efeitos
SSistemas mau adequados
ste as au adequados
Linhas com cabos de
características distintas
trabalhando em parelhas.
Cabos com alongamentos
diferentes trabalhando lado a
lado, o cabo mais estático,
isto é, de menor
alongamento, receberá
cargas mais elevadas
comparado ao cabo onde
ainda tem algum percentual
para alongar.
l
Ti
Tipos de Danos e Efeitos
d D Ef i
Olhais e terminações
Merecem atenção especial durantes inspeções pois são regiões comuns para
surgimento de danos por compressão, cortes, abrasão interna e externa das
fibras.
Durante a operação de confecção de olhais, é preciso tomar cuidado para
d f d lh é d d
manter a forma e a direção dos fios e cordões, evitando também a sua perda da
torção.
Ti
Tipos de Danos e Efeitos
d D Ef it
Degradação por ação da luz solar
Grau de degradação de fibras por ação do
UV depende de:
– Intensidade e qualidade da luz
Intensidade e qualidade da luz
incidente (tipo de UV)
– Tamanho do filamento
– Características da superfície do fio
í d fí d f
– Natureza e claridade da atmosfera
•
Efeito da degradação pelo UV é mais
pronunciado em cabos de menores bitolas.
– Menor a bitola = maior a área
superficial (maior quantidade de fios
expostos na superfície)
– UV afeta somente fios externos
Ti
Tipos de Danos e Efeitos
d D Ef it
Degradação por ação da luz solar
Para prevenir a degradação dos materiais é
comum a adição de estabilizantes que inibirão
o início e a propagação das reações de
d
degradação.
d
Além disso, atitudes simples como cobrir
os cabos enquanto não estão sendo utilizados
ajuda a aumentar significativamente a vida
j d t i ifi ti t id
útil dos mesmos.
Cordas amarelas em PP:
4.200 horas em Weather‐o‐Meter
(equivalente a 3 anos)
Maurício Dahmer MÓDULO 5 – Vida Útil
Teoria e Prática em Estruturas Tensis
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Fatores de durabilidade
d d bilid d
Existem três medidas a serem tomadas para obter‐se maior duração possível
dos cabos, condições de trabalho mais seguras e maior economia a longo prazo.
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1. Em primeiro lugar, escolha o cabo certo para sua tarefa.
Negligenciar certas medidas, reduzir fatores de segurança, bitolas,
resistências, etc., numa compra, poderá não ser vantajoso. Se a fibra e a estrutura
forem iguais, um cabo maior durará mais do que um menor, devido à superfície
de distribuição do desgaste. Do mesmo modo, um cabo forte durará mais do que
outro mais fraco porque será usado a uma menor porcentagem de sua carga de
ruptura e com menos chance de hipertensão.
2 Faça uso adequado do cabo, não abuse.
2. Faça uso adequado do cabo não abuse
Observe os fatores de uso recomendados e o raio de curvatura apropriado
com relação ao tamanho de roldanas e de outros acessórios. Observe também
os fatores de segurança recomendados.
f t d d d
3. Retire o cabo de uso e utilize‐o em tarefas mais leves.
Querer usar um cabo além deste ponto é perigoso e antieconômico
Querer usar um cabo além deste ponto é perigoso e antieconômico.
l2 slide final!
leticia; 15/03/2011
Obrigado!!!
Alexandre Muller e Mauricio Dahmer
Alexandre Muller e Mauricio Dahmer