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Manutenção Industrial
Prof. Marcelo Rodrigues
Prof. Rui Francisco Marçal
2011
Copyright © UNIASSELVI 2011
Elaboração:
Prof. Marcelo Rodrigues
Prof. Rui Francisco Marçal
621.7
R6961p Rodrigues, Marcelo.
Projeto de Fábrica e Manutenção Industrial/ Marcelo Rodrigues [e]
Rui Francisco Marçal. Centro Universitário Leonardo da Vinci –:Indaial, Grupo
UNIASSELVI, 2011.x ;
190.p.: il
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7830-313-6
Impresso por:
Apresentação
Caro acadêmico!
III
NOTA
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – PROJETO DE FÁBRICA............................................................................................... 1
VII
UNIDADE 2 – MANUTENÇÃO INDUSTRIAL................................................................................. 63
TÓPICO 2 – TERMINOLOGIA
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 73
2 PRINCIPAIS TERMOS......................................................................................................................... 73
2.1 FUNÇÃO REQUERIDA................................................................................................................... 74
2.2 DEFEITO ........................................................................................................................................... 74
2.3 FALHA............................................................................................................................................... 75
2.4 CONFIABILIDADE ........................................................................................................................ 75
2.5 DISPONIBILIDADE......................................................................................................................... 78
2.6 MANUTENIBILIDADE ................................................................................................................ 78
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 81
AUTOATIVIDADE.................................................................................................................................. 82
VIII
UNIDADE 3 – SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL.................................................. 123
IX
X
UNIDADE 1
PROJETO DE FÁBRICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos, sendo que, ao final de cada um
deles, você encontrará atividades que o(a) auxiliarão na apropriação dos
conhecimentos aqui disponibilizados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Começamos nosso estudo conhecendo/relembrando o conceito de
Engenharia de Produção para que visualizemos que a tarefa de “especificar um
processo” faz parte das atribuições e responsabilidades do engenheiro de produção.
NOTA
2 ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS
Depois da determinação do produto a ser fabricado, é necessária a
especificação do processo de produção a ser utilizado. Nesta fase, é de grande
importância o envolvimento do responsável pelo projeto do layout.
3
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
E
IMPORTANT
4
TÓPICO 1 | ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
• Métricas Qualitativas
A: Absolutamente necessário.
E: Especialmente importante.
I: Importante.
O: Importância ordinária.
U: Sem importância.
X: Indesejável.
5
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
ATENCAO
Instalação 1
A
Código Razão
1,2 I
Instalação 2 1 Fluxo
E 2 O
2 U 1,3 2 Supervisão
Instalação 3
2 3 Segurança
X
3
Instalação 4
6
TÓPICO 1 | ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
• Métricas Quantitativas
DICAS
7
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
Com a leitura do capítulo, você pode conferir como estes conceitos são relacionados a outros
na área da gestão da produção, além de exemplos práticos de aplicação dos princípios de
organização e relacionamento em diferentes tipos de linha de montagem (produto único;
multiprodutos, células de manufatura e escritório).
Aproveite para examinar os aspectos, problemas e questões envolvidos nos outros exercícios e
verifique como os conceitos estudados se aplicam na solução de problemas de planejamento
de layout.
• Matriz De-Para: mostra o fluxo De uma instalação Para outra, ou seja, o fluxo
em cada direção para cada par de instalações;
• Matriz de Fluxo: indica o fluxo entre instalações e, portanto, combina o fluxo
nas duas direções. Esta matriz é simétrica, no sentido em que o valor do fluxo
inserido na posição (i, j) é igual ao da posição (j, i).
DICAS
O fluxo total entre duas instalações é calculado pela soma dos fluxos
equivalentes de todas as partes entre as duas instalações. O gráfico de processo
para cada parte é examinado para determinar quais as instalações que são
visitadas. Uma estimativa da procura de cada parte é calculada usando as
previsões da procura dos produtos finais e a relação de materiais. Finalmente, a
procura é convertida em fluxos equivalentes.
8
TÓPICO 1 | ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
DICAS
• Métricas de Distância
dij = xi − x j + yi − y j Equação 3
9
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
É uma das mais usadas visto que permite um cálculo muito simples e é
apropriada para muitas situações práticas como, por exemplo, a distância entre
dois pontos numa cidade ou a distância entre instalações servidas por dispositivos
de transporte de materiais, entre os quais apenas pode haver movimento de uma
forma retilínea.
• Distância lateral: é uma métrica diferente das anteriores, por permitir que
se faça o cálculo da distância efetivamente percorrida pelo equipamento de
transporte ao longo do seu percurso.
Instalação j
d
Instalação
Instalação i
10
TÓPICO 1 | ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
DICAS
Consulte Planejamento de rede (p. 399 – 401) em Slack et. al., Administração
da Produção, 2009, Cap. 16 – Planejamento e Controle de Processos, da página 399 a 410.
11
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
n n
PCusto = ∑∑ p
=i 1 =j 1
ij x dij Equação 5
Em que:
n −1 n
Fcusto = ∑∑c
j = 1 i = j +1
ij x fij x dij
Equação 6
Em que:
12
TÓPICO 1 | ESPECIFICAÇÃO DE PROCESSOS INDUSTRIAIS
E
IMPORTANT
Nas situações em que a avaliação de um dado layout não requer o uso deste
parâmetro, basta considerar a atribuição do valor 1 a todos os cij.
13
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
E
IMPORTANT
14
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você estudou:
15
AUTOATIVIDADE
Caro acadêmico!
16
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
Este tópico trata dos aspectos relativos ao processo de Planejamento
e Projeto de Layout de Fábricas, focando-se na caracterização dos aspectos
envolvidos, na identificação das suas principais dificuldades, na descrição de
alguns dos modelos de layout mais usados e na apresentação de alguns dos
principais métodos usados na resolução de problemas de localização, arranjo e
fluxo de instalações industriais/fabris.
17
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
E
IMPORTANT
18
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E PROJETO DE LAYOUT DE FÁBRICAS
2.1TERMINOLOGIA
No planejamento e projeto de instalações industriais, o processo de
comunicação entre os profissionais envolvidos é muito importante porque
pode facilitar a obtenção de informações precisas sobre os vários aspectos da
produção. Em face desta necessidade, os termos técnicos devem ser utilizados
adequadamente, principalmente em registros e planos técnicos.
19
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
A figura a seguir (a) mostra uma solução para um PPLI representada por
um layout de blocos, em que cada bloco representa uma instalação. É possível,
ainda, realizar algum trabalho adicional de forma a determinar um layout mais
detalhado, figura 3 (b), em que a estrutura de corredores para o equipamento
de transporte, os locais dos pontos de entrada e saída e o layout dentro de cada
instalação é especificado.
1 2
3 4
3 4
(a) (b)
3 TIPOS DE LAYOUT
Os tipos de layout podem ser baseados tanto no fluxo como na
funcionalidade.
21
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
22
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E PROJETO DE LAYOUT DE FÁBRICAS
Rack Loader
and
Tray Handling
Transferring System
System
Universal Panning
Machine
Make-Up Table
Laminator
FONTE: Autor.
FONTE: Autor.
23
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
E
IMPORTANT
24
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E PROJETO DE LAYOUT DE FÁBRICAS
25
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
serão usados pelos clientes para obter uma melhor apreciação dos requisitos de
qualidade e especificações operacionais.
26
TÓPICO 2 | PLANEJAMENTO E PROJETO DE LAYOUT DE FÁBRICAS
27
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
DICAS
Para concluir, Meller e Gau (1996 apud TAVARES, 2000) argumentam que
a investigação e desenvolvimento para o projeto de novos sistemas industriais
devem apontar no sentido de quebrar o caráter sequencial do projeto de layout e
sistemas de manipulação de materiais e o projeto de layout e o projeto de sistemas
de produção.
DICAS
Verifique o Capítulo 3 – JIT (Just in Time), da página 56 a 103, do livro CORRÊA, Henrique
L. e GIANESI, Irineu G. N. Just in Time, MRP II e OPT. São Paulo: Atlas, 1996. No item 3,5
– Projeto de Sistema de Produção para Just in Time, o autor examina a necessidade de
adaptar o layout às necessidades do sistema de produção.
29
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você estudou os seguintes aspectos:
30
• São eles: Adjacência (situação aproximada de um lugar com outro) e Distância
(intervalo que separa dois pontos no espaço).
31
AUTOATIVIDADE
3 Quais são os fatores que devem ser considerados na resolução dos problemas
típicos relativos às instalações industriais?
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
1 INTRODUÇÃO
A implantação de uma indústria deve estar pautada em uma
metodologia sistemática que considere desde o tipo de produto ou serviço a
ser produzido/oferecido, passando pela dimensão e localização até a etapa de
funcionamento pleno.
33
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
E
IMPORTANT
2 O PROJETO
A estruturação de um projeto é fator de grande relevância e dependente
da amplitude e da finalidade. Mesmo sendo um dos pontos iniciais e primordiais
(a base de tudo!) do empreendimento, este, em se tratando de custo, baseado
em processos de produção conhecidos e implantados, se apresenta como 4 a 8
% do investimento total. Nos custos totais de um empreendimento industrial, as
expensas das atividades de projeto são pequenas.
34
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
Existência de memoriais e
desenhos conforme modelo
Aprovação do projeto de próprio. Não havendo Corpo
5. Corpo de Bombeiros.
proteção contra incêndio. de Bombeiros no município,
a aprovação é da alçada da
Prefeitura Municipal.
35
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
36
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
3 A LOCALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA
A definição do local mais apropriado e vantajoso para a implantação de
uma indústria tem sido assunto para a formulação de muitas teorias e estudos a
respeito. As metodologias encontradas têm apresentado diversas influências da
localização geográfica sobre as atividades econômicas.
37
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
• escritórios;
• ambulatório;
• armazém reembolsável;
• auditório;
• banheiros;
• vestiários;
• biblioteca;
• cantina;
38
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
• refeitório;
• centro esportivo;
• área de lazer;
• centro de treinamento;
• cozinha;
• portaria;
• relógio ponto;
• recepção;
• diretoria;
• sala de conferências;
• sala de reuniões;
• seção de compras;
• seção de projetos;
• seção de vendas; e
• demais unidades condizentes com especificidades e particularidades.
4 AS INSTALAÇÕES DA INDÚSTRIA
Para o entendimento deste item, adotaremos a ideia de que uma indústria
é formada por um conjunto de instalações de processo, que é composto por uma
monta de sistemas integrados.
39
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
2. Sistemas de tubulação.
40
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
41
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
3. Sistemas elétricos.
a) Baixa tensão: esta pode ser fornecida nos padrões de 115/230 V; 127/220 V e
220/380 V. Estes são valores nominais padronizados para uso. Cabe ressaltar
que instalações cujos valores são iguais ou inferiores a 600 V são consideradas
instalações de baixa tensão, segundo a norma NB-3 da ABNT.
42
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
b) Tensão primária: são fornecidas nos padrões de 2,3 kV; 3,8 kV; 6,6 kV; 11 kV; 13,2
kV e 23 kV. Tais tensões podem variar conforme o padrão da concessionária.
DICAS
43
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
4. Sistemas de comunicação.
5. Sistemas de instrumentação.
44
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
5 EDIFICAÇÕES INDUSTRIAIS
As edificações destinadas à indústria possuem características e finalidades
distintas das construções para fins de habitação e corretagem. Estas características
já foram abordadas anteriormente.
• estrutura;
• cobertura;
• paredes divisórias;
• piso; e
• fundações.
45
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
5.1 ESTRUTURAS
As estruturas devem ser adequadas ao processo produtivo, propiciar um
ambiente aprazível de trabalho, possibilitar expansões e modificações, segurança
e facilidades de manutenção.
• tipo shed;
• galpão em uma água ou duas águas;
• tipo arco; e
• tipo plano.
46
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
48
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
49
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
DICAS
50
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
51
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
52
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
5.1.7
Normas que regem a construção de estruturas
industriais
As normas brasileiras que regem e regulamentam os projetos e construções
de estruturas industriais estão listadas no quadro a seguir.
53
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
DICAS
54
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
LAYOUT
Tipos de Layout
São três os tipos básicos de layout. Muitas variações e combinações destes
três tipos podem ser feitas, de acordo com as necessidades.
Layout Posicional
Por posição fixa, ou por localização fixa do material. Usado para montagens
complexas. O material ou componentes principais ficam em um lugar fixo.
Vantagens:
• o transporte de unidades montadas é reduzido;
• não é afetado por mudanças nos produtos;
• não requer estudo muito custoso.
Layout Funcional
Por processo. Agrupam-se todas as operações de um mesmo "tipo" de
processo.
Vantagens:
• melhor utilização das máquinas;
• é adaptado a uma variedade de produtos e mudanças na sequência e operação;
55
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
Vantagens:
• manuseio reduzido de materiais;
• quantidades reduzidas de material em processo;
• uso mais efetivo da mão de obra;
• facilidade de controle;
• melhor uso do espaço.
Que tipo usar?
56
TÓPICO 3 | INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
57
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
Homens Envolvidos:
• Pessoal direto.
• Pessoal indireto e auxiliares.
• Pessoal administrativo.
• Movimentação
Características do Edifício:
• Construção para finalidade especial ou geral.
• Construção de um ou mais andares.
• Forma do edifício.
• Pisos, janelas, forros, paredes, escadas, elevadores.
59
UNIDADE 1 | PROJETO DE FÁBRICA
Características do Local:
• Áreas (estocagens, estacionamento, jardins).
• Abastecimento de água, tanques, incinerador.
• Rodovias.
• Canais, pontes.
• Mudanças
60
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou os seguintes aspectos:
DICAS
61
AUTOATIVIDADE
62
UNIDADE 2
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
A terceira unidade foi dividida em quatro tópicos. No final de cada um deles,
você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e análise dos
estudos já realizados.
TÓPICO 2 – TERMINOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, começaremos a estudar os princípios básicos da manutenção
industrial, que mesmo com suas especificidades e fundamentos atendem
também à manutenção predial e comercial. Para os leigos e infelizmente para
muitos profissionais, estes conceitos são desconhecidos, trazendo consequências
graves para o setor produtivo que de uma forma direta ou indireta afetam a
competitividade do empreendimento.
65
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Vamos ver nesta disciplina que aquilo que acontece e é valorizado nas
viagens espaciais também acontece em nossas empresas, que mesmo com todos
os equipamentos, máquinas e tecnologia investida o fator humano presente na
manutenção é o que faz a diferença. Zen (2004 p. 121), em sua obra, aborda bem
esta questão sobre o fator humano na manutenção.
66
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
UNI
67
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Por exemplo:
68
TÓPICO 1 | PRINCÍPIOS DA MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
69
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, vimos que:
70
AUTOATIVIDADE
1 Explique por qual motivo podemos afirmar que a manutenção é uma função
empresarial.
71
72
UNIDADE 2 TÓPICO 2
TERMINOLOGIA
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos os principais termos utilizados em chão-
de-fábrica pela comunidade de manutenção. Para nivelar nossa conversa
sobre a área de manutenção, se faz necessário padronizar alguns conceitos
e definições. As referências que usaremos são as baseadas na Associação
Brasileira de Normas Técnicas, ABNT (2010) e Associação Brasileira de
Manutenção, ABRAMAN (2010).
UNI
2 PRINCIPAIS TERMOS
A seguir, veja quais são os principais termos utilizados:
73
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
2.2 DEFEITO
É qualquer desvio de uma característica de um item em relação a sua
função requerida. Considerando o primeiro exemplo dado, moto-redutor
continua cumprindo sua função requerida que é o acionamento da esteira
transportadora, porém o motor apresenta um ruído excessivo em seu rolamento
durante seu funcionamento. Esta anomalia, o ruído elevado, é considerada um
defeito apresentado pelo motor.
74
TÓPICO 2 | TERMINOLOGIA
2.3 FALHA
É o término da capacidade de um item desempenhar sua função requerida.
A rigor, a falha é o instante em que o evento acontece. Após este instante, o item
tem uma pane. Ex.: no caso anterior, mesmo com ruído elevado, não é tomada
nenhuma providência, com isso o rolamento arrebenta e trava o moto paralisando
a esteira, ou seja, o defeito não “tratado” transformou-se em uma falha, pois o
item parou de cumprir sua função requerida.
ATENCAO
mesmo sabendo que a terminologia correta seria dizer que agora o moto-
redutor se encontra em pane, no chão de fábrica, usa-se comumente o termo “equipamento
em falha”.
2.4 CONFIABILIDADE
É a probabilidade de um item ou máquina de desempenhar sua função
requerida durante um determinado período de tempo.
75
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
R( t ) = e −λt
Em que
λ taxa de falha
t tempo determinado
R Confiabilidade (Reliability)
Dados:
λ = 0,05x10-5 falhas/hora
t = 400horas
-3
R( t ) = e - 0,05 x 10 x 1000
R( t ) = 0 , 9512
76
TÓPICO 2 | TERMINOLOGIA
Tempo
Mortalidade Vida útil Envelhecimento
Infantil
FONTE: Autor.
UNI
Para saber mais, veja em: MOUBRAY (2000), LAFRAIA (2006), SIQUEIRA (2005),
EBELING (1997) e DHILLON (1999).
77
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
2.5 DISPONIBILIDADE
Para a manutenção, a disponibilidade é encarada como o percentual
de tempo em que o equipamento esteve disponível para produção, não
necessariamente produzindo. Por exemplo:
• CASO A - Uma extrusora para plástico (figura a seguir) está programada para
trabalhar 10 horas, porém fica uma hora parada esperando sua matéria prima.
2.6 MANUTENIBILIDADE
Também conhecida por Manutenabilidade ou Mantenabilidade, indica a
facilidade de se executar a manutenção. Também é uma função probabilística e
pode ser calculada por meio da seguinte equação.
M( t ) = 1 − e −µt
78
TÓPICO 2 | TERMINOLOGIA
Em que
µ taxa de reparo
t tempo determinado
M manutenabilidade (Mantenability)
79
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
80
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico vimos:
81
AUTOATIVIDADE
82
UNIDADE 2 TÓPICO 3
TIPOS DE MANUTENÇÃO
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos as principais classificações e tipos de
manutenção, continuando a explanar os termos aplicados nesta área. Pois, quando
se trabalha de maneira científica com a manutenção, é preciso estabelecer e definir
bem as formas de atuação da mesma. Também é preciso compreender qual a
missão que este setor possui dentro da organização. A missão da manutenção em
uma empresa de acordo com Kardec e Ribeiro (2002, p. 23) é de:
83
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
2 MANUTENÇÃO CORRETIVA
É caracterizada pela atuação da manutenção para correção de falhas ou
defeitos apresentados pela máquina. Nesta concepção, a manutenção é efetuada
após a ocorrência de uma pane destinada a recolocar um item em condições de
executar uma função requerida. (ABNT NBR 5462-1994)
Não Planejada
Manutenção
Corretiva
Planejada
FONTE: Autor.
84
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
• Fato já ocorrido: isso leva a ações reativas em função das quebras de máquinas,
ou seja, o setor de manutenção começa sua atuação em função de alguma
máquina quebrada.
• Perdas por deslocamentos e diagnósticos: como a equipe de manutenção fica
atendendo só as emergências, eles ficam “correndo” de um lado para outro o
tempo todo e ao chegar ao equipamento precisam analisá-lo e entendê-lo para
verificar quais materiais serão necessários para o reparo e depois providenciá-los.
• Extensão dos danos pode ser grave: no exemplo anterior, o problema era
somente do rolamento, porém como não é tomada nenhuma ação antes da
falha, os danos do rolamento quebrado podem comprometer o mancal e o eixo
da máquina, ou seja, existe uma potencialização dos estragos devido a não
atuação da manutenção de uma forma proativa.
• Custos elevados: Além dos estragos maiores que podem ocorrer devido à
propagação dos danos, a quebra da máquina de forma aleatória pode ser, e
normalmente é em algum momento de alta produção e no meio do processo.
Como consequência se tem perda de matéria-prima, produção parada, corrida
para compra de peças em caráter de urgência, contratação de mão de obra e
outras ações que elevam em muito os valores gastos neste tipo de manutenção.
• Maior risco de acidentes e retrabalhos: devido à máquina parar em situações
críticas do processo, a pressão para repor a máquina em operação é muito
grande, levando a equipe de manutenção a um nível elevado de stress. Toda
esta pressão faz com que muitos “serviços paliativos”, também conhecidos
85
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: <http://www.clipartsplanet.com/index.php?option=com_
joomgallery&func=detail&id=6919&Itemid=57 #joomimg>. Acesso em: 01 jul. 2010.
86
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
UNI
3 MANUTENÇÃO PREVENTIVA
A manutenção preventiva, ao contrário da corretiva, busca de maneira
obstinada evitar que as falhas venham a ocorrer. Para isso, ela trabalha de forma
a prevenir a falha por meio da antecipação da intervenção.
UNI
87
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
88
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
• Plantas e instalações similares: podem servir como base, porém não existem
máquinas idênticas, e quando se trabalha com análise de vibrações isto fica
muito claro, pois cada máquina terá uma assinatura espectral diferente.
• Experiências anteriores: também podem servir como referência para o
estabelecimento das datas, principalmente se houver um histórico confiável
das falhas já ocorridas e das intervenções feitas.
• Decisão de substituição a ½ vida: quando se adquire um componente de um
novo fornecedor, deve-se testá-lo. Isso se dá da seguinte maneira, por exemplo:
uma correia que tem uma vida útil de 400 horas de seu fornecedor antigo,
o novo fornecedor garante para você as mesmas 400 horas, porém com um
preço 30% inferior. O teste se dá experimentando uma peça por 200 horas
e analisando os desgastes sofridos e comparando com as outras da marca
anterior, ou seja, o acompanhamento deve ser mais de perto para realmente
conseguir um parecer.
89
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
90
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
3.2.1 Lubrificação
É uma das atividades mais importantes dentro de uma indústria,
principalmente as que possuem máquinas rotativas e/ou sistemas hidráulicos.
Em muitas empresas para esta atividade é realizada uma programação
específica somente para lubrificação, desvinculado da programação da
manutenção preventiva.
3.2.2 Revisão
Nesta atividade:
91
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
3.2.3 Calibração
Esta é uma atividade de suma importância para o controle dos processos
e para rastreabilidade exigido pelas normas ISO. Neste contexto, os laboratórios
de instrumentação e calibração das empresas precisam manter seus padrões
calibrados e certificados.
FONTE: Autor.
92
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
NOTA
4 MANUTENÇÃO PREDITIVA
Esta forma de atuação da manutenção é proativa, em que manutentor
analisa a máquina para verificar os “sintomas” de uma possível “doença” que possa
existir nela. Conhecendo a “doença”, se faz a indicação do melhor tratamento.
Podemos definir a Manutenção Preditiva como sendo a manutenção que permite
garantir uma qualidade de serviço desejada, com base na aplicação sistemáticas
de técnicas de análise, utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou
de amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção preventiva e diminuir a
manutenção corretiva. (ABNT NBR 5462-1994)
UNI
93
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Subjetiva
Monitoração Objetiva
Contínua
FONTE: Autor.
94
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
4.1.1 Subjetiva
Este tipo de monitoramento se baseia na experiência do profissional e
em seus sentidos: tato, audição, visão, paladar e olfato. (Figura a seguir). Por
exemplo, em uma indústria petroquímica, alguns elementos quando vazam e
são inalados deixam a saliva das pessoas adocicada, caso a pessoa esteja atenta
a este fato pode comunicar a quem é devido para a tomada de providências.
A precisão que se consegue neste tipo de análise não é muito grande, porém
de enorme importância. A participação de todos empregados é fundamental e
não somente dos manutentores. Na verdade, o operador da máquina é o que
melhor pode contribuir para este tipo de monitoração, pois é a pessoa que fica
ao lado da máquina cerca de 8 horas por dia e a princípio é a quem mais conhece
o equipamento e pode identificar qualquer anomalia. Lembrando também que
isto somente acontece se a política da empresa incluir o operador nesta atividade.
Alguns exemplos de defeitos que podemos identificar desta maneira são:
95
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
4.1.2 Objetiva
Para este tipo de monitoramento também é necessário a experiência e o
treinamento adequado da pessoa que fará as medições, que normalmente será da
equipe de manutenção. Para isso serão usados aparelhes que farão as medidas:
temperatura, rotação, tensão e corrente elétrica, vibração entre outras grandezas.
Quando se elaboram rotas de inspeção, é comum o uso de multimedidor e
registrado para se ter a medição e o histórico das medidas facilmente. Com estes
dados é possível verificar tendências dos valores medidos e consequentemente
uma melhor compreensão da própria máquina. Alguns exemplos de instrumentos
para este tipo de trabalho são:
• analisadores de óleos;
• analisadores de vibração;
• analisadores de rolamentos;
• medidores de ultrassom;
• termovisores (câmeras de infravermelho);
• osciloscópios;
• analisadores de energia.
96
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
4.1.3 Contínua
Com o avanço e disseminação de novas tecnologias e diminuição dos
custos destes novos sistemas, as empresas têm tido grandes investimentos nesta
categoria. A vantagem destes sistemas é que eles podem monitorar as grandezas
24 horas por dia. Os alarmes são ajustados de acordo com a máquina e podem ser
enviados por e-mail, bip ou celular de forma on line, ou seja, “a máquina liga para
manutenção avisando que está com alguma anomalia”. Nestes casos, também,
os registros são muito confiáveis o que permite estudos mais aprofundados do
comportamento da máquina.
97
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
98
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
Alguns pontos
a considerar
• Pessoal;
• Operacional;
• Meio ambiente.
Segurança
• Da própria máquina;
• Da parada de produção/qualidade;
Custos • Dificuldade de sobressalentes;
• Dificuldade de intervenção;
• Da técnica apropriada.
FONTE: Autor.
99
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
100
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
FONTE: Autor.
UNI
101
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Uma pessoa não preparada pode “jurar de pé junto” que viu várias bolinhas
escuras com toda a sinceridade que possui. Porém o que ela está vendo é uma
ilusão de ótica. Isto pode acontecer e acontece quando pessoas desqualificadas
começam a fazer laudos sobre resultados obtidos por técnicas que não dominam.
TERMOGRAFIA
102
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
FONTE: Autor.
FONTE: Autor.
103
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
MANUTENÇÃO DETECTIVA
• sistemas de alarmes;
• sistema de incêndio.
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO
104
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
105
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
2 - Preventiva
3- Preditiva e detectiva
4 - Engenharia de manutenção
Evolução
106
TÓPICO 3 | TIPOS DE MANUTENÇÃO
UNI
107
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu os principais tipos de manutenção:
108
AUTOATIVIDADE
4 Explique com um exemplo prático o que vem a ser uma “falha oculta”.
109
110
UNIDADE 2
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Agora vamos discutir de forma breve como surgem as falhas nos
equipamentos, suas origens e suas formas comportamentais.
FONTE: Autor.
111
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
FONTE: Autor.
112
TÓPICO 4 | COMO SURGEM AS FALHAS
FONTE: Autor.
113
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Execução da manutenção
planejada falha
Identificação
Defeito
do defeito
Nível normal de
funcionamento
Tempo
Identificação Intevalo entre o
do defeito defeito e a falha
FONTE: Autor.
114
TÓPICO 4 | COMO SURGEM AS FALHAS
λ(t)
A 4%
t
λ(t) Fadiga
B ou
t 2%
Corrosão
λ(t)
C
t 5%
λ(t)
D
t 7%
λ(t) Equipamentos
E complexos
t 14% (automação)
λ(t)
F
t 68%
115
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Ao longo dos anos, as empresas buscaram a redução dos custos, dos prazos
de entrega de seus produtos e o aumento da produtividade. Porém, tais benchmarks
podem ser ameaçados caso ocorram falhas nas máquinas e equipamentos devido
à falta de manutenção.
116
TÓPICO 4 | COMO SURGEM AS FALHAS
• Manutenção Corretiva.
• Manutenção Preventiva.
• Manutenção Preditiva.
Manutenção Corretiva
117
UNIDADE 2 | MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Manutenção Preventiva
Manutenção Preditiva
• Temperatura.
• Vibrações das máquinas.
• Aceleração.
• Pressão e
• Desempenho.
Diagnóstico
Detectada a irregularidade, o responsável terá o encargo de estabelecer, na
medida do possível, um diagnóstico referente à origem e à gravidade do defeito
constatado. Este diagnóstico deve ser feito antes de se programar o reparo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Jcandido, 2009. <http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/manutencao/Grupo_6.pdf>.
Almeida, M. T., 2009. <http://www.mtaev.com.br/download/mnt1.pdf>.
120
RESUMO DO TÓPICO 4
Caro acadêmico! Neste terceiro tópico você estudou os seguintes
aspectos:
• Que mesmo com um bom projeto, quando operamos a máquina além de sua
capacidade, as falhas surgem com muita frequência.
• Que mesmo com um bom projeto, quando não executamos uma boa
manutenção, também as falhas acontecem com maior frequência.
• Que existe além da “curva da banheira” clássica, uma família de curvas que
representa, por sua vez, família de componentes cujas características de falha
se assemelham.
121
AUTOATIVIDADE
122
UNIDADE 3
SISTEMAS DE MANUTENÇÃO
INDUSTRIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta terceira unidade será dividida em quatro tópicos. No final de cada
um deles, você encontrará atividades que contribuirão para sua reflexão e
análise dos estudos já realizados.
123
124
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos o planejamento e controle da manutenção
em que serão desenvolvidos a organização da manutenção, os sinais da
não organização da manutenção e os tipos de estruturas organizacionais da
manutenção.
2 PLANEJAMENTO E CONTROLE
Imaginemos um grande veleiro em alto mar. Nesta embarcação, todos
os marinheiros estão realizando seu trabalho com muito empenho, porém
nenhum deles sabe o rumo que a embarcação deve tomar. Conforme Rodrigues
(2010), numa situação como essa, mesmo que todos os marinheiros trabalhem
com dedicação, o resultado final não é bom, pois sem um rumo traçado e
entendido cada um trabalha de forma descompassada e o veleiro não chegará
a lugar nenhum.
UNI
125
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
NO NE
O E
SO SE
De acordo com Viana (2002), o PCM deve atuar junto à função manutenção
para criar um ambiente onde se consiga garantir um bom convívio entre as pessoas
e um eficiente desenvolvimento das atividades. Para este intento, o autor aponta
quatro atribuições principais que precisam ser dominados e desenvolvidos. Estas
atribuições são:
DICAS
126
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO
Tratamento das
Padronização
falhas dos
da manutenção
equipamentos
Educação e Peças-reservas
treinamento e almoxarifado
As funções de
apoio da
manutenção
Orçamento da Planejamento
manutenção da manutenção
FONTE: Autor.
127
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Além destas funções de apoio citadas, Rodrigues (2010), por sua vez,
destaca também alguns pontos que devem ser considerados pelo setor de PCM
para nortear suas ações e relaciona os seguintes aspectos (quadro a seguir):
128
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO
E
IMPORTANT
O PCM está para manutenção da mesma forma que o PCP está para produção.
Gestores
Organização
da
manutenção
Executores
FONTE: Autor.
129
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
130
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO
FONTE: Autor.
ATENCAO
Filho (2006) alerta que nem sempre o tempo elevado das paradas de linha é
devido a programas de manutenção inadequados. Segundo o autor, “já encontramos casos
em que as paradas eram consequência de uma falta de planejamento de produção, ou seja,
de PCP e não de PCM”.
Isto acontece quando os Gerentes de Operação não liberam as máquinas para a realização
das intervenções de manutenção já programadas e necessárias para se manter a
confiabilidade dos equipamentos. Esta não liberação deixa aflorar a desconfiança do PCP
em relação aos serviços executados pelo PCM.
131
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
ATENCAO
Fábrica 1
Manutenção Fábrica 2
Fábrica 3
FONTE: Autor.
132
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO
Fábrica 1
Fábrica 2
Fábrica 3
Setor de Manutenção
FONTE: Autor.
Fábrica 1
Man.
Manutenção Fábrica 2
Man.
Central
Fábrica 3
Setor de Manutenção
FONTE: Autor.
133
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
134
TÓPICO 1 | PLANEJAMENTO E CONTROLE DA MANUTENÇÃO
40,74% 32,59%
Centralizada
Mista
Descentralizada
26,67%
2009
Associação Brasileira
2009 de Manutenção
FONTE: ABRAMAN, (2010).
135
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
Este tema foi discutido por especialistas em uma mesa redonda no 24⁰
CBM – Congresso Brasileiro de Manutenção. Nesta mesa participaram:
• “o professor da Universidade Federal de são João Del Rei – UFSJ, Jorge Nei Brito,
que apresentou o Hy_Nes, um sistema inteligente híbrido para diagnóstico de
falhas em motores elétricos, desenvolvido a partir de técnicas de Inteligência
Artificial – IA. O sistema permite diagnosticar falhas em motores elétricos de
origem mecânica e elétrica, além da condição normal de funcionamento. “Com a
inserção de novos conceitos, como economia de energia, melhorias do processo
de controle, aumento da eficiência e redução dos custos de Manutenção, tem-se
aumentado o interesse no desenvolvimento de novas tecnologias e ferramentas
para a detecção e o diagnóstico de falhas. Seguindo essa tendência, cada vez
mais as técnicas de IA têm sido utilizadas em conjunto com as tradicionais
técnicas preditivas”;
• o cientista chefe da Neuro Tech, centro de informática da Universidade Federal
de Pernambuco – UFPE, Paulo Jorge Adeodato, apresentou uma palestra sobre
as formas de resolver problemas de Manutenção utilizando IA e destacou. O
que vai fazer a diferença é ter uma infraestrutura apropriada para processar e
disseminar o conhecimento”. Segundo Adeodato, uma das novas tecnologias
que têm sido aplicadas na manutenção é a Mineração de dados, ou Data
Mining, que consiste em um processo analítico projetado para explorar grandes
quantidades de dados e depois validá-los, aplicando os padrões detectados a
novos subconjuntos de dados. Este processo envolve tanto o pessoal de IA
como o pessoal que faz análise estatística, transformação de dados e quem faz
a extração dos dados na base. Não é um trabalho simples, pode consumir até
80% do tempo de um projeto de Mineração de Dados”;
• o professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Rui
Marçal, Apresentou o uso de Sistemas Especialistas – SE baseado em regras
Fuzzy para o diagnóstico e planejamento na Manutenção. Os SE são sistemas
que contêm regras que condensam a forma de solução de problemas de
um profissional de determinada atividade e são compostos de bancos de
conhecimento e máquinas de inferência, que contêm as regras, permitindo a
recombinação do conhecimento armazenado. Sua utilização permite ao gestor
criar meios para auxiliá-lo nas decisões das tarefas de Manutenção. “A tomada
de decisão será o fator de maior impacto na Manutenção do futuro. O decisor
embasa suas ações em conhecimento, que por sua vez advém de informações,
dados confiáveis”.
FONTE: COMO será a manutenção do futuro? Revista Manutenção, Rio de Janeiro, ano 23, edição
129, Set./Out., 2009
136
RESUMO DO TÓPICO 1
137
AUTOATIVIDADE
138
UNIDADE 3
TÓPICO 2
DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO
1 INTRODUÇÃO
No processo de organização das atividades pertinentes à manutenção, são
produzidos alguns documentos chaves para o seu controle. Estes documentos,
quando bem elaborados e preenchidos, trazem uma excelente fonte de informações
para melhor gestão da manutenção.
2 DOCUMENTAÇÃO
Nos dias atuais, praticamente todo o sistema de gestão da manutenção
tem o suporte da informática em maior ou menor grau. Isto não significa
necessariamente que estão bem estruturados e funcionais. De acordo com Cabral
(2004), ainda muitos destes sistemas informatizados não possuem atualizações
fáceis, o backup é precário e sua aplicabilidade é restrita, não atendendo às
particularidades exigidas pela manutenção. O mesmo autor ainda salienta
dois pontos importantes referente à informatização dos sistemas de gestão da
manutenção:
139
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
DICAS
140
TÓPICO 2 | DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO
141
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
e-mail é criado um
endereço eletrônico na oral a comunicação é
intranet da empresa para realizada verbalmente pelo
onde são direcionados as solicitante.
solicitações.
Modos de
abertura
de SS
E
IMPORTANT
142
TÓPICO 2 | DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO
• Preparada – Nesta situação, a OS já está montada, porém ainda não existe uma
data certa para sua execução.
• Pendente – É um caso intermediário entre a OS preparada e programada. Esta
é uma situação particular em que se tem uma OS para ser executada, porém
devido a algumas pendências ela não pode ser programada. Estas pendências
podem ser devidas a não liberação do equipamento para intervenção, falta
de sobressalentes ou matérias, carência de mão de obra especializada para
execução da intervenção, entre outros.
• Programada - a OS já se encontra com data para sua execução;
• Iniciada - os serviços da OS estão sendo executados;
• Suspensa – por algum motivo a execução da OS foi interrompida;
• Encerrada – a OS foi efetivamente executada e registrada.
E
IMPORTANT
143
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
E
IMPORTANT
144
TÓPICO 2 | DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO
Depois de aberta a SS, ela deve ser analisada pelo pessoal do PCM
(Planejamento e Controle da Manutenção) para triagem. Neste processo, a SS
recebe o devido tratamento e detalhamento para abertura de uma OS, pode
ocorrer da SS ser eliminada durante a análise por se tratar de uma duplicidade
de serviços já encaminhados ou improcedência da solicitação. Caso a SS seja
procedente, ela gerará uma OS que será programada e encaminhada para
execução. Usando como referência, uma ferramenta de qualidade muito
conhecida denominada de 5W+1H, podemos indicar que ao gerar uma OS
basicamente precisamos explicitar:
• POR QUE esta justificativa já foi avaliada pelo PCM para gerar a OS.
• O QUE deve ser realizado.
• ONDE a intervenção será realizada.
• COMO será realizado o trabalho (em muitos casos uma IT acompanha a OS).
• QUEM fará o serviço.
• QUANDO a intervenção será realizada.
145
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Início
Não OS Sim
Executada?
Abertura da SS
Não
Execução da OS Acelte do
cliente?
Sim
Avaliação da SS
pelo PCM Programação Lançamento do
da OS encerramento
da OS
Sim
SS
procedente? Abertura da OS
Não
Eliminação da SS Encerramento da OS
FONTE: Autor.
146
TÓPICO 2 | DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO
147
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
148
TÓPICO 2 | DOCUMENTAÇÕES DA MANUTENÇÃO
149
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
150
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, vimos que:
151
AUTOATIVIDADE
2 Cite pelo menos cinco informações que precisam compor o cadastro dos
equipamentos.
152
UNIDADE 3
TÓPICO 3
QUALIDADE NA MANUTENÇÃO
1 INTRODUÇÃO
O termo “qualidade” tem se tornado uma palavra de uso comum, porém
nem sempre se entende exatamente o que ela significa. Mesmo assim, para o
setor produtivo, ela é fundamental para se garantir uniformidade nos processos.
Neste contexto, o setor de manutenção também é envolvido, pois a qualidade
está intrinsecamente relacionada aos resultados de suas atividades.
• fazer as coisas certas aquilo que realmente precisa ser realizado. Exemplo:
de nada adianta fazer manutenção preventiva sem ter bem definidos os
parâmetros de medição ou mesmo de ajuste. Em vários casos, a subjetividade
das atividades desenvolvidas a torna sem efeito;
• fazer corretamente as coisas já na primeira intervenção, executar um bom
trabalho para evitar a necessidade de retorno para atender refazer o serviço ou
mesmo pequenos ajustes;
• interagir com seu cliente esta interação visa entender e explicitar claramente
as necessidades do cliente, de forma que as ações possam ser realizadas de
forma conjunta;
• elaborar uma matriz de habilidades e competência da equipe por meio
desta matriz, é possível ter claro as necessidades profissionais da equipe de
manutenção e por meio dele elaborar um plano de treinamento e avaliação;
• trabalhar de forma organizada neste ponto, o trabalho padronizado por
meio de procedimentos é fundamental, com isso conseguimos diminuir o
Tempo Médio Para Reparo TMPR (MTTR - Mean time to repair);
• documentar corretamente as ações isto para o armazenamento de dados
confiáveis para serem trabalhados em análises estatísticas de falhas e seus
procedimentos;
• trabalhar com Kaizen a ideia de constantemente buscar fazer o melhor
deve estar incorporado na cultura da empresa e consequentemente na cabeça
e prática da equipe de manutenção.
153
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
E
IMPORTANT
Kaizen é uma palavra japonesa, onde "Kai” significa “mudar” e "Zen" significa
“para melhor”. Porém, a tradução que expressa melhor o significado da filosofia é "melhoria
contínua". O conceito de Kaizen, diz respeito a atitudes de "bom senso" que exigem baixos
investimentos.
E
IMPORTANT
Conceitos importantes
• Qualificação de Pessoal: comprovação das características e habilidades, segundo
procedimentos escritos e com resultados documentados, que permitem a um indivíduo
exercer determinadas tarefas.
• Certificação de Pessoal: testemunho formal de uma qualificação através da emissão de
um certificado.
154
TÓPICO 3 | QUALIDADE NA MANUTENÇÃO
E
IMPORTANT
• Mecânico;
• caldeireiro;
155
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
• eletricista;
• caldeireiro montador;
• instrumentista;
• inspetor de eletricidade;
• inspetor de Mecânica;
• mecânico lubrificador;
• inspetor de instrumentação;
• montador de andaime;
• instrumentista reparador (em desenvolvimento).
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
156
RESUMO DO TÓPICO 3
157
AUTOATIVIDADE
158
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico! Neste tópico, estudaremos a Manutenção Produtiva
Total – MPT, em que veremos as origens e princípios da MPT, seus objetivos, as
perdas dentro das empresas e os pilares da MPT.
159
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Falha
Retrabalho
Buscar
Acidente ZERO
Sempre
Perda
FONTE: Autor.
160
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
E
IMPORTANT
Aumentar
Para os
Para os
manutentores
equipamentos
e operadores
FONTE: Autor.
161
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Consequências para
As 6 Grandes Perdas
a produção
Quebras / Falhas
Perdas por paradas
Preparação/ Regulagem
Retrabalhos
Perdas devido a defeitos
Defeitos
162
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
FONTE: Autor.
FONTE: Autor.
163
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
4 OS PILARES DA MPT
Existem várias configurações de pilares da MPT que são adotadas pelas
empresas. Estas variações dependem basicamente das políticas internas que a
empresa já possui, de forma integrar a MPT nesta estrutura, ou pelo menos
parte dela.
P
M E R
M D M T
E M E P S
A U V A
L A N C M E
H N E N
U A N U G.
O U T Ç O
R T Ç T
E Ã E F
I E Ã F H
N O O N
A N Ç I I
S Ç Ç
à E à C G.
à D E
O A O
I O T
N R E A
P M Q
D A L E F M
I U I A U
A A I B
V T N N C
N U L I
I Ô E A I
D N M T I E
J D Ê
U O E E N N
A N N A
A M D C T
I A T Ç D
A E I E
S O Ã A
O
FONTE: Autor.
164
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
FONTE: Autor.
Algumas ações que devem ser tomadas no pilar das Melhorias Individuais:
E
IMPORTANT
165
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
7 - Gerenciamento Autônomo
5 - Inspeção Antônoma
4 - Inspeção geral
1 - Limpeza e inspeção
A BASE É O 5S
FONTE: Autor.
Por ser este o pilar mais buscado pelas empresas, faremos um maior
detalhamento sobre ele.
166
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
167
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
E
IMPORTANT
Para esta atividade é preciso que a manutenção esteja junto com a equipe
de operação, pois a interação entre estes é a base do sucesso da manutenção
autônoma. No estabelecimento destes padrões, devem ser consultados os
manuais dos equipamentos, catálogos sobre lubrificantes para saber exatamente
o tipo e quantidade para cada ponto. As inspeções devem ter os parâmetros que
indiquem quando ocorre alguma anomalia. Neste caso, a manutenção preditiva
subjetiva executada pelo operador do equipamento é muito importante. Para
que esta inspeção surta efeito, o operador deve ser treinado e qualificado para
esta atividade e a estrutura precisa estar preparada para que a comunicação
realmente ocorra.
168
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
Os pontos importantes nesta etapa são voltados ao operador que por meio
de treinamentos, no local de trabalho, devem:
• conhecer melhor os parâmetros de funcionamento do equipamento;
• conhecer o funcionamento dos mecanismos envolvidos no sistema;
• entender de forma clara os desvios e anomalias que podem ser encontradas;
• desenvolver habilidades de inspeção;
• participar da elaboração das “Lições de Um Ponto” e manuais de treinamento.
169
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
Antes de seguir adiante, mais uma auditoria deve ser realizada para
verificar se as revisões das inspeções realizadas pelos operadores estão realmente
alcançando os resultados esperados. Deve-se também avaliar se os operadores
estão com a cultura de melhoria contínua para as revisões futuras, se estão
anotando corretamente os desvios e se as ações de contramedidas estão sendo
adotadas quando identificados os desvios.
170
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
171
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
No quadro a seguir, é apresentada uma ideia geral dos avanços que cada
passo da Manutenção Autônoma dá em relação ao domínio do equipamento.
172
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
FONTE: Autor.
173
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
174
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
FONTE: Autor.
E
IMPORTANT
FONTE: Autor.
175
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
FONTE: Autor.
FONTE: Autor.
176
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
Alguns pontos que precisam ser conhecidos pelos gestores que pretendem
implementar a MTP em suas empresas:
• não existe solução mágica;
• os resultados são fruto de determinação, esforço e energia;
• a participação da alta gerência é fundamental para o programa;
• a Gestão à Vista ajuda no engajamento das pessoas;
• os bons resultados somente se mantêm com a supervisão constante e mudança
de cultura;
• as pessoas são o maior trunfo neste programa.
177
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
LEITURA COMPLEMENTAR
INTRODUÇÃO
178
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
MANUTENÇÃO CORRETIVA
A lógica da gerência em manutenção corretiva é simples e direta: quando
uma máquina quebra, conserte-a. Este método “Se não está quebrada, não
179
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Existem muitas definições de manutenção preventiva. Entretanto, todos
os programas de gerência de manutenção preventiva são acionados por tempo.
Em outras palavras, as tarefas de manutenção se baseiam em tempo gasto ou
horas operacionais. A conhecida curva do tempo médio para falha (CTMF) ou da
180
TÓPICO 4 | MANUTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL - MPT
“banheira”, indica que uma máquina nova tem uma alta probabilidade de falha,
devido a problemas de instalação, durante as primeiras semanas de operação.
Após este período inicial, a probabilidade de falha é relativamente baixa por um
período prolongado de tempo.
181
UNIDADE 3 | SISTEMAS DE MANUTENÇÃO INDUSTRIAL
MANUTENÇÃO PREDITIVA
Como a manutenção preventiva, a manutenção preditiva tem muitas
definições. Para os mecânicos, a manutenção preditiva monitora a vibração
da maquinaria rotativa numa tentativa de detectar problemas incipientes e
evitar falha catastrófica. Para os eletricistas, é o monitoramento das imagens
infravermelhas de circuitos, de chaves elétricas, motores, e outros equipamentos
elétricos para detectar problemas em desenvolvimento.
Existem cinco técnicas não destrutivas que são usadas normalmente para
gerência de manutenção preditiva: monitoramento de vibração (com espectros
de corrente elétrica), monitoramento de parâmetro de processo, termografia,
tribologia, e inspeção visual. Cada técnica tem um conjunto único de dados
que assistirá o gerente de manutenção na determinação da necessidade real de
manutenção.
184
RESUMO DO TÓPICO 4
• Não existe mágica nos resultados da MPT, tudo é fruto de muito trabalho.
185
AUTOATIVIDADE
186
REFERÊNCIAS
ABRAMAN. Associação Brasileira de Manutenção. Disponível em: <http://www.
abraman.org.br>. Acesso em: 01 jul. 2010.
CORRÊA, Henrique L.; GIANESI, Irineu G. N. Just in time, MRP II e OPT. São
Paulo: Atlas, 1996.
187
ISARD, Walter. Location and space economy. Nova Iorque/EUA: The MIT
Technology Press, 1956.
LOESCH, August. The economics of location. New Haven: Yale University Press,
1954.
188
OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou
Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Econômicos. (OECD -
Organisation for Economic Co-operation and Development). Disponível em: <http://
www.oecd.org>. Acesso em: 01 jul. 2010.
SETH, Dinesh; TRIPATHI, Deepak. A Critical study of TQM and TPM approaches
on business performance of indian manufacturing industry. Total quality
management, Vo. 17, No. 7, September, 2006.
VALLE, Cyro Eyer do. Implantação de indústrias. Rio de Janeiro: LTC - Livros
Técnicos e Científicos, 1975.
189
VIANA, H. R. Garcia. PCM - Planejamento e controle da manutenção. Rio de
Janeiro: Ed. Qualitymark, 2002.
190