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Curso: Publicidade e Propaganda Data: 08/06/2013

Aluno: Débora Lozado Brondani Grau: GA


Turma: 63 EaD

FICHAMENTO 4
LIVRO
FREUD, Sigmund. Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. Rio de Janeiro, Imago Ed.,
1997.

Capítulo 1: As aberrações sexuais

“O fato da existência de necessidades sexuais no homem e no animal expressa-se na


biologia pelo pressuposto de uma ‘pulsão sexual’. Segue-se nisso a analogia com a pulsão
de nutrição: a fome. Falta à linguagem vulgar [no caso da pulsão sexual] uma designação
equivalente à palavra ‘fome’: a ciência vale-se, para isso, de ‘libido’.” (p. 13)

"Por motivos estéticos, de bom grado se atribuíram essas e outras aberrações graves da
pulsão sexual à loucura mas isso não é possível a experiência ensina que não se observam
entre os loucos quaisquer perturbações da pulsão sexual diferentes das encontradas entre
os sadios, bem como em raças e classes inteiras." (p. 27)

"Considera-se como alvo sexual normal a união dos genitais no ato designado como o coito,
que leva à descarga da tensão sexual e à extinção temporária da pulsão sexual." (p. 28)

"O uso da boca com órgão sexual é considerado como perversão quando os lábios de uma
pessoa entram em contato com a genitália de outra mas não quando ambas colocam em
contato a mucosa labial" (p. 30)

“O substituto do objeto sexual geralmente é uma parte do corpo (os pés, os cabelos) muito
pouco apropriada para fins sexuais, ou então um objeto inanimado que mantém uma relação
demonstrável com a pessoa a quem substitui, de preferência com a sexualidade dela (um
artigo de vestuário, uma peça íntima). Comparou-se esse substituto, não injustificadamente,
com o fetiche em que o selvagem vê seu deus incorporado.” (p. 32)

“A transição para os casos de fetichismo com renúncia ao alvo sexual, seja este normal ou
perverso, constitui-se dos casos em que se exige do objeto sexual uma condição fetichista
para que o alvo sexual seja alcançado (determinada cor dos cabelos, certas roupas, ou
mesmo defeitos físicos). Nenhuma outra variação da pulsão sexual nas raias do patológico
merece tanto nosso interesse quanto essa, dada a singularidade dos fenômenos a que dá
lugar. Um certo rebaixamento da aspiração ao alvo sexual normal (fraqueza de execução
no aparelho sexual) parece ser pré requisito disso em todos os casos. O ponto de ligação
normal é proporcionado pela supervalorização psicologicamente necessária do objeto
sexual que se propaga inevitavelmente por tudo o que está associativamente ligado ao
objeto.” (p 32)

"O caso só se torna patológico quando o anseio pelo fetiche se fixa, indo além da condição
mencionada, e se coloca no lugar do alvo sexual normal." (p 33)

"A impressão visual continua a ser o caminho mais freqüente pela qual se desperta a
excitação libidinosa." (p. 35)

“A inclinação a inflingir dor ao objeto sexual, bem como sua contrapartida, que são as mais
frequentes e significativas de todas as perversões, foram denominadas por Krafft-Ebing, em
formas ativa e passiva, de ‘sadismo’ e ‘masoquismo’. Outros autores preferem a designição
mais estrita de algolagnia, que destaca o prazer na dor, a crueldade, enquanto os termos
escolhidos por Krafft-Ebing colocam em primeiro plano o prazer em qualquer forma de
humilhação ou sujeição.” (p. 36)

“A sexualidade da maioria dos varões exibe uma mescla de agressão, de inclinação a


subjugar, cuja importância biológica talvez resida na necessidade de vencer a resistência do
objeto sexual de outra maneira que não mediante o ato de cortejar.” (p. 36)

“Em nenhuma pessoa sadia falta algum acréscimo ao alvo sexual normal que se possa
chamar de perverso, e essa universalidade basta, por si só, para mostrar quão imprópria é
a utilização reprobatória da palavra perversão.” (p. 39)

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