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Figura 1.1
2. TRANSMISSÃO
Parte do trem de força que adequa o motor ao veículo, tanto em relação as grandezas
1
T n
P (2-1)
9550
Onde: P = Potência em KW
T = Torque em N.m
n = rotação em min-1
T n
i = relação de transmissão, sendo: i
T n
3. SISTEMA DE EMBREAGEM
do veículo.
Partida do motor
Progressividade
2
3.3. Classificação das Embreagens
Molas helicoidais
como:
Embreagens à seco
3
As embreagens em banho de óleo são utilizadas quando a aplicação é muito crítica em termos
elevadas, afim de não deteriorar o material de revestimento do disco de embreagem. Este tipo
choques e vibrações.
Figura 3.1
4
Componentes da embreagem com mola membrana (Vide Figura 3.2):
Figura 3.2
5
3.4.1. Disco de Embreagem:
Figura 3.3
6
a) Dimensionamento do disco pelo Momento de Torção Transmitido (Tcap)
Figura 3.4
onde PL é a carga normal aplicada pela placa de pressão, A é a área de contato de um dos
suposições básicas:
PL
3) Pressão constante p
Ra2 Rb2
dF dPL S
7
E, tendo em vista as suposições básicas (1) e (3), a pressão em qualquer ponto do
dPL
p dPL p dA
dA
onde: dA dR dS e dS R d
desta forma:
dTcap p dA S R dTcap S p d R 2 dR
2 Ra
2
Tcap S p d R dR
0 Rb
A solução fica:
Ra3 Rb3
Tcap S p 2
3
Substituindo a expressão de p:
PL Ra3 Rb3
Tcap S 2
Ra2 Rb2
3
2 Ra3 Rb3
Tcap S PL
3 Ra2 Rb2
2 Ra3 Rb3
Onde: Rm denominado de raio médio
3 Ra2 Rb2
8
Para n discos dispõe-se de 2 n superfícies de atrito, desta forma:
Tcap 2 n S PL Rm
É necessário ainda que seja introduzido um fator de segurança (K), tendo em vista que o
modelo adotado não considera as solicitações dinâmicas, como vibrações e choques. Sendo T
segurança, temos:
Tcap K T 2 n S PL Rm (3-1)
Observação: Pode-se demonstrar que Rm pode ser aproximado, como mostram algumas
Ra Rb
Rm
2
9
Substituindo esta premissa nas duas expressões de Rm:
2 Ra3 1 0,63
Rm Rm 0,817 Ra (I)
3 Ra2 1 0,6 2
Ra 0,6 Ra
Rm Rm 0,80 Ra (II)
2
Figura 3.5
10
Nomenclatura adotada no desenvolvimento:
nT
Valores práticos: Para motores do ciclo Otto: na 1500
3
t= Tempo (s)
I
S= Fator característico de redução S (m-1)
R
11
F= Coeficiente de atrito de rodagem:
Asfalto 0,015
Paralelepípedo 0,03
Terra 0,15
Tmáx na t
TM Tmáx t (3-2)
30
trabalho fornecido pelo motor durante o processo de arrancada divide-se em trabalho de atrito
Conforme mostra de forma aproximada o diagrama da Figura 3.5, pode-se considerar que:
TM Tmáx na tatr .
Tacel Tatr . (3-4)
2 60
12
Sabe-se que o trabalho de aceleração é igual a soma das energias cinética e potencial do
m 2
0,95 Tacel . v G l sen G F l (3-5)
2
Tendo em vista que os aclives são identificados em grande parte pela porcentagem da rampa,
e considerando que para ângulos relativamente pequenos sen tan, podemos proceder esta
v0 v
l .t (3-6)
2
v
l tatr (3-7)
2
R na R
sendo: v (3-8)
I 30 I
Tmáx na tatr . m 2
0,95 v G l tan F
60 2
13
Substituindo a expressão (3-7):
Tmáx na tatr . m 2 v
0,95 v G t atr . tan F
60 2 2
60 m v 2
t atr
2 . 0,95 . Tmáx na 60 G v tan F
2
m na R
30 I 2
tatr
G na R tan F
0,95 Tmáx na
I
2
m na R
30 I 2
t atr
na R 0,95 Tmáx I G tan F
R
I
m na R
30 I G
tatr . sendo: m
Tmáx I g
0,95 G F tan
R
na R G
t atr . (3-9)
T I
g 30 I 0,95 máx G F tan
R
14
Substituindo (3-9) na expressão do trabalho de atrito (expressão 3-4), temos:
2 Tmáx na2 R G
Tatr .
0,95 Tmáx I G R F tan
g 1800 I
R
G Tmáx R 2 2 na2
Tatr .
g 1800 I 0,95 Tmáx I G R F tan
1 5,6
Considerando: e 2 g 9,81 temos:
1800 1002
2
n 2
5,6 G Tmáx R a
Tatr . 100
I 0.95 Tmáx I G R F tan
I
Introduzindo o fator característico de redução: S
R
2
n
5,6 a
Tatr . 100 (3-10)
0,95 S F tan
S
G Tmáx
embreagem, é dado pelo quociente entre o trabalho de atrito ( Tatr . ) e a área total de
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Tatr.
a (3-11)
A
Kgf/cm2). Se o valor de a for infinito ou negativo, não é possível que ocorra o deslocamento
Nos sistemas de embreagem convencionais, são denominados platôs os conjuntos que tem a
função de sujeitar o disco de embreagem contra o volante do motor. Como já foi mencionado
os automóveis de passeio utilizam embreagens com mola membrana. Alguns poucos veículos
comerciais Extra-Pesados ainda dispõe de aplicações com molas helicoidais, mas que estão
A grande distinção entre estes dois tipos básicos é justamente o elemento elástico que
estabelece a força de sujeição do disco de embreagem. As molas helicoidais tem uma curva
característica bastante simples, caracterizada por uma reta de coeficiente angular positivo, que
determina que quanto maior a deflexão que a mola experimente, maior será o esforço
16
membrana tem características um pouco mais complexas e apresentam a vantagem
Para comparação, serão mostradas as expressões básicas relativas a estes dois tipos de molas
Figura 3.6
G d4
K (3-12)
8 i f Dm3
17
Onde: G = Módulo de elasticidade transversal
F K .s (3-13)
PL
n (3-14)
F
18
b) Platôs com Mola Membrana (ou Belleville)
Neste tipo de platô a força da placa de pressão é obtida a partir de uma mola membrana, que
Figura 3.7
d d rolam.
2 d d rolam.
i (3-15)
Dd Dd
2
19
A força normal (PL) desenvolvida por este tipo de mola é dado pela expressão:
E.s s
PL 2 2
c h s h . t c . t 3 (3-16)
1 m R 2
2
com c ln (3-17)
6 1
= R/r
A ação sobre o sistema de embreagem manual é feita pelo condutor do veículo, mas o sistema
precisa não somente a corresponder sua intenção de desacoplar o motor para permitir a
mudança de marcha, mas permitir que esta ação seja precisa e confortável. O padrão
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ergonômico mínimo para este tipo de acionamento determina limites para o esforço de
Para corresponder a este padrão, conforme o tipo de aplicação, podem ser utilizados os
Conforme mostra a Figura 4.1, é um sistema que utiliza apenas alavancas e cabos ou tirantes
para ligar o pedal de acionamento ao garfo de acionamento da embreagem. Por ser um sistema
exclusivamente mecânico, é o que determina maior esforço por parte do motorista para o
Figura 4.1
21
4.2. Acionamento Hidráulico
Na construção mostrada na Figura 4.2 observa-se que o acionamento é feito através de uma
pressão hidrostática gerada no pedal de embreagem e transferida pelo sistema até um cilindro
atuador. O sistema compõe-se basicamente de um cilindro mestre (de comando) com seu
êmbolo ligado ao pedal de embreagem; um cilindro atuador (receptor), ligado por sua vez a
alavanca que atua sobre o platô de embreagem; um reservatório de óleo que alimenta o
figura não é mantido pressurizado por uma bomba; a pressão de atuação provém do cilindro
mestre. Dada a necessidade de se dispor de pelo menos uma parte flexível em toda a extensão
dos tubos, deve-se sempre considerar a absorção de fluído nesta porção do circuito.
Figura 4.2
Como mostra a Figura 4.3, trata-se da combinação de um hidráulico (visto no item anterior),
22
Um sistema exclusivamente pneumático é relativamente crítico para esta função, por não
geral, os sistemas são construídos de forma a garantir que pelo menos 30 % da força de
progressividade de atuação.
Figura 4.3
para o acionamento é negativa. Em geral, ao invés de utilizar uma bomba de vácuo, o sistema
mudança de marcha.
23
4.5. Acionamento Automático da Embreagem
Carregamento da Placa de Pressão (), que é uma grandeza que determina a progressividade
do acionamento, seja estabelecida pelo sistema a partir dos dados de entrada provenientes dos
construtivas mostradas nas Figuras 4.4 e 4.5, os sistemas contam com sensores de rotação e de
Figura 4.4
24
condutor de proceder a mudança de marcha, localizado na alavanca de mudanças, que
identifica esta intenção ainda no curso de busca da marcha, que precede o curso de engate
propriamente dito.
Figura 4.5
Este tipo de acionamento tem sido mais freqüentemente empregado atualmente, tanto pelas
suas vantagens de conforto e precisão no acionamento, como também pelo seu custo mais
25
5. MODELAMENTO DO ACOPLAMENTO DE EMBREAGEM
5.1. Indrodução
(arrancada fraca, patinação, etc.) e por falhas do sistema de embreagem como desgaste
Figura 5.1, para acoplar a embreagem o motorista desaciona o pedal da posição A para a
da embreagem. Entre os pontos B e C a pressão nas superfícies de atrito aumenta de zero até o
26
Figura 5.1
Figura 5.2
27
O ponto E indica a posição de acoplamento. Este ponto está normalmente entre os pontos B e
extremamente rápidos, a condição de acoplamento pode ser obtida pelo toral desenvolvimento
perceber a posição B do pedal para que possa controlar a velocidade a partir deste ponto. Um
bom motorista não deseja acoplar a embreagem tão rápido que provoque a patinação do
embreagem.
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é necessário introduzir o conceito de Motorista Ideal. Este motorista será capaz de
() pode ser definida como a taxa com a qual a força de sujeição do disco (PL) é desenvolvida
em função do tempo, conforme mostra a Figura 5.3. Esta razão constante pode ser considerada
Figura 5.3
Qualquer razão de carregamento da placa de pressão pode ser usada, ou pelo menos poderia
ser tentada, para a execução de um acoplamento. No entanto, sabe-se que pequenas razões de
embreagem. Grandes razões, por outro lado, causam acoplamentos muito rápidos que podem
demasiadamente grandes podem fazer o veículo patinar. Sabendo-se disso, o motorista ideal
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mínimo, não apagando o motor nem fazendo o veículo patinar. A condição para não apagar o
motor é determinada, com boa precisão técnica, pela curva característica do motor, que
A condição de não patinação pode ser entendida como uma determinada aceleração
instantânea do veículo que pode ser tolerada pelos seus ocupantes. Alguns fabricantes de
aceleração horizontal máxima do veículo de 0,14 g, que pode ser interpretada como uma
dependem também de algumas condições externas. Como a resistência aerodinâmica pode ser
considerado como o único fator externo mensurável. O problema é que as condições dos
pavimentos variam muito. Por esta razão, há necessidade de uma certa medida objetiva e
referência, uma “média baixa”, como sendo o atrito de rodagem de 0,025 KN por KN de peso
do veículo. Este coeficiente corresponde a uma arrancada do veículo em uma pista de asfalto
sem conservação, ou sobre neve fraca, ou sobre macadame (pedra britada comprimida), ou
sobre uma boa estrada de terra batida, ou ainda qualquer condição de pavimento similar a
estas.
30
Definição de um acoplamento ideal:
em um veículo sobre um pavimento com atrito de rodagem de uma média baixa, com
veículo.
De acordo com esta definição, podem existir diferentes acoplamentos ideais para um mesmo
definição a pelo menos duas condições de carregamento do veículo: com carga máxima e
arrancada do veículo, como sua aceleração e velocidade, mas também em relação aos
Para simplificação do modelo, será também assumido como condição de contorno, o fato do
acoplamento da embreagem na arrancada do veículo poder ocorrer sem que o motorista acione
motores não estão preocupados apenas com o desempenho do motor em rotações elevadas,
31
5.4. Modelamento Matemático
A Figura 5.4 mostra a representação do modelo considerado, que é um sistema mecânico com
dois graus de liberdade, contendo duas unidades principais, uma de entrada, com momento de
inércia rotacional I1 e uma de saída com momento I2, movimentando-se com 2 velocidaes
representada por uma mola de constante elástica K e por superfícies de atrito consideradas
sem massa solicitadas por uma força normal da placa de pressão PL . Esta configuração
permite, pelo menos quando a embreagem está escorregando, que o disco acionado da
Figura 5.4
líquido, igual a zero na marcha lenta, que corresponde a uma rotação 1I .
32
A Figura 5.5 representa a curva do motor considerando-se a possibilidade da arrancada sem o
acelerador, é carregado por certo valor de torque, ele diminui a rotação em resposta a esta
ar/combustível, o motor desenvolve torque positivo suficiente para superar a carga resistiva.
Motores atuais operam desta forma sobre uma larga faixa de rotações. Pode-se experimentar
T10. É possível ainda proceder a uma análise considerando a reta com inclinação angular
rebatida para dentro da curva de plena carga, o que representaria uma aceleração a partir da
Figura 5.5
As características da faixa de baixa rotação dos motores normalmente não são amplamente
divulgadas pelos seus fabricantes. Elas dependem muito dos projetos específicos dos
33
controladores dos motores. No presente modelo, a característica do motor na faixa de baixa
1 1 I
T1 T1 0 (5-1)
1 min 1 I
O valor absoluto da inclinação da curva característica do motor (Figura 5.5), é definido pela
T1 0
tan 1 (5-2)
1 0 1 min
A unidade de saída representa as massas rotativas do trem de força , bem como a massa do
1 RT2 W
I2 ID (5-3)
e GT2 GD2 g
O torque resistente atuando na unidade de saída, também transposto para a árvore de entrada
34
1 RT
T2 . W . CR (5-4)
e GT GD
O modelo de acoplamento representado na Figura 5.4 pode ser considerado como um sistema
entrada (ou de comando) para o sistema. Fazendo-se esta consideração, pode-se excluir do
sistema todas as restrições e atrasos que poderiam ser introduzidos pelas ligações. De acordo
PL t PL 0 quando t 0
PL t t PL 0 quando 0 t tp (5-5)
PL t PL máx quando t tp
São também considerados que todos os possíveis efeitos de uma distribuição de tensão não
uniforme, assim como efeitos centrífugos do disco acionado são desprezíveis, em relação ao
desempenho do acoplamento. Como é utilizada uma pressão média nas faces de atrito da
35
PL
p (5-6)
A
2n
Existe uma grande variedade de materiais de atrito em um grande número de projetos de faces
O coeficiente de atrito pode ser afetado por vários fatores domo temperatura de operação,
velocidade da superfície, pressão, acabamento superficial, umidade, etc. Para vários materiais,
o coeficiente de atrito diminui com a velocidade de deslizamento. Tendo em vista isto, várias
funções podem ser adotadas para descrever o coeficiente de atrito, para o estudo geral dos
considerados constantes.
36
5.4.5. Torque na Embreagem
O torque transmitido por uma embreagem Tcap. é definido, em relação ao coeficiente de atrito
Tcap 2 n S PL Rm (5-7)
carregamento da placa de pressão. Ele deve ser distinguido da chamada capacidade de torque
de uma embreagem que é normalmente identificada como o valor máximo do torque Tcap.
TC 2 . n . K . PL . Rm quando 1 (5-8)
TC K 1 2 quando 1
é determinado pela variação da força na placa (PL). Quando a embreagem está acoplada, o
(1 - 2).
O sistema mecânico esquematizado na Figura 5.4 pode ser descrito então pelas seguintes
equações básicas:
37
Fase I – Durante o acoplamento, veículo em repouso:
1 , 2 0 TC K (5-9)
d 1
I1 T1 TC TC T2
dt
1
d 1
I1 T1 TC TC K 2 (5-10)
dt
d 2
I2 TC T2
dt
1
d 1
I1 T1 K 1 2 TC K 1 2 (5-11)
dt
d 2
I2 K 1 2 T2
dt
38
Pode-se ainda introduzir o coeficiente de patinação do veículo, arbitrariamente definido por:
amáx
L (5-12)
0,14 . g
L Coeficiente de patinação
39
p Pressão nas faces de atrito do disco de embreagem
tS Tempo de deslizamento
T1 Torque do motor
v Velocidade do veículo
40
Velocidade angular do disco de embreagem
6. CONVERSOR DE TORQUE
de movimento).
41
Turbina: Elemento de saída do conversor de torque ligada diretamente a árvore de
bomba.
Estator: Elemento de fluxo axial ou misto para redirecionamento do fluxo após sua saída
embreagem unidirecional.
Figura 6.1
42
Na Figura 6.2 pode-se observar um corte de um conversor de torque montado, no qual são
Figura 6.2
As aletas da bomba são fixadas na parede interna traseira da carcaça do conversor, enquanto
que as aletas da turbina são fixadas a uma base estampada, que por sua vez é rebitada em um
cubo com ranhuras para fixação na árvore de entrada. A turbina gira independentemente da
carcaça do conversor.
O conjunto conversor de torque é preenchido com óleo que além da função de transferência de
elementos do conversor são inclinadas de forma que o fluido circula a partir da bomba para a
turbina, e então para o estator onde, quando o estator está travado contra a rotação, é
43
Na condição na qual a razão entre o a velocidade de saída e a da entrada é igual a zero, que
ocorre quando a bomba está em aceleração máxima e a turbina está bloqueada, tem-se a maior
que costuma ser denominado simplesmente de fluxo “vórtex”. Esta condição de bloqueio da
rotação diminui, o fluxo vórtex é menos intenso, e a relação de transmissão diminui como
bomba, sendo então denominado de fluxo “rotativo”. Nesta condição, o fluxo passa a incidir
nas costas das aletas do estator, no sentido contrário ao do redirecionamento, fazendo com que
o sistema de roda livre permita o seu movimento em conjunto com a bomba e a turbina. Nas
Figuras 6.3 e 6.4 pode-se observar as representações simplificadas dos fluxos que ocorrem no
interior do conversor para rotações significativamente diferentes entre bomba e turbina (fluxo
Figura 6.3
44
Figura 6.4
Desta forma, pode-se afirmar que o conversor de torque realiza três funções principais:
Ele atua como “embreagem desligadora” na condição de marcha lenta do motor, fazendo
com que o motor permaneça ligado a transmissão mas, devido ao baixo torque
transmitido nesta condição, o veículo possa ser imobilizado pelas ação dos freios de
serviço.
retomadas.
45
Atua como um acoplamento fluídico, transmitindo o torque do motor para a transmissão,
ocorrem perdas devido ao atrito das camadas de fluído. Em marchas elevadas, quando o
acoplamento através do conversor está submetido a maiores rotações, estas perdas podem
chegar ao dobro das que ocorrem em baixas rotações. Estas perdas manifestam-se
Figura 6.5
46
A aplicação da embreagem de Bloqueio ou Lock-Up, é determinada pela vazão de óleo
pode-se afirmar que esta aplicação é imperceptível para a grande maioria dos motoristas.
específicas dos seus componentes e pelo tipo de fluído utilizado. O desempenho sob
TB C . . D 5 . B2 (6-1)
PB C . . D 5 . B3 (6-2)
T
n (6-3)
B
47
TT
t (6-4)
TB
C = Constante de Desempenho
Para descrever o desempenho da maneira mais utilizada, estas grandezas são combinadas
s 1 n (6-5)
n.t t 1 s (6-6)
= Eficiência do conversor
Deve-se ainda definir uma grandeza amplamente utilizada para descrever os conversores de
torque denominada Fator de Capacidade (K). Este fator é uma representação numérica da
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capacidade do conversor em uma razão de velocidade específica, derivada da lei básica
TB B2 B TB
B
B K B . TB KB (6-7)
TB
T
de forma análoga, KT (6-8)
TT
Tendo em vista que, sob qualquer razão de rotação, o torque necessário para acionar a bomba
Conversor.
Em geral, são utilizados 14 pontos de razão de rotação para descrever toda a faixa de operação
do conversor de torque. A maioria destes pontos são selecionados de forma arbitrária, mas 4
49
70 % de eficiência
80 % de eficiência
como rota livre, ou seja, o fluxo passa do tipo vórtex para o rotativo, fazendo o estator
Figura 6.6
50