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UFPA/ITEC/FEC (091) 981688292 versão5 – março2018
8. PERDAS DE PROTENSÃO
As forças de protensão são reduzidas pelas chamadas “perdas de protensão”.
Essas perdas ocorrem durante o processo de aplicação de protensão e ao longo do
tempo, até a estabilização da força no cabo.
As perdas que ocorrem na aplicação da protensão são denominadas de perdas
imediatas. Neste grupo encontram-se as perdas por atrito entre armadura e bainha, as
perdas por deslizamento da armadura e acomodação das cunhas sistema de
ancoragem, e a perda por encurtamento elástico do concreto proveniente da protensão
sucessiva dos cabos.
A partir da protensão ocorrem as perdas ao longo do tempo, denominadas de
perdas progressivas. Neste grupo encontram-se as perdas por retração e fluência do
concreto que levam ao encurtamento do concreto e, consequentemente, ao
encurtamento dos cabos de protensão, e a perda por relaxação do aço de protensão.
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Px = Pi e
−
sendo:
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Px = Pi e
−( + kx )
onde k é o coeficiente de perda provocada por curvaturas não intencionais por metro
linear de cabo. Na falta de dados experimentais pode ser adotado o valor 0,01
(1/m).
A expressão acima pode ser simplificada, substituindo-se a função exponencial
por uma série em que apenas os dois primeiros termos são representativos, resultando
em
Px = Pi 1 − ( + kx)
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1
Ltot =
EP AP
P méd L
onde:
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0,1
10 m 8m 8m 10 m
Px = Pi e
−( + kx )
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0,1
10 m 8m 8m 10 m
P(kN)
830
PERDAS POR ATRITO
775 775
763
x(m)
▪ Cálculo do alongamento teórico do cabo
1
Ltot. =
EP AP
P méd L
EP = 202 kN/mm2
AP = 6 x 101,4 mm2
Comprimento do
trecho em mm
Lteórico 231 mm
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Nas ancoragens mortas ou passivas não há perdas de protensão a não ser que
haja falhas na execução.
Pi
x’
Pi A
X
ΔP
Panc dx
A` xx
` X
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ΔL(dx) = ΔP . dx
Ep Ap
ΣΔL(dx) = δ = 1 ΣΔP . dx
E p Ap
Área ( AXA’ ) = Ep Ap δ
0,1
10 m 8m 8m 10 m
P(kN)
830
PERDAS POR ATRITO
775 775
763
x(m)
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Dados:
Cabo 6 Ф 12,7; Pi = 830 kN ; δ = 6 mm; Ep = 202 kN/mm²; Ap = 6x101,4 mm²
A
X
EpApδ = área (AXA`)
A`
x` X
S3
S1 x
S2
Pi Pi
1,3 m
10 m 8m 8m 10 m
P(kN)
830 830
704 704
x' = 15,1 m x' = 15,1 m
x(m)
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Cabo 2
Cabo 1
P1
C1
P ’1
P Pe Mf
s ,i = −
A Ws ,i Ws ,i
O cálculo das tensões é realizada para a seção central da viga na altura do
baricentro da armadura de protensão, conforme indicado na Figura7.5 a seguir.
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g
Protensão
+
+ - -
- -
+ + = + =
σcp - + - +
σcg σcp σcg σcg + σcp
P/Ac P e /W Mf/W
1 cabo =
(cp + cg ) ,
n Ec
onde:
n = nº de cabos;
σcp = tensão inicial do concreto ao nível do baricentro da armadura de protensão devido
à protensão simultânea dos n cabos;
σcg = tensão no mesmo ponto anterior devido à carga permanente mobilizada pela
protensão ou simultaneamente aplicada com a protensão.
A deformação no primeiro cabo devido à protensão dos demais cabos pode ser
obtida por:
1º cabo = (n − 1) 1 cabo = (n − 1)
(cp + cg )
n Ec
(cp + cg ) n − 1
Ep
1º cabo = E p 1 cabo =
Ec n
EP
considerando P = , tem-se:
Ec
n −1
1º cabo = p (cp + cg )
n
Para o segundo cabo, a protensão nos demais resulta na perda:
n−2
2 º cabo = P (cp + cg )
n
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Generalizando:
n−i
i −ésimo cabo = p (cp + cg )
n
A perda média, considerando todos os cabos, é obtida pelo somatório
n
i
p = i =1
n
p (cp + cg ) 1 n
p = (n − i) (1)
n n i =1
n
O termo (n − i)
i =1
é uma P.A., cujo somatório é obtido por:
n
(n − 1) + (n − n)n
(n − i ) =
i =1 2
n
(n − 1)n
(n − i ) =
i =1 2
(2)
p (cp + cg ) (n − 1)
p =
2n
Embora a perda seja diferente nos cabos, a consideração da perda média visa a
ação conjunta destes no elemento protendido, equivalendo a soma das perdas
diferenciadas dos cabos.
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Ep 202000
p = = = 9,47
Ec 21324
- +
18 0
+ -
(5 − 1)
p = 9,47 (− 19.663 + 11.358 )
2 5
p = 31.460 kN/m2
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Pi Pi
1,3 m
10 m 8m 8m 10 m
P(kN)
830 830
x(m)
A força média de protensão ficou em torno de 744 kN, ou seja, uma perda de
10,4 % da força aplicada. Nas ancoragens a perda é maior, em torno de 17,4 %, por
conta da perda acomodação das cunhas e deslizamento da armadura de protensão.
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