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GEO-HISTÓRIA DE GOIÁS

CADERNO ESQUEMATIZADO- DELEGADO-GO

Professor: Kanduka de Oliveira


Monitor: Tamires Rezende

Organização: Ana Cristina Vasconcelos R. Cavalcante

Caderno de anotação elaborado pelo monitor a partir da aula ministrada em


sala, todos as anotações estão sujeitas a altera ções e correções.

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Ementa da Aula:
SÉCULO XVI (1501-1600). SÉCULO XVII (1601-1700). SÉCULO XVIII (1701-1800).
Segunda Metade (1751-1800). Primeira metade (1701-1750). Século XIX. Século
XX (1901-2000).

AULA 01

1. CINCO SÉCULOS DE COLONIZAÇÃO NO BRASIL

1.1 SÉCULO XVI (1501-1600)

Povoamento literal

Primeiras entradas e bandeiras

 Uma única bandeira conseguiu entrar no estado de Goiás. Luiz Palaci


afirma que em 1590 dois portugueses fizeram uma expedição que vinha
do Maranhão e de lá chegaram em Goiás, em um ponto que hoje é
Tocantins.

 Esse período é do descobrimento do Brasil. Povoamento do litoral.


Plantação da cana-de-açúcar.

1.2 SÉCULO XVII (1601-1700)

O século das entradas e bandeiras por excelência

Início da mineração em Minas Gerais (1698)

O gado começa a deixar o litoral em direção ao interior

 Processo de entradas e bandeiras por Excelência. Eram expedições que


iam para o exterior atrás de ouros e minérios. Encontro de grande
quantidade de ouro em Minas Gerais.

1.3 SÉCULO XVIII (1701-1800)

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Primeira metade (1701-1750)

Auge da mineração (séc. do ouro)

Povoamento de Goiás (1726)

 É o auge do período minerador. Passa a ser produzido em larga escala


em Minas Gerais. Encontraram ouro em Mato Grosso, antes de
encontrar em Goiás, em 1719. Somente em 1725, Bartolomeu encontra
ouro na região onde é a cidade de Goiás.

 A partir de 1726, Bartolomeu cria o Arraial de Santana, posteriormente


chamado de Vila Boa, hoje Cidade de Goiás Velho.

 O período minerador foi muito curto. Durou somente 50 anos.

2. SEGUNDA METADE (1751-1800)

Declínio da mineração (1778)

Transição para pecuária em Goiás

Em 1753 atingiu-se o auge da mineração e em 1778 a produção cai.

O ouro que extraímos não ficou em Goiás. 1/5 do ouro extraído era para o rei. Fora as
outras taxas de impostos. Onde havia ouro, não havia nenhum outro tipo de atividade.
Era proibido. As regiões mineradoras eram isoladas e todas as mãos escravas eram
voltadas para o extrativismo do ouro. Não praticar agricultura e pecuária. Portanto,
tudo que se comprova era pago através do ouro.

Após o declínio, a cidade ficou na miséria, fome, pobreza e abandono. A opção foi
transitar para a agropecuária. Apesar das pessoas terem se retirado em massa da
região.

Não tinha como transitar para a agricultura, pois não havia mercado interno, devido à
pobreza e não havia modos de transportar a mercadoria para outros locais.

O gado se autotransporta. Eles eram criados e depois percorriam dois ou três meses
por estradas para poder chegar ao local de abate.

 Século XIX

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Primeira Metade

Grande deslocamento dos centros urbanos para os rurais – ruralização intensa.

Movimento Separatista do Norte (1821) – Goiás e Tocantins desde sempre


queriam se separar. Um ano antes da Independência do Brasil, o ouvidor
Joaquim Teotonio Segurado separou o norte e o sul de Goiás e com isso,
tivemos a primeira separação. Com a Indepemdência do Brasil, D. Pedro
obrigou a se unirem novamente. Os nortenses alegavam abandono
administrativo. Os nortenses diziam que eram abandonados, eram recolhidos
os impostos mas não eram beneficiados, somente a parte sul.

Foram 165 anos de luta, até 1988, para que realmente houvesse a separação
de Goiás e Tocantins.

Segunda Metade

Consolidação da pecuária. Atividades mais para autossobrevivência.

Famílias goianas começaram a assumir o poder

Congraçamento – casamento para fazer alianças políticas

 Século XX (1901-2000)

Primeira Metade

-Coronelismo

Domínio dos Bulhões e Caiado (1889-1930)

Bulhões até 1912

Caiado a partir de 1930

A situação começou a mudar a partir da chegada da ferrovia, em 1913.


Foram os Bulhões que conseguiram, mas os Caiados que inauguraram.

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Ementa da Aula:
Ferrovia. Revolução de 30. Getúlio Vargas. Pedro Ludovico Teixeira. Ciclos de
Coronelismo Golpe Militar.
AULA 02

Os trilhos da ferrovia foram estendidos do Triângulo Mineiro para a região,


chegando primeiramente em Catalão. Os trilhos param na cidade de
Anápolis. As regiões onde a estrada ficava distante passaram a não se
desenvolver, em contrapartida das outras, que expandiram de maneira
rápida. Começou a exportação de arroz, milho, carne salgada, carne viva.

As boiadas continuaram a ser tocadas.

Em 1920, sete anos após a chegada dos trilhos, Catalão era três vezes maior
que a Capital, pois a estrada de ferro passava naquele lugar, mas neste não.

O sul goiano muda ainda mais quando chega a Revolução de 30. Quem
apoiou foi Pedro Ludovico Teixeira.

Pedro Ludovico e Getúlio tiram o atraso que o Estado de Goiás vivia.

Getúlio quer tirar o país de um estado agrário exportador para urbano


industrial. Para isso criou a Marcha para o oeste (projeto de interiorização e
desenvolvimento) -> símbolo de modernidade.

Distribuição de alqueres para povoar o oeste brasileiro.

Getúlio resolveu apoiar a transferência da capital para Goiânia. Pedro


Ludovico com o empréstimo que Getúlio emprestou (pouco) teve que
improvisar e construir Goiânia.

Goiânia se tornou conceito de cidade jardim, ruas largas.

O lema do Pedro Ludovico era “Um Novo Tempo”, rompendo com


coronelismo de Caiado.

Temos a tentativa de fazer uma ampla reforma agrária. 50 alqueres de terras


para distribuir a famílias que queriam produzir e um kit para cuidar da terra.

Bernardo Sayão foi quem fundou a colônia agrícola de Goiás, para distribuir os
alqueres. Fundou a cidade de Ceres e milhares de pessoas foram para aquela
região para produzir.

Começou a Segunda Guerra Mundial e todo o esforço do país foram para os


fundos de Guerra e a Marcha para o Oeste foi abortada.

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Com fim houve a destituição de Getúlio do poder.

Juscelino Kubistchek entrou e construiu Brasília. Começaram as construções


das rodovias radiais. O Estado de Goiás foi beneficiado com a malha
rodoviária federal.

A estrada Belém-Brasília foi Rodovia que fez diferença. Goiás passou a ser um
centro de logística nacional.

A economia se reinstaurou e a construção de Brasília fez com que Goiás


vencesse.

Mauro Borges em 1960 assumiu o poder de Goiás. O “Ludovisquismo” durou de


1930 a 1964. Apesar de ter dito Juscelino que estava para acabar com o
coronelismo.

Ciclos de Coronelismo: Bulhões, Caiado, Juscelino, Iris e Marconi.

Mauro Borges chamou a FGV para fazer um plano de governo (MB). Esse
plano trouxe empresas.

O Golpe Militar de 64 derrubou Mauro Borges do Poder e teve seus direitos


cassados. Iris era prefeito de Goiânia e também teve seus direitos políticos
cassados

Durante o Golpe Militar houve um grande crescimento econômico do Brasil, e


consequentemente de Goiás.

O Cerrado Goiano foi devastado. Começo da agropecuária goiana. Os


pequenos agricultores foram esquecidos. Concentração nas mãos de algumas
pessoas. Grandes latifúndios.

Goiás Rural – máquina agrícola de graça. Só pagava o diesel.

Ari Valadão traz a redemocratização.

O acidente com o Césio 137 destruiu com a economia de Goiás.

Ementa da Aula:

Expansão Marítima e Comercial Europeia. Mercantilismo. Metalismo. Ciclo do


Pau Brasil. Motivos da colonização. Pau-Brasil. Capitanias Hereditárias.

AULA 03

 Expansão Marítima e Comercial Européia

Para falar de Goiás temos que falar do período pré-colonial.

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80% do território goiano eram pertencentes aos espanhóis até 1750.

Os tratados deram início à globalização. Com a descoberta da América, pelo


Tratado de Toledo, as terras ao sul e a de Portugal. Mas os espanhóis não
aceitaram e exigiram um novo tratado – o tratado de Tordesilhas.

Ordens secretas do rei de Portugal para que Cabral chegasse até aqui para
descobrir se havia terras. Trataram os índios como invisíveis. Pois chegou e
povoou.

A Carta de Pero Vaz de Caminha conta que os índios foram receptivos e já no


momento que chegam descobrem que havia ouro.

Mercantilismo: sistema econômico em voga na época da expansão marítima


europeia. Principais características: monopólio, dirigismo estatal, protecionismo
alfandegário, balança comercial favorável, colonialismo e pacto colonial.

Metalismo: os países mercantilistas, casos de Portugal e Espanha, acreditavam


que a principal maneira de assegurar riqueza era través do acúmulo de metais
(ouro e prata) e pedras preciosas.

O Brasil só poderia comprar e vender para Portugal. Era um regime de


monopólio, pois só havia um vendedor e um comprador. Vendia por um preço
muito barato e comprava por um preço muito caro. Quando a
comercialização não era feita com Portugal, era feita por uma companhia
autorizada por Portugal.

A língua portuguesa e a região cristã fora traga para o Brasil.

 Em primeiro momento houve exploração do pau Brasil e posteriormente


a do ouro.

Negociação com espanhóis sobre o tratado através do advogado Alexandre


de Gusmão. Conseguiu através da usucapião. Quem ocupou o território passa
a ser dono dele.

Na época o Portugal estava em assunção e a Espanha em decadência.

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Nos primeiros 30 anos Portugal pouco se interessa pelo Brasil. O comércio com
as Índias era mais interessante.

 Ciclo do pau-brasil (1500-1530) – extrativismo vegetal- utilizado


principalmente para tingimento de tecidos.

Motivos da colonização: medo de perder o território para estrangeiros; o lucro


do comércio com as Índias e do pau-brasil vai diminuindo; esperança de
encontrar ouro, prata e pedras preciosas; valorizar as terras com o
povoamento.

Os franceses tentaram se estabelecer no território por duas vezes – dez anos


em cada uma das vezes até a expulsão. Os holandeses invadiram no nordeste
por 24 anos e passaram a aprender a cultivar a cana-de-açúcar, fazendo
com que a Holanda se tornasse maior concorrente.

Fernando de Noronha devastou em cerca de 20 anos uma região por conta


do pau-brasil.

O Brasil por cerca de 300 anos deu lucro para Portugal.

A economia do Brasil teve quatro ciclos: pau brasil, ouro, cana e café.

Goiás participou do ciclo do ouro.

O açúcar era valiosíssimo na Europa.

Divisão do Brasil em capitanias hereditárias, dadas para capitões donatários,


para posse e usufruto vitalício e hereditário, dando origem ao latifúndio no
Brasil. Duraram de 1530 a 1759, foram extintas pelo Marquês de Pombal. Foram
permitidas as navegações internas.

As capitanias foram criadas para promover a colonização do Brasil. O primeiro


a residir foi Martim Afonso de Sousa, formando a Capitania de São Vicente.

Muitas terras foram anexadas à capitania de São Vicente, inclusive Goiás.

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Ementa da Aula:

Donatários. Latifúndios. Lei de Terras. Lei de Terras dos EUA. Entradas e


Bandeiras.
AULA 04
3. As terras de Goiás pertenciam capitania de São Vicente.

Os capitães donatários poderiam doar terras para as pessoas. Isso serviu para
atrair pessoas de Portugal para cá. Os donatários doavam as chamadas
sesmarias, que tinha em média 20x20 léguas. 1 légua = 6 km.

Tinham que doar grandes extensões de terras para atrair as pessoas a


deixarem o conforto do reino de PORTUGAL e virem para o Brasil.

Perpetuação do Latifúndio de 1530 até 1850, quando foi aprovado pelo


Congresso do Império a Lei de Terras brasileira.

A partir da Lei de Terras começou a surgir os conflitos por causa de terras, pois
as terras começaram a ser vendidas e somente quem dispunha de dinheiro
poderia comprar.

Escravidão com dias contados, por isso começaram a se interessar pelos


imigrantes que vinham sem dinheiro.

O Brasil é vice campeão mundial de concentração de terras latifundiárias.

3.1 A terra tem que ter função social.

Em 1862 surgiu a Lei de Terras dos EUA – maior reforma agrária do mundo –
feita por Abraham Lincoln. Foi o primeiro país a libertar os escravos.

Todo e qualquer cidadão americano que se interessasse em produzir ganhava


uma parte de terras e instrumentos para produzir, atraindo milhões de
imigrantes. Getúlio queria se basear e copiar a limbo nessa marcha
americana. Mas a Guerra interrompeu seus planos.

A ocupação do interior do Brasil foi efetivada a partir de 4 movimentos:


entradas, bandeiras, descidas (jesuítas) e fazendas de gado.

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Entradas e bandeiras são semelhantes pois eram expedições que iam para o
interior do país em busca de fazer reconhecimento do território e na tentativa
de encontrar metais e pedras preciosas.

3.2 As diferenças eram:

Entradas -> organizadas pelo governo; partiam das capitanias de Pernambuco


e Bahia, não visavam lucro, apenas prospecção e respeitavam os limites das
Tordesilhas;

Bandeiras -> as bandeiras eram de iniciativa privada, partiam da capitania de


São Vicente (Vila de São Paulo), visavam lucro imediato, prospecção e
apresamento e não respeitavam os limites de Tordesilhas.

As entradas não faziam busca de índios para escravizar, procuravam somente


ouro, mas as bandeiras sim: procuravam ouro e escravos.

Governos Gerais: primeiro – Tomé de Sousa -> fundoua cidade de Salvador-


Bahia, que era capital do Brasil.

A expedição durava em média de três anos.

Em Goiás a mão de escrava não era indígena, era negra. Em 1951, Pompal
proibiu a escravização de índios. Tentaram impor a nova cultura neles e não
deu certo.

3.3 O bandeirantismo costuma ser dividido em três vertentes:

1. Bandeirantismo prospector (à procura de ouro)

2. Bandeirantismo apresador (aprisionar, aprear, prear, apresar, apreender e


cativar índios).

Cativar: cativeiro – tornar escravo

3. Sertanismo de contrato (Antônio Pires de Campos e Wenceslao Gomes da


Silva) – exterminar tribos colombolas hostis ou tribos indígenas hostis.

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A capital de Goiás sofreu vários ataques dos índios caiapós. Eles foram
exterminados por outra tribo de índio que receberam terras e promessa de
não escravidão em troca.

Nenhum quilombo hostis foram exterminados em Goiás.

Descidas -> expedições dos jesuítas.

Ementa da Aula:

Descidas. Jesuítas. Tratado de Madri. Povoador de Goiás. Anhanguera


Filho. Organograma do Poder.

AULA 05

3.5 Descidas (jesuítas)

 Os jesuítas ficavam próximos a Belém para ter mais facilidade de acesso


ao litoral e aos rios.
 Os jesuítas costumavam subir os rios Amazonas e Tocantins a procura de
índios para serem catequizados.

Com as descidas, conseguiu ser negociado o Tratado de Madri em 1750.


Negociado pelo advogado e diplomata Alexandre de Gusmão. Portugal
reivindicou o uti possidetis (usucapião). Quem ocupa um território passa a ser
seu legítimo dono. Este tratado anulou oficialmente o de Tordesilhas.

Expansão das fazendas de gado -> não havia gado bovino no Brasil. Aliás, não
havia gado, cavalos, galinha, cachorro (animais domesticáveis). Foram
introduzidos pelos europeus.

O gado foi trazido pelos donatários para o Brasil para servir de força matriz. Os
europeus não vieram para o Brasil criar gado. Era para utilidade de força
motriz e subsistência.

Ocorre que, o gado se multiplicou e eles foram invadindo o território. A partir


de então, foi proibido criar grande quantidade de gado perto do litoral. Só
poderia a partir de 10 léguas.

3.6 Povoador de Goiás

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Anhanguera Filho

A Bandeira do Anhanguera Filho

1682 – Bartolomeu Bueno da Silva (Anhanguera pai)

- Fogo ardente

- Encontrou vestígios das minas dos índios Goyá

1722/25 – Bartolomeu Bueno da Silva Filho (Anhanguera Filho)

- 500 homens, 39 cavalos, 152 armas e 2 religiosos bentos

- A bandeira durou 3 anos, 2 meses e 18 dias

- Quando encontrou as minas dos Goyazes lhe restavam apenas 80


homens

Relato do Alferes Braga – relato das bandeiras (ler)

Os índios fugiram, pois ficaram com medo dos homens do Anhanguera


praticarem canibalismo contra eles.

Em 1726 – Fundação do Arraial de Santana/ Vila Boa/ Goiás

Anhanguera Filho volta a Goiás como Superintendente das Minas de Goiás,


título concedido pelo Capitão-General da Capitania de São Vicente, D.
Rodrigo César de Meneses.

Só havia uma estrada de São Paulo até a Fundação do Arraial de Santana,


que eram extremamente vigiadas por militares.

João Leite Ortiz – genro do Anhanguera Filho que patrocinou a bandeira.

Organograma do Poder

Superintendente das Minas

Ouvidor-mor Capitão-mor Provedor-mor

(justiça) (defesa) (finanças)

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Ementa da Aula:
Ouro. Extração. Declínio.

AULA 06

O superintendente da Mina deveria administrar o trabalho da extração do


ouro.

Regulamentação da extração do ouro – loteamento da região onde era


encontrado o ouro. Eram fixadas datas para a extração.

Pra participar da extração e participar do sorteio de datas, a pessoa deveria


ter no mínimo 12 escravos.

Minerador de lavra – grande minerador. Tinha 12 escravos e participava de


sorteio. Quando o minerador de lavra percebia que estava perdendo a
produtividade, requeria uma nova data e aquela data abandonada, era
tomada pelo minerador de faiscamento.

No ouro um faiscador poderia dar sorte e virar um minerador de lavra – início


da mobilidade social no país, pois houve até mesmo relatos de escravos que
compraram sua liberdade com ouro.

O número de pessoas que conseguiam mudar sua classe social eram poucas,
por isso não havia uma nova classe no país. A classe média era inexistente.

A expansão do povoamento do ouro foi irregular, instável e sem


planejamento, pelo fato do ouro ser de aluvião, ou seja, se esgotava
rapidamente.

Muitos locais surgidos não conseguiram se consolidar e desapareceram, outros


até hoje são apenas povoados.

Povoações surgidas na primeira metade do século XVIII.

1739 – arraial de Santana é elevado a Vila Boa de Goiás

Instalação do Senado da Câmara, do Pelourinho e da Intendência.

-Homens bons: homens ricos, brancos e católicos.

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1744 – Divisão da Capitania de São Vicente: São Paulo, Minas, Goiás e Mato
Grosso. Criação da Capitania de Goiás

1749 – Chegada do primeiro Governador ou Capitão-General

D. Marcos de Noronha (Conde dos Arcos)

Com a chegada dele, a figura do superintendente desaparece, mas os


auxiliares continuam.

O Governador podia ser chamado também de capitão general.

Diferença fundamental entre Arraial e Vila: Vila não se subordina nenhum


outro órgão. Possui governança autônoma.

4. O declínio da mineração

Rápido esgotamento das jazidas – ouro de aluvião

Falta de técnica para extração do ouro.

Carga tributária escorchante.

A produção de ouro foi durante um curto espaço de tempo.

Quando o país se tornou independente não havia mais a produção de


imposto no Brasil.

A contagem do ouro foi feita pelo pagamento de impostos.

Ementa da Aula:
Impostos sobre a mineração. As diferentes formas de recolhimento de imposto.
Tipos de impostos. Fim da mineração. .

AULA 07

4.1 Impostos sobre a mineração

O principal imposto que incidia sobre a mineração era o quinto.

O ouro era fundido e quintado (selo), o que comprovava que havia sido pago
o imposto do ouro e que ele estava legalizado.

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4.2 As diferentes formas de recolhimento de imposto:

1726-1736: quinto – cobrado na Casa de Fundição de São Paulo;

1736-1751: capitação (imposto por cabeça de escravo);

1751-1807: quinto – casas de fundição na Capitania de Goiás

O norte se sentiu abandonado e surgiu o animus separatista novamente.


Ameaças de ser criada uma capitania independente ou então, parar de
obedecer à Vila Boa e passar a obedecer ao Maranhão. Então criou-se casa
de fundição no norte.

1752: No sul: Casa de Fundição da Vila Boa de Goiás

1754: No norte: Casa de Fundição de São Félix

4.3 Outros impostos:

Imposto de entrada: estradas, tudo que entrava na região mineradora tinha


que pagar o imposto de entrada;

Passagem: rios

Dízimo real: produção agropecuária

Foro: imóveis

Siza: escravos

Subsídio literário: educação

Dentre outros impostos.

Todas as escolas que havia no Brasil foram fechadas porque Pombal


acreditava que os jesuítas realizavam lavagem cerebral nas pessoas para
colocarem contra a monarquia. Para reabrir essas escolas, cobrou o subsídio
literário.

O final da mineração

A atividade agropecuária- se espalha do Norte ao Sul

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As tentativas de diversificar a economia de Sebastião de Carvalho e Melo, o
Marquês de Pombal (1751-1777)

- Isenção de impostos por 10 anos pra cultivo e criação de gado ás margens


dos rios Tocantins e Araguaia.

- Criação da Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão

-Tentativa de navegação dos Rios Araguaia e Tocantins

-Aldeamento dos índios: reuni-los em povoações fixas.

Pombal queria que fosse plantado algodão e cana.

As tentativas de navegar os rios foram fracassadas, por conta da


irregularidade dos mesmos.

O fracasso dos aldeamentos: gastaram-se enormes somas na construção e na


manutenção das aldeias e as dificuldades foram enormes: não havia pessoal
especializado, a população não cooperava, pois vi o índio como um inimigo
ou mesmo um “bicho do mato”, e os próprios índios acostumados a viver em
liberdade, não resistiam à nova vida em confinamento e muitas vezes se
rebelavam. Além disso, as doenças transmitidas pelos brancos dizimaram os
índios.

Ementa da Aula:
Vinda da Família Real para o Brasil. Consequências. Pecuária. Decadência.
AULA 08
5. Vinda da Família Real para o Brasil

Dom João Sexto mandou separar Goiás em duas comarcas: Comarca do Sul e
Comarca do Norte.

Dom João Sexto na verdade fugiu para o Brasil. A região da Europa estava
passando pela Revolução Francesa. Todos os países foram proibidos de fazer
negócios com a Inglaterra. Portugal desobedeceu, foi então que, Napoleão
invadiu Portugal em 1908.

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Então Dom João Sexto fugiu para o Brasil, trazendo muitos valores.

Napoleão não precisou lutar para ficar no país, mas encontrou o país
totalmente dilacerado.

Foi quando houve abertura dos portos, permitindo que o país deixasse de ser
colônia de exploração.

5.1 Consequenciais da vinda da família real

1808 – Abertura dos portos às nações amigas (fim do pacto colonial)

1. Isenção de impostos por 10anos para estimular a agropecuária nas margens


dos Rios Araguaia e Tocantins;

2. Continuidade da politica de aldeamento indígena;

3. Criação de 21 presídios às margens do Rios Araguaia e Tocantins

Objetivos: proteger o comércio, auxiliar na navegação e aproveitar o trabalho


dos nativos para o cultivo da terra.

Presídios eram colônias militares de povoamento, defesa e especialização


agrícola.

4. Criação da Comarca do Norte de Goiás: divisa das comarcas – em 18 de


março de 1809

Comarca do Norte ->Pe. Silva e Sousa

Comarca do Sul -> Joaquim Teotônio Segurado

5.2 Pecuária

1. Opção natural: o isolamento provocado pela falta de estradas e da


precária navegação impediam o desenvolvimento de uma agricultura
comercial.
2. O gado não necessita de estradas, auto locomove-se por trilhas e
campos até o local de comercialização e/ou abate.

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3. Existência de pastagem natural abundante. Especialmente nos
chamados cerrados de campo limpo.
4. Pouco investimento e o rebanho se multiplica naturalmente.
5. Não necessita do uso de mão-de-obra intensiva, como na mineração.
Aliás, dispensa mão-de-obra escrava.
6. Não era preciso pagar salário aos vaqueiros, que eram homens livres e
que trabalhavam por produtividade. Recebiam um percentual dos
bezerros que nasciam nas fazendas (regime de sorte).
Dentro de dez, quinze anos, o vaqueiro tinham suas próprias cabeças
de gado.

O ouro povoou do sul para o norte e a pecuária, do norte para o sul.

Cidade que surgiram com o gado no centro-sul: Cristalina, Curralinho, São Luís
de Montes Belos, Inhumas, Bonfim, Campo Alegre, Ipameri, Santana d Antas,
Trindade, Rio Verde das Abóboras, Mineiros, Jataí, Buriti Alegre, Quirinópolis,
dentre outras.

5.3 As diferentes visões da decadência

Ruralização da sociedade em Goiás; Redução da população e do plantel de


escravos; A visão preconceituosa e eurocêntrica dos viajantes – disseram que
Goiás era o local mais pobre e miserável que já haviam visto e que o povo era
preguiçoso e indolente, tanto que até mesmo os mais pobres tinham escravos;

A visão atual da decadência – o povo não era preguiçoso e indolente. Não


haviam oportunidades. Quando houve, Goiás conseguiu reverter a situação,
que foi a partir da chegada dos trilhos.

Ementa da Aula:
Período do Império. Independência. Reflexos. Movimento separatista.
AULA 09
5.4 Período do Império

O processo de Independência do Brasil (1808-1822)

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1808 – abertura dos portos às nações amigas – o Brasil deixou de ser colônia de
exploração e começou a comercializar com todo o resto do mundo;

1815 – elevação do Brasil a Reino Unido de Portugal e Algarves

As capitanias passam a se chamar Províncias

1820 – Revolução do Porto (Portugal)

Instalação das Cortes de Lisboa (governo dos rebeldes)

Retorno de D. João VI a Portugal:

Monarquias constitucionais – chefe de Estado

Constituinte – Goiás teve direito de enviar dois deputados constituintes

Rebeldes do Porto queria retornar o Brasil ao processo de colonização.

D. João VI aconselhou a D. Pedro que lutasse pela independência do Brasil.

As cortes de Lisboa requereram o retorno de D. Pedro para Portugal. Este se


juntou com a elite e pediu reforço, dizendo que se continuasse iria lutar pela
independência.

 O passo a passo da Independência:


1. 09/01/1822 – Dia do Fico – recolhidas oito mil assinaturas da elite,
exigindo que D. Pedro ficasse para garantir a Independência;
Nomeou José Bonifácio como ministro com plenos poderes.
2. Expulsão do Comandante Militar português do Brasil (Jorge de Avilez)
3. Abril de 1822 – Início do trabalho da Constituinte
Maio de 1822 – Decreto do Cumpra-se: nenhuma lei que viesse do
Portugal para o Brasil seria cumprida se não houvesse ao final escrito por
D. Pedro “cumpra-se”.
4. Junho de 1822 - Convocação da Assembléia Nacional Constituinte
5. 07/09/1822 – Independência do Brasil
5.5 Reflexos da Independência:

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Em 14 de agosto de 1821, houve tentativa fracassada de derrubar o
governador de Goiás, o português Capitão-General Manuel Inácio
Sampaio;
Líderes da intentona: José Rodrigues Jardim; Pe. Luiz Bartolomeu;
Capitão Felipe Antônio.
Foram banidos para uma distância mínima de 50 léguas (300 km) da
capital da Província, Vila Boa de Goiás.
Reagrupamento dos rebeldes em Cavalcante, norte de Goiás, onde um
mês depois, dariam início ao Movimento Separatista do Norte.
Em nome da libertação do Brasil e do norte de Goiás, lutaram.
Início do movimento separatista em 14 de setembro de 1821.
Teotônio Segurado é escolhido como Presidente da Junta de Governo
Provisório. O grupo ficou claramente dividido entre portugueses e
brasileiros:
Portugueses – de um lado o ouvidor Teotônio Segurado e seus
correligionários, a maioria portugueses de nascimento, que defendiam
um governo independente para a Comarca do Norte mas queriam
manter o Brasil unido a Portugal.
Brasileiros – de outro, o grupo do Pe. Luiz Bartolomeu e do Cap. Felipe
Antônio, formado por brasileiros natos, que além de advogarem a
divisão da capitania de Goiás, defendiam a independência do Brasil
em relação a Portugal.
5.7 O desenrolar do movimento separatista:
Teotônio transfere a capital para Arraias; Teotônio viaja para Lisboa e
causa ainda mais desunião pois nomeia um português para ficar no
lugar dele que transferiu a capital de Arraias de volta para Cavalcante.
Houve então duplo governo:
- Cavalcante: Febrônio José Vieira Sodré – apoiado pelos portugueses;
não queriam a independência.
- Natividade: Pio Pinto Cerqueira – apoiado pelos brasileiros

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Em abril de 1822, Pe. Luiz Gonzaga de Camargo Fleury, com o apoio de
José Rodrigues Jardim, se articula e consegue derrubar o português
Manuel Inácio, que se retira de Goiás.
Pe. Luiz Gonzaga assume o cargo de Governador de Goiás – primeiro
goiano a governar Goiás.
Setembro de 1822 – Independência do Brasil

Ementa da Aula:
Movimento separatista. Oficialismo político. Cultura em Goiás. Proclamação da
República.
AULA 10
5.8 Fim do movimento separatista

Pe. Luiz Gonzaga, novo governador, dissolve o movimento separatista da


Província de Goiás, por ordem de D. Pedro I e passa a ostentar o título de
“Pacificador do Norte”.

José Bonifácio enviou em junho de 1823, um ofício que sepultou


definitivamente o movimento ao condenar a instalação de um governo ao
norte, uma vez que considerava “a dita instalação contrária às Leis que
proíbem multiplicidade de governos em uma só província”.

A Constituição de 1824, outorgada por D. Pedro I criou no Brasil uma estrutura


de poder extremamente centralizadora. O estado era unitário, o que
corresponde à formação de um só centro de exercício do poder estatal, em
toda a extensão do território nacional.

Desta forma, os Presidentes de Província e os principais cargos administrativos


eram indicados diretamente pelo imperador, a partir da capital, o Rio de
Janeiro.

Muitas vezes eram pessoas que nem sequer conheciam a província o que
gerava descontentamento das elites locais, que queriam usufruir o poder. Essa
prática era conhecida como oficialismo político.

D. Pedro I foi marcado por um período de grave crise econômica e profundas


divergências políticas. O imperador foi perdendo apoio politico e a crise

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financeira do país foi se agravando a tal ponto que o imperador, sem
condições de governabilidade, abdicou do trono em favor de seu filho D.
Pedro II, que só tinha 4 anos.

A abdicação dá origem a um dos períodos mais turbulentos da história


brasileira, que convulsionou o país de norte a sul – o período das Regências
(1831-1840).

Foi nesse período que aconteceram a Guerra dos Farrapos, a Cabanagem, a


Sabinada, a Balaiada e o Movimento de 1831.

O Movimento de 1831 era contrário ao oficialismo. Defendiam o localismo, ou


seja, quem nascia em Goiás, que deveria governar Goiás.

Miguel Lino de Moraes montou fábrica de tecidos em 1828 – foi derrubado


pelo Pe. Luiz Bartolomeu Marques

Durante a regência tivemos três goianos no poder: José Rodrigues Jardim; Pe.
Luiz Gonzaga Camargo Fleury; José de Assis Mascarenhas.

Com o segundo reinado houve volta do oficialismo político, mas começou a


se formar as bases do coronelismo político, que seria marca registrada da
República Velha, com a criação da Guarda Nacional.

Em 1840 acabou a Regência.

O príncipe foi emancipado, pois acreditavam que traria paz no Brasil. A


primeira coisa que se fez foi dar o perdão total e assumir todas as dívidas,
desde que parassem as briga separatistas. A única região que não aceitou foi
a do Sul, que somente após cinco anos deu trégua.

D. Pedro II era conhecido como conciliador, pacificador. Ordenou o fim da


Guarda Nacional, mas continuou a existência clandestinamente.

Governou durante 49 anos e só teve uma grande revolta.

5.9 Cultura em Goiás

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1830 – surgimento do primeiro jornal – Matutina Meiapontense – Comendador
Oliveira

Mercador de escravo “humanista”. Ele também fundou a primeira livraria.

1806-74 – José Joaquim da Veiga Vale (artista barroco)

1846 – Liceu de Goiás (Educação de referência). Apenas os filhos da elite


frequentavam.

6. Proclamação da República (1889)

Começou no Rio de Janeiro. Defendia o fim da monarquia, o fim do voto


universal e do Senado vitalício.

Ementa da Aula:
CAFÉ COM LEITE. PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA. CHEGADA DA FERROVIA
EM GOIÁS.
AULA 11
Quem criou o partido republicano em Goiás foi Joaquim Guimarães
Natal- cunhando dos Bulhões – foi nosso maior republicano.

Fundou o Jornal O Bocaiyuva. Bocayuva foi quem fundou o Partido


Republicano no Rio de Janeiro.

O prejuízo dos agricultores do café foi grande com a assinatura da Lei


Áurea. Isso causou revolta, a família real foi destituída do poder e mandada
de volta para a Europa.

Começa o Café com Leite. São Paulo e Minas.

Quando da proclamação, governava Goiás, Eduardo Augusto


Montandon.

Formaram uma junta governativa: Guimarães Natal, José Joaquim de


Sousa e Major Eugênio Augusto de Melo.

Assim que Deodoro da Fonseca assumiu a presidência declarou extinta a


constituição do império.

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Depois de proclamada a República, as províncias começaram a ser
chamadas de Estado.

Goiás teve direito de enviar cinco representantes para a elaboração da nova


Constituição em 1891:

Senadores – José Joaquim de Sousa; Antônio Canedo

Deputados – Leopoldo de Bulhões; Joaquim Xavier Guimarães Natal e


Sebastião Fleury Curado.

1889-1930 – República Velha

Predomínio da política do café com leite – São Paulo e Minas Gerais


alternando no poder.

Política dos Governadores (auge do coronelismo)

Apenas dois grupos políticos governavam Goiás na República Velha:

Bulhões (1889-1912) e Caiado (1912-1930)

O sul de Goiás começa a e desenvolver com a chegada da ferrovia (1913)

O norte de Goiás continua no mais absoluto isolamento e na miséria, o que


alimentava ainda mais o desejo de separatismo.

Presidente da República – Presidente do Estado e Intendente – eleitos pelo


voto direto.

“Voto cabresto” – eleição fraudada

Política de salvações –quem não havia apoiado Hermes da Fonseca passou a


ser retirado do poder através do exército.

Com a chegada da ferrovia em Goiás, houve dinamismo da economia e o


aumento da atividade agrícola (Arroz, milho e feijão). Houve também
imigração de árabes, italianos e alemães.

“O Despertar dos Dormentes”

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Ementa da Aula:
BULHÕES. CAIADOS. TENENTISMO.
AULA 12
7. Os Bulhões

Governa de 1889 a 1912

Patriarca: Inácio de Bulhões (financista)

Jornais: Tribuna Livre e Goyaz

Cada meio de comunicação defendia o ideal de um político.

José Leopoldo de Bulhões Jardim era seu principal líder.

Félix de Bulhões, poeta, foi chamado de Castro Alves goiano, pois queria a
abolição da escravatura. Ele realizava palestras para convencer de libertar os
escravos. Quando não conseguia, arrecadava dinheiro através de jantares e
comprava os escravos para lhe dar a liberdade, por isso, a Lei Áurea não
encontrou nenhum negro cativo na cidade de Goiás.

Foram libertados por Félix de Bulhões, 4.000 escravos, segundo o historiador Luís
Palacin.

Caíram em desgraça ao trair a “Política dos Governadores” durante as


eleições de 1910.

7.1 Os Caiados

Patriarca: Antônio Ramos Caiado (Totó Caiado)

Jornal: A Imprensa

A família Caiado governou Goiás de 1912-1930 período da República


Velha, sendo um tempo marcado pela violência e fraude, pois o voto era
aberto, manipulado, sendo chamado de voto de cabresto ou de curral
eleitoral.

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Em Goiás, na disputa do poder político o Coronel reformado Eugênio Jardim,
por ser cunhado dos Caiado, dividiu com eles o mandonismo estadual.

Após a morte do Coronel Eugênio Jardim, Totó Caiado tornou-se o verdadeiro


chefe político de Goiás.

Seus contemporâneos afirmam que dirigiu Goiás como se fora uma grande
fazenda de sua propriedade.

Somente foi afastado do poder quando o movimento revolucionário de 1930


tornou-se vitorioso.

Em Goiás, seu grande opositor foi o médico Pedro Ludovico Teixeira.

7.2 Tenentismo

Os tenentes, na verdade, o jovem oficialato, protestavam contra o


abandono em que se encontrava o exército, desaparelhado e sem recursos O
governo só lhe atribuía missões humilhantes como depor oligarquias contrárias
ao poder central. Eram os jagunços do governo.

Esses jovens queriam moralizar a vida pública, acabar com a corrupção.


Tinham um discurso de “salvação nacional”.

Pregavam o voto secreto, a reforma do ensino, a industrialização do


Brasil, mas achavam o povo despreparado e ignorante e devia ser dirigido
pelos “mais capazes”, ou seja, eles mesmos.

O tenentismo foi um movimento elitista, queria fazer uma revolução sem


o povo e não se aliou aos trabalhadores, portanto foi um movimento de
alcance limitado.

A primeira revolta tenentista ocorreu em 05 de julho de 1922. Foi


chamada de Revolta dos 18 do Forte ou Revolta do Forte de Copacabana.
Combinaram que em todos os estados, no Brasil inteiro, seria tomado o poder.
Mas somente no Rio de Janeiro, os tenentistas saíram às ruas.

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A Revolta foi brutamente reprimida pois o prédio do governo foi
protegida por mais 300 homens fortemente armados, sobrevivendo apenas
dois: Eduardo Gomes e Siqueira Campos.

7.2 Segunda Revolta Tenentista

Novamente os tenentes, após dois anos, pegaram em armas para


derrubar o governo, sob o comando do general Isidoro Dias Lopes, com o
apoio de Siqueira Campos e Juarez Távora e conseguiram controlar a capital
paulista por 23 dias.

Conseguiram o apoio de outros 5 estados: PE, RS, PA, AM e SE.

Mais uma vez as tropas federais bombardearam os quartéis e os revoltosos


paulistas fugiram para o Sul, onde se juntaram ao grupo comandado pelo
capitão Luís Carlos Prestes.

7.3 Terceira Revolta Tenentista

A Coluna Prestes se formou a partir da união da Coluna Paulista coma


Coluna Gaúcha.

Tinha um núcleo fixo de 300 militares, mas chegou a era até 1.500
componentes com a adesão de simpatizantes.

Maior esforço já realizado até hoje para a derrubada de um governo,


pois percorreram 25.000 km.

Em Goiás, a Coluna Caiado deveria enfrentar a Coluna Prestes, mas não


houve um confronto.

Travou mais de 100 combates com tropas federais, não conseguiram


derrubar o governo mas também não foi derrotada. Após, se dispersaram na
Bolívia solicitando asilo.

Cruzaram Goiás por diversas vezes.

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Ementa da Aula:
REVOLUÇÃO DE 30. LANÇAMENTO DA PEDRA FUNDAMENTAL. RETIRADA
DOS CAIADOS. GOVERNO PROVISÓRIO. GOVERNO CONSTITUCIONAL.
DITADURA DO ESTADO NOVO. CONSTRUÇÃO DE GOIÂNIA.
AULA 13
8. A Revolução de 30

Goiás começa a se desenvolver.

A revolução começa com a ascensão de Getúlio Vargas que venceu a


eleição.

Getúlio contou com o apoio dos tenentes exilados e em 03 de outubro de


1930, houve os combates para colocar Getúlio Vargas no Poder que travaram
lutas, até que me 24 de outubro de 1930 o presidente deixou o poder para
Getúlio.

24 de outubro de 1933 – aniversário de três anos da Revolução de 1930; dia do


triunfo da Revolução e lançamento da pedra fundamental de Goiânia.

Retirada dos Caiados do poder e Pedro Ludovico ao poder.

Era Vargas vai de 30 a 45 e se divide em três partes:

8.1. Governo Provisório (1930-1934)

Interventores governam os estados

Pedro Ludovico é escolhido o interventor Federal de Goiás e se tornou


braço direito de Getúlio Vargas na Marcha para o Oeste.

8.2. Governo Constitucional

Pedro Ludovico é governador constitucional por Goiás

Partido Social Republicano (PSR)

8.3. Ditadura do Estado Novo

Pedro Ludovico é governador constitucional por Goiás

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O golpe do Estado Novo retirou Getúlio e Juscelino do Poder e os dois
foram compor o Senado. Após, houve o retorno dos dois, cada qual em seu
cargo. Constituição de 1937 –características nazistas. Investiu na
industrialização, fazendo com que o país desse um grande salto.

Pedro Ludovico aproveitou a oportunidade de “criar um novo tempo” e


Getúlio, com o ideal da “marcha para o oeste” incentivou a construção de
Goiânia.

Pedro Ludovico chamou o bispo Dom Emanuel para ajudar-lhe a


escolher onde seria a região a construir a capital. Optaram para que fosse
próximo à estrada de ferro.

Em 4 de março de 1933, a comissão escolhida concluiu pela escolha da


região de Campinas. Em 24 de outubro do mesmo ano, houve o lançamento
da pedra fundamental, no local onde está a sede do governo estadual.

Campinas era município e foi “desmunicipalizado”, ou seja, virou bairro


de Goiânia.

Goiânia seria a primeira cidade planejada no coração do Brasil.

Atílio Corrêa Lima e Armando Augusto de Godoy: arquitetos

O nome Goiânia foi escolhido em Concurso (Jornal O Social). O nome


mais votado foi sugerido pelo poeta Leo Lynce. O escolhido foi Goiânia, pois
Pedro Ludovico achou que não ficaria bem se auto-homenagear colocando
o nome de Petrônia.

Dificuldades para construir: oposição dos Caiados e falta de verba


financeira.

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Ementa da Aula:

CORREIA LIMA. VENERANDO DE FREITAS BORGES. GOIÂNIA. REGIÃO


METROPOLITANA.
AULA 14
O arquiteto Correia Lima queria fazer a cidade em um formato radial.
Goiânia foi projetada para ter 50 mil habitantes no ano de 2000.

Em 1942, a cidade já tinha atingido quase esse número de habitantes,


por isso, alterou-se o formato radial para um formato ortogonal.

A cidade foi projetada para o norte.

Na Avenida Independência era a onde passava a Estrada de Ferro. No


Setor Aeroporto, era onde se instalava o aeroporto.

O Poder Executivo se transferiu para Goiânia em 1935. Houve construção de


casas para funcionários na Rua 20.

Nomeação do primeiro prefeito: Venerando de Freitas Borges

Em 1937, Judiciário e Legislativo se transferem para Goiânia.

05 de julho de 1942 – batismo cultural da cidade. 05 de julho – homenagem


aos tenentes.

O Cine Teatro Goiânia com 800 lugares foi o palco da inauguração.

Hoje Goiânia é classificada como metrópole regional, pois devido à qualidade


dos serviços que oferta e às suas referências, consegue atrair pessoas de
muitas outras cidades. Goiânia tem efeito polarizador.

Região metropolitana de Goiânia – composta de vinte municípios. Os


municípios devem estar dentro de uma única unidade da federação.

Conurbação – ocorre quando uma cidade cresce e emenda uma com a


outra. Ex.: Goiânia e Aparecida de Goiânia.

A ideia é que Goiânia vire uma grande mancha urbana. As cidades vizinhas
acabam se transformando em cidade dormitório.

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Migração pelular – vai e volta. A partir do momento que se tem esse processo
não há como planejar serviços somente para dentro da cidade.

Região metropolitana recebe verbas adicionais do governo federal.

Ementa da Aula:
GETÚLIO VARGAS. PEDRO LUDOVICO TEIXEIRA. JERÔNIMO COIMBRA
BUENO. JUCA LUDOVICO. JOSÉ FELICIANO. MAURO BORGES.
AULA 15
Ao final da Segunda Guerra Mundial, Getúlio teve que sair do poder,
bem como todos os seus interventores federais.

Getúlio e Pedro Ludovico comporam a mesa do Senado. Houve cinco


interventores. Em 1950 retornaram ao cargo de presidente e governador.

9. Jerônimo Coimbra Bueno

Lutou pela transferência da Capital para Brasília

Modernização da agropecuária

Seleção genética e vacinação

Construção de aeroportos no interior do estado

Expansão urbana de Goiânia

10. Pedro Ludovico (1950-1954)

Estrada Transbrasiliana (Anápolis/Tocantínia)

Eletrificação – Usina do Rochedo (Piracanjuba) – Produção de energia


normalizada

Briga política

BEG

A verba federal para a criação da Celg foi suspensa.

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11. Juca Ludovico

Desapropriou a área do DF

Celg

1ª etapa da cachoeira dourada

Aeroporto de Santa Genoveva

Hospital das Clínicas

Muitas estradas de rodagem

Construiu várias escolas e ampliou a telefonia

 Proclamação autonomista de Porto Nacional: Juiz Feliciano Machado


Braga (luta pela criação do Tocantins).

12. José Feliciano

O mandato foi de apenas dois anos em função de uma lei que visava a
coincidência dos mandatos de Governador e Prefeitos com o próximo
Presidente da República.

Ele: ofereceu apoio logístico à construção de Brasília; asfalto Goiânia-


Trindade/Goiânia-Inhumas; ampliou a rede elétrica; dobrou o número de
professores das escolas públicas; criou o DES (Departamento Estadual de
Saneamento), futura SANEAGO.

13. Mauro Borges Teixeira

Filho de Pedro Ludovico Teixeira. Fez o primeiro governo


cientificamente planejado.

Procurou a Fundação Getúlio Vargas para desenvolver planos estratégicos


para o Estado (Plano MB), que identificou aspectos que não permitiam
condições de o Estado se desenvolver. Por isso, ele criou diversos órgãos,
autarquias e empresas estatais e paraestatais para promover o

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desenvolvimento do estado: Ipasgo, Metago, Iquego, Esefego, Caixego,
Casego, Crisa, Osego e Idago.

As pessoas do campo estavam em guerra. Por isso fez um projeto de reforma


agrária, onde dividiu lotes de terras, levou famílias e assentou.

Além disso, forneceu para as famílias, posto de saúde, escola, máquinas


agrícolas e etc. Em contrapartida a família iria pagar com a colheita e só
depois que pagassem todas as parcelas, recebiam o termo de posse
definitivo. Na época foi um grande sucesso.

Os militares começaram a achar que Mário Borges tinha projeto comunista,


pois estava ajudando aos menos favorecidos e após algum tempo,
recolheram todos os maquinários.

Mauro Borges Teixeira construiu também o centro administrativo de Goiás


(Atual Palácio Pedro Ludovico).

Foi o último governo antes do Golpe de 64, inclusive ele foi cassado.

Conflito de Trombas e Formoso: litígio entre posseiros e camponeses.

A construção da estrada Transbrasiliana fez com que os posseiros se


interessassem por algumas terras. Mauro Borges deu título de posse de terra
aos camponeses.

Ementa da Aula:
Mauro Borges. Golpe Militar.
AULA 16
Mauro Borges emitiu títulos de posse a 3.000 camponeses, reconhecendo
o direito de usucapião.

Houve mortes na disputa pelas terras.

Militares começaram a desconfiar da ideologia de Mauro Borges.

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JK deixou uma enorme dívida para o governo de Jânio Quadros, que
renunciou em oito meses. O vice, João Goulart, era visto com péssimos olhos.
Por isso abriu uma crise política enorme no Brasil.

Leonel Brizola intensificou a possibilidade de uma guerra civil se João Goulart


não assumisse a presidência, pois teria que defender a Constituição.

Arrumaram uma solução pacífica para o conflito: o regime presidencialista


teria que passar para o regime parlamentarista. Para não derramar sangue,
Leonel Brizola, aceitou o acordo de fazer uma nova Constituição.

O Congresso escolheu Tancredo Neves, que renunciou.

Janeiro de 63: plebiscito onde o povo decidiu pelo presidencialismo. Então,


João Goulart assumiu em janeiro de 1963.

Plano das reformas de base ou Plano Trienal: previa reformar totalmente as


bases administrativas do país. Reforma agrária, bancária, tributária, etc.

João Goulart não reprimia movimentos sociais revolucionários e os militares de


direito e políticos de direito começaram a se opor.

Em 13 de março de 1964, João Goulart radicalizou em favor do comunismo.


No comício ele assinou três decretos: primeiramente a de controle de capitais
– ou seja, empresas estabelecidas no Brasil poderiam mandar somente valores
autorizados para o seu país de origem; segundo – todas as fazendas com um
determinado número de hectares seriam distribuídas para a reforma agrária;
nacionalização das empresas.

No dia 14 de março, em todas as capitais, havia marchas pedindo a renúncia


ou a deposição do presidente.

Dia 31 de março, militares invadiram e tomaram a capital.

Na primeira semana do golpe, 40 mil pessoas foram presas.

O golpe foi apoiado por todos os governadores do Brasil. Fora apoiado por
Mauro Borges e por Iris Rezende.

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Quando Castelo Branco chegou ao poder começou a fazer Leis de Exceção:
Atos institucionais.

Grupo linha dura: queriam permanecer no poder tempo suficiente para fazer
o país se tornar seguro e desenvolvido.

Após as revelações, os governos começaram a se voltar contra o regime


militar. Os direitos políticos foram cassados.

Foi proibido eleições para governador e para prefeito. A escolha era feita
pelo presidente, ou seja, de forma biônica.

O ato institucional número 05 instituiu a ditadura militar.

Depois da cassação de Mauro, Goiás teve dois interventores.

Dentro do regime militar teve um governador que foi eleito: Otávio Lages.

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