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FUNDOS DE

INVESTIMENTO
IMOBILIÁRIO
RECEBA 3 VEZES MAIS ALUGUÉIS
INVESTINDO APENAS 5 MIL REAIS
EM IMÓVEIS

Seu futuro está nos nossos planos.


FUNDOS DE INVESTIMENTO
IMOBILIÁRIO

O que são Fundos Imobiliários e por que investir?

Os Fundos de Investimento Imobiliário (FII) são formados por grupos de


investidores com o objetivo de aplicar recursos em todo o tipo de negócios de base
imobiliária, seja no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários ou em
imóveis prontos, como edifícios comerciais, shopping centers e hospitais. Do
patrimônio de um fundo podem participar um ou mais imóveis, parte de imóveis,
direitos a eles relativos, entre outros.
O objetivo é conseguir retorno pela exploração de locação, arrendamento, venda
do imóvel e demais atividades do setor imobiliário.
E a cada dia se tornam mais procuradas pela população para ajudar na realização
de projetos de vida, aposentadoria e como investimento de longo prazo.

Investir em Fundo Imobiliário ou Comprar Imóveis?

Compra de imóvel Fundos Imobiliários

Simplicidade Simplicidade

O investidor precisa se preocupar com Por meio do home broker o investidor


escrituras, certidões, ITBI, locação, negocia as suas cotas sem se preocupar
vacância, reforma, cobrança, etc. com burocracia e os cuidados de um
imóvel.
Liquidez Liquidez

A transação depende de diversas Algumas cotas são negociadas em Bolsa,


variáveis e complicações que reduzindo o risco de não se conseguir
tornam difícil a venda rápida de um vender o ativo, além de ser livre das
imóvel. complicações burocráticas.

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Fracionamento do investimento Fracionamento do investimento

O imóvel, como se sabe, é um bem O investimento em fundos imobiliários,


indivisível. Assim, não é possível por ser fracionado em cotas, permite ao
vender apenas uma parte dele. investidor comprar / vender cotas de
acordo com a sua capacidade financeira.

Vantagem Fiscal Vantagem Fiscal

Os aluguéis provenientes dos Para pessoas físicas*, não há incidência


imóveis de propriedade direta são de IR sobre o rendimento distribuído
tributados pelo Imposto de Renda pelo fundo, o que aumenta o retorno do
Pessoa Física (IRPF). investimento.

Risco Risco

O proprietário de um imóvel fica O FII investe, normalmente, em grandes


exposto ao risco de vacância (imóvel empreendimentos, o que leva à
vazio) e inadimplência. diversificação de inquilinos e minimiza o
risco de perda total de rentabilidade.

Gestão Gestão

O proprietário de um imóvel, em O investidor não precisa se preocupar


geral, não tem tempo de encontrar com a depreciação. A gestão ativa
maneiras de melhorar seus permite que o administrador venda
rendimentos, além da natural empreendimentos que considera
deterioração do interior. menos valorizados.

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Aprenda a Formar Renda e Obter Lucro Investindo com


Fundos Imobiliários
Os Fundos de Investimentos Imobiliários (FII’s), apareceram como
alternativa para uma cultura que está enraizada na população brasileira: a
tradição/sonho de investir em Imóveis.
E não importa se o seu intuito é de ganhar com a compra e venda ou receber uma
renda de aluguel. Os Fundos Imobiliários, servem muito bem para os dois
propósitos e com algumas vantagens como: o investimento inicial é muito baixo.
E este ebook tem por objetivo ser um manual para o para o investidor de Fundos
Imobiliários.
Os Fundos Imobiliários, possuem muitas diferenciações e tentamos explorar todas
elas. Para tanto dividimos o assunto em múltiplos tópicos que podem ser pulados
pelo aluno mais experiente.

O que você vai aprender (Índice):

• Conceitos Introdutórios sobre FIIs


o Porque Investir em Fundos Imobiliários
o O que são Fundos Imobiliários
o Fundos Imobiliários x Imóveis
o Tipos de Fundos Imobiliários
o Critérios de Avaliação de Fundos Imobiliários
o Riscos dos Fundos Imobiliários
o Selic, IGP-M, IPCA
o Custos Operacionais

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• Estratégias
o Investir em Fundos de Fundos Imobiliários
o Investir em Fundos Imobiliários com Poucos Locatários
o Investir em Fundos Imobiliários com Múltiplos Locatários
o Investir em Fundos Imobiliários com Renda Garantida Locatários
o Investir em Fundos Imobiliários que negociam Imóveis

• Analisando Fundos Imobiliários


o Analisando a Região do Fundo Imobiliário
o Analisando o Vencimento de Contrato de um Fundo Imobiliário
o Analisando correção do rendimento
o Comprar Fundos Imobiliários observando a taxa SELIC

Porque Investir em Fundos Imobiliários

Culturalmente, o brasileiro adora investir em imóveis, e o primeiro problema


enfrentado – principalmente pelo pequeno investidor, é o alto investimento inicial
de um imóvel.
Pouco importa se você vai construir, comprar na planta ou um imóvel pronto.
Muitas pessoas podem levar anos para conseguir ter um imóvel como investimento
ou como fonte de renda.

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E na hora de gerar renda, vem o próximo problema que é arranjar um bom


locatário, ou para quem pensa em comprar e vender, um comprador para o imóvel.
Sem esquecer na burocracia envolvida para registrar o imóvel, transferi-lo ou os
impostos envolvidos com a propriedade, entre várias outras coisas. Estes
problemas são resolvidos investindo em Fundos Imobiliários.
Com os FII’s o investidor não precisa ter muito dinheiro para investir e lucrar com
imóveis, graças a criação dos investimentos chamados Fundos de Investimentos
Imobiliários ou FIIs, hoje você pode ser sócio de um imóvel com apenas R$ 100,00.

O que são Fundos Imobiliários

O primeiro conceito a ser entendido é o que é um fundo. Um fundo funciona


como um grupo, um grupo onde investidores que tem um objetivo comum se
unem para comprar ou montar investimentos em conjunto, no caso dos fundos
imobiliários investir em conjunto em um ou vários imóveis.
Na maior parte dos fundos imobiliários, os investidores se juntam em uma
sociedade que é dona de um empreendimento, seja ele um prédio comercial, um
shopping, um hospital ou etc, sendo que na maior parte das vezes a intenção é
gerar renda de alugueis.
Aqui vemos uma vantagem interessante destes investimentos, essa
sociedade/fundo é lastreado em imóveis ou em papeis que financiam outros
imóveis, como por exemplo as LCI (Letras de Credito Imobiliário). Ou seja, quando
você compra um fundo imobiliário você está comprando uma pequena parte de
um prédio.
Existem também fundos de fundos Imobiliários, ou seja, fundos de investimentos
que compram participação em outros fundos imobiliários.

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Fundos Imobiliários X Imóveis

Vejamos algumas vantagens em se investir em Fundos Imobiliários em


relação a investir em imóveis da forma tradicional.

– Fundos Imobiliários tem baixo investimentos inicial

Normalmente fundos imobiliários tem um investimento inicial em torno de


100 reais, isso mesmo, estamos falando de poder ser sócio de um imóvel, nos
melhores pontos comerciais do Brasil com investimento inicial em 100 reais.
Obviamente existem custos envolvidos nesta compra, e não é indicado comprar
somente R$ 100,00 já que estes custos matariam qualquer rentabilidade, afinal o
custo de compra acaba girando em torno de R$ 10,00 (depende da corretora) e o
custo de para manter os investimentos ( taxa de custódia ) gira em torno de R$
12,00/mês. Falaremos mais sobre os custos ao longo do ebook.

– Grandes Empreendimentos e ótimos locatários

Outra vantagem falamos de fundos imobiliários, é que estamos falando de


imóveis de grande porte e de ótima localização, como por exemplo: shoppings,
edifícios empresariais, hotéis, colégios, faculdade, hospitais, indústrias e etc.
Imóveis que até mesmo uma pessoa com bastante dinheiro, teria dificuldades em
construir ou comprar. E mesmo que fosse comprar será que conseguiria um bom
locador? Ou até mais, um bom comprador?
A maior parte destes fundos, têm ótimos locatários, normalmente grandes
empresas, como: Itaú, Anhanguera Educacional, Santander, Universal Studios,
Banco do Brasil, Petrobras, Caixa Econômica Federal, BRF Foods, entre outras
grandes empresas nacionais e multinacionais. Para você conseguir locatários desse
porte você precisa ter um ótimo imóvel, em um excelente lugar, fazer um contrato
muito longo (normalmente de 10 ou 20 anos) e que possa proporcionar segurança
e comodidade que essa empresa necessita.

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– Fundos imobiliários tem ótima liquidez

Fundos imobiliários, são negociados na Bolsa de Valores, o que confere aos


mesmos uma liquidez muito interessante. Todos os dias saem negócios com a
maior parte dos fundos, sendo bastante fácil vender volumes na ordem de R$ 1
milhão de reais em um único dia, muito diferente de vender um imóvel de mesmo
preço.
Além do fato de que você pode vender uma parcela de seu patrimônio sem
nenhum impedimento. Exemplo: se você tem 10.000,00 cotas de um fundo, que
custa R$ 100,00 por cota, totalizando R$ 1 milhão. Você pode muito bem vender
somente 2.000 cotas, ou seja, R$ 200.000,00 e ainda se manter investindo no
fundo com 8.000 contas.
Já no imóvel? Bom você não pode vender somente o banheiro, ou a cozinha do
imóvel, não é?

Tipos de Fundos Imobiliários

Como já mencionamos acima, podemos encontrar vários tipos de fundos,


por exemplo, fundos que fazem aquisição de escritórios, agências bancarias,
faculdades, hospitais e outro tipos de imóveis.
Vale a pena avaliar o tipo de fundo que estamos comprando, afinal um fundo que
possui um prédio de escritórios, pode sofrer mais com vacância que um fundo que
alugue para uma agência bancária (que normalmente tem contratos de aluguéis
de 20 ou 30 anos). Por outro lado, os aluguéis de agências costumam ser menores,
em termos de R$ por metro quadrado que um prédio de escritórios.

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Segue a lista do tipo de fundos que podemos encontrar no mercado, essa lista pode
aumentar com o tempo, mas aqui temos os principais tipos.
• Fundos que investem em lajes corporativas.
• Fundos que investem em Hospitais
• Fundos que investem em Instituições Educacionais
• Fundos que investem em Agências Bancárias
• Fundo que investem em letras de credito imobiliários (CRI, LCI)
• Fundos de Fundos Imobiliários
• Fundos que investem em hotéis
• Fundos que investem em Shoppings

Critérios de Avaliação de Fundos Imobiliários

Escolher fundos imobiliários normalmente consiste em duas tarefas, uma


quantitativa e uma qualitativa.
Na qualitativa, podemos avaliar a localização do imóvel, se está em uma zona de
crescimentos, se a rentabilidade dos aluguéis na região são interessantes, o preço
por metro quadrado também e se está em uma cidade em crescimento. Além de
questões como: avaliar os locatários e etc.
A tarefa quantitativa, pode ser mais simples e mais fácil de ser feita a distância,
nela vamos avaliar os números do empreendimento, veja abaixo algumas
avaliações.

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– Cotação

O preço por si só não é um fator para escolha, mas ele é importante para
fazermos as próximas análises. Os fundos imobiliários são negociados na Bolsa de
Valores, de forma que sua cotação não é fixa, ou seja, muda todos os dias de acordo
com a oferta e demanda por cotas desta sociedade.
Funciona como qualquer mercado, se existem mais interessados em comprar estes
fundos do que interessados em vender, naturalmente o preço vai subir. Sendo que
o contrário também é verdadeiro, se mais pessoas querem vender sua participação
no Fundo, os preços tentem a cair.
A imagem abaixo mostra o livro de ofertas (ou book de ofertas), que são as pessoas
que estão naquele momento ofertando para compra ou para venda seus lotes de
um fundo imobiliário específico, neste caso o BB Progressivo II.

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Do lado esquerdo do “Book” estão os compradores, e do lado direito os


vendedores ordenados na ordem do melhor preço, ou seja, aquele que fica mais
próximos de fechar uma venda ou uma compra. Assim, sempre que compradores
e vendedores acordarem em um preço, negócios são fechados.

– Valor de Mercado

Todos os fundos têm um número de cotas, ou seja, em quantos pequenos


pedaços o fundo foi dividido e negociado. O Valor de mercado é justamente o que
custaria comprar todos estes pedaços, chegamos neste número multiplicando a
última cotação pelo número total de cotas.
Você viu acima, que o Fundo Imobiliário BB Progressivo II (BBPO11), teve seu
último negócio por R$ 103,58. Como ele é dividido em 15.920.000 contas, temos
um valor de mercado: 103,58 X 15.920.000 = R$ 1.648.993.600,00.

– Patrimônio Líquido

O Patrimônio é o valor de avaliação dos bens do Fundo. Ou seja, quanto vale


ou valem os edifícios do Fundo? Ou quanto valem as participações em outros
fundos ou recebíveis imobiliários? A soma ou avaliação de todos estes bens, é o
Patrimônio total do fundo!
No caso do BBPO11, por exemplo, o patrimônio líquido é de R$ 1.524.504,750,00.
Podemos dizer, que este é o custo de se construir os imóveis ou o imóvel que
compõe este fundo.

– PLC – Patrimônio líquido por Cota

Se você dividir o Patrimônio Líquido descrito logo acima, pelo número de


cotas, teremos este número o PLC – Patrimônio Líquido por Cota. Novamente
recorrendo ao BBPO11, se dividirmos o patrimônio Líquido pelo número de cotas,
teremos: R$ 1.524.504.750,00 / 15.920.000,00 = R$ 95,76.

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Já podemos chegar à conclusão de que as cotas deste Fundo estão sendo vendidas
a preços acima do seu valor patrimonial. Mas isso é bom ou é ruim? A questão é
muito mais comparativa entre outros fundos do mesmo tipo, do que uma análise
isolada. Afinal na hora de comprar um fundo pode ser mais interessante comprar
um que esteja “valendo ou custando” menos do que o preço de se construir um
igual.

– VM / PL

Continuando com a nossa análise, se dividirmos o Valor de Mercado pelo


Patrimônio Líquido da mesma forma que a Cotação pelo PLC teremos: R$ 103,58 /
R$ 95,76 = 1,0816 ou seja 108,16%. Podemos ler este resultado dizendo que o
preço de negociação está 8,16% acima do Valor Patrimonial!

– Valor de mercado x Valor patrimonial

Uma das maneiras mensurar o valor dos fundos imobiliários é se guiando


pelo valor patrimonial do mesmo, basicamente o fundo imobiliário é constituído
por um imóvel, ou por vários, sendo assim o valor patrimonial, que seria o valor.

– Liquidez do Fundo Imobiliário

Os melhores fundos imobiliários têm mais de 100 negócios por dia, em um


total de negócios médio acima de R$ 150 mil diários. Isso garante ao investidor a
facilidade de vender estes ativos em poucos dias, quando achar interessante
vender sua participação.

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– Dividend Yield

O Dividend Yield é a renda anual paga pelo fundo, descrita em termos


percentuais. Digamos que um fundo tenha a sua cota valendo R$ 100,00. E que ele
pague um “aluguel” ou rendimento mensal de R$ 1,00 / mês. Se nos últimos 12
meses você acumulou R$ 12,00, seu Dividend Yield será de R$ 12,00 / R$ 100,00 =
12%.
Aqui você teve uma informação nova, os fundos principalmente os que tem renda
de aluguel. Distribuem mensalmente o lucro oriundo dos seus aluguéis, dividindo
a receita oriunda destes alugueis igualmente entre cada uma das cotas. Mais uma
vantagem dos Fundos Imobiliários vem aqui:
Essa distribuição é isenta de Imposto de Renda, ou seja, a renda mensal é isenta
de IR diferente de um aluguel tradicional por exemplo.

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Se a sua intenção ao comprar um Fundo Imobiliário e gerar renda – os Fundos


Imobiliários são a melhor alternativa – você tem que pensar em quanto este fundo
vai lhe gerar de renda e se essa renda é competitiva quando comparamos com
outros investimentos como por exemplo os de Renda Fixa.
Na sequência do texto, quando analisarmos as oscilações nos preços, vocês vão ver
que existe uma correlação muito forte, e inversa, entre o preço da cota dos Fundos
Imobiliários e a taxa SELIC.

O Dividend Yield de muitos Fundos Imobiliários em 2017 está próximo a 1% ao mês.

Fundos que investem em títulos imobiliários como LCI e CRI possuem distribuições
oriundas desses papéis, então é importante verificar a política de distribuição
desse segmento. Muitas vezes esses fundos distribuem valores pequenos durante
grande parte dos meses, pois possui maior parte dos títulos que fazer a
amortização o pagamento dos juros semestralmente ou até anualmente. A grande
maioria desses fundos disponibiliza lâminas mensais onde aparecem as posições
que eles possuem, mostrando quando é o pagamento de juros e amortizações.

Riscos dos Fundos Imobiliários


Além do risco de desvalorização das cotas, podemos nomear mais uma serie
de riscos inerentes aos fundos. Riscos que vão além do sobe e desce dos preços e
que devem ser avaliados na hora de você investir em Fundos Imobiliários.

– Rescisão de contrato:
Os locatários dos imóveis para quem os fundos alugam “nossos” imóveis,
podem cancelar os contratos ou encerrar antecipadamente (normalmente esses
cancelamentos são passíveis de multas).

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Apesar de raros estes acontecimentos acabam por impactar a geração de receitas


de aluguel dos fundos, mas são particularmente perigosos quando estamos
tratando de fundos com um único imóvel ou com diversificação pequena (dois ou
três locatários). Isso pode trazer uma redução drástica dos rendimentos mensais,
além de vir a desestabilizar o valor das cotas no mercado trazendo uma possível
desvalorização.
– Renda Garantida: Muitos
Fundos são vendidos com “Renda Garantida”. O investidor que
ocasionalmente investir nesse tipo de imóvel, deve estudar bem os termos desta
“renda garantida”, como: o tempo que o fundo vai garantir a renda e se o fundo
não está “comendo” o patrimônio para pagar esta renda garantida. Podemos ver
isso comparando a renda garantida, com a renda que o fundo recebe de aluguel e
que seria repassada aos cotistas.
Quando falarmos mais sobre o valor justo de um fundo, você vai entender mais
sobre como calcular o impacto desta renda garantida do preço das cotas dos
fundos. Por isso, é aconselhável que o investidor não se precipite ao comprar as
cotas do fundo simplesmente pela “renda garantida”.
– Imóveis em construção:
Do mesmo jeito que você pode comprar imóveis na planta, fundos
imobiliários podem investir em imóveis que estão em construção. Nesse caso à
uma serie de riscos que devem ser muito bem analisado pelo investidor em
potencial: O lugar onde o imóvel está sendo construído possui alta vacância
(vacância significa imóveis desocupados)?
O fundo já possui empresas, ou pessoas interessadas nos seus imóveis, tanto para
comprar quanto para alugar? Qual o tempo estimado para o termino das obras? O
fundo vai remunerar os investidores enquanto a obra e os locatários ou
compradores não entrarem ainda no negócio? Com certeza essas perguntas são as
principais. Analisando esses fatores você ainda precisa ver se o valor de mercado
condiz com a situação do fundo.

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• Selic, IGP-M, IPCA.

É de suma importância entender bem os índices citados no título (SELIC, IGP-


M e IPCA) pois eles influenciam, direta e indireta os fundos imobiliários.

– Taxa SELIC

A taxa Selic, é taxa de juros com que o governo remunera os títulos de sua
dívida. O governo emite títulos de dívida para financiar a máquina pública, e
também utiliza como mecanismo para tirar o dinheiro da economia (quem poupa
não gasta e assim o governo oferecendo maiores juros para quem poupa, controla
a inflação), os juros pagos pelo governo influenciam diretamente a atratividade dos
Fundos Imobiliários, quanto maior a SELIC, menos atrativos os Fundos Imobiliários.

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Em 2012 quando a Selic começou a apresentar uma trajetória de queda, justificada


pelos incentivos que o governo estava fazendo para o mercado interno, ocorreu
uma grande expansão no mercado de fundos imobiliários e valorização das cotas.
Houveram várias ofertas públicas, e aumento de investidores no mercado. Afinal
com os juros pagos pelo Governo (SELIC) mais baixos, a renda proveniente do
aluguel destes fundos passou a ser muito atrativa.
Já em 2013 a taxa Selic entrou em uma tendência de alta, pois o governo precisou
tentar frear a inflação crescente. Desta vez como esperado, outros tipos de
investimentos passaram a ser mais atrativos que os Fundos Imobiliários e os
mesmos passaram por um momento de desvalorização de suas cotas.
Investimentos como LCIs, CDBs e Tesouro Direto atrelados a SELIC e
ao CDI passaram a ser as estrelas do mercado financeiro. Agora no fim de 2015, o
governo aponta pelo fim do processo de alta na SELIC e provavelmente veremos
uma nova fase de crescimento nos Fundos Imobiliários.

– IGP-M e IPCA

O IGP-M é um índice de inflação e ele é utilizado para corrigir os aluguéis no


Brasil. Sendo assim, ele influencia diretamente os Dividendos recebidos nos Fundos
Imobiliários. Graças a esta correção os Fundos Imobiliários são uma ótima
alternativa para geração de renda. O IGP-M não é o índice mais utilizado e
adequado para a inflação do trabalhador comum (o ideal é o IPCA), e algumas
distorções podem acontecer, mas de maneira geral essa correção protege bem a
renda dos compradores de Fundos Imobiliários.
Até 2013, o IGP-M apresentava valores maiores que o IPCA, mas depois de 2014,
os fundos que possuíam uma diversificação maior em títulos imobiliários atrelados
ao IPCA apresentaram um desempenho superior a outros fundos de mesma
categoria. Isso somente ocorreu devido ao aumento do IPCA é o fato que as
distribuições de juros oriundos dos pagamentos dos títulos serem corrigidos por
essa taxa.

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Normalmente no início de um processo inflacionário o IGP-M sobe primeiro,


enquanto o IPCA não sobe. Bem como no final dos ciclos inflacionários o IGP-M
começa a cair enquanto o IPCA ainda está consistentemente alto.

• Custos Operacionais

Os Fundos Imobiliários são negociados na Bolsa de Valores, e isto gera um


custo. Os custos operacionais dos fundos imobiliários geralmente são dois,
custodia e a corretagem.

– Corretagem em Fundos Imobiliários

Para comprar cotas de fundos imobiliários o investidor envia uma ordem de


compra de ações para a Bolsa (a mesma ordem utilizada para comprar ações) e
cada ordem de compra tem um custo. A corretagem pode variar de corretora para
corretora, mas geralmente roda em torno dos 0,5% do valor da operação cada vez
que você comprar um ou mais lotes de ações. Não importa se você vai comprar R$
100.000,00 em fundos imobiliários ou R$ 1.000,00, ou R$ 100,00 o custo vai ser de
0,5%, bem melhor do que os 6% ao comprar ou vender um imóvel tradicional.

– Custodia em Fundos Imobiliários

Para manter suas cotas guardadas, você vai pagar uma taxa de custódia, que
é a mesma do mercado de ações. Esta taxa, gira em torno dos 10 reais por mês em
algumas corretoras. Mantendo as suas cotas, o seu custo de custodia vai incidir
mês a mês, mas caso o investidor já tenha ações ou outro tipo de ativo negociado
em bolsa que incide a custodia, ele não vai pagar nada a mais, pois a custódia é
cobrada somente uma vez. É como o aluguel de um cofre, onde você coloca
quantas ações ou fundos imobiliários você quiser.
Procure por corretoras que não cobrem esta taxa, é desnecessário paga quando
existem opções de corretoras que não cobram.

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– Outros Custos

Além dos custos operacionais, vale a pena investigar os custos oriundos da


administração e do dia-a-dia dos fundos. Em muitos fundos o custo é muito
pequeno em relação a receita de aluguéis e não faz grande diferença na hora da
distribuição dos resultados (aluguéis). Porém se for divulgado algum tipo de custo
extraordinário como reformas, ou pagamento de tributos atrasados, o investidor
poderá identificar nos custos do fundo e isso vai influenciar os seus dividendos.
Uma boa forma de analisar os custos é comparando fundos de mesma categoria.
Existem fundos que possuem uma taxa administrativa maior que outro, ou uma
taxa de performance, e para analisar e estudar alguns fundos com intuito de
escolher o melhor, todos esses fatores são importantes.

Estratégias para Investir em Fundos Imobiliários

Uma das estratégias mais básicas para investir em qualquer área é


diversificar a sua carteira, e ao investir em fundos imobiliários isso não é diferente.
Para seguir essa diretriz, o investidor iniciante, que não tem muito conhecimento
sobre os fundos imobiliários, pode recorrer aos fundos de fundos imobiliários. Esse
tipo de ativo possui investimento cotas de vários fundos imobiliários diferentes em
seus portfólios, além de LCIs e CRIs.
No Brasil, os Fundos de Fundos mais comprados pelos investidores (mais
negociados) são: BCFF11B e BPFF11. Ambos possuem em suas carteiras mais de 20
fundos imobiliários.
Essa diversificação confere grande segurança ao investidor, afinal o ditado: “Nunca
Coloque todos os ovos em uma mesma cesta”, também vale para os Fundos
imobiliários, veja a carteira do BPFF11 na próxima página:

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Veja também as informações mais atualizadas sobre o fundo no próprio site do gestor do Fundo
BPFF11

Vantagens de investir em Fundos de Fundos Imobiliários

Primeira Vantagem
A primeira vantagem, já mencionamos mais acima, é a diversificação.
Investindo em um Fundo de Fundos Imobiliários, você vai dividir o seu capital em
mais de 20 fundos.

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A razão para investimento em fundos imobiliários é o recebimento de aluguéis, de


forma que o risco, assim como com quem possui um imóvel para aluguel é a
vacância, ou seja, o imóvel ficar parado sem estar alugado.
Neste caso, se você possui 20 apartamentos ou 20 fundos imobiliários, vai ter uma
chance muito menor de ficar sem aluguel.

Segunda Vantagem
A segunda vantagem é o baixo custo, se você quiser investir em mais de 20
fundos imobiliários, será necessário, no mínimo realizar 20 ordens de compra.
Levando em consideração que uma corretagem, em média, custa R$: 10,00, o
investidor irá ter um custo inicial de R$: 200,00, sem contar os emolumentos
(custos pagos a Bovespa – 0,038%, baixos mas que contam).
Devido a essas taxas, se você quiser montar uma carteira diversificada de Fundos,
não vale a pena comprar menos do que R$ 1.000,00 por fundo, ou seja, uma
carteira tão diversificada de fundos como a de um Fundo de Fundos, só vale a pena
para um investimento mínimo de R$ 20.000,00.
Com apenas R$ 100,00 você pode comprar 1 cota de Fundo de Fundos e diversificar
seus investimentos.
Pensando agora nos Fundos e Fundos, atualmente você pode encontrar fundos de
fundos a partir de R$ 100,00 a cota! Isso mesmo! Você pode investir de maneira
bem diversificada e com baixo custo a partir de R$ 100,00!
Claro que a regra de um investimento mínimo continua, afinal se você comprar
somente R$ 100,00 e pagar R$ 10,00 de taxas por isso estará pagando mais de 10%
(renda do primeiro ano) só de taxas para compras.

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Terceira Vantagem
Mais uma vantagem é que, os fundos de fundos possuem gestão
profissional, contando com o apoio dos melhores profissionais da área. São estes
os profissionais que vão definir em que Fundos serão feitos os investimentos, e
melhor o custo da contratação destes profissionais é dividida entre os diversos
cotistas.
A desvantagem está relacionada ao controle das vendas e compras dos fundos. Os
gestores são independentes, e podem cometer erros e você não tem nenhum
poder de decisão sobre a carteira do fundo.

RESUMINDO
Resumindo, é fortemente recomendável ao iniciante, investir em fundos de
fundos – principalmente para aqueles que tem um capital menor do que R$
5.000,00 ou R$ 10.000,00 para investir em fundos imobiliários.
Atualmente existem fundos de fundos imobiliários com um bom desconto no valor
patrimonial contra o valor de mercado. Isso significa que o mercado está pagando
menos que o valor patrimonial desses fundos. Você pode ver isso na planilha que
disponibilizamos abaixo, na coluna VM/PL:

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Aprofundando um pouco o tema, as imagens (ao


lado e mais abaixo) são de um trecho retirado do
relatório mensal do fundo BCFF11B, do mês de
Março de 2016. Além da composição da carteira
do fundo, temos também, o valor patrimonial de
cada cota, que é calculado dividindo o valor dos
bens (R$ 308.477.016,17) pelo número total de
cotas (4.215.895).
O preço do título negociado na bolsa naquele
momento era de R$ 58,00. Uma diferença de
aproximadamente 20% do valor patrimonial, para
o preço de mercado.

FONTE: Relatório mensal – Fundo BCFFB – MAR/16

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FONTE: Relatório mensal – Fundo BCFFB – MAR/16

Para que você entenda melhor o que é o Valor Patrimonial,


eu gosto de traçar o paralelo com o custo para se construir
um edifício. Digamos que você construiu 10 apartamentos
por R$ 2.000.000,00.
O Valor Patrimonial de um apartamento será de R$
200.000,00. Já o preço de mercado será possivelmente de
mais de R$ 200.000,00.
Pensando agora neste Fundo de Fundos Imobiliários,
estaremos comprando um imóvel por um preço menor do
que aquele que ele custou para ser construído.
Veja que o mercado não é tão racional quanto parece e nem
sempre segue uma lógica na relação entre Preço e Valor
Patrimonial. Esta relação segue o fluxo de oferta e procura.
Sendo assim, fatores como o atraso de um aluguel, a quebra de contrato de um
inquilino, ou até mesmo, as crises econômicas podem afetar de maneira direta a
cotação do fundo, gerando uma oscilação entre os valores patrimoniais e de
mercado.

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IMOBILIÁRIO

É importante destacar, que você não pode basear a sua análise somente na
diferença de valores patrimoniais e de mercado.
O investidor precisa analisar vários fatores relacionados ao fundo. Existem diversos
tipos de fundos, e cada um com suas características. Por exemplo: fundos
imobiliários que possuem somente um imóvel, ou que possuem partes de vários
imóveis. Como também Fundos que possuem Shopping Centers, galpões,
escritórios e até hotéis.
Observando as vantagens e desvantagens de cada segmento, você poderá escolher
o ativo que melhor encaixa no seu perfil.

Investir fundos com um ou com poucos locatários


Existem uma parcela dos fundos imobiliários que possuem poucos ou um
único locatário em seu portfólio, como por exemplo fundos que tem como
locatários os Bancos, que alugam suas agencias.
Observando tal característica podemos traçar suas vantagens e desvantagens.
Na grande maioria dos fundos que seguem esse perfil, os contratos de locação são
bem definidos com relação ao vencimento que normalmente é longo, bem como
tem regras claras e rígidas quanto as correções no valor do aluguel.
Exemplo: Contrato de 10 anos, com aumentos anuais no aluguel definido pelo IGP-
M do ano anterior. Essas regras bem definidas, dão ao investidor uma excelente
previsibilidade de receita.
O lado ruim, é depender de poucos, ou até mesmo um inquilino. Caso o fundo que
possui somente um locatário perder o mesmo, sua renda estará totalmente
comprometida.
Problemas com a renovação do contrato, ou até a solicitação de estudo com
relação ao aluguel já proposto podem gerar volatilidade no mercado, e dor de
cabeça para o investidor.
A seguir segue alguns fundos e seus casos:

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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O BBPO11 é o um bom exemplo, faz parte do patrimônio do fundo várias agências


do Banco do Brasil. As agências estão espalhadas por todo Brasil. A questão aqui é
que o Banco do Brasil é o único locatário. Dificilmente o banco vai fechar, ou até
mesmo desocupar alguma das agências, porem caso isso venha a ocorrer, por se
tratar de um único locatário, tal situação pode vir a gerar grande preocupação e
queda no rendimento, sem contar uma provável desvalorização das cotas.

FONTE: Relatório semestral – Fundo BBPO11

Podemos ver com detalhes algumas das principais características dos fundos,
gostaria de pedir atenção ao leitor que observe as partes relacionadas ao tempo
de contrato, mês do ajuste do aluguel, e o cálculo de reajuste.
O lado bom deste fundo, é que todas as agencias possuem contrato de longo prazo
com o Banco do Brasil, e com cláusulas de ajuste anual no aluguel. Isso acaba
gerando grande previsibilidade aos cotistas e uma espécie da garantia de
rendimento futuro.
Quando ocorre a saída de um grande locatário, o fato pode gerar um grande
derretimento do valor da cota no mercado. Um exemplo de fundo que perdeu um
locatário importante é o XTED11, fundo possui dois imóveis em seu portfólio, um
locado para a Petrobras e outro locado para A Peugeot, essa mesmo que acabou
saindo do imóvel.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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É notável a queda das cotas em maio de 2015, um tombo de praticamente 20% do


valor de mercado do fundo!
A Peugeot era responsável por 33% da receita do fundo, sendo assim, a cota que
era negociada a um valor de R$: 58,00 acabou desvalorizando para R$ 42,00 em
um pregão! Isso acaba gerando uma ótima possibilidade de investimento, mas de
muito risco também. Caso a Petrobras saia do imóvel, o fundo não terá mais como
remunerar seus cotistas, e provavelmente sem capital para realizar as
manutenções e etc.. É certo que o valor de mercado está bem descontado
comparando o valor patrimonial. Sugiro que em um caso desses se invista pouco,
para aproveitar uma possível locação e valorização das cotas, ou até mesmo de
uma venda do imóvel e amortização do patrimônio em forma de pagamentos de
dividendos.

Fundos com Múltiplos Locatários


Não existem muitos fundos com tal característica, mas os poucos que
existem possuem uma boa vantagem. O interessante observar em fundos que
possuem diversidade de imóveis e locatários é a diluição da receita e
consequentemente dos problemas. Digo problemas porque todo fundo passou ou

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vai passar por situações de renovação, encerramento ou até quebra de contrato.


Sendo assim, fundos que possuem certa diluição de sua receita tem a tendência de
não serem tão afetados.
É digno de lembrete, que a rotatividade de locatários pode ser maior que de outros
fundos, ou até mesmo a inadimplência. Um fundo que aluga para um grande
banco, dificilmente vai encarar uma situação de inadimplência, porem um fundo
com vários locatários médios ou pequenos, pode facilmente enfrentar tal situação.

Um bom exemplo é o KNRI11, fundo gerido pelo Itaú possui um grande portfólio
de imóveis, e com ótimos locatários. O fundo é um dos principais na lista do IFIX
(Índice de fundos imobiliários). KNRI11 possui uma boa liquidez no mercado, e
contém um rendimento interessante (valor de mercado/rendimento).
Gráfico retirado do relatório mensal do fundo KNRI11 referente ao mês de
março/2016. O leitor pode notar que as receitas do fundo estão bem diversificadas.
Não havendo espeço para uma dependência de um só tipo de locatários.

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Outro fundo com características similares e com boa diversificação de imóveis e


locatários é o BRCR11, gerido pelo BTG Pactual. Além deles existe também o
FFCI11, um dos fundos com o menor valor de cota no mercado, menos de R$ 2,00!
Porém é necessário sempre observar o quanto ele paga de dividendos é o custo
que isso pode gerar caso você compre poucas cotas.

Pedaço do relatório mensal do fundo BRCR11 referente ao mês de Janeiro/2016.


Com investimento em 10 imóveis diferentes, e contando com uma diversidade de
inquilinos o fundo possui portfólio tão diversificado quanto o KNRI11.
Outro tipo de fundo que pode se qualificar nessa categoria é o RNGO11, esse fundo
possui dois edifícios em sua carteira, e cada edifício possui vários locatários, em
caso de um locatário sair do edifício não irá prejudicar tanto o rendimento mensal
do cotista. Em grande parte, os locatários do fundo são grandes empresas como
Adidas e Universal Studios, dando grande credibilidade e certa segurança ao
cotista.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
IMOBILIÁRIO

Acompanhando os relatórios do fundo podemos ver tanto os locatários por edifício


quanto a data de vencimento dos seus contratos, sendo assim o investidor pode
fazer um estudo e analisar se existe fundamentos suficientes para investir no
mesmo.

Fundos com Renda Garantida


Com certeza uma classe que o investidor precisa ficar muito atento é a dos
fundos com renda garantida! Tais fundos possuem caixa feito com o valor
arrecadado pela oferta pública, para poder pagar seus cotistas com um rendimento
mensal, fixo, porém com um tempo limitado, geralmente de 1 a 2 anos.
Esses fundos podem ser tanto pré-operacionais, ou já em operação, porém sem
conseguir um rendimento comparável ao valor da cota do próprio, exemplo, em
um mercado onde fundos estão sendo negociados a um valor de R$: 100,00 para
R$: 1,00 de rendimento, tal fundo pode estar rendendo somente R$: 0,50

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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necessitando de um complemento de mais R$: 0,50, tornando o mesmo atrativo


ao mercado.
Um exemplo de fundos que pagou durante um bom tempo rendimento garantido
e já se encontrava em operação é o WPLZ11B, porem o fundo mal rendia a metade
que a renda garantida pagava, sendo assim, por pouco tempo o mercado precificou
o mesmo pelo valor de R$: 100,00 (valor da emissão da cota na época). Passado o
tempo, e o fim da renda garantida chegando mais perto, a cota foi derretendo até
chegar aos atuais R$ 60,00.

Imagem mostra funcionamento da renda garantida. Trecho retirado do relatório


mensal do fundo WPLZ11B referente ao mês de agosto/2012.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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Fundos pré-operacionais também possuem tal rendimento com a intenção de ter


um tempo para poder prospectar prováveis locatários.
Existem alguns exemplos, o CEOC11B, fundo gerido pelo banco BTG Pactual, tem
como principal ativo o empreendimento denominado “CEO CORPORATE
EXECUTIVE OFFICES” que recentemente deixou de pagar a renda mínima
garantida, e também conseguiu um locatário para a totalidade do imóvel.
Um investimento em fundo como esse tem seus riscos, o primeiro que o imóvel do
fundo estava em faze de construção quando começou a ser negociado na bolsa, e
não tinha locatários confirmados. Sendo assim o investidor recebia a renda
garantida e ficava com a perspectiva da finalização da construção e ainda a
possibilidade de achar um locatário. Coisa que hoje parece já ter se acertado com
o fundo.

Analisando o gráfico, e nítido a curva de queda do fundo. Com a cotação inicial de


R$: 70,00 o fundo foi caindo até o valor próximo dos R$: 30,00, menos da metade
da cotação inicial. Isso se deve a questão do locatário, como o fundo foi lançado
em fase pré-operacional, e sem um locatário, o mercado estava cético com relação
ao fundo, mesmo ele pagando durante todo esse tempo um rendimento de R$:
0,75 por cota.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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O investidor que comprou a cota no momento que ela estava sendo negociada a
R$ 30,00 tinham um rendimento superior a 2% ao mês! Um rendimento excelente,
porém com prazo de validade e sem uma perspectiva concreta de continuidade,
ou pelo menos de manutenção de algum rendimento, mesmo que inferior.
Para o investidor que comprou a cota em quanto ela estava caindo, ou quando ela
chegou ao fundo do poço, talvez seja a hora de comemorar a assinatura de um
contrato de locação do fundo com a TIM, fato relevante que pode ser visto no site
da BM&F.

Parte retirada do fato relevante emitido dia 13 de agosto de 2015, mencionando


termos da negociação.
Concluímos que os fundos com renda garantida utilizam desse artifício para poder
melhorar seus atuais rendimentos, ou possuem o intuito de remunerar seus
investidores desde o início, com a perspectiva de finalizar a construção do imóvel,
ou até mesmo a espera de celebrar um locatário, ou os futuros locatários.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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Fundos que negociam imóveis.


Esse tipo de fundo tem característica de comprar, ou construir imóveis com
o capital recolhido na oferta pública. Já a finalidade, é de vender as propriedades.
Bem diferentes dos outros fundos já mencionados, eles têm quase que uma data
de validade.
Com o tempo, o fundo vai comprando, construindo e negociando os imóveis,
devolvendo às cotistas distribuições de dividendos e amortizações das cotas. As
vendas podem gerar boas margens e lucros o que acaba sendo muito interessante.
Temos no mercado alguns fundos com essas características. A seguir veremos uma
tabela retirada do próprio relatório mensal do fundo RBPR11 que traz os valores
de rendimentos e das amortizações.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
IMOBILIÁRIO

Observando a tabela, o fundo levou aproximadamente cinco anos para distribuir e


amortizar todo o valor investido. Ao contrário dos outros fundos que possuem a
finalidade de manter a propriedade e lucrar com o possível aluguel, esse tipo segue
a ideia de vender e prospectar um bom lucro com a operação.

Analisando Fundos Imobiliários

• Analisando a região do fundo.

Quando tratamos de imóveis é importante analisar o desenvolvimento da


região do fundo. Lugares onde existe um alto valor de estoque imobiliário pode ser
um problema para o fundo, pois dificilmente o mesmo terá facilidade de fazer bons
negócios.
Fundos com imóveis em várias regiões do Brasil trazem certa segurança nesse tipo
de análise, porem muitos fundos não tem essa característica ficando a critério do
investidor realizar esse trabalho, averiguando a viabilidade de investimento.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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O CTXT11, fundo que possui participação em um empreendimento no estado de


São Paulo, realiza uma demonstração sobre a vacância do imóvel contra o da
região, em seu relatório mensal.
Não são todos os fundos que mostram em seus relatórios a vacância do imóvel
contra o da região. Esse tipo de indicador fornece um ótimo panorama para o
investidor. Caso a vacância esteja alta na região o preço para locar provavelmente
vai ser mais baixo e haverá mais dificuldades de fechar um negócio, havendo baixa
vacância, será mais fácil negociar o aluguel, e mais chances de fechar um bom
negócio.

• Vencimento do Contrato.

Boa parte dos fundos divulgam o termino dos contratos de locação, isso é
muito importante, pois fundos que possuem muitos contratos vencendo no
mesmo ano, ou, mais próximos do ano, podem sofrer certa desvalorização, abrindo
a possibilidade de analisar uma possível venda das cotas, para aproveitar de uma
provável renegociação do contrato de locação e lucrar com a valorização da cota.

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Parte do relatório do fundo TRXL11, onde podemos ver detalhes das datas de
vencimentos dos contratos de cada inquilino. Com tais dados o investidor tem mais
condições de analisar e escolher o melhor fundo a investir.
Mas é sempre melhor o investir analisar e escolher fundos com contratos longos e
com bons locatários. Se o fundo possui muitos locatários, analise a maioria dos
contratos possuem um vencimento mais longo, pelo menos mais da metade, para
ter certa segurança quanto uma possível saída e queda de rendimento no curto a
médio prazo.

• Taxa de correção do rendimento

Outro fator muito importante é taxa de correção do aluguel. Existem fundos


que realizam o ajuste do aluguel baseado no IGP-M, outros no IPCA, alguns fundos
possuem nos dois tipos, ou com uma taxa prefixada.
Atualmente taxas vinculadas ao IPCA estão com uma ótima vantagem ao IGP-M,
podemos ver essas diferenças em fundos que negociam papeis com lastro em
imóveis, exemplo, o KNCR11 e o FEXC11B. Houve no mercado um tempo onde tais
papeis sofreram com a diferença entre as taxas, com fundos desvalorizando ou
valorizando.

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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Esse gráfico mostra a evolução das cotas do FEXC11B, fundo imobiliário com
maioria dos papeis indexados ao IGP-M, podemos notar que em 2014 até o início
de 2015 houve uma grande queda na cotação do mesmo, isso se deve a
desvalorização do índice que no final de 2014 registrou uma alta de
aproximadamente 3,64% contra um IPCA de 6,23%.

Já o KNCR11 obteve uma leve alta no mesmo período, pois tem em seu portfólio
grande parte dos papeis indexados ao IPCA. A valorização da cota se estendeu pelo
ano de 2015 impulsionado por uma alta de mais de 10% do IPCA.

• Comprar Fundos Quando a Selic está Alta

Você provavelmente está se perguntando, por que optar por fundos


imobiliários, um ativo de renda variável, ao invés de investir em algo muito mais
seguro, como o tesouro Direto, LCI, LCA, ou o CDB?
A explicação é muito fácil, os fundos imobiliários reagem de maneira indireta às
variações da taxa básica de juros! Isso acontece da seguinte maneira: primeiro,

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quando a taxa Selic sobe os investidores analisam os rendimentos que os fundos


oferecem.
No momento que um fundo é lançado existe uma perspectiva de rendimento
mensal, vamos dizer que o fundo tem suas cotas lançadas no mercado pelo valor
de R$: 100,00 cada, e uma perspectiva de rendimento mensal de R$: 0,75 no
primeiro ano, vamos supor que a taxa Selic esteja em 9% ao ano. O rendimento de
uma letra Selic ou os produtos comuns de bancos que seguem o CDI estariam
rendendo algo muito próximo do valor do fundo.
Sendo assim, o mercado acaba por manter a cotação do fundo próxima dos R$:
100,00. Lógico que se trata de mercado, então a cotação pode variar, de repente
pode chegar a R$: 105,00 ou R$: 95,00, mas vai acabar se mantendo nesse valor.
Caso aconteça algum fato relevante com o fundo, se ele perder o locatário, algum
sinistro ou até mesmo um aumento no aluguel, tais fatos podem influenciar tanto
na cotação do fundo quanto no rendimento.

É importante entender a relação entre a taxa básica de juros e a cotação dos fundos
imobiliários! Agora vamos supor que a taxa básica de juros suba! Dos 9% ao ano
passou para 10% ao ano. O investidor vai reparar que o mercado gradativamente

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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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vai levar a cotação do fundo para baixo, próximo de R$ 90,00, pois o rendimento
do fundo continua o mesmo, R$: 0,75, sendo assim, o “valor justo” para a cota
agora é de R$: 90,00, pois pagando o mesmo rendimento a rentabilidade anual vai
ser de 10%!
Atualmente a taxa básica de juros está estacionada nos 14,25% ao ano. O futuro
ainda é incerto, e a saída ou entrada de um novo governo podem colaborar e muito
para uma desvalorização ou valorização das cotas no mercado.
Levando em consideração que o impeachment aconteça, e um novo governo se
estabeleça, juntamente com uma coalizão entre os poderes para aprovar medidas
que beneficiariam a máquina pública, acredito que tanto a inflação quanto a Selic
sofreriam reduções. Levando a uma valorização das cotas dos fundos imobiliários.

Acima temos um gráfico de 2012 até o maio de 2015 do índice dos fundos
imobiliários o IFIX. Índice criado em 2012, período onde o mercado brasileiro teve
uma grande abertura de fundos, e junto com um período de queda dos juros,
acabou culminando com uma grande valorização das cotas, uma vez que os
investidores tinham a opção de comprar um investimento que pagava rendimentos
isentos de IR e tinham a possibilidade de se valorizar e render mais com o tempo.
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FUNDOS DE INVESTIMENTO
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É notável a grande queda que houve no meio de 2013 até o início de 2015, e no
mesmo ano começou uma elevação. Vamos explicar isso por partes
Primeiro: a queda que houve durante o meio de 2013 e com certa estabilização em
2014 é referente a todas as elevações na taxa básica de juros além de uma eventual
correção nas cotas de muitos fundos que estavam inflacionados, devido ao boom
dos fundos nos anos anteriores.
A segunda parte é referente a alta que o índice vem apresentado desde início de
2015, basicamente impulsionado pelas estimativas de controle da inflação para
2016, e consequentemente manutenção e redução da taxa Selic.
Em outras palavras, poderíamos dizer que os fundos imobiliários funcionam como
uma espécie de LTN (Letras do Tesouro Prefixada), mas, com diferenças muito
interessantes, rendimentos mensais, líquidos de IR e com perspectiva de reajustes
anuais.

Conclusão
Se você quer investir em fundos imobiliários para garantir o seu futuro e renda e
não depender do governo, faça! Mas faça escolhendo bem e nos detalhes os seus
investimentos e se possível com acompanhamento profissional, não planeje o seu
futuro em apenas 15 minutos. Quer ajuda pata encontrar os melhores Fundos
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