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PROTOCOLO

REGRAS GERAIS

As regras gerais para o uso da Bandeira Nacional (BN) encontram-se estabelecidas


pelo Decreto-Lei 150/87. Este decreto-lei, no entanto apenas estabelece regras
genéricas de utilização da BN e apenas para alguns casos. Sendo assim, além das
regras especificamente definidas no Decreto-Lei 150/87, deverão ser seguidos os
protocolos e as regras tradicionalmente aplicadas nacional e internacionalmente, bem
como as regras estabelecidas para o âmbito militar e marítimo.

POSIÇÕES RELATIVAS DAS BANDEIRAS

Quando hasteada com outras bandeiras, a Bandeira Nacional ocupará sempre o lugar
mais honroso.

Conforme o número e a disposição dos suportes, as bandeiras deverão ocupar as


seguintes posições:

1. Se forem hasteadas várias bandeiras num único mastro: a BN ocupará a


posição mais alta, seguindo-se as restantes bandeiras, por ordem de
precedência de cima para baixo:
2. Se existirem dois mastros: a BN ocupará o mastro da direita (esquerda de
quem os olha de frente);
3. Se existirem três mastros: a BN ocupará o mastro do centro e a seguinte
bandeira na ordem de precedência, ocupará o mastro da direita (esquerda de
quem olha);
4. Se existir uma linha de quatro ou mais mastros assentes no solo: a BN
ocupará o mastro mais à direita (mais à esquerda de quem olha), seguindo-se as
restantes bandeiras, por ordem de precedência, da direita para a esquerda (da
esquerda para a direita de quem olha). Opcionalmente, neste caso poderá ser
colocada uma segunda BN no mastro mais à esquerda (mais à direita de quem
olha);
5. Se existir um circulo fechado de bandeiras, assentes no solo: a BN ocupará
o mastro mais próximo do acesso ao local, seguindo-se as outras bandeiras, por
ordem de precedência, da direita para a esquerda (da esquerda para a direita de
quem olha);
6. Se existirem duas ou mais linhas de mastros: a BN ocupará o mastro mais à
direita (à esquerda de quem olha) da linha frontal. As restantes bandeiras serão
colocadas por ordem de procedência, da direita para a esquerda (esquerda para
a direita de quem olha) e da linha frontal para a mais recuada.
Independentemente da disposição dos mastros das bandeiras, se os mastros
apresentarem alturas diferentes, a BN ocupará sempre o mastro mais alto. As
restantes bandeiras serão colocadas, por ordem de precedência, do seguinte mastro
mais alto para o mais baixo.

Disposição de duas ou mais bandeiras, existindo Disposição de duas


um único mastro bandeiras, existindo dois
mastros

Disposição de quatro ou mais


Disposição de três bandeiras, existindo três bandeiras, existindo o mesmo
mastros número de mastros assentes
no solo

Disposição de várias
bandeiras, com mastros de
diferentes alturas
PROCEDÊNCIAS

A Bandeira Nacional tem procedência sobre todas as outras bandeiras portuguesas ou


estrangeiras. A excepção será o seu uso no âmbito de organizações internacionais de
que Portugal faça parte, em que poderá ser seguido o protocolo interno das mesmas.

A ordem de precedências das várias bandeiras é a seguinte:

1. Bandeira Nacional de Portugal;


2. Bandeira da União Europeia;
3. Bandeiras de organizações internacionais, por ordem alfabética;
4. Bandeiras de países estrangeiros, por ordem alfabética;
5. Bandeiras de regiões autónomas ou comunidades intermunicipais, por
ordem alfabética;
6. Bandeiras de municípios, por ordem alfabética;
7. Bandeiras de freguesias, por ordem alfabética;
8. Bandeiras de organismos públicos, por ordem alfabética;
9. Bandeiras de entidades privadas, por ordem alfabética;
10. Bandeiras de serviço (de sinalização, de certificação, etc.).
11.

Quando forem hasteadas bandeiras de entidades estrangeiras, as mesmas têm


precedência imediatamente a seguir à das entidades portuguesas equivalentes.

Quando forem hasteadas bandeiras pessoais de autoridades oficiais, civis ou militares,


as mesmas serão de acordo com a precedência que as respectivas autoridades têm no
protocolo de Estado.

As Antigas Bandeiras Nacionais de Portugal deverão ser consideradas equivalentes à


actual BN em termos de precedência. Se a situação o justificar, pode optar-se por dar
precedência sobre a actual BN às Bandeiras Nacionais mais antigas. Em certos
monumentos ou outros locais históricos poder-se-á hastear uma Antiga Bandeira
Nacional, em lugar da actual BN, desde que a mesma tenha uma relação especial com
a história do local e desde que aí não sejam hasteadas outras bandeiras
contemporâneas.
PROTOCOLO DAS BANDEIRAS
As regras estabelecidas na Lei, ou mais comuns, para o protocolo referente às
bandeiras são as seguintes:

1. Quando hasteada em conjunto com outras bandeiras: a Bandeira Nacional é


sempre a primeira a ser hasteada e a última a ser arreada;
2. Quando hasteada a meia-haste por ocasião de luto nacional: a BN deverá
ser levada ao topo do mastro e só depois descida até ao seu meio. Ao ser
arreada, deverá, antes ir ao topo do mastro. Quando estiverem presentes outras
bandeiras, as mesmas também deverão ser colocadas a meia-haste, não indo ao
topo do mastro;
3. Dentro do território nacional, se estiver presente o Presidente da República
e existir apenas um único mastro: é aceitável substituir a BN pelo Estandarte
Presidencial;
4. Nos edifícios da Administração Central só deverá ser obrigatoriamente
hasteada a BN. Opcionalmente poderá ser hasteada a Bandeira da União
Europeia e bandeiras de serviço do respectivo organismo público (bandeiras
identificativas do organismo, bandeiras de sinalização ou distintivos de
entidades). Mais nenhuma bandeira deverá ser hasteada, inclusive bandeiras
locais da área territorial onde o organismo esteja colocado.

ERROS FREQUENTES NO USO DA BANDEIRA NACIONAL

Os erros mais frequentes em Portugal, relativamente ao uso da Bandeira Nacional


são os seguintes:

1. BN de dimensões inferiores às de outras bandeiras hasteadas


conjuntamente;
2. Outra bandeira, normalmente a Bandeira da União Europeia, ocupando uma
posição de maior procedência em relação à da BN;
3. BN hasteadas em mau estado de conservação;
4. BN não respeitando o padrão oficial de cores, desenho ou proporções;
5. BN demasiado pequenas para o mastro ou local onde estão hasteadas;
6. Bandeiras regionais ou municipais hasteadas em edifícios de organismos
da Administração Central.

Os erros referidos nos pontos 1, 2, 3 e 4 são infracções explícitas ao Decreto-Lei


150/87.

O erro referido no ponto 5, apesar de não infringir explicitamente a Lei, deve ser
evitado, em virtude de contribuir para a diminuição da dignidade da BN.

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