Condropatia patelar

A perda de cartilagem da patela é também conhecida como

Condropatia patelar ou Síndrome Femoropatelar. Acomete a
população de ambos os sexos, sendo, porém mais comum em
mulheres e indivíduos com excesso de peso.
Sua causa ainda é desconhecida, algumas literaturas falam que a
perda da cartilagem esta ligada a fatores anatômicos, histológicos e
fisiológicos.

ANATOMIA DO JOELHO

A articulação do joelho é o encontro de dois ossos do membro inferior

(Fêmur e Tíbia), além deles faz parte desta articulação a Patela que
articula com a parte anterior do Fêmur, tendo sua função principal
proteger a articulação e aumentar a força de extensão do joelho.
A articulação é dividida em duas articulações distintas:
Articulação Femoropatelar: entre o Fêmur e a Patela
Articulação Femorotibial: entre o Fêmur e a Tíbia
Entre a articulação Femorotibial, temos os meniscos, que são
estruturas em forma de C, cartilaginosas, que tem suas principais
funções: amortecer, absorver o impacto e se ter mais estabilidades a
articulação.
A articulação do joelho está envolta por uma capsula articular, que é
responsável pela lubrificação da articulação, onde contém o líquido
sinovial.
Toda a estabilidade da articulação é realizada pelos ligamentos e
músculos que estão inseridos nas estruturas ósseas.
As musculaturas que envolvem a articulação dos joelhos, estão
frequentemente expostas a lesões, devido à alta demanda da
articulação para manter a estabilidade ósseas.

Mas o que é a Condropatia Patelar?

A Condropatia Patelar (Doença na Cartilagem), se caracteriza pelo

desgaste ou “amolecimento” da cartilagem que reveste a patela,
causando uma inflamação na articulação.
Sinais e Sintomas:
• Dores na região anterior, ou parte posterior da coxa (fossa
poplítea)
• Crepitação (“sensação de areia”)
• Falseio no joelho
• Edema
• Rigidez
• Limitações articulares.
Todas as pessoas que praticam de forma exagerada ou inadequada
atividades como: musculação, corrida, bicicleta, subir ou descer
escadas frequentemente, ou que permanecem com os joelhos
flexionados por um longo período, apresentam uma maior
predisposição para lesão, independentemente da idade.

Como ocorre o surgimento da Condropatia

Patelar?
Inicialmente se tem um processo inflamatório na articulação
femoropatelar, se a causa persistir, ocorre um desgaste na
cartilagem, podendo chegar até o contato osso com osso (artrose).
A Condropatia patelar é classificada de acordo com a progressão do
desgaste da cartilagem
• Grau 1 – amolecimento da cartilagem e edemas;
• Grau 2 – fissuras ou fragmentação de cartilagem <1,3cm;
• Grau 3 – fissuras ou fragmentação de cartilagem >1,3cm;
• Grau 4 – perda ou erosão completa da cartilagem articular, com
exposição do osso subcondral.
Fatores que contribuem para o surgimento
da Condropatia patelar

Alguns fatores que contribuem para o surgimento da lesão, são eles:

• Treino excessivo;
• Fraqueza;
• Atividades de impacto;
• Encurtamento muscular;
• Desequilíbrio muscular
• Predisposição biomecânica;
• Instabilidade;
• Trauma direto;
• Fratura;
• Subluxação patelar;
• Mal alinhamento pós-traumático;

• Lesão do ligamento cruzado posterior.

Como funciona o tratamento da Condropatia
Patelar – Fisioterapia
Normalmente o tratamento é conservador, e dificilmente reverterá o
quadro da lesão. Porém ocorre uma melhora significativa dos
sintomas dolorosos e funcionais do joelho.
A fisioterapia visa melhorar o deslizamento da patela, diminuir a dor
e o processo inflamatório local, ganhar flexibilidade e força muscular,
além de melhorar a estabilidade articular, consciência corporal e
preparar o indivíduo para o retorno ao esporte de forma adequada.
O principal foco da fisioterapia na Condropatia Patelar, é o
reequilíbrio muscular, além da correção do “mal alinhamento” da
patela, através de programas de alongamentos e fortalecimentos
para os estabilizadores da articulação.