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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA 16648

Primeira edição
26.04.2018

Argamassas inorgânicas decorativas para


revestimento de edificações — Requisitos
e métodos de ensaios
Decorative inorganic mortars for buildings coating — Requirements and test
methods

ICS 91.100.10 ISBN 978-85-07-07507-3

Número de referência
ABNT NBR 16648:2018
28 páginas

© ABNT 2018
ABNT NBR 16648:2018

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ABNT NBR 16648:2018

Sumário Página

Prefácio................................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referências normativas......................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................2
4 Requisitos e critérios para avaliação e aceitação da ATD no estado fresco.................3
4.1 Retenção de água................................................................................................................3
4.2 Densidade de massa e teor de ar incorporado................................................................3
4.3 Tempo de uso......................................................................................................................3
5 Avaliação e aceitação da ATD no estado endurecido......................................................3
5.1 Definição do tipo de ATD em função do tipo de revestimento.......................................3
5.2 Requisitos e critérios no estado endurecido...................................................................4
5.2.1 Requisitos e critérios de desempenho.............................................................................4
5.2.2 Suscetibilidade à fissuração..............................................................................................6
6 Requisitos e critérios para avaliação e aceitação dos revestimentos ATD...................6
6.1 Requisitos mecânicos........................................................................................................6
6.2 Requisito estético ..............................................................................................................7
7 Execução e aceitação do revestimento ATD na obra......................................................7
7.1 Execução do revestimento ATD.........................................................................................7
7.2 Aceitação do substrato de AR para execução de revestimento com ATD de
fabricantes diferentes.........................................................................................................7
7.3 Aceitação do revestimento ATD.........................................................................................8
7.3.1 Inspeção do revestimento ATD..........................................................................................8
7.3.2 Verificação da resistência de aderência à tração do revestimento ATD........................9
7.3.3 Verificação da variação da tonalidade do revestimento ATD..........................................9
7.3.4 Verificação quanto à ocorrência de fissuras....................................................................9
Anexo A (informativo) Roteiro para a avaliação das AET, ATD e AR e dos revestimentos ATD......10
Anexo B (normativo) Determinação da resistência de aderência à tração em revestimento
ATD aplicado em protótipo antes e após ciclos de calor e choque térmico...............12
B.1 Objetivo..............................................................................................................................12
B.2 Diretrizes do ensaio e construção do protótipo.............................................................12
B.3 Avaliação da aderência do revestimento ATD em protótipo – Condições ambientais
normais..............................................................................................................................12
B.3.1 Preparação do protótipo...................................................................................................12
B.3.2 Requisito – Aderência do revestimento em condições ambientais normais..............12
B.3.2.1 Critério – Limitação da ocorrência de fissuras..............................................................12
B.3.2.2 Método de ensaio..............................................................................................................13
B.3.2.3 Critério – Limitação das áreas com som cavo...............................................................13
B.3.2.4 Procedimento para detecção de som cavo....................................................................13
B.3.2.5 Critério – Resistência de aderência à tração em protótipo – Condições ambientais
normais..............................................................................................................................13

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B.3.2.6 Método de ensaio..............................................................................................................13


B.4 Avaliação da aderência do revestimento de ATD após exposição do protótipo à
ação de calor e choque térmico ......................................................................................13
B.4.1 Preparação do protótipo...................................................................................................13
B.4.2 Requisito – Aderência do revestimento após dez ciclos de calor e choque térmico....14
B.4.2.1 Critério – Limitação da ocorrência de fissuras..............................................................14
B.4.2.2 Procedimento para detecção de fissuras.......................................................................14
B.4.2.3 Critério – Limitação de áreas com som cavo.................................................................14
B.4.2.4 Método de ensaio..............................................................................................................14
B.4.2.5 Critério – Resistência de aderência à tração em protótipo após a ação de calor
e choque térmico...............................................................................................................14
B.4.2.6 Método de ensaio..............................................................................................................14
Anexo C (normativo) Permeabilidade à água sob pressão.............................................................15
C.1 Objetivo..............................................................................................................................15
C.2 Condições ambientais......................................................................................................15
C.3 Aparelhagem......................................................................................................................15
C.4 Procedimento de ensaio...................................................................................................16
Anexo D (normativo) Moldagem de corpos de prova para o ensaio de exposição do
revestimento ATD ao intemperismo artificial acelerado (C-UV)...................................17
D.1 Objetivo..............................................................................................................................17
D.2 Condições ambientais do laboratório.............................................................................17
D.3 Aparelhagem......................................................................................................................17
D.4 Preparação dos corpos de prova....................................................................................17
D.4.1 Preparação das fôrmas.....................................................................................................17
D.4.2 Mistura da ATD..................................................................................................................17
D.5 Moldagem dos corpos de prova......................................................................................17
Anexo E (normativo) Determinação da resistência superficial da AR............................................19
E.1 Objetivo..............................................................................................................................19
E.2 Termos e definições..........................................................................................................19
E.3 Aparelhagem, ferramentas e materiais...........................................................................19
E.3.1 Equipamento de tração.....................................................................................................19
E.3.2 Pastilha metal....................................................................................................................19
E.3.3 Cola.....................................................................................................................................19
E.3.4 Espátula.............................................................................................................................19
E.4 Execução do ensaio..........................................................................................................20
E.4.1 Quantidade de corpos de prova......................................................................................20
E.4.2 Condições de umidade dos corpos de prova.................................................................20
E.4.3 Preparo dos corpos de prova..........................................................................................20
E.4.4 Colagem da pastilha metálica..........................................................................................20
E.4.5 Ensaio por tração simples................................................................................................20
E.5 Expressão dos resultados................................................................................................21
E.5.1 Cálculo da resistência superficial...................................................................................21
E.5.2 Forma de ruptura do corpo de prova..............................................................................21

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E.6 Registro dos resultados do ensaio.................................................................................22


E.6.1 Cálculo da resistência superficial...................................................................................22
E.6.2 Forma de ruptura do corpo de prova..............................................................................22
E.6.3 Registro dos resultados do ensaio.................................................................................22
Anexo F (normativo) Determinação da permeabilidade à água sob pressão após ciclos de
calor e congelamento.......................................................................................................24
F.1 Objetivo..............................................................................................................................24
F.2 Mistura da argamassa ATD...............................................................................................24
F.3 Preparação dos corpos de prova....................................................................................24
F.3.1 Quantidade ........................................................................................................................24
F.3.2 Corpo de prova..................................................................................................................24
F.3.3 Substrato............................................................................................................................24
F.3.4 Dimensões ........................................................................................................................24
F.3.5 Aplicação da argamassa..................................................................................................24
F.3.6 Cura das argamassas (AR, AET e ATD)..........................................................................25
F.4 Exposição dos corpos de prova a ciclos de calor e congelamento.............................25
Anexo G (normativo) Resistência de aderência à tração.................................................................27
G.1 Objetivo..............................................................................................................................27
G.2 Condições do ambiente da sala de ensaios ..................................................................27
G.3 Procedimento de ensaio...................................................................................................27
G.4 Critério de aceitação.........................................................................................................27
Anexo H (normativo) Exposição ao intemperismo artificial acelerado (C-UV)..............................28
H.1 Objetivo..............................................................................................................................28
H.2 Procedimento de ensaio...................................................................................................28

Figuras
Figura 1 – Revestimento ATD Monocamada......................................................................................4
Figura 2 – Revestimento ATD Multicamadas (AET e ATD de um único fabricante).......................4
Figura 3 – Revestimento ATD Multicamadas (AR e ATD de fabricantes diferentes)......................4
Figura 4 – Controle da qualidade do revestimento aplicado...........................................................8
Figura A.1 – Fluxograma para avaliação do revestimento ATD Monocamada (ver Figura 1).....10
Figura A.2 – Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD multicamadas (Figura 2).......... 11
Figura A.3 – Fluxograma para avaliação do revestimento ATD Multicamadas (ver Figura 3).... 11
Figura C.1 – Dispositivo para realização do ensaio de permeabilidade à água sob pressão....15
Figura E.1 – Formas de ruptura do corpo de prova........................................................................21

Tabelas
Tabela 1 – Critério de classificação da retenção de água................................................................3
Tabela 2 – Requisitos e critérios no estado endurecido..................................................................5
Tabela 3 – Critério de avaliação da suscetibilidade à fissuração....................................................6
Tabela 4 – Requisitos mecânicos e respectivos critérios para revestimento ATD........................6
Tabela 5 – Requisito estético e respectivo critério para revestimento de ATD..............................7
Tabela 6 – Requisito e critérios de aceitação de aderência para revestimentos ATD...................9

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma.

A ABNT NBR 16648 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
(ABNT/CB-018), pela Comissão de Estudo de Argamassas de Assentamento e Revestimento
(CE-018:400.004). O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 08, de 02.08.2017
a 01.10.2017.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This Standard specifies the requirements, criteria and test methods for the characterization and
evaluation by laboratory test methods, the performance of decorative technical mortars.

This Standard also specifies requirements and performance criteria for the acceptance of coatings
obtained from the use of decorative technical mortars.

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NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 16648:2018

Argamassas inorgânicas decorativas para revestimento de edificações —


Requisitos e métodos de ensaios

1 Escopo
Esta Norma especifica os requisitos, critérios e métodos de ensaio para caracterização e avaliação do
desempenho, em laboratório, de argamassas técnicas decorativas.

Esta Norma também contempla os requisitos e critérios de desempenho para aceitação dos revesti-
mentos obtidos a partir do uso de argamassas técnicas decorativas.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para refe-
rências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se
as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 7200, Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas –


Procedimento

ABNT NBR 13277, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação
da retenção de água

ABNT NBR 13278, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação
da densidade de massa e do teor de ar incorporado

ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação
da resistência à tração na flexão e à compressão

ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Requisitos

ABNT NBR 13528, Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Determinação da


resistência de aderência à tração

ABNT NBR 13529, Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Terminologia

ABNT NBR 13749, Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas – Especificação

ABNT NBR 14081-2, Argamassa colante industrializada para assentamento de placas cerâmicas –
Parte 2: Execução do substrato-padrão e aplicação da argamassa para ensaios

ABNT NBR 15077, Tintas para construção civil – Método para avaliação de desempenho de tintas
para edificações não industriais – Determinação da cor e da diferença de cor por medida instrumental

ABNT NBR 15258, Argamassa para revestimento de paredes e tetos – Determinação da resistência
potencial de aderência à tração

ABNT NBR 15261, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação
da variação dimensional (retração ou expansão linear)

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ABNT NBR 15380:2015, Tintas para construção civil – Método para avaliação de desempenho de
tintas para edificações não industriais – Resistência à radiação UV e à condensação de água pelo
ensaio acelerado

ABNT NBR 15575-4, Edificações habitacionais – Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas
de vedações verticais internas e externas – SVVIE

ABNT NBR 15630, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Determinação
do módulo de elasticidade dinâmico através da propagação de onda ultrassônica

ABNT NBR 16541, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos – Preparo da
mistura para a realização de ensaios

ISO 12572, Higrothermal performance of buildings materials and products: Determination of water
vapour transmission properties – Cup method

ISO 15148, Higrothermal performance of buildings materials and products: Determination of water
absorption coefficient by partial immersion

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definiões da ABNT NBR 13529 e os seguintes.

3.1
argamassa de regularização
AR
para fins de simplificação, nesta Norma define-se como argamassa de regularização o emboço e/ou
reboco definidos conforme a ABNT NBR 13529, que atendem aos requisitos e critérios estabelecidos
na ABNT NBR 13749

3.2
argamassa de emboço técnico
AET
argamassa obtida da mistura de um ou mais aglomerantes inorgânicos, agregados e água, podendo
conter adições e/ou aditivos, com características especiais de desempenho adequadas à utilização
como primeira camada do revestimento de edificações, fazendo parte de um revestimento ATD
Multicamadas (substrato para a última camada - camada aparente)

3.3
primer
PR
produto utilizado para regularizar a absorção de água da AET ou AR e favorecer a aderência da
camada de ATD

3.4
argamassa técnica decorativa
ATD
argamassa obtida da mistura de um ou mais aglomerantes inorgânicos, agregados e água, podendo
ou não conter pigmentos e/ou aditivos e/ou adições, adequada à utilização como última camada
(camada aparente) do revestimento de edificações, podendo ser aplicada em camada única ou sobre
AR ou sobre AET

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ABNT NBR 16648:2018

3.5
revestimento ATD Monocamada
revestimento obtido da aplicação da ATD diretamente sobre a alvenaria e/ou concreto (com ou sem
presença de chapisco), em uma única camada ou em camadas sobrepostas do mesmo material ainda
no estado fresco, que se consituti no acabamento final

3.6
revestimento ATD Multicamadas
revestimento obtido da aplicação da ATD sobre AET ou sobre AR, com ou sem a presença de PR, que
devidamente consolidadas constituem o acabamento final

4 Requisitos e critérios para avaliação e aceitação da ATD no estado fresco


4.1 Retenção de água
As ATD devem ser classificadas conforme critérios da Tabela 1, com base em ensaios realizados
conforme a ABNT NBR 13277. A classe do produto deve ser informada pelo fabricante. A ATD não
pode apresentar retenção de água inferior a 70 %.
Tabela 1 – Critério de classificação da retenção de água
Critério de aceitação para a retenção de água em função da classe da ATD
%
Baixa Média Alta
70 ≤ Ra ≤ 80 80 < Ra ≤ 90 Ra > 90

4.2 Densidade de massa e teor de ar incorporado


A densidade de massa (d) e o teor de ar incorporado (A) da argamassa técnica decorativa devem
ser determinados conforme estabelecido na ABNT NBR 13278. O fabricante deve informar a classe
da argamassa em função da densidade de massa obtida, de acordo com a ABNT NBR 13281, e o teor
de ar incorporado com sua faixa de variação, de acordo com a ABNT NBR 13278.

4.3 Tempo de uso


O tempo de uso da ATD é definido como o intervalo de tempo decorrido entre a mistura da argamassa
e a sua aplicação, no qual a argamassa mantém inalterado seu desempenho no estado fresco,
considerando os requisitos e critérios estabelecidos nesta Norma.
O tempo de uso da ATD deve ser informado pelo fabricante e esse é o critério de aceitação.

5 Avaliação e aceitação da ATD no estado endurecido


5.1 Definição do tipo de ATD em função do tipo de revestimento

Para a definição do tipo da ATD a ser avaliada no estado endurecido, primeiramente deve ser consi-
derado o tipo de revestimento do qual a ATD fará parte. Nesta Norma são considerados os seguintes
tipos de revestimentos:
 a) revestimento ATD Monocamada: revestimento obtido da aplicação da ATD diretamente sobre a
alvenaria e/ou concreto (com ou sem presença de chapisco) em uma única camada ou em cama-
das sobrepostas do mesmo material ainda no estado fresco (ver Figura 1);

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Alvenaria e/ou concreto Argamassa técnica decorativa


(Aplicada em uma ou mais camadas)

Figura 1 – Revestimento ATD Monocamada

 b) revestimento ATD Multicamadas: revestimento obtido da aplicação da ATD sobre AET ou
sobre AR, com ou sem a presença de PR, conforme as Figuras 2 e 3. Os revestimentos ATD
Multicamadas diferenciam-se entre si quanto à origem das argamassas (fabricante) e quanto ao
processo de aplicação. O revestimento ATD multicamadas se divide em dois tipos: um constituído
de argamassas fornecidas por um único fabricante (ver Figura 2) e outro tipo constituído por
argamassas de fabricantes distintos (ver Figura 3).
Alvenaria e/ou concreto Primer (opcional)

Argamassa técnica decorativa


(Aplicada em uma ou mais camadas)

Argamassa de emboço técnico

Figura 2 – Revestimento ATD Multicamadas (AET e ATD de um único fabricante)

Alvenaria e/ou concreto Primer (opcional)

Argamassa técnica decorativa


(Aplicada em uma ou mais camadas)

Argamassa de regularização

Figura 3 – Revestimento ATD Multicamadas (AR e ATD de fabricantes diferentes)

5.2 Requisitos e critérios no estado endurecido

5.2.1 Requisitos e critérios de desempenho

Os requisitos e critérios de desempenho estabelecidos para as ATD no estado endurecido estão


apresentados na Tabela 2.

As AET devem atender aos requisitos e critérios de desempenho da ABNT NBR 13281 e também aos
estabelecidos para a resistência potencial de aderência à tração constantes da Tabela 2 a seguir.

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Tabela 2 – Requisitos e critérios no estado endurecido


Requisitoa Critério Método de ensaio

Resistência à tração na
≥ 2,0 Mpa ABNT NBR 13279
flexão

Módulo de elasticidade
≤ 12 GPa ABNT NBR 15630
dinâmicob

Variação dimensional
≤ 1,2 mm/m ABNT NBR 15261
(retração)b

ATD Monocamada Uso externo ≥ 0,50 MPa


(Figura 1) Uso interno ≥ 0,40 MPa

Resistência potencial de ATD Multicamadas Uso externo ≥ 0,40 MPa


ABNT NBR 15258
aderência à traçãoc, d (Figuras 2 e 3) Uso interno ≥ 0,30 MPa

AET Uso externo ≥ 0,50 MPa


(Figura 2)e Uso interno ≥ 0,40 MPa

C24h ≤ 0,2
Absorção de água por Região Norte e zona costeira do Brasil g
kg/m2.h1/2
capilaridade (C24h)f EN ISO 15148
(somente decorativa) C24h ≤ 0,4
Demais regiões
kg/m2.h1/2

Fator de resistência à Região Norte e zona costeira do Brasil g ≤ 20


difusão do vapor de água (µ)h EN ISO 12572
(somente decorativa) Demais regiões ≤ 35

Permeabilidade à água
≤ 1,0 mL/cm2 por período de 48 h Anexo C
sob pressão
a O tempo de cura da argamassa é de 28 dias. O fabricante deve informar os casos em que a argamassa requer tempo de cura
diferente deste.
b Caso os resultados das amostras ATD para um ou ambos os ensaios (módulo de elasticidade dinâmico e variação dimensional -
retração) não atendam aos critérios desta Tabela, realizar análise complementar conforme 5.2.2 e Tabela 3. Caso a ATD atenda aos
critérios da Tabela 3, continuar a avaliação dos demais requisitos.
c Os critérios estabelecidos para este ensaio referem-se a resultados em laboratório. Para obra, o método de ensaio para determinação
da resistência de aderência à tração, bem como os critérios de aceitação estão estabelecidos em 7.3.
d No caso da ATD multicamadas de um único fabricante (Figura 2) o ensaio deve ser realizado no sistema (AET + PR + ATD), por
sua vez na ATD multicamadas de fabricantes diferentes (Figura 3) a ATD deve ser avaliada isoladamente, uma vez que a AR deve
atender aos critérios estabelecidos na ABNT NBR 13281.
e Estes critérios somente se aplicam quando a AET for avaliada isoladamente.
f Recomenda-se, para a realização deste ensaio, que o corpo de prova de ATD seja moldado utilizando-se a fôrma de metal descrita
no Anexo D.
g Os estados e respectivos municípios abrangidos pela zona costeira estão estabelecidos em legislação do Ministério do Meio
Ambiente (http://www.mma.gov.br/gestao-territorial/gerenciamento-costeiro/gerenciamento-costeiro-nos-estados-gerco/item/9008).
h Para a realização deste ensaio, devem ser utilizados no mínimo cinco corpos de prova com diâmetro de (80 ± 2) mm. Recomenda-se
que a ATD seja moldada em uma fôrma de metal não corrosivo, com medidas internas de (400 ± 5) mm × (300 ± 5) mm × (10 ± 2) mm,
para que o corpo de prova não sofra dano ao ser removido da fôrma e cortado (utilizar furadeira de bancada com serra-copo).

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5.2.2 Suscetibilidade à fissuração

A avaliação da ATD quanto à suscetibilidade à fissuração baseia-se na análise dos valores da variação
dimensional (retração), do módulo de elasticidade dinâmico e da relação módulo de elasticidade dinâ-
mico/resistência à tração na flexão, considerando os limites estabelecidos para essas características
apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 – Critério de avaliação da suscetibilidade à fissuração


Critério de
Classificação da suscetibilidade à fissuração aceitação da
Característica ATD
Fraca Média Forte
Variação dimensional - O produto deve
∆L/L ≤ 0,7 0,7 < ∆L/L ≤ 1,2 ∆L/L > 1,2 ser rejeitado
Retração ∆L/L (mm/m)
se apresentar
Módulo de elasticidade mais de uma
E ≤ 7,0 7,0 < E ≤ 12,0 E > 12,0
(GPa) característica
Módulo de elasticidade avaliada como
(GPa) / Resistência à tração E/Rt ≤ 2,5 2,5 < E/Rt < 3,5 E/Rt ≥ 3,5 forte.
na flexão (MPa)

O Anexo A contém fluxogramas com roteiros para auxiliar no entendimento da avaliação das ATD
e dos revestimentos ATD.

6 Requisitos e critérios para avaliação e aceitação dos revestimentos ATD


6.1 Requisitos mecânicos

Os requisitos mecânicos e respectivos critérios de aceitação para os revestimentos executados


a partir de ATD, em laboratório, são apresentados na Tabela 4.

Tabela 4 – Requisitos mecânicos e respectivos critérios para revestimento ATD


Requisitoa Condição de exposição Métodos de ensaio e critérios de aceitação
Após 28 dias da aplicação do
Resistencia de revestimento
aderência à tração (em Anexo B
protótipo) Após exposição a 10 ciclos de
calor e choque térmicoc

Permeabilidade à água
Anexo F ≤ 1,0 mL/cm2 por 48 h
sob pressãob Conforme condições de
exposição dos corpos de prova
Resistência de estabelecidas no Anexo F
Anexo G
aderência à traçãob
a O tempo de cura da argamassa é de 28 dias. O fabricante deve informar os casos em que a argamassa requer tempo
de cura diferente deste.
b Requisito aplicável apenas a ATD indicada para regiões que possam apresentar temperaturas negativas.
c Condição aplicável somente para revestimentos ATD destinados às áreas externas.

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6.2 Requisito estético

O requisito e o critério estético para revestimento ATD são apresentados na Tabela 5.

Tabela 5 – Requisito estético e respectivo critério para revestimento de ATD


Método de
Requisitoa Critério
ensaio

Determinação da cor e da O valor de tolerância quanto à alteração


diferença de cor por medida de cor em relação à cor original após
Anexo H
instrumental após exposição ao 1 200 h de exposição ao intemperismo
intemperismo acelerado deve ser acordado entre as partesb

a O tempo de cura da argamassa é de 28 dias. O fabricante deve informar os casos em que a argamassa
requer tempo de cura diferente deste.
b O fabricante deve desenvolver padrões visuais de tolerâncias e definir os deltas de aceitabilidade (usar todos
os deltas L* a* b* e ΔE - ABNT NBR 15077) juntamente com o cliente. Como alternativa, o fabricante deve
fornecer ao usuário, quando solicitado, os corpos de prova expostos ao intemperismo artificial acelerado
(CUV), bem como o corpo de prova de referência, para permitir a análise comparativa da variação de
cor ocorrida.

7 Execução e aceitação do revestimento ATD na obra


7.1 Execução do revestimento ATD

A execução do revestimento com ATD requer cooperação e atitudes coordenadas de todos os


envolvidos nos processos de projeto, execução e controle da qualidade, considerando a programação
do serviço, o armazenamento dos materiais, a produção da argamassa, a preparação do substrato, a
aplicação da argamassa e o acabamento do revestimento.

Devem ser atendidas as especificações da ABNT NBR 7200 para a elaboração das especificações do
projeto e para a execução do revestimento com ATD.

7.2 Aceitação do substrato de AR para execução de revestimento com ATD de


fabricantes diferentes

Nos casos em que a AR e a ATD não são de mesma origem (diferentes fabricantes, ver Figura 3),
ou seja, a ATD será aplicada sobre uma AR existente, o contratante do serviço do revestimento com
ATD (incorporador, construtor, empreiteiro, dono da obra ou seu preposto) é responsável por garantir
que a AR apresenta condições mínimas para a aplicação da ATD, como a seguir:

 a) a AR deve atender aos requisitos e critérios da ABNT NBR  13749, principalmente quanto à
espessura mínima, resistência de aderência à tração e ausência de fenômenos patológicos.
Em caso de não atendimento, deve ser realizada nova regularização do substrato. A ATD
somente deve ser aplicada após as devidas correções do substrato com AR. Todo o revestimento
reexecutado com AR ou reparado deve ser novamente submetido à inspeção, sendo aceito se
estiver em conformidade com a ABNT NBR 13749;

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 b) a AR deve ser ensaiada para determinação de sua resistência de aderência à tração superficial.
O ensaio deve ser realizado de acordo com as diretrizes estabelecidas no Anexo E. A superfície
da AR para receber o revestimento com ATD deve ser aceita, se forem atendidos os seguintes
requisitos:

Rs =
∑ Rsi ≥ 0, 4 MPa
n
Rs min ≥ 0, 3 MPa
onde

Rs é a média dos resultados do ensaio de arrancamento, expressa em megapascals (MPa);

Rsi representa os resultados individuais do ensaio de arrancamento, expressos em megapas-


cals (MPa);

Rs,min é o menor resultado obtido no ensaio de arrancamento, expresso em megapascals (MPa);

7.3 Aceitação do revestimento ATD

7.3.1 Inspeção do revestimento ATD

O controle da qualidade do revestimento ATD deve ser de responsabilidade do construtor e realizado


por meio da inspeção dos serviços, compreendendo desde a preparação do substrato de aplicação
até o recebimento do revestimento ATD executado, fazendo constar em relatório de inspeção os
eventuais fenômenos patológicos observados.

A Figura 4 apresenta um roteiro para controle da qualidade do revestimento ATD aplicado, conforme
a ABNT NBR 13749. Entretanto, alguns requisitos deste controle têm critérios minimos de aceitação
diferentes dos constantes na ABNT NBR 13749 e estão estabelecidos em 7.3.2 a 7.3.4.
Especificações Aspecto visual
de projeto
Textura
Controle da qualidade Inspeção do
dos materiais e revestimento Manchas
argamassas
Fissuras
Condições de aplicação
do revestimento Eflorescência Aceitação

Condições da base
Prumo, nível Rejeição
Condições climáticas do planeza
período de aplicação

Espessura do Aderência
revestimento

Tipo de acabamento da
superfície do revestimento

Figura 4 – Controle da qualidade do revestimento aplicado


Com base no relatório de inspeção, as áreas de revestimento ATD que apresentem aspecto insatisfa-
tório devem ser reexecutadas ou reparadas. A reexecução ou reparo deve ser feito após a identifica-
ção das causas prováveis da(s) manifestação(s) patológica(s) observada(s). Todo o revestimento ATD
reexecutado ou reparado deve ser novamente submetido à inspeção, devendo ser aceito se estiver
em conformidade com esta Norma.

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7.3.2 Verificação da resistência de aderência à tração do revestimento ATD

A aderência do revestimento ATD deve ser verificada por meio das seguintes avaliações, que estão
resumidas na Tabela 6:

 a) som cavo – verificar a ocorrência de som cavo em toda a área revestida, conforme a
ABNT NBR 13749: 2013, 5.7.1. O revestimento ATD deve ser aceito se não apresentar som cavo
(descolamento);

 b) resistência de aderência à tração: o revestimento ATD deve ser avaliado conforme a
ABNT NBR 13528, considerando como critério de aceitação os valores da Tabela 6.

Tabela 6 – Requisito e critérios de aceitação de aderência para revestimentos ATD


Requisito Critério Método de ensaio
Toda a área
Som cavo Não apresentar som cavo ABNT NBR 13749
revestida
≥ 0,30 MPa (valor individual). É aceitavel
Revestimento
que, de cada três determinações da
externo (valor
resistência de aderência à tração, uma
Resistencia individual)
determinação apresente valor inferior
de aderencia ABNT NBR 13528
à traçãoa ≥ 0,20 MPa (valor individual). É aceitavel
Revestimento
que, de cada três determinações da
interno (valor
resistência de aderência à tração, uma
individual)
determinação apresente valor inferior
a O ensaio deve ser realizado em regiões que possam ser recuperadas posteriormente com menor custo.
Deve ser dada preferência à avaliação do revestimento ATD aplicado sobre substratos suscetíveis à pior
ancoragem da argamassa, como por exemplo, blocos cerâmicos, vigas e pilares.

7.3.3 Verificação da variação da tonalidade do revestimento ATD

O revestimento ATD acabado pode apresentar pequenas diferenças de tonalidade visíveis a olho nu.
O critério de aceitação deve ser acordado entre o fabricante e o cliente.

7.3.4 Verificação quanto à ocorrência de fissuras

O revestimento ATD acabado não pode apresentar fissuras, exceto quando devidas à movimentação
do substrato.

A área de inspeção deve ser acordada entre o fabricante e o cliente.

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Anexo A
(informativo)

Roteiro para a avaliação das AET, ATD e AR e dos revestimentos ATD

Este Anexo apresenta três roteiros (Figuras A.1 a A.3) para a correta identificação dos requisitos
que devem ser avaliados e a Seção ou subseção em que se encontram os respectivos critérios de
desempenho estabelecidos para cada um dos revestimentos ATD previstos nesta Norma.

Avaliação no estado fresco Seção 4

Avaliação no estado Seção 5


endurecido
Revestimento
monocamada ATD - Argamassa
(ver Figura 1) técnica decorativa
Requisitos mecânicos Subseção 6.1

Requisito estético Subseção 6.2

Requisitos de execução
e de aceitação do Subseção 7.3
revestimento ATD
monocamada (ver Figura 1)

Figura A.1 – Fluxograma para avaliação do revestimento ATD Monocamada (ver Figura 1)

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Avaliação no estado fresco ABNT NBR 13281

AET - Argamassa ABNT NBR 13281, exceto


emboço técnico resistência potencial de
aderência à tração
Revestimento Avaliação no estado
multicamadas endurecido Resistência potencial de
(ver Figura 2) aderência à tração -
Tabela 2

Avaliação no estado fresco Seção 4

ATD - Argamassa
Avaliação no estado
técnica decorativa Seção 5
endurecido

Requisito estético Subseção 6.2

Requisitos mecânicos Subseção 6.1


em laboratório

Requisitos de execução
e de aceitação do Subseção 7.3
revestimento ATD
multicamada (ver Figura 2)

Figura A.2 – Fluxograma de avaliação dos revestimentos ATD multicamadas (Figura 2)

AR - Argamassa
de regularização Subseção 7.2

Revestimento
multicamadas
(ver Figura 3) Avaliação no estado fresco Seção 4

ATD - Argamassa Avaliação no estado Seção 5


técnica decorativa endurecido

Requisito estético Subseção 6.2

Requisitos mecânicos Subseção 6.1


em laboratório

Requisitos de execução e de
aceitação do revestimento ATD Subseção 7.3
multicamadas (ver Figura 3)

Figura A.3 – Fluxograma para avaliação do revestimento ATD Multicamadas (ver Figura 3)

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Anexo B
(normativo)

Determinação da resistência de aderência à tração em revestimento ATD


aplicado em protótipo antes e após ciclos de calor e choque térmico

B.1 Objetivo
Este Anexo especifica um método para a determinação da resistência de aderência à tração em
revestimento ATD aplicado em protótipo, antes e após ciclos calor e choque térmico.

B.2 Diretrizes do ensaio e construção do protótipo


Para a avaliação deste requisito deve-se construir um protótipo de revestimento ATD representativo do
sistema de revestimento para o qual a ATD se destina, considerando as condições e procedimentos
de aplicação e de cura 1 estabelecidos pelo fabricante da(s) argamassa(s), os tipos de substratos
indicados e o emprego ou não de chapisco. As dimensões recomendadas dos protótipos estão
estabelecidas na ABNT NBR 15575-4:2013 em seu Anexo D.

Os ensaios para as determinações da resistência de aderência à tração, antes e depois da exposição


do revestimento ATD a ciclos de calor e choques térmicos (B.3 e B.4), devem ser realizados no mesmo
protótipo, de forma a permitir comparações do comportamento da resistência de aderência à tração,
considerando as mesmas condições de aplicação, cura, substrato etc.

No caso específico dos revestimentos ATD cujas AR e ATD sejam de fabricantes diferentes (Figura 3),
empregar AR que atenda aos requisitos da ABNT NBR 13749 quanto a espessura mínima, resistência
de aderência à tração e ausência de fenômenos patológicos. A AR também deve apresentar resistência
de aderência à tração superficial média maior ou igual a 0,4 MPa e valor mínimo necessário maior
ou igual a 0,30 MPa, considerando 12 determinações. O ensaio de determinação da resistência de
aderência à tração superficial deve ser realizado de acordo com as diretrizes estabelecidas no Anexo E.

B.3 Avaliação da aderência do revestimento ATD em protótipo – Condições


ambientais normais

B.3.1 Preparação do protótipo


Deve estar de acordo com B.2.

B.3.2 Requisito – Aderência do revestimento em condições ambientais normais


B.3.2.1 Critério – Limitação da ocorrência de fissuras

O revestimento não pode apresentar fissuras.

1 O tempo de cura da argamassa é de 28 dias. O fabricante deve informar os casos em que a argamassa
requer tempo de cura diferente deste.

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B.3.2.2 Método de ensaio

Analisar o revestimento quanto à ocorrência de fissuras.

Esta avaliação deve ser realizada visualmente, com o protótipo molhado, para facilitar a detecção
de eventuais fissuras, a uma distância aproximada de 1 m.

B.3.2.3 Critério – Limitação das áreas com som cavo

O revestimento não pode apresentar som cavo.

B.3.2.4 Procedimento para detecção de som cavo

Avaliar a aderência do revestimento do protótipo por ensaios de percussão, realizados pela aplicação
de impactos leves, não contundentes, com martelo de madeira ou outro instrumento rijo para a detec-
ção de eventual região com ocorrência de som cavo.

B.3.2.5 Critério – Resistência de aderência à tração em protótipo – Condições ambientais


normais

O revestimento ATD deve apresentar resistência de aderência à tração maior ou igual a 0,30 MPa
em no mínimo quatro corpos de prova.

B.3.2.6 Método de ensaio

A partir do protótipo construído (B.2), determinar a resistência de aderência à tração de seis corpos de
prova, de acordo com a ABNT NBR 13528. No caso dos revestimentos ATD, cujas AR e ATD sejam de
fabricantes diferentes (Figura 3), considerar como substrato a AR, ou seja, o corte deve ser feito até
atingir essa camada.

Para os demais casos, revestimento ATD Monocamada (Figura 1) e revestimento ATD Multicamadas
(Figura 2), o corte deve ser feito até atingir a alvenaria ou o concreto.

B.4 Avaliação da aderência do revestimento de ATD após exposição do


protótipo à ação de calor e choque térmico

B.4.1 Preparação do protótipo

Após as avaliações previstas em B.3, recompor a superfície do protótipo com uma argamassa cimen-
tícia nas regiões dos corpos de prova onde foi realizada a determinação da resistência de aderência
à tração. Aguardar no mínimo 48 h antes de submeter o protótipo a dez (10) ciclos de calor e choque
térmico.

A exposição do protótipo a ciclos de calor e choque térmico deve ser realizada de acordo com as
diretrizes da ABNT NBR 15575-4:2013, em seu Anexo D.

Após os dez ciclos sucessivos de exposição à ação do calor e choque térmico, o revestimento ATD
deve ser avaliado considerando o requisito de B.4.2.

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B.4.2 Requisito – Aderência do revestimento após dez ciclos de calor e choque térmico

B.4.2.1 Critério – Limitação da ocorrência de fissuras

O revestimento não pode apresentar fissuras, exceto superficiais isoladas.

B.4.2.2 Procedimento para detecção de fissuras

Esta avaliação deve ser realizada visualmente, com o protótipo úmido, para facilitar a detecção
de eventuais fissuras, a uma distância aproximada de 1 m.

B.4.2.3 Critério – Limitação de áreas com som cavo

O revestimento ATD pode apresentar área individual com som cavo, desde que menor ou igual
a 0,05 m2, e o somatório das áreas com som cavo deve ser menor ou igual a 5 % da área do painel.

B.4.2.4 Método de ensaio

Avaliar a aderência do revestimento do protótipo por ensaios de percussão, realizados pela aplicação
de impactos leves, não contundentes, com martelo de madeira ou outro instrumento rijo para
a detecção de eventual região com ocorrência de som cavo.

B.4.2.5 Critério – Resistência de aderência à tração em protótipo após a ação de calor


e choque térmico

O revestimento ATD deve apresentar resistência de aderência à tração maior ou igual a 0,25 MPa
em oito corpos de prova. A média de resistência de aderência à tração dos oito maiores resultados,
considerando os 12 corpos de prova ensaiados, não pode apresentar queda maior do que 50 %
da média dos quatro maiores resultados obtidos antes da ação do calor e choque térmico.

B.4.2.6 Método de ensaio

Determinar a resistência de aderência à tração em 12 corpos de prova, de acordo com a


ABNT NBR 13528. No caso dos revestimentos ATD cujas AR e ATD sejam de fabricantes diferentes
(Figura 3), considerar como substrato a argamassa de regularização AR, ou seja, o corte deve ser feito
até atingir essa camada.

Para os demais casos, revestimento ATD Monocamada (Figura 1) e revestimento ATD Multicamadas
(Figura 2), o corte deve ser feito até atingir a alvenaria ou o concreto.

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Anexo C
(normativo)

Permeabilidade à água sob pressão

C.1 Objetivo
Este Anexo estabelece o método de ensaio para determinação da permeabilidade do revestimento
à ação de água sob pressão.

C.2 Condições ambientais


O ensaio deve ser realizado em ambiente de laboratório, temperatura do ar de (23 ± 2) °C e umidade
relativa do ar de (60 ± 5) %.

C.3 Aparelhagem
O dispositivo para realização do ensaio é apresentado na Figura C.1.

2
3
4
100 mm

5
6

Legenda

1 tubo transparente, com graduação de 1 mL, e topo fechado, para manter o nível de água constante
2 nível da água
3 água
4 cone com diâmetro de 100 mm a 150 mm (ao fundo)
5 selante
6 revestimento ATD
7 substrato de aplicação do revestimento ATD

Figura C.1 – Dispositivo para realização do ensaio de permeabilidade à água sob pressão

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C.4 Procedimento de ensaio


Para a realização deste ensaio, proceder como a seguir:

 a) preparar dois corpos de prova de revestimento ATD conforme estabelecido no Anexo F (F.3.1
a F.3.5);

NOTA Para este ensaio recomenda-se o emprego do substrato padrão, conforme a ABNT NBR 14081-2.
No caso de ATD indicada para regiões que possam apresentar temperaturas negativas (ver Tabela 4), seguir
integralmente os Anexos F e G.

 b) fixar o cone da Figura C.1 sobre o revestimento ATD com o uso de um selante. O cone deve ser
fixado nas regiões sãs do corpo de prova (sem fissuras);

 c) aguardar a cura do selante;

 d) adicionar água ao cone até a altura de 100 mm;

 e) verter o tubo fechado (bureta ou similar transparente), com graduação de 1 mL, para manutenção
do nível constante de água (ver Figura C.1);

 f) registrar a quantidade de água (em milímetros) requerida para manter o nível de água pelo período
de 48 h, que é a duração do ensaio, com aproximação de 1 mL;

 g) calcular a média com os resultados individuais dos dois corpos de prova, obtidos pela seguinte
expressão:

P48 h = Q/A

onde

P é a permeabilidade à água sob pressão, em 48 h, expressa em mililitros por centímetro


quadrado (mL/cm2);

Q é a quantidade de água necessária para manter a coluna d´água na marca de 100  mm,
ou seja, corresponde à água absorvida pelo revestimento ATD, expressa em mililitros (mL);

A é a área da base do cone, expressa em centímetros quadrado (cm2).

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Anexo D
(normativo)

Moldagem de corpos de prova para o ensaio de exposição do


revestimento ATD ao intemperismo artificial acelerado (C-UV)

D.1 Objetivo
Este Anexo prescreve os procedimentos para a moldagem de corpos de prova para a realização do
ensaio de exposição de revestimento ATD ao intemperismo artificial acelerado (C-UV).

D.2 Condições ambientais do laboratório


O laboratório deve apresentar temperatura de ar de (23 ± 2) °C e umidade relativa do ar de (60 ± 5) %.

D.3 Aparelhagem
A aparelhagem para a realização do ensaio é a seguinte:

 a) fôrmas de metal não corrosivo, com espessura de no mínimo 8 mm, para que o corpo de prova de
revestimento ATD não sofra dano quando for removido do compartimento, com medidas internas
de (100 mm ± 5 mm) × (200 mm ± 5 mm) × (25 mm ± 2 mm);

 b) soquete de material não absorvente, nas dimensões aproximadas de 150 mm de comprimento
e face de compactação plana nas dimensões aproximadas de 13 mm × 25 mm;

 c) régua metálica bisotada.

D.4 Preparação dos corpos de prova

D.4.1 Preparação das fôrmas

Aplicar uma fina camada de óleo mineral nas faces internas das fôrmas. Se necessário, passar um
pano limpo para remover eventual escorrimento ou excesso de lubrificante.

D.4.2 Mistura da ATD

A mistura deve ser realizada de acordo com a ABNT NBR 16541 e/ou conforme orientação do
fabricante.

D.5 Moldagem dos corpos de prova


As fôrmas devem ser colocadas sobre uma base nivelada, livre de choques e vibrações.

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A moldagem deve ser efetuada em duas camadas de ATD com alturas aproximadamente iguais,
aplicando-se 25 golpes com o soquete metálico em cada camada. Deve-se tomar cuidado principalmente
nos ângulos ao longo das superfícies e arestas dos moldes, para obter um corpo de prova homogêneo.

Após a compactação da segunda camada, retirar o excesso de argamassa e alisar a superfície com
uma régua metálica bisotada.

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Anexo E
(normativo)

Determinação da resistência superficial da AR

E.1 Objetivo
Este Anexo estabelece o método de ensaio para determinaçãoda resistência superficial da AR.

E.2 Termos e definições


Para os efeitos deste Anexo, aplicam-se os seguintes termos e definições.

E.2.1
corpo de prova (CP)
parte do revestimento de argamassa, de seção circular, com (50 ± 1) mm de diâmetro, sem corte

E.2.2
resistência de aderência à tração simples
tensão máxima suportada por um corpo de prova, quando submetido a esforço ortogonal de tração
simples

E.3 Aparelhagem, ferramentas e materiais

E.3.1 Equipamento de tração

Dinamômetro de tração que permita aplicação contínua de carga, de fácil manuseio e baixo peso,
dotado de dispositivo para leitura de carga, que apresente um erro máximo de 2 %. O equipamento
deve garantir a aplicação da carga centrada e ortogonal ao plano do revestimento.

E.3.2 Pastilha metal

Placa de seção circular com (50 ± 1) mm de diâmetro, possuindo dispositivo em seu centro para aco-
plamento do equipamento de tração.

E.3.3 Cola

Deve ser à base de resina epóxi, poliéster ou similar, e destina-se à colagem da pastilha metálica
sobre a AR. Convém que sejam usados adesivos de alta viscosidade, reduzindo inconvenientes com
escorrimento do adesivo e deslizamento excessivo da pastilha metálica.

E.3.4 Espátula

Espátula metálica.

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E.4 Execução do ensaio

E.4.1 Quantidade de corpos de prova

Devem ser realizadas no mínimo 12 determinações.

E.4.2 Condições de umidade dos corpos de prova

Convém que a região ensaiada esteja seca, uma vez que a umidade interfere nos valores e na varia-
bilidade dos resultados.

O local a ser ensaiado deve estar concluído há pelo menos 28 dias.

E.4.3 Preparo dos corpos de prova

A superfície da AR deve estar íntegra, sem fissuras, limpa e isenta de material pulverulento. A limpeza
superficial apenas pode ser realizada com auxílio de um pincel de cerdas macias. O local do ensaio
não pode ser lixado, raspado, desbastado, espatulado ou sofrer qualquer tipo de agressão mecânica.

E.4.4 Colagem da pastilha metálica

Deve ser feita conforme indicado a seguir:

 a) remover as partículas soltas e a sujeira da superfície sobre a qual vai ser colada a pastilha metá-
lica, limpando-a com um pincel de cerdas macias;

 b) assegurar-se de que a superfície de colagem da pastilha metálica esteja isenta de qualquer resí-
duo de ensaios anteriores e aplicar a cola sobre a face de colagem;

 c) aplicar a pastilha sobre a superfície da AR, ajustando-a em movimento circulares de vai e vem até
um leve extravasamento da cola pelas laterais;

 d) remover o excesso de cola nas bordas com auxílio de uma espátula. Deve-se tomar cuidado para
não danificar a AR no perímetro da pastilha;

 e) para a sustentação das pastilhas metálicas durante a colagem, pode ser usada fita crepe ou simi-
lar ou algum suporte mecânico.

E.4.5 Ensaio por tração simples

O equipamento deve estar aferido, comprovado por certificado do responsável pela aferição, atendendo
ao erro máximo definido em E.3.1.

O ensaio deve ser realizado conforme a seguir:

 a) acoplar o equipamento de tração à pastilha metálica e aplicar a carga de maneira lenta e
progressiva, sem interrupções e com velocidade de carregamento de (250 ± 50) N/s;

 b) aplicar o esforço de tração perpendicularmente ao CP até a ruptura;

 c) anotar a carga de ruptura do CP;

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 d) examinar a pastilha metálica do CP arrancado, verificando eventuais falhas de colagem da pas-
tilha metálica;

 e) registrar a seção onde ocorreu a ruptura do CP, conforme Figura E.1.

A B
Pastilha metálica
Cola
Argamassa de
regularização
Chapisco
Base

C D

Figura E.1 – Formas de ruptura do corpo de prova

E.5 Expressão dos resultados

E.5.1 Cálculo da resistência superficial

A resistência superficial RS, expressa em megapascals (MPa), deve ser calculada pela equação
a seguir:
P
RS =
a
onde

P é a carga de ruptura, expressa em newtons (N);

a é a área da pastilha metálica, expressa em milímetros quadrados (mm2).

O valor da resistência superficial RS deve ser expresso com duas casas decimais.

E.5.2 Forma de ruptura do corpo de prova

A ruptura pode ocorrer aleatoriamente entre quaisquer das interfaces ou no interior de uma das
camadas que constituem a AR (ver Figura E.1). Assim sendo, a forma de ruptura relacionada a seguir
deve ser declarada junto com o valor da resistência de aderência do sistema:

A - ruptura no interior da AR;

B - ruptura da superfície da AR, onde partes da argamassa são arrancadas;

C - ruptura na interface cola/AR, quando apenas poucos grãos são arrancados;

D - ruptura na interface pastilha metálica/cola.

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As rupturas C e D indicam falha na colagem da pastilha metálica. O resultado não foi determinado
e um novo CP deve ser ensaiado. A resistência obtida pela ruptura da cola não pode ser utilizada
como resistência mínima para o CP em ensaio.

Nos casos de ocorrência de múltiplas formas de ruptura em um mesmo CP, deve ser anotada
a percentagem aproximada da área de cada forma de ruptura.

E.6 Registro dos resultados do ensaio

E.6.1 Cálculo da resistência superficial

A resistência superficial RS, expressa em megapascals (MPa), deve ser calculada pela equação
a seguir:
P
RS =
a
onde

P é a carga de ruptura, expressa em newtons (N);

a é a área da pastilha metálica, expressa em milímetros quadrados (mm2).

O valor da resistência superficial RS deve ser expresso com duas casas decimais.

E.6.2 Forma de ruptura do corpo de prova

A ruptura pode ocorrer aleatoriamente entre quaisquer das interfaces ou no interior de uma das
camadas que constituem o revestimento (Figura E.1). Assim sendo, a forma de ruptura relacionada
a seguir deve ser declarada junto com o valor da resistência de aderência do sistema:

A - ruptura no interior da AR;

B - ruptura da superfície da AR, onde partes da argamassa são arrancadas;

C - ruptura na interface cola/AR, quando apenas poucos grãos são arrancados;

D - ruptura na interface pastilha metálica/cola.

As rupturas C e D indicam falha na colagem da pastilha metálica. O resultado não foi determinado
e um novo CP deve ser ensaiado. A resistência obtida pela ruptura da cola não pode ser utilizada
como resistência mínima para o CP em ensaio.

Nos casos de ocorrência de múltiplas formas de ruptura em um mesmo CP, deve ser anotada
a percentagem aproximada da área de cada forma de ruptura.

E.6.3 Registro dos resultados do ensaio

O registro dos resultados do ensaio deve conter as seguintes informações:

 a) identificação dos locais da obra em que foram realizados os ensaios, bem como dos corpos de
prova com a respectiva numeração;

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 b) descrição resumida do equipamento de tração (tipo e modelo);

 c) data dos ensaios;

 d) valores individuais da resistência de aderência dos corpos de prova, bem como a forma de ruptura
ocorrida e sua porcentagem;

 e) identificação da AR: tipo de argamassa (industrializada, preparada em obra), processo de aplica-
ção, idade, fabricante e outros.

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Anexo F
(normativo)

Determinação da permeabilidade à água sob pressão após ciclos de calor


e congelamento

F.1 Objetivo
Este Anexo especifica um método para a determinação da permeabilidade à água sob pressão de
revestimento ATD, por meio de procedimentos de laboratório.

F.2 Mistura da argamassa ATD


A mistura deve ser realizada de acordo com a ABNT NBR 16541 e/ou de acordo com instruções
do fabricante.

F.3 Preparação dos corpos de prova

F.3.1 Quantidade

Para cada tipo de substrato devem ser preparados quatro corpos de prova.

F.3.2 Corpo de prova

O corpo de prova consiste no sistema composto pelo substrato especificado pelo cliente e o revesti-
mento ATD.

F.3.3 Substrato

Base sobre a qual deve ser aplicado o revestimento ATD (por exemplo, bloco cerâmico, bloco de
concreto, parede de concreto) e deve ser especificado pelo fabricante da argamassa. A caracterização
dos substratos deve constar no relatório de ensaio.

F.3.4 Dimensões

No caso de blocos de concreto e blocos cerâmicos, a argamassa ATD ou AR deve ser aplicada em
uma das faces de maior área superficial. Para demais substratos, recomenda-se que a área mínima
seja a maior área superficial do bloco cerâmico ou do bloco de concreto.

NOTA Recomenda-se empregar blocos com dimensões mínimas de (11 cm × 19 cm × 39 cm).

F.3.5 Aplicação da argamassa

A argamassa ATD ou AR deve ser aplicada na face de maior dimensão do substrato, na espessura
recomendada pelo fabricante. Na ausência dessa informação, adotar 1,5 cm a 2,0 cm.

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Para os revestimentos ATD multicamadas, os corpos de prova devem ser preparados considerando
como primeira camada:

 a) a AET, para o caso dos revestimentos multicamadas (ver Figura 2);

 b) uma argamassa que atenda a ABNT NBR  13749, como AR, para o caso dos revestimentos
multicamadas (ver Figura 3).

F.3.6 Cura das argamassas (AR, AET e ATD)

A cura da argamassa deve ser realizada em ambiente de laboratório, com temperatura do ar de


(23 ± 2) °C e umidade relativa de (60 ± 5) %.

O tempo de cura de cada uma das argamassas deve ser o definido pelo fabricante.

F.4 Exposição dos corpos de prova a ciclos de calor e congelamento


Os corpos de prova devem ser submetidos a quatro ciclos sucessivos de exposição à ação do calor
e congelamento (1ª série) e quatro ciclos sucessivos de umedecimento e congelamento (2ª série),
conforme descrito a seguir:

 a) 1ª série: quatro ciclos de aquecimento–congelamento

 1) aquecer a superfície dos corpos de prova por meio de radiação infravermelha (por exemplo,
lâmpada com infravermelho) e mantê-la à temperatura de (60 ± 2) °C por 8 h ± 15 min.
O controle da temperatura superficial pode ser realizado por termômetro;

 2) interromper a fonte de calor e manter os corpos de prova em ambiente de laboratório,


à temperatura de (23 ± 2) °C e umidade relativa de (60 ± 5) %, por 30 min ± 5 min;

 3) colocar os corpos de prova em um freezer, capaz de manter a temperatura constante em


(–15 ± 3) °C, por 15 h ± 15 min;

 4) retirar os corpos de prova do freeezer e mantê-los em ambiente de laboratório, à temperatura


de (23 ± 2) °C e umidade relativa de (60 ± 5) %, por 30 min ± 5 min;

 5) repetir os procedimentos de 1) a 4) até completar os quatro ciclos.

Após concluída a 1ª série, guardar os corpos de prova por no mínimo 48 h em ambiente de laboratório,
com temperatura do ar de (23 ± 2) °C e umidade relativa de (60 ± 5) %;

 b) 2ª série: quatro ciclos de umedecimento–congelamento

 1) imergir parcialmente o lado revestido dos corpos de prova em uma lâmina de água a uma
profundidade de aproximadamente 50 % da espessura do revestimento ATD, por 8 h ± 5 min;

 2) retirar os corpos de prova da lâmina de água e mantê-los em ambiente de laboratório, à tem-
peratura de (23 ± 2) °C e umidade relativa de (60 ± 5) %, por 30 min ± 5 min;

 3) colocar os corpos de prova em um freezer, a uma temperatura de (–15 ± 3) °C por 15 h ±
15 min;

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 4) retirar os corpos de prova do freezer e mantê-los em ambiente de laboratório, à temperatura


de (23 ± 2) °C e umidade relativa do ar de (60 ± 5) %, por 30 min ± 5 min;

 5) repetir os procedimentos de 1) a 4) até completar os quatro ciclos.

Analisar visualmente o revestimento ATD no decorrer dos ciclos e registrar, no relatório de ensaio,
eventuais ocorrências de fissuras ou outros danos.

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Anexo G
(normativo)

Resistência de aderência à tração

G.1 Objetivo
Este Anexo estabelece o método de ensaio para determinação da resistência de aderência à tração
do revestimento ATD.

G.2 Condições do ambiente da sala de ensaios


O ensaio deve ser realizado em ambiente de laboratório, com temperatura do ar de (23 ± 2) °C
e umidade relativa do ar de (60 ± 5) %.

G.3 Procedimento de ensaio


Separar dois corpos de prova do substrato a ser avaliado que foram submetidos à exposição aos
ciclos de calor e congelamento, conforme estabelecido no Anexo F.

Deixar os corpos de prova no ambiente de laboratório por no mínimo quatro dias.

Realizar no mínimo seis determinações da resistência de aderência à tração, de acordo com a


ABNT NBR 13528.

G.4 Critério de aceitação


A cada três determinações da resistência de aderência à tração, pelo menos duas devem apresentar
valores individuais maiores ou iguais a 0,25 MPa.

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Anexo H
(normativo)

Exposição ao intemperismo artificial acelerado (C-UV)

H.1 Objetivo
Este Anexo estabelece o método de ensaio para determinação do desempenho do revestimento
quando submetido a intemperismo artificial acelerado (C-UV).

H.2 Procedimento de ensaio


O ensaio deve ser realizado de acordo com a ABNT NBR 15380.

As dimensões dos corpos de prova, bem como procedimento de moldagem e de desmoldagem,


constam no Anexo D. O ensaio deve ser realizado após a cura da argamassa (28 dias). O fabricante
deve informar os casos em que a argamassa requer tempo de cura diferente de 28 dias.

Empregar lâmpadas UVB-313 2, com ciclos de 4 h de radiação ultravioleta (UV), a 60 °C, seguidas de
4 h de condensação a 50 °C.

O período de exposição deve ser de no mínimo 1 200  h. Período maior pode ser acordado entre
fabricante e cliente.

A determinação da cor e da diferença de cor por medida instrumental deve ser realizada de acordo
com a ABNT NBR 15077.

Inicialmente, devem ser determinadas a cor inicial e a alteração de cor a cada 400 h de exposição ao
intemperismo artificial acelerado (C-UV). Este intervalo pode ser alterado por acordo entre fabricante
e cliente.

Para a realização da exposição ao intemperismo artificial acelerado (C-UV) por 1 200 h, são necessários
quatro corpos de prova, sendo um para servir de referência e três para o ensaio.

2 As características das lâmpadas UVB-313 são as apresentadas na ABNT NBR 15380:2015, Tabelas 1 e 2.

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