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SOSSEGA E ESTUDA 2.

(ENEM – 2000) - As histórias em quadrinhos, por


vezes, utilizam animais como personagens e a eles
1)TO ESTUDANDO JÁ TEM UNS TRÊS DIAS atribuem comportamento humano. O gato Garfield é
TO ESCREVENDO O QUE JAMAIS ESCREVI exemplo desse fato.
VOU CALCULAR O QUE NÃO CALCULEI
PRA NO FINAL EU DIZER QUE PASSEI

2) EU SOSSEGUEI
JÁ NÃO VOU MAIS PARA BALADA
EU ME DIVIRTO É NAS AULAS DE SILVINHO
EU SOSSEGUEI
VOU ESTUDAR TODAS FIGURAS DE LINGUAGEM
E DETONAR NO FIM DO ANO
EU VOU CANTAR O 3º quadrinho sugere que Garfield:
PRA VOCÊEEEEEEEEE.... a) desconhece tudo sobre arte, por isso faz a sugestão.
b) acredita que todo pintor deve fazer algo diferente.
3) SE EU USO CONJUNÇÃO, COMPARAÇÃO c) defende que para ser pintor a pessoa tem de sofrer.
SE EU COMPARO DIRETO, METÁFORA
d) conhece a história de um pintor famoso e faz uso da ironia.
NA METONÍMA, VOU GENERALIZAR
SINESTESIA, SENTIDOS VOU MUDAR e) acredita que seu dono tenha tendência artística e, por isso,
E NA HIPÉRBOLE, É DOIS, TRÊS, QUATRO, faz a sugestão.
EXAGERO O QUANTO EU QUISER
COM TIO SILVINHO, EU TIRO ONDA ________________________________________________
EM QUAL PROVA EU FIZER...

4) NA IRONIA TIRO ONDA COM ALGUÉM


PROSOPOPEIA PERSONAGEM VOU CRIAR
NA GRADAÇÃO EU TENHO IDEIA EM PROGRESSÃO
NO EUFEMISMO, É A SUAVIZAÇÃO
ANÁFORA REPITO
DOIS, TRÊS, QUATRO,
QUANTOS VOCÁBULOS QUISER
COM TIO SILVINHO, EU TIRO ONDA
EM QUAL PROVA EU FIZER... 3. (ENEM – 2004) - Nesta tirinha, a personagem faz
referência a uma das mais conhecidas figuras de
________________________________________________ linguagem para:
a) condenar a prática de exercícios físicos.
Amor é fogo que arde sem se ver; b) valorizar aspectos da vida moderna.
é ferida que dói e não se sente; c) desestimular o uso das bicicletas.
é um contentamento descontente; d) caracterizar o diálogo entre gerações.
é dor que desatina sem doer; e) criticar a falta de perspectiva do pai.
É um não querer mais que bem querer; ________________________________________________
é solitário andar por entre a gente;
é nunca contentar-se de contente; Cidade grande
é cuidar que se ganha em se perder; Que beleza, Montes Claros.
É querer estar preso por vontade; Como cresceu Montes Claros.
é servir a quem vence, o vencedor; Quanta indústria em Montes Claros.
é ter com quem nos mata lealdade. Montes Claros cresceu tanto,
Mas como causar pode seu favor ficou urbe tão notória,
nos corações humanos amizade, prima-rica do Rio de Janeiro,
se tão contrário a si é o mesmo Amor? que já tem cinco favelas
(Luís de Camões)
por enquanto, e mais promete.
(Carlos Drummond de Andrade)
1. (ENEM – 1998) - O poema tem como característica a
figura de linguagem denominada antítese, relação de 4. (ENEM – 2004) - Entre os recursos expressivos
oposição de palavras ou ideias. Assinale a opção em que empregados no texto, destaca-se a:
essa oposição se faz claramente presente. a) metalinguagem, que consiste em fazer a linguagem referir-
a) “Amor é fogo que arde sem se ver.” se à própria linguagem.
b) “É um contentamento descontente.” b) intertextualidade, na qual o texto retoma e reelabora
c) “É servir a quem se vence, o vencedor.” outros textos.
d) “Mas como causar pode seu favor.” c) ironia, que consiste em se dizer o contrário do que se
e) “Se tão contrário a si é o mesmo Amor?” pensa, com intenção crítica.
________________________________________________
d) denotação, caracterizada pelo uso das palavras em seu Na lata do poeta tudo nada cabe,
sentido próprio e objetivo. Pois ao poeta cabe fazer
e) prosopopeia, que consiste em personificar coisas Com que na lata venha caber
inanimadas, atribuindo-lhes vida. O incabível
Deixe a meta do poeta não discuta,
________________________________________________ Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
O açúcar Deixe-a simplesmente metáfora.
Disponível em: http://www.letras.terra.com.br. Acesso em: 5 fev. 2009.
O branco açúcar que adoçará meu café
nesta manhã de Ipanema
não foi produzido por mim 6. (ENEM – 2009) - A metáfora é a figura de linguagem
nem surgiu dentro do açucareiro por milagre. identificada pela comparação subjetiva, pela
Vejo-o puro semelhança ou analogia entre elementos. O texto de
e afável ao paladar Gilberto Gil brinca com a linguagem remetendo-nos a
como beijo de moça, água essa conhecida figura. O trecho em que se identifica a
na pele, flor metáfora é:
que se dissolve na boca. Mas este açúcar a) “Uma lata existe para conter algo”.
não foi feito por mim. b) “Mas quando o poeta diz: ‘Lata’”.
Este açúcar veio c) “Uma meta existe para ser um alvo”.
da mercearia da esquina e tampouco o fez o Oliveira, d) “Por isso não se meta a exigir do poeta”.
[dono da mercearia. e) “Que determine o conteúdo em sua lata”.
Este açúcar veio ________________________________________________
de uma usina de açúcar em Pernambuco
ou no Estado do Rio
e tampouco o fez o dono da usina.
Este açúcar era cana
e veio dos canaviais extensos
que não nascem por acaso
no regaço do vale.
(...)
Em usinas escuras,
homens de vida amarga
e dura
produziram este açúcar
branco e puro
com que adoço meu café esta manhã em Ipanema.
(Ferreira Gullar. Toda Poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980, p. 227-8.)
7. (ENEM 2012) - O efeito de sentido da charge é
provocado pela combinação de informações visuais e
5. (ENEM – 2007) - A antítese que configura uma imagem
recursos linguísticos. No contexto da ilustração, a frase
da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é
proferida recorre à
expressa poeticamente na oposição entre a doçura do
A) Polissemia, ou seja, aos múltiplos sentidos da expressão
branco açúcar e:
“rede social” para transmitir a ideia que pretende veicular.
a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.
B) Ironia para conferir um novo significado ao termo “outra
b) o beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve coisa”.
na boca. C) Homonímia para opor, a partir do advérbio de lugar, o
c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se espaço da população pobre e o espaço da população rica.
produz o açúcar. D) Personificação para opor o mundo real pobre ao mundo
d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço virtual rico.
do vale. E) Antonímia para comparar a rede mundial de
e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras. computadores com a rede caseira de descanso da família.

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Metáfora O NEGÓCIO
Gilberto Gil Grande sorriso do canino de ouro, o velho Abílio propõe às
Uma lata existe para conter algo, donas que se abasteçam
Mas quando o poeta diz: “Lata” de pão e banana:
Pode estar querendo dizer o incontível – Como é o negócio?
Uma meta existe para ser um alvo, De cada três dá certo com uma. Ela sorri, não responde ou
Mas quando o poeta diz: “Meta” é uma promessa a recusa:
Pode estar querendo dizer o inatingível – Deus me livre, não! Hoje não…
Por isso não se meta a exigir do poeta Abílio interpelou a velha:
Que determine o conteúdo em sua lata – Como é o negócio?
Ela concordou e, o que foi melhor, a filha também aceitou o (FERREIRA, M.B. Caminhos do português: exposição comemorativa do ano europeu
das línguas. Portugal: Biblioteca Nacional, 2001)
trato. Com a dona
Julietinha foi assim. Ele se chegou: 9. (ENEM 2016) - O texto descreve a mudança ocorrida
– Como é o negócio? na nomeação do inseto, por questões de tabu
Ela sorriu, olhinho baixo. Abílio espreitou o cometa partir. linguístico. Esse tabu diz respeito à
Manhã cedinho saltou a (A) recuperação histórica do significado.
cerca. Sinal combinado, duas batidas na porta da cozinha. (B) ampliação do sentido de uma palavra.
A dona saiu para o quintal, (C) produção imprópria de poetas portugueses.
cuidadosa de não acordar os filhos. Ele trazia a capa da (D) denominação científica com base em termos gregos.
viagem, estendida na grama (E) restrição ao uso de um vocábulo pouco aceito
orvalhada. socialmente.
O vizinho espionou os dois, aprendeu o sinal. Decidiu imitar
a proeza. No crepúsculo, ________________________________________________
pum-pum, duas pancadas fortes na porta. O marido em
viagem, mas não era de dia Em casa, Hideo ainda podia seguir fiel ao imperador
do Abílio. Desconfiada, a moça chegou à janela e o vizinho japonês e às tradições que trouxera no navio que aportara
repetiu: em Santos. […] Por isso Hideo exigia que, aos domingos,
– Como é o negócio? todos estivessem juntos durante o almoço. Ele se sentava à
Diante da recusa, ele ameaçou: cabeceira da mesa; à direita, ficava Hanashiro, que era o
– Então você quer o velho e não quer o moço? Olhe que eu primeiro filho, e Hitoshi, o segundo, e à esquerda, Haruo,
conto! depois Hiroshi, que era o mais novo. […] A esposa, que
(TREVISAN, D. Mistédas figurasd erios de Curitiba. Rio de Janeiro: Record, 1979
(fragmento)). também era mãe, e as filhas que também eram irmãs,
aguardavam de pé ao redor da mesa […]. Haruo reclamava,
8. (ENEM-2014) - Quanto à abordagem do tema e aos não se cansava de reclamar: que se sentassem também as
recursos expressivos, essa crônica tem um caráter mulheres à mesa, que era um absurdo aquele costume.
a) filosófico, pois reflete sobre as mazelas sofridas pelos Quando se casasse, se sentariam à mesa a esposa e o
vizinhos. marido, um em frente ao outro, porque não era o homem
b) lírico, pois relata com nostalgia o relacionamento da melhor do que a mulher para ser o primeiro […]. Elas
vizinhança. seguiam de pé, a mãe um pouco cansada dos protestos do
c) irônico, pois apresenta com malícia a convivência entre filho, pois o momento do almoço era sagrado, não era hora
vizinhos. de levantar bandeiras inúteis […].
d) crítico, pois deprecia o que acontece nas relações de (NAKASATO, O. Nihonjin. São Paulo: Benvirá, 2011)

vizinhança.
e) didático, pois expõe uma conduta ser evitada na relação 10. (ENEM 2016) - Referindo-se a práticas culturais de
entre vizinhos. origem nipônica, o narrador registra as reações que elas
________________________________________________ provocam na família e mostra um contexto em que
(A) a obediência ao imperador leva ao prestígio pessoal.
O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma (B) as novas gerações abandonam seus antigos hábitos.
interessante certidão de nascimento. De repente, no fim do (C) a refeição é o que determina a agregação familiar.
século XVII, os poetas de Lisboa repararam que não (D) os conflitos de gênero tendem a ser neutralizados.
podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um (E) o lugar à mesa metaforiza as relações de poder.
manancial de metáforas, pois possuía um nome
“indecoroso” que não podia ser “usado em papéis sérios”: ________________________________________________
caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau
inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr,
significando “fogo”, e lampas, “candeia”.

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