Você está na página 1de 22

Livro Eletrônico

Aula 00

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital

Professor: Rodrigo Bandeira

00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00

Sumário
Considerações iniciais ........................................................................................................ 1
APRESENTAÇÃO PESSOAL .......................................................................................................... 2
APRESENTAÇÃO DO CURSO ....................................................................................................... 4
APRESENTAÇÃO DA DIDÁTICA DE ENSINO ...................................................................................... 4
Apresentação da Aula 00 ................................................................................................... 6

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Olá, seja bem-vindo (a) à aula 00 do Curso do Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SEDF
(Professor todas áreas).

Não deixe de acompanhar as novidades no canal do aluno, por meio das minhas respostas no
fórum de dúvidas e dos meus possíveis recados gerais com importantes dicas complementares, até
a data da prova. Assista também todas as videoaulas complementares do curso, que elaboro
sempre que julgo necessário à compreensão de pontos específicos das aulas escritas.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 1


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

APRESENTAÇÃO PESSOAL
Sou Rodrigo Bandeira.

Atualmente, ocupo o cargo de analista administrativo da ANEEL e sou Professor/Advogado


voluntário do Núcleo de Práticas Jurídicas da Universidade de Brasília - UnB. Fui Especialista em
financiamento e execução de programas e projetos educacionais do Fundo Nacional de
Desenvolvimento da Educação (FNDE) - tendo sido o primeiro colocado do concurso público nacional
(CESPE/UnB), em 2013 - e Oficial do Exército Brasileiro, tendo saído da instituição no posto de
Capitão (1999-2013). Possuo Bacharelado (2003) em Ciências Militares (ênfase: Comunicações) pela
Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), Bacharelado em Direito pela UnB (2015), Mestrado
em Direito, Estado e Constituição (UnB, 2017) e sou inscrito na OAB-DF. Possuo experiência
profissional e algumas especializações, cursos e estágios nas áreas: jurídica, educacional, gestão
pública, auditoria pública, (tele) comunicações, energia, defesa nacional e agropecuária.

A quem interessar visualizar maiores detalhes curriculares, basta acessar o link:

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8104672H6

Como alguém que teve toda sua formação escolar e acadêmica em instituições públicas de
ensino do nosso país e que vêm alcançando todas suas conquistas profissionais por meio do estudo,
do sacrifício pessoal e da dedicação profissional, compartilho o entendimento e defendo que as
carreiras educacionais devem ser elencadas ao topo da valorização profissional, como condição
necessária ao desenvolvimento econômico e social do nosso país, bem como pela necessidade de
atração e permanência de excelentes profissionais na área educacional.

Durante boa parte do período que atuei profissionalmente como Oficial do Exército Brasileiro
tive a oportunidade de trabalhar diretamente com a diuturna formação dos jovens que prestam o
serviço militar obrigatório. Esta grande experiência educacional transborda as fronteiras das aulas
de conteúdo cognitivo e adentra na seara dos conflitos humanos, verdadeiro laboratório social, no
qual diariamente surgem inúmeras situações que refletem o atual patamar socioeconômico da nossa
sociedade.

Desta forma, pude perceber, ainda mais, a Educação como instrumento fundamental da
autonomia humana.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 2


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas à Educação, à legislação educacional


e aos concursos públicos:

- Siga meu perfil no Instagram:

http://bit.ly/Instagram-RodrigoBandeira

- Curta minha página no Facebook:

http://bit.ly/Facebook-RodrigoBandeira

- Inscreva-se no meu canal no Youtube:

http://bit.ly/Youtube-RodrigoBandeira

Observação importante: Além das aulas em PDF, estarei disponível para retirar
dúvidas dos alunos matriculados, por meio do fórum virtual, e, sempre que
entender necessário, disponibilizarei materiais extras aos matriculados, visando
contribuir neste processo de preparação para a prova.

Observação importante II: este curso é protegido por direitos autorais


(copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a
legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e
pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que
elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos
honestamente através do site Estratégia Concursos.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 3


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Padronização de siglas:

- União, Estados, Distrito Federal e Municípios, respectivamente: U, E, DF e M


- Emenda constitucional: EC
- Constituição Federal de 1988: CF/88
- Lei n° 9.394/1996 Lei de Diretrizes e Bases da Educação: LDB
- Lei n° 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente: ECA
- Código Penal: CP

*Não se preocupe em decorar datas, números de leis e de dispositivos, fixe o conteúdo.

APRESENTAÇÃO DO CURSO

O objetivo principal deste curso é lhe deixar preparado (a) para resolver as possíveis questões
da prova que exijam o conhecimento sobre o conteúdo normativo dos trechos do Estatuto da
Criança e do Adolescente que foram exigidos no atual Processo Seletivo 2018 da SEDF (Professor
todas áreas).

Trata-se de um curso breve, voltado unicamente à entrega dos mencionados trechos do ECA.

APRESENTAÇÃO DA DIDÁTICA DE ENSINO

Faço uso de recursos visuais nas aulas (realinhamento esquemático do texto, quadros
esquemáticos, cores nas letras, além dos tradicionais itálico, negrito e sublinhado) ao esquematizar
o texto das normas em estudo, visando facilitar a compreensão e aumentar a absorção do conteúdo
mais relevante.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 4


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Cumpre alertar que, nas questões de provas sobre a legislação educacional, as bancas de
concursos públicos costumam exigir, predominantemente, o conhecimento literal de trechos das
normas educacionais exigidas pelo edital do certame.
Busque fixar, especialmente, os trechos da norma que destaco com recursos visuais.

A memória visual será muito importante para você relembrar no dia da prova os trechos das
normas educacionais, que, muito provavelmente, serão exigidos de forma quase literal pela banca.
Neste sentido, meus cursos são predominantemente escritos e as eventuais videoaulas
possuem caráter complementar aos trechos das normas educacionais estudadas que realmente
exigem uma complementação didática, por serem mais corriqueiros em questões, ou por minha
intuição docente indicar que a mera leitura de certo trecho normativo não seja capaz de fazer
compreender o que pode ser cobrado pela banca de forma literal.
Os concursos educacionais costumam exigir corriqueiramente algumas normas educacionais

bem como a gravação em estúdio e edição das possíveis videoaulas complementares


correspondentes.
Desta forma, desde já, solicito a sua compreensão em eventuais atrasos de cronograma, seja
relativo à publicação da aula escrita ou à postagem das videoaulas que eu for vincular nestas aulas.
Por fim, convém ressaltar que permaneço sempre à disposição para a retirada de dúvidas pelo fórum
destinado aos alunos do curso, no qual você também pode acessar as minhas respostas às perguntas
dos demais alunos.

CONTEÚDO DO CURSO

Aula 00 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 1

Aula 01 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 2

Aula 02 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 3

Aula 03 Estatuto da Criança e do Adolescente Lei nº 8.069/1990 - Parte 4

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 5


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

APRESENTAÇÃO DA AULA 00

Esta aula refere-se à 1ª parte do conteúdo do Estatuto da Criança e do


Adolescente – ECA (Lei n° 8.069/1990), que foi exigido no atual Processo Seletivo
2018 da SEDF (Professor todas áreas), cujo estudo será dividido em 4 partes.

Na 4ª parte do estudo, serão apresentadas questões sobre o ECA.

Mantenha a determinação na luta por seus sonhos. Tenha a certeza de


que o êxito chega aos que não desistem.

Forte abraço e bons estudos!

“A persistência realiza o impossível.”


Provérbio Chinês

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 6


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

O edital deste processo seletivo da SEDF 2018 não exigiu o Título I do ECA.
Todavia, o estudo deste Estatuto requer o conhecimento da distinção entre Criança e
Adolescente, bem como a decorrência, em termos de penais, de possíveis atos
infracionais. Por isto, entrego o art. 1 e 2º como início deste curso, com explicações
decorrentes.
Por certo, a banca (Instituto Quadrix) somente poderá exigir na prova os trechos
do ECA indicados pelo conteúdo programático, que serão trabalhados neste curso.

Título I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Art. 2º Considera-se
criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade
incompletos,

e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Embora a redação do art. 2° do ECA não seja clara, no dia do aniversário de 18 anos já se
considera maior de idade (adulto) para fins de aplicação do Código Penal Brasileiro, ou seja, no dia do
aniversário de 18 anos a pessoa já é considerada imputável para fins penais.

Em quadro a seguir, transcreverei os textos da CF/88 e do Código Penal, ambos mais claros
neste sentido.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 7


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Prática de atos infracionais, Medidas de Proteção, Garantias Processuais, Medidas Sócio-Educativas,...


Dentre outros temas desta natureza previstos pelo ECA, costumam ser muito cobrados em provas para cargos
relacionados ao poder judiciário, defensoria pública, Ministério Público, dentre outros que lidam com temáticas mais
voltadas à relação do ECA com o Direito Penal, no cotidiano com Crianças e Adolescentes.
Todavia, por ser uma questão muito polêmica e constante logo no art. 2° do ECA, convém trazer o
complemento abaixo, para melhor entendimento da maioridade, para fins penais, lembrando que para fins civis:
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida
civil C C

CF/88:
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial.

CÓDIGO PENAL:
Menores de dezoito anos
Art. 27 - Os menores de 18 (dezoito) anos são penalmente inimputáveis, ficando sujeitos às normas estabelecidas
na legislação especial.

ECA:
Da Prática de Ato Infracional
Art. 103. Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.

Art. 104. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas nesta Lei.

Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.

Art. 105. Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.

---------------------------------------------------
Penalmente inimputáveis significa que as crianças e os adolescentes não podem ser imputados
(responsabilizados) pela prática de crime ou contravenção penal, ou seja, mesmo que pratiquem conduta prevista
legalmente como crime ou contravenção penal, não lhes cabe a aplicação de penas previstas pela legislação penal,
mas tão somente as medidas previstas pelo próprio ECA.
Conforme o art. 103 do ECA, inclusive, as crianças e adolescentes não cometem crimes ou contravenção
penal, mas sim ATO INFRACIONAL, mesmo que a conduta se enquadre como crime ou contravenção penal na
legislação penal.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 8


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

ALERTA DIDÁTICO! No estudo para a prova, desconsidere suas opiniões


pessoais sobre o conteúdo normativo do ECA, tal como, sobre a polêmica questão da
maioridade penal. Atualmente, fixada em 18 anos.

Foque no que a prova exigirá: o conteúdo normativo do ECA, que, juridicamente,


encontra-se em pleno vigor.

Dia do Dia do
Dia do
Aniversário Aniversário
nascimento
de 12 anos de 18 anos

CRIANÇA ADOLESCENTE ADULTO

Maioridade penal ou maioridade


criminal
Penalmente inimputável Penalmente inimputável
Penalmente imputável
Não responde penalmente Não responde penalmente
Responde penalmente
Comete “ato infracional” Comete “ato infracional”
Comete crime ou contravenção
penal
Denomina-se “infrator” Denomina-se “infrator”
Denomina-se “criminoso” ou
“contraventor”

Aplica-se o ECA

*conforme se verá a seguir, ainda no art. 2°, PU (parágrafo


único) do ECA:
“Nos casos expressos em lei, aplica-se
excepcionalmente este Estatuto às pessoas
Aplica-se o Código Penal, as
entre dezoito e vinte e um anos de idade”.
leis penais especiais e a Lei
Este art. 2°, PU do ECA, retrata, por exemplo, a das Contravenções Penais
situação de um adolescente, que estando cumprindo
medidas sócio-educativas previstas pelo ECA — a
exemplo de ter cometido um assassinato, enquanto
adolescente —, venha a completar 18 anos. Logo, a
este “agora maior de idade” poderá se continuar
aplicando as medidas sócio-educativas previstas pelo
ECA, até completar 21 anos de idade.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 9


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Art. 2° (...)

Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este


Estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade.

Título II
Dos Direitos Fundamentais

Capítulo I
Do Direito à Vida e à Saúde

Art. 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde,


mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e
o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.

Art. 8° É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas


de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e, às gestantes, nutrição
adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-
natal, perinatal e pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 1° O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.


(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 2° Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação,


no último trimestre da gestação, ao estabelecimento em que será realizado o
parto, garantido o direito de opção da mulher.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 10


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

§ 3° Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos


seus filhos recém-nascidos alta hospitalar responsável e contrarreferência na
atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à
amamentação.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Referência e contrarreferência compõem um sistema de organização e racionalização dos


serviços de saúde, utilizado pelo SUS. Neste sistema, a atenção primária ou atenção básica é tida como a

Feito o atendimento inicial, dependendo da necessidade do usuário, o mesmo pode ser


referenciado (encaminhado) para uma unidade especializada na sua situação médica (unidade de
referência), no caso indicado, o serviço do parto.

Sendo que, após o atendimento (neste caso, o parto), o mesmo usuário deve ser
contrarreferenciado à unidade de atenção básica, ou seja, a unidade especializada volta a encaminhar o
paciente à unidade de atenção básica, visando à continuidade da assistência médica.

§ 4° Incumbe ao poder público proporcionar assistência psicológica à gestante e à


mãe, no período pré e pós-natal, inclusive como forma de prevenir ou minorar as
consequências do estado puerperal.

Estado puerperal
O estado puerperal é o período pós-parto, que ocorre entre a expulsão da placenta e a volta do organismo
da mãe para o estado anterior ao da gravidez. Não se trata de um período preciso. A doutrina indica que pode durar
por algumas horas, entre 3 a 7 dias ou por um mês após o parto.
Algumas mães em estado puerperal ficam depressivas, não aceitam a criança, negam-se a amamentar, bem
como ficam sem se alimentar.
Esta situação não é tão rara, a ponto do Código Penal brasileiro prever, inclusive, o crime de infanticídio às
mães em estado puerperal:

Código Penal: Infanticídio


Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 11


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

§ 5° A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser prestada também a gestantes


e mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para adoção, bem
como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 6° A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua


preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de parto e do pós-
parto imediato. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 7° A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação


complementar saudável e crescimento e desenvolvimento infantil, bem como sobre
formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento
integral da criança. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 8° A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a


parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação de cesariana e outras
intervenções cirúrgicas por motivos médicos. (Incluído pela Lei nº 13.257,
de 2016)

PERCEBA!
O parto natural é um direito da gestante, logo seu desejo pelo parto natural deve ser priorizado
pela equipe médica, devendo, nesta situação, a cesariana e outras intervenções cirúrgicas
ocorrerem no parto apenas por motivos médicos, evidentemente, que as tornem necessárias.

§ 9° A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou
que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da puérpera que não
comparecer às consultas pós-parto. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

PERCEBA!
A busca ativa
paciente gestante (endereço, telefone,...) os profissionais da atenção primária devem tomar medidas para
localizar a gestante e a mãe em estado puerperal, nas situações indicadas, e estimularem a continuidade
dos cuidados médicos.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 12


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na


primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de privação de
liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do
Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho, em articulação com o
sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Guarde bem o conteúdo deste parágrafo! Refere-se às gestantes e às mulheres com filhos até 6 anos de idade que
estão presas (sob custódia em unidade de privação de liberdade), garantindo a elas e aos seus filhos o direito às
adequadas condições sanitárias e assistenciais do SUS, inclusive com serviços educacionais aos seus filhos, visando ao
==0==

desenvolvimento integral da criança.

Costuma-se denominar como primeira infância os primeiros anos de vida, nos quais diversos estudos
científicos indicam que o cérebro humano desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios, logo consiste num
período fundamental para o processo de desenvolvimento da capacidade cognitiva, psicomotora e afetiva/emocional
dos seres humanos.

Não existe um consenso científico sobre qual seria esta faixa etária exata.

A lei n° 13.257/2016, que deu a atual redação deste §10 do art. 8°, assim determinou:

Art. 2° Para os efeitos desta Lei, considera-se primeira infância o período que abrange os primeiros 6
(seis) anos completos ou 72 (setenta e dois) meses de vida da criança.

Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão condições


adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães submetidas a
medida privativa de liberdade.

§ 1° Os profissionais das unidades primárias de saúde desenvolverão ações


sistemáticas, individuais ou coletivas, visando ao planejamento, à implementação
e à avaliação de ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno e à
alimentação complementar saudável, de forma contínua. (Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 13


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

§ 2° Os serviços de unidades de terapia intensiva neonatal deverão dispor de banco


de leite humano ou unidade de coleta de leite humano. (Incluído pela Lei
nº 13.257, de 2016)

Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes,


públicos e particulares, são obrigados a:

I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários


individuais, pelo prazo de dezoito anos;

II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão


plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras
formas normatizadas pela autoridade administrativa competente;

III - proceder a exames visando ao diagnóstico e terapêutica de anormalidades


no metabolismo do recém-nascido, bem como prestar orientação aos pais;

IV - fornecer declaração de nascimento onde constem necessariamente as


intercorrências do parto e do desenvolvimento do neonato;

V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a permanência


junto à mãe.

VI - acompanhar a prática do processo de amamentação, prestando


orientações quanto à técnica adequada, enquanto a mãe permanecer na
unidade hospitalar, utilizando o corpo técnico já existente. (Incluído
pela Lei nº 13.436, de 2017)

Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da


criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado
o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e
recuperação da saúde.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 1° A criança e o adolescente com deficiência serão atendidos, sem discriminação


ou segregação, em suas necessidades gerais de saúde e específicas de habilitação e
reabilitação. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 14


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

§ 2° Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente, àqueles que necessitarem,


medicamentos, órteses, próteses e outras tecnologias assistivas relativas ao
tratamento, habilitação ou reabilitação para crianças e adolescentes, de acordo com
as linhas de cuidado voltadas às suas necessidades específicas. (Redação dada
pela Lei nº 13.257, de 2016)

Tecnologia Assistiva - é um termo usado para identificar os Recursos e Serviços tecnológicos que
contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais às pessoas com deficiência, visando
aumentar a autonomia e a inclusão social.

§ 3° Os profissionais que atuam no cuidado diário ou frequente de crianças na


primeira infância receberão formação específica e permanente para a detecção de
sinais de risco para o desenvolvimento psíquico, bem como para o
acompanhamento que se fizer necessário.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Art. 12. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades


neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar
condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou
responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.
(Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

Art. 13. Os casos de suspeita ou confirmação de castigo físico, de tratamento


cruel ou degradante e de maus-tratos contra criança ou adolescente serão
obrigatoriamente comunicados ao Conselho Tutelar da respectiva localidade,
sem prejuízo de outras providências legais.

§ 1° As gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus filhos para


adoção serão obrigatoriamente encaminhadas, sem constrangimento, à Justiça
da Infância e da Juventude.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 2° Os serviços de saúde em suas diferentes portas de entrada, os serviços de


assistência social em seu componente especializado, o Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (Creas) e os demais órgãos do Sistema de Garantia
de Direitos da Criança e do Adolescente deverão conferir máxima prioridade ao
atendimento das crianças na faixa etária da primeira infância com suspeita ou
confirmação de violência de qualquer natureza, formulando projeto terapêutico
singular que inclua intervenção em rede e, se necessário, acompanhamento
domiciliar.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 15


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Art. 14. O Sistema Único de Saúde promoverá programas de assistência médica e


odontológica para a prevenção das enfermidades que ordinariamente afetam a
população infantil, e campanhas de educação sanitária para pais, educadores e
alunos.

§ 1° É obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas


autoridades sanitárias. (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 2° O Sistema Único de Saúde promoverá a atenção à saúde bucal das crianças e


das gestantes, de forma transversal, integral e intersetorial com as demais linhas de
cuidado direcionadas à mulher e à criança.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 3° A atenção odontológica à criança terá função educativa protetiva e será


prestada, inicialmente, antes de o bebê nascer, por meio de aconselhamento pré-
natal, e, posteriormente, no sexto e no décimo segundo anos de vida, com orientações
sobre saúde bucal.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 4° A criança com necessidade de cuidados odontológicos especiais será atendida


pelo Sistema Único de Saúde.
(Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

§ 5º É obrigatória a aplicação a todas as crianças, nos seus primeiros dezoito


meses de vida, de protocolo ou outro instrumento construído com a finalidade de
facilitar a detecção, em consulta pediátrica de acompanhamento da criança, de
risco para o seu desenvolvimento psíquico.
(Incluído pela Lei nº 13.438, de 2017)

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 16


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Capítulo II

Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade

Art. 15. A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à


dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento
e como sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na
Constituição e nas leis.

Podem vir questões na prova que visem confundir os candidatos com os conteúdos
do direito à liberdade (art. 16), do direito ao respeito (art. 17) e do direito à
dignidade (art. 18) da criança e do adolescente, assim, guarde as distinções entre
eles.

Art. 16. O direito à liberdade compreende os seguintes aspectos:

I - ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários,


ressalvadas as restrições legais;

II - opinião e expressão;

III - crença e culto religioso;

IV - brincar, praticar esportes e divertir-se;

V - participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;

VI - participar da vida política, na forma da lei;

VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.

Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física,


psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da
imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos
espaços e objetos pessoais.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 17


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os
a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório
ou constrangedor.

Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem
o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos
integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos
executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada
de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los.

Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se:

I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o


uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em:

a) sofrimento físico; ou

b) lesão;

II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de


tratamento em relação à criança ou ao adolescente que:

a) humilhe; ou

b) ameace gravemente; ou

c) ridicularize.

Guarde a distinção entre castigo físico e tratamento cruel ou degradante.


*O art. 25, parágrafo único, delimita o conceito da família ampliada ou extensa.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 18


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes


públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de
cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que
utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de
correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos,
sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão
aplicadas de acordo com a gravidade do caso:

I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família;

II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;

0
III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;

IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado;

V - advertência.

Parágrafo único. As medidas previstas neste artigo serão aplicadas pelo Conselho
Tutelar, sem prejuízo de outras providências legais.

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 19


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO
Rodrigo Bandeira
Aula 00
0

Aguardo-lhe na 2ª parte do estudo do ECA.

Bons estudos!

“Se você quer ser bem sucedido, precisa ter dedicação total,
buscar seu último limite e dar o melhor de si”.
Ayrton Senna

Perfil no Instagram:
prof.rodrigobandeira

Página no Facebook:

http://bit.ly/Facebook-RodrigoBandeira

Canal no Youtube:

http://bit.ly/Youtube-RodrigoBandeira

Estatuto da Criança e do Adolescente p/ SE-DF (Professor - Todas as Áreas) Pós-Edital 20


www.estrategiaconcursos.com.br 20
00000000000 - DEMO

Você também pode gostar