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Sintomas
Muitas arritmias são completamente assintomáticas, e a grande parte da
população apresenta alguns episódios arrítmicos durante o dia e nem se
dá conta disso. A verdade é que existem alguns tipos de arritmias que
estão mais associados à ocorrência de sintomas do que outros. E vai
depender também de vários outros fatores: freqüência dos episódios,
freqüência cardíaca atingida durante a arritmia, presença de doença
cardíaca prévia, entre outros.
O sintoma mais comum é a palpitação (ou "batedeira"), que pode ocorrer
tanto nas bradicardias quanto nas taquicardias. Algumas pessoas são
bastante sensíveis e apresentam grande desconforto na presença desse
sintoma. Outro sintoma comum é a síncope (ou desmaio) caracterizada
pela recuperação imediata e espontânea. O indivíduo pode sentir
também falta de ar, mal-estar, e outros sintomas que vão depender da
presença ou não de outras doenças.
Algumas vezes, quando a arritmia é mais grave, o paciente pode
apresentar confusão mental, fraqueza, hipotensão (pressão baixa), dor
no peito (angina), caracterizando uma emergência médica e levando à
aplicação de tratamento imediato para evitar a morte do paciente.
Diagnóstico: suspeita de alguma arritmia, após a conversa com o
paciente e o exame físico, o qual pode mostra um pulso irregular, os
exames complementares a serem solicitados são os seguintes:
Eletrocardiograma: primeiro a ser realizado, por ser prático, simples e
barato. Porém, esse exame só vai permitir o diagnóstico se for realizado
no momento da ocorrência da arritmia, embora existam alguns dados
encontrados no exame normal que podem sugerir alguns tipos
específicos de arritmia.
Holter-24 horas: esse exame é a realização de um eletrocardiograma
durante 24 horas. Permite identificar muitas arritmias não visualizadas
no eletrocardiograma normal, bem como relacionar a arritmia aos
sintomas que o paciente apresenta.
Ecocardiograma: não tem a finalidade de diagnosticar a arritmia, mas
serve para detectar doenças cardíacas associadas, o que é de extrema
importância para a avaliação do risco do paciente. É como se fosse uma
ultra-sonografia do coração.
Estudo eletrofisiológico: exame muito parecido com o cateterismo,
realizado com a inserção de um cateter até chegar ao coração. O
médico pode descobrir onde está sendo gerado o estímulo anormal, se
existem "fios condutores" anormais, se ele consegue induzir uma
arritmia e se ela responde aos medicamentos.
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Tratamento: O tratamento vai depender do tipo específico de arritmia.
Em alguns casos, o uso de medicação antiarrítmica é suficiente,
podendo prevenir a ocorrência de novos episódios arrítmicos. Em
outros, porém, há a necessidade de outras terapias.
Existe uma arritmia bastante comum na população, a fibrilação atrial. Ela
acomete principalmente indivíduos com doenças cardíacas prévias,
sendo um fator importante de piora dessas doenças. A importância
dessa arritmia é o seu potencial para predispor à ocorrência de eventos
tromboembólicos, como o acidente vascular encefálico ("derrame
cerebral"). Por isso, esses pacientes fazem uso, além do antiarrítmico,
de anticoagulantes para "ralear" o sangue e diminuir o risco de formar
trombos ("coágulos") dentro do coração.
As bradiarritmias, quando sintomáticas e perigosas, são tratadas com o
implante de um marcapasso. Esse aparelho tem a função de substituir o
nó sinusal, gerando impulsos elétricos que são aplicados diretamente no
coração e estimulando o batimento cardíaco.
A parada cardíaca é decorrente de mais de um tipo de arritmia, sendo
que a mais comum é a fibrilação ventricular. Essa arritmia é gerada nos
ventrículos e faz com que o coração perca a capacidade de bombear
sangue. O indivíduo perde a consciência, deixa de respirar e morre caso
ela não seja revertida em poucos minutos. Como não há fluxo de sangue
nos vasos, o cérebro não é oxigenado, assim caso a reversão demore a
acontecer, após a ressuscitação o paciente pode apresentar seqüelas
irreversíveis. A única forma de tratar adequadamente essa arritmia é a
aplicação de choques no "peito" dos pacientes. Geralmente, esses
pacientes apresentam algum tipo de doença cardíaca importante.
Quando esses pacientes apresentam um episódio de parada cardíaca e
são ressuscitados, dependendo do quadro global da doença cardíaca,
indica-se o implante do cardiodesfibrilador. Esse aparelho é um tipo de
marcapasso capaz de identificar a arritmia, quando ela acontece, e de
aplicar choques diretamente no coração, para tratar a arritmia quando
necessário.
Arritmias ocorrem em cerca de 25% dos pacientes tratados com
digitálicos, 50% pacientes anestesiados e mais de 80% dos pacientes
com infarto agudo do miocárdio.
As arritmias podem exigir tratamento, visto que os ritmos
demasiadamente rápidos, curtos ou assincrônicos podem ↓ DC. No
entanto, os antiarrítmicos podem causar arritmias letais e tratar arritmias
letais, sendo que arritmias assintomáticas ou minimamente sintomáticas
devem ser evitados.
MECANISMOS DAS ARRITMIAS: fatores que podem precipitar ou
exacerba-las: isquemia, hipóxia, acidose, alcalose, anormalidades
eletrolíticas, exposição excessiva a catecolaminas, influências
autonômicas, toxicidade farmacológica (antiarrítmicos, digitálicos),
estiramento excessivo das fibras cardíacas e presença de tecido
cicatricial ou mórbido. Todos esses fatores irão causar: distúrbios na
formação dos impulsos, distúrbios na condução ou ambos.
Distúrbios na condução dos impulsos:
A depressão acentuada da condução pode resultar de bloqueio
simples (bloqueio do nodo A-V) ou parcial (parassimpático).
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A reentrada o impulso retorna a certas áreas do coração e as excita
mais uma vez, podendo causar fibrilações, batimentos extras ou
taquicardia prolongada.
A reentrada depende da redução da condução, geralmente em
conseqüência de isquemia ou lesão.
Os principais mecanismos farmacológicos disponíveis para tratar
arritmias são: bloqueio dos canais de sódio, bloqueio dos efeitos
simpáticos, prolongamento do período refratário e bloqueio dos canais
de cálcio.
Classificação
Classe I: bloqueio dos canais de sódio (ação anestésica local):
lidocaína, quinidina, procainamida, mexiletina, fenitoína, tocainida.
Classe II: β-bloqueadores com o propranolol, esmolol, sotalol, etc.
Classe III: prolonga o período refratário geralmente ao bloquear os
canais de potássio como o bretílio, ibutilida, dofetilida, amiodarona.
Classe IV: bloqueadores dos canais de cálcio como verapamil,
diltiazem, etc.
As drogas antiarrítmicas apresentam índice terapêutico baixo e
potencialmente tóxicas.
ICC
não
Insuficiência Cardíaca é o termo médico referente as situações onde o coração
está capacitado a manter as necessidades circulatórias do
organismo.
[
A insuficiência
cardíaca (IC) não é
uma doença só ,
mas uma fase, em
geral a final, de
várias doenças
cardíacas.
As doenças que
diminuem a força
de contração do
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músculo cardíaco, o
miocárdio, são as
que mais
comumente
provocam a IC.
o São
exemplos a
Cardiopatia
Isquêmica,
a
Miocardiop
atia
Dilatada
Idiopática, a
Cardiopatia
Hipertensiv
aea
Doença de
Chagas.
o Qualquer
situação
biológica,
física ou
química,
que diminua
a força do
miocárdio,
pode levar a
IC.
Outras situações
podem levar a IC
em um coração
com força normal,
mas com uma
sobrecarga de
trabalho excessiva.
o São
exemplos a
Estenose
aórtica,
onde uma
das válvulas
de saída do
coração não
se abre
perfeitamen
te, e a
Insuficiênci
a Aórtica,
onde uma
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das válvulas
permite um
refluxo de
sangue,
fazendo
com que o
volume de
sangue que
o coração
precisa
ejetar seja
maior que o
normal.
o Nesta
mesma
linha muitas
mal-
formações
cardíacas,
as chamadas
Cardiopatia
s
congênitas,
tambem
impoem ao
coração
uma
sobrecarga
de trabalho.
o Doenças
que
aumentam o
metabolism
o geral do
organismo
também
levam à
sobrecarga
de trabalho
cardíaco.
Um
exemplo é o
Hipertireoid
ismo, que é
um excesso
de
hormônio
de tireóide
circulante.
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[editar] Fisiopatologia (mecanismos de doença)
Quando a IC se inicia por diminuição da força do miocárdio (músculo cardíaco), o
processo segue com alterações no próprio músculo e no organismo como um todo.
A alteração na
estrutura e na forma
do coração se
chama remodelação
ventricular. Este
processo envolve
aumento do
estresse oxidativo,
inflamação local e
morte celular
programada
(apoptose).
As alterações
sistêmicas (fora do
coração) decorrem
de diminuição da
capacidade de
perfusão tecidual,
ou seja, de levar e
trazer os elementos
necessários aos
funcionamento das
células.
Existem vários
sistemas envolvidos
nestas alterações,
como:
o Sistema
nervoso
simpático.
o Sistema
renina
angiotensin
a
aldosterona.
o Substâncias
constritoras
dos vasos,
como a
Endotelina.
o Substâncias
dilatadoras
dos vasos,
como o
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Óxido
nítrico.
o Substâncias
inflamatória
s, como as
citocinas
Interleucina
-6,
Interleucina
-1 e Fator
de necrose
tumoral
alfa.
[editar] Diagnóstico
[editar] História clínica
Dispnéia (falta de
ar) A falta de ar do
portador de
insuficiência
cardíaca
caracteristicamente
se dá aos esforços
físicos e quando o
portador encontra-
se deitado
(ortopnéia)
Tosse
Fraqueza (astenia)
Edema (inchaço, ou
aumento do volume
dos membros)
Dor adbominal
Palpitação
Tonturas
Diminuição da
emissão de urina.
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o Habitualme
nte estão
presentes
em cada
pessoa
doente
apenas uma
parte apenas
dos
sintomas
acima, em
graus
varíaveis.
Uma pessoa
tem mais
tosse, a
outra mais
inchaço e
assim por
diante.
o Os sintomas
não são
patognomôn
icos, ou
seja, não
são
exclusivos
desta
doença.
Uma pessoa
pode ter o
mesmo grau
de inchaço
que outra,e
a primeira
ter
insuficiênci
a cardíaca e
a segunda
ter varizes.
No exame físico são identificados sinais da doença. Sinais são dados objetivos, que
sensibilizam algum sentido do observador, como a visão ou o tato. São possíveis sinais
da Insuficiência cardíaca:
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Dispnéia
(Respiração
dificultosa)
Taquicardia
(Aceleração do
coração)
Palidez
Estase jugular
(Dilatação das
veias jugulares no
pescoço)
Hepatomegalia
(Aumento do
fígado)
Edema
Estertores
pulmonares
Eletrocardiografia e
seus derivados.
Radiografia do
tórax
Exames
bioquímicos
o PNB
Peptídeo
natriurético
cerebral
(tipo B)
EcoDopplercardiog
rafia com
mapeamento de
fluxo em cores
exame fundamental
para a confirmação
da insuficiência
cardíaca, bem como
a sua
caracterização,
permitindo muitas
vezes estabelecer a
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causa, bem como o
prognóstico
Ressonância
nuclear magnética
[editar] Tratamento
O tratamento para a
insuficiência
cardíaca envolve
um grande número
de opções.
As finalidades do
tratamento são
prolongar a vida do
paciente e melhorar
a sua qualidade de
vida.
As modalidades de
tratamento podem
ser agrupadas em 3
áreas: Tratamento
não farmacológico,
Tratamento
farmacológico e
Procedimentos
mecânico-
cirúrgicos.
Otimização do
nível de atividade
física.
Utilização de
Oxigênio.
Otimização do
consumo de sal e
de líquidos.
Medidas
nutricionais.
Diuréticos.
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Antagonistas da
Aldosterona.
Vasodilatadores
periféricos.
Agentes
Inotrópicos (que
aumentam a força
de contração)como
os Digitálicos.
Inibidores da
enzima conversora
da angiotensina.
Antagonistas dos
receptores da
angiotensina II
Betabloqueadores
adrenérgicos.
Hidralazina
associados a
Nitratos.
Nesiritide.
Antagonistas da
Vasopressina.
Hormônio de
crescimento (GH).
Antagonistas de
citocinas.
Correção de
Cardiopatias
congênitas.
Correção de
Cardiopatias
valvulares.
Correção de
Coronariopatias
(Angina, Infarto,
etc).
Correção de área
produtoras de
arritmias
(Ablação).
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Estimulação
artificial
(Marcapasso).
Balão Intra-
Aórtico.
Remodelação
cirúrgica do
coração.
Transplante
cardíaco.
Neste grupo estão as técnicas que procuram formar novo tecído muscular cardíaco a
partir de células progenitoras, chamadas células tronco. Esta terapia ainda está em
estudo em seres humanos (2006), devendo em um prazo curto ser liberada para prática
clínica após o resultados dos últimos trabalhos científicos.
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