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COORDENADORA DE PESQUISA
Margarida Maria Souza de Oliveira
COORDENADOR DE ADMINISTRAÇÃO
Luís Carlos Veloso
COORDENADOR DE ESTUDOS DE
POLÍTICAS PÚBLICAS
Tancredo Maia Filho
RESPONSÁVEL EDITORIAL
Cleusa Maria Alves
EDITORAÇÃO ELETRÔNICA
Celi Rosa lia Soares de Melo
Hermes Oliveira Leão
APOIO GRÁFICO
Maria Madalena Argentina
Brasília/1993
APRESENTAÇÃO
RESUMO . 6
INTRODUÇÃO . 6
JUSTIFICATIVA . 6
OBJETIVOS . 9
METAS . 9
RESULTADOS FINAIS . 9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12
RESUMO condições para que esta prática seja efeti-
vada.
A pesquisa teve como objetivo principal fa-
vorecer o contato cios alunos de 1ºgrau com o A escola pode contribuir para a formação
livro, através de um trabalho cooperativo e do hábito da leitura quando faz constar no
dinâmico entre professores das Escolas da Rede seu planejamento curricular programações
Municipal de Ensino de lº Grau de Ribeirão pertinentes que venham atender as neces-
Preto e os bibliotecários das Instituições de sidades do processo ensino-aprendizagem.
Ensino Superior (IES). Após termos levantado A educação contínua, na sua mais variada
a realidade destas escolas, no que se refere à forma, deve ser praticada pelo professor e
dinamização do livro, elaboramos um plano de subsidiada pela biblioteca e muitas ativi-
ação para fazermos o mesmo chegar até elas e, dades e programas de leitura poderão ser
com a participação do professor, organizarmos planejados conjuntamente com os profes-
um acervo à disposição do aluno. Estruturamos sores, visando a fixação do hábito da leitu-
o serviço de caixas-estantes, considerado um ra, um dos mais importantes objetivos da
recurso viável que permite a utilização do educação. Se o ambiente escolar deve
acervo de limos, entre as unidades de ensino, oferecer oportunidades de leitura, torna-se
num sistema de rodízio, e uma medida alterna- indispensável que nos preocupemos com o
tiva para suprir a falta de biblioteca na escola. acesso do educando aos livros. Observando
As caixas-estantes são confeccionadas em a carência de livros que ocorre no contexto
madeira, com duas prateleiras internas, sus- escolar e refletindo sobre a atuação do
tentadas sobre rodas e moldadas de acordo com bibliotecário e do professor, no que se
as necessidades de cada série. Ela permite a refere à dinamização do livro na escola,
circulação de aproximadamente 400 livros entre elaboramos esta pesquisa e a estruturamos
as diversas classes, nas diferentes séries de cada em duas fases.
unidade de ensino, constituindo-se numa
micro-biblioteca circulante, localizada nos mais Na primeira fase, identificamos o universo
variados espaços da escola e com o mínimo de das Escolas da Rede Municipal de Ensino
despesa. Os resultados apurados nos revelaram de 1º Grau de Ribeirão Preto (Tabela 1 e 2),
que o professor é o grande responsável pelo através de visitas e reuniões periódicas
incentivo da leitura junto aos seus alunos, mas com os diretores e professores de cada
a sua atuação inexpressiva e o distanciamento uma delas, e verificamos as condições que
do bibliotecário contribuem para afastar o aluno as mesmas oferecem para dinamizar a
do livro. A caixa-estante poderá ser um recurso leitura.
viável capaz de aumentar o espaço de leitura na Na segunda fase, elaboramos uma pesqui-
escola. Porém, para sua efetivação, há que se sa-ação e, através de um trabalho interativo
adequarem as posições renovadoras com as po- entre professor e bibliotecário, passamos a
sições tradicionais, o que só se conseguirá ao agilizar um serviço de caixa-estante e,
longo do tempo e com o engajamento progressi- assim, dar à leitura o lugar que lhe cabe no
vo da instituição e dos professores. contexto educacional.
JUSTIFICATIVA
INTRODUÇÃO
A realidade nos revela que a escola de 1Q
Sendo a leitura uma atividade iniciada na grau é uma instituição carente de estru-
escola, torna-se fundamental que ela crie turas voltadas para a dinamização do livro.
TABELA 1 - DEMONSTRATIVO DAS UNIDADE DE ENSINO
NÚMERO DE CLASSES
TABELA 2 - DEMONSTRATIVO DAS UNIDADES DE ENSINO
Acreditamos que é nos primeiros níveis de 5 - Implantação do uso da biblioteca pelos
ensino que se concentra maior preocu- professores e alunos.
pação com a formação de atitudes, hábitos, 6 - Sugestão da utilização de caixas-estan-
preferências e habilidades; sendo assim, é tes como viabilização do uso dos acervos
preciso que haja uma retomada de cons- pelas diferentes unidades de ensino, sendo
ciência entre professores e bibliotecários que as mesmas deverão ser montadas de
para que, unidos no propósito de dinami- acordo com as necessidades estabelecidas
zar o livro na escola, possam realizar traba- nos conteúdos programáticos, definidos
lhos integrados fazendo com que a escola, pelos professores, e ajustadas à realidade
gradativamente, sane o problema do acesso ao longo do processo.
e da fruição de livros.
RESULTADOS FINAIS
OBJETIVOS
Os dados apurados nos revelaram que as
1 - Favorecer o contato direto dos alunos unidades de ensino não possuem espaço
de 1º grau com o livro. físico adequado e condizente para o fun-
2 - Estruturar um trabalho cooperativo cionamento de uma biblioteca; os livros são
entre o professor e o bibliotecário para guardados em espaços conforme a disponi-
promover o livro na escola. bilidade de cada escola; é desatualizado e
3 - Montar um serviço, tendo como metas seu processamento técnico (classificação e
prioritárias o universo da criança, seus catalogação) fica a cargo de pessoas não
interesses e habilidades. qualificadas para o trabalho. Quanto à
4 - Integrar a biblioteca no planejamento dinâmica do uso do acervo, pudemos
curricular, visando o enriquecimento das observar que esta tarefa recai sobre o
situações de ensino-aprendizagem. professor da disciplina de Língua Portu-
guesa. Para obtermos diretrizes de ação
capazes de minimizar os problemas que
METAS circundam o processo de leitura na escola
de lº grau, fêz-se necessária a realização de
1 - Levantamento do acervo das bibliotecas vários encontros entre pesquisadores e
em termos qualitativos, quantitativos e pessoal envolvido na situação (Direção e
organizacionais. professores das escolas).
2 - Adequação do espaço físico, tendo em
vista a estrutura da escola (número de Após várias reuniões, tivemos a oportuni-
alunos, professores, classes por período). dade de sugerir a implantação da caixa-
3 - Diagnóstico do uso da biblioteca pelos estante (Figura 1 e 2) como um recurso
professores e alunos. viável que permitiria a utilização do acervo
4 - Debate sobre os mecanismos de dinami- pelas diferentes unidades de ensino num
zação dos recursos existentes e atualização sistema de rodízio.
dos mesmos (IES e escola de lº grau),
respeitando sempre o posicionamento do Justifica-se a aplicação da caixa-estante em
professor, elemento primordial do processo sistema de rodízio por ser uma dinâmica
educativo. que requer baixo custo operacional, pois
elimina a necessidade de pessoal especiali- Para darmos início à instalação da caixa-
zado, e oferece respaldo informacional estante na escola-piloto, fêz-se necessário
básico diante da realidade de cada escola, divulgarmos, para todo o corpo docente,
suprindo as necessidades do ensino de 1º algumas informações referentes ao proces-
grau quanto ao uso de biblioteca. so que culminou no sorteio, bem como à
montagem, organização e implantação des-
Para a montagem e operacionalização das se serviço.
caixas-estantes, fêz-se necessário observar,
em cada escola, o número de alunos e de Considerando que a pesquisa-ação é resul-
salas ocupadas por cada série e em cada tante de uma interação entre pesquisadores
período, bem como a existência ou não da e pessoas implicadas na situação inves-
biblioteca. tigada, não apresentamos nenhuma pro-
posta para a dinamização de tal sistema.
Essas informações foram obtidas na fase de
identificação das unidade de ensino e, O caráter não impositivo da proposta obje-
com o acervo das caixas já organizados, tivou conquistar, gradualmente, o interesse
passamos para a sua operacionalização. dos professores em usar as caixas-estantes.