PASSIFLORA INCARNATA L.

: USO TERAPÊUTICO COMO

ANSIOLÍTICO NATURAL

*Arle Santos Galindo (arle.galindo@gmail.com)

Lucas Luan Raimundo Bezerra dos Santos Silva (lucas00luan@gmail.com)
Laryssa Alana da Silva (laryssaalana@hotmail.com)
João Victor de Lima Silva (jvl5533@outlook.com)
José Edson de Souza Silva (joseedson23@hotmail.com)

RESUMO
Introdução: A Passiflora incarnata L. é uma planta originária do sul da América
do Norte, é conhecida popularmente como maracujá, o nome derivado de “flos
passionais” tem uma relação mística com a paixão de cristo. Escritores do século
XVI acreditavam serem simbólicas as partes da flor do maracujá, pois nela está
representada a santíssima trindade, as cinco chagas de cristo e a coroa de
espinhos. O uso do maracujá data da época das colonizações das Américas e
tornou-se rapidamente conhecido na Europa como sedativo e calmante. A planta
é uma espécie herbácea trepadeira, com flores perfumadas de cor branca com
tons azulados, rosados e lilás. Possui folhas simples alternas e trilobadas. O
farmacógeno (parte medicinal) pode ser encontrado nas folhas, flores e frutos. A
planta pode ter suas folhas e flores secas e utilizadas para o preparo de infusões
(chás) ou também para o preparo de tinturas, os frutos por sua vez são muito
utilizados na preparação de sucos, sendo esta a prática mais comum. Para uma
terapia efetiva o uso das folhas é recomendado em razão de concentrarem a
maior quantidade de princípios ativos. Possui um amplo perfil etnofarmacológico,
sendo usada no tratamento de ansiedade, estresse, distúrbios neurológicos,
insônia, age acalmando a mente a diminuindo a atividade cerebral excessiva, é
um ansiolítico e possui ação sedativa, anticonvulsivante, antiespasmódica, anti-
hipertensiva, levemente anticolinérgica e anti-inflamatória, possui vantagem na
escolha como tratamento, pois não causa dependência química ou física.
Objetivo: A pesquisa aborda uma revisão de literatura que tem por objetivo expor
informações sobre o potencial terapêutico da Passiflora incarnata L. através dos
estudos clínicos, bem como proporcionar informações que possam ampliar o uso
de fitoterápicos. Métodos: Foram utilizados na pesquisa livros que contemplam
assuntos relacionados à botânica, plantas medicinais e artigos científicos
publicados entre os anos de 2008 a 2014, os mesmos podem ser encontrados em
bancos de dados como SciELO e LILACS. Sendo aplicados como critérios de
inclusão artigos que relatam o uso da Passiflora incarnata L.(Passifloraceae)
como terapia ansiolítica, os critérios de exclusão para a pesquisa incluem artigos
de tratam de outras espécies que não a específica supracitada, ou que careçam
de análises clínicas e científicas. Resultados e Discussão: Um estudo
direcionado sobre pacientes com transtorno de ansiedade generalizada (TAG) foi
realizado, comparando-se a atividade ansiolítca do oxazepam e do extrato seco
da planta medicinal, num período de quatro semanas foi verificada uma
diminuição de linha base dos sintomas, não havendo diferença significativa na
pontuação final entre ambos, este estudo indica a similaridade na sua eficácia, e,
portanto os efeitos ansiolíticos do extrato. Outro estudo em pacientes com
ansiedade pré-operatória, utilizou-se o extrato da planta cerca de 90 minutos
antes do procedimento cirúrgico havendo redução dos sintomas. Outras
aplicações terapêuticas da P. incarnata incluem o uso no desmame de ansiolíticos
e tratamento em pacientes com dependência de opióides. Não houve casos
evidenciados de toxicidade durante o uso do extrato seco da planta medicinal.
Conclusão: De acordo com as pesquisas científicas conclui-se que as análises
realizadas puderam consolidar suas aplicações terapêuticas da P. incarnata e, por
conseguinte, devido às suas extensas capacidade medicinais muitos
pesquisadores buscam dar ênfase no levantamento de informações para que
novos estudos científicos sejam realizados, afim de que sua eficiência possa ser
aprimorada e a segurança quanto ao uso correto seja estabelecida.

Palavras-chave: Passiflora Incarnata; Ansiedade; Maracujá; Ansiolítico;

Fitoterápicos.