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TÓPICOS EM HISTÓRIA DA ARTE V

1. Impressionismo
2. Expressionismo
3. Fauvismo
4. Cubismo
5. Futurismo
6. Dadaísmo
7. Surrealismo
8. Abstracionismo
9. Construtivismo
10. Suprematismo
11. Neoplasticismo
12. Modernismo no Brasil

Arte Moderna- Sob essa denominação podem ser consideradas, de forma genérica, as manifestações artísticas que
ocorreram desde o do século XIX e até a metade do século XX, principalmente na Europa.

Muitas destas manifestações não chegaram a se organizar como Movimentos, com manifestos e programas, mas
definiram condutas, com objetivos definidos. A variedade de propostas plásticas e teóricas promoveu o diálogo e a
interação entre estes movimentos, por meio do confronto ou da influência, possibilitando o surgimento de novas
tendências. A proximidade com a literatura, cinema e outras manifestações artísticas aumentou a preocupação em
definir e delimitar proposições e conceitos, expandindo e aprofundando as teorias e as ideias que condicionavam e
definiam a natureza da arte e seus desdobramentos em obras e manifestações. O envolvimento político e social de
muitos movimentos engajados da arte moderna também refletia a necessidade de compreender as mudanças pelas
quais o mundo passava, como as experiências da 1ª e da 2ª Guerra Mundial, a industrialização e urbanização das
cidades, os avanços da técnica e da ciência, o progresso social e as revoluções populares. Esses temas fizeram-se
presentes na arte deste período e de modo direto sobre algumas vanguardas, como o Futurismo, por exemplo,
enquanto outras optaram por novas formas de expressão.
A arte moderna foi inicialmente desencadeada pelo Impressionismo e a partir deste ponto assumiu uma posição
crítica em relação às convenções artísticas acadêmicas, aos temas oficiais e à própria maneira de se representar e
de dialogar com a realidade. Entre as variadas linguagens que surgem sob a denominação de arte moderna existia
um eixo comum que questionava e se opunha à representação ilusionística da realidade. Esta nova percepção
inaugurou um novo modo de conceber o espaço na pintura e a pesquisa aprofundada das cores em seus tons puros,
as qualidades plásticas, as substâncias expressivas, mediante a fragmentação dos objetos e planos, a deformação
das figuras e a abstração das formas. A experimentação passou a ser um método de trabalho tanto para as
tendências mais "racionais" da arte moderna, quantos as "passionais". Devido às especifidades da arte moderna e a
multiplicidade de representantes, optamos por destacar apenas alguns movimentos.

1. Impressionismo - Surge na França em 1874, foi a manifestação artística que passou a explorar, de forma
conjunta, a intensidade das cores e a sensibilidade do artista. A denominação “impressionismo” foi dada após a
declaração pejorativa do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela “Impression du Soleil Levant”, de Monet, um
dos principais artistas do movimento. Os impressionistas buscavam retratar em suas obras os efeitos da luz do sol
sobre a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto, era dada na capacidade da luz
solar em modificar todas as cores de um ambiente, assim, a retratação de uma imagem mais de uma vez, porém em
horários e luminosidades diferentes, era algo normal. O impressionismo explora os contrastes e a claridade das
cores, resplandecendo a ideia de felicidade e harmonia. Para os impressionistas, os objetos deveriam ser retratados
como se estivessem totalmente iluminados pelo sol, valorizando as cores da natureza. Além disso, as figuras não
deveriam ter contornos nítidos e o preto jamais poderia ser utilizado; até as sombras deveriam ser luminosas e
coloridas.

2. Expressionismo - tendência de arte que se desenvolveu na Alemanha, entre 1905 e 1914. Fazia oposição ao
impressionismo francês e defendia a expressão que se manifestava do artista para realidade. Vários grupos
apresentaram influências expressionistas, mas o mais conhecido foi o Die Brücke ('A Ponte'), criado em 1905 em
Dresden. Este grupo definiu os procedimentos e fundamentos do expressionismo alemão. Após os anos 50 é nos
Estados Unidos que se encontrará influência deste movimento com o expressionismo abstrato.

3. Fauvismo - grupo de artistas sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954) que exploravam as possibilidades das
cores em seus tons puros e fortes, sem sombreados, fazendo salientar os contrastes, com pinceladas diretas. A
temática não é relevante, não tendo qualquer conotação social ou política. Teve presença marcante na França entre
1905 e 1907 e impacto nas tendências expressionistas.

4. Cubismo - manifestação artística que tem como marco inicial 1907 quando Pablo Picasso apresentou seu quadro
Les Demoiselles d'Avignon, em Paris. O cubismo promove a recusa da arte como imitação da natureza e propõe
novas formas geométricas para se visualizar a realidade tendo como objetivo fundamental capturar a estrutura dos
objetos, a simplificação das formas, dissociando-as do real.
Este movimento dividiu-se em duas fases: cubismo analítico (1909-1912) com o foco na decomposição dos objetos e
planos e no monocromatismo; e cubismo sintético (1912-1913) no qual elementos estranhos à pintura são
incorporados às telas criando as colagens.

5. Futurismo - surgiu como movimento literário a partir do manifesto escrito em 1909 pelo poeta Marinetti, mas logo
recebeu adesão de artistas e outros intelectuais. De raiz fortemente italiana o futurismo colocava-se contra o passado
burguês e tradicional, glorificando o mundo moderno, a ciência, a técnica, a velocidade, a máquina e os meios de
comunicação como o cinema. De forte aspecto político esteve associado também ao fascismo e ao nacionalismo. A
pesquisa do movimento e o dinamismo são elementos marcantes das obras deste grupo.

6. Dadaísmo – movimento que se posicionava com Anti-arte, não procurou estabelecer programas de ação nem
estilos específicos. Tratava-se de uma crítica cultural mais ampla aos modelos e valores culturais e sociais
anteriores. Suas manifestações eram pautadas pela desordem, escolhas aleatórias, choque e escândalo. Sua criação
data de 1916 quando da criação do Cabaré Voltaire, em Zurique, espaço para as manifestações artísticas variadas.
Ficou mundialmente conhecido pelos ready-made de Marcel Duchamp com os quais proferiu uma forte crítica ao
sistema da arte.

7. Surrealismo - o termo surrealismo, cunhado pelo poeta André Breton, apareceu no primeiro manifesto do grupo,
em 1924, no qual defendiam a valoração do mundo dos sonhos, do irracional e do inconsciente para a produção das
obras. Movimento amplo que envolveu literatos, cineastas e fotógrafos e que reforçava o imaginário, os impulsos
ocultos e o caráter anti racionalista com base em leitura livre das teorias de Sigmund Freud.

8. Abstracionismo – manifestação capitaneada por Wassily Kandinsky que, a partir de 1910 defendeu o uso das
formas, cores e composição como linguagem puramente abstrata, alcançando ritmo e dinamismo através da cor e
das formas. Uma expressão artística tipicamente não-figurativa, afastada da realidade visível que se desdobrou em
outras manifestações não figurativas como o Construtivismo, Suprematismo e Neoplasticismo entre outras.

9. Construtivismo - movimento de vanguarda com base na Rússia que trata a pintura e a escultura como
construções, estabelecendo grandes conexões com a arquitetura em termos de materiais, procedimentos e objetivos.
Diretamente influenciado pela revolução de 1917 na Rússia, o movimento discutiu profundamente o papel social da
arte e sua produção concreta para sociedade.

10. Suprematismo - movimento russo de abstração em arte. Surgiu por volta de 1913 tendo como principal
representante o pintor Malevich e o poeta Maiakóvski. Defendiam a pesquisa profunda da estrutura da imagem com o
intuito de se alcançar a “forma absoluta” através de formas geométricas básicas associadas a uma pequena variação
de cores. Em 1918, Malevich declara o fim do movimento por esgotamento do projeto inicial.

11. Neoplasticismo - movimento associado às novas propostas plásticas de Mondrian e Doesburg apresentadas
pela revista De Stijl (O Estilo) criada pelos dois artistas holandeses em 1917. Buscavam uma nova forma de
expressão baseada em elementos mínimos como a reta, o retângulo e as cores primárias, além do preto, branco e
cinza. A redução da plasticidade rejeitava os princípios da tridimensionalidade no espaço pictórico, as linhas curvas e
as texturas. A revista e o movimento deixa de existir oficialmente em 1928.

12. Arte moderna no Brasil- A arte moderna no Brasil tem como marco simbólico a Semana de 1922, realizada em
São Paulo. O evento foi organizado por intelectuais e artistas por ocasião do Centenário da Independência e
declarava o rompimento com o tradicionalismo cultural na literatura, na música e nas artes plásticas. As discussões
sobre uma renovação artística vinha de antes deste evento com exposições isoladas de artistas brasileiros, mas
convencionou-se considerar o ano de 1922 como marco principal dessa emancipação artística.
Entretanto, apesar do contato direto de muitos artistas brasileiros com as vanguardas europeias, não ocorrem
inovações significativas para arte brasileira. Novas expressões artísticas surgiram, principalmente a partir de 1930,
associadas a um interesse pelas temáticas nacionais e por nosso passado cultural e social. Os artistas influenciados
pelas vanguardas e por esse momento cultural nas principais cidades do país estabelecem estilos próprios não se
enquadrando especificamente em nenhum dos movimentos da arte moderna de base europeia, mas assumem as
características de uma renovação estética.

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