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21 de outubro de 2015
Artesãos aguardam regulamentação da profissão
para sair da marginalidade
Publicado por Agência Sebrae de Notícias (extraído pelo JusBrasil) 5 anos atrás
Márcia Gouthier/ASN
Artesanato gera aproximadamente 2,8% do PIB e movimenta R$ 30 bilhões anualmente
((excluir)) Brasília Hoje, 19 de abril, é dia do artesão, mas não há muito o que comemorar. A profissão
de sequer existe oficialmente no País, apesar de cerca de 8,5 milhões de brasileiros atuarem e
sobreviverem da produção artesanal. A atividade permanece marginalizada e sem regulamentação, e o
artesanato, sem reconhecimento enquanto setor econômico.
Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), referentes a 2002,
mostram que três milhões e meio dos artesãos (cerca de 40%) estão no Nordeste. A atividade movimenta
cerca de R$ 30 bilhões ao ano no Brasil, mas os artesãos sofrem com a ação de atravessadores, que
acabam se beneficiando da falta de regulamentação da atividade.
A esperança de dias melhores está depositada na aprovação do projeto de lei nº 3926/2004, de autoria do
deputado federal Eduardo Valverde (PT/RO), mais conhecido como o Estatuto do Artesão. O texto tramita
lentamente, há cerca de seis anos, na Câmara dos Deputados. Há mais de um ano, está parado na
Comissão do Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTAS).
Na última quartafeira (17), o deputado Hermes Parcianello (PMDB/PR), relator designado pela CTAS em
26 de março de 2009 para substituir a primeira relatora, a deputada Elcione Barbalho (PMDB/PA),
devolveu a matéria à presidência da comissão, sem apresentar relatório. Esse episódio significa que o
assunto, além de ter ficado paralisado durante mais de um ano, deverá permanecer inconcluso até que
novo relator, a ser indicado pela comissão, o faça.
Só após a aprovação na CTAS, o Estatuto do Artesão será encaminhado à Comissão de Constituição,
Justiça e de Cidadania (CCJC), onde poderá ser definitivamente aprovado. Por se tratar de processo
terminativo, não precisará ser levado à votação em plenário.
Falta interesse político. Não querem criar mais profissões. Não sei por que esse assunto é tão
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complicado, afirma Deonilda Machado, atual presidente da Confederação Nacional dos Artesãos do Brasil
(Cnarts), referindose à lentidão com que caminham os projetos de lei voltados à regulamentação da
profissão e reconhecimento do artesanato como atividade relevante para a economia nacional.
Quando o Estatuto do Artesão for aprovado, tudo vai melhorar, prevê a presidente da Cnarts. Deonilda
lamenta a demora da tramitação dos projetos de Lei. Na semana passada, estivemos em Brasília
participando da 2ª préconferência do Ministério da Cultura. Temos ido à Câmara dos Deputados para
acompanhar o andamento das matérias que nos interessam, acrescenta.
Para ela, o artesanato deveria migrar do Mdic para o Ministério da Cultura, órgão federal que tem mais
afinidade com o tema. Os artesãos já solicitaram essa medida ao presidente Lula, antes da criação da
entidade nacional. O Mdic lida com indústria e comércio exterior. Não acho apropriado para a nossa
atividade, que é ligada à cultura e produção comunitária. Nosso setor não é grandioso como a indústria e
o comércio exterior, argumenta. O Ministério da Cultura estaria estruturando uma secretaria para cuidar do
artesanato, de acordo com Deonilda.
Ela conta que a entidade continua se esforçando e trabalhando em prol da conscientização das
associações de artesãos, presentes em várias regiões, para se unir e fundar federações estaduais
representantes da categoria, e posteriormente, aderir à Cnarts. Já contamos com sete federações
associadas, dos estados do Paraná, Pará, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande
do Norte e do Distrito Federal, informa Deonilda.
A Cnarts foi criada em abril de 2009, com o objetivo de articular os artesãos de todo o País e cumprir o
papel de representar a categoria em nível nacional. A falta de articulação era o maior motivo da situação
de marginalização dos artesãos e do artesanato, explica.
Seguridade Outro projeto de lei que causa expectativa aos artesãos é o de nº 3523/2008, do deputado
Rodrigo Rollemberg (PSB/DF). Ele propõe a inclusão do artesão na categoria de segurado especial da
Previdência Social, assim como ocorre com o agricultor familiar, garimpeiro artesanal, entre outros. A
alíquota do artesão, que varia entre 11% a 20%, seria reduzida para 2,3% do valor bruto da
comercialização de sua produção, segundo a proposição de Rollemberg. Essa matéria também tramita
devagar na Câmara dos Deputados e se encontra, há mais de um ano, na Comissão de Seguridade
Social e Família.
O artesanato gera aproximadamente 2,8% do PIB e movimenta R$ 30 bilhões anualmente, diz o deputado
Rodrigo Rollemberg (PSB/DF). Ele é autor do PL 3523/2008, que propõe a inclusão do artesão na
categoria de segurado especial da Previdência Social, como ocorre com o agricultor familiar, garimpeiro
artesanal, entre outros.
Apoio O Sebrae é um dos maiores apoiadores do artesanato brasileiro. Desde 1997, atua no setor por
meio de programas, projetos e ações de capacitação em empreendedorismo, gestão, design, entre outros
temas. Sua atuação abrange comunidades de artesãos em todas as unidades da Federação. A instituição
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também patrocina a participação de cooperativas de artesãos e produtores artesanais nos grandes
eventos nacionais e regionais do setor.
Serviço:
Agência Sebrae de Notícias
O site Agência Sebrae de Notícias (ASN) é um serviço do Sebrae, presente em todo o
país, que nasceu em 2002 e visa divulgar assuntos de interesse da imprensa sobre o
segmento de micro e pequenas empresas, além de fornecer informações também para
empreendedores, profissionais ligados à temática dos p...
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