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Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa
ou pelo exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade
para o trabalho.
Para que uma lesão ou moléstia seja considerada acidente do trabalho é necessário que haja
entre o resultado e o trabalho uma ligação , ou seja, que o resultado danoso tenha origem no
trabalho desempenhado e em função do serviço.
Lesão corporal: deve ser entendido qualquer dano anatômico, por exemplo uma fratura, um
machucado, a perda de um membro.
Perturbação funcional: deve ser entendido o prejuízo ao funcionamento de qualquer órgão
ou sentido, como uma perturbação mental devida a uma pancada, o prejuízo ao funcionamento
do pulmão pela aspiração ou ingestão de elemento nocivo usado no trabalho.
Podemos adotar também a definição do ponto de vista prevencionista, “uma ocorrência não
programada e indesejada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo
normal de uma atividade, trazendo por conseqüência dor, perda ou morte”.
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única haja contribuído
diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o
trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
IV - o acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho:
Art. 20. Considera-se acidente do trabalho, nos termos do artigo anterior, as seguintes
entidades mórbidas:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente a grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva,
salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela
natureza do trabalho.
§ 2º Em caso excepcional, constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos
incisos I e II deste artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e
com ele se relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho.
Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o 1º
(primeiro) dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à comunidade
competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-
de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela
Previdência social.
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus
dependentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado,
seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer
autoridade pública, não prevalecendo neste caso o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta
de cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela.
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
Art. 169 O segurado que sofreu acidente do trabalho tem garantida, pelo prazo mínimo de 12
meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-
doença acidentário. Independentemente da percepção de auxilio-acidente.
Art. 173 O pagamento pela Previdência Social das prestações por acidente do trabalho não
exclui a responsabilidade civil d empresa ou de outrem.
Segundo a NR-5 em seu item 5.16. a CIPA terá por atribuição participar, em conjunto
com o SESMT, onde houver, ou com o empregador, da análise das causas das doenças e
acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados.
A ocorrência de acidente de trabalho é a comprovação direta de falhas no sistema de
prevenção de acidentes. Por isso, todo o programa destinado à prevenção de acidentes busca,
“a priori” a não ocorrência do fato, ou seja, preconiza a ausência de acontecimentos e
infortúnios indesejáveis no exercício das atividades laborais, através de métodos que permitam
prever o fato e corrigi-las antes que aconteçam. Porém, quando o acidente acontece, é de vital
importância recorrer ao estudo dos fatos que o geraram para se detectar suas causas e
consequências e corrigi-las, evitando assim, a recorrência do mesmo.
Todos os acidentes são de real importância, independentemente de vir acompanhado de lesão
física ou não.
Na análise do acidente, no item onde ocorre a identificação dos atos e condições inseguras,
convêm utilizar a Tabela Fatores Causais dos acidentes do Trabalho do Ministério do
Trabalho disponível no site.
4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
Ergonômica é a solução que gera segurança sem que o peso desta recaia sobre o
trabalhador.
É o equipamento instalado na fonte de risco. Assim, mesmo que uma pessoa não
preste atenção ela não se machucará, porque o risco foi eliminado na fonte.
Como proteção coletiva entendemos as medidas de ordem geral executadas no ambiente de
trabalho, nas máquinas e nos equipamentos, assim como medidas orientativas quanto ao
comportamento dos trabalhadores para evitar atos inseguros e medidas preventivas de
Medicina do trabalho.
É exemplos o sistema de ventilação, a proteção de máquinas, os andaimes, os
abafadores, enclausuradores de ruídos, de vibrações, as proteções contra quedas e contra
incêndio, normas e regulamentos, colocar borracha entre peças de metal que se chocam,
sinalizações, substituição de produtos químicos por outras substâncias menos tóxicas, etc.
4.3. Vantagens e desvantagens
A grande vantagem da proteção coletiva é que de uma maneira geral, sua eficiência
independe do comportamento humano. O acidente só poderá ocorrer por falha eventual na
proteção.
Já a eficiência da proteção individual esta relacionada diretamente com o
comportamento humano. O trabalhador só usará o equipamento se tiver consciência da
importância do uso do mesmo para a preservação de sua saúde e integridade física. Para maior
eficiência, a proteção coletiva deve ser prevista nos projetos de instalação da empresa.
No projeto arquitetônico, por exemplo, deve ser observada a localização adequada das
aberturas que permitirão a perfeita ventilação dos locais de trabalho, ou local para a colocação
de exaustores ou sistemas de ventilação mecânica.
5. RISCOS AMBIENTAIS.
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando ciência aos
empregados, com os seguintes objetivos:
I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho;
II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e cumprir;
III - dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, pelo
descumprimento das ordens de serviço expedidas;
IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de acidente do trabalho e
doenças profissionais ou do trabalho;
V - adotar medidas determinadas pelo Mtb;
VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as condições inseguras de
trabalho.
5.1.1. Temperatura.
Estresse térmico.
O estresse térmico é uma expressão derivada da língua inglesa que tem por definição “ação
específica dos agentes e influências nocivas (frio ou calor excessivos, infecção, intoxicação,
emoções violentas tais como inveja, ódio, medo, etc.) que causam reações típicas do
organismo, tais como síndrome de alerta e síndrome de adaptação.” Dicionário Brasileiro da
língua Portuguesa, enciclopédia Britânica do Brasil, 1975.
O ser humano, no desempenho de suas atividades, quando submetido à condição de estresse
térmico, tem entre outros sintomas, a debilitação do estado geral de saúde, alterações das
reações psicossensoriais e a queda da capacidade de produção.
Apesar da capacidade de adaptação humana ao trabalho em temperaturas extremas, ele morre
com a variação de 33 a 42 ºC.
5.1.2. Ruído.
Os danos causados pelo ruído ao sistema auditivo humano estão ligados a dois fatores:
- freqüência (exposição prolongada ou constante);
- intensidade (ruídos muito fortes).
5.1.3. Vibração.
São aquelas a que estão expostos os indivíduos que operam fora do ambiente normal,
como por exemplo, em grandes altitudes ou em explorações submarinas. Elas podem ser:
- baixas, quando o trabalho é realizado a grandes altitudes, e
- altas, quando o trabalho é realizado em tubulações de ar comprimido, caixões pneumáticos e
campânulas, ou em grandes profundidades marítimas, principalmente. (A NR 15 possui
anexo que trata especificamente do trabalho sob pressões hiperbáricas, ou seja, sob ar
comprimido e em mergulho.)
5.1.5. Radiações.
As radiações são uma forma de energia que se transmite como ondas eletromagnéticas pelo
espaço. Em alguns casos elas podem apresentar também comportamento corpuscular. Podem
ser:
Ionizantes – provocam câncer, anemias, cataratas. Provém de elementos naturais, como
urânio, potássio, rádio, ou de equipamentos como raios-X, gama e beta.
Não ionizantes- podem ser naturais como o sol, provocando câncer de pele, ou artificiais,
produzidas por fornos, fornalhas, solda elétrica, solda de oxiacetileno, cujos efeitos são
vasodilatação, catarata, etc.
5.1.6. Umidade.
Poeiras: os que se apresentam sob a forma de poeira nociva que podem provocar uma
série de doenças nos pulmões. Sua origem pode ser mineral (poeira do jato de areia), vegetal
(poeira do processamento do jato de algodão) ou animal (dos pelos e do couro de animais).
Fumos: aerossóis formados por condensação ou reação química. Para os higienistas,
são os aerossóis metálicos;
Fumaça: combustão incompleta de materiais orgânicos;
Névoas: aerossóis resultante da condensação de vapores ou ocorrências como
nebulização, borbulhamento, respingo.
Neblinas: partículas líquidas produzidas pela condensação de vapores de substâncias
que são líquidas à temperaturas normais.
Gases: substâncias que em condições normais de temperatura e pressão estão no
estado gasoso.
Vapor: é a fase gasosa de uma substância, que em condições normais de temperatura e
pressão é liquida ou sólida.
Antes de iniciarmos o estudo dos programas existentes vale ressaltar a relação existente
entre segurança do trabalho e qualidade total.
6.1 NR 5 - CIPA
Objetivo:
Item 5.1 “a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA - tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.”.
Item 9.5 “O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:
a) antecipação e reconhecimento dos riscos;
b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
e) monitoramento da exposição aos riscos;
f) registro e divulgação dos dados".
Item 18.3.1. São obrigatórios a elaboração e o cumprimento do PCMAT nos estabelecimentos com
20 (vinte) trabalhadores ou mais, contemplando os aspectos desta NR e outros dispositivos
complementares de segurança.
O mapa de risco é uma representação gráfica (esboço, layout), dos riscos de acidentes nos
diversos locais de trabalho, de fácil visualização e afixado em locais acessíveis no ambiente de
trabalho, para informação e orientação de todos os que ali atuam e de outros que eventualmente
transitem pelo local.
No mapa de risco, círculos de cores e tamanhos diferentes mostram os locais e os
fatores que podem gerar situações de perigo pela presença de agentes físicos, químicos,
biológicos, ergonômicos e de acidentes. É elaborado pela CIPA, ouvidos os trabalhadores e com a
orientação do SESMT.
O mapeamento ajuda a criar uma atitude mais cautelosa por parte dos trabalhadores diante
dos perigos identificados e graficamente sinalizados. Desse modo, contribui para a eliminação ou
controle dos riscos detectados. Ele está baseado no conceito filosófico de que ninguém conhece
melhor a máquina do que o seu operador.
O mapeamento deve ser feito anualmente, toda vez que se renova a CIPA. Com essa
reciclagem cada vez mais trabalhadores aprendem a identificar e a registrar graficamente os focos
de acidentes nas empresas, contribuindo para eliminá-los ou controlá-los.
A realização do mapa é informada formalmente ao empregador por meio da cópia da ata
da respectiva reunião da CIPA, assim como o resultado deste trabalho.
6.6.3 Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá
ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os
trabalhadores.
Fogo é a consequência de uma reação química denominada combustão que libera luz e
calor. Para que haja combustão deverão estar presentes três elementos: combustível, calor e
oxigênio. O princípio do incêndio pode ser representado sob forma de um triângulo, no qual a
extinção se dá ao eliminar um dos lados.
Conforme resolução do CONAMA 01/86, poderíamos considerar impacto ambiental como "qualquer
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente causada por qualquer
forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que direta ou indiretamente, afetam:
O lixo deteriorável (biodegradável), composto pelos restos de carne, vegetais, frutas, etc, é separado
do lixo restante, podendo ter como destino os aterros sanitários ou entrarem num sistema de
valorização de resíduos.
A reciclagem tornou-se uma ação importante na vida moderna pois houve um aumento do
consumismo e uma diminuição do tempo médio de vida da maior parte dos acessórios que se
tornaram indispensáveis no dia a dia trouxeram um grave problema: qual o destino a dar quando
perdem utilidade? No inicio os resíduos resultantes da atividade humana tinham como destino as
lixeiras ou então aterros sanitários, contudo com o aumento exponencial da quantidade de resíduos e
da evolução tecnológica, aliados ao interesse econômico de busca de mais matérias primas de baixo
custo, o vulgarmente designado lixo começa a perder o caráter pejorativo do nome e começa a ser
considerado como um resíduo, passível de ser reaproveitado. Com as tecnologias atuais apenas uma
ínfima parte dos resíduos urbanos não são passiveis de reaproveitamento, sendo direcionados para
unidades de eliminação dos mesmos, normalmente os aterros sanitários.
Felizmente a maior parte dos mesmos pode ser destinada ao reaproveitamento, quer
seja reciclagem ou outros tipos de reaproveitamento. A coleta seletiva, ou recolha seletiva tem como
objetivo a separação dos resíduos urbanos pelas suas propriedades e pelo destino que lhes pode ser
dados, com o intuito de tornar mais fácil e eficiente a sua recuperação. Assim pretendem-se resolver
os problemas de acumulação de lixo nos centros urbanos, e reintegrar os mesmos no ciclo industrial,
o que traz vantagens ambientais e econômicas. Os pontos onde são depositados para a recolha são
denominados de lixões, ou ecopontos. Estes podem oferecer vários tipos de coletores, de acordo com
as especificidades dos resíduos da zona e das respostas de tratamento existentes pela entidade que
procede ao seu encaminhamento para os centros de valorização.
AGROTÓXICOS:
Bibliografia
BRASIL – Segurança e Medicina do Trabalho. Normas Regulamentadoras, São Paulo, Ed. Atlas, 2010.
PAOLESCHI, Bruno, CIPA – Guia Prático de Segurança do Trabalho, Editora Érica, 2009;
VAREJÃO, Fabrício de Medeiros Dourado, Incidentes e Acidentes do trabalho: Guia Prático para
Investigação e Análise, Olinda, Luci Artes Gráficas, 2011.
CAMILO JUNIOR, Abel Batista, Manual de Prevenção e Combate a Incêndios, 15ª Ed., Editora SENAC,
2013;
ARAÚJO, Wellington Tavares de, Manual de Segurança do Trabalho, São Paulo, DCL, 2010;
ASSUMPSÃO, Luiz Fernando Joly - Sistema de Gestão Ambiental, Manual Prático para implementação de
SGA e Certificação ISO 14.001/2004, 3ª ed., Juruá, 2011;