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Matéria: Português Turma: ______________

UNITEC – CENTRO DE FORMAÇÃO TÉCNICA E


PROFISSIONAL

ESCOLA TÉCNICA OLIVEIRA E FEIJÓ

APOSTILA
DE
PORTUGUÊS

Curso Técnico de Enfermagem


Nome do aluno(a):____________________
Turma: _____________________________
Professor(a): ________________________

Seropédica 2018

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Matéria: Português Turma: ______________

SUMÁRIO

1 – USO DO PORQUÊ.......................................................................................3

2 – REFORMA ORTOGRÁFICA...............................................................3

3 – CRASE....................................................................................................6

4 – TIPOLOGIA TEXTUAL.......................................................................6

5 – COESÃO E COERÊNCIA.....................................................................7

6 – ESTRUTURA DAS PALAVRAS.........................................................7

7 – FORMAÇÃO DE PALAVRAS............................................................8

8 – SEMÂNTICA.......................................................................................8

9 – FIGURAS DE LINGUAGEM...........................................................9

10 – MORFOLOGIA................................................................................9

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ORTOGRAFIA

Uso do porquê

Por que – nas interrogativas diretas / indiretas: Por que você demorou tanto? / Quero saber por que meu dinheiro
está valendo menos.
Sempre que estiverem expressas ou subentendidas as palavras motivo, razão: Não sei por que ele se ofendeu.
Quando a expressão puder ser substituída por para que ou pelo qual, pela qual, pelas quais, pelos quais:
A estrada por que passei está totalmente destruída.
Em títulos: Por que o governo substituiu o ministro da agricultura.

Por quê – quando a expressão aparecer em final de frase ou sozinha: Ria, ria, sem saber por quê.

Porque – quando a expressão equivaler a pois, uma vez que, para que: Não responda, porque ele está com a
razão.

Porquê – quando a expressão for substantivada, situação em que é sinônimo de motivo, razão: O diretor negou-
se a explicar o porquê de sua decisão.

Vamos praticar!

1)Preencha as lacunas com por que, por quê, porque ou porquê:

a) Eles resolveram partir ______________ já era muito tarde.


b) Retiraram-se da assembleia sem dizer ___________________.
c) Você fala demais. Eis _________________ não entende o que o professor explica.
d)Talvez ainda não tenha consciência do ______________________ de sua atitude.
e) Pense nos ideais ______________ batalhamos há tanto tempo.
f) Eles não vieram à reunião _________________?
g) Não sei________________faltaram, mas sei o _____________ da minha raiva.
h) Ainda vou descobrir o _______________ dessa polêmica.

REFORMA ORTOGRÁFICA

ACENTO AGUDO:

O acento agudo deixou de ser usado nesses casos:

a) Nos ditongos (encontros de duas vogais proferidas em uma só sílaba) abertos ei e oi das palavras
pparoxítonas (aquelas cuja sílaba pronunciada com mais intensidade é a penúltima).
Exemplos:

idéia ->ideia geléia ->geleia bóia ->boia jibóia ->jiboia

Mais exemplos: alcaloide, alcateia, apoio, assembleia, asteroide, celuloide, colmeia, Coreia, epopeia, estreia,
heroico, joia, odisseia, onomatopeia, paranoia, plateia, proteico, etc.

Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam sendo acentuadas
as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus,
chapéu, chapéus, anéis, dói, céu, ilhéu.

Exemplos:
papéis chapéus troféu

Nas palavras paroxítonas com i e u tônicos formando hiato (sequência de duas vogais que pertencem a
ssílabas diferentes), quando vierem após um ditongo. Veja:

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baiúca ->baiuca
bocaiúva ->bocaiuva
feiúra ->feiura
cheiínho ->cheiinho
saiínha ->saiinha
Taoísmo ->Taoismo
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento
permanece.
Exemplos: tuiuiú, Piauí.

c) Nas formas verbais que possuem o u tônico precedido das letras g ou q e seguido de e ou i. Esses
casosos
oocorrem apenas nas formas verbais de arguir e redarguir. Observe:
argúis ->arguis
argúem ->arguem
redargúis ->redarguis
redargúem ->redarguem

ACENTO DIFERENCIAL

O acento diferencial é utilizado para auxiliar na identificação de palavras homófonas (que possuem a
Mesma pronúncia). Com o acordo ortográfico, ele deixará de existir nos seguintes casos: pára/para,
péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Observe os exemplos:

Ela não pára de dançar. A mãe péla o bebê para dar-lhe banho.
Ela não para de dançar. A mãe pela o bebê para dar-lhe banho.
Este é o pólo norte. Os garotos gostam de jogar pólo.
Este é o polo norte. Os garotos gostam de jogar polo.
Meu gato tem pêlos brancos. A menina trouxe pêra de lanche.
Meu gato tem pelos brancos. A menina trouxe pera de lanche.

Atençã Atenção: existem duas palavras que continuam recebendo acento diferencial.

pôr (verbo) -> para não ser confundido com a preposição por.
pôde (verbo poder conjugado no passado) -> para que não seja confundido com pode (forma conjugada
no presente).

ACENTO CIRCUNFLEXO

O acento circunflexo deixou de ser utilizado nos seguintes casos:


a) Em palavras com terminação ôo. Veja:

enjôo ->enjoo vôo ->voo magôo ->magoo


Mais exemplos: abençoo (abençoar) coo (coar), coroo (coroar), doo (doar), moo (moer), perdoo (perdoar), povoo
(povoar), voos (plural de voo), zoo (zoar).

b) Nas terminações êem, que ocorrem nas formas conjugadas da terceira pessoa do plural dos verbos ler,
dar, ver, crer e seus derivados. Veja o exemplo abaixo:

Eles lêem. ->Eles leem.


Mais exemplos: creem, deem, veem, descreem, releem, reveem.
Atenção: os verbos ter e vir (e seus derivados) continuam sendo acentuados na terceira pessoa do plural.
Eles têm três filhos.

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Eles detêm o poder.

Eles vêm para a festa de sábado.

Eles intervêm na economia.

TREMA

O trema, Sinal gráfico utilizado sobre a letra u dos grupos que,qui,gue,gui, deixou de existir na língua
portuguesa.

cinqüenta->cinquenta pingüim ->pinguim

Mais exemplos: aguentar, bilíngue, consequência, delinquente, frequente, linguiça, sequência,


sequestro, tranquilo, etc.
Atenção: o acordo prevê que o trema seja mantido apenas em nomes próprios de origem estrangeira,
bem como em seus derivados.
Exemplos: Bündchen, Müller, mülleriano.

ALFABETO

O alfabeto passou a ter 26 letras. Além das atuais, foram incorporadas oficialmente as letras k, w e
Observe a posição das novas letras no alfabeto:
ABCDEFGHI
JKLMNOPQR
STUVWXYZ
Essas letras podem aparecer em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus
derivados. Exemplos: km, playground, watt, Kafka, kafkiano, etc.

HÍFEN

O hífen deixou de ser empregado nos seguintes casos:

a) Quando o prefixo terminar em vogal diferente da vogal que iniciar o segundo elemento.

Exemplos:
Estou lendo um livro de auto-ajuda. Ele passou na auto-escola!
Estou lendo um livro de autoajuda. Ele passou na autoescola!

Mais exemplos: agroindustrial, autoafirmação, autoaprendizagem, autoestrada, autoimagem, contraindicação,


contraoferta, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto,
semiárido, semiautomático, supraocular, ultraelevado, etc.

b) Quando o prefixo da palavra terminar em vogal e o segundo elemento começar com as consoantes s ou r.
Nesse caso, a consoante será duplicada.
Exemplos:
Meu namorado é ultra-romântico. Comprei um creme anti-rugas.
Meu namorado é ultrarromântico. Comprei um creme antirrugas.
Mais exemplos: antessala, antirreligioso, antissemita, autorretrato, antissocial, arquirromântico,
autorregulamentação, contrarregra, contrassenso, extrarregimento, extrasseco, infrassom, neorrealismo,
ultrarresistente, ultrassonografia, semirreta, suprarrenal.

USO DO HÍFEN

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Com o novo acordo, o hífen passou a ser utilizado quando a palavra for formada por um prefixo terminado em
vogal e a palavra seguinte iniciar pela mesma vogal. Observe o exemplo abaixo:
microônibus->micro-ônibus
Mais exemplos: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, contra-ataque,
micro-ondas, semi-interno, etc.
Atenção: se o prefixo terminar com consoante, usa-se hífen se o segundo elemento começar com a mesma
consoante.
Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, super-resistente, super-romântico, etc.
Lembre-se: nos demais casos, não se usa o hífen.

Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

CRASE

CRASE: é a fusão de duas vogais idênticas, a (preposição) +a (artigo)= à. Representa-se graficamente a crase
pelo acento grave(`)

Ocorrerá a crase sempre que houver um termo que exija a preposição a e outro que aceite artigo a.
Para termos certeza de que “a” aparece repetido, basta utilizarmos alguns artifícios:
Substituir a palavra feminina por uma masculina correspondente. Se aparecer ao ou aos diante de palavras
masculinas, é porque ocorre a crase.

Exemplo:1) Temos amor à arte ( Temos amor ao estudo) / Respondi às perguntas ( Respondia aos questionários)

OCORRE CRASE

#Antes de substantivo feminino que exija crase. Ex: Adaptei-me à turma.


#Antes de nomes de localidades, quando estes exigirem artigo. Ex: Viajaremos à Colômbia.
#Antes de numeral seguido da palavra hora, mesmo subentendida. Ex: Chegaremos às quatro horas.
#Quando puder subentender as palavras moda ou maneira. Ex: Saiu à francesa.
#Quando o artigo está desacompanhado do seu respectivo substantivo. Ex: O atleta correu da quadra de tênis à
de basquete.
#Antes da palavra casa, se esta vier determinada. Ex:Retornou à casa paterna.
#Antes da palavra terra, se esta não for antônima de bordo. Ex: Voltou à terra onde nascera.

NÃO OCORRE CRASE

#Antes de substantivo masculino. Ex: Iremos a cavalo.


#Antes do artigo indefinido uma. Ex: Foi a uma igreja rezar.
#Antes de verbo. Ex: Convenceu-me a aceitar.
#Antes de expressões de tratamento. Ex; Remetemos a Vossa Senhoria os documentos.
#Na locução a distância, quando não determinada. Ex: O líder assistia tudo a distância.
# Entre substantivos repetidos. Ex: Ficou cara a cara com o assaltante.

USO FACULTATIVO DE CRASE

# Antes de nome próprio referente a pessoa. Ex: Ofereci um poema a/à Luiza.
# Antes de pronome possessivo. Ex: Dirigiu a palavra a/à nossa secretária.
# Depois de até. Ex: Caminhou até a/ à porta.

TIPOLOGIA TEXTUAL

Os textos, independentemente do gênero a que pertencem, se constituem de sequências com


determinadas características linguísticas, como classe gramatical predominante, estrutura sintática, predomínio de
determinados tempos e modos verbais, relações lógicas. Assim, dependendo dessas características, temos os
diferentes tipos textuais. Os gêneros textuais são inúmeros, dependendo da função de cada texto e das diferentes

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situações comunicacionais. O mesmo não acontece com os tipos textuais, que são poucos: narrativo, descritivo,
argumentativo, explicativo ou expositivo, injuntivo ou instrucional.

Narrativa – marcada pela temporalidade; como seu material é o fato e a ação, a progressão temporal é essencial.

Descrição – apresentação pura e simples do estado do ser descrito em um determinado momento.

Argumentação – Ao opinar, ou seja, expressar um parecer sobre alguma pessoa, acontecimento ou coisa,
intenta-se persuadir o leitor ou o ouvinte, fundamentando o que se diz com argumentos de acordo com o assunto
ou tema, a situação ou o contexto e o interlocutor.

Explicativo – intenta explicar ou dar informações a respeito de alguma coisa.

Injuntivo – indicam ordens ou orientações.

COESÃO E COERÊNCIA

A coesão trata das ligações formais entre as várias partes do texto. Observe a frase: “As políticas de
segurança pública preveem medidas para a próxima década, mas o cidadão espera uma proteção imediata”.
Aqui, a coesão é garantida pela conjunção adversativa mas, opondo a situação política à expectativa do cidadão.
Já a coerência trata da ligação entre as ideias expressas no texto. De nada adianta usar conectivos gramaticais
se as relações entre as ideias conectadas não fizerem sentido. Observe a frase: “Para me inscrever no concurso,
não precisei apresentar nenhum documento, pois a atendente só pediu meu cartão de identidade”. A exigência do
cartão de identidade nega a afirmação de que não foi necessário nenhum documento e ilustra um dos problemas
de coerência mais comuns: a contradição
Assim, a coerência se dá pelo fato de os enunciados produzidos na conversação se apresentarem mutuamente
ligados de maneira ordenada e significativa. A coesão, por sua vez, é uma relação linear entre as sentenças, não
sendo nem necessária nem suficiente para a coerência, já que pode haver textos destituídos de coesão, mas cuja
textualidade se dá no nível da coerência.

ESTRUTURA DAS PALAVRAS

Observe: terra – terras – terroso – terreiro – desterrar


a) uma parte constante em cada série: terr-
b) uma parte que varia de palavra para palavra:-a, -s, -oso, -eiro, -des, -ar.

Radical – Parte invariável terr- constitui o radical de cada uma das palavras acima. É o radical que irmana as
palavras da mesma família e lhes dá uma base comum de significação.
As outras formas resultam de ligação ao radical de certos elementos, que, como veremos, podem ser :

Desinência – As desinências têm simplesmente valor gramatical. Serve para indicar:


a) Nos substantivos e adjetivos ( e em certos pronomes) – gênero, grau e número.
b) Nos verbos – o número, pessoa, tempo e modo.

Afixos (prefixo e sufixo) : São elementos que se agregam ao radical para modificar-lhe o significado. Os afixos
que se antepõe ao radical chamam-se prefixos, ex: desterrar; os que a ele se pospõem, sufixos, ex: terroso.

Vogal temática e tema: O radical acrescido de uma vogal temática, denomina-se tema.

Vogal e consoante de ligação: Se examinarmos, por exemplo, os vocábulos gasômetro e cafeteira, verificamos
que:
a) o primeiro é formado de dois radicais – gás- + -metro -, ligados pela vogal –o, sem valor significativo;
b) o segundo é constituído do radical café-+ o sufixo-eira, entre os quais aparece a consoante insignificativa -t-
para evitar o desagradável hiato -éê-.
As esses sons, empregados para tornar a pronúncia das palavras mais fácil ou eufônica, denominam-se vogais
ou consonantes de ligação.

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FORMAÇÃO DE PALAVRAS

O primeiro passo para entendermos os processo de formação de palavras é percebermos que em português há:

Palavras primitivas: aquelas que, na língua portuguesa não provêm de outra palavra: casa / pedra/flor
Palavras derivadas: aquelas que provêm de outra palavra: casebre/pedreiro/floreira
Palavras simples (um só radical):cavalo / palavras compostas(dois ou mais radicais): planalto

Principais processos:

COMPOSIÇÃO – quando se juntarem dois ou mais radicais para formar nova palavra:
Justaposição – junção sem que ocorra alteração fonética: couve-flor
Aglutinação – junção que ocorre alteração fonética: (água+ardente) aguardente

DERIVAÇÃO - (por acréscimo de afixos)


Prefixal – (ou prefixação):IN feliz.
Sufixal - (sufixação): feliz MENTE.
Parassintética – acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo: En / trist(radical)ECER.
Regressiva – redução da palavra primitiva: caçar (verbo) – caça (substantivo e derivada).
Imprópria – As palavras podem mudar de classe gramatical: a) de substantivos próprios a comuns = damasco,
Quixote; b) de substantivos comuns a próprios = Coelho, Leão; c) de adjetivos a substantivos = capital, circular; d)
de substantivos a adjetivos = burro, colégio-modelo;

SEMÂNTICA

A Semântica estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo( significante


+significado), de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto.

Língua – Fenômeno social e abstrato, geral e constante que está na consciência de todos os membros de uma
comunidade linguística.
Fala – Individual e concreta, realização de um lugar e momento determinado (tem haver com entrada e saída de
ar – pregas vocais)em cada membro social.
Tipos de linguagem: Verbal – aquela que faz uso das palavras para comunicar algo; Não verbal: que utiliza
outros métodos de comunicação; Mista: utiliza a linguagem verbal e a não verbal.

ATENÇÃO: A língua escrita não é apenas a representação da língua falada, mas sim um sistema mais disciplinado
e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as mímicas e o tom de voz do falante.
A língua falada é mais espontânea, abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade.
No Brasil, por exemplo, todos falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua devido a diversos
fatores:
Fatores regionais – macaxeira / mandioca
Fatores culturais – nós vai / nós vamos
Fatores contextuais – você poderia me ajudar? / pô cara, me dá uma mão aí!
Fatores profissionais – profissional da área de informática – software
Fatores naturais – uma mulher quando encontra amiga: oi amiga / diferente do homem: fala palhaço

Significação das palavras: Quanto à significação, as palavras são divididas nas seguintes categorias:

Sinônimos: que possuem significadospróximos: casa/ lar / moradia


Antônimos: que possuem significados opostos: mal/bem – ausência/presença
Polissemia: é a propriedade que uma mesma palavra tem de apresentar mais de um significado: banco:
instituição financeira / assento
Homônimo homófono: palavra que a escrita é diferente, mas possui a mesma pronúncia: acento /assento.
Homônimos perfeitos: possuem a mesma grafia e a mesma pronúncia: cedo (eu cedo este lugar = verbo) / cedo
(chegueicedo = advérbio tempo).
Homônimo homógrafo: palavra que a grafia é idêntica, mas apronúncia é diferente: ele (pronome), ele (letra do
alfabeto)
Parônimas: palavras que possuem significados diferentes, mas são muito parecidas na pronúncia e escrita:
cavaleiro (que cavalga) / cavalheiro ( homem gentil) – iminente (perigo) / eminente (supera, excelente)
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FIGURAS DE LINGUAGEM

Ambiguidade:Duplicidade de sentido.Ex: João não conseguia passar próximo ao banco. ( banco casa imobiliária
ou assento).
Sinestesia: É uma espécie de metáfora que consiste na união de impressões sensoriais diferentes.Ex:O cheiro
doce e verde do capim trazia recordações da fazenda, para onde nunca mais retornou. (cheiro = sensação
olfativa; doce = sensação gustativa; verde = sensação visual).
Metonímia:É a substituição do sentido de uma palavra ou expressão por outro sentido, havendo entre eles uma
reação lógica.Ex: Ouvi Mozart com emoção. (a música de Mozart).
Eufemismo: Figura que consiste no abrandamento de uma expressão de sentido desagradável.Ex: Aqueles
homens públicos apropriam-se do dinheiro.
(apropriar-se = roubar).
Hipérbole: Figura que através do exagero procura tornar mais expressiva uma ideia. Ex: Na época de festa junina,
sempre morro de medo de fogos de artifício.
Comparação: Consiste em estabelecer uma equivalência explícita entre um comparado e um comparante,por
meio de um termo de comparação, que pode ser uma palavra ou locução. Ex: O calor de teu corpo é (como, assim
como, tal qual) a brasa do lume.
Metáfora:É uma comparação implícita, ou seja, não possui o termo comparativo. Ex:Teu corpo é a brasa do lume.
Prosopopeia ou personificação:Atribui qualidades, ações ou características humanas a seres não humanos. Ex:
A pequena árvore estava alegre com a chegada da primavera.

MORFOLOGIA

SUBSTANTIVOS

É a palavra que dá nome aos seres em geral (Brasil, Pedro, caderno, casa, chuva, avião, amor, ódio,
fada, Deus, o andar, o falar).

Classificação:

Comum: designa todos os seres de uma mesma espécie (criança, rio, cidade, país).

Coletivos: indicam multiplicidade de seres de uma mesma espécie (boiada – muitos bois, cardume- muitos
peixes, semana – os sete dias da semana).

Próprios: são aqueles que particularizam um ser da mesma espécie (Brasil, João, Pedro, Jornal do Brasil,
Argentina, rio São Francisco, Rio de Janeiro, São Paulo)

Concreto: designa seres reais ou imaginários de existência independente de outros seres (casa, livro, bruxa, saci,
escola).

Abstrato: designa ser de existência dependente de outro (doença, amor, ódio, solidão, beleza)

Formação:

Primitivo: terra, livro.


Derivado:terreno, livraria.
Simples: contém um só radical – livro, tempo.
Composto: contém mais de um radical - guarda-livros, passatempo.

Flexão:

Gênero: masculino e feminino.


Número: singular e plural.

Adjetivo
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Palavra que indica qualidade ou propriedade dos seres; é essencialmentemodificador de substantivo.


( As excelentes perguntas dos alunos deixaram o professor satisfeito.)

Locução adjetiva

Expressão geralmente formada de preposição, mais substantivo, com valor de adjetivo. ( A água da chuva destruiu
a lavoura de café.)
Artigos

Palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo, concorda em gênero e número com o
substantivo a que se refere e pode ser definido( o, a, os ,as) ou indefinido (um, uns, uma, umas).

Numeral
Palavra que se refere ao substantivo dando ideia de número. Indicam número de seres (cardinais: um,
dois, três); número de ordem (ordinais: primeiro, segundo, terceiro), aumento proporcional (
multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo) ou diminuição proporcional da quantidade (fracionários: meio,
terço, quarto).Ex: Choveu durante quatro semanas.O terceiro aluno da fila era o mais alto

Pronome

É a palavra que representa um substantivo ( pronome substantivo) ou o acompanha ( pronome adjetivo),


determinando-lhe a extensão do significado, ou faz referência a todo um sintagma anterior.

Classificação:

Pronomes pessoais retos e oblíquos:

Pronomes de tratamento:

Vossa Alteza, Vossa Eminência, Vossa Reverendíssima, Vossa Excelência, Vossa Magnificência,Vossa Majestade,
Vossa Santidade, Vossa Senhoria, você, senhor, senhora, entre outros.

Pronomes demonstrativos:

PRONOMES DEMONSTRATIVOS – Indicam a posição de um ser ou objeto em relação às pessoas do discurso.


1ª pessoa este(s), esta(s), isto……………..se refere a algo que está perto da pessoa que fala.
2ª pessoa esse(s), essa(s), isso…………….se refere a algo que esta perto da pessoa que ouve.
3ª pessoa aquele(s), aquela(s), aquilo…se refere a algo distante de ambos.Ex: Este livro que está em minhas
mãos é muito útil. Esse livro que você tem é ótimo. Aquele livro que ele comprou é bom

Pronomes possessivos

Indicam posse. Estabelece relação da pessoa do discurso com algo que lhe pertence.
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Singular Plural
1ª pessoa meu(s), minha(s) nosso(s), nossa(s)
2ª pessoa teu(s), tua(s) vosso(s), vossa(s)
3ª pessoa seu(s), sua(s) dele(s), dela(s)

Pronomes indefinidos

São imprecisos, vagos. Se referem à 3ª pessoa do discurso.São formas variáveis: algum(s), alguma(s),
nenhum(s),nenhuma(s), todo(s), toda(s), muito(s), muita(s), pouco(s), pouca(s), tanto(s), tanta(s), certo(s), certa(s),
vário(s), vária(s), outro(s), outra(s), certo(s), certa(s), quanto(s), quanta(s), tal, tais, qual, quais, qualquer,
quaisquer.São formas invariáveis: quem, alguém, ninguém, outrem, cada, algo, tudo, nada. Ex: Ninguém estuda
diariamente.

Pronomes interrogativos

São aqueles usados na formulação de uma pergunta direta ou indireta. Assim como os indefinidos
referem-se a 3º pessoa do discurso: que, quem qual ( e variações ) quanto ( e variações). Ex:Que dia é hoje?
/Diga-me que dia é hoje

Pronome relativo

Fazem referência a um termo anterior conhecido como antecedente.Variáveis: o qual, a qual, os quais, ;
cujo(s), cuja(s), quanto (s), quanta (s).Invariáveis: que, quem, onde.Ex: A cidade de que ele procede é populosa.
(que=a qual=pronome substantivo relativo)

Verbo
Palavra que exprime ação, estado e fenômeno da natureza situados no tempo.Ex:

Cantaremos na festa( ação )


O dia está quente( estado )
A vida tornou-se prazerosa( mudança de estado )
Choveu muito( fenômeno da natureza )

São três as conjugações em língua portuguesa:

1ªConjugação:verbos terminados em AR
2ªConjugação:verbos terminados em ER
3ª Conjugação: verbos terminados em IR

Quanto à morfologia, classificam-se em:

Regulares: quando se flexionam de acordo com o paradigma da conjugação. Não há alteração no radical durante
a conjugação.
ESTUDAR – eu estudo, tu estudas, ele estuda, nós estudamos…

Irregulares: quando não seguem o paradigma da conjugação. Há alteração no radical durante a conjugação
CABER – eu caibo… MEDIR – eu meço… eu peço...

Anômalos: quando sofrem modificação também no radical. Mudam o radical na conjugação.


IR – eu vou… SER – eu sou…

Defectivos: quando não são conjugados em todas formas.


FALIR – não possui 1ª, 2ª e 3ª pessoa do pres. do indicativo e pres. do subjuntivo.
Abundantes: quando possuem mais de uma forma de conjugação.
ACENDIDO – ACESO, INCLUÍDO – INCLUSO

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Quanto ao número podem ser: Singular e Plural.


Quanto à pessoa podem ser:
1ª pessoa – a que fala
2ª pessoa – com quem se fala
3ª pessoa – de quem se fala

Flexionam-se em tempo para indicar o momento em que ocorrem os fatos:( pretérito, presente e futuro).

Há ainda três formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.

As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação.

Voz ativa, quando o sujeito pratica a ação: O professor elogiou o aluno.


Voz passiva, quando o sujeito recebe a ação: O aluno foi elogiado pelo professor…
Voz reflexiva, quando o sujeito pratica e recebe a ação: Dedicou-se aos estudos.

Palavras invariáveis:advérbio, preposição, conjunção e interjeição

ADVÉRBIO
Palavra que acompanha um verbo (Chovia copiosamente), um adjetivo ( És muito sincera ), ou um outro
advérbio ( chegamos muito cedo ) a fim de modificar ou dar mais precisão ao seu sentido.

Classificação:

Afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente.


Dúvida: acaso, porventura, talvez.
Intensidade:bastante, mais, menos, muito, pouco, tanto, quão.
Lugar: abaixo, acima, além, cá, defronte, dentro, detrás, longe, perto.
Modo: assim, bem, depressa, devagar, generosamente, lindamente, pobremente.
Negação: não.
Tempo: agora, ainda, amanhã, antigamente, antes, breve, cedo, depois, hoje, outrora, sempre.

Locução adverbial

Expressão com valor de advérbio:

À noite os assaltantes invadirama residência do embaixador ( loc. adv. de tempo).

Preposição

Palavra invariável que liga termos ou orações, estabelecendo entre eles uma relação de regência; nessa
relação, o regente requer um termo ou oração que lhe determina, completa ou amplia o sentido.Ex:

Amor de mãe.
Precisamos de dinheiro.
Se cortou comfaca.

Locução prepositiva

Expressão com valor de preposição ; normalmente as locuções prepositivas terminam em preposições:


para com, por sobre, exceto em, acima de, abaixo de, junto a, quanto a, à procura de, à moda de, à disposição de,
não obstante, apesar de, graças a, etc.

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Conjunção

Palavra invariável que liga orações ou termos da oração.

Conjunções coordenativas:

Ligam termos ou orações de mesmo valor.

Pedro e Paulo foram apóstolos. ( conjunção ligando dois substantivos)

As conjunções coordenativas podem ser:

Aditivas: (e, nem, mas também);


Adversativas: (mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto);
Alternativas: (ou,ou...ou, ora...ora, quer...quer);
Conclusivas: ( logo, portanto, por conseguinte);
Explicativas: (que, pois, porque).

Conjunções subordinativas:

Quando a conjunção exerce seu papel de ligar as orações, e estabelece entre elas uma relação de
dependência sintática, temos subordinação.Ex: Maria confirmou que não esteve em casa hoje.

Podemos classificar as conjunções subordinativas em:

• integrantes – são introdutórias de orações subordinadas substantivas: que, se, como, etc.;
Exemplo: Não sei dizer se ele chegou.

• causais – exprimem causa: porque, como, uma vez que, já que, etc.;
Exemplo: Eu sou feliz porque tenho uma família.

• concessivas – exprimem concessão: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, etc.;
Exemplos: Quando fui dormir ainda estava claro, ainda que passasse das sete da noite.
Apesar de estarmos refletindo mais sobre a economia do país, os juros só tem aumentado.

• condicionais – exprimem condição ou hipótese: se, desde que, contanto que, caso, se, etc.;
Exemplo: Avise-me caso eles já saibam da nova lei.

• conformativas – exprimem conformidade: conforme, segundo, como, consoante.;


Exemplo: Conforme ia passando o tempo, meu corpo cansava cada vez mais.

• comparativas – estabelecem comparação: como, mais...do que, menos...do que, etc.;


Exemplo: Estou mais feliz hoje do que ontem.
Ele chorou como quem tivesse perdido algo de muito valor sentimental.

• consecutivas – exprimem consequência: de forma que, de sorte que, que, etc.;


Exemplo: Estudou tanto que adormeceu.

• finais – exprimem finalidade: a fim de que, que, porque, para que, etc.;
Exemplo: Vamos embora a fim de que possamos assistir ao filme.

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Matéria: Português Turma: ______________

• proporcionais - estabelecem proporção: à medida que, à proporção que, ao passo que, etc.;
Exemplo: À medida que estudo todos os dias, minha memória se torna melhor.

• temporais – indicam tempo: quando, depois que, desde que, logo que, assim que, etc..
Exemplo: Desde que você foi embora, meu coração gerou expectativa para que voltasse

Interjeição:

Palavra invariável que traduz sentimentos que envolvem o falante.


(ah!, avante!, bis!, oh!, hum!! Psiu!! Alto!!, basta!!)

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