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01 Definicoes PDF
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embarcações e aeronaves;
G instalação em minas;
Alimentação de instalações BT
Uma instalação de baixa tensão pode ser alimentada:
a) diretamente em baixa tensão:
G por rede pública em baixa tensão da concessionária, ca-
so típico de pequenas edificações residenciais, comerciais
e mesmo industriais (pequenas oficinas, por exemplo);
G por transformador exclusivo, da concessionária, co-
mo é o caso de edificações residenciais e comerciais de
maior porte (muitas vezes as unidades residenciais ou co- Fig. 1 – Esquema simplificado da entrada de serviço
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merciais em edificações de uso coletivo são alimentadas,
– em CC:
G 2 condutores;
G 3 condutores.
Fig. 2 – Origem de instalação alimentada diretamente em bai-
xa tensão É o que mostra a figura 4, indicando o tipo de fonte
(secundário do transformador, em CA, e saída do gera-
A NBR 5410 considera, para a alimentação da instala- dor, em CC).
ção, diversos esquemas de condutores vivos, em corrente Para as unidades consumidoras alimentadas pela conces-
alternada (CA) e em corrente contínua (CC). São eles: sionária diretamente em baixa tensão — a chamada “tensão
– em CA: secundária de distribuição” —, o esquema de condutores vi-
G monofásico a 2 condutores (fase–neutro ou fase–fase); vos é determinado em função do sistema de distribuição (re-
G monofásico a 3 condutores (2 fases–neutro); de pública com transformadores com secundário em delta ou
G bifásico a 3 condutores (2 fases–neutro); em estrela), da potência instalada e da potência máxima, in-
G trifásico a 3 condutores (3 fases); dividual, para motores e outros equipamentos, conforme in-
G trifásico a 4 condutores (3 fases–neutro). dicam os “manuais de ligação” das diversas concessionárias.
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A caixa de derivação é utilizada para passagem e/ou li- Isolamento é o conjunto das propriedades adquiri-
gação de condutores, entre si e/ou a dispositivos nela instala- das por um corpo condutor, decorrentes de sua isola-
dos, como por exemplo tomadas de corrente e interruptores. ção. Tem o sentido “quantitativo” e seu uso está sem-
Um condulete é um tipo particular de caixa de derivação, uti- pre associado à idéia de valor, por vezes até implicita-
lizado em linhas aparentes. mente (resistência de isolamento, isolamento para bai-
Nas instalações elétricas, os equipamentos de utilização xa tensão, isolamento para 0,6/1 kV).
fixos podem ser alimentados diretamente pelos condutores Quando uma isolação perde sua propriedade de iso-
do circuito respectivo, como é o caso de muitos equipamen- lar, falamos em falha de isolamento.
tos de uso industrial ou análogo (máquinas-ferramenta, for- Choque elétrico é o efeito patofisiológico resultante
nos, etc.) e de certos aparelhos eletroprofissionais de porte da passagem de uma corrente elétrica, a chamada cor-
(raios-X, por exemplo). Podem também ser ligados a toma- rente de choque, através do corpo de uma pessoa ou de
das de corrente exclusivas — no jargão da NBR 5410, toma- um animal. Eletrocussão é o choque elétrico fatal.
das de uso específico —, como é o caso, entre os aparelhos No estudo da proteção contra choques elétricos deve-
eletrodomésticos, de condicionador de ar tipo janela e, entre mos considerar três elementos fundamentais:
os eletroprofissionais, de estufas e exaustores. Ou, ainda, G Parte viva – condutor ou parte condutora a ser ener-
através de caixas de derivação exclusivas – caso típico de gizada em condições de uso normal, incluindo o con-
chuveiros e torneiras elétricas – que, para efeito de projeto, dutor neutro, mas, por convenção, excluindo o condu-
podem ser consideradas tomadas de uso específico. tor PEN — que exerce a dupla função de neutro (N) e
Em geral, os equipamentos de utilização estacionários, co- de condutor de proteção (PE), sendo PEN = PE + N.
mo copiadoras, microcomputadores e geladeiras, são ligados G Massa (ou parte condutiva exposta) – parte conduti-
a tomadas de corrente não-exclusivas, de uso geral, a menos va que pode ser tocada e que normalmente não é viva,
que, quando da elaboração do projeto, exista um layout prees- mas pode tornar-se viva em condições de falta, isto é,
tabelecido. Nesse caso, as tomadas serão “de uso específico”. de falha de isolamento. Um invólucro metálico de um
Por sua vez, os equipamentos de utilização portáteis e equipamento elétrico é o exemplo típico de massa.
manuais são ligados, naturalmente, a tomadas de uso geral. G Elemento condutivo estranho (à instalação) – não
Quadros de distribuição destinam-se a receber energia faz parte da instalação elétrica, mas pode nela introdu-
de uma ou mais alimentações e distribuí-la a um ou mais cir- zir um potencial, geralmente o da terra. É o caso dos
cuitos, podendo também desempenhar funções de proteção, elementos metálicos usados na construção de edifica-
seccionamento, comando e/ou medição. Trata-se, como se ções, das canalizações metálicas de gás, água, ar condi-
vê, de um conceito amplo que abrange quadros de luz, pai- cionado, aquecimento, etc., bem como dos pisos e pa-
néis de força, centros de medição e CCMs (centros de co- redes não-isolantes.
mandos de motores), entre outros equipamentos. Numa instalação, os choques elétricos podem provir
de dois tipos de contatos:
G contato direto: contato de pessoas ou animais com
partes vivas sob tensão; e
Definições e G contato indireto: contato de pessoas ou animais
com uma massa que ficou sob tensão em condições de
Falta,falha e defeito
Definições (IV): Os termos “falha” e “defeito” não devem ser
usados no lugar de "falta", cuja definição é apresenta-
faltas, da no artigo.
Falha significa o término da capacidade de de-
sobrecorrentes e sempenhar a função requerida. É o caso, por exemplo,
de um dispositivo automático que não atua mais nas
sobretensões condições em que deveria ou de uma isolação que per-
deu sua capacidade de isolamento.
Defeito é uma alteração física que prejudica a se-
ma falta elétrica é o contato ou arco acidental entre gurança e/ou o funcionamento de um componente. É,
propaga ao longo de um sistema elétrico. Em geral, o termo G facilitar as verificações e os ensaios que se façam ne-
é utilizado referindo-se à tensão e à corrente. Define-se: cessários; e
G surto atmosférico como o surto de tensão provocado G realizar manutenções e eventuais ampliações, sem afetar
por uma descarga atmosférica; e outras partes da instalação.
G surto de manobra como o surto de tensão provocado A norma impõe que os circuitos terminais sejam indivi-
pela operação de um dispositivo de manobra. dualizados pela função dos equipamentos de utilização ali-
Um impulso, de corrente ou de tensão, é um transitório mentados, fazendo com que a instalação seja dividida em di-
produzido em laboratório para efeito de ensaio dos compo- versas categorias de circuitos, cada uma com um ou mais cir-
nentes de uma instalação. cuitos terminais, dependendo, é lógico, do tipo e do tamanho
da instalação. De um modo geral, são as seguintes as catego-
rias de circuitos terminais:
G circuito de iluminação;
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mentados. Sua característica essencial é a proteção dos con- mentadas. No entanto, é conveniente, por razões práticas e
dutores contra sobrecorrentes. Os condutores podem even- mesmo de segurança, que não se tenha um número excessivo
tualmente não possuir a mesma seção nominal ao longo do de pontos num circuito terminal. Assim, por exemplo, para
circuito, desde que os dispositivos de proteção sejam selecio- uma unidade residencial, o guia da norma francesa
nados para proteger os condutores de menor seção. NFC 15-100 recomenda um máximo de oito pontos para os cir-
Numa instalação de baixa tensão, podemos distinguir dois cuitos terminais de iluminação e para os de tomada de corrente.
tipos de circuitos: o circuito de distribuição, que alimenta um A NBR 5410 impõe, para as unidades residenciais e aco-
ou mais quadros de distribuição; e o circuito terminal, que é modações (quartos e apartamentos) de hotéis, motéis e simi-
ligado diretamente a equipamentos de utilização e/ou a toma- lares, circuitos independentes para cada equipamento com
das de corrente. Um quadro de distribuição de onde só partem corrente nominal superior a 10 A (1270 VA em 127 V ou
circuitos terminais, pode ser chamado de quadro de distribui- 2200 VA em 220 V), isto é, circuitos “individuais”, com um
ção terminal ou, simplesmente, quadro terminal. único ponto, para tais equipamentos.
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A NBR 5410 prescreve que uma instalação deve ser divi- A propósito, é bom lembrar que a NBR 5410 impõe ain-
dida, de acordo com suas necessidades, em vários circuitos da circuitos distintos para pontos de iluminação e para toma-
(terminais e, em muitos casos, de distribuição), sendo que ca- das de corrente. Quer dizer, não é possível incluir, num mes-
da circuito deve ser concebido de forma a poder ser secciona- mo circuito, pontos de iluminação e tomadas de corrente. O
do sem risco de realimentação inadvertida, através de outro objetivo principal dessa prescrição é evitar que um problema
circuito. A previsão de vários circuitos permite: (por exemplo, uma falta) numa tomada de corrente, que pro-
G limitar as conseqüências de uma falta, que provocará voque a atuação da proteção do circuito e/ou exija para seu re-
apenas o seccionamento do circuito atingido, sem prejuízos paro o desligamento do circuito, deixe sem iluminação um
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a outras partes da instalação; determinado setor.