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SEMINÁRIO TEOLÓGICO EVANGÉLICO BETEL BRASILEIRO

CURSO DE TEOLOGIA COM CONCENTRAÇÃO EM MISSIOLOGIA

JOSÉ SAMUEL DE OLIVEIRA FERNANDES

RESENHA DO LIVRO “PESCADORES DE CRIANÇAS”


C.H.SPURGEON

JOÃO PESSOA
2015
O presente livro em análise nos faz enxergar a real importância das crianças no Reino
de Deus. Tidas como sendo os cordeiros (ou mais novos no rebanho), nem sempre as crianças
são tratadas com o valor que elas merecem, embora exijam uma atenção especial por parte de
seus responsáveis; especificamente, dentro desse contexto, tanto ao que concerne o
crescimento físico, quanto ao que se refere ao crescimento espiritual.
Assim, as crianças, também são tidas como fundamentais no Reino de Deus, e não
menos importantes que os que já são adultos, embora seja comum que os cultos estejam
voltados para os mais velhos, com toda uma sistemática que infelizmente exclui as crianças
do publico alvo. O autor do livro é claro em nos mostrar que a melhor pregação da palavra é
aquela que alcança a compreensão de todos que a ouvem. Nossa preocupação não deve ser
estrita como se as crianças fossem insignificantes e apenas os adultos interessassem, pelo
contrário, somos desafiados a nos importar com os pequeninos e fazer tudo ao nosso alcance
para que eles sejam alcançados por Deus. “O valor de uma alma não depende de quantos anos
se tem”. Devemos notar que as crianças são a história que se inicia com a possibilidade e
tempo para influenciar muitas outras histórias, assim sendo, quanto mais nos preocupamos
com elas, mais garantimos o futuro de uma geração que tem intimidade com Deus.
Somos comissionados na condição de pastores de ovelhas. Todos nós que fomos uma
vez alimentados pela palavra de Deus, somos desafiados para um trabalho cuidadoso de
alimentar cada cordeiro separadamente e ensinar cada criança a verdade que ela está mais apta
a receber. “Dos tais é o Reino dos céus”. Jesus se importava com as crianças embora as
pessoas não pudessem compreender essa importância que elas têm até mesmo nos dias atuais.
Quando o Senhor abençoou as crianças, ele estava fazendo sua última viagem a Jerusalém.
Foi, portanto, uma benção despedida o que ele deu aos pequeninos, e dentre suas últimas
palavras a seus discípulos, antes de ser levado para o céu, encontramos a ordem terna: “Cuide
dos meus cordeiros”. Algumas pessoas ao crescerem esquecem que foram crianças e passam a
tratar os pequeninos como se fossem irrelevantes, no entanto, é preciso recordar de nossa
essência e se tornar como criança.
Um dos grandes conflitos na instrução das crianças é a maneira como os pais pensam
que a igreja substitui os ensinamentos que devem ser primícias do lar. Pais que por vezes se
isentam dos seus deveres pessoais, atribuindo aos líderes da igreja, atribuições, competências
e responsabilidades que lhes pertencem. É importante fazer com que a criança desde o lar seja
introduzido nas Sagradas Escrituras, para que quando mais velho, não se desvie do caminho
da retidão. Nesse contexto, podemos levar em consideração o exemplo do jovem Timóteo, o
qual desde sua infância teve um ensinamento eficaz da palavra, conhecendo as Sagradas
letras. Sabe-se que as escrituras não salvam, mas podem tornar o homem sábio para salvação.
Uma das maneiras de instruir a criança é fazendo-a ter um olhar de tudo através do sacrifício
de Jesus para expiação dos nossos pecados.
Muitos são os exemplos utilizados pelo autor, dentre eles, o do jovem Samuel, cujo
temor do Senhor o fazia sensível à voz de Deus. É importante não apenas ensinar a criança a
respeito dos ritos de uma religião, mas fazê-la ter consciência e sentir no coração a
significância de cada gesto que a aproxima de Deus. É preciso fazer a criança entender o que
está por trás de cada atitude, para que seus gestos não se tornem robóticos ou dotados de
hipocrisia, ainda que de maneira inconsciente.
Neste livro entendemos um conjunto de instruções relevantes e direcionadas as
crianças e aqueles que lidam com elas o tempo todo. Primordialmente, o autor destaca a
necessidade das crianças serem frequentes nas escolas, mas não através de promessas vazias
ou graves ameaças feitas pelos pais, no obstante, atraídas por um lugar agradável que irá lhes
garantir um excelente aprendizado. É preciso ensinar as crianças a respeito da moralidade, que
envolve, principalmente, em “guardar a língua de todo mal e os lábios de toda falsidade”.
Fazer os pequenos desenvolverem respeito pelo Senhor, entendendo que Ele tudo ver e que o
pecado é o mal que nos afasta de Sua presença; mas existe uma benção em ser cristão, é que o
Senhor redime a vida de todos os seus servos. Dessa forma, as crianças entenderão que
precisam de Deus para ser salvas e que esta amizade com o Senhor, originará bons frutos que
irão garantir o crescimento e aperfeiçoamento da fé.
É preciso entender que somos nós os responsáveis pelo ensino, devendo haver em nós
o respeito pelo que transmitimos e pra quem transmitimos. Acima de tudo está é uma
responsabilidade atribuída por Deus e realizada para louvor do Seu nome. As crianças
precisam de ensino e nossa missão é estarmos preparados para atentamente as auxiliar no
desenvolvimento da fé.
Assim o autor, diante de muitos outros exemplos, nos condiciona a ser instrumentos de
Deus para ensinar sobre a verdade e a santidade, suficientes para remedia o erro e a
impiedade. As crianças são o futuro e mais do que nunca se faz necessário investir na
continuidade de nossa geração.

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