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Os ácidos nucleicos são moléculas vitais responsáveis pela função celular. Estes, no geral, são
polímeros de nucleótidos. Estas macromoléculas contêm a informação para determinar a
sequência de aminoácidos e a função da proteína que se irá formar. Catalisam um número
fundamental de várias reações químicas nas células, incluindo a regulação da expressão dos
genes.
O DNA é uma molécula que contém a informação necessária para a produção de todas as
proteínas do organismo. Porções da sequência nucleotídica são copiadas em moléculas RNA
mensageiro (RNAm) que são diretamente sintetizadas numa proteína específica. Esta síntese
baseia-se em dois processos: transcrição e tradução da informação genética inicial contida no
DNA. A molécula de RNAm é lida por uma nova molécula de RNA, o RNA transferência – RNAt.
Este processo contém a ajuda do RNA ribossomal – RNAr – que promove a associação de
vários componentes.
O modelo de Watson e Crick propunha que o DNA era constituido em duas cadeias
polinucleotidicas que se enrolam em torno de um eixo formando uma dupla hélice. Os
esqueletos de açúcar-fosfato encontra-se virado para fora e as bases projectadas para dentro
(hidrofóbicas). A orientação destas cadeias é antiparalela, ou seja, a sua direcção 5’-3’ é
oposta. As cadeias são unidas devido à sua complementaridade de bases, isto é, a A liga-se à T
com duas ligações de hidrogénio e a base G é emparelhada com a C através de 3 ligações de
hidrogénio. Ligações hidrofóbicas e interacções van der Waals entre as bases adjacentes
estabilizam a estrutura da dupla hélice. A estrutura em dupla hélice possibilita o mecanismo de
replicação do DNA.
Regra de Chargaff
Introdução
A organização do genoma numa célula ocorre por associação do DNA com várias
classes de proteínas, atingindo o máximo de compactação durante a mitose ou meiose.
Durante estes dois períodos, são visíveis os cromossomas formados por dois cromatídeos
unidos por uma estrutura designada centrómero. A descondensação do DNA em cromossomas
e a existência de estruturas, como o centrómero e o telómero, são essenciais para a
viabilidade celular, pois deles depende a distribuição equitativa do material genético durante a
divisão celular.
O DNA celular contém tanto genes codificantes como regiões não codificantes.
Genomas complexos exigem uma maior complexidade na organização cromossómica.
Um gene é definido como uma porção do cromossoma que determina um único carácter ou
fenótipo. O DNA contém outros segmentos que apresentam funções reguladoras, estas podem
fornecer informações que influenciam a transcrição dos genes.
O termo “cromossoma” é usado para se referir à molécula do ácido nucleico onde está
depositada a informação genética. Os cromossomas aparecem durante a divisão mitótica,
quando a célula não se está a dividir, o material genético, chamado de cromatina, não se
encontra condensado. Portanto, à medida que as células se preparam para dividir, a cromatina
condensa-se e organiza-se num número bem definido de cromossomas.
A cromatina consiste em fibras de proteínas e DNA. O DNA na cromatina está
fortemente associado a histonas, que empacotam e ordenam o DNA em unidades estruturais,
chamadas de nucleossomas.
As histonas são proteínas que se associam ao DNA eucariótico. São ricas em
aminoácidos básicos que lhes confere carga positiva, estas contactam com os grupos fosfato
carregados negativamente do DNA.
Quando a cromatina é extraída do núcleo e examinada ao microscópio electrónico, a
sua aparência depende da concentração de soluto a que é exposta. A baixas concentrações de
Mg2+, a cromatina encontra-se estendida como se fosse um “colar de contas” (imaginem que
as contas são os nucleossomas e o fio do colar o DNA linker. A cromatina isolada em altas
concentrações iónicas encontra-se condensada.
A organização celular é essencial devido ao grande comprimento nuclear de DNA. A
tarefa da compactação e organização celular deve-se às histonas. O complexo de histonas e
DNA é chamado de cromatina. Quando a célula não se encontra em divisão mitótica esta
encontra-se dispersa no núcleo, mas durante a fase mitótica encontram-se visíveis os
cromossomas.
DNA cromossomal
Nucleossoma
Nucleossomas em cadeia
Fibra de cromatina – complexo de
DNA compacto, proteínas histonas
(mais abundantes) e proteínas não
histonas
Cromossoma (metáfase)
Arquitetura da cromatina
Importância biológica:
Estrutura da cromatina
O DNA não se encontra livre, mas sim associado a catiões de baixo peso molecular, que
podem ser metais divalentes, de e poliaminas e proteínas. As interações são de natureza de
natureza electroestática de forma que o anião fosfato internucleotídico carregado
negativamente seja neutralizado por estes compostos carregados positivamente, ou pelos
resíduos de AA básicos. Estas interações resultam na condensação do DNA (compactação). O
DNA associado a histonas dá origem à cromatina.
Histonas
As caudas NTD’s das histonas não são observáveis: não têm uma estrutura definida,
encontram-se “para fora” no núcleo e são móveis. A superfície do nucleossomas providencias
uma estrutura de interface bastante larga para interações entre proteínas. Como dito, as
NTD’s são os domínios de interação proteína-proteína e proteína-DNA e são constituídas por
aproximadamente 30 aminoácidos.
Cada uma das histonas (H1,H2a, H2b,H3,H4) pode existir em diferentes formas porque as
cadeias laterais podem ser modificadas por metilação, ADP-ribosilação, fosforilação ou
acetilação. Tais modificações alteram a carga elécrica, a forma e outras propriedades das
histonas, com como as propriedades estruturais e funcionais da cromatina, possibilitando uma
regulação do metabolismo do DNA/RNA.
Acetilação
Um dos aminoácidos básicos constituintes dos NTD’s é a lisina. Adicionando um grupo acetil à
lisina, a carga desta fica neutralizada, inibindo a interação com o DNA. Quando isto acontece, a
cromatina tende a ficar numa conformação menos condensada, favorecendo os fenómenos de
transcrição e replicação.
Metilação
É um processo baseado na
transferência de grupos
metilo para os
aminoácidos das histonas,
tal como acontece com a
acetilação, a metilação de
histonas tanto pode
aumentar ou diminuir o
processo de transcrição de
genes.
Resumo geral
Nucleossoma
2 H2A + 2 H2B + 2 H3 + 2 H4
Cadeias de nucleossomas
Fibras de cromatina
Para além das histonas e de toda a sua importância com o nucleossoma, este também
se pode associar a proteínas não histónicas, para facilitar a sua tarefa nos processos de síntese
proteica. Os nucleossomas, juntamente com outras proteínas não histónicas formam as fibras
de cromatina. Devido aos diferentes tipos de
associações com diferentes proteínas existem
vários tipos de fibras de cromatina.
Resumo
Cromossomas
Transcrição da cromatina