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MERCANTILISMO
Num primeiro momento, havia uma visão primitiva: comércio servia para acumular metais
preciosos (ouro e prata) para os Estados.
→ Metalismo: acumulação de riquezas naqueles países com acesso primário a minas de metais
preciosos, como Portugal e Espanha.
→ Balança comercial favorável: estratégia adotada para acumular metais aos quais alguns
Estados não tinham acesso de forma primária, como Inglaterra e França.
FISIOCRACIA
Os fisiocratas defenderão a ideia de que a riqueza vem de Deus. Segundo os fisiocratas, o setor
agrícola seria o único setor capaz de criar riquezas. As demais atividades econômicas seriam
estéreis. O comércio seria uma forma de transbordamento dessa riqueza.
A economia seria regida por leis naturais. Os fisiocratas eram influenciados pelas descobertas
da Física. Economia se autorregularia segundo leis naturais definidas por Deus (primeira vez em
que se falou do não intervencionismo estatal – laissez-faire, laissez-passer).
Seres humanos são egoístas e, sendo assim, a melhora maneira de organizar a economia seria
usar o egoísmo das pessoas para beneficiar o coletivo. A busca do interesse individual pode
contribuir para o atingimento do interesse coletivo. Pessoas devem ser autorizadas a acumular
riquezas e seu enriquecimento também deve ser protegido. A propriedade privada e a livre
iniciativa devem ser protegidas.
Ex.: cervejeiro não faz cerveja porque é seu amigo, mas porque quer ganhar dinheiro.
A competição deve ser sempre protegida e estimulada, pois faz com que produtos sejam mais
baratos, melhores e faz com que a sociedade tenha mais bem-estar. De fato, após a ascensão
do pensamento liberal clássico, a renda per capita mundial cresceu significativamente a partir
do século XVIII.
Assim como não deve haver interferência na economia em nível local e nacional, países também
não devem interferir no mercado global. Essa divisão do trabalho também ocorreria em nível
internacional.
- Se o país X produz tecidos mais baratos que o país Y, terá vantagem absoluta nesse produto e
será mais especializado na produção de tecidos, vendendo-os ao país Y.
- Se o país Y produz alimentos mais baratos que o país X, terá vantagem absoluta nesse produto
e será mais especializado na produção de alimentos, vendendo-o ao país X.
*Ambos os países terão acesso a tecidos e alimentos, com preços menores e qualidade superior.
Equivalência Ricardiana: quando o governo aumenta gastos, para estimular economia, sem
aumentar os respectivos impostos, pessoas vão retrair o seu consumo como forma de se
prepararem para um aumento futuro de impostos. Assim, governo, por meio de sua política de
tributação, não consegue gerar nem mais e nem menos crescimento econômico.
Enquanto Smith se concentrou mais na investigação da origem da riqueza, Ricardo dará mais
importância à questão da distribuição. Nesse sentido, Ricardo irá argumentar que todos os
setores tendem a ter uma lucratividade igual.
Se a agricultura tem, momentaneamente, lucro menor do que a manufatura, pessoas vão migrar
para a manufatura. Porém, com mais gente na manufatura, lucros reduzirão e agricultura voltará
a ter mais lucros. Refinamento do argumento da mão invisível: interesses individuais vão
autorregulando a economia, mas isso também se aplicaria para os diferentes setores.
Ao longo do século XX, países agrícolas deixam de dar preferência ao setor agrícola, pois
indústrias estavam dando mais lucro. Porém, agricultura passa a ter lucros maiores.
1) Terras mais férteis, renda da terra baixa e abundância de terras – LUCRO ALTO
2) Terras menos férteis, renda da terra fica mais alta, escassez de terras – LUCRO MENOR
Com lucros menores no setor agrícola, empresas vão migrar para o setor manufatureiro. Com o
crescimento desse setor, lucro também irá cair. Crescimento também cairá, pois está baseado
nos lucros. Com isso, se entende que economias mais desenvolvidas tendem a crescer menos.
Não seriam apenas as vantagens absolutas que determinariam o comércio. Embora alguém
tenha vantagens absolutas em relação a outro, o que vale é a vantagem comparativa.
Ricardo desafia a ideia de Smith de que o livre-comércio será bom para todos os países.
Vantagem absoluta seria uma parte da explicação. Vantagens absolutas estão dentro das
vantagens comparativas.
MODELO HECKSHER-OHLIN
→ É uma teoria neoclássica.
Mão de obra:
- 2 países passam a praticar livre-comércio entre si.
- 1 país que tem abundância de mão de obra e outro que tem escassez de mão de obra.
Um desses países exporta produtos de alta intensividade de mão de obra. País com escassez de
mão de obra acaba parando de usar a sua mão de obra.
Em seu discurso de posse, o ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou: “Nas
políticas de comércio exterior, o governo terá sempre presente a advertência que vem da
boa análise econômica”. À luz dessa afirmação e das teorias de comércio internacional,
julgue (C ou E) os itens subsecutivos.
1. David Ricardo aperfeiçoou as ideias de Adam Smith e desenvolveu a chamada Teoria das
Vantagens Comparativas. No livro Sobre os Princípios da Economia Política e da Tributação,
Ricardo defende que o comércio internacional é benéfico a todos os países que mantêm
vínculos comerciais entre si, pois o importante, segundo ele, são as vantagens
comparativas, não as absolutas, de todos os fatores de produção de uma economia.
Gabarito: ERRADO – vantagens comparativas são relativas a um produto, não a todos os
fatores de produção.
4. Uma das críticas da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) à teoria clássica
é que a sua análise do comércio internacional é estática, não dinâmica, de modo que as
elevadas elasticidades-renda e preço dos produtos básicos tendem a produzir deterioração
nos termos de intercâmbio ao longo do tempo, o que é desfavorável aos países
exportadores de bens primários.
Gabarito: ERRADO. A demanda por produtos básicos tem baixa elasticidade-renda.
1. A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a balança
comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.
Gabarito: ERRADO. Tarifas não surtem efeitos a longo prazo. Esse efeito se dissipa a longo
prazo. Apreciação posterior do câmbio vai ...XXXXOUVIR