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Estudo sobre a Teoria X e Y – Douglas McGregor

Oneris Grünewald Filho


Faculdade Anchieta de Ensino Superior do Paraná, PR

RESUMO

Esta pesquisa visa trazer um estudo sobre a Teoria X e Teoria Y onde ambas são teorias de
motivação humana criadas e desenvolvidas pelo psicólogo Douglas McGregor no instituto de
Tecnologia de Massachusetts na década de 1960 tendo sido utilizado em gestões de recursos
humanos, comportamento organizacional, comunicação organizacional e desenvolvimento
organizacional. Sendo descrevido dois pensamentos opostos sobre a motivação em relação ao
trabalho.

Palavras Chave: TeoriaX; TeoriaY; McGregor; Administração; Comportamental.

1 INTRODUÇÃO

A gestão de pessoas teve grande importância em dias mais antigos após a


industrialização, estudando a fundo métodos de comportamento organizacional a fim de
melhorar a produtividade através de maior eficiência de gerentes e funcionários. O estudo do
desempenho das organizações, consiste na análise do comportamento humano individualmente
e em grupos, focando-se principalmente no impacto de indivíduos, grupos e estruturas e seus
comportamentos dentro das organizações. Normalmente, é aplicado na tentativa de criar mais
organizações empresariais eficientes na mudança do ambiente interno e externo.

Os principais objetivos do estudo sobre comportamento organizacional são: (1) Relatar


sistematicamente como as pessoas se comportam em meio a uma variedade de condições, (2)
Procurar entender por que as pessoas se comportam de determinada forma, (3) Tentar prever o
comportamento futuro do empregado, (4) Saber como as pessoas podem ser motivadas, (5)
Melhorar o desempenho individual e do grupo para impulsionar a produtividade da organização.

Uma estratégia com grande impacto no comportamento organizacional desenvolvida


por Douglas McGregor no Instituto de Tecnologia de Massachusetts na década de 1960 consiste
em duas teorias chamadas de “Teoria X e Teoria”.
A teoria X chamada por McGregor de “Hipótese da mediocridade das massas”, visa que
os trabalhadores possuem uma aversão à responsabilidade e às tarefas do trabalho, necessitando
sempre de ordens superiores para realizar de maneira satisfatória o serviço. Estas ordens vêm
sempre acompanhadas de punição, elogios, dinheiro, etc. Métodos utilizados pelos gestores
para tentar gerar um empenho maior do colaborador.

Já na teoria Y a coisa muda de figura. Aqui os trabalhadores são encarados como pessoas
altamente competentes, responsáveis e criativas, que gostam de trabalhar e o fazem como
diversão. Sendo necessário que as empresas proporcionem meios para que estas pessoas possam
dar o seu melhor, com mais desafios, participações e influências na tomada de decisão. As duas
teorias acima são desenvolvidas com base em pesquisas realizadas em várias organizações no
século XX.

Neste artigo irei trazer um estudo sobre o posto de vista destas duas teorias
motivacionais humanas, considerando as suas bases e características distintas.

2 DESENVOLVIMENTO

I. TEORIA X

Esta teoria assume que os funcionários são por sua natureza preguiçoso, e que se puderem
evitaram ao máximo o trabalho. Como resultado disso, a gerência acredita que os trabalhadores
precisam ser supervisionados de perto requerendo uma estrutura hierárquica com intervalo
estreito de controle em cada e todos os níveis. “De acordo com essa teoria, os funcionários
mostrarão pouca ambição se não tiverem um programa de incentivo tentador e irão evitar a
responsabilidade sempre que puder”. (Dr. Vidya Hattangadi (2016) – Jornal Internacional de
Invenções de Negócios e Gestões – Vol. 5, Ed. 10 – Pág. 52).

Os administradores da Teoria X dependem fortemente de ameaças e intimidações para


obter o cumprimento de seus funcionários. Gerentes da Teoria X mostram um estilo autoritário
em que a ênfase é colocada em produtividade ou saída. Também reflete que tais gerentes se
comportam como cães de guarda e eles constantemente suspeitam que as pessoas querem evitar
o trabalho. A Teoria X é o estilo que predominou nos negócios após o sistema mecanicista da
gestão científica, sendo baseada em desconfiança nos funcionários e estilos de supervisão
altamente restritiva tornando o trabalho um ambiente disciplinar, dando assim origem a
lideranças autocráticas.

Tais líderes fornecem expectativas claras para o que precisa ser feito, quando deve ser
feito e como isso deveria estar pronto. Há também uma divisão clara entre o líder e os
seguidores. Em um ambiente de pequenas empresas, com um número limitado de funcionários
os proprietários geralmente implementam a Teoria X em sua forma de liderança sendo
considerado mais tradicional, aonde a responsabilidade cabe exclusivamente ao líder, e ele(a)
toma a decisão sem a necessidade de consultar os outros.

II. TEORIA Y

A Teoria Y é um estilo participativo de gestão que pressupõe que as pessoas exercitem


a auto direção e o autocontrole no alcance das metas e objetivos organizacionais. Assume que
os funcionários estão comprometidos com os objetivos da organização. A tarefa principal da
gerência em tal sistema é moldar os funcionários e maximizar seu comprometimento. Os líderes
da Teoria Y são líderes participativos, também conhecidos como líderes democráticos.

Acredita-se ser o mais eficaz estilo de liderança no mundo dos negócios de hoje. Líderes
democráticos oferecem orientação aos membros do grupo, dando autonomia razoável aos seus
subordinados. Líderes da Teoria Y incentivam membros do grupo para participar, mas sempre
mantendo a palavra final sobre o processo de tomada de decisão. Os membros do grupo se
sentem engajados no processo e são mais motivados e criativos, desafiando os grupos e gerentes
a inovar, descobrir novas maneiras de organizar e dirigir esforço humano.

Douglas McGregor acreditava que indivíduos motivados dão muito mais produtividade,
trazendo assim os mais altos níveis de conquistas, por essa questão ele pedia às empresas que
adotassem a Teoria Y. A teoria X apenas satisfaz as necessidades físicas básicas do trabalhador
e não suas necessidades sociais e de autoestima e autorrealização. Na Teoria Y, a organização
está tentando criar um relacionamento simbiótico entre os gestores e os trabalhadores. Para
autorrealização, o gerente promove a cultura ideal no local de trabalho através da ética,
moralidade, criatividade, espontaneidade, resolução de problemas, sem preconceitos e
aceitando fatos, tentando promover também a autoestima, confiança, realização, felicidade e
respeito de cada membro da equipe.

“O homem é um animal carente, assim que uma de suas necessidades é satisfeita, outra
aparece em seu lugar” (Maslow, A. H. (1943) – A Theory of Human Motivation – Vol. 50 –
pag. 395). Maslow foi um dos grandes psicólogos influenciado por McGregor, tentou introduzir
a Teoria Y em um negócio de eletrônicos na Califórnia, mas descobriu que a ideia em sua forma
intensa acabou não funcionando bem. Maslow assim concluiu que, no entanto, as pessoas não
são independentes e maduras; elas precisam de alguma forma de regras e regulamentos para
adesão em torno delas e alguma direção dos superiores.

Já Robert Townsend autor e executivo de negócios americano conhecido por


transformar a Avis em uma gigante empresa locadora de automóveis escreveu em seu clássico
de quadrinhos "Up the Organization"(1981) “Poderosamente em apoio da Teoria Y que as
pessoas não odeiam trabalhos. É tão natural quanto descansar ou brincar. Eles não precisam ser
forçados ou ameaçados, eles vão dirigir-se mais eficazmente do que você pode dirigi-los. Mas
eles iram se comprometer apenas com a medida em que eles podem ver maneiras de satisfazer
seu ego e necessidades de desenvolvimento”.

3 CONCLUSÃO

Com base nos estudos realizado, Douglas McGregor propôs, em 1960, dois tipos de gerentes.
Os da Teoria X, onde se tem a visão de que os funcionários são preguiçosos precisando assim
de sistemas de controle monitorados e abrangentes. Por outro lado, os gerentes da Teoria Y são
opostos assumindo que os funcionários são ambiciosos, gostam de trabalhar e serão mais
produtivos se for dada a liberdade de brilhar. Isso mostra que os gerentes que usam a Teoria Y
são pessoas positivas, enquanto os gerentes que usam a Teoria X são pessoas negativas.

Não é possível destacar qual abordagem é melhor pois o estilo de gerenciamento depende muito
da natureza do trabalho e da estrutura organizacional. Em suma, as ideias de McGregor sugerem
que existem duas abordagens fundamentais para gerenciamento de pessoas. Aonde por um lado
se utiliza a Teoria X e por outro lado a Teoria Y a fim de produzir melhor desempenho e
resultado.

REFERÊNCIAS

McGregor, D., (1960) – The human side of enterprise.

Hattangadi, Vidya. (2016) – Jornal Internacional de Invenções de Negócios e Gestões – Vol. 5,


Ed. 10 – Pág. 52.
Maslow, A. H. (1943) – A Theory of Human Motivation – Vol. 50 – pag. 395).

Townsend, Robert. (1981) – Up the Organization.

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