ÍNDICE

Programação anual..............................................................................................1
Introdução e referencial teórico da proposta.........................................................5
Planejamento do 6.o e 7.o anos...........................................................................10
 · Sugestões de atividades.............................................................................12
Planejamento do 8.o e 9.o anos...........................................................................36
 · Sugestões de atividades.............................................................................38
Sugestões de atividades para todos os anos......................................................59
Referências bibliográficas..................................................................................99

Autores:
José Paulo de Moraes Júnior
Marcos Fernando Larizatti
 PROGRAMAÇÃO ANUAL

EDUCAÇÃO FÍSICA 
Coordenador: José Paulo de Moraes Júnior
N.o DE HABILIDADES
ANOS PROGRAMA
AULAS CONTEMPLADAS (BNCC)

–– Jogos eletrônicos
–– Esportes de marca EF67EF01 / EF67EF02 / EF67EF03 /
–– Esportes de precisão EF67EF04 / EF67EF05 / EF67EF06 /
–– Esportes de invasão EF67EF07 / EF67EF08 / EF67EF09 /
6.o e 7.o 2 –– Esportes técnico-combinatórios EF67EF10 / EF67EF11 / EF67EF12 /
–– Ginástica de condicionamento físico EF67EF13 / EF67EF14 / EF67EF15 /
–– Danças urbanas EF67EF16 / EF67EF17 / EF67EF18 /
–– Lutas do Brasil EF67EF19 / EF67EF20 / EF67EF21
–– Práticas corporais de aventura urbanas

–– Esportes de rede/parede
–– Esportes de campo e taco EF89EF01 / EF89EF02 / EF89EF03 /
–– Esportes de invasão EF89EF04 / EF89EF05 / EF89EF06 /
–– Esportes de combate EF89EF07 / EF89EF08 / EF89EF09 /
8.o e 9.o 2 –– Ginástica de condicionamento físico EF89EF10 / EF89EF11 / EF89EF12 /
–– Ginástica de conscientização corporal EF89EF13 / EF89EF14 / EF89EF15 /
–– Danças de salão EF89EF16 / EF89EF17 / EF89EF18 /
–– Lutas do mundo EF89EF19 / EF89EF20 / EF89EF21
–– Práticas corporais de aventura na natureza

OBJETIVOS GERAIS:
–– Desenvolver o gosto e o prazer pela atividade física.
–– Desenvolver o conhecimento sobre o corpo e os cuidados com o seu e o dos outros.
–– Solucionar problemas de ordem corporal.
–– Conhecer, organizar e modificar locais para as atividades corporais.
–– Favorecer a integração social.
–– Estimular a expressão corporal e a criatividade.
–– Desenvolver as habilidades e capacidades físicas e motoras.
–– Desenvolver noções esportivas.
–– Desenvolver noções de ritmo e dança.
–– Desenvolver noções de ginástica.
–– Desenvolver noções de lutas.
–– Desenvolver noções de práticas corporais de aventura.
–– Adquirir noções de regras e aceitação de resultados.
–– Oferecer oportunidades e situações para que a criança e o adolescente analisem, critiquem e apresentem propostas de mudanças nas atividades.
–– Criar um ambiente de igualdade de direitos e posições nas atividades.
–– Participar de jogos ludomotores (jogos adaptados e pré-desportivos).
–– Desenvolver noções sobre saúde (nutrição, higiene e postura).

Obs.: apesar de a programação do 6.o ao 9.o ano ser única, devemos variar o grau de dificuldade das tarefas, a complexidade e a exigência
quanto às respostas dos alunos e aos resultados por eles alcançados.

–1
 EDUCAÇÃO FÍSICA – DO 6.o AO 9.o ANO
AULAS HABILIDADES
CAD. SEM. PROGRAMA
SUGERIDAS CONTEMPLADAS (BNCC)

1 Apresentação e integração – Unidade temática: Brincadeiras e jogos (sugestão de jogo: espião) EF67EF01
1
2 Jogo multidisciplinar (sugestão de jogo: queimada dos pontos) –

3 Grande jogo – Unidade temática: Brincadeiras e jogos (sugestão de jogo: corredorzinho) EF67EF02
2
4 Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: estafeta de basquete) EF67EF06

5 Jogo de inclusão (sugestão de jogo: queimada da garrafa) –

3
6 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: futebase retrô) EF89EF05
Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: futsal com ataque e
7 EF89EF02
4 defesa)
8 Circuito de resistência – Unidade temática: Ginásticas (sugestão de atividade: minimaratona) EF67EF09

9 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: derruba cones / tomba latas) EF67EF03 / EF89EF03
5 Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: handebol derruba cones
10 EF67EF03
com uma bola)

11 Unidade temática: Danças (sugestão de aula: experimentações) EF67EF11

6
12 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: beisebol) EF89EF02 / EF67EF07

13 Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: lutas na cultura indígena) EF67EF16

7 EF67EF03 / EF89EF01
14 Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: voleibol resgate)
EF89EF02
ANUAL

15 Unidade temática: Práticas corporais de aventura (sugestão de aula: minimaratona adaptada) EF89EF19
8
Unidade temática: Ginásticas (sugestão de atividade: Diferenciar exercício físico de atividade
16 EF67EF10
física)
Jogo de inclusão – Unidade temática: Brincadeiras e jogos (sugestão de jogo: queimada
17 –
invertida)
9
18 Grande jogo – Unidade temática: Brincadeiras e jogos (sugestão de jogo: corredorzão) EF67EF02 / EF67EF05

Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: basquete – ataque e

19 EF67EF04
10 defesa)

20 Unidade temática: Ginásticas (sugestão de atividade: corrida de velocidade) EF89EF09 / EF67EF08

21 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: base 4) EF89EF02

11
22 Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: futebol derruba cones) EF67EF03

Jogo multidisciplinar – Unidade temática: Brincadeiras e jogos (sugestão de jogo: queimada

23 EF67EF01
12 do Sistema Solar)

24 Unidade temática: Danças (sugestão de aula: chegue mais) EF67EF13

Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: handebol com gol no
25 EF67EF06
13 meio)
26 Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: briga de galo – adaptada de Saci) EF67EF14

27 Jogo de inclusão – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: dodgeball cones) EF67EF04
14
EF67EF18 / EF67EF19
28 Unidade temática: Práticas corporais de aventura (sugestão de aula: parkour)
EF67EF20

2–
 EDUCAÇÃO FÍSICA – DO 6.o AO 9.o ANO
AULAS HABILIDADES
CAD. SEM. PROGRAMA
SUGERIDAS CONTEMPLADAS (BNCC)
29 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: dodgeball) EF67EF04 / EF89EF04
15 Jogo multidisciplinar – Unidade temática: Brincadeiras e jogos (sugestão de jogo: ataque dos
30 EF67EF01
hackers)
31 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: pique bolinha master / War) EF89EF04
16 Unidade temática: Danças (sugestão de aula: Planejar estratégias das danças juntamente
32 EF67EF12
com os alunos

33 Atletismo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: arremesso de peso) EF67EF03

17
34 Grande jogo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: futebase master – 7 pontos) EF89EF05

35 Unidade temática: Ginásticas (sugestão de atividade: posturas) EF89EF10

18
36 Jogo de inclusão (sugestão de jogo: queimada dos migrantes) –

37 Unidade temática: Danças (sugestão de aula: dança da maçã) EF89EF12

19
38 Atletismo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: salto triplo) EF67EF03

39 Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: luta de joelhos) EF67EF14 / EF89EF16

20
40 Jogo de inclusão (sugestão de jogo: queimada por cima e por baixo) –

Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: quadribol – voleibol de 4

41 EF89EF05
equipes)
21
42 Atletismo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: revezamento 4 x 50) EF67EF04
ANUAL

Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: Discussão dos alunos no mesmo contexto de
43 EF89EF14
atividades)
22
EF67EF18 / EF67EF19
44 Unidade temática: Práticas corporais de aventura (sugestão de aula: slackline)
EF67EF20 / EF89EF19
Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: basquete – sistema
45 EF67EF04
ataque e defesa)
23
46 Atletismo – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: maratona de revezamento) EF89EF03

47 Jogo multidisciplinar (sugestão de jogo: queimada do castelo) –

24
48 Unidade temática: Ginásticas (sugestão de atividade: circuito de resistência avançado) EF89EF07

Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de aula: Propostas dos alunos no
49 EF89EF06
mesmo contexto de atividades)
25
50 Jogo multidisciplinar (sugestão de jogo: queimada do castelo) –

51 Unidade temática: Danças (sugestão de aula: da quadrilha à valsa vienense) EF89EF13

26 Unidade temática: Ginásticas (sugestão de atividade: Discussão dos alunos no mesmo
52 EF89EF08
contexto de atividades)

53 Jogo de inclusão (sugestão de jogo: queimada Vênus) –

27
54 Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: jogo do casaco) EF89EF17

Jogo multidisciplinar (sugestão de jogo: graus) ou Unidade temática: Ginásticas (sugestão de

55 EF89EF11
atividade: Discussão e experimentações dos alunos no mesmo contexto de atividades)
28
Unidade temática: Práticas corporais de aventura (sugestão de aula: estruturando as ativida-
56 EF89EF20
des com os alunos)

–3
 EDUCAÇÃO FÍSICA – DO 6.o AO 9.o ANO
AULAS HABILIDADES
CAD. SEM. PROGRAMA
SUGERIDAS CONTEMPLADAS (BNCC)

57 Esporte adaptado – Unidade temática: Esportes (sugestão de jogo: Harry Potter) EF67EF05
29
58 Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: Atividades de deslocamento) EF67EF15

Unidade temática: Danças (sugestão de atividade: Discussão dos alunos no mesmo contexto
59 EF89EF14
de atividades)
30
ANUAL

60 Jogo de inclusão (sugestão de jogo: Mata-mata em duplas ou trios) –

Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: Propostas dos alunos no mesmo contexto de
61 EF67EF17
atividades)
31
62 Jogo de inclusão (sugestão de jogo: jogo do gruda) –

Unidade temática: Lutas (sugestão de aula: Discussão dos alunos no mesmo contexto de
63 EF89EF18
atividades)
32
64 Encerramento (sugestão de jogo: queimada do amigo secreto) –

4–
 DO 6.O AO 9.O ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
INTRODUÇÃO
O livro de Educação Física do Ensino Fundamental
visa orientar e auxiliar o trabalho a ser realizado no âmbi-
to do Sistema de Ensino Objetivo, mediante uma propos-
ta que poderá ser adequada à realidade de cada turma e
unidade de ensino. Desde a Educação Infantil, buscamos
o desenvolvimento da criança e do adolescente, o que
envolve vários fatores, como o neurológico, o ambiental,
o psicológico, o nutricional, o afetivo e o cognitivo, que
são muito favorecidos pela estimulação, vivência e expe-
rimentação das condutas motoras dos alunos.
Um dos objetivos primordiais da Educação Física
escolar é fornecer conhecimentos teóricos e práticos, a
fim de promover autonomia nos indivíduos com relação
a atividades físicas, exercícios, esportes e conhecimento
sobre o corpo, além da cultura corporal no Brasil e no
mundo. Isso é feito sempre respeitando o ritmo próprio de
cada aluno e considerando os aspectos regionais, bem
como a realidade sociocultural de cada um. O trabalho
envolve a execução do movimento, porém esta não será
avaliada nem quanto à quantidade nem quanto à qua-
lidade (perfeição), pois o foco são as experiências e a
transformação do indivíduo decorrentes de sua prática.
Outros objetivos tão importantes quanto os citados
referem-se ao aluno, indivíduo que pensa e reflete sobre
o seu papel como cidadão, numa sociedade que se mo-
difica constantemente, sobre suas funções como parte
desse contexto, bem como sua capacidade de se adap-
tar, criticamente, a essas transformações.
Nessa mesma linha de pensamento, a proposta visa
possibilitar que o aluno, ser que cresce e amadurece,
busque entender e melhorar sua convivência em todos
os ambientes por onde transita, seja naqueles espaços
em que o exercício físico é proposto, seja naqueles em
que se esperam determinadas posturas do indivíduo,
como a educação, o respeito e a ética.
Portanto, o objetivo deste livro é ser um referencial,
um ponto de apoio e consulta para que o professor, a par-
tir e junto dele, passe a investigar e pesquisar mais sobre
os temas aqui tratados e, com isso, consiga enriquecer
suas atividades, criando situações e momentos que aju-
dem a levar a criança e o adolescente a adquirirem gosto
e prazer pela atividade física. Nessa perspectiva, alcan-
çaremos a promoção, em conjunto, da cidadania e da
sua função social, segundo as dimensões dos conteúdos
procedimentais, conceituais e atitudinais, desenvolvendo
assim autonomia na área da Educação Física.
REFERENCIAL TEÓRICO DA PROPOSTA
A Educação Física escolar possui diferentes abor-
dagens teóricas, cada uma defendida por estudiosos e
pesquisadores renomados. No Sistema de Ensino Obje-
tivo, tanto guiados pela prática do dia a dia quanto pelos
estudos acadêmicos, percebemos que uma única linha
de qualquer uma dessas abordagens não supria a ne-
cessidade nem dos alunos nem dos professores. Assim,
apesar de conhecê-las e estudá-las, preferimos adotar
uma abordagem não tradicional das relacionadas a se-
guir, mas recriando uma que envolva aspectos importan-
tes de algumas delas. O foco é atender às necessidades
dos alunos e aos objetivos gerais/específicos propostos
pelos professores, a fim de desenvolver a autonomia do
aluno em Educação Física. As abordagens mais comuns
desenvolvidas pelos pesquisadores nessa área são:
1. Abordagem Humanista (OLIVEIRA, V.M.)
2. Abordagem Progressista (GHIRALDELLI JUNIOR, P. )
3. Abordagem Revolucionária (MEDINA, J.P.S. )
4. Abordagem Crítica (MARIZ DE OLIVEIRA, J.G./
Betti, M.)
5. Abordagem Sistêmica (BETTI, M.)
6. Abordagem Desenvolvimentista (TANI, G. et al)
7. Abordagem Construtivista-interacionista (FREIRE DA
SILVA, J.B.)
8. Abordagem Socioconstrutivista (MATTOS, M.G./
NEIRA, M.G.)
9. Abordagem Fenomenológica (MOREIRA, W.W.)
10. Abordagem Crítico-superadora (SOARES, C.L. et al)
11. Abordagem Crítico-emancipatória (KUNZ, E. et al)
12. Abordagem Plural (DAÓLIO, J.)
13. Abordagem da Saúde Renovada (NAHAS, M.V.)
14. Psicomotricidade
15. Jogos cooperativos
Além dessas abordagens acompanhamos as orienta-
ções dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e as
diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Nesse sentido, no planejamento do Sistema Objeti-
vo de Ensino, você irá encontrar tanto os fundamentos
da abordagem Desenvolvimentista, com orientações pe-
dagógicas socioconstrutivistas, bem como a criação de
atividades baseadas nos jogos cooperativos e semicoo-
perativos, fazendo do aluno um ser crítico da Educação
Física a fim de que se torne um adulto autônomo.
No início do planejamento, pretendemos dar uma
ideia das características e necessidades de cada idade,
com base na ampulheta descrita por Gallahue e Ozmun
(2001, p.100).
–5
 PIRÂMIDE DO DESENVOLVIMENTO MOTOR (GALLAHUE, 2001), SEGUNDO TANI:
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, na idade
de 6 a 7 anos, estamos na fase de transição da aquisição
das habilidades básicas de manipulação, locomoção e
estabilização. A partir dos 7 a 8 anos, Gallahue e Ozmun
(2001) afirmam que entramos na fase motora especiali-
zada, onde já conseguimos unir duas ou mais habilida-
des com maior eficiência. A partir disso, já é possível, por
exemplo, a iniciação de jogos e esportes.
Como a própria BNCC cita (2017, p. 57), temos uma
progressão do conhecimento, que ocorre pela consolida-
ção das aprendizagens anteriores e que coincide com a
fase motora fundamental. Acrescente-se a isso que nos
anos finais é necessária a ampliação das práticas, reto-
mando e ressignificando as aprendizagens, com desafios
de maior complexidade, que fazem parte da fase motora
especializada.
Após essa transição, dos anos iniciais aos finais do
Ensino Fundamental, a criança, que passou por fases in-
trodutórias de desenvolvimento, já consegue realizar ati-
vidades de maior complexidade. Ela é capaz de unir as
habilidades de correr, saltar e arremessar, além de apre-
sentar condições propícias para que sejam introduzidas
atividades esportivas, como basquete, handebol, futebol,
6–
e, ainda, jogos mais estruturados, como variações de
queimada, jogos multidisciplinares, entre outros.
Outro aspecto importante da Educação Física é o
fato de o professor conhecer e explicar aos alunos as
especificidades das atividades físicas, no caso das capa-
cidades, como força, resistência, velocidade e flexibilida-
de. Como exemplo, podemos citar a minimaratona, onde
estimulamos os alunos a compreender tanto os benefí-
cios quanto os malefícios das atividades físicas (quando
trabalhadas de forma incorreta). Além disso, com base
nos princípios dos exercicíos citados por Mattos e Nei-
ra (2000), como intensidade, frequência e volume, são
trabalhadas as funções de aquecimento, hidratação e
alimentação, incluindo conceitos e teorias de atividade
física, de forma prática, na quadra.
Entretanto, nosso planejamento não é pensado ape-
nas nos aspectos físicos e motores, bem como nas capa-
cidades e habilidades básicas, mas abrange também as-
pectos emocionais, cognitivos e psicológicos. A imagem
a seguir mostra que outros fatores interferem no desen-
volvimento dos alunos, como os individuais, hereditários
e ambientais, conforme modelo de Gallahue e Donnely
(2008, p.37).
 Controle motor e
Competência motora

Modelo de
desenvolvimento motor
ao longo da vida
(GALLAHUE)

Hereditariedade Meio
(ambiente)

Fase de
movimento especializado
Fase de movimento

is
fundamental

nta
Fa

bie
tor

am
es

Fase de movimento rudimentar

Fase de movimento reflexivo

ind

es
ivid

tor
ua

Fa
is

Fatores internos
da tarefa motora

Para refletir sobre esses fatores, que fazem parte do
desenvolvimento da criança e do adolescente, procura-
mos ir além da Educação Física em seus aspectos físicos
e motores, pois se faz urgente pensar em um desenvol-
vimento completo e rico, em que o aluno, ser pensante,
cidadão e indivíduo social, possui papéis e, à medida que
cresce, ganha anos, amadurece e pode ser estimulado.
Além disso, desenvolve capacidade física e autonomia
para vivenciar uma modalidade esportiva e entender a
importância do equilíbrio emocional, do respeito ao ou-
tro, da honestidade, da justiça, do dever, da liderança, da
ética etc. Gallahue e Donnelly (2008) afirmam que crian-
ças são aprendizes ativos, multissensoriais, capazes de
desenvolver o pensamento crítico e realizar mapeamento
cognitivo.
Tais temas podem e devem ser trabalhados nas au-
las de Educação Física escolar de muitas maneiras. Por
exemplo, pode-se, em alguns momentos, realizar uma
roda de conversa ao final de uma atividade, refletindo so-
bre as situações que permearam as atuações, os aconte-
cimentos, os conflitos. Quando se sugere que os alunos
organizem uma equipe, com papéis definidos, como em
um jogo com súmula – já que cada um tem sua função
específica –, possibilitam-se a liderança, o autoconheci-
mento e os diferentes perfis para aquela atividade, sendo
que há alunos que se expõem mais, outros percebem a
lógica do jogo e, ainda, outros que apenas os executam.
Quando se realiza uma atividade e o professor passa a
responsabilidade para os alunos apontarem a si próprios
quando são tocados, seja por uma bola, seja por um co-
lega, eles têm a oportunidade de autogerenciamento, au-
tonomia e confiança.
Nas aulas propriamente ditas, como mostram
Gallahue e Donnelly (2008) nos exemplos citados, valo-
rizam-se o desenvolvimento e o encorajamento afetivos,
levando a um autoconceito positivo, possibilitando que a
criança e o adolescente sintam-se parte de um grupo,
merecedor e reconhecido quanto às suas ideias, com au-
toconfiança e visão realista dos pontos fortes e fracos.
Entende-se então que a Educação Física escolar no
Sistema de Ensino Objetivo é muito mais que meramente
ensino de um esporte ou uma experimentação da ativi-
dade física, pois se preza, concomitantemente às suas
funções inerentes, que o aluno tenha a possiblidade de
se conhecer inteiramente para progredir e evoluir, sendo
continuamente estimulado para tal.
–7
Ser professor
Como sabemos, o professor de Educação Física es-
colar tem papéis e funções desempenhados cotidiana-
mente. Por isso, entendendo e assumindo essa condi-
ção, apontamos alguns aspectos constantes dessa tão
importante atuação.
O professor deve ter um olhar para identificar ne-
cessidades e dificuldades dos seus alunos, observando
de que maneira pode contribuir para uma ação concreta
que resulte em tentativas de solução, de mudanças e de
aprimoramento.
Ele deve ainda monitorar suas aulas, visualizando o
que acontece no espaço onde estão seus alunos, obser-
vando e atuando com eles, cuidando desde a qualidade
dos materiais e dos equipamentos para que não ofere-
çam riscos à saúde até a segurança e possíveis conflitos
entre eles.
Para que o desenvolvimento e o aprendizado acon-
teçam de maneira adequada, enfatizamos a importância
de se preparar e planejar as aulas, com conteúdos gerais
e específicos, ou seja, com base no planejamento anual,
para que sequências e temas sejam organizados e pro-
gramados durante sua atuação.
Nesse espaço também o professor deve estar sem-
pre atento à sua postura, com relação à fala, educação
e equilíbrio emocional, procurando estar entusiasmado,
sendo ético, instruído e zeloso.
Para concluir, entendemos que o professor deve
sempre procurar um crescimento profissional, capacitan-
do-se, lendo, buscando informação, estudando, conec-
tando-se, para que não fique estagnado, apático, obso-
leto. Pelo contrário, que seja um profissional respeitado,
que atenda à altura e às exigências da profissão.
A BNCC e o Sistema de Ensino Objetivo
A Educação Física, segundo a BNCC (2017, p.211),
“é o componente curricular que tematiza as práticas cor-
porais em suas diversas formas de codificação e signifi-
cação social (...)”. Por isso, ela apresenta um novo olhar,
assegurando ao aluno a possibilidade de reconstruir co-
nhecimentos, permitir expandir sua consciência sobre
seus movimentos, entender o cuidado com si próprio e
com aqueles que estão à sua volta, desenvolvendo auto-
nomia para conhecer-se enquanto parte de uma socieda-
de e cultura, sendo favorecida sua participação no meio
em que vive.
A BNCC propõe uma reestruturação das unidades
temáticas (Brincadeiras e jogos, Esportes, Ginásticas,
Danças, Lutas e Práticas corporais de aventura), bem
como de seus objetos de conhecimento, além de mostrar
as habilidades que podem ser desenvolvidas no âmbito
desses temas.
8–
Segundo a BNCC (2017, p. 221), as competências
específicas que devem ser desenvolvidas nas aulas de
Educação Física são:
1. Compreender a origem da cultura corporal de mo-
vimento e seus vínculos com a organização da vida
coletiva e individual.
2. Planejar e empregar estratégias para resolver desa-
fios e aumentar as possibilidades de aprendizagem
das práticas corporais, além de se envolver no pro-
cesso de ampliação do acervo cultural nesse campo.
3. Refletir, criticamente, sobre as relações entre a
realização das práticas corporais e os processos
de saúde/doença, inclusive no contexto das ativi-
dades laborais.
4. Identificar a multiplicidade de padrões de desempe-
nho, saúde, beleza e estética corporal, analisando,
criticamente, os modelos disseminados na mídia e
discutir posturas consumistas e preconceituosas.
5. Identificar as formas de produção dos preconceitos,
compreender seus efeitos e combater posicionamen-
tos discriminatórios em relação às práticas corporais
e aos seus participantes.
6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os sig-
nificados atribuídos às diferentes práticas corporais,
bem como aos sujeitos que delas participam.
7. Reconhecer as práticas corporais como elementos
constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos.
8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma
para potencializar o envolvimento em contextos de
lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promo-
ção da saúde.
9. Reconhecer o acesso às práticas corporais como di-
reito do cidadão, propondo e produzindo alternativas
para sua realização no contexto comunitário.
10. Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes
brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lu-
tas e práticas corporais de aventura, valorizando o
trabalho coletivo e o protagonismo.
Cumpre lembrar que a BNCC define os direitos de
aprendizagem e os conteúdos mínimos que devem ser
trabalhados em todas as áreas escolares. Dessa forma,
é preciso que o professor, em seu planejamento, contem-
ple todos os objetos de conhecimento e as habilidades
definidas pelo documento.
 Assim, dentro da proposta e essência característica
do Sistema de Ensino Objetivo, procuramos organizar o
novo material, relacionando as sugestões do documento
da BNCC com algumas atividades que já constam em nos-
so livro, além de outras que foram implementadas.
Procurando mais que relacionar, desejamos mostrar
ao professor as competências específicas da área, bem
como as habilidades e competências socioemocionais que
têm ligações com cada atividade, com cada ferramenta
educacional e que podem e devem ser despertadas nos
alunos em nossas aulas. Assim, seguindo o quadro de
habilidades, após cada sugestão de atividades e comen-
tários sobre o assunto, são inseridas duas competências
específicas de nossa área, aquelas que mais se relacio-
nam com a habilidade e ainda algumas competências
socioemocionais que, naturalmente, ocorrem da prática e
reflexão de cada atividade.
A seguir, apresentamos os conteúdos a serem trabalhados para que as competências citadas sejam alcançadas:
Objetos de conhecimento
Unidades temáticas
6.o e 7.o anos
Brincadeiras e jogos • Jogos eletrônicos
• Esportes de marca
• Esportes de precisão
Esportes
• Esportes de invasão
• Esportes técnico-combinatórios
Ginásticas • Ginástica de condicionamento físico
Danças • Danças urbanas
Lutas • Lutas do Brasil
Práticas corporais
• Práticas corporais de aventura urbanas
de aventura
Nas sugestões de atividades, não existe uma única
possibilidade, mas o professor tem ferramentas para exe-
cutar as atividades com seus alunos, seguindo a linha
proposta pelo material. Adaptações e variações são sem-
pre bem-vindas na Educação Física, procurando sempre
observar os objetivos a serem alcançados e a linha de
trabalho definida.
Esperamos fortemente que o professor que utilizar
este material procure vivenciá-lo nas suas práticas peda-
gógicas de maneira ampla, inclusiva e com sensibilidade
para o olhar nas competências que podem nascer/flores-
cer e contribuir para o desenvolvimento de cada aluno.
Ao longo deste livro, daremos exemplos práticos de
aulas que os professores podem utilizar durante o período
letivo. Como a quantidade de aulas semanais pode variar
de um colégio para outro cabe ao professor realizar as
adequações necessárias.
8.o e 9.o anos
–
• Esportes de rede/parede
• Esportes de campo e taco
• Esportes de invasão
• Esportes de combate
• Ginástica de condicionamento físico
• Ginástica de conscientização corporal
• Danças de salão
• Lutas do mundo
• Práticas corporais de aventura na natureza
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 PLANEJAMENTO DO 6.O E 7.O ANOS
Unidade temática: Brincadeiras e jogos
Objeto de conhecimento: Jogos eletrônicos

Programa – sugestões de atividades Habilidade – código alfanumérico

1. Espião (EF67EF01) Experimentar e fruir, na escola e fora dela, jogos ele-

2. Queimada do Sistema Solar trônicos diversos, valorizando e respeitando os sentidos e significa-
3. Queimada “ataque dos hackers” dos atribuídos a eles por diferentes grupos sociais e etários.

4. Corredorzinho (EF67EF02) Identificar as transformações nas características dos

5. Corredorzão jogos eletrônicos em função dos avanços das tecnologias e nas
6. Caças (Arco-íris, O segredo de Mustafá) respectivas exigências corporais colocadas por esses diferentes
7. Queimada boliche tipos de jogos.

Unidade temática: Esportes

Objetos de conhecimento: Esportes de marca, esportes de precisão, esportes de invasão, esportes técnico-combinatórios

Programa – Sugestões de atividades Habilidade – Código alfanumérico

1.  Tomba latas ou derruba cones (EF67EF03) Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, in-
2.  Futebol derruba cones vasão e técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o
3.  Voleibol resgate protagonismo.
4.  Handebol derruba cones com uma bola
5.  Arremesso de peso
6.  Salto triplo
7.  Dodgeball cones (EF67EF04) Praticar um ou mais esportes de marca, precisão, inva-
8.  Revezamento 4 x 50 são e técnico-combinatórios oferecidos pela escola, usando habili-
9.  Handebol derruba cones com duas bolas dades técnico-táticas básicas e respeitando regras.
10.  Basquetebol – sistema ataque e defesa
11. Corredorzão (EF67EF05) Planejar e utilizar estratégias para solucionar os desa-
12.  Harry Potter (Handebol – sistema ataque fios técnicos e táticos, tanto nos esportes de marca, precisão, in-
e defesa com queimada) vasão e técnico-combinatórios como nas modalidades esportivas
escolhidas para praticar de forma específica.

13.  Estafeta de basquete (EF67EF06) Analisar as transformações na organização e na prática dos es-
14. Basquetão portes em suas diferentes manifestações (profissional e comunitário/lazer).
15.  Handebol com gol no meio
16.  Handebol derruba cones

17. Beisebol (EF67EF07) Propor e produzir alternativas para experimentação dos

18.  Futebol americano (Flag) esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das de-
19.  Propostas dos alunos no mesmo contexto mais práticas corporais tematizadas na escola.
de atividades

Unidade temática: Ginásticas

Objeto de conhecimento: Ginástica de condicionamento físico
Programa – Sugestões de atividades Habilidade – Código alfanumérico
1. Minimaratona (EF67EF08) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes
2.  Corrida de velocidade capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistên-
cia, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática.
3.  Circuito de resistência (EF67EF09) Construir, coletivamente, procedimentos e normas de
4.  Propostas dos alunos no mesmo contexto convívio que viabilizem a participação de todos na prática de exer-
de atividades cícios físicos, com o objetivo de promover a saúde.
5.  Diferenciar exercício físico de atividade física (EF67EF10) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alter-
nativas para a prática de exercícios físicos dentro e fora do ambiente es-
colar.
10 –
Unidade temática: Danças
Objeto de conhecimento: Danças urbanas
Programa – Sugestões de atividades
1. Experimentações
2. Planejar estratégias das danças juntamente
com os alunos
3. Chegue mais
Unidade temática: Lutas
Objeto de conhecimento: Lutas do Brasil
Programa – Sugestões de atividades
1.  Briga de galo (Adaptada de Saci)
2.  Empurrar e luta de joelhos
3.  Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
4.  Atividades envolvendo agilidade
5.  Atividades de deslocamento
6.  Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
7. Lutas na cultura indígena
8.  Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Unidade temática: Práticas corporais de aventura
Objeto de conhecimento: Práticas corporais de aventura urbana
Programa – Sugestões de atividades
1. Slackline
2. Skate
3. Parkour
4. Slackline (Outras atividades)
5. Skate (Outras atividades)
6. Parkour (Outras atividades)
7. Slackline (Descobrindo espaços)
8. Skate (Descobrindo espaços)
9. Parkour (Descobrindo espaços)
10. Propostas dos alunos no mesmo contexto
de atividades
Habilidade – Código alfanumérico
(EF67EF11) Experimentar, fruir e recriar danças urbanas, iden-
tificando seus elementos constitutivos (ritmo, espaço, gestos).
(EF67EF12) Planejar e utilizar estratégias para aprender ele-
mentos constitutivos das danças urbanas.
(EF67EF13) Diferenciar as danças urbanas das demais mani-
festações da dança, valorizando e respeitando os sentidos e sig-
nificados atribuídos a eles por diferentes grupos sociais.
Habilidade – Código alfanumérico
(EF67EF14) Experimentar, fruir e recriar diferentes lutas do Bra-
sil, valorizando a própria segurança e integridade física, bem
como as dos demais.
(EF67EF15) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas do
Brasil, respeitando o colega como oponente.
(EF67EF16) Identificar as características (códigos, rituais, ele-
mentos técnico-táticos, indumentária, materiais, instalações, ins-
tituições) das lutas do Brasil.
(EF67EF17) Problematizar preconceitos e estereótipos relaciona-
dos ao universo das lutas e demais práticas corporais, propondo
alternativas para superá-los, com base na solidariedade, na justi-
ça, na equidade e no respeito.
Habilidade – Código alfanumérico
(EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de
aventura urbanas, valorizando a própria segurança e integridade
física, bem como as dos demais.
(EF67EF19) Identificar os riscos durante a realização de práticas
corporais de aventura urbanas e planejar estratégias para sua
superação.
(EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas,
respeitando o patrimônio público e utilizando alternativas para a
prática segura em diversos espaços.
(EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aven-
tura e as possibilidades de recriá-las, reconhecendo as caracte-
rísticas (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentá-
ria, organização) e seus tipos de práticas.
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 SUGESTÕES DE ATIVIDADES
Unidade temática: Brincadeiras e jogos
Objeto de conhecimento: Jogos eletrônicos
1. Espião
Dividir os participantes em dois grupos, separados
inicialmente pela linha central. Todos devem estar
com colete (para facilitar a visualização). Cada equi-
pe escolhe uma pessoa para ser o espião, que ficará
dentro do campo da equipe adversária. As equipes
têm como objetivo lançar uma bola (de preferência
de vôlei) para o outro lado, a fim de o espião rece-
ber a bola (sem deixar cair). Cada vez que o espião
recebe a bola, a equipe ganha outro espião. Assim,
os elementos da equipe aos poucos vão passando
para o outro lado e, quando todos passarem (virarem
espiões), o jogo termina.
Área Área
proibida proibida
para o para o
espião espião
Regras
– Utilizando a quadra de vôlei como espaço, o es-
pião não pode ir à frente da linha dos três metros,
pois ficaria muito fácil para ele receber a bola da
sua equipe.
– Quem passou a bola ao espião deve virar espião.
Isso evita os "fominhas" de jogarem sozinhos e
mandarem alguém para o outro lado em seu lugar.
– Depois que a equipe formou outro espião, a posse
de bola vai sempre para a outra equipe.
pois eles defenderão todos no vivo e não poderão ser
queimados. Há apenas uma exceção: as luas poderão
ser queimadas apenas pelos asteroides, mas estes só
poderão queimar quando estiverem no morto, ou seja,
depois que forem queimados.
Poeira cósmica: não tem função específica, pode quei-
mar e ser queimada mas se sobrar no vivo e os plane-
tas e o Sol forem todos queimados o jogo termina.
Caso haja número de alunos superior a planetas e
luas, eles assumem o papel de poeira cósmica.
Se o jogo terminar antes de todos os alunos serem
queimados (por tempo), somam-se os pontos das
equipes pelos planetas queimados.
Pontuação dos planetas
Sol = 20 pontos
Mercúrio = 11 pontos
Vênus = 12 pontos
Terra = 13 pontos
Marte = 14 pontos
Júpiter = 15 pontos
Saturno = 16 pontos
Urano = 17 pontos
Netuno = 18 pontos
Pontuação das luas: todas as luas valem 10 pontos
se queimadas pelo asteroide.
Pontuação do asteroide: 10 pontos.
Pontuação da poeira cósmica: não há.
FICHA DA QUEIMADA DO SISTEMA SOLAR
Poeira cósmica Asteroides

Variantes
1) Com alunos pequenos, pode-se facilitar a re-
cepção do passe ao espião, fazendo com que,
mesmo que a bola caia no chão, o espião possa
pegá-la e ainda valha para ganhar outro espião.
2) Com alunos maiores, depois de realizar o jogo
tradicional, pode-se modificar fazendo com que Sol
o espião possa roubar a bola dos adversários
Mercúrio
enquanto estão tentando passá-la para os seus Lua

espiões. Os espiões podem até passar para a Vênus

linha dos três metros para tentar atrapalhar os Fobos

adversários. Mas, para receber passes, os espiões Terra

continuam a usar a linha dos três metros. Calisto

Marte

2. Queimada do Sistema Solar Titã

Netuno
Júpiter

Sistema Solar: formado por oito planetas e o Sol. Ariel

Execução: nove alunos assumirão as personagens e Urano

se todos forem queimados o jogo acaba. Saturno

Defensores: de duas a cinco luas. (Será feito um

ajuste de acordo com o número de alunos)
Os alunos que serão nomeados luas estarão com Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
colete de outra cor, para diferenciá-los dos demais, ção dos jogos.
12 –
3. Queimada “ataque dos hackers”
A ideia deste jogo é simular dois computadores que
serão atacados por hackers e outros elementos. Exa-
tamente como em um computador, alguns princípios
são mantidos aqui, imaginando-se o computador, ain-
da que o jogo aconteça na quadra. Se o hacker, por
exemplo, é um indivíduo que fica em sua casa, es-
condido das autoridades e tentando sempre “invadir”
os computadores utilizando suas técnicas, não poderá
estar no vivo, porque estaria dentro do computador.
Desenvolvimento do jogo: os alunos deverão estar
divididos em duas equipes, sendo que cada uma re-
ceberá uma súmula para ser preenchida com os no-
mes deles nas peças citadas e entregue ao professor
posteriormente.
– Hacker: para iniciar o jogo, cada equipe deve ter
um jogador no morto, que será o hacker de cada
grupo. Assim todos saberão quem são os hackers.
– Todos podem queimar o adversário, independen-
temente de qual elemento será.
– A maioria dos elementos do jogo (alunos) terão
cones e estes é que serão os alvos. Exceções:
hacker e antivírus;
– Os antivírus serão os protetores do computador;
para isso, usarão um colete diferenciado por cima
da cor de sua equipe. Caso a bola bata neles, nada
acontecerá, exatamente porque eles estarão ali
para proteger. O único que pode eliminar o antiví-
rus é o hacker da outra equipe: se o antivírus for
queimado pelo hacker irá para o morto (retira o co-
lete diferente) e perderá sua função de proteger.
Observação: outra função do antivírus é elimi-
nar o vírus, mas isso será tratado posteriormente,
quando for explicado o vírus cavalo de Troia.
– Quando um cone é derrubado, o professor verifica,
por meio das súmulas, qual elemento foi atingido.
Na maioria dos casos, o cone sai do jogo junta-
mente com o aluno, que irá para o morto.
– Sistema operacional: quando o cone atingido é o
do sistema operacional, a equipe adversária ganha
20 pontos e o cone não sai do jogo; além disso, a
equipe fica inoperante por no máximo 3 minutos, a
não ser que consiga acertar o cone do elemento boot
(como o computador fica “travado” quando o sistema
operacional é derrubado, torna-se necessária a “rei-
nicialização” dele, o que acontece derrubando-se o
cone do boot). Caso o elemento boot já tenha sido
queimado e seu jogador esteja no morto, ele ainda
assim poderá ser acertado por qualquer aluno da
equipe adversária (os que estão no vivo podem an-
dar com a bola na mão até a extremidade da quadra
para queimá-lo, porém os jogadores que estão no
morto deverão queimá-lo parados, ou seja, receben-
do a bola e jogando-a sem deslocamentos).
Observação: caso o cone (vivo) ou o aluno (morto)
que representam o boot não sejam queimados nos
3 minutos disponíveis para isso, o professor avisa
que o cone do sistema operacional deve ser le-
vantado, reiniciando o computador e fazendo com
que a equipe volte a pontuar.
– Vírus cavalo de Troia: quando o cone que repre-
senta o vírus cavalo de Troia é derrubado, ele é
retirado da quadra e o aluno que o representa vai
para o campo adversário, ou seja, ele se instala
no outro computador.
– O vírus poderá estar em qualquer local do vivo do
adversário, porém, para ter o direito de derrubar
os cones, deverá estar no espaço correspondente
à linha dos três metros do voleibol. Nesse local,
ele também ficará vulnerável e poderá ser quei-
mado somente pelo antivírus, mas não poderá
queimar, apenas atrapalhar o jogo do adversário.
– Roteador: quando este cone é derrubado, a equi-
pe adversária soma 15 pontos e aquela que teve
o cone derrubado ficará sem comunicação, sendo
obrigada a ficar em silêncio por 3 minutos. Cada
jogador que falar com a equipe perde 1 ponto.
– Outros elementos: monitor, impressora, mouse,
HD, pen drive, no-break e teclado valem 10 pon-
tos. Quando o cone desses elementos cair, será
retirado do jogo, o aluno irá para o morto e a equi-
pe adversária ganhará os 10 pontos.
– Elementos sem pontuação: CD, DVD, byte,
pixel e nuvem. Esses elementos terão o cone
e, quando derrubados, também irão para o mor-
to juntamente com o aluno, porém não somam
pontos para o adversário.
– Definição do vencedor: vence o jogo a equipe
que tiver mais pontos ao final da aula.
FICHA DA QUEIMADA ATAQUE DOS HACKERS
HD PEN DRIVE
IMPRESSORA MOUSE NO-BREAK
MONITOR
VÍRUS
SISTEMA
ROTEADOR TECLADO OPERACIONAL CAVALO BOOT
DE TROIA
HACKER
BYTE CD DVD NUVEM
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
ção dos jogos.
– 13
 Comentários
Ao realizar os jogos de quadra citados, há a possibi-
lidade de discussão com os alunos de pontos impor-
tantes levantados nas experimentações, comparati-
vamente aos jogos eletrônicos que utilizam em suas
casas. Podem ser levantadas questões relativas aos
objetivos, níveis de dificuldade, trabalho em grupo/
equipe, estratégias e competição, tudo isso sendo
realizado de maneira lúdica e com atividades físicas
prazerosas. Além dessa discussão, pode-se relacio-
nar e comparar as sensações das práticas dos jogos
eletrônicos com aquelas experimentadas em ou-
tros tipos de jogos menos sedentários, bem como
apontar as preferências pessoais.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 3
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre
a realização das práticas corporais e os pro-
cessos de saúde/doença, inclusive no con-
texto das atividades laborais.
Competências socioemocionais
Colaboração, autocontrole.
4. Corredorzinho
Dividir os participantes em dois grupos. Inicialmente,
um grupo vai apenas chutar e outro, apenas pegar a
bola. Depois invertem-se os papéis.
O jogo começa com um jogador chutando a bola o
mais longe possível. Depois de chutar, deve correr até
um cone colocado a 15-20 metros de distância, tocar a
mão nele e voltar ao início. A outra equipe, espalhada
pela quadra, deve pegar a bola o mais rápido possí-
vel e tentar “queimar” quem chutou a bola para não
deixá-lo marcar ponto. Caso quem chutou consiga ir
e voltar sem ser queimado, ganhará dois pontos.
Se for queimado, permanece parado onde foi quei-
mado e deve aguardar outro participante chutar a
bola e salvá-lo (encostando nele). Então pode termi-
nar o percurso, mas só marcará um ponto.
Depois que uma equipe inteira chutou a bola, con-
tam-se seus pontos e invertem-se os papéis para
que a outra equipe também marque seus pontos. No
final, comparam-se os totais de pontos dos dois gru-
pos para saber qual ganhou.
Equipe B
Equipe A CORREDOR
Equipe B
14 –
Regras
–– A equipe que pega a bola não pode entrar no
corredor para queimar o adversário. Só pode
entrar caso a bola pare dentro do corredor.
–– A pessoa que foi queimada pela segunda vez per-
de o direito de marcar pontos.
–– O corredor pode ser feito com linhas marcadas
com giz, ou ainda com cordas elásticas, cordas
comuns, fitas de plástico etc.
Variantes
Caso os participantes consigam chutar muito longe,
pode-se mudar a regra. Em vez de chutar, rebater
com taco de beisebol, ou alguém lança a bola com
as mãos e deve dar uma cortada etc. O chute é ide-
al para crianças pequenas (até 5.o ano). Pode-se
variar o tamanho do corredor, dependendo do es-
paço disponível.
5. Corredorzão
Formar duas equipes: inicialmente, uma queima e a
outra corre para marcar pontos. Numa equipe, um
de cada vez irá chutar a bola o mais longe possível
e correr pelo corredor. Ao passar por ele comple-
tamente, irá marcar dois pontos se conseguir dire-
to (sem parar nos cones) ou um ponto, caso pare
nos cones para não ser queimado. A outra equipe
deve buscar a bola chutada e queimar o oponen-
te enquanto corre, mas, se ele parar num cone,
não poderá ser queimado e um novo aluno deverá
chutar para marcar pontos. Durante o jogo, vários
jogadores podem ficar parados dentro do corredor
aguardando uma boa chance de correr sem serem
queimados. Ao término de todos de uma equipe,
trocam-se as posições das equipes.
Variante
Quem está parado no cone só pode sair se outro par-
ticipante encostar nele.
Observação: existe um local de risco, onde duas
pessoas podem vir correndo ao mesmo tempo e se
chocar. O professor deve ficar sempre nesse cruza-
mento e combinar com a equipe quem passa primeiro,
evitando acidentes.
6. Caças (Arco-íris e O segredo de Mustafá)
• Arco-íris
Alguns adultos (monitores/professores/estagiários)
estão escondidos, com um pote de tinta (não alér-
gica), e as crianças devem procurá-los (em grupo
ou individualmente). Quando acharem algum adul-
to, ganham um risco de tinta no corpo (pode ser no
rosto, mão, braço etc.). Um ou mais adultos serão
como uma “sombra”. Vestidos de preto e com os ros-
tos pintados também de preto, eles devem perseguir
as crianças, “borrando” suas pinturas (arco-íris) e fa-
zendo com que tenham que procurar novamente as
cores.
Pode-se usar uma folha para marcar as cores,
para saber quais faltam. Exemplo:
Amarela Marrom
Azul Vermelha
Verde Roxa
Rosa Laranja
• O segredo de Mustafá
Este jogo possui um campo dividido em 3 espaços.
Zona livre Campo de batalha Campo sagrado
Na “zona livre” fica o Mustafá, grande rei que
está distribuindo riquezas a quem vier lhe pe-
dir. A equipe deve pegar as riquezas (pode ser
qualquer objeto que a escola tenha em grande
quantidade, como bola de gude, palito de sorvete
pintado etc.), sendo apenas uma para cada parti-
cipante, por vez, e ele deve levar a uma urna co-
locada no “campo sagrado”. Cada equipe pos-
sui sua urna. Mas ao levar a pedra preciosa ao
“campo sagrado”, deve passar pelo “campo de
batalha”, que está cheio de “beduínos” (monito-
res), ou seja, ladrões do deserto, que simplesmen-
te ao encostar numa pessoa de uma equipe po-
dem pegar sua pedra preciosa. Daí o participante
deve voltar ao Mustafá para pegar outra pedra.
Caso o participante consiga chegar ao “campo
sagrado” não pode ser pego pelos “beduínos”.
Depois de um determinado tempo, conta-se o nú-
mero de pedras preciosas dentro de cada urna.
Como variação ou para dificultar o trabalho das equi-
pes, pode-se colocar um ladrão dentro do “campo
sagrado”, colocando um nome diferente nele.
7. Queimada boliche
Local: quadra de voleibol (vivo) e o espaço no entor-
no dela (morto).
Material: duas bolas, coletes coloridos ou algo para
identificar as equipes.
Organização: dividir a classe em duas equipes e
identificar uma delas com uma cor.
Início do jogo: as equipes começam o jogo, uma de
cada lado da quadra de voleibol (vivos), e designarão
um aluno para ser o morto falso (ele é falso porque
não foi queimado ainda e voltará para o vivo assim
que alguém da equipe for queimado).
Observação: o morto falso também queima.
Desenvolvimento do jogo: neste jogo, a bola só
poderá ser arremessada rolando no chão, como no
boliche, e o adversário só poderá ser queimado do
joelho para baixo.
Os jogadores, para se defender, poderão pular, mas
não poderão agarrar a bola, que passará e irá para o
morto. Caso a bola pare sozinha, o vivo pode pegar
a bola para recomeçar o jogo.
Quando alguém for queimado, irá para o morto para
recomeçar o jogo com uma das bolas e a outra bola
ficará com a sua equipe, no vivo.
Comentários
Pode-se empregar aqui algumas atividades que se
relacionam com jogos de consoles e funcionam por
movimento, por exemplo:
• Utilizar na quadra jogos que têm o mesmo mo-
vimento de arremessar do jogo de boliche do
Nintendo Wii.
• Com base no jogo Pokemon Go, realizar um
caça com os mesmos elementos que aparecem
no aplicativo, em que os alunos farão uma busca
em grupos, ou individuamente, em um determi-
nado espaço da escola.
Posteriormente, podem ser discutidas as modifica-
ções dos jogos eletrônicos ao longo do tempo, com
exemplos em que há movimentos do próprio corpo,
como no Nintendo Wii, Kinect e Pokemon Go, entre
outros, e relacioná-las com as experiências de aula,
comparando as preferências de cada aluno.
Na maioria dos jogos eletrônicos há um avanço nos
seus níveis de dificuldade e na quadra é adotado o
mesmo critério, como ocorre nas atividades "corre-
dorzinho" e "corredorzão".
Competência específica da Educação Física: 2
Planejar e empregar estratégias para resolver desa-
fios e aumentar as possibilidades de aprendizagem
das práticas corporais, além de se envolver no pro-
cesso de ampliação do acervo cultural nesse campo.
Competências socioemocionais
Autoconhecimento, autocontrole, persistência.
– 15

Objetos de conhecimento: Esportes de marca, esportes de precisão, esportes de invasão, esportes técnico combinatórios
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) utiliza as seguintes definições para os tipos de esporte que indica para
serem praticados nas escolas:
Linguagem dos esportes, segundo
a BNCC
Esportes de marca
Esportes de precisão
Esportes técnico-combinatórios
Esportes de rede/quadra dividida ou
parede de rebote
Esportes de campo e taco
Esportes de invasão ou territorial
Esportes de combate
16 –
Unidade temática: Esportes
Definição
Conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar os resultados
registrados em segundos, metros ou quilos (patinação de velocidade, todas
as provas do atletismo, remo, ciclismo, levantamento de peso etc.).
Conjunto de modalidades que se caracterizam por arremessar/lançar um
objeto, procurando acertar um alvo específico, estático ou em movimento,
comparando-se o número de tentativas empreendidas, a pontuação estabe-
lecida em cada tentativa (maior ou menor do que a do adversário) ou a pro-
ximidade do objeto arremessado ao alvo (mais perto ou mais longe do que
o adversário conseguiu deixar), como nos seguintes casos: bocha, curling,
golfe, tiro com arco, tiro esportivo etc.
Reúne modalidades nas quais o resultado da ação motora comparado é a
qualidade do movimento segundo padrões técnico-combinatórios (ginástica
artística, ginástica rítmica, nado sincronizado, patinação artística, saltos
ornamentais etc.).
Reúne modalidades que se caracterizam por arremessar, lançar ou rebater a
bola em direção a setores da quadra adversária nos quais o rival seja inca-
paz de devolvê-la da mesma forma ou que leve o adversário a cometer um
erro dentro do período de tempo em que o objeto do jogo está em movimen-
to. Alguns exemplos de esportes de rede são voleibol, vôlei de praia, tênis
de campo, tênis de mesa, badminton e peteca. Já os esportes de parede
incluem pelota basca, raquetebol, squash etc.
Categoria que reúne as modalidades que se caracterizam por rebater a bola
lançada pelo adversário o mais longe possível, para tentar percorrer o maior
número de vezes as bases ou a maior distância possível entre as bases,
enquanto os defensores não recuperam o controle da bola, e, assim, somar
pontos (beisebol, críquete, softbol etc.).
Conjunto de modalidades que se caracterizam por comparar a capacidade
de uma equipe introduzir ou levar uma bola (ou outro objeto) a uma meta ou
setor da quadra/campo defendida pelos adversários (gol, cesta, touchdown
etc.), protegendo, simultaneamente, o próprio alvo, meta ou setor do campo
(basquetebol, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei
sobre grama, polo aquático, rúgbi etc.).
Reúne modalidades caracterizadas como disputas nas quais o oponente deve
ser subjugado, com técnicas, táticas e estratégias de desequilíbrio, contusão,
imobilização ou exclusão de um determinado espaço, por meio de combina-
ções de ações de ataque e defesa (judô, boxe, esgrima, tae kwon do etc.).
1. Tomba latas ou derruba cones
Formar duas equipes: uma rebaterá e marcará os pon-
tos e a outra pegará a bola para queimar o adversário
(depois invertem-se as posições). Uma equipe coloca de
15 a 20 garrafas de PET de 2 litros (ou latas, cones etc.)
espalhadas pela quadra. A outra equipe forma uma fila, e
um elemento de cada vez irá chutar a bola o mais longe
possível e sair correndo para derrubar as garrafas. Cada
garrafa derrubada valerá um ponto e, se todas forem
derrubadas, a equipe ainda ganhará um bônus de cinco
pontos. Ao mesmo tempo, a equipe adversária buscará
a bola que foi chutada e tentará queimar o aluno que
está correndo para marcar os pontos. Depois que todos
os alunos chutarem, somam-se os pontos e trocam-se
as posições para a outra equipe chutar. Ao final, compa-
ram-se os pontos das duas equipes para ver o vencedor.
2. Futebol derruba cones
Área de jogo: quadra poliesportiva.
Divide-se a turma em duas equipes.
Colocam-se quatro cones para cada equipe, arrumados
na linha de fundo do voleibol.
Faz-se uma área com giz de aproximadamente um me-
tro de raio em volta dos cones. Os alunos não poderão
entrar nesta área (nem defesa nem ataque).
Joga-se com três bolas de futebol de salão ou mais, de-
pendendo do número de jogadores.
Os alunos, à vontade pela quadra, deverão atacar (chu-
tando a bola em direção do cone) ou defender (chutando
a bola e impedindo que os cones sejam derrubados).
A equipe que derrubar primeiro os cones da outra vence.
Variantes
Misturam-se os cones das equipes, que estão na linha
de fundo do voleibol. Cada uma delas tem dois cones.
1) Os jogadores, em duplas, estarão unidos por uma
meia de futebol. As duplas deverão atacar ou defen-
der sem que os jogadores se soltem.
2) Jogadores em duplas unidos por meias, só que um
de cada equipe.
3) Cria-se um refúgio (ou mais de um): local onde o
aluno que estiver com a bola ficará a salvo por al-
guns instantes.
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico) e fruir os
esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o
4) Quem fitrabalho
zercoletivo
falta fica no refúgio por um determinado
e o protagonismo.
tempo.1. Voleibol Resgate
3. Voleibol resgate
Local: Quadra Poliesportiva (quadra de voleibol)
Material: duas bolas de vôlei, rede de vôlei.
Local: quadra poliesportiva
Organização: (quadra
duas equipes divididas, cada uma de um lado dade
rede de voleibol.
Deve-se aumentar as linhas de fundo e do meio da quadra, para delimitar o
Material: duas bolas
espaço do campo de jogode vôlei,
e da zona de saque. rede de vôlei.
Organização: duas
equipe com uma bola naequipes divididas,
área de saque da equipe adversária.
Desenvolvimento do jogo: O jogo inicia com um ou dois jogadores de cada
um lado da rede de voleibol. Deve-se aumentar as
linhas de fundo e do meio da quadra, para delimitar o
espaço do campo de jogo e da zona de saque.
Desenvolvimento do jogo: inicia-se com um ou dois
jogadores de cada equipe com uma bola na área de
saque da equipe adversária.
Fase 0: o jogador que inicia o jogo na quadra adver-
sária lançará a bola em direção à sua equipe. Quando
algum jogador conseguir segurar a bola sem que esta
toque o chão, a equipe terá esse jogador resgatado.
Esse jogador deverá deixar a bola na quadra adver-
sária e ir para a área de saque, tornando-se mais um
sacador que ajudará a lançar a bola para sua equipe.
Quando todos forem resgatados, o jogador que iniciou
o jogo na quadra adversária deve ir para sua quadra
para também ser resgatado. A equipe que resgatar to-
dos os seus jogadores primeiro vence o jogo.
Fase 1: similar à fase 0, porém os jogadores iniciais e os
resgatados, em vez de lançarem a bola, deverão sacar
(com movimentos específicos do saque do voleibol, “por
baixo” ou “por cima”, como no tênis) em direção à sua
equipe.
Fase 2: similar à fase 1, porém para o jogador ser resga-
tado, ele precisa segurar uma bola que foi tocada por um
companheiro após o saque.
Fase 3: para ser resgatado, o jogador deverá segurar a
bola que foi tocada por dois companheiros da sua equi-
pe após o saque.
Fase 4: os três jogadores que tocaram na bola (ou dois)
serão resgatados após passá-la com um ataque para o
lado adversário, depois que ela foi tocada por dois com-
panheiros que receberam o saque.
Fase 5: os três jogadores que tocaram na bola (ou dois)
serão resgatados após passá-la com um ataque para o
lado adversário, porém, agora, a bola deve tocar o chão
dentro dos limites da quadra de vôlei. A equipe adversá-
ria pode continuar o rally.
Fase 6: os três jogadores que tocaram na bola (ou dois)
serão resgatados após passá-la com um ataque para
o lado adversário, porém, agora, ela deve tocar o chão
dentro dos limites da quadra de vôlei. A equipe adversá-
ria pode continuar o rally. Se conseguir devolver a bola
para a quadra do adversário ao seguir com o rally, pode
enviar 6 jogadores para a área de saque. Nesta fase vale
bloquear.
Variações:
– Fase 3,5: o jogador pode simplesmente passar a bola
para o outro lado, sem a necessidade de atacar/cortar,
(diferentemente do que acontece na fase 4). Poderá
ser com um toque ou manchete também. Se a bola
passar pelo bordo superior da rede, caindo ou não
dentro dos limites da quadra, o jogador será resgatado.
– Diminuir o espaço do campo: para que a zona
de saque fique mais próxima da rede, facilitando
o movimento.
– Final do jogo: a equipe que resgatar todos os
seus jogadores primeiro vence o jogo ou ele pode
voleibol).
terminar por tempo, contando-se a quantidade de
cada uma de
alunos que foi resgatada.
– 17
4. Handebol derruba cones com uma bola
Material: uma bola de handebol, 10 cones grandes e
coletes coloridos.
Organização: arrumar 5 cones dentro de cada área
de futsal. Formar duas equipes e depois dividir pelo
sistema de ataque e defesa.
Desenvolvimento do jogo: os jogadores da defesa
de uma das equipes estarão de posse da bola e de-
verão fazer pelo menos um passe antes de passar a
bola para o ataque. O atacante que estiver com a bola
de handebol terá como objetivo derrubar um dos co-
nes que estão dentro da área de futsal. Ao derrubar o
cone, a equipe ganhará um ponto. Na marcação de
um ponto haverá a troca de lado da quadra pelos joga-
dores das duas equipes de modo que quem estiver na
defesa também possa jogar no ataque e vice-versa. O
ataque não poderá invadir a área de futsal. A defesa
só poderá entrar nessa área para pegar a bola que foi
arremessada pelo ataque adversário depois que este
foi concluído e recomeçar o jogo.
5. Arremesso de peso
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Local: quadra.
Material: bola com peso de 1kg ou 2kg e alguns co-
nes pequenos.
Preparação do espaço: utilizar um círculo que po-
derá ser o do garrafão do basquetebol ou feito com
giz, traçando uma linha com auxílio de uma trena ou
fita métrica e marcando o espaço metro a metro.
Desenvolvimento da prova: os alunos são divididos
em 3 equipes, colocados em fila e numerados. Deve-
rão, um a um, realizar seu arremesso, observando
esta sequência: apoiando a bola com a mão, acima
do ombro, ao lado do pescoço, mantendo seu coto-
velo flexionado, posicionando-se de lado para o cam-
po. Após essa preparação, o aluno deverá executar
o movimento, fazendo a rotação do quadril e tronco,
estendendo seu cotovelo, empurrando a bola para
frente e para cima.
Observação: se o aluno afastar a mão, levar a bola e a
mão para trás do pescoço e cabeça e realizar um gan-
cho estará fazendo o movimento erroneamente.
É importante marcar a distância arremessada por
cada jogador numa folha, prancheta etc. para que ao
final da atividade o professor tenha os dados.
Nesta atividade não ganha aquele que arremessar
mais longe, mas sim a equipe que tiver a melhor mé-
dia de arremesso.
18 –
Marque a distância de cada aluno, some-as e divida-as
pelo número de integrantes daquela equipe, assim terá
a distância média alcançada pela equipe.
Exemplo:
Equipe azul: aluno número 1 = 3,00 m
aluno número 2 = 3,50 m
aluno número 3 = 4,50 m
Total 11 m, dividido por 3 integrantes = média 3,66 m
6. Salto triplo
tábua
início da corrida
colchonetes ou tatames
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Local: quadra.
Material: 3 colchonetes ou tatames de borracha e co-
letes/jalecos de 3 cores.
Preparação do espaço: marcar com giz o local de
início da corrida, a tábua e espaços de metro em me-
tro ao lado do local de salto. Colocar os tatames ou
colchonetes próximos ao local de salto (a distância en-
tre a tábua e esta colocação dependerá de cada grupo
de alunos, faixa etária e ano em que se encontram).
Desenvolvimento da prova: os alunos são divididos
em 3 equipes, colocados em fila e numerados. Deve-
rão realizar o salto, observando esta sequência: cor-
rer, ao bater um pé na tábua (1.o passo), saltar, caindo
com o mesmo pé que iniciou o salto (2.o passo), bater
o outro pé (3.o passo) e saltar caindo com os dois pés.
Tábua
É importante marcar a distância de cada aluno numa
folha, prancheta etc. para que ao final da atividade se
tenham os dados.
Nesta atividade, não ganha aquele que saltar a maior
distância, mas sim a equipe que tiver a melhor média
de salto.
Marque a distância de cada aluno, some-as e divida-
-as pelo número de integrantes daquela equipe, as-
sim terá a distância média alcançada pela equipe.
Equipe azul: aluno número 1 = 6,00 m
aluno número 2 = 6,50 m
aluno número 3 = 8,50 m
Total de 21 m, dividido por 3 integrantes = média de 7,00 m
 Comentários
Os alunos terão muitas possibilidades por meio dos
jogos e modalidades apresentados (sem a preocu-
pação neste momento de especificidades ou muitas
regras) para experimentarem e fruírem, realizando de
fato o movimento através de sua experiência corporal,
ao mesmo tempo que observam seus colegas de aula
realizando movimentos iguais. Quanto ao trabalho de
equipe e protagonismo, cabe ao professor expandir as
discussões e diálogos acerca do tema.
Competências específicas da Educação Física: 5 e 8
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais
Colaboração, autocontrole, negociação, autogeren-
ciamento.
7. Dodgeball cones
Local: quadra poliesportiva.
Material: 4 bolas de queimada, coletes/jalecos de
2 cores, 2 coletes/jalecos de cores diferentes para
identificar o protetor, 4 cones pequenos (2 para cada
equipe) com as cores correspondentes às equipes e
4 cones médios zebrados (2 para cada equipe).
8. Revezamento 4 x 50
Local em que ficarão os alunos que forem queimados.
Desenvolvimento do jogo:
–– Cada equipe deverá se posicionar em uma extre-
midade da quadra.
–– Cada equipe deverá eleger 2 goleiros, que deve-
rão usar um colete/jaleco de cor diferente para
que fiquem visíveis para a equipe adversária. Eles
podem proteger a equipe defendendo as bolas
arremessadas pela equipe adversária e não são
queimados/eliminados. Também podem arremes-
sar, tanto para fazer gol como para queimar.
–– 4 bolas deverão estar espalhadas ao longo da li-
nha central (ou duas para cada equipe).
–– Ao sinal do professor, os alunos correm para pe-
gar a bola e devem voltar à linha dos 3 metros do
voleibol para iniciar seus arremessos.
–– Quando um aluno for queimado, deverá ficar no
local indicado, na lateral da quadra.
–– Quando um aluno consegue pegar no ar a bola
arremessada pela outra equipe traz de volta para
o jogo todos os seus companheiros de equipe,
além de eliminar aquele que arremessou a bola
(se um goleiro pegar uma bola no ar não salva
sua equipe, bem como não elimina o jogador que
a arremessou).
–– Caso a equipe marque um gol trará de volta para o
jogo todos os seus companheiros de equipe, além
de eliminar aquele aluno que arremessou a bola.
–– Caso não tenha nenhum de seus jogadores elimi-
nados e marque um gol terá o direito de escolher e
eliminar um jogador da equipe adversária.
–– Cada rodada terá 5 minutos.
Final de jogo
–– Quando uma das equipes elimina toda a outra
equipe vence uma rodada, ganhando 1 ponto
pela eliminação e 1 ponto pela vitória (recomeça
o jogo).
–– Quando uma das equipes derruba os dois cones,
ela ganha 2 pontos pelos cones e 1 ponto pela
vitória (recomeça o jogo).
–– Quando uma das equipes derruba um dos cones
médios (zebrados) que estão atrás, ela perde a
rodada e perde 1 ponto (se ainda não possuir pon-
tos ficará com –1); a outra equipe ganha 1 ponto
pela vitória (recomeça o jogo).
Quando o tempo acaba verifica-se:
–– se há cones pequenos derrubados. Se uma das
equipes derrubou 1 deles, então ganha 1 ponto,
mas não ganha o ponto extra de vitória porque o
tempo acabou.
–– também o número de integrantes, sendo atribuído
1 ponto àquela equipe que tiver o maior número
de integrantes no jogo.
Área de troca Largada
2.o 3.o 4.o
Local: quadra.
Material: 4 cones médios, coletes/jalecos de 3 cores
e um bastão.
Preparação do espaço: marcar com giz o local de
largada e a área de troca do bastão, colocar cones
nos 4 cantos da quadra de voleibol.
– 19
 Desenvolvimento da prova: os alunos são dividi-
dos em 3 equipes, depois, subdivididos em grupos
de 4 alunos para formar cada bateria e numerados
de 1 a 4. O primeiro aluno de cada equipe irá para a
largada, o segundo, terceiro e quarto ficarão dentro
da quadra de voleibol, aguardando o momento em
que o aluno anterior passe pela zona de troca para
receber o bastão e correr ao redor da quadra. Vence
a equipe que primeiro chegar após os 4 alunos com-
pletarem suas voltas sem deixar o bastão cair.
9. Handebol derruba cones com duas bolas
Material: duas bolas de handebol, 10 cones grandes
e coletes coloridos.
Organização: arrumar cinco cones dentro de cada
área de futsal. Formar duas equipes e depois dividir
pelo sistema de ataque e defesa.
Desenvolvimento do jogo: os jogadores da defesa
de cada equipe estarão de posse de uma das bo-
las, e deverão fazer pelo menos um passe antes de
passar a bola para o ataque, que terá como objetivo
derrubar um dos cones que estão dentro da área
de futsal. Ao derrubar o cone, a equipe ganhará um
ponto.
Na marcação de um ponto haverá a troca de lado da
quadra pelos jogadores das duas equipes, de modo
que quem estiver na defesa passe para o ataque e
vice-versa. O ataque não poderá invadir a área de
futsal. A defesa só poderá entrar na área para pegar
a bola que foi arremessada pelo ataque depois que
este foi concluído e recomeçar o jogo. É possível que
as duas bolas estejam do mesmo lado da quadra e
então valerá o ponto que for marcado primeiro.
10. Basquetebol – sistema ataque e defesa
Material: uma bola de basquete e coletes coloridos.
Organização: formar duas equipes com 10 jogado-
res cada uma e depois dividir pelo sistema de ataque
e defesa.
Desenvolvimento do jogo: a bola sempre começa
com a defesa de uma das equipes; para que seja
lançada para o ataque é necessário que haja pelo
menos um passe entre os defensores.
Na marcação de uma cesta haverá a troca de lado da
quadra pelos jogadores das duas equipes de modo
que quem estava na defesa passe para o ataque e
vice-versa. Logo após a cesta e a troca de lado na
quadra, o jogo é recomeçado com a bola na defesa
do time que sofreu o ponto.
Comentários
Os alunos terão muitas possibilidades para a prática
dos jogos e modalidades apresentados. Neste mo-
mento já terão condições de perceber as regras, bem
como valorizar sua definição e função.
Além disso, também estarão aptos a perceber os
movimentos e gestos de cada esporte, suas espe-
cificidades e diferenças, bem como a relação das
habilidades motoras com os movimentos que podem
aprender e que são incorporados e empregados em
tarefas cada vez mais específicas.
20 –
Capacidades físicas podem ser aprimoradas, como a
força muscular, a coordenação motora, a agilidade, o
equilíbrio e a velocidade. Táticas são utilizadas atra-
vés de padrões e métodos para alcançar objetivos e,
com relação aos jogadores, podem envolver outras
coisas, como as funções que cada um realiza em um
esquema predeterminado.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 10
Compreender a origem da cultura corporal de mo-
vimento e seus vínculos com a organização da vida
coletiva e individual.
Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes
brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lu-
tas e práticas corporais de aventura, valorizando o
trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Colaboração, autocontrole, negociação, persistên-
cia, autoconhecimento.
11. Corredorzão
Formar duas equipes: inicialmente, uma queima e a
outra corre para marcar pontos. Numa equipe, um
de cada vez irá chutar a bola o mais longe possível
e correr pelo corredor. Ao passar por ele comple-
tamente, irá marcar dois pontos se conseguir dire-
to (sem parar nos cones) ou um ponto, caso pare
nos cones para não ser queimado. A outra equipe
deve buscar a bola chutada e queimar o oponen-
te enquanto corre, mas, se ele parar num cone,
não poderá ser queimado e um novo aluno deverá
chutar para marcar pontos. Durante o jogo, vários
jogadores podem ficar parados dentro do corredor
aguardando uma boa chance de correr sem serem
queimados. Ao término de todos de uma equipe,
trocam-se as posições das equipes.
Variante
Quem está parado no cone só pode sair se outro par-
ticipante encostar nele.
Observação: existe um local de risco, onde duas
pessoas podem vir correndo ao mesmo tempo e se
chocar. O professor deve ficar sempre nesse cruza-
mento e combinar com a equipe quem passa primeiro,
evitando acidentes.
12. Harry Potter (Handebol – sistema ataque e defesa
com queimada)
Divide-se a turma em 3 equipes. Neste caso é im-
portante separá-las por cor: vermelha, azul e verde.
No início do jogo aqui representado, a vermelha está
do lado de fora da quadra, metade masculina de um
lado e metade feminina do outro. Azul e verde estão
jogando handebol no sistema de ataque e defesa,
tentando marcar gols nos arcos (bambolês que estão
fixados no gol).
Utilizar uma bola de queimada e duas bolas de
handebol.
Os meninos da equipe vermelha ficam deste lado da quadra.
As meninas da equipe vermelha ficam deste lado da quadra.
O gol ficará assim: com três bambolês presos nas
traves.
13. Estafeta de basquete
Desenvolvimento do jogo: a equipe vermelha
tentará queimar jogadores das outras duas equi-
pes, sem se preocupar com quem acertar, apenas
somando queimadas, pois quando alcançar 9 quei-
madas o professor apitará, parando o jogo e avisa-
rá que a equipe vermelha, quando queimar mais
uma vez, entrará em campo para jogar handebol. O
próximo jogador queimado, seja ele de que equipe
for, tirará sua equipe para o lado de fora do campo,
fazendo assim o papel que até agora era ocupado
pela equipe vermelha.
As outras duas equipes, azul e verde, estão jogan-
do handebol no sistema de ataque e defesa com
duas bolas, e tentando marcar seus gols nos arcos
que estão fixados nas traves. A cada gol marca-
do, as equipes trocam seus ataques e defesas, e
aqueles que estavam no ataque vão para a defesa e
vice-versa. Caso o gol não ocorra em 2 minutos, o pro-
fessor solicita que os alunos troquem ataque e defesa.
Comentários
Por meio dos jogos e modalidades apresentados, os
alunos poderão desenvolver seu repertório motor,
através do nível de dificuldade do jogo. Deverão ainda
observar com atenção as estratégias no desenvolvi-
mento dos movimentos, bem como suas dificuldades.
Assim, os professores podem orientar seus alunos a
formular e empregar estratégias de observação, aná-
lise e prática para: (a) resolver desafios peculiares à
prática realizada; (b) apreender novas modalidades;
(c) adequar as práticas aos interesses e às possi-
bilidades próprios e aos das pessoas com quem
se compartilha a sua realização. Os alunos terão a
oportunidade de tentar solucionar desafios técnicos
e táticos, seja em relação às dificuldades de realizar
os movimentos requisitados nas modalidades ou ao
posicionamento nos espaços, além de tomar decisões
durante uma situação de jogo.
Competências específicas da Educação Física: 5 e 7
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
Competências socioemocionais
Colaboração, autocontrole, iniciativa, perseverança,
autoconhecimento.
XXXXXXXX
XXXXXXXX
XXXXXXXX
Dividir a classe em três equipes iguais, com uma bola
para cada uma. Cada um deve tentar acertar a cesta
e retornar para a fila, com três chances de arremes-
so. Caso acerte na primeira pode retornar para a fila.
Depois de tentar três vezes e errar, pode também re-
tornar. A equipe da qual todos terminarem primeiro
seus arremessos ganhará, independente do número
de cestas conquistadas.
– 21
 Depois, pode-se dar tarefas específicas e a equipe
escolherá quem executará, por exemplo:
• Um aluno da equipe deverá arremessar apenas
da linha de três pontos.
• Dois alunos fazem bandeja.
• Um aluno faz arremesso da linha de futebol, ou-
tro, da de três pontos e outro ainda, de fora do
garrafão.
• Criar variações de arremessos, de número de
alunos envolvidos etc.
Observação: os alunos envolvidos nas “tarefas es-
peciais” são obrigados a completar a tarefa para po-
derem retornar à fila.
14. Basquetão
Divide-se a turma em duas equipes, posicionando
cada equipe ao lado da quadra, nas linhas laterais.
Numeram-se os alunos de modo que os números
das duas equipes sejam "equilibrados", no sentido de
habilidade para o jogo. O professor ficará no meio da
quadra com uma bola de basquete e dará os coman-
dos, dizendo um número. Os alunos correspondentes
(por exemplo número 3) deverão se dirigir ao centro,
tentar pegar a bola, levá-la "driblando" (quicando
para qualquer tabela de basquete da quadra, pois
não há lado certo) e tentar fazer a cesta. Se der
rebote, ou seja, o mesmo aluno conseguir pegar a
bola deverá tentar seu próximo arremesso na ou-
tra cesta. Se o rebote for conseguido pelo jogador
adversário, ele poderá tentar realizar a sua cesta
na mesma tabela.
Variações
• O mesmo jogo pode ser realizado por três equipes.
• Chamar alguns números ao mesmo tempo, por
exemplo, 1, 2 e 3; ou números pares; ou compostos
por cálculos matemáticos para que os alunos resol-
vam mentalmente. Por exemplo: 2 x 3. Os alunos
com número 6 vão correr para pegar a bola e jogar.
15. Handebol com gol no meio
Traça-se no meio de uma quadra um círculo de apro-
ximadamente 6 m de raio ou outra medida que seja
mais apropriada para o tamanho da quadra e utili-
zam-se dois cones de aproximadamente 50 cm de
altura ou algo semelhante para fazer um gol de 3 m
de largura. Divide-se a classe em duas equipes que
estarão subdivididas também em duas (ataque e de-
fesa). Cada equipe ataca numa meia quadra e defen-
de na outra. Cada uma terá um goleiro e somente ele
poderá pisar no interior do círculo de 6 m. O ataque
da equipe A, por exemplo, trocando passes, procura-
rá fazer gols na defesa da equipe B. Se esta se apos-
sar da bola deverá passar imediatamente para seu
ataque do outro lado da quadra. A cada gol há uma
troca entre defesa e ataque, ou a cada três minutos,
se não houver nenhum gol.
22 –
Observação: Divide-se a equipe para o ataque e de-
fesa de modo que, de um lado, fiquem os alunos de
maior habilidade, e do outro, os de menor habilida-
de. Assim haverá um equilíbrio e os alunos menos
hábeis poderão tocar mais na bola. Mas também é
interessante, em alguns momentos do jogo, colocar
defesa mais hábil contra ataque menos hábil.
16. Handebol derruba cones
Derrubam-se os cones em vez de marcar gol.
Área de jogo: quadra de handebol.
Colocam-se quatro cones no fundo da quadra ou no
gol. Divide-se a turma em duas equipes, que serão
subdivididas em mais duas: A e B.
Divide-se a quadra ao meio. Em cada metade tere-
mos alunos das duas equipes sendo que uma ataca-
rá e a outra defenderá.
Toda vez que uma equipe derrubar um cone (que
será levantado em seguida) haverá uma troca entre
ataque e defesa.
Variante
Os cones derrubados pela equipe atacante deverão
ser colocados ao lado de seus cones de defesa. A
equipe que eliminar primeiro o cone dos outros ga-
nha. Ao final do jogo teremos oito cones de um lado
e nenhum do outro.
Os cones derrubados deverão ser empilhados uns
sobre os outros.
Observação: divide-se a equipe para o ataque e a
defesa, de modo que de um lado fiquem os alunos
de maior habilidade e do outro, os de menor habili-
dade. Assim haverá um equilíbrio e os alunos menos
hábeis poderão tocar mais na bola. Mas também é
interessante, em alguns momentos do jogo, colocar
defesa mais hábil contra ataque menos hábil.
Comentários
Além das possibilidades por meio dos jogos e mo-
dalidades apresentados, é importante mostrar aos
alunos as diferenças entre os esportes: esporte edu-
cacional, voltado para crianças e adolescentes em
idade escolar (Ensino Fundamental e Médio), es-
porte de participação, praticado no tempo livre, em
situações de lazer, que visam ao bem-estar físico e
psicológico, e esporte de alto rendimento, que são as
práticas focadas na competição, com regras e nor-
mas rígidas objetivando performance e vitória.
Competências específicas da Educação Física: 5 e 8
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
 • Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais
Colaboração, autoconhecimento, pensamento críti-
co, adaptação.
17. Beisebol
Divide-se a turma em 3 equipes (É importante sepa-
rá-las por cor, neste caso: vermelha, azul e verde.)
No início do jogo aqui representado, a vermelha está
arremessando nas bases e espalhada pela quadra,
azul está unida à vermelha e ajudando a pegar a
bola rebatida. A verde está em fila no fundo de qua-
dra e rebatendo.
Inicialmente, uma das equipes rebaterá a bola, uma fi-
cará nas bases, espalhada pela quadra e, a outra, tam-
bém, espalhada pela quadra.
Utilizar um taco de beisebol e uma bola de vôlei cheia.
Colocam-se 4 cones nas extremidades da quadra e um
bambolê junto dos cones.
6, 7, 8, 9...
4 Base 2 Base 1 5 18. Futebol americano (Flag)
A equipe azul fica 1 1, 2, 3, 4...
espalhada pelo espaço.
3 Base 3 Base 4 2 em lados opostos. Cada aluno deverá prender um
Desenvolvimento do jogo: as três equipes deverão es-
tar numeradas e ter o mesmo número de alunos. Caso
isso não ocorra em sua turma, compense, repetindo al-
guns alunos daquelas equipes que tiverem menos.
A equipe vermelha, que está nas bases com seu jogador
número 1, deverá arremessar a bola, para que a equi-
pe verde, que está rebatendo com seu aluno número 1,
possa fazê-lo.
Ao rebater a bola “para longe”, este aluno correrá e ten-
tará fazer a maior quantidade de pontos possíveis cor-
rendo pelas bases. Enquanto isso, as outras equipes,
ajudando-se, devem bater a bola nas 4 bases, encostan-
do a bola e lançando para a próxima, numa ordem que
vai do cone mais próximo do rebatedor à direita (base
1) para o próximo cone no fundo de quadra (base 2), no
outro cone que está no fundo de quadra (base 3) e por
último no cone que está próximo do rebatedor à esquer-
da (base 4), encerrando a corrida do rebatedor.
O aluno que rebateu marcará o número de bases que
passou como pontuação, ou seja, se conseguiu passar
por 3 bases, marcará 3 pontos, se conseguiu dar 2 voltas
completas, marcará 8 pontos, pois passou por 8 bases.
Observação: a ordem de colocação dos alunos nas ba-
ses é a seguinte:
– O arremessador é o aluno de número 1 da equipe
que está nas bases e espalhada (vermelha);
– O aluno de número 2 estará na última base em que
a bola será batida, pois será o próximo a arremessar;
– O aluno de número 3 estará na base do fundo de
quadra, penúltima base que a bola deverá ser batida;
– O aluno de número 4 estará na base do fundo de
quadra, local onde a bola deverá ser batida em 2.o
lugar;
– O aluno de número 5 estará na base mais próxima
ao rebatedor, local onde a bola deverá ser batida em
1.o lugar.
Após o primeiro rebatedor realizar sua corrida, há um
rodízio, e o aluno 2 da última base realizará o arremes-
so para o aluno 2 da equipe que está rebatendo e to-
dos rodam. Lembrando que o aluno de número 1
(da equipe vermelha) que acabou de arremessar a
bola ficará agora espalhado pela quadra e o jogador de
número 6 deverá entrar na base mais próxima ao reba-
tedor, local onde a bola deverá ser batida em 1.o lugar.
Após todos os alunos da primeira equipe terem reali-
zado suas rebatidas, troca-se a equipe que rebaterá.
Aquela que acabou de rebater, (a verde) ficará es-
palhada pela quadra, ajudando a outra equipe (azul)
que agora arremessará.
Local: quadra poliesportiva.
Material: bola de futebol americano (pode ser tam-
bém uma de rúgbi), coletes e meiões de futebol
(pode ser também outro tecido).
Desenvolvimento do jogo: duas equipes divididas
meião de futebol em cada lateral de sua calça, ou
calção, de modo que fique bem visível.
Para o início do jogo, devem ser definidas várias du-
plas dentro de cada equipe. Ex.: se uma equipe tiver
12 alunos, terá 6 duplas. Essa divisão por duplas ser-
ve para o início de cada jogada, assim todos terão
possibilidade de iniciá-la.
O objetivo principal do jogo será alcançar a linha de
fundo da quadra adversária (endzone), realizando
assim o touchdown. Essa conquista dará 6 pontos
para a equipe.
Cada equipe terá direito a 4 tentativas de jogadas, par-
tindo de sua área (futsal), para realizar o touchdown,
tentando alcançar o espaço adversário (jardas).
A outra equipe deverá ficar (caso seja possível)
a 9 metros de distância para o início da jogada.
Assim que a jogada se iniciar, a equipe adversária
pode invadir o espaço para tentar pará-la.
Para iniciar uma tentativa, a dupla ficará com um alu-
no na frente do outro, um deles segurando a bola en-
costada no chão e as pernas afastadas e, ao sinal do
professor, deverá lançar a bola por entre as pernas,
para trás. Assim que o aluno daquela dupla, que está
atrás, receber a bola, a jogada/tentativa se inicia.
– 23
 As 4 tentativas podem ocorrer continuamente, ou seja,
caso a equipe não consiga realizar seu touchdown até
a última, perderá a posse de bola. Porém, haverá a
possibilidade de a equipe realizar um chute ao gol
na terceira tentativa. Isso ocorre quando a equipe
entende que não conseguirá chegar até a endzone
(realizar seu touchdown) na quarta e última tentativa.
Esse chute acontecerá aproximadamente da linha
dos 3 metros do voleibol, ou seja, para a frente do
19. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
meio da quadra, por qualquer aluno. A bola deverá
ser apoiada por outro aluno ou por um suporte de
bola oval, oficial, ou por um rolo de fita crepe grosso.
A bola deverá passar sobre o travessão do gol. Caso
o gol seja marcado, a equipe terá 3 pontos.
As possibilidades da equipe, com suas tentativas,
para alcançar a endzone, são:
a) O aluno que receber a bola poderá correr sozinho
até a linha final.
b) A equipe poderá realizar vários passes no ar, até
que alguém passe pela linha final ou algum aluno
de sua equipe receba a bola além da linha.
Caso a equipe conquiste a linha final, ou seja, realize o
touchdown, além dos 6 pontos marcados, terá direito a
um chute extra, que neste caso valerá mais um ponto.
Observação: ele será exatamente como já citado
anteriormente na tentativa final da equipe, mudando
apenas a sua pontuação.
Parando a jogada do adversário: para a equipe ad-
versária parar a jogada, não será permitido, em hipó-
tese alguma, derrubar, empurrar ou tocar no jogador
que estiver com a posse de bola. Lembremos que
estamos no ambiente escolar e que além disso não
teremos todas as proteções que existem no jogo ofi-
cial de futebol americano. Então, para que a equipe
adversária consiga parar a jogada, deverá tirar um
dos meiões do jogador que estiver com a posse da
bola (apenas um). Assim que isso acontecer, finda-
-se uma tentativa e a equipe deverá reiniciar sua pró-
xima com outra dupla após o sinal do professor.
Caso uma bola seja lançada e caia no chão, a equipe
perde sua tentativa e a próxima ocorrerá do local em
que a bola foi lançada, e não do local onde caiu.
Se uma bola for lançada e a equipe adversária con-
seguir interceptá-la no ar, poderá partir para o seu
touchdown, ou com o aluno que a interceptou, cor-
rendo para a endzone adversária, ou realizando vá-
rios passes entre seus integrantes. Se houver essa
interceptação, a equipe que ganhou a posse da bola
terá agora mais 4 tentativas para seu touchdown.
Mas caso seja parada na evolução de seu aluno, en-
cerram-se as tentativas independentemente daquela
em que o adversário estava. Ex.: se uma equipe
estiver em sua primeira tentativa, arremessar uma
24 –
bola e a outra equipe interceptar, aquela que lan-
çou e que estava em sua primeira tentativa perde-
rá a posse de bola e suas outras tentativas.
Pontuação
– Touchdown: 6 pontos
– Chute extra após touchdown: 1 ponto
– Opção de chute na quarta tentativa da equipe: 3 pontos
atividades
Há possibilidade de estruturar uma aula com os alu-
nos trazendo sugestões de modalidades esportivas
que desconhecem ou que possuem interesse em
experimentar, levantando as discussões sobre as di-
ferenças dos esportes praticados na escola, clubes,
lazer etc.
É importante salientar que esta não deve ser uma
aula livre, mas ter uma estrutura previamente orga-
nizada, com os alunos avisados com antecedência.
Eles podem realizar pesquisas e trazê-las para as
experimentações da aula.
Comentários
Neste ponto do trabalho com esportes para o 6. o
e 7. o anos, os alunos já terão autonomia para
escolher, pelas experiências anteriores, os espor-
tes ou jogos que poderão praticar em aula, para que
possam alcançar os objetivos previamente conver-
sados e definidos. Os alunos podem então propor e
produzir alternativas não só durante as aulas como
também para além delas. Eles devem dialogar so-
bre quais modalidades esportivas não praticam e
não observam pessoas praticando nos espaços que
frequentam e, com base nas características desses
espaços, propor soluções que possam fazer com que
outras pessoas as pratiquem. Podem ainda ir além,
apontando a questão dos colegas com deficiência,
inseridos ou não nas atividades fora do colégio, o
que pode favorecer alternativas para a solução de
um problema tão sério que ocorre em ambientes não
monitorados por responsáveis adultos.
Competências específicas da Educação Física: 7 e 9
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
• Reconhecer o acesso às práticas corporais como
direito do cidadão, propondo e produzindo alterna-
tivas para sua realização no contexto comunitário.
Competências socioemocionais:
Colaboração, consciência social, pensamento críti-
co, iniciativa, negociação.
 Unidade temática: Ginásticas
Objeto de conhecimento: Ginástica de condicionamen-
to físico
1. Minimaratona
A atividade da minimaratona pode ser usada como
ferramenta pedagógica para muitas finalidades. Nes-
ta habilidade, relacionada ao objeto de conhecimento
Ginástica de condicionamento físico, será enfatizado
que o ritmo desta modalidade de corrida deve ser
dosado ao longo de sua execução e sem exageros
desde o início, pois as reservas energéticas do cor-
po não manterão o exercício em velocidade máxima
por muito tempo. Após essas discussões, os alunos
irão perceber a importância de executar a corrida de
maneira moderada para que consigam terminar a ati-
vidade da mesma maneira que iniciaram.
FICHA DA MINIMARATONA
Nome:______________________________________________ Série______________________
DATA
1 2
1.o bimestre
Local: quadra de voleibol.
Material: 3 cones médios.
Desenvolvimento da prova: os alunos são divididos
em 3 equipes, colocados em fila por ordem alfabética
(é a maneira encontrada para não realizar escolhas
incorretas no momento da separação). Deverão iniciar
a corrida no momento do sinal do professor, sendo um
integrante de cada equipe. Correrão até o cone, farão
a volta e deverão passar pela linha de chegada.
A cada bateria dois alunos (primeiro e segundo colo-
cados) passam para a área de classificação, aguar-
dando novas baterias e o aluno, terceiro colocado, irá
para a área de repescagem, aguardando sua segunda
e última chance de classificação. Quando terminam
todas as baterias, iniciam-se as baterias de repesca-
gem, reorganizando as filas de equipes novamente
por ordem alfabética. Novamente os dois primeiros
colocados passam a integrar a área de classificação e
o terceiro colocado agora será desclassificado.
VOLTAS
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Após terem sido definidos os alunos classificados, ini-

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após cia-se uma nova fila por ordem alfabética e novas ba-
Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem
terias são realizadas, porém, neste momento, os dois
Obs.: ________________________________________________________________________ primeiros colocados estão classificados e o terceiro,
________________________________________________________________________
desclassificado. Assim prossegue a atividade até que
DATA VOLTAS restem três ou quatro classificados para a final.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
2.o bimestre

Tempo
Inicial
FREQUÊNCIA CARDÍACA
Final 3 minutos após
Comentários
Os alunos podem descobrir que as sensações que
acontecem em decorrência da atividade física ou
Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem
Obs.: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________ exercício físico dependem da intensidade, modali-
DATA VOLTAS
dade e do nível de condicionamento dos praticantes
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
e podem incluir ofegância, fadiga ou sudorese.
3.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após Vale ressaltar com os alunos a importância de
Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem
relacionar um determinado exercício (como uma
Obs.: ________________________________________________________________________ corrida de média ou longa distância) com as capa-
________________________________________________________________________
cidades físicas solicitadas (resistência cardiorrespi-
DATA VOLTAS ratória e força muscular) e, ainda, com as principais
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
estruturas corporais empregadas: músculos, ossos e
4.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após
articulações das pernas, além do coração e dos pul-
Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem mões na captação e transporte de oxigênio.
Obs.: ________________________________________________________________________ Torna-se importante também evidenciar a importân-
________________________________________________________________________
cia do aprimoramento das capacidades físicas para
realizar tarefas do dia a dia, como a resistência mus-
cular para subir escadas ou um terreno íngreme ou a
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
força muscular para transportar uma mochila.
ção dos jogos.
Competências específicas da Educação Física: 8 e 10
2. Corrida de velocidade • Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
Repescagem:
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autocontrole, perseverança,
Classificados:
autogerenciamento.
– 25
3. Circuito de resistência
Pensando nessa habilidade, os alunos podem convi-
ver harmoniosamente, descobrindo juntos a prática de
atividades físicas e exercícios físicos, para que assim
promovam sua saúde.
A ideia desta aula é propor que eles se dividam em
duplas e que cada um, num determinado momento,
realize os exercícios solicitados da folha que será en-
tregue. Enquanto um aluno realiza os movimentos, a
dupla companheira faz as anotações.
Vale lembrar que antes da realização dos movimentos
pelos alunos o professor deverá executá-los, mostran-
do quais são os corretos.
É importante ainda frisar aos alunos que somos to-
dos diferentes, que cada um possui uma adaptação
ao treinamento e adquire no seu tempo o condiciona-
mento para a realização das atividades e que é mui-
to importante que todos respeitem as execuções dos
companheiros e colegas de classe, exatamente para
que tenhamos um bom convívio e aproveitamento do
espaço para todos.
FICHA DA RESISTÊNCIA NA ATIVIDADE FÍSICA
COLÉGIO OBJETIVO
Resistência na atividade física
Data ___/___/___
Nome do aluno: _________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Atividade prática
Circuito de exercícios de resistência motora de média duração.
Realização: em cada uma das estações os alunos executarão o exercício por um (1)
minuto. Ao término desse tempo, deverão correr (moderadamente) em volta da quadra por
um (1) minuto e, ao sinal do professor, devem se dirigir à próxima estação, iniciando o
exercício.
Estação Exercício
1.a Pular corda
2.a Abdominais
3.a Flexão de braços
4.a Polichinelo
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
ção dos jogos.
4. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Nas atividades anteriores foram feitos exercícios e ati-
vidades que envolveram elementos da ginástica e soli-
citaram diferentes capacidades físicas, como força, ve-
locidade, resistência e flexibilidade, além da construção
coletiva de procedimentos e normas de convívio para a
participação de todos.
26 –
Neste momento deve ser proposto que os alunos
criem e experimentem seus próprios exercícios e ati-
vidades, com os mesmos objetivos anteriores e sob a
sua supervisão.
Comentários
Para que se proponha o construir coletivamente, um
processo que demanda outras habilidades, é impres-
cindível experimentar alguns diferentes tipos de exer-
cícios e as características dessa prática corporal.
Com as atividades citadas, os alunos podem enten-
der a importância das normas de convívio que viabili-
zam a participação de todos na prática de exercícios
físicos. Eles devem propor práticas, sempre respei-
tando as características individuais, níveis de condi-
cionamento e gosto pessoal de cada um.
Competências específicas da Educação Física: 3 e 8
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre a
realização das práticas corporais e os processos
de saúde/doença, inclusive no contexto das ativi-
dades laborais.
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, consciência social, iniciativa,
criatividade.
5. Diferenciar exercício físico de atividade física
Caspersen et al, 1985, define:
Atividade física:
– É o movimento corporal produzido pelos músculos
esqueléticos que resulta em gasto energético.
– É a atividade física da vida diária: como as ocupa-
cionais, praticar esportes, lavar o carro, passear com
o cachorro etc.
Exercício físico:
Quantidade
– É o subconjunto de atividades físicas, que é plane-
jado, sistematizado, estruturado e repetitivo.
– Possui um objetivo de melhoria ou manutenção da
aptidão física.
Na quadra, em uma mesma aula, podem ser emprega-
dos dois movimentos que diferenciem atividade física
de exercício físico.
Para iniciar, há como utilizar atividades físicas aber-
tas, como andar ou auxiliar algum outro aluno no de-
senvolvimento delas. Por exemplo: carrinho de mão,
brincadeira ou jogo de invasão, entre outros sem pro-
pósito de treinamento.
Já no que diz respeito ao exercício físico, utiliza-se o cir-
cuito de resistência, onde há treinamento resistido, repe-
tição, frequência e carga, que é a atividade realizada na
habilidade EF67EF09.
Após as experimentações, os alunos devem propor alter-
nativas para a realização tanto do exercício físico quanto
da atividade física no espaço da escola, observando a
diferença entre eles.
 Comentários
É importante propor aprendizagens que diferenciem
a atividade física – que constitui qualquer movimento
realizado pelos músculos esqueléticos, produzindo
um gasto energético acima do repouso, como andar,
lavar o carro, ir ao mercado, etc. – do exercício físico,
que é um tipo de atividade física que consiste em
movimentos corporais programados, estruturados e
sistematicamente repetitivos, que têm objetivos es-
pecíficos, como melhorar o condicionamento físico
para a saúde ou desempenho esportivo, como correr
de maneira planejada, utilizar a academia realizando
treinamentos repetitivos etc.
Você pode propor temas que sejam de interesse dos
alunos, como observar e anotar as atividades que
realizam no seu cotidiano, verificando se são fisica-
mente ativos, e diferenciando quais são atividades
físicas e quais são exercícios físicos. Como exem-
plo, sabe-se que alguns alunos permanecem mais
tempo em atividades sedentárias, outros caminham
bastante, ajudam os familiares nas tarefas de casa
ou praticam uma modalidade esportiva de modo
sistematizado.
Competências específicas da Educação Física: 6 e 8
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas corpo-
rais, bem como aos sujeitos que delas participam.
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, persistência, iniciativa, criatividade.
Unidade temática: Danças
Objeto de conhecimento: Danças urbanas
Dança
Parte-se do princípio de que perceber o corpo é es-
sencial para movimentá-lo. Sem perceber as pernas é
impossível andar, sem perceber as mãos é impossível
pegar um objeto. Da mesma forma, sem termos a per-
cepção do nosso corpo é impossível dançar.
A percepção corporal na dança começa quando co-
nhecemos nosso corpo, suas partes, suas dimensões,
seu volume. Qual é o corpo eu tenho? Como é o corpo
que tenho? Como me relaciono com ele? (Essas per-
guntas podem ser feitas a qualquer aluno que for iniciar
uma experiência na dança). Experimentar a dança é mais
importante que dançar, pois através da experimentação
podemos trabalhar sensibilidade, força, respiração aeró-
bica, lateralidade, ritmo, movimentos e expressão. Um
exemplo típico é o trabalho com a coordenação motora.
Podemos então tratar a dança como movimento, terapia
ou recurso educacional.
1. Experimentações
Para essas turmas será importante ensinar conta-
gem/marcação/tempo musical. Geralmente conta-
mos 1;2;3;4;5;6;7;8 ou 1/5 de tempo: 5;6;7;8!
Escolha músicas atuais, que façam parte do cotidia-
no dos alunos. Exemplos: pop/street/black.
Desenvolvimento: dividir a turma em grupos e pedir
para que os alunos criem passos com um ou dois tem-
pos à vontade. A seguir, os alunos fazem a demons-
tração para os demais e organiza-se uma sequência,
momento em que todos dançam todos os passos.
Importante: sempre iniciar a "coreografia" após a
1.a batida mais forte (Isso auxilia o sincronismo e
harmonização de todos).
Se a música tiver muito tempo, pode-se repetir os
passos subdividindo-os (altura, meninas, meninos,
mais habilidosos etc.)
Esta atividade pode ser realizada em 1 ou 2 aulas.
Comentários
Os alunos vão perceber alguns elementos constitu-
tivos das danças, como o ritmo, o espaço e o ges-
to, que fazem parte desse contexto do aprendizado.
Nestas atividades, os alunos conseguem identificar
a presença de algumas capacidades físicas durante
as práticas. Além do ritmo, que é elemento consti-
tuinte das danças, percebe-se ainda a coordenação
motora, o equilíbrio, a agilidade, a flexibilidade, entre
outras. Experimentar as danças nas aulas de Edu-
cação Física escolar deve ser uma possibilidade de
ampliação do repertório motor, além da oportuni-
dade de conhecer outras manifestações culturais
do movimento.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 5
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
Competências socioemocionais:
Autoconsciência, empatia, pensamento crítico.
2. Planejar estratégias das danças juntamente com
os alunos
Após as experimentações anteriores e com base nas
pesquisas realizadas pelos alunos, há aqui a oportu-
nidade para que realizem algumas danças urbanas,
focando na aprendizagem dos seus elementos cons-
titutivos. Os próprios alunos vão descobrir e ajudar os
outros a descobrirem seus ritmos, espaços e gestos,
relacionados a elas. Sempre serão utilizadas músicas
escolhidas pelos alunos e com o professor tomando
os cuidados necessários para que sejam adequadas
ao ambiente escolar.
– 27
 Comentários
Para que os alunos aprendam a planejar e utilizar
estratégias, será necessário observar e analisar as
próprias experiências corporais, bem como a do ou-
tro. Quando estimulados a formular e envolver es-
tratégias de observação e análise, poderão resolver
desafios inerentes à prática realizada, apreender
novas modalidades, adequar as atividades práticas
aos seus próprios interesses e aos das pessoas com
quem se convive.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 2
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Planejar e empregar estratégias para resolver
desafios e aumentar as possibilidades de apren-
dizagem das práticas corporais, além de se en-
volver no processo de ampliação do acervo cul-
tural nesse campo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, saber se relacionar, empatia, cola-
boração, criatividade, pensamento crítico.
3. Chegue mais
Desenvolvimento: A aula acontece com pares e mú-
sica de forró. Por ser o ritmo mais fácil de ser dança-
do, o forró propicia uma atividade simples e divertida.
Inicialmente, o professor pode dar os comandos: dois
e dois (dois passos para a esquerda – afastar as per-
nas e unir, dois para a direita), frente e trás (esquerda
à frente, direita atrás), afastados (marcação de am-
bos atrás ao mesmo tempo), giros, laços e outros,
dependendo da turma e do professor.
Os alunos podem realizar e experimentar danças
conhecidas por eles, diferentes das danças urbanas.
Assim, há oportunidade para diferenciar os movi-
mentos e contextos culturais das diferentes danças
para as danças urbanas.
Comentários
Os alunos devem, dentro do contexto escolar e pla-
nejamento do professor, vivenciar alguns diferentes
tipos de danças, além das danças urbanas. Assim,
terão a oportunidade de identificar os elementos e
características presentes nessas modalidades, con-
seguindo compará-las.
Para que o aluno consiga valorizar e respeitar os
sentidos e significados atribuídos às danças, ele
deverá primeiro ter experimentado e depois, então,
compreendido que essas manifestações são pratica-
das por diferentes grupos sociais.
Na atividade proposta nesta habilidade, Chegue
mais, os alunos realizaram atividades de forró, pro-
curando diferenciá-lo das demais danças urbanas
realizadas no primeiro momento da habilidade
Experimentações (EF67EF11), onde focaram em
outros movimentos e danças diferentes.
28 –
Há uma possibilidade de preparar essa habilidade
promovendo aprendizagens sobre o caminho histó-
rico das danças urbanas, iniciando pelas modalida-
des originais e chegando àquelas que são praticadas
hoje. Pode-se realizar um trabalho interdisciplinar
juntamente com a habilidade EF69AR13 da Arte, no
que tem relação com a busca de diferentes tipos de
danças.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 7
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autogerenciamento, saber se rela-
cionar, empatia, pensamento crítico.
Unidade temática: Lutas
Objeto de conhecimento: Lutas do Brasil
1. Briga de galo (Adaptada de Saci)
Os alunos ficam em duplas, cada uma apoiando-se
em uma das pernas (Saci), segurando no tornoze-
lo da perna livre flexionada para trás. A outra mão
fica no peito. Ao sinal, um aluno tenta desequilibrar o
outro, empurrando-o com o ombro. Ganhará aquele
que mantiver por mais tempo o equilíbrio, ou seja,
aquele que levar menos tombos.
Vê-se que este é um jogo de disputa acirrada, entram
aqui as noções de equilíbrio, força e atenção. Cada
aluno quer manter-se em pé, e faz de tudo para de-
sequilibrar o colega. Um não pode perder o controle
sobre o outro, sob pena de ser derrubado. Na cultura
dos índios Manchineri, as mãos são amarradas para
evitar que sejam usadas.
2. Empurrar e luta de joelhos
• Alunos em duplas, um de cada lado de uma li-
nha qualquer, com os dois pés apoiados e com
os ombros encostados, tentarão passar para o
outro lado da linha empurrando o companheiro.
• Luta de joelhos: alunos apoiados de costas, um
para o outro, ao sinal, podem se virar e tentar
deitar o companheiro de costas. (Observação:
deve-se utilizar um colchão ou tatame)
3. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Com as propostas e atividades apresentadas, pode-se
sugerir que os alunos recriem algumas lutas do Brasil,
primando por todo o cuidado com a segurança e inte-
gridade física. O professor deve entender e conhecer
a proposta dos alunos antes da experimentação.
 Comentários
Com as atividades propostas nesta habilidade, os
alunos acabam por conhecer a estrutura de algu-
mas lutas praticadas no Brasil. Além deste primeiro
contato com a cultura, inicia-se uma preocupação e
5. Atividades de deslocamento
valorização da própria segurança e integridade físi-
ca, assim como dos companheiros. Isso significa que
o conhecimento sobre normas de segurança deve
incluir questões relacionadas ao espaço, como tipo
de solo (areia, chão cimentado, gramado), materiais
(colchões, tatames, luvas) etc.
Há ainda neste momento do aprendizado sobre lu-
tas o conhecimento das habilidades motoras utiliza-
das na prática das modalidades, como socar, chutar,
agarrar, empurrar e segurar, que demandam técni-
cas específicas e variam de acordo com a luta. Os
alunos também terão contato com as capacidades
físicas presentes, como resistência, potência e força
muscular, e todas podem ser aprimoradas com o trei-
namento das modalidades.
6. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
Competências específicas da Educação Física: 2 e 7
• Planejar e empregar estratégias para resolver desa-
fios e aumentar as possibilidades de aprendizagem
das práticas corporais, além de se envolver no pro-
cesso de ampliação do acervo cultural nesse campo.
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, saber se relacionar, persistência,
autocontrole.
4. Atividades envolvendo agilidade
A. Colocar meias (fitas, jornal) penduradas no quadril
e tentar pegá-las do colega, ao mesmo tempo que
se esquiva para não deixar pegar as suas.
B. De frente para o colega, um com as mãos volta-
das para baixo e o outro, para cima. Quem tem a
mão embaixo deve tentar bater nas mãos do co-
lega que tem as mãos em cima, mas deve tentar
evitar o toque.
C. Com bexigas presas ao pé, tentar pisar na bexi-
ga dos outros e proteger a sua.
D. Luta de “dedão” das mãos.
E. Idem ao anterior, só que em roda, de mãos da-
das com as mãos cruzadas com as pessoas ao
lado.
F. Jogo do risca pé: numerar 2 grupos e chamar um
número de cada vez; a dupla pega um pedaço
de giz e tenta riscar o pé do adversário.
G. “Touro”: todos de pé num tatame e uma pessoa
(touro) deve, em 6 apoios (engatinhando), pegar
ou tocar nos colegas que, se forem pegos, abaixa-
rão e serão os touros também, até sobrar o último.
A. Em duplas, um pé de apoio sobre o colega e uma
mão dada; puxar ou empurrar, fazendo o adver-
sário desencostar o pé de apoio do seu.
B. Em dois apoios, equilibrando (de cócoras),
apoiado na ponta dos pés, tentar desequilibrar o
adversário.
C. Em pé, em duplas, um de frente para o outro,
com as mãos voltadas para o colega com os co-
tovelos flexionados. Numa distância de 1 passo,
tentar bater nas mãos do colega a fim de tirar sua
base de apoio (pés unidos) e desequilibrá-lo.
D. Dentro de um círculo, 2 pessoas num pé só tentam
empurrar o outro para tirá-lo dele.
E. Cabo de guerra.
atividades
Visando planejar estratégias de observação, bem
como aplicá-las, pode-se sugerir que os alunos mos-
trem outras atividades que tenham ligação com as lu-
tas apresentadas do Brasil. Porém, neste momento, o
foco será a estratégia e, ao mesmo tempo, a ênfase
no respeito ao colega oponente.
Mais uma vez cabe salientar que a atividade deve ser
pautada no cuidado com a segurança e integridade
física. O professor deve entender e conhecer a pro-
posta dos alunos antes da experimentação.
Comentários
Com as experimentações acima, o aluno terá a oportu-
nidade de conhecer e fruir as lutas do Brasil, bem como
observar o outro.
Quando estimulados a formular e envolver estratégias
de observação e análise, poderão: resolver desafios
inerentes à prática realizada, apreender novas modali-
dades, adequar as atividades práticas aos seus próprios
interesses e aos das pessoas com quem se convive.
Competências específicas da Educação Física: 2 e 6
• Planejar e empregar estratégias para resolver de-
safios e aumentar as possibilidades de aprendi-
zagem das práticas corporais, além de se envol-
ver no processo de ampliação do acervo cultural
nesse campo.
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas corpo-
rais, bem como aos sujeitos que delas participam.
Competências socioemocionais
Saber se relacionar, negociação, autocontrole,
adaptação.
– 29
7. Lutas na cultura indígena
A brincadeira na cultura indígena
O presente trabalho é fruto de pesquisas sobre a lu-
dicidade das crianças da Amazônia e descreve uma
série de brincadeiras que fazem parte do cotidiano
das tribos bororo, maioruna, manchineri, pareci, ti-
kuna, tukano, yanomami e kalapalo.
Segundo pesquisas realizadas por Kátia Cilene Lo-
pes Calderaro (2006), do Centro Cultural dos Povos
da Amazônia – CCPA, a brincadeira faz parte da so-
ciedade indígena, ajudando tanto na interação entre
as faixas etárias como na educação das crianças.
Um destaque importante segundo a autora é que:
“(...) torna-se inevitável fazer uma comparação entre
as brincadeiras indígenas e as brincadeiras da socie-
dade não indígena, isto porque as brincadeiras das
sociedades indígenas, em geral, são muito competi-
tivas; nelas todos querem ganhar e isto faz com que
o lúdico, muitas vezes, fique de fora. Mas, o objetivo
dos índios não é ganhar. As brincadeiras represen-
tam estratégias de sobrevivência. Ou seja, as brinca-
deiras preparam para a vida. Assim, elas trabalham
habilidade, criatividade, força, coragem, família, se-
xualidade, entre outros aspectos que estão inseridos
no contexto da brincadeira, a fim de que estas sejam
eminentemente práticas e educativas.”
As brincadeiras ocorrem em todos os lugares, na terra,
na água, na mata e dentro da oca, sempre com uma
ligação forte com os animais e a natureza, de um modo
geral.
Segundo Beleni Saléte Grando: “as brincadeiras são
antes de tudo apropriações de significados: dançar,
cantar, lutar, jogar peteca, flechar, remar, nadar no rio,
subir em árvores, construir os brinquedos com recursos
da natureza. E nas brincadeiras, ser guerreiro, ser mãe,
ser caçador, ser homem, ser mulher, ser indígena... No
entanto, ser uma pessoa única, ser um indígena espe-
cífico. Ao brincar, aprende-se a ser Xavante; aprende-
-se a ser Bororo, aprende-se a ser Tapirapé; aprende-
-se a ser alguém que se identifica e é identificado por
seu grupo. Ser igual e ser diferente do Outro”.
Exemplos de atividades
1. Gavião e galinha
Uma criança é escolhida para ser o gavião, ave forte
e comedora de pintinhos. Outra criança representa a
galinha, que fica de braços abertos, protegendo atrás
de si todos os seus pintinhos. O gavião corre para
tentar comer um dos pintinhos, mas só pode pegar
o último. A galinha tenta evitar que o gavião pegue
os pintinhos dando voltas e mais voltas em torno de-
les, de braços abertos, mas sem segurar o gavião,
que só pode pegar o último da fila. Quando conseguir
pegar um pintinho, recomeça a brincadeira, sempre
alternando os papéis.
30 –
2. Melancia
As crianças representam as melancias, ficando aga-
chadas e com a cabeça baixa, em grupos, espalha-
das pelo terreno. O dono da plantação de melancias
cuida delas com a ajuda de dois cachorros. Um outro
grupo representará os ladrões.
Os ladrões vêm devagar e experimentam as melan-
cias para saber quais estão no ponto de colheita, ba-
tendo com os dedos na cabeça das crianças. Quando
encontram uma melancia boa, enfiam-lhe um saco e
saem correndo, levando-a. É aí que o cachorro corre
atrás do ladrão para evitar o roubo.
Observação: a melancia é uma das frutas mais cul-
tivadas pelos tikunas na várzea. A figura do ladrão
é representativa daqueles que não trabalham, prefe-
rindo roubar o que encontram pronto. E o cachorro,
sempre fiel ao seu dono, é a segurança do dono da
plantação.
3. Briga de galo
As crianças ficam aos pares, cada uma apoiando-se
em uma das pernas, segurando no tornozelo da per-
na livre flexionada para trás. A outra mão fica no pei-
to. Ao sinal, uma criança tenta desequilibrar a outra,
empurrando-a com o ombro. Ganhará aquela que
mantiver por mais tempo o equilíbrio, ou seja, aquela
que levar menos tombos.
Vê-se que este é um jogo de disputa acirrada. En-
tram aqui as noções de equilíbrio, força e atenção.
Cada criança quer manter-se de pé, e faz de tudo
para derrubar o colega. Uma não pode perder o con-
trole sobre a outra, sob pena de ser derrubada. Na
cultura dos índios manchineri, as mãos são amarra-
das para evitar que sejam usadas.
4. Curupira
Uma criança tem os olhos vendados. Uma outra vem
e faz com que aquela gire em torno de si mesma três
vezes. Depois, ela pergunta: “O que tu perdeste”? E
ela responde: “Perdi uma agulha” ou “Perdi um terça-
do”, por exemplo. Todas as crianças fazem suas per-
guntas. Quando chega a vez da última criança, esta
pergunta-lhe o que quer comer. Quando o "curupira"
tira a venda e vê que não tem a comida que ele pe-
diu, sai correndo atrás das crianças, que fogem para
não serem apanhadas. Quem for apanhado passa a
ser a presa do curupira ou vai desempenhar o seu
papel (tipo “cabra-cega).
5. Pirarucu
Em círculo, de mãos dadas, uma criança fica no cen-
tro. Essa criança que está no centro desloca-se e,
ao pegar no braço do colega, pergunta-lhe: “Qual é
essa madeira?” A outra criança responde pelo nome
de uma madeira da região. A seguir, o “pirarucu”
apoia-se e senta-se nos braços de dois colegas, que
o lançam para o ar. Prossegue assim até terminar a
roda. Quando termina, começa a fuga. O "pirarucu"
corre e tenta sair do “lago” simbolizado pela roda.
 Os colegas, de mãos dadas, tentam impedir a saí-
da dele com os braços, que representam madeiras
fortes. Quem não consegue evitar a saída dele, vai
substituí-lo.
Outra variação seria a simples fuga do "pirarucu" da
roda (forçando entre os braços dos colegas em roda)
e, daí, todos correm atrás dele; quem pegá-lo será o
próximo peixe.
6. Marimbondo
Brincadeira na areia em que se separam dois grupos,
sendo um de meninas e outro de meninos. As meni-
nas brincam de casinha, fazendo beiju, enquanto os
meninos constroem na areia uma casa de marimbon-
do. Em seguida, as meninas percebem a existência
da casa de marimbondos e tentam destruí-la. Então
fogem correndo dos meninos, que querem picá-las.
Depois de um tempo, os grupos se revezam.
7. Rastro da sucuri (ou Jurê)
Risca-se no chão um traçado em zigue-zague, como
o rastro de uma cobra, e as crianças devem percorrer
o caminho traçado saltando apenas com um pé.
8. Esvaziando garrafas
As crianças ficam em duplas, duas atacam e duas
defendem, como num jogo de “queimada”. Com a
bola, tenta-se derrubar as garrafas, cheias de terra
ou areia, do time adversário. Ao tentar acertar as gar-
rafas com a bola, os atacantes devem jogá-la bem
longe, pois enquanto os defensores buscam a bola
para os queimar, eles devem tentar esvaziar as gar-
rafas. Se conseguirem vencem, mas se forem quei-
mados perdem.
9. Onça danada
Uma criança fica longe da roda de crianças que, de
mãos dadas e sentadas, fingem dormir. A onça entra
na roda e, rugindo, brava, os acorda. A onça, então,
vai pegando nos braços das crianças e perguntando:
De que é esse braço? As crianças respondem coisas
de que a onça não gosta, mas caso goste de alguma,
ela pode “matar”. A onça foge e todos a perseguem
para capturá-la.
10. Arrancar mandioca
Várias pessoas permanecem em fila, sentadas e se
segurando pela cintura, enquanto uma ou mais que
estão de pé devem tentar soltá-las, puxando uma a
uma até a última, que por sua vez estará se seguran-
do num tronco de árvore.
Jogos praticados pelos índios adultos (cultura
Kalapo)
1. Ta
Utilizando arco e flecha, devem-se tentar acertar um
disco feito de fibras vegetais, que é jogado por uma
pessoa, com força, rapidez e em curva para dificultar
que seja acertado.
2. Etine
Algumas lanças são fincadas no chão e a uma certa
distância procura-se derrubá-las com flechas.
3. Heiné Kuputisu
Uma corrida na qual a pessoa deve correr num pé só
o mais longe possível, até cansar ou cair.
4. Ukigue Humitsutu
Uma corrida em que a pessoa deve correr sem respi-
rar até um ponto mais longe possível. Onde ela res-
pirar deve parar, marcando esse local.
5. Hagaka
Uma pessoa deve lançar apenas com as mãos uma
flecha, cuja ponta é protegida (bola de cera de abe-
lhas), nas pernas do adversário, a uma distância de
4 metros. Este deve ficar de lado e pode se defender
apenas com uma lança, que segurará mantendo-a
encostada no chão.
6. Emusi
Um pega-pega em que o caçador deve encostar a
mão nos caçados. Quem for pego ficará parado e
quem sobrar será o próximo caçador.
7. Agu Kaká
Uma fila de pessoas sentadas e abraçadas pela cin-
tura. A primeira está se segurando num tronco de ár-
vore. As mulheres devem “arrancar” as pessoas, fa-
zendo cócegas e puxando-as, até todas se soltarem.
8. Tsine
Os homens ficam deitados de barriga para baixo e as
mulheres devem usar a força para desvirá-los.
Olimpíadas indígenas
A primeira atividade esportiva no âmbito intertribal de
que se tem notícia ocorreu em 1997, nos I Jogos dos
Povos Indígenas, realizados em Goiânia. A iniciativa,
idealizada pelo índio Carlos Terena, resultou do pa-
trocínio do Ministério dos Esportes, da parceria com
o governo do estado de Goiás, do Comitê Intertribal
e com o apoio da Funai.
• Arco e flecha – o alvo era o desenho de uma
“anta”, animal muito caçado por todos. Outros já
usaram o desenho do peixe “tucunaré”.
– 31
 • Canoagem
• Cabo de guerra
• Corrida de tora – varia quanto ao tamanho da
tora e ao número de participantes. Ocorre como
num revezamento, com grupos de 10 índios car-
regando uma tora, individualmente ou em dupla,
dependendo do tamanho dela.
32 –
• Futebol de cabeça (xikunahity) – usa-se uma
bola de 30 cm confeccionada por eles, feita de
látex e inflada com ar. O jogador mergulha rente
ao chão para golpear a bola apenas com a cabe-
ça. São 10 jogadores em cada time.
• Arremesso de lança
• Futebol
• Zarabatana
• Natação
• Luta corporal
• Atletismo (100 m)
Referências bibliográficas
• CALDERARO, Kátia Cilene Lopes. O universo
lúdico das crianças indígenas. Manaus: 2006.
• GRANDO, Beleni Saléte (Org.) Jogos e culturas
indígenas: possibilidades para a educação inter-
cultural na escola. Cuiabá: UFMT, 2010.
• HERRERO, Marina; FERNANDES, Ulysses. Jo-
gos e brincadeiras da cultura kalapalo. São Pau-
lo: Edições Sesc, 2010.
• SOARES, Artemis. Brincadeiras e jogos da crian-
ça indígena da Amazônia: algumas brincadeiras
da criança tikuna. Disponível em: <http://motrici-
dade.com>.
Comentários
Além das duas aulas/textos e materiais propostos
das lutas praticadas no Brasil, você pode levantar a
discussão com seus alunos, sugerindo que conhe-
çam mais sobre as lutas que acontecem em nosso
país. Nesta habilidade os alunos terão a oportunida-
de de identificar as características das lutas do Bra-
sil, como: 1) A sua origem, quais as pessoas que
as praticam e a sua evolução ao longo do tempo; 2)
Quais as principais regras, como encostar as costas
do oponente no chão ou retirá-lo de um determinado
espaço; 3) Os objetivos, por exemplo, se são dispu-
tadas como forma de entretenimento, de celebração
ou ritual, como em algumas lutas indígenas; 4) Quais
as habilidades motoras utilizadas, como o empurrar,
agarrar, arrastar ou puxar; 5) Quais as capacidades
físicas solicitadas durante a prática, como a força
muscular, a resistência muscular e o equilíbrio; 6)
Qual o ambiente físico no qual é praticada, como rin-
gue, tatame, espaços abertos ou fechados; 7) Quais
as vestimentas dos praticantes, como luvas, proteto-
res, quimonos, e a sua utilidade.
Competências específicas da Educação Física: 5 e 7
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
 • Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
Competências socioemocionais
Consciência social, flexibilidade, pensamento crítico,
adaptação.
8. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Discutir e levantar com os alunos os problemas rela-
cionados aos preconceitos e estereótipos que envol-
vem o universo das lutas e outras práticas corporais,
propondo, por meio de discussões e ideias, alternati-
vas para transpô-los, baseando-se na justiça, respei-
to, solidariedade e ética.
Comentários
Problematizar estereótipos e preconceitos, bem
como realizar questionamentos e reflexões com re-
lação ao mundo das lutas e outras práticas corporais
pode ser importante ferramenta para o desenvolvi-
mento da reflexão e, consequentemente, de alunos
cidadãos, justos e éticos.
Competências específicas da Educação Física: 5 e 7
• Identificar as formas de produção dos precon-
ceitos, compreender seus efeitos e combater
posicionamentos discriminatórios em relação às
práticas corporais e aos seus participantes.
• Reconhecer as práticas corporais como ele-
mentos constitutivos da identidade cultural dos
povos e grupos.
Competências socioemocionais
Consciência social, flexibilidade, pensamento crítico,
adaptação.
Unidade temática: Práticas corporais de aventura
Objeto de conhecimento: Práticas corporais de aven-
tura urbana
1. Slackline
Equilibrar-se em uma estrutura fixa, rígida e estreita,
procurando ambientar o corpo ao novo movimento.
Para esta atividade, pode-se utilizar os seguintes
materiais: bancos suecos, tábuas, trave de ginástica
e pequenas muretas e, ainda, alguns jogos e brin-
cadeiras, como pega-pega, pacman (pega-pega na
linha), entre outros.
2. Skate
Fazer manobras sobre tábuas de madeira e cilindros
(garrafas de plástico com água podem ser instrumen-
tos interessantes para os movimentos).
Utilizando apenas os shapes de skates, sem rodas,
adaptando madeiras embaixo, procure variar ritmos, en-
tre lento e rápido. Será melhor se puder utilizar música.
Estimule os alunos a diversificar os movimentos:
agachando-se, ficando num pé só, sentando, explo-
rando outras maneiras.
3. Parkour
Basicamente, os movimentos comuns possuem re-
lação com formas de movimentação pelos espaços:
• Podem acontecer, com ou sem interferência de
objetos.
• As movimentações/locomoções devem ser ex-
perimentadas, partindo de movimentos como an-
dar, correr, girar, rolar, saltar, rastejar.
Comentários
As atividades propostas, envolvidas na unidade te-
mática Práticas corporais de aventura urbana, procu-
ram explorar a experimentação corporal em espaços
urbanos, e são focadas nas proezas e perícias que
acontecem em situações de imprevisibilidade nos
espaços desafiadores que o aluno/praticante viven-
cia. Além deste primeiro contato com as novas ativi-
dades, inicia-se uma preocupação e valorização da
própria segurança e integridade física, assim como
com a dos companheiros. Isso significa que o co-
nhecimento sobre normas de segurança deve incluir
questões relacionadas ao espaço. Por exemplo, du-
rante uma prática de skate, os alunos que não têm
contato com o equipamento deve procurar formas de
práticas seguras, como andar inicialmente sentados,
apoiando na parede ou com auxílio dos colegas.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 10
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, persistência, perseverança, criativi-
dade, adaptação.
4. Slackline (outras atividades)
Esta fase de experimentação da prática no slackline
deve ser de mínima intervenção do professor, mas
sempre atento à questão da segurança. Vale investir
na implementação de materiais para facilitar a prática
e em dicas básicas de como andar sobre a fita, para
que o praticante possa ter tempo de conhecê-la e ar-
riscar algumas manobras.
• Novamente, deixar que os alunos se equilibrem
em uma estrutura fixa, rígida e estreita, no intuito
de ambientar o corpo ao movimento.
• Utilizar bancos suecos, tábuas, trave de ginástica
e pequenas muretas.
• Brincar de maneira lúdica com jogos como
pega-pega, pacman (pega-pega na linha),
entre outros.
– 33
5. Skate (outras atividades)
Algumas possibilidades de atividades combinatórias:
• Pode-se prender uma corda entre dois pilares
(ou árvores) caso estejam disponíveis, estimu-
lando o equilíbrio, arriscando algumas novas
manobras parecidas com o andar de skate
(essa sugestão pode estar relacionada com as
atividades do slackline).
• Procure desenhar com giz, próximo à corda, uma
imagem que lembre um skate no chão, assim os
alunos poderão saltar da corda para o desenho.
• Deixe os alunos diversificarem nos movimentos:
agachados, com um pé no skate, sentados etc.
6. Parkour (outras atividades)
Para que os alunos possam experimentar outras
possibilidades, procure estimulá-los a criar um am-
biente diversificado, com muitos objetos espalha-
dos. Assim, você também terá condições de avaliar
o quanto seus alunos estão realizando atividades e
movimentos diferentes.
• Deixe-os criar caminhos, pistas e percursos, para
experimentarem novas formas de deslocamento e
movimento.
• Novamente, explore locomoções a partir de movi-
mentos como: andar, correr, saltar, girar, rastejar e
rolar.
Obs.: se na escola houver uma sala multiúso com
colchonetes, tatames, plintos, colchões e steps mui-
tas outras atividades poderão ser realizadas.
Comentários
Identificar os riscos durante a realização das práticas
corporais de aventura urbanas e planejar estratégias
para sua superação.
Não são apenas as atividades propostas nesta habi-
lidade, apesar de prazerosas e ricas em movimentos,
que trarão aos alunos a capacidade de identificar os
riscos e perceber que as práticas corporais de aven-
tura urbana possuem características de incerteza e
riscos, os quais precisam ser gerenciados.
Mas reconhecer esses riscos pode e deve servir de
base para discussões sobre quais modalidades se-
rão realizadas, bem como as principais ações moto-
ras fazem parte da sua prática. Partindo dessa análi-
se, pode se estabelecer com os alunos, e nos grupos
coletivos que eles convivem, medidas para superar
os riscos inerentes, por exemplo, utilizando equipa-
mentos de segurança, procurando sempre realizar
as práticas com auxílio e suporte dos colegas. Cabe ao
professor organizá-las, observando as habilidades
de cada participante.
Competências específicas da Educação Física: 2 e 3
• Planejar e empregar estratégias para resolver
desafios e aumentar as possibilidades de apren-
dizagem das práticas corporais, além de se en-
volver no processo de ampliação do acervo cul-
tural nesse campo.
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre a
realização das práticas corporais e os processos
de saúde/doença, inclusive no contexto das ativi-
dades laborais.
34 –
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autoconhecimento, colaboração,
trabalhar em conjunto, criatividade, adaptação.
7. Slackline (descobrindo espaços)
• Realizar atividades de corridas nas fitas, alguns
tipos de pega-pega no slackline e outras ativida-
des de roubar o rabo (com fitas ou coletes presos
na calça).
Podem ser utilizados materiais que auxiliam na
aprendizagem:
• Uma corda pendurada acima da fita de slackline,
auxiliando a pegada manual para o equilíbrio.
• Algo para dar suporte no chão, como um cabo
de vassoura (bengala), além da possibilidade do
auxílio dos colegas, que dão as mãos para o
aluno equilibrar-se.
8. Skate (descobrindo espaços)
Em um espaço alternativo, como um local liso e que
propicie o uso de skates, prepare com seus alunos
uma espécie de parque para skates. Use bolas, dese-
nhe objetos, insira outros materiais no espaço, como
cones de vários tamanhos, e use sua criatividade:
• Peça que seus alunos experimentem e reconhe-
çam os percursos com os skates e espaços
preparados.
• Valorize a interação dos alunos, para que auxi-
liem uns aos outros, realizando atividades diver-
sas, como uma troca de equipamentos.
• Deixe-os à vontade para que experimentem e
realizem suas próprias manobras e movimentos.
Observação: preocupe-se sempre com a segurança.
9. Parkour (descobrindo espaços)
• Estimule os alunos a criarem espaços diferentes
dos tradicionais.
• Procure fazê-los entender que nesses momen-
tos de experimentações é importante o auxílio de
outros alunos para movimentos e manobras mais
difíceis.
Saiba antes quais percursos e movimentos os alunos
farão, assim você estará seguro sobre o que podem,
bem como o que será arriscado demais para uma
aula de Educação Física escolar. Assim, terá condi-
ções de deixar tudo seguro para eles.
Comentários
Nas atividades citadas, estimulando os alunos a criar
espaços alternativos e ao mesmo tempo seguros e
adequados para as práticas de aventuras urbanas,
podemos fazê-los perceber durante a aula que temos
o compromisso, enquanto cidadãos, de preservarmos
o patrimônio público, que é um conjunto de proprieda-
des à disposição da população e deve ser usufruído
com senso de grupo.
Para que os alunos criem alternativas para práticas
seguras, já terão experimentado atividades propos-
tas em habilidades anteriores, que proporcionaram
maior repertório para as novas criações. Podemos
ainda considerar com os alunos alguns elementos
 importantes para essa prática: Que prática será
realizada? Quem realiza? Quais habilidades motoras
são solicitadas? Que local será utilizado? Que materiais
devem ser utilizados e se adequam às atividades? Eles
estão disponíveis?
Se houver possibilidade, será interessante que os
alunos experimentem, inicialmente, as práticas cor-
porais de aventura urbana nos espaços públicos pró-
ximos à escola, podendo aumentar sua observação
e possíveis propostas de práticas em locais que os
alunos frequentam no seu dia a dia.
Competências específicas da Educação Física: 8 e 9
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
• Reconhecer o acesso às práticas corporais como
direito do cidadão, propondo e produzindo alter-
nativas para sua realização no contexto comuni-
tário.
Competências socioemocionais
Consciência social, autoconsciência, colaboração,
pensamento crítico, adaptação.
10. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Sabemos, enquanto professores, da importância das
atividades coletivas, dos movimentos em grupos e da
troca de experiências entre os alunos.
Então, procure estimulá-los nesse sentido, para que
sintam a necessidade da troca de informações, ge-
rando bons conflitos em alguns movimentos, para
que juntos convivam e resolvam as situações inseridas
das atividades.
Juntamente com os alunos, escreva e produza as
manobras que são possíveis dentro do espaço do
colégio, mesmo algumas mais complexas, para que
verifiquem a evolução durante o ano.
Faça com que os alunos tenham liberdade para
construírem os espaços e novos percursos.
Comentários
As discussões em torno do conhecimento sobre ati-
vidades diferenciadas, o estímulo à busca da infor-
mação relacionada às práticas corporais de aventura
urbanas, identificando suas origens, levam o aluno a
compreender que essas manifestações apareceram
da vontade e necessidade de superar obstáculos
instalados pela natureza e, que ao final, resultam de
modalidades novas e não convencionais.
Pesquisando, os alunos poderão reconhecer as ca-
racterísticas inerentes às atividades, como: a) Instru-
mentos: materiais utilizados, skate, cordas, materiais
de equilíbrio; b) Equipamentos de segurança: capa-
cete, luvas, colete salva-vidas, joelheiras; c) vesti-
mentas apropriadas: bermudas largas para praticar o
skate, calçados reforçados para o montanhismo etc.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 2
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Planejar e empregar estratégias para resolver
desafios e aumentar as possibilidades de apren-
dizagem das práticas corporais, além de se en-
volver no processo de ampliação do acervo cul-
tural nesse campo.
Competências socioemocionais
Consciência social, autoconsciência, autogerencia-
mento, colaboração, pensamento crítico, adaptação,
criatividade, assertividade.
– 35
 PLANEJAMENTO DO 8.O E 9.O ANOS
Unidade temática: Esportes
Objetos de conhecimento: Esportes de rede/parede, esportes de campo e taco, esportes de invasão, esportes de combate
Programa – Sugestões de atividades
1.  Voleibol resgate
2. Invasão
3.  Futsal com ataque e defesa
4. Corredorzinho
5.  Base 4
6.  Voleibol resgate
7. Beisebol
8.  Handebol – sistema ataque e defesa
9.  Maratona de revezamento
10.  Tomba latas ou derruba cones
11.  Jogo War (Pique bolinha master)
12.  Derruba cones master
13.  Dodgeball bandeira
14.  Futebase retrô
15.  Futebase master 7 pontos
16.  Quadribol (Voleibol de 4 equipes)
17. Propostas dos alunos no mesmo
contexto de atividades
Unidade temática: Ginásticas
Objetos de conhecimento: Ginástica de condicionamento físico, ginástica de conscientização corporal
Programa – Sugestões de atividades
1.  Circuito de resistência avançado
2. Minimaratona
3. Discussão dos alunos no mesmo
contexto de atividades
4.  Corrida de velocidade
5.  Discussão dos alunos no mesmo con-
texto de atividades
6. Posturas
7.  Discussão e experimentações dos alu-
nos no mesmo contexto de atividades
36 –
Habilidade – Código alfanumérico
(EF89EF01) Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e técnico)
e fruir os esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
(EF89EF02) Praticar um ou mais esportes de rede/parede, campo e taco,
invasão e combate oferecidos pela escola, usando habilidades técnico-
-táticas básicas.
(EF89EF03) Formular e utilizar estratégias para solucionar os desafios
técnicos e táticos, tanto nos esportes de campo e taco, rede/parede,
invasão e combate como nas modalidades esportivas escolhidas para
praticar de forma específica.
(EF89EF04) Identificar os elementos técnicos ou técnico-táticos indivi-
duais, combinações táticas, sistemas de jogo e regras das modalidades
esportivas praticadas, bem como diferenciar as modalidades esportivas
com base nos critérios da lógica interna das categorias de esporte: rede/
parede, campo e taco, invasão e combate.
(EF89EF05) Identificar as transformações históricas do fenômeno es-
portivo e discutir alguns de seus problemas (doping, corrupção, violên-
cia etc.) e a forma como as mídias os apresentam.
(EF89EF06) Verificar locais disponíveis na comunidade para a prática
de esportes e das demais práticas corporais tematizadas na escola, pro-
pondo e produzindo alternativas para utilizá-los no tempo livre.
Habilidade – Código alfanumérico
(EF89EF07) Experimentar e fruir um ou mais programas de exercícios
físicos, identificando as exigências corporais desses diferentes progra-
mas e reconhecendo a importância de uma prática individualizada, ade-
quada às características e necessidades de cada sujeito.
(EF89EF08) Discutir as transformações históricas dos padrões de de-
sempenho, saúde e beleza, considerando a forma como são apresenta-
dos nos diferentes meios (científico, midiático etc.).
(EF89EF09) Problematizar a prática excessiva de exercícios físicos e o
uso de medicamentos para a ampliação do rendimento ou potencializa-
ção das transformações corporais.
(EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de cons-
cientização corporal, identificando as exigências corporais dos mesmos.
(EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de
conscientização corporal e as de condicionamento físico e discutir como a
prática de cada uma dessas manifestações pode contribuir para a melho-
ria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo.
Unidade temática: Danças
Objeto de conhecimento: Danças de salão
Programa – Sugestões de atividades
1.  Dança da maçã
2.  Outras experimentações
3.  Da quadrilha à valsa vienense
4.  Outras experimentações
5. Discussão dos alunos no mesmo
contexto de atividades
6.  Outras experimentações e discussões
Unidade temática: Lutas
Objetos de conhecimento: Lutas no mundo
Programa – Sugestões de atividades
1.  Luta de joelhos
2.  Outras lutas conhecidas dos alunos
3.  Jogo do casaco
4. Judô
5. Karatê
6. Discussão dos alunos no mesmo
contexto de atividades
Unidade temática: Práticas corporais de aventura
Objeto do conhecimento: Práticas corporais de aventura da natureza
Programa – Sugestão de atividades
1. Slackline
2.  Minimaratona adaptada
3. Estruturando as atividades com os
alunos
4. Práticas e discussões dos alunos no
mesmo contexto de atividades
Habilidade – Código alfanumérico
(EF89EF12) Experimentar, fruir e recriar danças de salão, valorizando a
diversidade cultural e respeitando a tradição dessas culturas.
(EF89EF13) Planejar e utilizar estratégias para se apropriar dos ele-
mentos constitutivos (ritmo, espaço, gestos) das danças de salão.
(EF89EF14) Discutir estereótipos e preconceitos relativos às dan-
ças de salão e demais práticas corporais e propor alternativas para
sua superação.
(EF89EF15) Analisar as características (ritmos, gestos, coreografias e
músicas) das danças de salão, bem como suas transformações históri-
cas e os grupos de origem.
Habilidade – Código alfanumérico
(EF89EF16) Experimentar e fruir a execução dos movimentos perten-
centes às lutas do mundo, adotando procedimentos de segurança e res-
peitando o oponente.
(EF89EF17) Planejar e utilizar estratégias básicas das lutas experimen-
tadas, reconhecendo as suas características técnico-táticas.
(EF89EF18) Discutir as transformações históricas, o processo de espor-
tivização e a midiatização de uma ou mais lutas, valorizando e respeitan-
do as culturas de origem.
Habilidade – Código alfanumérico
(EF89EF19) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aven-
tura na natureza, valorizando a própria segurança e integridade física,
bem como as dos demais, respeitando o patrimônio natural e minimizan-
do os impactos de degradação ambiental.
(EF89EF20) Identificar riscos, formular estratégias e observar normas
de segurança para superar os desafios na realização de práticas corpo-
rais de aventura na natureza.
(EF89EF21) Identificar as características (equipamentos de seguran-
ça, instrumentos, indumentária, organização) das práticas corporais de
aventura na natureza, bem como suas transformações históricas.
– 37
 SUGESTÕES DE ATIVIDADES

Unidade temática: Esportes Fase 5: os três jogadores que tocaram na bola (ou
dois) serão resgatados após passá-la com um ata-
Objetos de conhecimento:
(EF89EF01) Esportes
Experimentar diferentes papéis (jogador, árbitro e de
técnico)rede/parede,
e fruir os
que para o lado adversário, porém agora, a bola deve
esportes de rede/parede, campo e taco, invasão e combate, valorizando o
esportes de campo
trabalho eprotagonismo.
coletivo e o taco, esportes de invasão, esportes tocar o chão dentro dos limites da quadra de vôlei. A
de combate1. Voleibol Resgate
equipe adversária pode continuar o rally.
1. Voleibol resgate Fase 6: os três jogadores que tocaram na bola (ou
Local: Quadra Poliesportiva (quadra de voleibol)
dois) serão resgatados após passá-la com um ata-
que para o lado adversário, porém, agora, ela deve
tocar o chão dentro dos limites da quadra de vôlei. A
equipe adversária pode continuar o rally. Se conse-
guir devolver a bola para a quadra do adversário ao
seguir com o rally, pode enviar 6 jogadores para a
área de saque. Nesta fase vale bloquear.
Variações
Fase 3,5: o jogador pode simplesmente passar a bola
para o outro lado, sem a necessidade atacar/cortar, (dife-
rentemente do que acontece na fase 4). Poderá ser com
um toque ou manchete também. Se a bola passar pelo
bordo superior da rede, caindo ou não dentro dos limites
da quadra, o jogador será resgatado.
Material: duas bolas de vôlei, rede de vôlei. – Diminuir o espaço do campo: para que a zona
Local:Organização:
quadra de saque fique mais próxima da rede, facilitando o
aumentarpoliesportiva
as linhas de fundo e do (quadra
meio da quadra, de voleibol).
duas equipes divididas, cada uma de um lado da rede de voleibol.
Deve-se para delimitar o

Material: duas bolas de vôlei,

espaço do campo de jogo e da zona de saque.
rede de vôlei. movimento.
Desenvolvimento do jogo: O jogo inicia com um ou dois jogadores de cada
Organização: duas
equipe com uma bola na áreaequipes divididas,
de saque da equipe adversária. cada uma de Final do jogo: a equipe que resgatar todos os seus
um lado da rede de voleibol. Deve-se aumentar as jogadores primeiro vence o jogo ou termina por tempo
linhas de fundo e do meio da quadra, para delimitar o e conta-se a quantidade de alunos que foi resgatada.
espaço do campo de jogo e da zona de saque. 2. Invasão
Desenvolvimento do jogo: inicia-se com um ou dois
Local: quadra poliesportiva.
jogadores de cada equipe com uma bola na área de
Material: coletes.
saque da equipe adversária.
Desenvolvimento do jogo: duas equipes divididas
Fase 0: o jogador que inicia o jogo na quadra adver-
em lados opostos da quadra. Após o sinal do professor,
sária lançará a bola em direção à sua equipe. Quando
os alunos terão que invadir o campo adversário sem
algum jogador conseguir segurar a bola sem que ela
serem tocados/“pegos” pelo seu adversário. Caso um
toque o chão, a equipe terá terá esse jogador resgata-
aluno seja tocado, ficará congelado até alguém da sua
do. Esse jogador deverá deixar a bola na quadra ad-
equipe descongelá-lo, tocando-o. Quando uma equipe
versária e ir para a área de saque, se tornando mais
estiver completa e sentada dentro da área do futsal da
um sacador e ajudará a lançar a bola para sua equipe.
equipe adversária será a vencedora.
Quando todos forem resgatados o jogador que iniciou
Variação: Meninos x meninas
o jogo na quadra adversária deve ir para sua quadra Para vencer o jogo, em vez de sentar, os alunos de-
para também ser resgatado. A equipe que resgatar to-
verão realizar algo definido pelo professor, como, por
dos seus jogadores primeiro vence o jogo.
exemplo, dançar Macarena, ou, não poder estar com
Fase 1: similar à fase 0, porém os jogadores iniciais
os dois pés no chão.
e os resgatados, em vez de lançarem a bola, deve-
O professor poderá dar 3 segundos de imunidade e
rão sacar (com movimentos específicos do saque do
ninguém será “pego”.
voleibol, “por baixo” ou “por cima”, como no tênis) em
direção à sua equipe. Comentários
Fase 2: similar à fase 1, porém para o jogador ser Nas atividades propostas e outras que constam em
resgatado, ele precisa segurar uma bola que foi toca-
nosso material, os alunos podem, com a sugestão do
da por um companheiro após o saque.
professor, vivenciar os papéis de jogador, que atua
Fase 3: para ser resgatado, o jogador deverá segu-
em uma modalidade esportiva, de árbitro, que faz
rar a bola que foi tocada por dois companheiros da
cumprir as regras e, ainda, de técnico de uma equi-
sua equipe após o saque.
Fase 4: os três jogadores que tocaram na bola (ou pe, que orienta os comandados.
dois) serão resgatados após passá-la com um ata- Nessa perspectiva, o aluno já é parte de um conjunto no
que para o lado adversário, depois de a bola ser to- qual poderá ter momentos de protagonismo, que preva-
cada por dois companheiros que receberam o saque. lece em modalidades individuais, empenhando-se para
38 –
 o bem coletivo, mas também será importante o traba-
lho coletivo, quando estará unido a um grupo de pes-
soas na realização de alguns esportes em equipe,
possibilitando troca de experiências, ajuda mútua,
novas aprendizagens, bem como compartilhamento
de decisões.
Competências específicas da Educação Física: 6 e 10
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas cor-
porais, bem como aos sujeitos que delas partici-
pam.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Colaboração, saber se relacionar, proatividade, ini-
ciativa, resolução de conflitos.
3. Futsal com ataque e defesa
Material: uma bola de futsal e coletes coloridos.
Organização: formar duas equipes com 10 jogado-
res cada uma e depois dividir pelo sistema de ataque
e defesa.
Desenvolvimento do jogo: a bola sempre começa
com a defesa de uma das equipes; para que seja
lançada para o ataque é necessário que haja pelo
menos um passe entre os defensores.
Neste jogo devem ser evitados chutes fortes sem di-
reção, pois há mais jogadores. Na marcação de um
gol haverá a troca de lado da quadra pelos jogado-
res das duas equipes, de modo que quem estiver na
defesa possa jogar no ataque também e vice-versa.
Logo após o gol e a troca de lado na quadra, o jogo
recomeça com a bola nas mãos do goleiro do time
que sofreu o gol.
Observação de segurança: neste jogo os alunos
não podem dar um “chutão” para a frente, ou seja,
um chute forte e alto.
4. Corredorzinho
Dividir os participantes em dois grupos. Inicial-
mente, um grupo vai apenas chutar e outro, ape-
nas pegar a bola. Depois invertem-se os papéis.
O jogo começa com um jogador chutando a bola
o mais longe possível. Depois de chutar, deve
correr até um cone colocado a 15-20 metros de
distância, tocar a mão nele e voltar ao início. A
outra equipe, espalhada pela quadra, deve pegar
a bola o mais rápido possível e tentar “queimar”
quem chutou a bola para não deixá-lo marcar
ponto. Caso quem chutou consiga ir e voltar sem
ser queimado, ganhará dois pontos.
Se for queimado, permanece parado onde foi quei-
mado e deve aguardar outro participante chutar
a bola e salvá-lo (encostando nele). Então pode
terminar o percurso, mas só marcará um ponto.
Depois que uma equipe inteira chutou a bola,
contam-se seus pontos e invertem-se os papéis para
que a outra equipe também marque seus pontos. No
final, comparam-se os totais de pontos dos dois gru-
pos para saber qual ganhou.
Equipe B
Equipe A CORREDOR
Equipe B
Regras
–– A equipe que pega a bola não pode entrar no
corredor para queimar o adversário. Só pode
entrar caso a bola pare dentro do corredor.
–– A pessoa que foi queimada pela segunda vez per-
de o direito de marcar pontos.
–– O corredor pode ser feito com linhas marcadas
com giz, ou ainda com cordas elásticas, cordas
comuns, fitas de plástico etc.
Variantes
Caso os participantes consigam chutar muito longe,
pode-se mudar a regra. Em vez de chutar, rebater
com taco de beisebol, ou alguém lança a bola com
as mãos e deve dar uma cortada etc. O chute é ide-
al para crianças pequenas (até 5.o ano). Pode-se
variar o tamanho do corredor, dependendo do es-
paço disponível.
5. Base 4
Semelhante ao tomba latas, dividimos o grupo em
duas equipes – uma rebaterá e a outra pegará a
bola. Em vez de garrafas, colocam-se quatro cones
nos cantos da quadra de vôlei. O aluno que chutar
a bola corre, passando pelos quatro cones e encos-
tando-lhes a mão (cada cone vale um ponto). A outra
equipe deve pegar a bola e encostá-la nos quatro
cones para que o corredor pare de marcar pontos.
Depois de todos rebaterem, somam-se os pontos e
invertem-se as posições.
Variantes
1) Em vez de passar a bola pelos cones, a equi-
pe deve pegar a bola e mandar para um aluno
no centro da quadra, que deverá levantá-la para
que o corredor pare de marcar pontos.
2) Usar seis cones. O ponto só se dará quando ter-
minar o percurso. Quem conseguir direto marca
dois pontos, mas quem parar no meio do cami-
nho (pois a bola foi levantada no centro) ganhará
apenas um ponto.
3) Semelhante a este jogo, podemos fazer o beise-
bol: em vez do chute, rebate-se a bola com um
taco de beisebol para poder correr e marcar os
pontos.
6. Voleibol resgate
A atividade a ser realizada é a mesma da habilidade
EF89EF01, porém agora apenas as suas fases 3, 4 e 5.
– 39
7. Beisebol
Divide-se a turma em 3 equipes (É importante sepa-
rá-las por cor, neste caso: vermelha, azul e verde.)
No início do jogo aqui representado, a vermelha está
arremessando nas bases e espalhada pela quadra,
azul está unida à vermelha e ajudando a pegar a
bola rebatida. A verde está em fila no fundo de qua-
dra e rebatendo.
Inicialmente, uma das equipes rebaterá a bola, uma
ficará nas bases, espalhada pela quadra e, a outra,
também, espalhada pela quadra.
Utilizar um taco de beisebol e uma bola de vôlei cheia.
Colocam-se 4 cones nas extremidades da quadra e
um bambolê junto dos cones.
6, 7, 8, 9...
4 Base 2 Base 1 5 zado suas rebatidas, troca-se a equipe que rebaterá.
A equipe azul fica 1 1, 2, 3, 4...
espalhada pelo espaço.
3 Base 3 Base 4 2
Desenvolvimento do jogo: as três equipes deverão es-
tar numeradas e ter o mesmo número de alunos. Caso
isso não ocorra em sua turma, compense, repetindo al-
guns alunos daquelas equipes que tiverem menos.
A equipe vermelha, que está nas bases com seu jo-
gador número 1, deverá arremessar a bola, para que
a equipe verde, que está rebatendo com seu aluno
número 1, possa fazê-lo.
Ao rebater a bola “para longe”, este aluno correrá e
tentará fazer a maior quantidade de pontos possíveis
correndo pelas bases. Enquanto isso, as outras equi-
pes, ajudando-se, devem bater a bola nas 4 bases,
encostando a bola e lançando para a próxima, numa
ordem que vai do cone mais próximo do rebatedor
à direita (base 1) para o próximo cone no fundo de
quadra (base 2), no outro cone que está no fundo de
quadra (base 3) e por último no cone que está próxi-
mo do rebatedor à esquerda (base 4), encerrando a
corrida do rebatedor.
O aluno que rebateu marcará o número de bases
que passou como pontuação, ou seja, se conseguiu
passar por 3 bases, marcará 3 pontos, se conseguiu
dar 2 voltas completas, marcará 8 pontos, pois pas-
sou por 8 bases.
Observação: a ordem de colocação dos alunos nas
bases é a seguinte:
– O arremessador é o aluno de número 1 da equipe
que está nas bases e espalhada (vermelha);
– O aluno de número 2 estará na última base em
que a bola será batida, pois será o próximo a
arremessar;
40 –
– O aluno de número 3 estará na base do fundo
de quadra, penúltima base que a bola deverá ser
batida;
– O aluno de número 4 estará na base do fundo de qua-
dra, local onde a bola deverá ser batida em 2.o lugar;
– O aluno de número 5 estará na base mais pró-
xima ao rebatedor, local onde a bola deverá ser
batida em 1.o lugar.
Após o primeiro rebatedor realizar sua corrida, há
um rodízio, e o aluno 2 da última base realizará o
arremesso para o aluno 2 da equipe que está re-
batendo e todos rodam. Lembrando que o aluno de
número 1 (da equipe vermelha) que acabou de ar-
remessar a bola ficará agora espalhado pela quadra
e o jogador de número 6 deverá entrar na base mais
próxima ao rebatedor, local onde a bola deverá ser
batida em 1.o lugar.
Após todos os alunos da primeira equipe terem reali-
Aquela que acabou de rebater, (a verde) ficará es-
palhada pela quadra, ajudando a outra equipe (azul)
que agora arremessará.
Comentários
Os alunos terão inúmeras possibilidades no desen-
volvimento das modalidades esportivas e atividades
apresentadas acima (neste momento valorizando
as táticas, que são os métodos necessários para se
atingir um objetivo e, em relação aos jogadores, en-
volvem, entre outras coisas, as funções que realizam
em uma partida e sua importância).
Competências específicas da Educação Física: 2 e 6
• Planejar e empregar estratégias para resolver de-
safios e aumentar as possibilidades de aprendiza-
gem das práticas corporais, além de se envolver
no processo de ampliação do acervo cultural nesse
campo.
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas corpo-
rais, bem como aos sujeitos que delas participam.
Competências socioemocionais
Colaboração, autocontrole, negociação, autoconhe-
cimento, resolução de conflitos.
8. Handebol – sistema ataque e defesa
Material: uma bola de handebol e coletes coloridos.
Organização: formar duas equipes com 11 alunos
cada uma e depois dividir pelo sistema de ataque e de-
fesa. Portanto, em uma das equipes temos um goleiro,
5 alunos na defesa e os outros 5 alunos no ataque.
Desenvolvimento do jogo: a bola sempre começa
com o goleiro de uma das equipes; essa bola deverá
ser tocada para um aluno que estará na defesa, de-
pois poderá ser lançada para o ataque.
Na marcação de um gol haverá a troca de lado da
quadra pelos jogadores das duas equipes de modo
que quem estava na defesa passe para o ataque e
vice-versa. Logo após o gol e troca de lado na qua-
dra, o jogo é recomeçado com a bola na defesa da
equipe que sofreu o gol.
9. Maratona de revezamento FICHA DA MARATONA DE REVEZAMENTO

TURMA: ____________
Largada
COR: ____________

1– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

3– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

4– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

6– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

8– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

9– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

10 – 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Local: quadra Ver ficha em tamanho natural no final da descri-

Material: 4 cones médios, coletes/jalecos de 3 co-
res, um bastão e 3 cronômetros.
Preparação do espaço: marcar com giz o local de
10. Tomba latas ou derruba cones
largada, colocar cones nos 4 cantos da quadra de
voleibol e entregar para cada equipe uma súmula
para ser preenchida pelas equipes.
Desenvolvimento da prova: os alunos são dividi-
dos em 3 equipes, depois devem preencher a sú-
mula com seus nomes numa ordem. O professor
deve definir uma quantidade de voltas para as equi-
pes, por exemplo, 60 voltas. Então, se as equipes
tiverem 10 alunos, cada um deles dará 6 voltas.
Observação: a definição de voltas depende de
cada grupo de alunos, faixa etária e ano em que se
encontram.
A primeira equipe deve iniciar sua corrida sozinha,
sem a companhia de alunos das outras equipes. Fa-
zemos isso para que eles não saibam em que volta
a outra equipe se encontra, criando assim uma rivali-
dade durante a maratona. Após 30 segundos, é libe-
rada a segunda equipe e após 1 minuto do início da
primeira, a terceira equipe.
A súmula é preparada para que os alunos realizem
apenas metade de suas voltas (neste caso 3 voltas) e
passem o bastão para o próximo aluno. Após todos de
sua equipe completarem suas voltas, reinicia-se auto-
maticamente com o primeiro realizando a outra me-
tade que falta de suas voltas, ou seja, mais 3 voltas.
Observação: um dos alunos de cada equipe deverá
ser o controlador de ordem dos alunos e quantidade
de voltas, porém quando chegar a sua vez de correr,
outro aluno assume temporariamente esta função.
Pode acontecer de alguns alunos não assumirem a
responsabilidade de realizarem suas voltas (neste
caso 6 voltas) e, assim, abre-se a possibilidade de
outro aluno da mesma equipe assumir essas voltas,
pois no final da maratona cada equipe deverá obriga-
toriamente ter realizado 60 voltas.
Não deixe que um aluno assuma um número muito
elevado de voltas, criando assim o risco de se sentir
mal. Também não deixe que um aluno faça menos do
que 2 voltas, valorizando assim a atividade e dando a
oportunidade de incluí-lo no processo.
Quando a primeira equipe terminar suas voltas, verifi-
que o tempo também com a segunda e a terceira. É
raro, mas pode acontecer de uma das equipes que par-
tiu depois chegar na frente daquela que partiu primeiro.
Por isso, fique atento.
ção dos jogos.
Formar duas equipes: uma rebaterá e marcará os pon-
tos e a outra pegará a bola para queimar o adversário
(depois invertem-se as posições). Uma equipe coloca
de 15 a 20 garrafas de PET de 2 litros (ou latas, cones
etc.) espalhadas pela quadra. A outra equipe forma
uma fila, e um elemento de cada vez irá chutar a bola
o mais longe possível e sair correndo para derrubar
as garrafas. Cada garrafa derrubada valerá um pon-
to e, se todas forem derrubadas, a equipe ainda ga-
nhará um bônus de cinco pontos. Ao mesmo tempo,
a equipe adversária buscará a bola que foi chutada e
tentará queimar o aluno que está correndo para mar-
car os pontos. Depois que todos os alunos chutarem,
somam-se os pontos e trocam-se as posições para a
outra equipe chutar. Ao final, comparam-se os pontos
das duas equipes para ver o vencedor.
Comentários
Com o repertório das atividades realizadas pelos alunos,
há a possibilidade de se elaborar e utilizar estratégias
através das próprias experiências corporais e da obser-
vação dos outros, com a intenção de resolver desafios
inerentes à prática, apreender novas modalidades es-
portivas, saber se conhecer e se adequar àquelas que
são de seu interesse.
Além disso, os alunos terão possibilidade de solucionar
alguns dos desafios técnicos e táticos durante e após
a atividade, ao se depararem com dificuldades na reali-
zação dos movimentos requisitados, bem como no mo-
mento de ocuparem espaços, tomarem decisões e ainda
compartilharem sugestões com os colegas de classe.
Competências específicas da Educação Física: 7 e 10
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Colaboração, iniciativa, autoconhecimento, comuni-
cação, adaptação.
– 41
11. Jogo War (Pique bolinha master)
Formação das equipes: dividir a quadra de futsal
em 4 espaços. Além de utilizar a linha do meio, que
já divide a quadra em 2 metades, deve-se também
“criar” uma linha que divida a quadra, em toda a sua
extensão, em mais 2 partes. Essa linha pode ser feita
com giz, cones etc. Os participantes devem ser divi-
didos em 4 equipes e cada uma delas ocupará um
dos espaços da quadra.
No canto de cada espaço deve haver a “base” de
cada equipe, ou seja, 2 cones com as cores da res-
pectiva equipe, assim:
Jogo: define-se o líder de cada equipe (o qual pode
ser trocado a cada rodada). Os 4 líderes são chama-
dos ao centro da quadra para que o professor expli-
que o objetivo daquela rodada. Então, ele determina
um tempo e pede que os líderes voltem para os seus
espaços e expliquem os objetivos às suas equipes.
Exemplos de objetivos comuns para todas as equipes:
• Cada equipe deverá conquistar 1 cone de qual-
quer equipe e levá-lo para a sua base.
• Cada equipe deverá conquistar 2 cones diferen-
tes, das outras equipes.
• As equipes de um dos lados da quadra devem
se unir para conquistar 2 cones das equipes do
outro lado da quadra.
• Cada equipe deverá conquistar os 2 cones da
equipe que está à sua direita. Por exemplo: a
verde conquista os da azul, a azul conquista os
da amarela, e assim sucessivamente.
• A equipe deverá conquistar os 2 cones de uma
equipe predefinida.
Variação
Pode-se chamar cada líder individualmente e propor
a cada um deles um objetivo diferente para a mesma
rodada. Por exemplo: uma das equipes deverá per-
der os seus 2 cones, a outra deverá perder um cone
e conquistar outro de qualquer equipe etc.
É importante ressaltar que na defesa (próximo da
base) pode haver apenas 2 ou 3 componentes da
equipe; caso contrário, o jogo não fluirá.
12. Derruba cones master
Divide-se a turma em 3 equipes (importante sepa-
rá-las por cor, neste caso: vermelha, azul e verde)
No início do jogo aqui representado, a azul está ar-
remessando para a equipe que está chutando e na
42 –
primeira metade da quadra. A vermelha está unida
à azul e está ajudando a queimar a bola chutada.
A equipe verde está em fila no fundo de quadra e
chutando em duplas mistas.
Utilizar duas bolas de queimada com cores diferen-
tes, uma para meninos e uma para meninas.
Colocam-se 20 cones espalhados pela quadra, 10
em cada metade.
1, 2, 3, 4... (meninos)
1, 2, 3, 4... (meninas)
Equipe vermelha Equipe azul
nesta metade. nesta metade.
Desenvolvimento do jogo: as três equipes deverão
estar numeradas e ter o mesmo número de alunos
e duplas. Caso isso não ocorra em sua turma, com-
pense, repetindo alguns alunos daquelas equipes
que tiverem menos, caso as duplas não estejam com
números certos, complete com crianças formando
pares ao invés de mistas.
A equipe que está na primeira metade (azul), com
suas duplas número 1, deverá rolar as bolas para a
dupla da equipe que está chutando (verde).
Ao chutar as bolas “para longe”, estes alunos correrão
e tentarão derrubar os 20 cones espalhados pela qua-
dra. Enquanto isso, as outras equipes, ajudando-se
(porém sem saírem das suas metades definidas da
quadra), devem tentar queimar os jogadores da dupla
que chutou.
Os alunos que chutaram marcarão 30 pontos caso
tenham derrubado os 20 cones e nenhum deles te-
nha sido queimado. Ou seja, 20 pontos pelos cones
derrubados e mais 5 pontos extras para cada um dos
alunos da dupla, por terem derrubado todos os cones
sem terem sido queimados.
Marcarão 25 pontos, caso tenham derrubado os 20
cones, porém, se um dos dois tiver sido queimado.
Marcarão a quantidade de cones derrubados, caso
os dois tenham sido queimados.
Observação: a ordem de colocação dos cones é li-
vre, porém, deve-se respeitar 10 cones em cada me-
tade e evitar locais com risco de acidentes.
Exemplos: próximo a uma trave de gol ou a uma parede.
Observação 2: meninos queimam meninos e meni-
nas queimam meninas.
Após todas as duplas da primeira equipe terem realiza-
do seus chutes, troca-se a equipe que chutará. Aquela
que acabou de chutar (verde) ficará espalhada na
segunda metade da quadra, ajudando a outra equipe
(vermelha) que agora rolará a bola.
13. Dodgeball bandeira
Local: quadra poliesportiva
Material: 2 bolas de queimada, coletes/jalecos de
2 cores e 8 cones pequenos (4 para cada equipe)
com as cores correspondentes às equipes.

Local em que ficarão os alunos que forem queimados.
Desenvolvimento do jogo
–– Cada equipe, uma em cada lado da quadra, co-
meça com uma bola.
–– Nenhum aluno fica dentro de sua área, que deve-
rá estar livre para o adversário (como num pique-
-bandeira).
–– Quando um aluno for queimado, deverá ficar na
lateral da quadra, no local indicado (o jogador po-
derá ser queimado no seu campo ou no campo
adversário).
–– Quando um aluno consegue pegar no ar a bola ar-
remessada pela outra equipe traz de volta para o
jogo todos os seus companheiros de equipe, além
de eliminar aquele que arremessou a bola.
–– Os alunos poderão invadir o campo adversário
para entrar na área e pegar os cones.
–– Quando um aluno chegar à área adversária, pode-
rá levar somente um conezinho por vez (escolhen-
do entre levar o do adversário ou um dos seus –
aquele que tiver sido conquistado – de volta para
sua área).
–– Quando um aluno está na quadra adversária pode
ser pego/congelado pelo adversário. Ficará está-
tico (não poderá ser queimado enquanto estiver
congelado) e somente poderá voltar a jogar quan-
do um companheiro de equipe o tocar, salvando-o
(caso seja pego levando um conezinho, este volta-
rá para a área adversária).
–– O aluno será eliminado se estiver em seu campo
com um conezinho na mão e for queimado. Entre-
tanto, o conezinho ficará na área de sua equipe,
ou seja, já terá sido conquistado.
–– As meninas podem arremessar indo até a linha
dos 3 metros do voleibol.
–– Se a bola passar ou ficar parada na área e lá es-
tiver algum adversário, a bola será dele, e ele po-
derá jogá-la para sua equipe. De lá não poderá
queimar e, caso sua bola seja recuperada no ar
pelo adversário, não salvará sua equipe.
–– Cada rodada terá 5 minutos.
Final do jogo
–– Quando uma das equipes consegue conquistar os
4 cones adversários, levando-os para a sua área,
recomeça o jogo.
–– Quando o tempo acaba, verifica-se a equipe que
conquistou o maior número de conezinhos do
adversário.
Comentários
Para que os alunos tenham condições de identificar,
dentro do esporte, elementos técnicos ou técnico-tá-
ticos individuais, é imprescindível que experimentem
e fruam tais atividades, assim, poderão perceber, en-
tre outras coisas, os principais movimentos requisi-
tados nas modalidades e saber como se posicionar
nos espaços, além de tomar decisões durante um
jogo.
Poderão ainda, autonomamente, diferenciar as mo-
dalidades esportivas, por meio de critérios das espe-
cificidades internas, analisando-as como referência
para posturas de cooperação, interação e respeito
para com o adversário e desempenho da parte moto-
ra, além de objetivos táticos que fazem parte da ação
em questão.
Competências específicas da Educação Física: 7 e 10
• Reconhecer as práticas corporais como elementos
constitutivos da identidade cultural dos povos e
grupos.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Colaboração, iniciativa, autoconhecimento, comuni-
cação, adaptação.
14. Futebase retrô
Divide-se a turma em 2 equipes. (É importante sepa-
rá-las por cor)
Inicialmente, umas das equipes (a verde) chutará a
bola e a outra (a vermelha) ficará espalhada pela
quadra.
Utilizar uma bola oval de rúgbi ou futebol america-
no. Para mantê-la em pé no momento do chute,
utiliza-se o suporte específico desta bola ou um
rolo de fita crepe.
Colocam-se 4 cones nas extremidades da qua-
dra e 2 na lateral junto da linha central, somando
6 bases. Além deles, coloca-se 1 cone no centro
da quadra rodeada por um círculo. Observação:
pode-se utilizar o círculo central, e caso ele seja
muito grande, risque com um giz.
– 43

1, 2, 3, 4...
1
Os outros alunos da
equipe vermelha ficam
espalhados pela quadra
Desenvolvimento do jogo: as 2 equipes deverão
estar numeradas e ter o mesmo número de alunos.
Caso isso não ocorra em sua turma, compense, re-
petindo alguns alunos daquelas equipes que tiverem
menos alunos.
Uma das equipes, a verde, chutará a bola “para longe”,
para correr e tentar passar pelas 6 bases, antes que a
bola seja batida no cone central pela outra equipe.
Caso o aluno que chutou consiga passar pelas 6 ba-
ses e termine sua volta antes que a bola seja ba-
tida no cone central ganha 10 pontos, sendo 6 pe-
las bases passadas e mais 4 de bônus. Mas, se a
equipe vermelha, que está espalhada pela quadra,
conseguir bater a bola no cone central, o professor
apita e o aluno que chutou deverá parar de correr e
voltar para a base anterior mais próxima a ele, não
somando pontos naquele momento e aguardando a
passagem de outro aluno que poderá salvá-lo se, ao
passar por ele, tocá-lo. Caso ele seja salvo e com-
plete sua volta, marcará 6 pontos, ou seja, apenas os
pontos pelas bases passadas.
Neste jogo pode acontecer de muitos alunos se acu-
mularem numa mesma base, pois a batida de bola no
cone central acontece rapidamente pela outra equi-
pe. Portanto, o professor deverá ficar atento, porque
num determinado momento muitos alunos passarão
juntos no último cone, e assim deverá marcar a quan-
tidade exata de pontos da equipe.
15. Futebase master 7 pontos
Divide-se a turma em 3 equipes (É importante sepa-
rá-las por cor, neste caso: vermelha, azul e verde.)
No início do jogo aqui representado, a vermelha está
na base 1 e na primeira metade da quadra, a azul,
com o mesmo objetivo da vermelha, está na base 2
e na segunda metade da quadra, e a verde está em
fila no fundo de quadra e chutando.
Inicialmente uma das equipes chutará a bola, uma
ficará numa metade da quadra e a outra equipe, na
outra metade.
Utilizar uma bola oval de rúgbi ou futebol americano.
Para mantê-la em pé no momento do chute, utiliza-se o
suporte específico desta bola ou um rolo de fita crepe.
Colocam-se 4 cones nas extremidades da quadra e
2 na lateral junto da linha central, somando 6 bases.
Além destes, coloca-se 1 cone em cada metade da
quadra, exatamente no centro de cada quadra de
vôlei, rodeada por um círculo, nomeando cone 1 e
cone 2.
44 –
Observação: em algumas quadras, conseguimos
utilizar o círculo do garrafão do basquete. Se não
conseguir assim, risque-a com giz.
1, 2, 3, 4...
1 1
Os outros alunos da equipe Os outros alunos da equipe
azul ficam livres pelo vermelha ficam livres pelo
espaço desta metade. espaço desta metade.
Desenvolvimento do jogo: as 3 equipes deverão
estar numeradas e ter o mesmo número de alunos,
caso isso não ocorra em sua turma, compense, re-
petindo alguns alunos daquelas equipes que tiverem
menos alunos.
Uma das equipes (verde) chutará a bola “para longe”,
para correr e tentar passar pelas 6 bases, antes que a
bola seja batida pelas outras equipes nos cones 1 e 2.
Caso o aluno que chutou consiga passar pelas 6
bases e termine sua volta antes que a bola bata no
cone 1 (que fica na meia quadra mais próxima ao
chute), ele ganha 7 pontos (por isso o nome dado ao
jogo). Caso ele consiga dar a volta completa, porém,
as equipes vermelha e azul tenham conseguido to-
car a bola, ao menos no cone 1, o aluno receberá
6 pontos, 1 a menos por conta de a bola ter batido
nesta base.
Mas, se as equipes que estão espalhadas pela qua-
dra (vermelha e azul) conseguirem bater a bola no
cone 1 e depois no cone 2, o professor apita e o aluno
que chutou (da equipe verde) deverá parar de correr
e voltar para a base anterior mais próxima dele. E a
pontuação será assim: caso ele tenha passado por
5 bases, somará 3 pontos, pois perdeu 2 quando as
equipes conseguiram bater a bola nos cones 1 e 2.
Caso tenha passado por 3 bases, somará 1 ponto,
ou seja, sempre perderá 2 pontos caso não consiga
completar a sua volta.
O aluno fica parado na base e caso o próximo ou
qualquer outro consiga salvá-lo, tocando-o, enquan-
to passa por aquela base. Se conseguir completar,
marcará mais um ponto.
Após todos os alunos da primeira equipe terem realizado
seus chutes, troca-se a equipe que chutará. Aquela que
acabou de chutar (verde) ficará na segunda metade da
quadra e no cone 2, ajudando a outra equipe (azul), que
agora estará no cone 1 e na primeira metade da quadra.
16. Quadribol (Voleibol de 4 equipes)
Dividir os participantes em vários times com quatro
integrantes em cada um. O campo de vôlei estará
dividido em dois pela rede central, com mais uma di-
visão em cada lado, de modo que o campo tenha
quatro áreas, com quatro equipes jogando ao mes-
mo tempo. Daí passa-se a um jogo como o de vôlei,
só que, inicialmente, pode-se segurar a bola (como
no jogo de câmbio), dar três passes e passar para
a equipe adversária, seguindo o jogo até que algum
time deixe a bola cair, fazendo o ponto. Assim, o jogo
inicia-se com quatro equipes, só que a pontuação
é diferente: cada equipe começa com cinco pontos
e cada vez que deixa a bola cair ou lança-a fora da
quadra ou na rede perde um ponto. Quando perder
seus cinco pontos, sai do jogo, deixando outro quar-
teto ocupar seu lugar. Sempre que uma equipe per-
der seus cinco pontos sai do jogo e entra outra. O
início do jogo é demorado, até alguém perder seus
pontos, mas depois de algum tempo as trocas são
mais rápidas, pois sempre vários times estarão com
poucos pontos.
Equipe 1 Equipe 3
Equipe 2 Equipe 4
Regras
–– São semelhantes às do vôlei, podendo ser adap-
tadas para participantes menos habilidosos (como
usar um "pingo" da bola no chão).
–– A quadra deve ser separada por duas linhas, pois
caso exista apenas uma linha, não saberemos se
o ponto perdido vai ser de uma ou outra equipe.
Se cair no meio das linhas, o erro será de quem
lançou a bola ali.
–– Quando uma equipe quiser, poderá jogar a bola
para a equipe do seu lado (e não para a do outro
lado da rede). Não é permitido jogar a bola em
direção ao chão, mas apenas para o alto; caso
contrário seria muito fácil, por exemplo, cortar
para baixo nessa equipe.
–– Deve ocorrer um rodízio dentro do quarteto (defe-
17. Propostas dos alunos no mesmo contexto de
sa e ataque) e também um rodízio de saque, em
que o saque será de cada vez de um quarteto, in-
dependentemente de quem fez ou perdeu ponto.
Variação
Com equipes que jogam bem o vôlei, pode-se retirar o
agarrar da bola e jogar de acordo com as regras oficiais.
Comentários
Quando buscamos conhecer a história do esporte,
que se consolida entre meados do século XIX e início
do século XX, traduz o significado de uma socieda-
de (inglesa e capitalista) e ainda, enaltece os desa-
fios, as conquistas, as vitórias e o esforço individual
como forma de ascensão social (GOELLNER, 2004),
começamos a perceber os porquês do fenômeno
esporte. Assim, conseguimos identificar as trans-
formações históricas, reconhecendo que ele sofreu
inúmeras mudanças no seu percurso até chegar ao
modelo que hoje vivenciamos e que possui grande
influência em nossa sociedade.
Por meio do conhecimento, pesquisas e experimen-
tações, são discutidos alguns de seus problemas,
como a busca por reconhecimento, fama e recom-
pensa financeira e, ainda, os motivos pelos quais al-
guns atletas de performance se perdem em questões
éticas, utilizando substâncias ilícitas que causam
dopping para alcançarem seus objetivos.
A exposição do esporte nas mídias e seu uso como
instrumento para vários fins gera patrocínios finan-
ceiros de empresas e governos. Entretanto, muitas
vezes não são empregados de maneira adequada e
idônea.
Essas e outras discussões podem fazer parte do dia
a dia da escola, com qualquer evento que ocorra e
seja significativo para os alunos, ainda mais quando
fazem parte do cotidiano deles. Por exemplo: brigas
de torcidas, exageros na prática de modalidades es-
pecíficas, uso de novas tecnologias como o árbitro
assistente de vídeo – VAR –, do inglês Video Assistant
Referee, ou videoárbitro, e seu uso recente em gran-
des decisões no futebol.
Competências específicas da Educação Física: 3 e 8
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre a
realização das práticas corporais e os processos
de saúde/doença, inclusive no contexto das ativi-
dades laborais.
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais
Consciência social, flexibilidade, pensamento crítico,
adaptação, comunicação, resolução de conflitos.
atividades
Utilizar as atividades e os jogos, bem como suas
modalidades, recomendados anteriormente e ou-
tras sugestões trazidas pelos alunos, focando na
habilidade em estudo, que envolve as questões de
autonomia e criatividade.
Comentários
Neste ponto do trabalho com esportes, os alunos já
terão autonomia para escolherem, com base em ex-
periências anteriores, os esportes ou jogos que po-
derão praticar em aula, para que possam alcançar
os objetivos previamente conversados e definidos.
Os alunos podem propor e produzir alternativas, não
só durante as aulas, como também para além delas.
Além disso, devem dialogar sobre quais esportes não
– 45
 praticam e não observam pessoas praticando nos es-
paços que frequentam e, de acordo com as caracte-
rísticas desses espaços, buscar soluções que possam
fazer outras pessoas praticá-los. Podem ainda ir além,
apontando a questão dos colegas com deficiência, in-
seridos ou não nas atividades fora do colégio, o que
pode favorecer alternativas para a solução deste pro-
blema tão sério que ocorre em ambientes não monito-
rados por responsáveis adultos.
Os alunos terão muitas possibilidades em decorrência
das discussões levantadas para entender as divisões
do esporte em: esporte educacional, voltado para crian-
ças e adolescentes em idade escolar (Ensino Funda-
mental e Médio), esporte de participação, praticado no
tempo livre, em situações de lazer e com finalidade de
bem-estar físico e psicológico, e esporte de alto rendi-
mento, que são as práticas fundamentadas na compe-
tição, com regras e normas rígidas e com o objetivo de
superação, vitória.
Competências específicas da Educação Física: 7 e 9
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
• Reconhecer o acesso às práticas corporais como
direito do cidadão, propondo e produzindo alterna-
tivas para sua realização no contexto comunitário.
Competências socioemocionais
Colaboração, consciência social, pensamento críti-
co, iniciativa, negociação.
Unidade temática: Ginásticas
Objetos de conhecimento: Ginástica de condiciona-
mento físico, ginástica de conscientização corporal
Antes das sugestões de aulas relacionadas ao conteúdo,
inserirmos uma lista de benefícios do treinamento para
que os alunos tenham acesso.
Efeitos benéficos do condicionamento físico
• Diminuição da F.C. de repouso – os batimentos do
coração, sem exercícios físicos (quando a pessoa
está descansando, sentada no trabalho, almoçando
etc). Por exemplo, numa pessoa sedentária, o cora-
ção bate de 80 a 90 vezes por minuto e num atleta
de maratona pode bater de 50 a 60 vezes por minuto.
Imagine a economia de batidas do coração no final
de 24 horas, de 365 dias etc.
• Diminuição da F.C. submáxima – batimentos do cora-
ção durante os exercícios que não estão no máximo do
nosso limite, aproximadamente 85% do esforço máximo.
• Diminuição da P.A. – a pressão arterial diminui por
causa de uma melhoria no fluxo sanguíneo e na con-
tração do coração. Ocorre também um melhor retor-
no venoso.
• Diminuição da resistência periférica – os vasos
sanguíneos tornam-se mais elásticos, limpos de gor-
dura etc., facilitando a circulação do sangue.
46 –
• Diminuição da taxa de colesterol, gordura etc. – os
exercícios usam a gordura como fonte de energia, dimi-
nuindo assim o peso corporal de gordura, colesterol etc.
• Aumenta a contratilidade do coração – o coração
passa a se contrair melhor e a distribuir melhor o san-
gue para o corpo.
• Modificações cardíacas – aumento da cavidade
interna do coração (de 650 para 900-1000ml); de hi-
pertrofia das cavidades (de 250 para 350-500g).
• Aumenta o número de mitocôndrias – as mitocôn-
drias são as células onde o oxigênio é usado para
transformar os nutrientes em energia para o corpo.
• Aumento do volume sanguíneo – de 5 para 6 litros
(em média); aumento do número de hemácias;
• Aumenta o número de capilares e vasos sanguí-
neos – os capilares são vasos do tamanho de fios de
cabelo, cuja quantidade aumenta devido ao exercício
e assim levam mais oxigênio e nutrientes às células e
ajudam a retirar os resíduos nocivos ao corpo.
• Aumenta o número de enzimas oxidativas – são
enzimas que ajudam a transformação dos nutrientes
e do oxigênio em fonte de energia para o corpo.
• Aumenta o D.C. – o débito cardíaco é o volume de
sangue que o coração é capaz de bombear, multipli-
cado pelo número de batimentos do coração.
• Aumenta a circulação coronariana – são os vasos
que irrigam o coração e levam os nutrientes e oxigê-
nio a ele.
• Aumenta a produção de H.D.L. – é a abreviação
em inglês de lipídeos de alta densidade, que fazem
uma ação de limpeza nos vasos, retirando a gordura
que provoca os entupimentos, causando os enfartes.
• Aumento do VO2 máximo – é o volume máximo
de oxigênio que o organismo consegue captar,
pois quanto mais o corpo consegue usar o oxigê-
nio, melhor ele aproveita seus nutrientes, sentin-
do menos fadiga, consumindo menos energia nos
exercícios etc.
• Aumento da capacidade de remover ácido lático –
o ácido lático forma-se como resíduo nos músculos
dando a "dor muscular", logo após o término do exer-
cício, dificultando a contração do músculo.
• Aumento da resistência muscular – os músculos
passam a aguentar os exercícios por um tempo maior
do que de uma pessoa que não faz exercícios, pois
acumula mais energias de reserva (de 200g para 400g
de glicogênio), retira mais rápido o ácido lático etc.
• Melhora a regulação intestinal
• Aumento da sudorese, com economia de sais mi-
nerais – o suor aumenta e é mais bem distribuído
pelo corpo, o que possibilita seu resfriamento mais
rápido; e saem menos sais minerais que são impor-
tantes para o nosso corpo, principalmente para a
contração muscular.
O início da sudorese é também mais rápido em pes-
soas bem condicionadas.
• Melhoria da regulação térmica – o corpo se adapta
para não se aquecer demais durante os exercícios,
pois muito calor é prejudicial para o organismo.
• Diminuição da T.P.M. nas mulheres – a tensão pré-
-menstrual nas mulheres diminui ou desaparece, quan-
do fazem atividades regulares leves ou moderadas.
• Exercícios durante a gravidez – os benefícios dos
exercícios (adequados) são tanto para as mães,
como para os fetos, que aumentam seu peso corpo-
ral e adquirem melhores condições de saúde (mus-
culares, cardíacas etc.).
• Redução de erros técnicos – permanece mais con-
centrado nos movimentos, nas reações do corpo,
das variações ocorridas num jogo etc.
• Redução de lesões – atletas que logo tem fadiga
tendem a se machucar mais que os treinados.
1. Circuito de resistência avançado
No que diz respeito a programas de exercícios, pen-
sando em programas individuais, para que os alunos
entendam e percebam as exigências corporais de
cada diferente atividade e suas especificidades, rea-
lizar um circuito pode ser proveitoso para experimen-
tar e fruir. Assim, no colégio, as possibilidades são
equilibradas e sem a preocupação de performance e
exageros, focando na saúde, além da possibilidade
de os alunos terem a oportunidade de conviverem
harmoniosamente, descobrindo juntos a prática de
atividades físicas e exercícios físicos, para que assim
promovam sua saúde.
FICHA DA RESISTÊNCIA NA ATIVIDADE FÍSICA
2. Minimaratona
A atividade da minimaratona pode ser usada como
ferramenta pedagógica para muitas finalidades. Nes-
ta habilidade, relacionada ao objeto de conhecimen-
to Ginástica de condicionamento físico e Ginástica
de conscientização corporal, podemos utilizar a ativi-
dade dando mais ênfase às questões dos exercícios
físicos individuais. É importante que os alunos en-
tendam como identificar as exigências corporais de
cada programa de exercícios. Além disso, há uma
preocupação no sentido de que cada atividade deve
ser adequada às características e necessidades
de cada aluno.
É fundamental lembrar que o ritmo dessa modalida-
de de corrida deve ser dosado ao longo de sua exe-
cução e sem exageros desde o início, pois as reser-
vas energéticas do corpo não manterão o exercício
em velocidade máxima por muito tempo. Os alunos
devem perceber, após essas discussões, a importân-
cia de executar a corrida de maneira moderada para
que consigam terminar a atividade da mesma manei-
ra que iniciaram. Essa atividade já foi experimentada
na habilidade EF67EF08.
Seria interessante que os alunos pudessem realizar a
a atividade com um fone de ouvido, escutando suas
músicas preferidas. Isso seria um estímulo para
torná-la ainda mais prazerosa, com elementos que
fazem parte do cotidiano dos alunos.

FICHA DA MINIMARATONA
COLÉGIO OBJETIVO
Nome:______________________________________________ Série______________________

DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após
Resistência na atividade física

Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Data ___/___/___ Obs.: ________________________________________________________________________

________________________________________________________________________
Nome do aluno: _________________________________________________________________
______________________________________________________________________________ DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
2.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Atividade prática Inicial Final 3 minutos após

Circuito de exercícios de resistência motora de média duração. Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem
Obs.: ________________________________________________________________________
Realização: em cada uma das estações os alunos executarão o exercício por um (1)
minuto. Ao término desse tempo, deverão correr (moderadamente) em volta da quadra por ________________________________________________________________________
um (1) minuto e, ao sinal do professor, devem se dirigir à próxima estação, iniciando o
exercício. DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
3.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após

Estação Exercício Quantidade Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Obs.: ________________________________________________________________________
1.a
Agachamentos
________________________________________________________________________
Elevação de braços - lateral (Ombro)
2.a
com ou sem aparelho DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
4.o bimestre

3.a Elevação de pernas (deitado lateralmentes) Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após
4.a Saltos

Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Obs.: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

Ver ficha em tamanho natural no final da descri-

80 –
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
ção dos jogos. ção dos jogos.
– 47
 Comentários
Deixar que os alunos experimentem, visualizem e
auxiliem nos movimentos dos programas ou circuitos
de exercícios físicos preparados para as aulas que
envolvem essa habilidade.
A escola e a Educação Física escolar são ambientes
muito férteis para a experimentação e o consequente
gosto pela prática da atividade física e dos exercí-
cios físicos regulares. Nesse sentido, estimular que
os alunos conheçam atividades individualizadas é de
grande valia para que futuramente, enquanto adul-
tos, mais do que a importância do exercícios físicos
para a saúde, entendam também que é preciso se
movimentar, realizar alguma atividade, e conhecen-
do algumas que sejam prazerosas e individuais, isso
poderá fluir naturalmente.
Competências específicas da Educação Física: 8 e 10
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autoconhecimento, perseverança,
autogerenciamento.
3. Discussão dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Levantar discussões com os alunos, deixando-os
pesquisar, perceber e debater acerca das transfor-
mações históricas de alguns padrões em relação à
beleza estética, saúde e desempenho.
Cabe aqui, além da discussão e das pesquisas que
os alunos poderão realizar inclusive com suas pró-
prias famílias, propor atividades práticas nesses con-
textos, incluindo modalidades esportivas mais prati-
cadas em décadas passadas no Brasil e no mundo
e as novas tendências e escolhas. Como exemplo,
lembremos que há 20 ou 25 anos não existiam mui-
tos grupos de corredores de rua, mas hoje isso é
uma tendência, uma prática comum, inclusive para
muitas pessoas, por ser um esporte acessível, que
não demanda muitos custos, diferente, por exemplo,
do tênis de campo.
Comentários
Realizar discussões com os alunos, propiciando o
pensamento crítico, a busca pela informação, um
olhar próprio e uma visão crítica, é sempre impor-
tante no ambiente escolar. Nesta habilidade o aluno
entrará em contato com as transformações históri-
48 –
cas dos padrões de desempenho, saúde e beleza,
compreendendo conceitos mutáveis, que dependem
de contextos sociais, históricos e culturais em que
nos inserimos. O aluno poderá ainda, com tais dis-
cussões, perceber de que forma esses padrões são
apresentados nos diversos meios de comunicação
e diferenciá-los das informações obtidas nos meios
científicos e acadêmicos.
Competências específicas da Educação Física: 3 e 4
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre a re-
alização das práticas corporais e os processos de
saúde/doença, inclusive no contexto das atividades
laborais.
• Identificar a multiplicidade de padrões de desem-
penho, saúde, beleza e estética corporal, anali-
sando, criticamente, os modelos disseminados
na mídia e discutir posturas consumistas e pre-
conceituosas.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, consciência social, pensamento
crítico, comunicação.
4. Corrida de velocidade
Essa atividade é praticada nas Olímpiadas Internas
do Colégio Objetivo – Olico. Nela vão às finais aque-
les que são os mais rápidos da turma. Nesse contex-
to, os alunos percebem que uns são mais rápidos e
mais resistentes que os demais. Não há possibilida-
de de outros vencerem, a não ser que haja um erro
daquele aluno mais rápido. As discussões podem
partir daí: como vencer aquele aluno mais rápido?
Com dopping?
Repescagem:
Classificados:
Local: quadra de voleibol
Material: 3 cones médios
Desenvolvimento da prova: os alunos são divididos
em 3 equipes, colocados em fila por ordem alfabética
(é a maneira encontrada para não realizar escolhas
incorretas no momento da separação). Deverão iniciar
a corrida no momento do sinal do professor, sendo um
integrante de cada equipe. Correrão até o cone, farão
a volta e deverão passar pela linha de chegada.
A cada bateria dois alunos (primeiro e segundo colo-
 cados) passam para a área de classificação, aguar-
dando novas baterias e o aluno, terceiro colocado, irá
para a área de repescagem, aguardando sua segunda
e última chance de classificação. Quando terminam
todas as baterias, iniciam-se as baterias de repesca-
gem, reorganizando as filas de equipes novamente
por ordem alfabética. Novamente os dois primeiros
colocados passam a integrar a área de classificação e
o terceiro colocado agora será desclassificado.
Após terem sido definidos os alunos classificados, ini-
cia-se uma nova fila por ordem alfabética e novas ba-
terias são realizadas, porém, neste momento, os dois
primeiros colocados estão classificados e o terceiro,
desclassificado. Assim prossegue a atividade até que
restem três ou quatro classificados para a final.
5. Discussão dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Nesta aula, muitos assuntos podem ser levantados e
discutidos com os alunos, entre eles o uso de suple-
mentos alimentares, o dopping e, ainda, o distúrbio
alimentar conhecido como vigorexia.
A vigorexia é um transtorno alimentar ocasionado
pela imagem distorcida do próprio corpo. Influi dire-
tamente na alimentação do indivíduo, assim como o
leva à prática excessiva de atividades físicas. Asse-
melha-se à anorexia no ponto em que os indivíduos
que apresentam esses distúrbios têm uma imagem
desvirtuada do próprio corpo.
Os vigoréxicos se veem fracos, magros, pequenos,
apesar de muitas vezes estarem muito musculosos.
A prática excessiva de exercícios, horas e horas de
academia e mudanças alimentares fazem parte da
rotina de um vigoréxico, em busca do corpo “perfei-
to", que esteja de acordo com os padrões impostos
pela nossa atual sociedade.
Em relação à alimentação, procuram uma dieta basi-
camente proteica, passam a consumir suplementos
alimentares e a fazer uso de anabolizantes e esteroi-
des anabolizantes.
Entre os principais sintomas, podemos citar o can-
saço, a inapetência, a insônia, o ritmo cardíaco alte-
rado mesmo em repouso, as dores musculares, os
tremores, a queda no desempenho sexual, a irritabili-
dade, a depressão, a ansiedade e o desinteresse por
atividades que não estejam ligadas ao treinamento
intensivo para atingir o que consideram ser o corpo
perfeito.
A vida social do vigoréxico costuma passar por alte-
rações, pois ocorre um afastamento de qualquer ati-
vidade ou de pessoas que não estejam afinadas com
a prática de exercícios.
O tratamento deve ser multidisciplinar: inclui médi-
cos, psicoterapeuta, nutricionista e preparador físico.
A prática esportiva não necessita ser abandonada,
mas sim orientada.
A anorexia nervosa é um distúrbio alimentar resultan-
te da preocupação exagerada com o peso corporal.
Pode causar graves problemas psiquiátricos. A pes-
soa se olha no espelho e, embora seja extremamen-
te magra, vê-se obesa. Passa, então, a fazer jejum,
a provocar vômitos e a tomar laxantes e diuréticos.
Esse transtorno manifesta-se sobretudo em mulhe-
res jovens, embora sua incidência esteja aumentan-
do também entre homens. Às vezes, os pacientes
anoréxicos atingem rapidamente a caquexia, um
grau extremo de desnutrição. O índice de mortalida-
de chega a atingir de 15% a 20% dos casos.
Dopping
É administração de alguma droga ilícita, estimulan-
te ou entorpecente, visando diminuir por um tempo
específico a fadiga, aumentando ou diminuindo a ve-
locidade, melhorando ou piorando a atuação de um
atleta.
Para mais informações, consulte o site <https://brasi-
lescola.uol.com.br/drogas/dopping.htm>. Acesso em
30 jun/2019, texto de Rafael Rizzi.
Alguns exemplos de dopping:
–– Auto-hemotransfusão e eritropoetina (EPO): res-
ponsáveis por estimular artificialmente a formação
de hemácias (glóbulos vermelhos).
–– Anabolizantes: contribuem para o aumento da
massa muscular.
–– Anfetaminas, cocaína e maconha: são estimulan-
tes para aumentar o desempenho.
–– Suplementos alimentares com creatina: contribui
para o aumento de proteínas no organismo.
Comentários
Problematizar a prática excessiva de exercícios físi-
cos e o uso de medicamentos para a ampliação do
rendimento ou potencialização das transformações
corporais.
Com as aulas propostas e experimentações realiza-
das na prática da corrida de velocidade, por exem-
plo, os alunos conseguem perceber as diferenças de
cada um no momento da corrida, ou seja, que quan-
do não há erro, é difícil superar o adversário mais
treinado, com fibras musculares específicas para
determinada atividade. Assim, há possibilidade de
realizar questionamentos e reflexões sobre os exces-
sos na realização de exercícios físicos, além do uso de
substâncias como anabolizantes e estimulantes.
– 49
 Competências específicas da Educação Física: 3 e 8
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre a
realização das práticas corporais e os processos
de saúde/doença, inclusive no contexto das ativi-
dades laborais.
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autogerenciamento, autocontrole,
pensamento crítico
6. Posturas
Por meio de exercícios específicos, é possível pro-
mover o senso de conscientização corporal. Os mé-
todos de pilates e RPG podem ser eficientes para
o aprendizado dessa atividade, pois utilizam formas
diferentes de posturas e movimentos, que estimulam
o autoconhecimento.
A seguir algumas sugestões de posturas básicas,
simples e fáceis para a realização com os alunos:
1 – Alongamento da região do pescoço, com o traba-
lho de conscientização corporal através do estímulo
para manter a simetria dos ossos do quadril igual-
mente encostados no chão.
2 – Postura deitada para um bom posicionamento
das escápulas e relaxamento da coluna lombar.
3 – Relaxamento do corpo na postura correta (com re-
laxamento da coluna lombar) e com o melhor posicio-
namento das escápulas.
4 – Alongamento da região anterior do tronco e ativa-
ção da musculatura extensora da coluna.
5 – Posição ótima, para melhor conscientização, de
toda a região da coluna encostada no chão e alonga-
mento da região de peitoral.
6 – Variação da postura anterior, porém com os pés
encostados na parede.
7 – Postura de “ponte” para melhor adaptar o posi-
cionamento correto das escápulas e ativar grupos
musculares de forma geral.
8 – Postura para relaxar a coluna e para sentir a si-
metria de posição dos dois lados do quadril em rela-
ção aos dois calcanhares.
9 – Postura para trabalhar o equilíbrio e a coordena-
ção motora.
10 – Postura em pé na parede com o mesmo princí-
pio do exercício de número 5, porém com ativação
da musculatura da coxa e maior ativação dos braços
(membros superiores).
Comentários
Quando os alunos são estimulados a realizar e pen-
sar diferentes movimentos, incluindo as ginásticas de
conscientização corporal, podem desenvolver o gos-
to pela atividade específica, mas, além disso, perce-
ber a importância de alguns movimentos que prezam
pela saúde estrutural de nosso corpo. Essas práticas
50 –
empregam movimentos suaves e lentos, conscienti-
zação de exercícios respiratórios, que visam a melhor
percepção sobre o próprio corpo. Os alunos terão a
oportunidade de verificar ainda que as exigências
corporais dependem da intensidade e da modalidade
de ginástica que está sendo experimentada, além do
nível de preparo físico dos participantes.
Competências específicas da Educação Física: 8 e 10
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferen-
tes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, es-
portes, lutas e práticas corporais de aventura,
valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autoconhecimento, perseverança,
autogerenciamento.
7. Discussão e experimentações dos alunos no
mesmo contexto de atividades
Neste ponto das discussões, em que os alunos
já vivenciaram algumas atividades de ginásticas,
podem ser utilizadas novamente algumas das que
foram sugeridas tanto na habilidade de exercícios fí-
sicos (EF89EF07) quanto na habilidade de ginástica
de conscientização corporal (EF89EF10), para que
eles experimentem de outras maneiras, refletindo,
discutindo e percebendo as diferenças e semelhan-
ças entre elas.
Comentários
Após as aulas experimentadas e fruídas pelos alu-
nos, o conhecimento se expande através da prática,
discussões, trocas de ideias e sensações inerentes
às aulas de Educação Física escolar. Com essa ri-
queza de situações, os alunos terão condições de
identificar semelhanças e diferenças entre a ginás-
tica de conscientização corporal e as de condiciona-
mento físico. Perceberão as características das duas
modalidades e aquilo que as permeia, como: capa-
cidades físicas, habilidades motoras, relação com o
ambiente físico, sensações corporais durante as vi-
vências, objetivos esperados pelos praticantes, além
de semelhanças e diferenças entre as duas práticas.
Assim, possuirão um repertório de atividades, além
do conhecimento, para entenderem os benefícios de
tais atividades para a saúde.
Competências específicas da Educação Física: 6 e 8
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas corpo-
rais, bem como aos sujeitos que delas participam.
• Usufruir das práticas corporais de forma autôno-
ma para potencializar o envolvimento em contex-
tos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e
a promoção da saúde.
Competências socioemocionais:
Autoconsciência, persistência, iniciativa, criatividade.
 Unidade temática: Danças
Objeto de conhecimento: Danças de salão
1. Dança da maçã
Material: maçã ou qualquer outro papel ou E.V.A.
Organização: os alunos ficam aos pares e cada par
recebe uma maçã.
Desenvolvimento: os parceiros dançam, segurando
uma maçã presa entre as testas. Eles não podem se
tocar (nem nas maçãs) com as mãos. Se a maçã cair,
são eliminados.
A atividade começa com um ritmo lento, como bolero,
tango, valsa vienense e vai acelerando à medida que
os pares se movimentam. Exemplo: samba, forró,
salsa, twist etc. O último par de alunos que continuar
dançando com a maçã nas testas será o vencedor.
2. Outras experimentações
Os alunos podem experimentar algumas danças de
salão de seu próprio contexto cultural. Assim, terão
a oportunidade para que vivenciem as possibilidades
do seu próprio jeito. A partir daí, os alunos juntamen-
te com o professor podem trazer algumas outras
danças de salão que não são conhecidas por eles.
Comentários
Os alunos conhecerão algumas modalidades e es-
tilos de danças de salão que são realizadas por um
par de dançarinos. Nessas experimentações das
aulas, compreenderão a questão do respeito e valo-
rização da diversidade cultural, bem como as habili-
dades desenvolvidas, além de aprender sobre outros
tipos de culturas.
Poderão ainda entender que as danças surgiram e
se manifestam de formas diferentes, bem como re-
cebem significados dependendo do ambiente social
onde são praticadas. Exemplos: em atos religiosos,
festas, apresentações, entre outros.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 5
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, empatia, pensamento crítico.
3. Da quadrilha à valsa vienense
Material: músicas típicas de quadrilha/valsa.
Organização: os alunos ficam aos pares.
Desenvolvimento: inicia-se uma "quadrilha" tradi-
cional, com o ritmo de forró. Em determinado mo-
mento, de preferência quando o professor disser:
"Olha o grande baile", muda-se o ritmo para uma val-
sa, que depois não voltará mais à quadrilha.
É possível fazer evoluções simples com esse ritmo,
como casais andando em um círculo (como na qua-
drilha), mudando a direção, trocando de par etc.
4. Outras experimentações
Após as experimentações anteriores e com base nas
pesquisas realizadas pelos alunos, há aqui a opor-
tunidade para que realizem algumas danças de sa-
lão, focando na aprendizagem dos seus elementos
constitutivos. Os próprios alunos podem descobrir e
ajudar os outros a descobrirem seus ritmos, espaços
e gestos relacionados a elas.
Comentários:
Com as aulas propostas, os alunos terão vivenciado
algumas experiências novas e diferentes. Partindo
delas, entenderão a organização dos tipos de dan-
ça de salão e de seus contextos. Além de se apro-
priarem de alguns de seus elementos constitutivos,
estarão preparados para compreender e executar o
ritmo, caracterizado por uma recorrência regular.
Por fim, os alunos expressarão aquilo que a dança
traz naturalmente, por meio da movimentação, inte-
ração com o par, gestos, entre outros, em qualquer
ambiente em que estiverem.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 2
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Planejar e empregar estratégias para resolver
desafios e aumentar as possibilidades de apren-
dizagem das práticas corporais, além de se en-
volver no processo de ampliação do acervo cul-
tural nesse campo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, saber se relacionar, empatia, cola-
boração, criatividade, pensamento crítico.
5. Discussão dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Os alunos podem realizar e experimentar danças co-
nhecidas por eles e aquelas já experimentadas nas
habilidades EF89EF12 e EF89EF13. Em seguida,
pode-se propor discussões a respeito dos preconcei-
tos inerentes à prática dessas atividades em todos os
ambientes e classes sociais.
Comentários
Inevitavelmente, a sociedade se divide em grupos, e
isso é parte de nossa cultura. Assim, acaba por criar
estilos, jeitos, maneiras, vestimentas, entre outras
tantas especificidades de grupos sociais de nosso
convívio. Assim, discutir estereótipos e preconcei-
tos relativos às danças de salão e demais práticas
corporais pode ser rico para se levantarem algumas
questões, como as críticas que sofrem aqueles que
praticam danças de salão, determinadas brincadei-
ras, jogos, modalidades esportivas, ginásticas, lutas
ou práticas de aventura. Tais circunstâncias podem
levar à intolerância e desrespeito. Por isso, buscar a
discussão equilibrada para superar, refletir e enten-
der essas situações será de grande importância para
que os alunos se tornem mais tolerantes, interessa-
dos e respeitosos.
– 51
 Competências específicas da Educação Física: 1 e 5
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Identificar as formas de produção dos preconcei-
tos, compreender seus efeitos e combater posi-
cionamentos discriminatórios em relação às prá-
ticas corporais e aos seus participantes.
Competências socioemocionais
Pensamento crítico, flexibilidade, comunicação,
resolução de conflitos.
6. Outras experimentações e discussões
Os alunos podem realizar e experimentar danças de
salão conhecidas por eles, incluindo as anteriores.
Assim, há oportunidade para analisar os movimen-
tos, ritmos e gestos das diferentes danças.
Após o primeiro momento de experimentações, po-
de-se dar início à contextualização histórica.
Contextualização histórica da dança no Brasil
Em nosso país há uma grande diversidade da cultura
da dança. Há regiões que mostram movimentos pro-
venientes de rituais sagrados, praticados pelos índios.
Outra contribuição importante é aquela trazida pelos
africanos, que apresenta alguns significados espe-
cíficos, como revolta, dor, entre outros sentimentos.
Pela dança e música este povo expressou seu sofri-
mento com as separações de suas terras, além da
escravização em outras nações.
As danças europeias também são muito conhecidas
por nós, graças aos italianos, espanhóis, alemães e
também aos nossos colonizadores portugueses, que
além de danças trouxeram ainda instrumentos dife-
renciados e desconhecidos no Brasil. (PALMA, 2010)
Comentários
Para que os alunos analisem características específi-
cas das danças de salão, precisarão conhecer e pes-
quisar mais detalhadamente os ritmos ou modalida-
des, como forró, gafieira, salsa etc., além daquilo que
é característico de cada tipo, como os gestos, os mo-
vimentos, as coreografias, os passos e as músicas.
Com essa riqueza de conhecimento, conseguiram
ainda analisar as transformações históricas, levantan-
do informações detalhadas sobre os grupos de origem
de cada dança e relembrar suas épocas e culturas,
que naturalmente se modificaram e se adaptaram até
chegarem ao que representam hoje.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 7
• Compreender a origem da cultura corporal de
movimento e seus vínculos com a organização
da vida coletiva e individual.
• Reconhecer as práticas corporais como ele-
mentos constitutivos da identidade cultural dos
povos e grupos.
Competências socioemocionais
Saber se relacionar, consciência social, empatia,
pensamento crítico.
52 –
Unidade temática: Lutas
Objeto de conhecimento: Lutas no mundo
1. Luta de joelhos
Os alunos estão apoiados de costas um para o
outro. Ao sinal, podem se virar e tentar deitar o com-
panheiro de costas. (Observação: deve-se utilizar
um colchão ou tatame)
2. Outras lutas conhecidas dos alunos
Utilizar lutas do mundo conhecidas dos alunos, pri-
mando pela segurança e respeito ao oponente.
Comentários
Neste momento do processo de aprendizagem sobre
lutas, a ideia é que os alunos se deparem com o des-
conhecido e que, a partir desse estudo, conheçam
outras lutas do mundo, aquelas que são distantes de
sua realidade e dia a dia. E quando estamos falando
de lutas, é sempre importante que todos os alunos
entendam a questão do respeito ao colega oponen-
te, compreendendo que elas propõem uma oposição
entre alunos/participantes visando à utilização das
partes do corpo. Assim, é imprescindível a discussão
sobre a realização de práticas inclusivas com res-
peito e segurança.
Competências específicas da Educação Física: 2 e 7
• Planejar e empregar estratégias para resolver
desafios e aumentar as possibilidades de apren-
dizagem das práticas corporais, além de se en-
volver no processo de ampliação do acervo cul-
tural nesse campo.
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, saber se relacionar, persistência,
autocontrole.
3. Jogo do casaco
Bom para dias de chuva, pode ser jogado em lugares
pequenos.
Traçam-se duas linhas paralelas de aproximadamen-
te cinco metros de distância.
Divide-se a turma em duas equipes, posicionando
cada equipe uma ao lado da outra, atrás da linha
marcada no chão.
Numeram-se os alunos de modo que o número 1
de uma equipe fique defronte ao número 1 da outra
equipe e assim por diante.
Faz-se um X no chão entre as duas linhas, mais ou
menos a dois metros e meio de cada linha. Sobre
este X será colocado um casaco ou pano amarra-
do de forma que pareça um bolinha. Ao comando do
 professor, que dirá um número, os alunos correspon-
dentes deverão se dirigir ao centro e tentar pegar o
casaco e levá-lo para o seu lado. Quem conseguir
ganhará um ponto para sua equipe, mas, se for to-
cado pelo adversário, o ponto será da outra equipe.
Variantes
1) Usar mais de um objeto no centro (duas bolas,
por exemplo) para que quem perder a posse de
um objeto possa pegar o outro e tentar queimar
o oponente antes de cruzar a linha final.
2) O mesmo jogo do casaco pode ser feito em
três (3) equipes, montando-se um triângulo de
giz na quadra, com distâncias iguais para todas
as equipes até o casaco, ou quatro (4) equipes,
num quadrado no centro da quadra.
A variação deve ser com mais de um objeto no
centro para se buscar e fugir. O funcionamen-
to do jogo é igual ao de duas equipes, devendo
pegar o objeto e fugir sem ser pego, pois se for
pego o ponto vai para a pessoa que o pegou.
Outra variação é colocar um objeto para buscar
e deixar uma bola ao lado. Quando uma pessoa
pega o objeto e foge, o outro pode pegar a bola
e tentar queimá-Io antes que ele cruze a linha
do seu lado. Se for queimado, quem queimou
ganha o ponto.
4. Judô
Introdução
No Colégio Objetivo, trabalhamos a modalidade de
judô com os alunos. As principais metas a serem al-
cançadas são a apresentação desse esporte e o seu
desenvolvimento na escola, tendo em vista a prática
nos aspectos físicos, morais, filosóficos e recreativos,
bem como a conscientização da cultura japonesa.
Além disso, busca-se uma educação física renovada,
com conscientização corporal, socialização, educa-
ção motora, compreensão da história do judô, jun-
tamente com a história do Japão, discernimento de
regras e da relação luta versus violência, e também
a prática de um esporte olímpico nos aspectos lúdico
e de treinamento.
No Japão, o judô é ensinado desde a primeira fase
escolar, e tem como intuito educar os alunos para
que haja uma melhor aceitação moral, bem como o
desenvolvimento físico das crianças e jovens.
As palavras do professor Jigoro Kano mostram bem
essa filosofia do judô: “Nunca te orgulhes de haver
vencido a um adversário, pois, ao vencer hoje, pode-
rás derrotar-te amanhã!".
História
Enquanto outras artes marciais usam armas, o judô
segue para a defesa pessoal sem elas.
O judô foi criado por Jigoro Kano que, por ser peque-
no e fraco por natureza, começou a praticar jiu-jitsu
aos 18 anos, a fim de desenvolver mais confiança so-
bre seu corpo e proteção, pois em sua época havia
muitas guerras e lutas entre povos.
Professor Jigoro kano
Ele aprende dois estilos diferentes de jiu-jitsu e
acrescenta a isso técnica, força e raciocínio, além
do cultivo do caráter. Fundou o Instituto Kodokan
em 1882, aos 23 anos de idade, que existe até
hoje no Japão.
O esporte foi introduzido no Brasil, por Mitsuyo
Maeda, apelidado de Conde Koma. Em 1904, ele
participou de apresentações em várias cidades
do país, mostrando técnicas de torções, defesas
de “agarrões", chaves de articulação, demonstração
com armas japonesas e desafio ao público. O suces-
so foi grande. Ele se ausenta do Brasil em 1916 e
volta em 1917.
Na mesma época, lutas eram promovidas pelo Ame-
rican Circus, com praticantes de luta livre, boxea-
dores e outras artes marciais, com premiações em
dinheiro. A família Gracie, famosa atualmente em
virtude do jiu-jitsu e de campeonatos de “vale-tu-
do", também participava do evento.
O Conde Koma volta para a Europa e, em 1922, re-
gressa como agente de imigração, trabalhando para
a Companhia Industrial Amazonense, e começa a
ensinar judô na cidade de Belém do Pará.
Daí em diante, a cultura e os ensinamentos do mestre
Jigoro Kano se enraizaram no Brasil e em 18/3/1969
foi fundada a Confederação Brasileira de Judô, sen-
do reconhecida por decreto em 1972.
Uniforme (judôgi ou quimono)
Os competidores usarão um judôgi, obedecendo às
seguintes condições:
• Robusto e feito de algodão ou outro material se-
melhante, em boas condições (sem remendos
nem rasgões). Esse material não deve ser grosso
ou espesso, de forma a evitar que o oponente faça
a “pega".
– 53
 • De cor azul para o primeiro competidor e bran- • Aplicação de uma chave de braço ou estrangula-
co ou quase branco para o segundo competidor. mento bem-sucedida (não é válido para crianças).
O casaco deve ser suficientemente comprido, de • Ganhando dois waza-ari (meio ponto).
forma a cobrir as coxas, e deverá, no mínimo, atin- Um waza-ari pode ser ganho:
gir os pulsos. • Com uma queda não tão perfeita (o oponente cai
• As calças, sem quaisquer marcas, devem ter com- apenas com uma parte das costas no chão).
primento suficiente para cobrir as pernas e deve- • Segurando o oponente com imobilização por 25
rão, no máximo, atingir a articulação do tornozelo. segundos.
• Um cinto forte de 4cm ou 5cm de largura e de cor • Quando o oponente é punido (keikoku).
correspondente à graduação deverá ser utilizado Categorias
por cima do casaco e ser suficientemente compri-
do para dar duas voltas à cintura. Masculino
• As competidoras deverão usar sob o casaco uma Pré-juvenil Juvenil Júnior
camiseta branca simples ou quase branca, com Classes (de 13 a 14 (de 15 a 16 (de 17 a 19
mangas curtas, resistente, suficientemente com- anos) anos) anos)
prida para ser usada por dentro das calças, ou um
maiô branco ou quase branco com mangas curtas. superligeiro até 36kg até 51kg até 55kg

Início do combate
Para o combate, um atleta recebe uma faixa verme- ligeiro + 36/40kg + 51/55kg + 55/60kg
lha, além da própria obi (faixa). Esse atleta recebe o
nome de aka (vermelho) e o outro, de shiro (branco). meio-leve + 40/44kg + 55/60kg + 60/66kg
Após os atletas terem se cumprimentado, o juiz grita
hajime (começar) para o início. leve + 44/48kg + 60/66kg + 66/73kg

meio-médio + 48/53kg + 66/73kg + 73/81kg

médio + 53/58kg + 73/81kg + 81/90kg

meio-
+58/64k + 81/90kg + 90/100kg
pesado
pesado +64kg +90kg +100kg

Pontos Penalidades Feminino

ippon hansoku-make Pré-juvenil Juvenil Júnior

(ponto completo) (violação grave) Classes (de 13 a 14 (de 15 a 16 (de 17 a 19
anos) anos) anos)
waza-ari (quase ippon, keikoku
meio ponto) (violação séria) superligeiro até 36kg até 40kg até 44kg
yuko (quase waza-ari,
chui (violação)
vantagem) ligeiro + 36/40kg + 40/44kg + 44/48kg
koka (quase yuko, shido
vantagem pequena) (pequena violação) meio-leve + 40/44kg + 44/48kg + 48/52kg

leve + 44/48kg + 48/52kg + 52/57kg

Objetivo
Numa luta de judô, o objetivo é marcar um ippon.
meio-médio + 48/53kg + 52/57kg + 57/63kg
Quando tal pontuação é alcançada, a luta acaba. Um
ippon pode ser conseguido pelos seguintes métodos:
• Executando-se uma queda perfeita, caracterizada médio + 53/58kg + 57/63kg + 63/70kg
por um lutador cair com as costas no chão, com
uma considerável força ou velocidade. meio-pesa-
+58/64k + 63/70kg + 70/78kg
• Manter uma imobilização por 30 segundos. do
• O oponente não consegue continuar e desiste.
pesado + 64kg + 70kg + 78kg
• O oponente é desclassificado por violar as regras.
54 –
 Contagem de pontos preta 4.o grau (yon–dan)

A – Vitória por ippon ou equivalente 10 pontos

preta 5.o grau (go–dan)

B – Vitória por waza-ari ou equivalente 7 pontos vermelha e branca 6.o grau (roku–dan)

C – Vitória por yuko ou equivalente 5 pontos vermelha e branca 7.o grau (shichi–dan)

D – Vitória por koka ou equivalente 3 pontos vermelha e branca 8.o grau (hachi–dan)

E – Vitoria por yusei-gashi ou equivalente 1 ponto vermelha 9.o grau (ku–dan)

vermelha 10.o grau (ju–dan)

Tempo de duração dos combates

Observação: as faixas usadas por judoístas do sexo

I – Classe júnior e sênior masculino e feminino terão as mesmas cores mostradas nas an-
5 minutos
feminino teriores, porém com uma faixa branca, estreita, nas
duas faces, ao longo de todo o seu comprimento.
II – Classe juvenil masculino e feminino 4 minutos
Atletas brasileiros ganhadores de medalhas em
Olimpíadas
III – Classe pré-juvenil masculino e feminino 3 minutos
• Chiaki Ishii – medalha de bronze, na categoria
peso meio-pesado, em Munique, em 1972.
Kyus (graduações inferiores) • Walter Carmona – medalha de bronze, na cate-
goria peso médio e Luís Onmura, na categoria
branca iniciantes peso leve em Los Angeles, em 1984.
• Aurélio Miguel – medalha de ouro, na categoria
peso pesado em Seoul, em 1988, e medalha de
cinza iniciantes
bronze na categoria meio-pesado em Atlanta,
1996.
azul 6.o kyu • Rogério Sampaio – medalha de ouro, na catego-
ria peso leve, em Barcelona, em 1992.
amarela 5.o kyu • Henrique Guimarães – medalha de bronze, na
categoria peso-leve, em Atlanta, em 1996.
laranja 4.o kyu • Carlos E. Honorato – medalha de prata, na ca-
tegoria peso médio e Tiago Camilo medalha de
verde 3.o kyu prata na categoria peso leve em Sidney, em
2000.
roxa 2.o kyu • Leandro Guilheiro – medalha de bronze, na cate-
goria peso leve e Flavio Canto, medalha de bron-
ze na categoria peso meio-médio em Atenas, em
marrom 1.o kyu 2004.
• Ketleyn Quadros – medalha de bronze, na cate-
goria peso leve, Leandro Guilheiro – medalha de
Dans (graduações superiores)
bronze, na categoria peso leve e Tiago Camilo,
medalha de bronze na categoria peso supermé-
preta 1.o grau (sho–dan) dio em Pequim, em 2008
• Sarah Menezes – medalha de ouro na categoria
peso ligeiro, Felipe Kitadai – medalha de bronze
preta 2. grau (ni–dan)
o
na categoria peso ligeiro, Mayra Aguiar – meda-
lha de bronze na categoria peso meio-pesado,
preta 3.o grau (san–dan) • Rafael Silva – medalha de bronze na categoria
peso pesado, em Londres, em 2012
– 55
 • Rafaela Silva – medalha de ouro na categoria Existem muitas semelhanças entre o karatê e outras
peso leve, Mayra Aguiar, medalha de bronze na lutas, especialmente o judô, como o uso do quimono,
categoria peso meio-pesado, Rafael Silva, meda- as progressões de faixas (com variações de estilo
lha de bronze na categoria peso pesado, no Rio para estilo no caso do karatê) e o espaço (dojo), pois
de Janeiro, em 2016. muitas academias usam os mesmos espaços para
as duas lutas. No karatê, diferentemente do judô, o
Conteúdo online contato físico é menor, pois os atletas não se segu-
No Portal Objetivo poderão ser encontrados vídeos ram pelas mãos, mas, em compensação, usam chu-
com os cumprimentos e golpes do judô. Basta seguir tes e socos para acertar o adversário.
o passo a passo: No karatê existem diferentes estilos, como o wado,
• Acessar o portal e fazer login no site <conteudo- shotokan e kyokushin, em que variam desde golpes
online.objetivo.br> e katas (sequências de golpes) até o estilo de lutar.
• Buscar por judô ou histórico do judô No wado, por exemplo, o contato dos golpes nas lu-
• Filtrar por: tas é menor. Já o kyokushin é mais semelhante ao
–– Grau: Ensino Fundamental boxe, pois o que se tenciona na luta é o nocaute.
–– Curso: 6.o ano Atualmente, os atletas de karatê competem em katas
–– Disciplina: Educação Física (sequências de golpes) e em kumites (lutas). Assim,
–– A seguir, clicar em módulo 01 – judô desde crianças podem participar de campeonatos,
Os conteúdos disponíveis nos vídeos são: mas somente nos katas, sendo os kumites apenas
para as categorias maiores. Nas lutas, se usam lu-
• Aquecimento de pescoço, rotação de braço e de
vas com uma pequena parte de espuma na frente e
quadril.
protetores bucais para os dentes. Na verdade, es-
• Educativo de queda: sentado e chão.
sas proteções são apenas para evitar sangramentos,
• Cumprimento com golpe ouchi-gari, o-soto-
pois o contato não é necessário em muitos estilos.
-gari,morote-seio-nague, golpetai-otosh com gol-
Basta dar um golpe e mostrar que poderia acertar
pe e imobilizando com hon-kesa-gatame.
o rosto do adversário, pois um leve toque ou nem
5. Karatê mesmo o toque é necessário para se marcar o pon-
Introdução to. Já no caso do chute, geralmente se acerta o ad-
O que é o karate (ou caratê)? Uma luta ou uma filoso- versário na região do abdômen, pois a musculatura
fia oriental? Na verdade, é um pouco de cada. pode absorver o golpe.
Dependendo do estilo do karatê, das característi-
cas da academia ou do professor, pode-se dar um
enfoque apenas na atividade física, mas um outro
professor pode usar muito da filosofia para ensinar
aspectos mentais e emocionais oferecidos por esse
esporte.
As origens do karatê moderno nos levam à cidade
de Okinawa, no Japão, onde as artes marciais sem
armas eram muito desenvolvidas. Gichin Funakoshi,
nascido em 1868, é considerado o pai do karatê, e
uma de suas filosofias trata da não violência, e diz:
"No karatê não existe atitude ofensiva".
A famosa expressão do mestre – “Karate ni sente
nashi ” – define claramente o propósito antiviolência
do karatê tradicional Veja a seguir:

"Se o adversário é inferior a ti, então por que brigar?

Se o adversário é superior a ti,
então por que brigar?
Se o adversário é igual a ti,
compreenderá
que tu compreendes... Então não haverá luta.
Honra não é orgulho,
é consciência real do que se possui."
A origem dessa técnica e de muitas outras artes mar-
ciais se deu pelo fato de que há centenas de anos foi
proibido o uso de armas para se defender e, assim,
desenvolveram-se técnicas de lutas para proteção.
56 –
Gichin Funakoshi
Gichin Funakoshi
A história do mestre Gichin Funakoshi (1868-1957)
se confunde com a própria história do karatê; por
isso, a ele é creditado o título de "pai do karatê mo-
derno", devido aos seus esforços em divulgar essa
arte para o mundo.
a) Os primeiros contatos com o karatê
Gichin Funakoshi nasceu em Shuri, Okinawa, em
1868. Depois que começou a frequentar a escola pri-
mária, onde conheceu outro garoto, filho de Yasutsu-
ne Azato, um dois maiores especialistas de Okinawa
na arte do karatê, tomou suas primeiras lições.
Na época, a prática de artes marciais era proibida em
Okinawa; então, os treinos eram realizados à noite,
no quintal da casa do mestre Azato. Lá ele aprendia
a socar, chutar e mover-se conforme os métodos
praticados.
b) O karatê começa a ser ensinado nas escolas de
Okinawa
Em 1902, um inspetor escolar da Prefeitura de
Kagoshima foi à escola de Funakoshi, em Okinawa,
onde foi feita uma demonstração. Esse inspetor escre-
veu um relatório ao Ministério da Educação elogiando
as virtudes da arte e, então, o treinamento do karatê
passou a ser oficialmente autorizado nas escolas.
c) O karatê chega ao Japão
Funakoshi fez viagens ao Japão para divulgar suas téc-
nicas, demonstradas até ao príncipe herdeiro Hirohito.
O sucesso foi imediato e até o criador do judô,
Jigoro Kano foi um dos que mais o incentivaram e
ajudaram na divulgação do karatê.
Comentários
Observamos na habilidade tratada que é importante
estimular nos alunos a formulação de estratégias de
observação e análise para resolver desafios especí-
ficos da prática realizada, além de aprender e conhe-
cer novas lutas e modalidades. Importante também
será adequar esses aprendizados e as possibilida-
des próprias e interesse dos alunos e participantes.
Ao se familiarizar com as novas lutas, modalidades
e atividades das aulas, os alunos terão possibilidade
de reconhecer algumas características técnico-táticas,
compreendendo movimentos específicos das lutas,
como, por exemplo: técnicas de imobilização e de pro-
jeção, rolamentos, estratégias, entre outras.
Observação: é importante salientar ao professor que
as modalidaes descritas nos textos anteriores, (judô e
karatê) não devem ser utilizadas como práticas de lu-
tas, mas como informações e relatos históricos sobre os
conteúdos. Ele deve se utilizar de adaptações caso te-
nha o interesse em realizar atividades com os assuntos
propostos.
Competências específicas da Educação Física: 2 e 6
• Planejar e empregar estratégias para resolver
desafios e aumentar as possibilidades de apren-
dizagem das práticas corporais, além de se en-
volver no processo de ampliação do acervo cul-
tural nesse campo.
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas cor-
porais, bem como aos sujeitos que delas partici-
pam.
Competências socioemocionais
Saber se relacionar, negociação, autocontrole,
adaptação.
6. Discussão dos alunos no mesmo contexto de
atividades
Após as aulas práticas e vivências dos alunos acerca
das lutas no mundo, podem ser levantadas questões
a respeito de sua evolução histórica, bem como suas
transformações e sua abordagem na mídia, nos ca-
nais de comunicação em geral, destacando os pontos
positivos e negativos, entre outros temas pertinentes.
Comentários
Para que os alunos analisem as características e as
transformações históricas das lutas e suas modalida-
des, precisarão conhecer e pesquisar mais detalhada-
mente seus processos de evolução, que são originados
e associados à sobrevivência, defesa pessoal, comba-
tes militares e, com o passar dos anos, se transforma-
ram em modalidades esportivas. Identificando as ori-
gens dessas lutas, deverá ser percebido e reconhecido
pelos alunos que há a transmissão de culturas, técnicas
e modelos de combates pelas gerações de lutadores e
criadores delas. E que tudo isso sofreu transformações
e adaptações, dependendo dos ambientes, de seus
participantes e de suas culturas, moldando-se até che-
garem ao que conhecemos hoje.
Com essa riqueza de informações e conhecimento,
os alunos terão condições reais de discutir transfor-
mações históricas, em alguns casos, nos processos
relacionados a mudanças de rituais para modalida-
des esportivas, além dos processos midiáticos, sem-
pre procurando entender e respeitar as culturas e
origens relacionadas ao tema.
Competências específicas da Educação Física: 6 e 7
• Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os
significados atribuídos às diferentes práticas corpo-
rais, bem como aos sujeitos que delas participam.
• Reconhecer as práticas corporais como elemen-
tos constitutivos da identidade cultural dos povos
e grupos.
Competências socioemocionais
Consciência social, flexibilidade, pensamento crítico,
adaptação.
– 57
 Unidade temática: Práticas corporais de aventura
Objeto de conhecimento: Práticas corporais de aventu-
ra na natureza
1. Slackline
Para a experimentação do slackline, será importante
variar níveis da fita (alto, baixo, longo, mais curto, fino,
‘estreito’, largo etc.). Assim, haverá mais possibilidades
de exploração dos movimentos.
2. Minimaratona adaptada
Proponha a atividade da minimaratona (realizada na ha-
bilidade EF67EF08 para 6.o e 7.o anos), porém, agora,
focando em uma corrida em espaços diferentes daquele
da quadra, onde o aluno poderá passar por obstáculos
(mantendo a segurança e integridade física de todos),
tendo que saltar, rastejar etc.
Deixe-os livres para realizar as atividades, sem fazer co-
mentários ou dar sugestões, favorecendo a autonomia.
Comentários
As atividades propostas, envolvidas na unidade temá-
tica Práticas corporais de aventura na natureza, procu-
ram explorar a experimentação corporal em espaços
naturais e são focadas nas proezas e perícias que acon-
tecem em situações de imprevisibilidade dos espaços
desafiadores que o aluno/praticante vivencia. Além des-
te primeiro contato com as novas atividades, inicia-se
uma preocupação e valorização da própria segurança
e integridade física, assim como com a dos companhei-
ros. Isso significa que o conhecimento sobre normas de
segurança deve incluir questões relacionadas ao espa-
ço. Assim, a referência às atividades da natureza é re-
levante para que os alunos entendam a importância da
conscientização e preocupação com o cuidado dessas
áreas e ambientes.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 10
• Compreender a origem da cultura corporal de mo-
vimento e seus vínculos com a organização da vida
coletiva e individual.
• Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes
brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes,
lutas e práticas corporais de aventura, valorizando
o trabalho coletivo e o protagonismo.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, consciência social, persistência,
criatividade, adaptação.
3. Estruturando as atividades com os alunos
Realizando as mesmas atividades citadas anterior-
mente na habilidade EF89EF19, mostre-as, parando,
demonstrando, discutindo e refletindo com os alunos
sobre as normas de segurança e as estratégias utili-
zadas para a realização das atividades.
Comentários
Fazer com que o aluno identifique os riscos durante a
realização de práticas corporais de aventura urbanas
e na natureza e consiga planejar estratégias para
sua superação.
Não são apenas as atividades propostas nesta habilida-
de, apesar de prazerosas e ricas em movimentos, que
58 –
trarão aos alunos a capacidade de identificar esses ris-
cos e incertezas inerentes, os quais precisam ser geren-
ciados. Mas há a necessidade de valorizar a importância
dos cuidados acerca deles, por meio de conversas,
vídeos explicativos etc.
Reconhecer esses riscos pode e deve servir de base
para discussões sobre quais modalidades serão reali-
zadas, bem como as principais ações motoras fazem
parte de sua prática. Partindo dessa análise, pode se
estabelecer com os alunos, e nos grupos coletivos que
eles convivem, medidas para superá-los, por exemplo,
utilizando equipamentos de segurança, procurando
sempre realizar as práticas com auxílio e suporte dos
colegas. Cabe ao professor organizá-las, observando
as habilidades de cada participante.
Competências específicas da Educação Física: 2 e 3
• Planejar e empregar estratégias para resolver desa-
fios e aumentar as possibilidades de aprendizagem
das práticas corporais, além de se envolver no pro-
cesso de ampliação do acervo cultural nesse campo.
• Refletir, criticamente, sobre as relações entre
a realização das práticas corporais e os pro-
cessos de saúde/doença, inclusive no contex-
to das atividades laborais.
Competências socioemocionais
Autoconsciência, autoconhecimento, colaboração,
trabalhar em conjunto, criatividade, adaptação.
4. Práticas e discussões dos alunos no mesmo
contexto de atividades
Com base nas vivências anteriores pode-se discutir com
os alunos a respeito de todos os elementos que envol-
vem as atividades, perguntando a eles quem as realiza e
onde, e de que forma se preparam fisicamente em rela-
ção à segurança e ao respeito ao meio ambiente.
Comentários
Realizar a busca pelo conhecimento de atividades di-
ferenciadas, não convencionais, bem como por infor-
mações relacionadas às práticas corporais de aventu-
ra na natureza, identificando as origens, conhecendo
as transformações históricas e, com isso, compreen-
dendo que essas manifestações apareceram, assim
como as práticas corporais urbanas, da vontade e ne-
cessidade de superar obstáculos instalados pela natu-
reza, e que resultam de modalidades novas com pos-
sibilidades diferenciadas, prazerosas e desafiadoras.
Competências específicas da Educação Física: 1 e 2
• Compreender a origem da cultura corporal de mo-
vimento e seus vínculos com a organização da vida
coletiva e individual.
• Planejar e empregar estratégias para resolver desa-
fios e aumentar as possibilidades de aprendizagem
das práticas corporais, além de se envolver no pro-
cesso de ampliação do acervo cultural nesse campo.
Competências socioemocionais
Consciência social, autoconsciência, autogerencia-
mento, colaboração, pensamento crítico, adaptação,
criatividade, assertividade.
 SUGESTÕES DE ATIVIDADES PARA TODOS OS ANOS
JOGOS DE INCLUSÃO
Pretendemos atingir os nossos objetivos através do
lúdico.
Os jogos de inclusão têm como premissa básica a par-
ticipação de todos os alunos (na medida do possível) na
aula, o tempo todo, respeitando os limites, a individualidade
e o momento de cada um.
Não existe a exclusão de alunos por falta de habilida-
de, por erro ou por má sorte.
Os esportes tradicionalmente desenvolvidos nas es-
colas devem ser adaptados para essa realidade. Exem-
plo: jogo de handebol de uma classe de 24 alunos que se
divide em dois times e todos jogam ao mesmo tempo e
durante toda a aula (não existe time de espera).
Os fundamentos esportivos são trabalhados de forma
lúdica. Por exemplo, numa queimada, os alunos podem se
defender utilizando a manchete de vôlei.
As regras nesses jogos devem ser feitas para propi-
ciar a participação de todos. Os alunos podem opinar e su-
gerir mudanças nas regras e no desenvolvimento do jogo.
Destacamos que além dos jogos de inclusão descritos
nesta seção há outros, já apresentados nas sugestões de
atividades relacionadas à BNCC. São eles:
– Jogo do casaco (página 52)
– Espião (página 12)
– Queimada boliche (página 15)
– Dodgeball cones (página 19)
– Dodgeball bandeira (página 42)
No final, sempre é reservado um momento para pro-
fessor e alunos avaliarem o jogo; todos dão o seu parecer
sobre o que pode ser mudado ou não.
1. Mata-mata individual
Os alunos posicionam-se livremente pelo espaço da
quadra. Com uma bola de voleibol deverão queimar
uns aos outros.
Para queimar, só é permitido dar três passos.
Variantes
1) Pode-se correr à vontade pela quadra.
2) Não é permitido sair do lugar para queimar.
3) Não se pode arremessar a bola duas vezes se-
guidas, para evitar que os alunos que mais parti-
cipam monopolizem o jogo.
Para salvar ou ser salvo
– Pega-se uma bola perdida.
– Alguém poderá passar a bola para o aluno queimado.
– Toca-se no aluno que está com a bola (neste caso
quem foi tocado senta-se no lugar de quem estava
queimado).
– Dois alunos queimados, sem sair do lugar, conse-
guem dar as mãos.
2. Mata-mata com duas bolas
O mesmo que o mata-mata individual, só que com
duas bolas de voleibol.
3. Mata-mata com defesa em manchete
O aluno pode fazer defesa em manchete; neste caso,
tem a posse da bola.
4. Mata-mata com defesa em manchete e ataque
com cortada ou saque por cima
Somente se pode queimar e defender desta forma.
5. Mata-mata em duplas ou trios
Nesta variante os alunos estarão em duplas ou trios,
unidos por uma meia. Não poderão se soltar, deve-
rão correr e queimar presos um no outro. Quando
um do grupo for queimado deverá sentar, mas o(s)
outro(s) poderá(ão) ficar de pé e assim se tornará
fácil pegar uma bola espirrada de algum outro grupo
e se libertarem.
6. Mata-mata com duas equipes
Divide-se a turma em duas equipes (importante esta-
rem identificadas por cores).
Material: uma bola de voleibol.
Área de jogo: toda a quadra.
Os elementos de uma equipe deverão queimar os in-
tegrantes da outra equipe.
Para se movimentar pela quadra com a bola, os alu-
nos poderão trocar passes, mas não poderão andar
com a bola na mão nem driblar.
O aluno que arremessar a bola não poderá fazê-lo no-
vamente até que outro aluno (da sua equipe ou não)
arremesse também.
Cada aluno queimado vale um ponto para a equipe
adversária.
7. Mata-mata com três equipes
Divide-se a turma em três equipes (é importante a
identificação por cores).
Material: uma bola de voleibol.
Área de jogo: toda a quadra.
Os elementos de uma equipe deverão queimar os in-
tegrantes da outra equipe.
Para se movimentar pela quadra com a bola, os alu-
nos poderão trocar passes, mas não poderão andar
com a bola na mão nem driblar.
O aluno que arremessar a bola não poderá fazê-lo
novamente até que outro aluno (da sua equipe ou
não) arremesse também.
Quando a equipe queima alguém das equipes adver-
sárias ganha um ponto e quando é queimada perde
um ponto.
Ganha a equipe que entre pontos ganhos e perdidos
ficar com mais pontos.
8. Estafeta do jogo da velha
Organização: formam-se dois times, que se posicio-
nam em duas colunas, um jogador atrás do outro.
Uma linha de largada é traçada e, a aproximadamen-
te 15 metros dela, risca-se o traçado do jogo da velha
(#). Cada equipe terá cones de uma cor, que servirão
para ocupar a casa que a equipe escolher, a fim de
formar a sequência de três cones na horizontal, verti-
cal ou diagonal, o que faz com que se ganhe o jogo.
– 59
 Desenvolvimento do jogo: ao sinal do professor,
cada equipe libera o primeiro da fila, que deve correr
até as linhas do jogo da velha, colocar um cone num
dos espaços e voltar o mais rápido possível para libe-
rar o próximo integrante da equipe, que levará outro
cone. Quem fizer a sequência de três cones primeiro
ganhará. Em caso de empate (se ninguém montar a
sequência), reinicia-se o jogo até que alguma equipe
consiga a sequência correta. A rapidez é muito im-
portante; se uma equipe ficar “pensando” onde colo-
car, a outra vai mandar muito mais integrantes, que
ocuparão os lugares vagos e farão o ponto.
9. Jogo do gruda
Dividir os participantes em dois grupos, separados
inicialmente pela linha central. Cada participante tem
um "prato" do jogo do gruda, que deve prender em
uma das mãos. O jogo consiste em efetuar passes
entre os jogadores com uma bola com ventosas (que
grudam no prato de plástico), até conseguir ultrapas-
sar a última linha da quadra, efetuando o ponto.
Local Local
para para
marcar marcar
ponto ponto
Regras
–– Quem está com a posse da bola não pode andar.
–– Caso a bola bata no prato e caia (não grude), ain-
da será do mesmo jogador.
–– O ponto é alcançado quando uma pessoa da equi-
pe consegue pegar a bola (sem deixá-la cair) de-
pois da última linha da quadra.
–– Não é permitido andar com a bola durante o jogo.
–– Não é permitido receber a bola com as mãos (a
não ser quando ela cair no chão), apenas com o
prato.
–– O início do jogo se dá com uma pessoa de cada
time, como no basquete (bola ao ar).
Variante
Caso não consiga o jogo do gruda (vendido em São
Paulo, na rua 25 de Março ou nos sites <https://www.
americanas.com.br/produto/66921604/kit-agarra-
-com-bolinha-de-succao-carros-western?> e <https://
www.americanas.com.br/busca/kit-agarra>), pode-se
adaptá-lo, cortando uma garrafa de PET de 2 litros,
usando o bocal para segurar e cortando na diagonal a
partir do meio da garrafa. Então, usa-se uma bola de
tênis, fazendo-a cair sempre dentro da “meia” garrafa.
Importante: na parte que foi cortada, passar uma
fita isolante ou similar, para prevenir acidentes, pois
a garrafa pode cortar alguém, numa disputa de bola,
por exemplo.
10. Queimada maluca
Divide-se a turma em duas equipes que obrigatoria-
mente deverão estar identificadas por cores.
60 –
Descrição da área de jogo: Vivo – é a quadra de
vôlei (cada equipe ocupa um lado da quadra).
Morto – é toda a área externa em volta da quadra
de vôlei, que é “terra de ninguém”, ou seja, nela os
alunos das duas equipes podem transitar livremente.
O jogo começa com um ou dois alunos de cada equi-
pe no morto. Eles podem queimar o vivo desde o iní-
cio do jogo (poderão retornar ao vivo quando alguém
da equipe for queimado).
O primeiro de cada equipe que for queimado vai para
o morto, onde poderá tomar a bola da outra equipe,
queimar o vivo ou simplesmente marcar o adversá-
rio para que ele não lance ou arremesse a bola. O
segundo da equipe que for queimado vai para o vivo
dentro da outra equipe, onde só poderá atrapalhar
os arremessos ou tomar a bola e passar para sua
equipe (não poderá queimar).
O terceiro da equipe a ser queimado vai para o mor-
to, o quarto vai para o vivo da outra equipe e assim
por diante.
Vence o jogo quem queimar mais elementos da outra
equipe.
Variantes
1) Usam-se duas ou três bolas.
2) Se o participante defender em manchete não é
queimado (voleibol).
3) Só se podem dar três passos antes de arremes-
sar para queimar, com impulsão (handebol).
Marcação de handebol.
4) Só se pode correr driblando com a bola (basque-
tebol). Marcação de basquetebol.
11. Queimada invertida
Dividir os participantes em dois grupos. As regras
são semelhantes às da queimada tradicional, só que
os campos (vivo e morto) são invertidos. Pensando
numa quadra de vôlei, as equipes ficam no vivo (os
não queimados), fora das linhas da quadra de vôlei,
e o coveiro ou morto fica dentro da quadra de vôlei.
À medida que as pessoas do vivo forem queimadas
passam para dentro da quadra de vôlei. Quando to-
dos de uma equipe forem queimados, o jogo acaba.
VIVO VIVO
VIVO MORTO MORTO VIVO
VIVO VIVO
Variante
Dentro do morto (coveiro), cada equipe tem o seu
lado, não se misturam os que foram queimados.
Como variação, pode haver um morto único, onde é
permitido, inclusive, roubar a bola um do outro.
12. Queimada por cima e por baixo
Local: quadra de voleibol (vivo) e o espaço no entor-
no dela (morto).
Material: duas bolas de cores diferentes, coletes co-
loridos ou algo para identificar as equipes.
Organização: dividir a classe em duas equipes e
identificar uma delas com uma cor.
Início do jogo: as equipes começam o jogo uma de
cada lado da quadra de voleibol (vivos) e designarão
um aluno para ser o morto falso (ele é falso porque
não foi queimado ainda e voltará para o vivo assim
que alguém da equipe for queimado).
Observação: o morto falso também queima.
14. Queimada do inimigo secreto (com dois alvos)
Desenvolvimento do jogo: identifica-se uma das
bolas, que só poderá ser arremessada rolando no
chão, como no boliche, e só poderá queimar o adver-
sário do joelho para baixo.
Os jogadores, para se defender, poderão pular, mas
não poderão agarrar esta bola. A bola passará e irá
para o morto. Caso a bola pare sozinha, o vivo pode
pegar a bola para recomeçar o jogo.
A outra bola só poderá queimar o jogador adversá-
rio do joelho para cima. Deve ser arremessada di-
retamente nessa parte do corpo e, em seguida, terá
que cair no chão para que o jogador seja considerado
queimado.
Quando alguém for queimado irá para o morto para
recomeçar o jogo com uma das bolas e a outra bola
ficará em posse da sua equipe, no vivo.
13. Queimada do inimigo secreto
Local: quadra de voleibol (vivo) e o espaço no entor-
no dela (morto).
Material: duas bolas, coletes coloridos ou algo para
identificar as equipes, papel, canetas, dois sacos
plásticos ou similares para colocar os papéis com os
nomes dos alunos para o sorteio do inimigo secreto.
Desenvolvimento do jogo: dividir a classe em duas
equipes e identificar uma delas com uma cor.
Distribuir um pedaço de papel para cada jogador,
onde ele deverá anotar o seu nome. Todos os papéis
com os nomes dos jogadores das equipes deverão
ser dobrados e colocados em dois saquinhos, um
para cada equipe. Cada jogador pegará um papel
com o nome de um jogador da outra equipe, que será
seu inimigo secreto, isto é, quem ele deverá queimar.
Esse papel deverá ser guardado em segredo para
ser mostrado ao professor assim que o jogador con-
seguir seu objetivo.
Início do jogo: as equipes começam o jogo uma de
cada lado da quadra de voleibol (vivos) e designarão
um aluno para ser o morto falso (ele é falso porque
não foi queimado ainda e voltará para o vivo assim
que alguém da equipe for queimado).
Observação: o morto falso também queima.
Pontuação: quando o jogador acertar seu alvo, ou
seja, seu inimigo secreto, sua equipe ganha cinco pon-
tos e o jogador queimado vai para o morto. Se o aluno
acertar qualquer outro aluno, sua equipe só ganha um
ponto e o jogador atingido não vai para o morto. Ven-
ce o jogo quem obtiver mais pontos no final da partida
(final da aula) ou acertar todos os seus alvos primeiro.
Ajuste para jogos em que o número de alunos por
equipe não é igual: se uma equipe tiver um jogador
a menos, o professor escolherá um aluno para ser
queimado duas vezes e colocará dois papéis com o
nome deste jogador no saco para sorteio. Este aluno
só irá para o morto quando for queimado pela segun-
da vez. Além disto, o professor também escolherá
outro aluno desta mesma equipe para ficar com dois
papéis, ou seja, será responsável por queimar dois
inimigos secretos.
Local: quadra de voleibol (vivo) e o espaço no entor-
no dela (morto).
Material: duas bolas, coletes coloridos ou algo para
identificar as equipes, papel, canetas, dois sacos ou
similares para colocar os papéis com os nomes dos
alunos para o sorteio do inimigo secreto.
Preparação: dividir a classe em duas equipes e
identificar uma delas com uma cor.
Distribuir dois pedaços de papel para cada jogador,
nos quais ele deverá anotar o seu nome.
Todos os papéis com os nomes dos jogadores das
equipes deverão ser dobrados e colocados em dois
saquinhos, um para cada equipe. Cada jogador pe-
gará dois papéis com nomes de jogadores da outra
equipe, que serão seus inimigos secretos, isto é, seus
alvos para queimar. Estes papéis deverão ser guarda-
dos em segredo para serem mostrados ao professor
assim que o jogador conseguir seu objetivo.
Início do jogo: as equipes começam o jogo, uma de
cada lado da quadra de voleibol (vivos), e designarão
um aluno para ser o morto falso (ele é falso porque
não foi queimado ainda e voltará para o vivo assim
que alguém da equipe for queimado).
Observação: o morto falso também queima.
Pontuação: quando o jogador acertar um dos seus
alvos, ou seja, um dos seus inimigos secretos, sua
equipe ganha um ponto. O inimigo queimado vai
para o morto e voltará para o vivo assim que outro de
sua equipe for queimado, mas quando for queimado
pela segunda vez não voltará mais para o vivo.
Nesta variação somente podem ser queimados os
inimigos secretos do jogador. Se a bola acertar outro
participante, o jogo continua sem que sejam marca-
dos pontos e ninguém vai para o morto.
Vence o jogo quem obtiver mais pontos no final da par-
tida (final da aula) ou acertar todos seus alvos primeiro.
Ajuste para jogos em que o número de alunos por
equipe não é igual: se uma equipe tiver um jogador
a menos, o professor escolherá um aluno para ser
queimado mais duas vezes e serão colocados mais
dois papéis com o nome deste jogador no saco para
sorteio. Este aluno só irá para o morto definitivamen-
te quando for queimado pela quarta vez.
Além disso, o professor também escolherá outros
dois alunos desta mesma equipe para ficar com três
papéis (três inimigos secretos) cada um.
– 61
15. Queimada da garrafa ou do conezinho
Dividir o grupo em duas equipes, separadas pela
linha central da quadra de vôlei. Cada equipe ocupa
sua metade do campo, e cada integrante tem uma
garrafa (de PET, de 2 litros ou cone de 20 cm) que
deve proteger de ser queimada pelo time adversá-
rio. Para isso, deve ficar à frente da garrafa, mas
evitando segurá-la com os pés ou joelhos. Antes
do início do jogo, é dado um minuto para que cada
participante escolha o local de sua garrafa, o qual
não poderá mais ser trocado. A garrafa deve ter um
peso dentro (um pouco de areia ou água) para não
tombar muito fácil, pois se cair, mesmo por acidente,
estará queimada. O elemento cuja garrafa tiver sido
queimada pela equipe adversária irá para o cemité-
rio (coveiro) e dali também poderá queimar as dos
adversários, como na queimada tradicional. Não se
queimam as pessoas, mas sim as garrafas.
Variantes
1) Para evitar que o jogo fique monótono, usar de
duas a três bolas.
2) Em vez de garrafas, usar cones grandes ou pe-
quenos, ou outros objetos similares.
3) Usar uma marcação em círculo em torno das
garrafas (50 cm aproximadamente), feita com giz
ou um aro (bambolê), para evitar que os jogado-
res segurem a garrafa.
16. Queimada do anjo da guarda
As crianças são divididas em duas equipes e nume-
radas. Serão utilizadas duas bolas. Duas crianças
(as últimas), uma de cada equipe, iniciarão o jogo
no morto (cemitério), podendo queimar. Os membros
de cada equipe deverão queimar determinada crian-
ça da equipe adversária (pela ordem numérica), que
estará com uma identificação diferente, e os compa-
nheiros poderão formar barreiras para protegê-la.
Assim que a criança que está sendo protegida for
queimada, ela passa a identificação para o próximo
elemento da equipe (pela ordem numérica) que de-
verá ser protegido e vai para o morto.
Final: quando a criança que iniciou no morto (último
número) for queimada.
Observações
–– As crianças que formam a barreira não poderão
cercar (como um sanduíche) a criança que estão
protegendo.
–– Para facilitar a visualização, poderá ser colocado
colete nas crianças a serem queimadas.
Variantes
1) As crianças poderão defender-se em manchete.
2) Iniciar o jogo com mais de uma criança de cada
equipe no morto.
3) Poderão ser usadas mais bolas (quatro).
5) Poderá ser invertida a ordem das crianças a se-
rem queimadas (da última para a primeira).
62 –
17. Queimada Vênus
Local: quadra de voleibol (vivo) e o espaço no entor-
no dela (morto).
Material: duas bolas de cores diferentes, coletes co-
loridos ou algo para identificar as equipes.
Organização: dividir a classe em duas equipes e
identificar uma delas com uma cor.
Início do jogo: as equipes começam o jogo uma de
cada lado da quadra de voleibol (vivos) e designarão
um aluno para ser o morto falso (ele é falso porque
não foi queimado ainda e voltará para o vivo assim
que alguém da equipe for queimado).
Observação: o morto falso também queima.
Desenvolvimento do jogo: escolher uma das bo-
las, se possível de cor rosa, que somente as meninas
poderão usar para queimar os jogadores da outra
equipe, tanto os do sexo feminino como os do sexo
masculino. Para queimar, a bola deverá bater direto
no jogador e depois cair no chão. Se a bola for agar-
rada, o jogador não será considerado queimado.
A outra bola do jogo, que pode ser da cor azul, so-
mente os meninos poderão usar para queimar os jo-
gadores da outra equipe, tanto os do sexo feminino
como os do sexo masculino. Para queimar diferen-
temente das meninas, a bola deverá quicar no chão
antes de bater em um jogador e depois cair no chão.
Se a bola for agarrada, o jogador não será conside-
rado queimado.
Quando alguém for queimado irá para o morto para
recomeçar o jogo com uma das bolas. A outra bola
ficará com a sua equipe, no vivo.
18. Queimada dos migrantes
A B C
Utilizando a quadra de vôlei, dividi-Ia em três (3)
partes iguais. Cada equipe, num espaço (A, B, C),
pode queimar qualquer pessoa de outra equipe, sen-
do que se for queimada irá para o morto (cemitério,
coveiro). Homem só queimará homem e mulher só
queimará mulher. Pode-se começar com um morto
de cada equipe, sendo que este tem o direito de vol-
tar, por não ter sido queimado ainda.
Cada vez que uma pessoa é queimada, ocorre um
rodízio nos locais do vivo, isto é, o time A vai para o
local do B; o B vai para o local do C; e o C vai para
o A. Esse rodízio acontece a cada pessoa queima-
da. Caso uma equipe inteira seja queimada, o jogo
ainda continua, pois é necessário queimar ainda a
outra equipe para verificar quem ficará em 1.o, 2.o e
3.o lugares. Só que o espaço deixado pela equipe
inteira queimada poderá ser utilizada pelo morto ou
coveiros. O jogo termina quando duas equipes forem
inteiramente queimadas, ou a critério do professor.
19. Queimada da batalha naval
Execução: dividir a turma em duas equipes que obri-
gatoriamente deverão estar identificadas por cores.
Descrição da área de jogo
Vivo – é a quadra de vôlei onde cada equipe ocupa
um lado.
Morto – é toda a área externa em volta da quadra
de vôlei, que é “terra de ninguém”, ou seja, os alu-
nos das duas equipes podem transitar livremente.
Entregar a cada equipe uma ficha, que deverá ser pre-
enchida e devolvida ao professor, o único que saberá os
nomes dos componentes do time correspondentes às
peças do jogo da batalha naval, de acordo com a tabela:
Peça Quantidade de alunos
1 cruzador
1 hidroavião
1 destróier
4 submarinos
8 águas
1 mina
Exemplo: quando uma das equipes conseguir queimar
um dos alunos da outra equipe que faz parte do cruza-
dor, os outros três alunos vão para o morto também. Ou
seja, afundou o cruzador e assim por diante. Quando
queimar um dos alunos do hidroavião, os outros dois
também irão para o morto.
Mas quando a equipe queimar a mina, quem arremes-
sou também será considerado queimado, ou seja, se for
um aluno cruzador, destróier, hidrovião, submarino ou
água vai para o morto junto com a mina.
Vence a equipe que afundar toda a esquadra da equipe
adversária, mesmo que sobrem algumas águas ou mina.
FICHA DA QUEIMADA DA BATALHA NAVAL
CRUZADOR
HIDROAVIÃO
SUBMARINO
ÁGUA
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
ção dos jogos.
20. Queimada do xadrez
Execução: dividir a turma em duas equipes que obri-
gatoriamente deverão estar identificadas por cores.
Descrição da área de jogo
Vivo – é a quadra de vôlei onde cada equipe ocupa
um lado da quadra.
Morto – é toda a área externa em volta da quadra de
vôlei, que é “terra de ninguém”, ou seja, os alunos
das duas equipes podem transitar livremente.
Entregar a cada equipe uma ficha, que deverá ser pre-
enchida e devolvida ao professor, o único que saberá
os nomes dos componentes do time correspondentes
às peças do jogo de xadrez, de acordo com a tabela:
Quantidade Pontos
Peça
4 de alunos por aluno
3 Peão 8 1
2 Bispo 2 2
1 Cavalo 2 3
1 Torre 2 4
1 Rainha 1 5
Rei 1 10
Exemplo: quando uma das equipes conseguir quei-
mar um dos alunos da outra que representa a torre,
a equipe ganha quatro pontos e este aluno vai para o
morto. Se queimar o aluno que representa o peão a
equipe ganha um ponto, e assim por diante. Quando
a equipe atingir 25 pontos ganha o jogo.
Observação: se na classe houver menos de 32 alu-
nos, coloque menos peões e se tiver mais, coloque
mais bispo, torre ou cavalo.
FICHA DA QUEIMADA DE XADREZ
Peão – vale 1 ponto
DESTRÓIER 1. ______________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________
3. ______________________________________________________________________________
4. ______________________________________________________________________________
5. ______________________________________________________________________________
MINA
6. ______________________________________________________________________________
7. ______________________________________________________________________________
8. ______________________________________________________________________________
Bispo – vale 2 pontos
1. ______________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________
Torre – vale 4 pontos
1. ______________________________________________________________________________
2. ______________________________________________________________________________
Rainha – vale 5 pontos
1. ______________________________________________________________________________
Rei – vale 10 pontos
1. ______________________________________________________________________________
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
ção dos jogos.
– 63
21. Dodgeball gol
Local: quadra poliesportiva.
Material: 4 bolas de queimada, coletes/jalecos de
2 cores para identificar as equipes, 4 coletes/jale-
cos de cores diferentes para identificar os prote-
tores (2 para cada equipe) e 2 traves de futsal ou
handebol (1 de cada lado).
     Local em que ficarão os alunos que forem queimados.
Desenvolvimento do jogo
–– Cada equipe deverá se posicionar em uma extre-
midade da quadra.
–– Cada equipe deverá eleger 2 goleiros, que deve-
rão usar um colete/jaleco de cor diferente para
que fiquem visíveis para a equipe adversária. Eles
podem proteger a equipe defendendo as bolas
arremessadas pela equipe adversária e não são
queimados/eliminados. Também podem arremes-
sar, tanto para fazer gol como para queimar.
–– 4 bolas deverão estar espalhadas ao longo da li-
nha central (ou duas para cada equipe).
–– Ao sinal do professor, os alunos correm para pe-
gar a bola e devem voltar à linha dos 3 metros do
voleibol para iniciar seus arremessos.
–– Quando um aluno for queimado, deverá ficar na
lateral da quadra, no local indicado.
–– Quando um aluno consegue pegar no ar a bola ar-
remessada pela outra equipe traz de volta para o
jogo todos os seus companheiros de equipe, além
de eliminar aquele que arremessou a bola (se um
goleiro pegar uma bola no ar, ele não salva sua
equipe, bem como não elimina o jogador que a
arremessou).
–– Caso a equipe marque um gol trará de volta para o
jogo todos os seus companheiros de equipe, além
de eliminar aquele aluno que arremessou a bola.
–– Caso não tenha nenhum de seus jogadores elimi-
nados e marque um gol terá o direito de escolher e
eliminar um jogador da equipe adversária.
–– Cada rodada terá 5 minutos.
Final do jogo
–– Quando uma das equipes elimina a totalidade da
outra vence uma rodada, ganhando 1 ponto.
–– Quando o tempo acaba, verifica-se qual é a equi-
pe com maior número de integrantes no campo, e
esta ganhará 1 ponto.
64 –
22. Queimada D’Artagnan e os três mosqueteiros
Local: quadra poliesportiva dividida em 4 espaços.
Material: 2 bolas de queimada e coletes/jalecos de
4 cores diferentes.
Desenvolvimento do jogo
–– Duas bolas jogadas ao alto no início do jogo.
–– Quatro equipes, uma em cada quarto da quadra
de vôlei.
–– Cada equipe deverá eleger um protegido (rei ou
rainha), que deverá estar no campo vivo e usar
um colete/jaleco de cor diferente para que fique
identificado e visível para as equipes adversárias.
Se o rei (ou a rainha) for queimado(a), a equi-
pe que arremessou a bola ganha 2 pontos e
a equipe que permitiu que queimassem o rei
(ou a rainha) perde 1 ponto. O aluno então irá
para o morto e será escolhido outro para ser o rei
(ou a rainha). Todas as equipes farão um rodízio
nos campos da quadra. O rei (ou a rainha) tam-
bém pode arremessar para queimar. No reinício,
as duas bolas serão da equipe que foi queimada,
uma para os alunos do vivo e outra para os do
morto.
–– Cada equipe deverá eleger quatro protetores
(3 mosqueteiros e o D'Artagnan), que também
deverão estar no campo vivo e não podem ser
queimados, pois são protetores. Assim, as bolas
que baterem neles não os eliminam.
–– Todos os outros alunos, com o colete de identifi-
cação de sua equipe, que não forem o rei nem a
rainha deverão estar no campo morto, do lado
de fora da quadra de vôlei. Eles também podem
arremessar para queimar.
–– Caso nenhum rei (ou rainha) seja queimado em
5 minutos, deverá ser feito um rodízio nas qua-
dras do vivo.
–– No campo morto, não existe divisão entre as
equipes, já que todos os alunos das quatro equi-
pes podem ocupar qualquer espaço.
Final do jogo
A equipe que tiver mais pontos, quando acabar a
aula, será declarada vencedora.
23. Dodgeball química
Local: quadra poliesportiva.
Material: 2 bolas de queimada, coletes de 2 cores dife-
rentes, cones adesivados com os elementos químicos.
Cada equipe deverá ter os seguintes elementos/co-
nes adesivados:
• 3 elementos de oxigênio “O”
• 2 elementos de nitrogênio “N”
• 4 elementos de hidrogênio “H”
• 2 elementos de carbono “C”
Sugestões de substâncias a serem solicitadas pelo
professor: água, oxigênio e nitrogênio.
Desenvolvimento do jogo
– Cada equipe, uma em cada lado da quadra, co-
meça com uma bola.
– Nenhum aluno fica dentro de sua “área do gol
do futsal”, que deve estar livre para o adversário
(como o pique-bandeira).
– Quando um aluno for queimado deverá ficar na
lateral da quadra, no local indicado. Os jogadores
podem ser queimados no seu campo, ou no cam-
po adversário.
– Quando um aluno consegue pegar uma bola no
ar arremessada pela equipe adversária, ele traz
de volta para o jogo os seus companheiros de
equipe, além de eliminar aquele que arremessou
a bola.
– Os alunos poderão invadir o campo adversário
para entrar na área e pegar o(s) cone(s)/elemento.
GRANDES JOGOS
Os grandes jogos têm como característica principal
a participação de todos os alunos, que obrigatoriamente
passam por todas as etapas do jogo.
Destacamos que além dos grandes jogos descritos
nesta seção há outros, já apresentados nas sugestões de
atividades relacionadas à BNCC. São eles:
– Base 4 (página 39)
– Futebase retrô (página 43)
– Futebase master 7 pontos (página 44)
– Tomba latas ou derruba cones (página 41)
– Derruba cones master (página 42)
– Beisebol (página 23)
– Corredorzinho e corredorzão (página 14)
– Jogo War – pique bolinha master (página 42)
– Quando um aluno chegar à área adversária pode-
rá levar somente um conezinho por vez.
– Quando um aluno está na quadra adversária pode
ser pego/congelado pelo adversário, mas ele não
pode ser queimado quando está congelado, e so-
mente poderá voltar a jogar quando um compa-
nheiro de equipe o tocar, salvando-o. Caso seja
pego levando um conezinho, este voltará para a
área adversária.
– O aluno que for queimado, e estiver em seu cam-
po com um conezinho, será eliminado, porém o
conezinho irá para sua área.
– Se a bola passar ou ficar parada na área adver-
sária e houver um adversário lá, ele poderá arre-
messá-la para sua equipe, mas daquele local não
poderá queimar. Essa bola recuperada não poderá
salvar sua equipe.
– Haverá uma área específica próxima ao professor,
onde as moléculas serão montadas/organizadas.
– Se a equipe conquistar e levar um elemento erra-
do perde um elemento correto.
– Cada rodada terá 5 minutos.
Final do jogo
Quando uma das equipes conseguir formar a molé-
cula solicitada pelo professor.
Caso o tempo acabe, a equipe que chegou mais pró-
ximo da molécula solicitada será a vencedora.
1. Dodgeball
Local: quadra poliesportiva.
Material: 4 bolas de queimada.
Local em que ficarão os alunos que foram queimados.
– 65
 Desenvolvimento do jogo
–– Duas equipes, uma em cada extremidade da quadra.
–– 4 bolas de queimada, sendo duas para cada lado.
–– Ao sinal do professor, os alunos podem iniciar
seus arremessos.
–– Quando um aluno for queimado deverá ficar na
lateral da quadra, no local indicado.
–– Quando um aluno consegue pegar a bola no ar,
arremessada pela outra equipe, traz de volta para
o jogo todos os seus companheiros de equipe,
além de queimar/eliminar aquele aluno que arre-
messou a bola.
Variações
–– Deixar somente as meninas arremessando por
um período.
–– Deixar que os alunos invadam o campo adversá-
rio até a linha dos 3 metros do voleibol.
–– Pedir que as equipes troquem o lado de quadra.
Final do jogo
–– Para que o jogo fique dinâmico, realize rodadas
de 3 ou 4 minutos, assim os alunos queimados
e eliminados não ficarão fora do jogo por muito
tempo.
–– Quando uma das equipes eliminar toda a outra
vence uma rodada.
–– Quando a aula acabar, verificam-se quantos joga-
dores cada equipe ainda tem.
2. Taco
1 1 1 1
Divide-se a turma em 3 equipes (importante separá-
-las por cor, neste caso: vermelha, azul e verde). No
início do jogo representado acima, a vermelha está
arremessando a bola de trás das “casinhas”; a azul
está rebatendo (com os tacos) e tentando pontuar. A
verde está espalhada pela quadra, ajudando a equi-
pe vermelha a pegar a bola.
Além de dividir a sala em 3 equipes, deve-se subdivi-
di-las em duplas e numerá-las.
Utilizar uma bola de tênis ou de taco, dois tacos de
madeira, duas “casinhas”, que podem ser confeccio-
nadas com algum material que fique em pé, porém
tombe quando tocado pela bola, como latas etc.
66 –
Colocam-se as casinhas em círculos desenhados
com giz nas extremidades da quadra de voleibol,
aproximadamente a uns 18 metros de distância. Ou-
tra sugestão é utilizar o círculo do “garrafão” do bas-
quetebol. Delimite um corredor (com cones) onde os
rebatedores possam correr para a troca das bases.
Esse corredor não pode ser invadido, a não ser que
a bola esteja dentro dele. Adapte para seu espaço e
seu grupo de alunos.
Desenvolvimento do jogo
–– Uma das equipes arremessará a bola, na ordem,
com sua dupla (neste caso a vermelha), tentando
derrubar a casinha. Os outros integrantes desta
equipe estão espalhados ao redor da quadra, ten-
tando pegar a bola rapidamente para que derru-
bem a casinha.
–– A outra equipe rebaterá a bola para longe, tentando
assim realizar a troca de lado de seus integrantes
(neste caso a azul).
–– A outra equipe (que não está arremessando nes-
te momento) ficará ao lado da quadra ajudando a
equipe que arremessa a pegar a bola rapidamente
para derrubar a casinha (neste caso a verde).
A dupla que está rebatendo terá pelo menos 4 arre-
messos (dois para cada lado) válidos para tentar re-
bater. Rebatendo a bola ou não, deverá, obrigatoria-
mente, trocar de lado pelo menos duas vezes, ou seja,
cada jogador desta dupla terminará sua passagem
pelo taco no mesmo local em que começou, mesmo
que não consiga rebater a bola. Essa troca se torna
obrigatória, pois alguns alunos “preferem” apenas pas-
sar pelo taco sem se comprometer em rebater, porém
com esta regra definida, eles deverão tentar rebater,
sabendo que terão a obrigatoriedade da troca de lado
e que sem rebater a bola para “longe”, será muito mais
difícil trocar de lado sem que derrubem sua casinha.
A equipe recebe 1 ponto quando rebate a bola e per-
cebe que consegue trocar de lado com seu compa-
nheiro (dupla) e o faz.
Obs.: para a segurança dos alunos, não se deve ba-
ter o taco no meio do caminho da troca, diferente-
mente das regras originais do taco.
Se a bola for pega no ar pelas equipes que estão ao
redor da quadra, as duas equipes recebem pontos (1
ponto para cada uma).
Se a “casinha” for derrubada por membros das equi-
pes que estão ao redor da quadra ou até mesmo pe-
los rebatedores, mesmo sem querer, as duas equi-
pes que estão ao redor da quadra recebem 1 ponto
cada uma.
Após todos os alunos (duplas) da primeira equipe
(azul) terem realizado suas rebatidas, troca-se a
equipe; aquela que arremessou rebaterá (vermelha)
e aquela que estava espalhada pela quadra (verde)
agora arremessará. Neste novo momento, as equi-
pes azul e verde estarão unidas.
Final do jogo
Organize o tempo para que todos os alunos passem
pelo taco, assim o final do jogo fica por conta do tem-
po de aula.
 JOGOS MULTIDISCIPLINARES

Destacamos que além dos jogos multidisciplinares
descritos nesta seção há outros, já apresentados nas su-
gestões de atividades relacionadas à BNCC. São eles:
– Queimada do Sistema Solar (página 12)
– Queimada "ataque dos hackers" (página 13)
1. Pontos cardeais
Local: quadra poliesportiva (quadra de voleibol).
Material: 8 cones e placas com os nomes dos pontos
cardeais e colaterais.
N 360o/0o
• 8 participantes da equipe devem sentar (um em
cada) nos pontos cardeais;
• Criar variações envolvendo número de partici-
pantes, pontos específicos.
Nas tarefas, a equipe ou participante que sentar pri-
meiro no ponto solicitado ganha.
2. Graus
Local: quadra poliesportiva (quadra de voleibol).
Material: 8 cones.

45
o
315
o
NO NE
Equipe verde
Equipe verde

270o 90
o

O L
225
o
135
o

Equipe azul

SO SE 180o

180o

135
o
225
o
Desenvolvimento do jogo: duas equipes, sentadas
na linha de três metros do voleibol. Uma ficará sen-
tada de frente para o lado NORTE e outra, para o
90
o
SUL. Um cone é colocado em cada ponto cardeal 270o
Equipe azul
e em seus colaterais, com uma placa em cada um
para indicar os nomes dos pontos. Cada equipe de- 45o 315o
verá correr até seu ponto principal (NORTE ou SUL)
e executar a tarefa pedida, como, por exemplo:
360o/0o
• Equipe inteira vai ao ponto principal e senta em
um dos pontos cardeais; Observação: estas quadras estão juntas – sobre-
• Equipe inteira vai ao ponto principal e senta em postas, apenas mostradas em dois desenhos para
um dos pontos colaterais; visualizar que as equipes têm pontos e movimenta-
• 4 participantes da equipe devem sentar (um em ção diferenciados num mesmo espaço. As equipes
cada) nos pontos cardeias; jogam simultaneamente na mesma quadra.
• 4 participantes da equipe devem sentar (um em Desenvolvimento do jogo: duas equipes, sentadas
cada) nos pontos colaterais; na linha de três metros do voleibol. Uma ficará sen-
• 8 participantes da equipe devem sentar (um em tada voltada para um lado da quadra e a outra, para
cada) nos pontos colaterais; o lado oposto.
– 67
 Um cone é colocado no ponto 0o (zero) de cada equi-
pe e, outros cones, colocados em cada 45 graus.
Cada equipe deverá correr até seu ponto zero e se
deslocar sempre à direita, executando a quantidade
de graus solicitados, como, por exemplo:
• A equipe inteira vai a 45 graus.
• A equipe inteira vai a 180 graus.
• Três participantes vão a 360 graus.
• Oito participantes vão a 405 graus (uma volta
completa, 360 graus) + 45 graus.
• Criar variações envolvendo número de partici-
pantes e posição específicos.
Nas tarefas, a equipe ou participante que sentar pri-
meiro no ponto solicitado ganha.
3. Cadeia alimentar
Local: quadra de esportes.
Material: uma bola de queimada e três jogos de co-
letes (o número de coletes deve ser maior que o nú-
mero de alunos da equipe, ou seja, deverá sobrar
aproximadamente de cinco a seis coletes por cor).
Execução: dividir a turma em três equipes, identifi-
cadas por cor.
Haverá três montinhos de coletes das cores usadas
pelas equipes num canto da quadra.
Desenvolvimento do jogo: será usada toda a qua-
dra sem marcação do chão.
Uma equipe será predadora de outra e será predada
por uma 3.a.
Exemplo: a equipe amarela se alimenta da equipe
verde, que se alimenta da equipe vermelha, que por
sua vez, se alimenta da amarela.
amarela
vermelha verde
Início do jogo
O professor joga a bola para cima e o aluno que
pegá-la não poderá se locomover com ela, mas de-
verá passá-la para um companheiro da sua equipe
68 –
ou arremessá-la para queimar um aluno da equipe
que será a presa da sua. Quando o aluno da equipe
que for seu alimento for queimado, este deverá ir em
direção ao montinho de coletes e trocar pela cor da
equipe que o queimou, ou seja, ele passará a ser
membro desta equipe.
As equipes devem sempre tentar queimar (alimen-
tar-se) da equipe que é sua presa e fugir da outra,
que é sua predadora.
Observação: não se deve queimar todos os elemen-
to da equipe que é sua presa porque a equipe cresce-
rá muito e ficará sem alimento. Em alguns casos ela
deve ajudar esta equipe a aumentar seus membros
passando a bola para que ela queime sua presa.
4. Queimada do castelo – primeira fase
O castelo: quatro torres, duas muralhas, uma ponte
levadiça.
Execução: sete alunos assumirão essas partes do
castelo. Se todos forem queimados o jogo terminará.
Defensores: de dois a cinco cavaleiros.
Os alunos que serão nomeados cavaleiros estarão
de colete diferente, para diferenciá-los dos demais,
pois eles defenderão todos no vivo e não poderão
ser queimados (somente serão queimados pelos ar-
queiros que estarão no morto, começam no morto e
são revelados no início do jogo).
Quando os cavaleiros são queimados pelos arquei-
ros, estes vão para o calabouço, uma prisão no outro
castelo (vivo da outra equipe), que será feita com um
bambolê para cada prisioneiro.
Salvo-conduto
Para que o cavaleiro volte para o seu vivo (caste-
lo) a equipe deverá queimar a torre ou queimar o
salvo-conduto.
O salvo-conduto é um aluno que poderá ser quei-
mado toda vez que um cavaleiro for pego pelo ar-
queiro. Ele poderá ser queimado no vivo ou no morto.
No vivo poderá ser queimado a qualquer momento,
pois não está identificado.
No morto, já identificado como salvo-conduto, os jo-
gadores não poderão correr atrás dele com a bola na
mão. Para queimá-lo, os jogadores terão que passar
a bola até atingi-lo, já os jogadores que estão no vivo
podem se deslocar livremente dentro do vivo e tentar
queimar o salvo conduto. Quando o salvo-conduto é
queimado, o cavaleiro da outra equipe, que está pre-
so, volta para sua equipe, e a bola fica em posse do
salvo conduto, recomeçando o jogo.
Servos: Fazem parte do castelo, mas não têm fun-
ção específica nesta fase.
 FICHA DA QUEIMADA DO CASTELO
TORRES
MURALHAS PONTE LEVADIÇA
CAVALEIROS
ARQUEIROS SALVO-CONDUTO
SERVOS
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
ção dos jogos.
5. Queimada da Segunda Guerra Mundial
Breve história da Segunda Guerra para introdução
do jogo
A Alemanha anexou a Áustria em 1938 (Hitler era
austríaco) e, em seguida, alegou que na região dos
Sudetos (fronteira com a Tchecoslováquia) havia
muitos alemães e deveria ser anexada também.
Com medo de deflagrar uma guerra, a França e a
Inglaterra concordaram em ceder os Sudetos aos
alemães na Conferência de Munique. Com a região
dos Sudetos nas mãos, a Alemanha acabou toman-
do toda a Tchecoslováquia sem disparar nenhum tiro.
Em 1o. de setembro de 1939 (início da Segunda
Guerra), a Alemanha invadiu a Polônia, quase des-
truindo o país.
A Polônia foi derrotada em um mês e dividida com a
Rússia, que atacou pelo oeste.
Em abril, de 1940, a Alemanha invadiu a Dinamarca
e a Noruega e em seguida a Bélgica, Holanda, Lu-
xemburgo e França, em maio.
Em abril de 1941, a Alemanha invadiu a Iugoslávia,
a Grécia e a Ilha de Creta (tomada principalmente
pelos paraquedistas alemães).
Em junho, ainda em 1941, a Alemanha rompe acordo
com os soviéticos e invade a Rússia.
Mas a Rússia jamais foi tomada e um dos motivos
foi seu rigoroso inverno, que naquele ano chegou a
atingir os 41 graus negativos.
Durante toda a guerra, havia os valorosos homens e
mulheres da Resistência dos países ocupados que
lutaram contra os alemães de uma forma clandestina.
No dia 6 de junho de 1944 (DIA D), os aliados inva-
diram a França pela Normandia. Este foi o retorno
dos aliados à França ocupada.
Os ingleses decifraram a máquina enigma (máqui-
na de código alemã), o que contribuiu muito para a
vitória na Segunda Guerra.
(Texto do professor Giorgio Falco)
Local do jogo: quadra de voleibol e área livre em
volta dela.
Material: 2 jogos de coletes, um cone de 20 cm e um
bambolê para cada aluno, 2 bolas de queimada, 2
pranchetas e 2 súmulas do jogo.
Organização do jogo: dividir a turma em 2 equipes,
que devem estar identificadas pelos coletes diferentes.
Entregar uma prancheta para cada equipe com a
AZEITE QUENTE
súmula do jogo. Os alunos preenchem a súmula e
devolvem-na sem que a outra equipe saiba as infor-
mações nela contidas. Os alunos deverão posicio-
nar o cone dentro do bambolê (o bambolê delimita
a proximidade do aluno em relação ao cone) em um
lugar dentro do seu campo. Além disso, devem es-
crever com giz as iniciais de seu nome ou o nome
completo dentro do espaço do bambolê. Cada aluno
pode se afastar do seu cone, desde que este esteja
definido como sua “propriedade”, para que não haja
dúvidas no momento da queda do cone de quem
era seu “dono”.
O vivo será a quadra de voleibol e o cemitério é o
entorno dela, livre para as duas equipes.
Elementos do jogo: é elaborado para ser jogado
por 42 participantes, 21 em cada equipe.
– – Há 12 países e cada um deles tem uma pon-
tuação específica.
–– Há ainda:
• 3 máquinas de código enigma, com o valor de
5 pontos cada uma. Quando uma delas for der-
rubada, este jogador deve passar qualquer in-
formação solicitada para a equipe adversária.
Exemplos: quem é um dos alunos/cone que
gera pontos negativos, ou quem é o aluno/cone
proprietário da Conferência de Munique.
• 2 elementos que, se conquistados, levam um
país para o cemitério consigo e valem 5 pontos:
a Conferência de Munique, que leva a Tchecos-
lováquia para o cemitério e os Paraquedistas
Alemães, que correspondem a apenas um ele-
mento, apesar do plural, e que leva a Ilha de
Creta para o cemitério.
• 3 elementos que, se derrubados, geram 10
pontos negativos cada um para o adversário: o
Inverno Russo, a Resistência dos Países Ocu-
pados e O Dia D.
– 69
 O jogo: quando o cone é derrubado, o jogo é inter-
rompido e verifica-se qual é a personagem daquele
cone/aluno. Em seguida, creditam-se os pontos res-
pectivos daquela personagem para a equipe adver-
sária, com exceção das bombas de fumaça. Após a
verificação e o crédito dos pontos, retiram-se o cone
e o bambolê da área de jogo e o aluno vai para o
cemitério com a posse de bola. Vence a equipe que
somar 100 pontos.
FICHA DA QUEIMADA DA 2.a GUERRA MUNDIAL
ÁUSTRIA TCHECOSLOVÁQUIA POLÔNIA
5 PONTOS 5 PONTOS 20 PONTOS
Organização do jogo: a turma será dividida em 2
equipes, que devem estar identificadas com coletes
diferentes. Cada equipe será dividida em 3 grupos.
Por exemplo, uma equipe de 15 alunos será dividida
em 3 grupos de 5 alunos cada um. Um desses grupos
ficará no cemitério e os outros 2 grupos começam o
jogo no vivo. O jogo será dividido em 3 tempos de 10
minutos cada um, aproximadamente. A cada tempo,
um grupo irá para o cemitério. Cada cone deverá es-
tar dentro de um bambolê. Eles serão posicionados
DINAMARCA NORUEGA
na quadra de voleibol da seguinte forma:
10 PONTOS 10 PONTOS

BÉLGICA HOLANDA FRANÇA LUXEMBURGO IUGOSLÁVIA GRÉCIA

10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS

ILHA DE CRETA RÚSSIA MÁQUINAS DE CÓDIGO ENIGMA CONFERÊNCIA DE MUNIQUE

10 PONTOS 30 PONTOS 5 PONTOS 10 PONTOS

O cone vermelho (1) vale 10 pontos.

O cone verde (2) vale 5 pontos.
PARAQUEDISTAS
ALEMÃES
INVERNO RUSSO
RESISTÊNCIA DOS PAÍSES
OCUPADOS
O DIA D O cone azul (3) vale 3 pontos.
10 PONTOS PONTOS NEGATIVOS (MENOS 10 PONTOS CADA) O cone branco (5) vale 1 ponto.
O cone sem marcação (4) tem valor negativo de
-5 pontos.
Cada vez que uma equipe derruba um cone da qua-
dra adversária, contam-se os pontos que correspon-
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
dem à cor do cone. Por exemplo: a equipe que der-
ção dos jogos.
rubou o vermelho ganhará 10 pontos, se derrubar o
6. Queimada dos pontos verde, 5 pontos, e assim por diante. Mas se a equipe
Local do jogo: quadra com linha de voleibol e com derrubar o cone sem marcação, perderá 5 pontos. Se
uma área livre em volta. a bola bater primeiro no corpo do adversário antes de
Material: derrubar o cone negativo, os pontos negativos irão
• 2 jogos de coletes para a equipe dona do cone.
• 22 bambolês Se for derrubado mais de um cone com a mesma
• 2 bolas de queimada
bola, somam-se os pontos. Por exemplo: foram der-
• 22 cones de 50 cm, nos quais deverão ser feitas
marcas com papel colorido, fixado com fita ade- rubados um vermelho (10 pontos) e um azul (3 pon-
siva, ou com outro material que os identifique, da tos), então a equipe ganhará 13 pontos.
seguinte forma: O mesmo ocorrerá quando a equipe derrubar, com a
–– 2 cones (1 para cada equipe): vermelho mesma bola, um cone de pontuação positiva e um de
–– 4 cones (2 para cada equipe): verde pontuação negativa. Por exemplo: foram derrubados
–– 4 cones (2 para cada equipe): azul
um cone vermelho (10 pontos) e um negativo (-5 pon-
–– 8 cones (4 para cada equipe): branco
–– 4 cones (2 para cada equipe), que ficarão tos), então a equipe ganhará apenas 5 pontos.
sem marcação. Vence o jogo quem tiver mais pontos no final.
70 –
7. Reservatório da Cantareira – mata ciliar (Valor – 10% de água) – protege toda
Local do jogo: quadra com linha de voleibol e com a represa e só pode ser morto pelo desmatamen-
uma área livre em volta dela. to. A mata ciliar usa coletes com cor diferente e se
Material: 2 jogos de coletes, 2 ou 1 bola de queima- for eliminada pelo desmatamento da outra equipe
da, 2 pranchetas e súmulas do jogo. perde o poder de proteção, vai para o “morto” e a
equipe perde 10% de água.
Organização do jogo
– Dividir a turma em duas equipes, que devem estar – desmatamento (Valor – 10%) – este elemento
identificadas com coletes diferentes. só funciona como desmatamento quando estiver
– Entregar uma prancheta para cada equipe com a no morto. Ele tem que ser queimado, depois vai
súmula do jogo. para o morto e veste um colete de cor escura para
– Os alunos preenchem a súmula e a devolvem sem identificá-lo. Ele pode queimar todos os elementos
que a outra equipe saiba suas informações.
da represa, inclusive a mata ciliar. A pontuação
– O vivo será a quadra de voleibol e o cemitério, o
deste elemento é a seguinte: a equipe que liberta
entorno dela, livre para as duas equipes.
o desmatamento da outra equipe perde 10% de
Elementos do jogo água. Os outros elementos do jogo estão com as
As equipes começarão o jogo com 50% de água na porcentagens na súmula.
represa, que vai perdendo ou aumentando o seu vo-
lume, conforme o andamento do jogo. Se acabar a Vamos usar a água com consciência! Bom jogo!
água, a represa deverá entrar no volume morto, de
níveis um e dois (reserva técnica).
Será vencedora a equipe que tiver mais água no seu
reservatório ao final da aula. Se mesmo antes do fi-
nal da aula acabar toda a água, inclusive a do volu-
me morto, o jogo termina.
A equipe que ficar sem água perderá o jogo e tere-
mos que começá-lo novamente.
A pontuação é recebida assim que os elementos são
acertados, por exemplo:
Uma equipe acerta com a bola o elemento estação
de tratamento de esgoto do adversário e ganha 7%
de água. Esse elemento vai para o morto. Quando
esta mesma equipe acertar o elemento assorea-
mento, o adversário é quem perde 10% de água, e
não a equipe que acertou.

Em resumo, se a equipe:
– acertar um elemento positivo, ela é quem ganha a
porcentagem de água.
– acertar um elemento negativo, a equipe adversá-
ria é quem perde a porcentagem de água.

Com exceção do desmatamento, a equipe que o

acerta é quem perde a água.
Veja o exemplo a seguir:
• Equipe azul
50% + 7% = 57%
• Equipe vermelha
Ver ficha em tamanho natural no final da descri-
50% – 10% = 40% ção dos jogos.
– 71
 ESPORTE ADAPTADO
Devemos ter sempre em mente que o esporte pode e deve ser realizado na escola, mas com adaptações para
que todos possam usufruir dele como uma “estratégia para se alcançar objetivos” e não apenas como “objetivo” da
nossa aula. O esporte realizado num clube ou numa escolinha de esporte visa ao resultado e na escola deve visar ao
aprendizado de atitudes e conceitos (teorias) além dos procedimentos (prática).

Esporte na escola Esporte da escola

1) Regras definidas. Regras adaptadas às necessidades e realidade.

2) Os mais habilidosos é que jogam. Todos podem jogar, independentemente da habilidade.

3) Temos que separar meninos e meninas. Na maioria das vezes não precisamos separar.

Não temos tempo para treinar adequadamente nem Treinamos as habilidades gerais, que servirão no futu-
4)
um esporte (regras, táticas, técnicas etc.). ro para esportes que quiserem participar.
As atividades devem ser lúdicas; há regras que eles
5) Nem todos gostam de esportes.
elaboram, opinam, criam, modificam etc.
Mesmo num clube, com atletas habilidosos, só os titu- Todos devem participar, independentemente de ga-
6)
lares jogam, pois não podem perder. nhar ou perder.
Todos são aptos, têm funções e são necessários para
7) Os habilidosos não se importam com o grupo.
os jogos.

SISTEMA DE JOGO COM ATAQUE E DEFESA

Há aqui a possibilidade de organização em alguns jogos e modalidades esportivas, aumentando o número de par-
ticipantes e propiciando maior atuação de todos.
Muitos dos jogos contidos em nossa proposta de trabalho seguem um sistema chamado de ataque e defesa. Ele
serve tanto para aumentar o número de participantes no jogo como para separar homens de mulheres quando a força
física se tornar um motivo de preocupação, de excessivo contato físico, possível violência etc.
Neste sistema de jogo, mais pessoas participam e o nível de habilidade e de força pode ser nivelado, pois os
“iguais” participam do mesmo lado, uns com os outros.
Como funciona?
Dividem-se os participantes em dois times mistos. Em um lado da quadra ficam apenas os homens dos dois times
e, no outro, apenas as mulheres. Assim, no lado dos homens haverá um time de atacantes e outro, de defensores, o
mesmo ocorrendo no lado das mulheres.
Após a marcação de um ponto ou depois de determinado tempo, invertem-se as posições – quem era atacante será
defensor e vice-versa – e os jogadores trocam de lado na quadra, para fixar a mudança de ataque e defesa.
Deve-se reservar um espaço logo após o meio da quadra para o ataque receber a bola sem ser marcado (pode ser
a linha dos três metros do vôlei), de modo que não haja atrito no recebimento da bola pelo ataque.
Destacamos que além dos esportes adaptados descritos nesta seção há outros, já apresentados nas sugestões de
atividades relacionadas à BNCC. São eles:
– Futsal com ataque e defesa (página 39)
– Harry Potter (handebol com queimada) 3 equipes (página 21)
– Handebol derruba cones com uma bola (página 18)
– Basquetebol – sistema ataque e defesa (página 20)
– Handebol com gol no meio (página 22)
– Handebol derruba cones com duas bolas (página 20)
– Futebol derruba cones (página 17)
– Quadribol (página 44)
– Estafeta de basquete (página 21)
– Handebol derruba cones (página 22)
72 –
1. Futsal de ataque e defesa com duas bolas
Material: duas bolas de futsal e coletes coloridos.
Organização: formar duas equipes com 11 jogado-
res cada uma (dois goleiros para cada equipe) e de-
pois dividir pelo sistema de ataque e defesa.
Desenvolvimento do jogo: a bola sempre começa
com um dos goleiros das equipes; para que seja lan-
çada para o ataque é necessário que haja pelo me-
nos um passe entre os defensores.
Observação de segurança: nesta variação os alu-
nos não podem dar um “chutão” para a frente, ou
seja, um chute forte e alto, pois com duas bolas a
atenção dos jogadores fica dividida e pode ocorrer
algum acidente. Caso algum jogador dê um chutão,
acertando ou não um adversário, o jogo é paralisado
e é cobrado um pênalti pela outra equipe.
Na marcação de um gol haverá a troca de lado da
quadra pelos jogadores das duas equipes, de modo
que quem jogou na defesa possa jogar no ataque
também e vice-versa.
Logo após o gol e a troca de lado na quadra, o jogo
é recomeçado com as bolas nas mãos de um dos
goleiros de cada time.
2. Cabeçobol
Só se pode marcar gol de cabeça. A bola (de volei-
bol) deve ser passada de mão em mão. Não se pode
correr com a bola e, para marcar gol, é necessário
que ela venha de um passe.
3. Basquetebol de ataque e defesa com duas bolas
Material: duas bolas de basquete e coletes coloridos.
Desenvolvimento do jogo: (variante do basquete
com ataque e defesa, utilizam-se duas bolas ao mes-
mo tempo): as bolas começarão com as defesas das
equipes; para que sejam lançadas para o ataque é
necessário que haja pelo menos um passe entre os
defensores.
É possível que no jogo as duas bolas estejam do
mesmo lado da quadra, na defesa ou no ataque. Os
jogadores da defesa devem ter cuidado ao lançarem
a(s) bola(s) para o ataque, para não causar nenhum
acidente, chamando sempre o atacante para receber
a bola e não jogá-la aleatoriamente, pois pode bater
na cabeça de algum jogador.
Na marcação de uma cesta haverá a troca de lado da
quadra pelos jogadores das duas equipes, de modo
que quem estiver na defesa jogue no ataque também
e vice-versa. Logo após a cesta e a troca de lado na
quadra, o jogo é recomeçado com a bola na defesa
dos dois times.
4. Handebol acerta o cone
Material: um cone, uma bola e um bambolê ou uma
cadeira.
Organização: formar duas equipes mistas divididas
pelo sistema de ataque e defesa.
Desenvolvimento do jogo: em vez de marcar gols,
como no handebol tradicional, uma pessoa do time
será escolhida para ficar na área do time adversário
e, com um cone na mão, deverá receber um passe e
tentará encaixar a bola dentro do cone, para marcar
o ponto. A pessoa com o cone deve estar numa área
restrita, como dentro de um aro (bambolê), sobre
uma cadeira ou similar.
5. Handebol acerta os cones com duas bolas e dois
cones
Material: duas bolas e dois cones grandes.
Variação n.o 1: nesta variação são colocados dois
alunos com cones nas áreas de futsal, para receber
as bolas arremessadas por seus respectivos ata-
ques. São colocadas duas bolas em jogo para deixar
a atividade mais dinâmica.
Variação n.o 2: além de colocar duas bolas e dois
alunos com cones na área, nesta variação é colo-
cado também um defensor da outra equipe, que irá
tentar impedir a feitura do ponto marcando os alunos
que estão com cones. Os três são os únicos que po-
dem ficar na área de futsal. Também se joga pelo sis-
tema de ataque e defesa e, quando se marca ponto,
os jogadores trocam de lado na quadra, menos os
que estão na área com os cones e o da defesa.
6. Handebol derruba cones e basquetebol juntos
(baskhand)
Material: uma bola de handebol, uma bola de bas-
quete, 10 cones grandes e coletes coloridos.
Organização: arrumar cinco cones dentro de cada
área de futsal. Formar duas equipes e depois dividir
pelo sistema de ataque e defesa.
Desenvolvimento do jogo: os jogadores da defe-
sa de cada equipe estarão de posse de uma das
bolas aleatoriamente e deverão fazer pelo menos
um passe antes de passar a bola para o ataque.
Quando a bola for de handebol, as regras serão
de handebol; quando for de basquetebol, as regras
serão de basquetebol.
O atacante que estiver com a bola de handebol
terá como objetivo derrubar um dos cones que es-
tão dentro da área de futsal. Ao derrubar o cone, a
equipe ganhará um ponto. A equipe que estiver com
a bola de basquetebol terá como objetivo acertar a
cesta (cada cesta valerá dois pontos), mas o ataque
não poderá invadir a área de futsal e só haverá re-
bote se a bola sair da área. Se isto não acontecer, a
defesa poderá entrar na área, pegar a bola e reco-
meçar o jogo. É possível que as duas bolas estejam
do mesmo lado da quadra e então valerá o ponto
que ocorrer primeiro.
– 73
7. Estafeta de pênaltis Variantes
Dividir os participantes em dois times, cada um em
1) Começa-se a jogada com saque de voleibol.
um lado da quadra, de frente para seu gol de futebol.
2) A bola deverá ser passada pelo menos por três
Cada equipe deve chutar no seu gol um elemento de
pessoas antes de ser arremessada para o outro
cada vez, e passar depois para a linha do outro lado.
lado.
Cada participante deve tentar fazer um gol, com no
máximo três chutes. Caso tenha feito o gol logo no 3) A bola não pode ser enterrada sobre a rede e sim
primeiro chute, retorna a bola na marca e vai para o lançada.
outro lado. Se errar os três chutes, retorna a bola na 4) A bola pode ser segurada, mas deve ser passa-
marca e vai para o outro lado. A equipe cujos par- da com toque.
ticipantes acabarem primeiro ganha, independente- 5) A primeira bola (aquela que vem por cima da
mente do número de gols feitos. rede) deve ser recebida com manchete ou toque.
Time xxxxxxx xxxxxxx Time A segunda pode ser segurada.
A B
10. Estafeta NBA
x x
Dividir os participantes em dois times, cada um deles
• • em um lado da quadra, de frente para sua cesta de bas-
quete. Cada equipe tem cinco cones colocados ao longo
8. Vôlei de trio da área de futebol, e em cada cone será colocada uma
Formar trios. O jogo de vôlei (tradicional, regras ofi- bola de basquete. Cada aluno vai dar cinco arremessos
ciais) só pode ocorrer dentro da linha dos três metros. de basquete dos diferentes pontos (uma bola em cada
A equipe que marca ponto continua jogando. Quem cone). Quando todos da equipe tiverem feito os mes-
perde ponto sai do jogo e volta para a fila. mos cinco arremessos, contam-se os pontos da equipe.
Quando uma equipe finalizar, verifica-se quem ganhou.
Campo da equipe Equipes na espera
X X Ponto importante: se numa equipe todos terminarem
que vence xxxxxx
seus arremessos, a outra equipe deve parar de arremes-
X X xxxxxx sar, mesmo não tendo terminado. Desse modo, vale não
só a precisão do arremesso mas também a rapidez.
X X xxxxxx

9. Câmbio móvel com fita elástica

Divide-se a turma em duas equipes.
Área de jogo: a quadra toda.
A “rede” será uma fita elástica de aproximadamente
6 m cujas extremidades serão seguradas por duas
pessoas, que podem ser o professor e um aluno.
O limite da “rede” será sempre a distância entre as
pessoas que se moverão pela quadra segurando a
fita. A “rede” poderá ser maior ou menor que os seis
metros à medida que o professor se aproxima ou se Regras: Os alunos são numerados, por exemplo,
afasta do aluno que está segurando a outra ponta de 1 a 15 em cada equipe. Enquanto um será o pri-
da fita. meiro arremessador, outros três devem estar posi-
A fita poderá girar para qualquer lado e os alunos cionados para pegar o rebote e repor as bolas nos
deverão acompanhar o movimento sem tocar nela. cones, para o seguinte arremessar. Assim, os três
Objetivo do jogo últimos da fila ficam inicialmente no rebote. Quem
A bola deverá passar por cima da “rede” e a outra terminar seus arremessos toma lugar no rebote e
equipe deverá pegar a bola sem deixá-la cair no
um do rebote vai para a fila do arremesso.
chão, senão será ponto para a outra equipe. O limite
Variante:
é a posição do professor ou do aluno que estão se-
gurando a fita. Se a bola cair atrás de um dos dois ou Caso não haja cone, colocar outro objeto para mar-
se sair fora do limite da quadra (por exemplo: bater car os lugares do arremesso e manter a bola parada
na parede), será ponto da outra equipe. (cadeira, balde, caixa etc.).
74 –
11. Basquetebol "mata-fominha"
Área de jogo: quadra de basquete.
Divide-se a turma em duas equipes. Se houver mui-
tos alunos em cada equipe, pode-se dividi-los em
dois grupos: de ataque e de defesa.
Será um jogo com regras de basquetebol com algu-
mas alterações.
Não se pode driblar.
A equipe que deixar a bola cair no chão perde a pos-
se de bola.
Se a equipe fizer cesta marca três pontos, dois se a
bola bater no aro e um se bater na tabela.
12. Basquetebol “recebe no fundo”
Idem ao jogo “mata-fominha” só que ao invés de
fazer cestas, a equipe fará pontos quando um ele-
mento receber a bola na linha de fundo. O aluno não
pode entrar com a bola na linha de fundo, pois ele já
deve estar lá para recebê-la.
13. Fourball
Local: quadra poliesportiva.
Material: bola de vôlei e coletes.
Número máximo de jogadores: 20, sendo 10 para
cada equipe.
Desenvolvimento: duas equipes divididas em lados
opostos, com um goleiro em cada equipe. O jogo
ATLETISMO
1. Origem do atletismo
Para entendermos um pouco melhor a história do
atletismo, é necessário fazermos uma viagem no
tempo. Essa viagem nos leva até a época do homem
primitivo, com todos os seus esforços para sobreviver
em meio hostil. Sua rotina estava diretamente ligada
aos movimentos de corrida, saltos e arremessos,
como formas de buscar o seu alimento, conquistar e
manter o domínio territorial sobre seus semelhantes
e outros animais.
Principal esporte do programa dos jogos olímpicos,
o atletismo existe desde os antigos jogos da Grécia
e marcou o início das competições da Era Moder-
na. No entanto, há registros que apontam que a mais
remota corrida organizada aconteceu em Mênfis, no
Egito, por volta de 3800 a.C.
Na definição moderna, o atletismo é um esporte com
provas de pista de campo (corridas rasas, com barrei-
ras ou obstáculos, saltos, arremesso, lançamentos e
provas combinadas, como o decatlo e o heptatlo), pro-
vas de cross-country (corridas através do campo, com
obstáculos naturais ou artificiais) e marcha atlética.
Em 776 a.C., Coroebus foi campeão na prova dos
193 m. Naquela época, as provas disputadas eram
basicamente a corrida e o lançamento de disco, feito
de pedra ou bronze.
A maratona, por exemplo, foi criada, segundo a len-
da, em homenagem a um soldado chamado Feidí-
pides. Ele correu 40 km para levar notícias sobre a
começa com a bola sendo disputada no ar como o
basquete, e o aluno para se deslocar com ela deverá
quicá-la ou fazer passes entre os seus companheiros.
Para fazer pontos o aluno deverá fazer gols com uma
“cortada” do vôlei, com uma cabeçada de qualquer
lugar, ou com uma cesta.
O jogo é a junção de quatro esportes: vôlei, basque-
te, futebol e handebol.
Pontuação
–– Com um saque por cima/cortada de fora da área:
1 ponto.
–– Convertendo uma cesta (só vale se for de fora da
área): 2 pontos.
–– Após um levantamento/lançamento de um com-
panheiro de equipe, realizando o corte de fora da
área: 3 pontos.
–– Com o gol de cabeça, após o passe de um com-
panheiro: 4 pontos.
–– Cesta de cabeça após o lançamento de um com-
panheiro: 5 pontos.
Variações
–– Jogos só femininos, e/ou, só masculinos.
–– Sistema ataque e defesa com 2 bolas e 2 goleiros.
–– A bola só sai de jogo pela linha de fundo. Não há
lateral.
–– Proibição de quicar a bola, que só poderá ser
passada.
vitória de Atenas sobre a Pérsia na Batalha da Mara-
tona e, ao chegar, acabou morrendo.
O atletismo teve seu grande momento até o fim dos
jogos gregos, em 394 a.C. O esporte, porém, acabou
”morrendo” até o século XII, quando reapareceu na
Inglaterra.
As mulheres só ganharam destaque nas provas olím-
picas de atletismo em 1928, nos jogos olímpicos de
Amsterdã, na Holanda. A grande surpresa da estreia
feminina ficou por conta das atletas canadenses, ao
vencerem no revezamento e no salto em altura. Hoje,
as competições femininas concentram o mesmo inte-
resse que as masculinas.
O atletismo do Brasil estreou nas olimpíadas em
1924, nos Jogos de Paris, na França. Mas foi nos
jogos de 1932, em Los Angeles, nos Estados Unidos,
que o País obteve seu primeiro resultado importante,
com o sexto lugar do atleta Lúcio de Castro, no salto
com vara.
2. Saltos
O primeiro registro da inclusão do salto em distância
nos jogos da antiguidade data do ano 708 a.C., quan-
do integrava o antigo pentatlo.
As primeiras referências a competições que incluíam
salto em altura e em distância datam de aproxima-
damente 1850: nas provas disputadas em Taliti, na
Irlanda, o salto era uma das cinco modalidades que
faziam parte dos jogos anuais de Tailteann.
– 75
 Quando a olimpíada moderna foi organizada, os três
tipos de salto foram considerados como modalidades
separadas: salto em altura, salto em distância e salto
triplo. Nos jogos seguintes, em Paris, foram incluídas
modalidades de salto em altura e distância em que o
atleta era obrigado a saltar sem a corrida prévia.
3. Corridas
É a mais primitiva forma do atletismo e um dos espor-
tes mais populares da antiguidade.
Nos jogos olímpicos da Grécia, a corrida de 200
jardas (uma volta ao estádio de 182 m) fazia parte
do pentatlo. Nesses Jogos, consagrados ao deus
Zeus, eram disputadas também provas de 3.800 m
e a dromos hoplitas, uma prova reservada para sol-
dados na qual deveriam competir com equipamento
completo, inclusive armadura. No Império Romano,
corridas de velocidade faziam parte da programa-
ção dos circos ambulantes.
Na Idade Média, as cidades organizavam corridas
regularmente, contratando os vencedores para fazer
parte do corpo dos correios. Foram famosos os “cor-
redores-carteiros” do Império Persa e dos sultões tur-
cos. Estes últimos conseguiam cobrir a distância de
ida e volta entre Constantinopla e Adrianópolis – algo
em torno de 350 km – em dois dias e duas noites.
4. Lançamento de dardo
O uso de dardos faz parte da própria evolução do
homem. Desde a pré-história, lanças feitas com os
mais variados materiais foram utilizadas tanto para
garantir a subsistência como para preservar o territó-
rio de inimigos mais ousados. Não é de se estranhar,
então, que a arte de lançar o dardo fosse incluída
pelos antigos gregos nos jogos olímpicos de 708 a.C.
como uma das modalidades do pentatlo.
Quando Pierre de Coubertin conseguiu realizar seu
sonho recriando os Jogos, a modalidade permaneceu
atrelada aos esportes atléticos combinados até ganhar
status individual na olimpíada de Londres, em 1908.
5. Disco
A arte de lançar um disco plano, feito de pedra,
de dentro de um círculo preestabelecido, era muito
popular na Grécia antiga desde os tempos de Ho-
mero, e fazia parte do pentatlo nos antigos jogos
olímpicos.
Depois de ficar esquecido durante muitos séculos,
o esporte foi revivido na olimpíada moderna, em
1896.

6. Atletismo – provas oficiais

a) Provas de pista (corridas)

Tipo de prova Distâncias para o masculino Distâncias para o feminino
100m, 200m, 400m, 800m, 1.000m, 100m, 200m, 400m, 800m, 1.000m,
1.500m, 1 milha, 2.000m, 3.000m, 1.500m, 1 milha, 2.000m, 3.000m,
Corridas rasas
5.000m, 10.000m, 20.000m, 25.000m, 5.000m, 10.000m, 20.000m, 25.000m,
30.000m 30.000m
Corridas com barreiras 110m e 400m 100m e 400m
Corridas com obstáculos 3.000m 3.000m

4x100m, 4x200m, 4x400m, 4x800m e 4x100m, 4x200m, 4x400m, 4x800m e

Revezamentos
4x1.500m 4x1.500m

b) Provas de marcha atlética

Local da prova Distâncias para o masculino Distâncias para o feminino

Pista 20.000m, 30.000m e 50.000m 5.000m, 10.000m e 20.000m
Rua 20km, 30km e 50km 100m e 400m

c) Provas de campo

Tipo de prova Masculino Feminino

em altura, com vara, em altura, com vara,
Saltos
em distância e triplo em distância e triplo
Arremesso peso peso
Lançamentos disco, dardo e martelo disco, dardo e martelo

76 –
 d) Provas combinadas

Tipo de prova Distância para o masculino Distância para o feminino

Corridas rasas decatlo heptatlo
As provas destacadas com negrito são as que integram o programa dos Campeonatos Mundiais de Atletismo.

Observação: acesse o site < www.cbat.org.br > e descubra a origem de cada uma das provas de atletismo.

e) Corridas de rua
As corridas de rua também são provas oficiais do atletismo, porém sem distâncias definidas em regra, mas
sim recomendadas, tanto para o masculino como para o feminino. As distâncias recomendadas, para homens
e mulheres são de 15km, 20km, meia-maratona (21.097m), 25km, 30km, maratona (42.195m), 100km e reve-
zamento de rua.

f) Cross-country
Da mesma forma que as corridas de rua, as provas de cross-country (corrida através do campo) são provas
oficiais do atletismo, igualmente com distâncias recomendadas (mostradas no quadro a seguir).
Categoria Masculino Feminino
Adulto – prova longa 12km 8km
Adulto – prova curta 4km 4km
Juvenil 8km 6km

g) Corridas em montanha
As corridas em montanha preveem a mesma regra para as provas de cross-country, cujas distâncias recomen-
dadas são as seguintes, em dois tipos diferentes de provas:
Corridas em subida de montanha
Masculino Feminino
Categoria
Distância Subida Distância Subida
Adulto 12km 1.200m 7km 550m
Juvenil 7km 550m

Corridas com largada e chegada ao mesmo nível

Masculino Feminino
Categoria
Distância Subida Distância Subida
Adulto 12km 700 7km 400m
Juvenil 7km 400m

7. Curiosidades sobre o atletismo

O pentatlo transformou-se em um esporte olímpico
com a adição da luta livre, em 708 a.C., além dos
seguintes esportes:
Corrida: os atletas usavam uma vestimenta em tor-
no de sua cintura no início, porém, depois, passaram
a competir despidos. A exceção era a corrida de ar-
madura, em que os corredores carregavam um escu-
do, um capacete e placas de armadura. As compe-
tições de corrida incluíam: a corrida do estádio, que Salto: os atletas usavam pedras e outros pesos,
era o teste preliminar de velocidade, cobrindo a trilha como os halteres, para aumentar a distância de um
de Olímpia de uma extremidade a outra (200 m); os salto. Eles os seguravam até o fim do salto e depois
diavlos (400 m); e os dolichos (entre 7 e 24 provas). os jogavam para trás.
– 77
 Lançamento de disco: o disco era originalmente fei-
to de pedra e mais tarde, de ferro, liga metálica ou
bronze. A técnica era muito similar à do arremesso
freestyle de hoje.
Lançamento de dardo: os atletas usavam uma cinta
de couro no centro de gravidade do dardo para dar
mais aderência e estabilizar o javelin no voo. Havia
dois eventos que envolviam o arremesso de dardo:
um era de distância e o outro, de precisão.
Halteres: eram pedras ou pesos que os atletas utili-
zavam quando saltavam. Seu uso não era obrigató-
rio, porém era bastante comum, e dava aos competi-
dores um impulso um pouco maior.
Disci: eram usados nas provas de arremesso de dis-
co e tinham inscrições que aludiam a Zeus e a outros
deuses gregos.
Strigils: eram utilizados pelos atletas para sua higie-
ne após exercícios e prática de esportes, para ”ras-
par” o pó e o óleo do corpo deles.
Considerado o maior corredor de todos os tempos,
Paavo Nurmi, também conhecido como o “finlandês
voador”, era um atleta à frente do seu tempo e trei-
nava com uma dedicação nunca antes vista. Ganhou
um total de nove medalhas olímpicas de ouro e três
de prata na década de 1920. Ele foi um dos primeiros
atletas a ter um método sistemático de treinamento
e nunca corria sem segurar o relógio em sua mão
(ainda não era comum usar relógios de pulso).
O tcheco Emil Zatopeck é o único atleta a conseguir o
feito de vencer os 5.000 m, os 10.000 m e a maratona
78 –
em uma mesma olimpíada em 1952, em Helsinque, na
Finlândia. Apesar de seu estilo desajeitado, Zatopek ba-
teu 20 recordes mundiais em distância, que variavam de
5.000 m a 30.000 m. Em 1951, ele tornou-se o primeiro
homem a cobrir 20 km em uma hora (20.052 m).
James Cleveland “Jesse” Owens chegou confiante à
Olimpíada de Berlim (1936). “Sem querer ser presun-
çoso, acho que vou ganhar três medalhas de ouro na
Olimpíada”, disse ele.
Jesse Owens não só cumpriu a promessa, mas a supe-
rou ao conquistar quatro medalhas de ouro nos 100 m,
200 m, salto em distância e revezamento 4 m x 100 m.
Apesar do feito extraordinário, Jesse não teve vida fácil
ao voltar aos Estados Unidos. Para conseguir dinheiro,
ele aceitou desafios como correr contra cavalos, ca-
chorros e motocicletas.
A holandesa “Fanny” (Francisca) Blankers-Koen é
considerada a primeira rainha do atletismo. Sua es-
treia em olimpíadas foi em Berlim (1936), com 18
anos de idade. Em Londres (1948), ela venceu as
provas de 100 m, 200 m, 80 m com barreiras e reve-
zamento 4 m x 100 m. É preciso lembrar que na épo-
ca em que o esporte era visto como coisa de homem
ou de “mulheres masculinas”, a feminina Fanny, ca-
sada e mãe de dois filhos, teve uma contribuição fun-
damental para a imagem da mulher atleta.
Graças a todos esses feitos ela foi eleita no ano de
2000 “a atleta do século” pela Federação Internacio-
nal de Atletismo.
O etíope Abebe Bikila assombrou o mundo na olim-
píada de 1960, em Roma, quando, apenas em sua
segunda maratona, não só venceu, mas também ba-
teu o recorde mundial com 2h15min16s. Tudo isso
correndo descalço!
Pista: mede 400 m de comprimento na raia interna.
Em geral, tem oito ou nove raias de 1,22 m a 1,25 m
de largura cada uma. É revestida de material sintético.
Bloco de partida evita que os com-
petidores saiam do lugar antes da
partida.
Se isso acontecer, o sinalizador
acende uma luz, mostrando que
o atleta queimou a largada.
Destacamos que além das atividades de atletismo
descritas nesta seção há outras, já apresentadas nas su-
gestões de atividades relacionadas à BNCC. São elas:
– Arremesso de peso (página 18)
– Corrida de velocidade (página 25)
– Maratona de revezamento (página 41)
– Revezamento 4 x 50 (página 19)
– Salto triplo (página 18)
 EDUCAÇÃO FÍSICA
FICHA DE EXAME BIOMÉTRICO

Nome:________________________________________________________________________________

Data de nascimento: ____/____/_____

1.o Período Didático 4.o Período Didático

DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

1.o Período Didático 4.o Período Didático

DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

1.o Período Didático 4.o Período Didático

DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

1.o Período Didático 4.o Período Didático

DATA
(_____/_____/_____) (_____/_____/_____)
Altura cm cm
Peso kg kg
DC tricipital
DC subescapular
% gordura % %

Observação: ver na página seguinte a fórmula para o cálculo do percentual de gordura de crianças.

– 79
 PERCENTUALDE
PERCENTUAL DEGORDURA
GORDURA

FÓRMULA PARA CRIANÇAS

O percentual de gordura (% gordura) foi determinado através da fórmula desenvolvida por Boileau et alii (1985),
e definiu-se como valor normal o percentual de 10 a 20 para o sexo masculino, e de 15 a 25 para o sexo feminino
(LOH-MAN, 1987).
MASCULINO

% gordura de 7 a 11 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 3.4

% gordura de 12 a 14 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 4.4
% gordura de 15 a 18 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D) 2
– 5.4

FEMININO

% gordura de 7 a 10 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 1.4

% gordura de 11 a 13 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2
– 2.4
% gordura de 14 a 15 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2
– 3.4
% gordura de 16 a 18 anos = 1.35 x (2D) – 0,012 x (2D)2 – 4.4
2D = soma dos valores das dobras cutâneas do tríceps + subescapular

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O PERCENTUAL

DE GORDURA PARA CRIANÇAS

HOMENS MULHERES
Excessivamente baixa até 6% até 12%
Baixa de 6,01% a 10% de 12,01% a 15%
Adequada de 10,01% a 20% de 15,01% a 25%
Moderadamente alta de 20,01% a 25% de 25,01% a 30%
Alta de 25,01% a 31% de 30,01% a 36%
Excessivamente alta > 31,01% > 36,01%

80 –
 FICHA DA QUEIMADA DO SISTEMA SOLAR

Poeira cósmica Asteroides

Sol

Mercúrio
Lua
Vênus

Fobos
Terra

Calisto
Marte

Titã
Netuno
Júpiter

Ariel

Urano
Saturno

– 81
 FICHA
FICHADA QUEIMADA
DA QUEIMADA ATAQUE
“ATAQUE DOS
DOS HACKERS
HACKERS”

HD PEN DRIVE
IMPRESSORA MOUSE NO-BREAK
MONITOR

SISTEMA VÍRUS
ROTEADOR TECLADO OPERACIONAL CAVALO BOOT
DE TROIA

HACKER

CD DVD NUVEM
BYTE

82 –
 FICHA DA MINIMARATONA
Nome:______________________________________________ Série______________________

DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após

Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Obs.: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
2.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após

Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Obs.: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
3.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após

Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Obs.: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

DATA VOLTAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
4.o bimestre

Tempo FREQUÊNCIA CARDÍACA

Inicial Final 3 minutos após

Muito cansado Cansado Pouco cansado Bem

Obs.: ________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

– 83
 FICHA DA RESISTÊNCIA NA ATIVIDADE FÍSICA

COLÉGIO OBJETIVO

Resistência na atividade física

Data ___/___/___

Nome do aluno: _________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Atividade prática

Circuito de exercícios de resistência motora de média duração.

Realização: em cada uma das estações os alunos executarão o exercício por um (1) minuto.
Ao término desse tempo, deverão correr (moderadamente) em volta da quadra por um (1)
minuto e, ao sinal do professor, devem se dirigir à próxima estação, iniciando o exercício.

Estação Exercício Quantidade

1.a Pular corda

2.a Abdominais

3.a Flexão de braços

4.a Polichinelo

84 –
 FICHA DA MARATONA DE REVEZAMENTO

TURMA: ____________

COR: ____________

1– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

3– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

4– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

6– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

8– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

9– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

10 – 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

1– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

3– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

4– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

5– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

6– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

7– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

8– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

9– 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

10 – 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

– 85
 FICHA DA RESISTÊNCIA NA ATIVIDADE FÍSICA

COLÉGIO OBJETIVO

Resistência na atividade física

Data ___/___/___

Nome do aluno: _________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

Atividade prática

Circuito de exercícios de resistência motora de média duração.

Realização: em cada uma das estações os alunos executarão o exercício por um (1) minuto.
Ao término desse tempo, deverão correr (moderadamente) em volta da quadra por um (1)
minuto e, ao sinal do professor, devem se dirigir à próxima estação, iniciando o exercício.

Estação Exercício Quantidade

1.a Agachamentos

Elevação de braços – lateral (Ombro)

2.a
com ou sem aparelho

3.a Elevação de pernas (Deitado lateralmente)

4.a Saltos

86 –
 FICHA DA QUEIMADA DA BATALHA NAVAL

CRUZADOR DESTRÓIER

HIDROAVIÃO MINA

SUBMARINO

ÁGUA

– 87
 FICHA DA QUEIMADA DE XADREZ

Peão – vale 1 ponto

1. ______________________________________________________________________________

2. ______________________________________________________________________________

3. ______________________________________________________________________________

4. ______________________________________________________________________________

5. ______________________________________________________________________________

6. ______________________________________________________________________________

7. ______________________________________________________________________________

8. ______________________________________________________________________________

Bispo – vale 2 pontos

1. ______________________________________________________________________________

2. ______________________________________________________________________________

Cavalo – vale 3 pontos

1. ______________________________________________________________________________

2. ______________________________________________________________________________

Torre – vale 4 pontos

1. ______________________________________________________________________________

2. ______________________________________________________________________________

Rainha – vale 5 pontos

1. ______________________________________________________________________________

Rei – vale 10 pontos

1. ______________________________________________________________________________

88 –
 FICHA DA QUEIMADA DO CASTELO
TORRES

MURALHAS PONTE LEVADIÇA

CAVALEIROS

ARQUEIROS SALVO-CONDUTO

SERVOS AZEITE QUENTE

– 89
 FICHA DA QUEIMADA DA 2.a GUERRA MUNDIAL
ÁUSTRIA TCHECOSLOVÁQUIA POLÔNIA DINAMARCA NORUEGA
5 PONTOS 5 PONTOS 20 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS

BÉLGICA HOLANDA FRANÇA LUXEMBURGO IUGOSLÁVIA GRÉCIA

10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS

ILHA DE CRETA RÚSSIA MÁQUINAS DE CÓDIGO ENIGMA CONFERÊNCIA DE MUNIQUE

10 PONTOS 30 PONTOS 5 PONTOS 10 PONTOS

PARAQUEDISTAS RESISTÊNCIA DOS PAÍSES

INVERNO RUSSO O DIA D
ALEMÃES OCUPADOS

10 PONTOS PONTOS NEGATIVOS (MENOS 10 PONTOS CADA)

90 –
FICHA DO RESERVATÓRIO DA CANTAREIRA

– 91
 GINCANA
Todos os anos no Colégio Objetivo, realizamos nos-
sa gincana interna, com objetivos de integração entre os
alunos, assim como o lazer que envolve não apenas o
aspecto de diversão (que é muito importante), mas tam-
bém o desenvolvimento pessoal, pois aprendemos muito
nas tarefas que envolvem temas culturais, científicos,
assistenciais etc.
Temos diversos tipos de tarefas na gincana, que num
período, de aproximadamente 2 a 3 horas, realizamos
cerca de 20 tarefas de diferentes tipos, como veremos
a seguir.
De um modo geral, das 20 tarefas, 7 a 8 são de qua-
dra (estafetas), 2 artísticas, 3 shows, 2 a 3 culturais, 2 a 3
assistenciais, 2 com água etc. Antes do dia da gincana, na
semana anterior, realizamos as tarefas rápidas, nos inter-
valos de aulas, em que pedimos também a cada dia que
venham vestidos com uma roupa ou fantasia diferente.
Artísticas
1. Fazer uma escultura de sucatas de plástico.
2. Fazer uma escultura \de argila.
3. Fazer uma escultura num sabão ou sabonete.
4. Fazer uma escultura no gelo.
5. Fazer uma escultura em pedra-sabão.
6. Fazer uma escultura de roupas, panos etc.
7. Fazer uma escultura num giz.
8. Fazer uma escultura de palitos de fósforo / dente.
9. Pintar uma caricatura de alguém da escola.
Científicas
1. Construir um braço mecânico.
2. Construir um “mamulengo”.
3. Construir uma prensa.
4. Construir um rádio de galena.
5. Construir uma “máquina de fazer arco-íris”.
6. Fazer uma maquete da escola.
7. Fazer um filme de vídeo (festival do minuto).
8. Trazer a coleção mais exótica: real ou não (exemplo:
vidros com água do dilúvio, da enchente de 1578 na
Europa etc.).
9. Fazer um paraquedas: deverá ser lançado e cair num
local específico.
10. Fazer a máquina mais original de moer gelo.
11. Fazer uma máquina de inutilidade doméstica.
12. Construir uma catapulta: acertar num alvo ou lançar
mais longe.
13. Fazer uma embalagem para proteger um ovo cru de
uma queda.
14. Construir uma miniusina elétrica.
Atividades de quadra (com água)
1. Passa-passa: passar uma bexiga com água e, a
cada passe, dar um passo para trás.
92 –
2. Lava-rápido de gente: uma pessoa sentada com es-
corredor de macarrão na cabeça e outra estoura uma
bexiga de água dentro.
3. Espalhando esponja: molhar uma esponja grande na
água e passar pela fila e o último deve torcer a espon-
ja, guardando a água numa garrafa de PET (2 litros).
4. Passar um sabonete molhado pela fila.
5. Fazendo xixizinho: levar latinha de refrigerante e ten-
tar encher outro recipiente, com a latinha entre as
pernas.
6. Bombeiro sem água: encher um copo a distância,
com garrafa de refrigerante de 2 litros, com pequeno
furo na tampa.
7. Arremesso de bexigas: fazer um estilingue que jogue
a bexiga e alguém pegue sem estourar.
8. Missão impossível: deslizar sobre um plástico com
água e sabão puxando uma corda, até o outro lado,
trocando os grupos de lado.
Atividades de quadra (estafetas)
1. Alinha wando e windo: passar um fio por dentro da
roupa da equipe e depois recolher.
2. Estourando a poupança: correr com uma bexiga até
um colchão e estourar a bexiga, sentando-se nela.
3. Corrida do garçom: correr com uma bandeja e copos
de plástico.
4 Corrida do quebra-cabeça: pegar uma peça de cada
vez e montar.
5. Passar um bambolê por uma fila de pessoas de mãos
dadas.
6. Passar por um percurso de olhos vendados.
7. Sentar num ponto marcado com os olhos vendados
em menor tempo.
8. Correr fazendo zigue-zague em cones, pular e passar
dentro de obstáculos, dar cambalhota num colchão e
voltar.
9. Corrida de jornal (ou papelão, ou madeira): 2 folhas
– andar apenas sobre as folhas.
10. Corrida de perna-de-pau.
11. Estafeta dos materiais: passar diversos materiais
pela fila (clipe, pneu, bola, tapete etc.).
12. Balsa de pneu: pneu com uma corda, transportar as
pessoas sentadas.
13. Balsa do tapete: transportar as pessoas num tapete,
arrastando pelo chão.
14. Corrida de carrinhos de controle remoto.
15. Estafeta dos pregadores: correr e pegar pregadores
e pôr na roupa.
16. Corrida do "chineizinho”: andando com o braço entre
as pernas e dando a mão para o de trás.
17. Estafeta de basquete: quem faz primeiro 20 cestas.
18. Corrida de geografia: correr e colocar as capitais dos
países.
19. Hóquei das argolas: jogar argolas e buscar com um
bastão.
20. Trazer pedaços do mapa do Brasil e montar.
Shows
1. Fazer um show de entrada da equipe na quadra.
2. Objeclip: dança com uma música de livre escolha.
3. Objeclip: dublar uma música ou conjunto específico.
4. Imitar personalidades famosas.
5. Fazer um show circense: palhaços, domadores,
acrobatas, “animais”, apresentador etc.
6. Fazer um show de rodeio.
7. Fazer um show da Broadway.
8. Fazer um desfile de modas do ridículo.
9. Fazer um show de marionetes.
10. Fazer um show de tourada.
11. Fazer um show de bicicleta.
12. Fazer um show de skate.
13. Dançar diversos rítmos de música.
14. Sátira do show do milhão.
15. Show de malabarismo.
16. Apresentação de “finger-board”.
Culturais (diversas)
1. Trazer uma licença para: carroceiro, motorneiro de
bonde, prático de navio, superlicença de Fórmula 1.
2. Trazer ingressos de teatro de: Scala de Milão, Carni-
gue Hall, Olympia de Paris, Teatro Municipal de Ma-
naus, Royal Magestic Theater.
3. Trazer bilhetes do metrô do mundo: Tóquio, Londres,
Berlim, Rio de Janeiro, Moscou, Paris etc.
4. Trazer as motos: Ducatti, Indian, Harley, Kawasaki,
Amazonas, Suzuki, Guzzi, moto com sidecar.
5. Trazer uma bicicleta do tipo “penny-farthing”.
6. Trazer uma foto ao lado de um artista famoso : espe-
cificar o tipo de artista.
7. Trazer convites para posses de presidentes,
governadores etc.
8. Ingresso da mais velha olimpíada, copa do mundo etc.
9. Título de eleitor mais antigo de mulher.
10. Reportagem com jornalista que foi à Guerra do Golfo,
Malvinas etc.
11. Trazer um carro da marca Romizeta.
12. Descobrir o compositor de determinadas músicas.
13. Trazer uniformes de esportes: kendo, rúgbi, futebol
americano etc.
14. Trazer brinquedos antigos (Genius, robô Arthur, Atari,
Forte Apache, disco de vinil dos Menudos, boneco Fal-
con, bicicleta BMX antiga etc.).
RÁPIDAS (SACO SURPRESA)
1. Trazer um RG com mais números repetidos.
2. Trazer mais alunos com aparelhos nos dentes.
3. Trazer mais alunos com relógios de ponteiros.
4. Assoprar uma bola de pingue-pongue até um gol.
5. Fazer mímicas de filme, objetos, profissões etc.
6. Vestir mais roupas em alguém em 3 minutos.
7. Trazer mais pessoas de gravata.
8. Beber mais rápido uma Coca-Cola com canudinho.
9. Formar a maior casca, descascando uma batata, em
2 minutos, sem quebrar.
10. Formar o maior castelo de cartas em 5 minutos.
11. Corrida de formigas: 2 formigas dentro de um círculo,
e ganha quem sair primeiro.
Fantasias / roupas
1. Pessoas fantasiadas de punk.
2. Pessoas com máscaras.
3. Pessoas vestidas de mulher e homem ao contrário.
4. Pessoas vestidas de ridículo.
5. Pessoas vestidas de fantasma.
6. Pessoas vestidas de gângster.
7. Pessoas de boné e gravata.
8. Pessoas vestidas com pijamas.
9. Pessoa disfarçada (poste, armário, quadro etc.).
Assistenciais / filantrópicas
1. Arrecadar mais doadores de sangue.
2. Arrecadar a maior quantidade de roupas.
3. Arrecadar a maior quantidade de alimentos.
4. Arrecadar a maior quantidade de prendas ou
brinquedos.
5. Arrecadar roupas de cama, toalhas etc. para creches
e hospitais.
Estimule seus alunos a criar suas tarefas para a gin-
cana, explicando a eles que temos de pensar em alguns
aspectos:
Segurança: devemos verificar onde o jogo será reali-
zado, se o terreno não tem buracos, degraus, obstáculos
onde pessoas podem escorregar, tropeçar e se machucar.
Os materiais utilizados também são importantes, pois não
dá para jogar queimada com bola de basquete, pois pode
machucar muito, além de ser difícil de arremessar.
Idade: cada idade tem uma necessidade e motiva-
ção. Brincar de amarelinha com crianças de 3 anos pode
ser difícil, pois não conseguem pular bem com apenas um
pé. Fazer amarelinha com adolescentes pode ser muito
chato, desmotivante, pois querem desafios, aventura etc.
Criatividade: para alguns, tudo o que é novo pode pa-
recer difícil, e as pessoas “fogem” do que não conhecem.
Assim, devemos criar coisas novas, pois são motivantes,
mas devemos mudar aos poucos, para preparar as pessoas.
Número de regras: iniciar com poucas regras que
sejam simples. Aos poucos acrescentar regras ou dificul-
dades nos jogos.
– 93
 Número de participantes: temos de saber quantas
pessoas precisamos para o jogo, pois para uma aula
com 30 alunos, não adianta querer ensinar tênis (em que
apenas 2 ou 4 jogam). Também é chato metade jogar e
metade assistir, então devemos pensar bem neste item.
COMISSÃO DE COORDENAÇÃO
1. Levantamento de dados sobre a comunidade: locais
em que os programas podem ser realizados; recur-
sos comunitários a serem mobilizados; lideranças
existentes nas diversas áreas culturais; datas mais
adequadas para a realização de programas.
2. Execução do plano geral de atividades, estabeleci-
mento dos objetivos específicos de cada atividade,
estabelecimento dos critérios de avaliação, contato
com profissionais que possam orientar atividades
específicas.
3. Reuniões de orientação para a formação das de-
mais comissões, detalhamento das tarefas de cada
comissão.
4. Recrutamento e realização de reuniões com os vo-
luntários para “monitoria” das atividades.
COMISSÃO DE MATERIAL
1. Coleta de material junto à comunidade, por meio de
doação ou empréstimo.
2. Obtenção de som e utilização de palco, quando
necessário.
3. Compra do material necessário, não obtido por doa-
ção ou empréstimo.
4. Obtenção de caixa de primeiros socorros.
5. Confecção de materiais e de equipamentos necessários.
6. Separação do material por atividade.
7. Guarda do material durante o período de preparação
da atividade.
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO
1. Elaboração de informes sobre a atividade, bem como
do material de divulgação (circulares, cartazes, folhe-
tos, faixas).
2. Contatos com autoridades locais, lideranças cultu-
rais, empresários, dirigentes de entidades, para in-
formação e solicitação de apoio (incluindo patrocínio
para confecção do material de divulgação).
3. Contatos com meios de divulgação locais (jornais,
revistas, rádio). Preparar material próprio para essa
finalidade.
4. Contatos com moradores das proximidades do local
da atividade, para esclarecê-los e convidá-los.
94 –
Para a elaboração de gincanas, campeonatos e outros
grandes eventos realizados dentro ou não da escola, pre-
cisamos de muita organização e pessoas capacitadas
para realizá-las. Daremos um “guia” para servir de lem-
bretes para estes eventos (extraído de: Capacitação de
animadores culturais, 1996, Nelson Carvalho Marcellino).
5. Supervisão do andamento das atividades, execução
dos ajustes necessários, adaptações de local, obten-
ção de alvarás, solicitação de policiamento, obtenção
de transporte, providências para socorro de eventuais
casos graves (ambulância, hospital).
6. Recepção dos monitores, entrega de crachás e en-
caminhamento para comissão de material – para
isso pode ser montada uma equipe específica.
7. Obtenção de recursos financeiros, se necessários e
fiscalização de sua utilização.
8. Supervisão do desenvolvimento das atividades, ve-
rificando seu andamento, providenciando alterações
de urgência, observando o desempenho dos monito-
res. Para isso pode ser montada equipe específica.
9. Coordenação da avaliação geral ao fim do programa,
elaboração e projeto de continuidade das atividades.
8. Providência quanto aos crachás dos monitores e da
coordenação.
9. Transporte do material até o local do evento e distri-
buição dele pelas várias atividades.
10. Recolhimento do material, no horário previsto, feito
junto com monitores de atividades.
11. Devolução do material obtido por empréstimo no final
da atividade e destinação do material adquirido ou
doado.
12. Balanço, após a recreação, do material utilizado,
anotando eventuais excessos ou falta.
5. Visitas a escolas, para divulgação entre os alunos.
6. Distribuição do material de divulgação, principalmen-
te em locais de grande concentração pública.
7. Elaboração do croqui do evento.
8. Sinalização do local e decoração do ambiente.
9. Recepção às autoridades e imprensa – preparar ma-
terial próprio para essa finalidade.
10. Elaboração e envio de ofícios de agradecimento,
após a realização da atividade.
11. Elaboração e entrega dos certificados dos participantes.
12. Coleta das notícias publicadas sobre a atividade.
ROTEIRO PARA O PLANEJAMENTO DE EVENTOS OU PROGRAMAS RECREATIVOS
1. Quem propõe, planeja, coordena e implementa o • Promover maior integração entre os participantes
evento ou programa? • Estimular a aquisição de hábitos de recreação
• Um indivíduo definidos
• Um grupo informal • Propiciar experiências diversificadas que am-
• Uma instituição privada pliem o campo de escolha
• Um órgão público • Ocupar o tempo livre das pessoas para evitar
que se dediquem a atividades consideradas
2. Quais são os objetivos (institucionais ou não) de
prejudiciais
quem propõe, planeja, coordena e implementa o
evento ou programa? 7. Os objetivos propostos são definidos
• Objetivos econômicos • Só por quem propõe o programa ou evento
• Objetivos políticos • Com a participação da clientela participante ou
• Objetivos filantrópicos de segmentos dela
• Objetivos científicos
8. Quais as atividades propostas?
• Objetivos recreativos
9. Onde serão realizadas?
3. Qual é o seu âmbito de atuação e abrangência?
• Em local aberto ou fechado
• Família
• Em local público ou privado
• Grupo informal
• Em área urbana ou rural
• Instituição (escola, clube etc.)
A respeito do local:
• Comunidade local (bairro)
• Qual a distância média em relação à residência
• Cidade, região, estado, país da clientela?
• Como é o acesso ao local?
4. Quais são as características da clientela que poderá
participar do programa, em relação a: • Qual a forma de transporte?
• Sexo • Quais os equipamentos disponíveis?
• Faixa etária • Qual o tipo de infraestrutura de apoio? (banhei-
ros, primeiros socorros, lanchonetes etc.)
• Classe socioeconômica
• Grau de aptidão física 10. Quando serão realizadas as atividades?
• Nível educacional • Qual o horário mais adequado?
• Atividade predominante • Qual a duração?
• Traços culturais • Qual a periodicidade?
• Número estimado de participantes • Em dias úteis ou finais de semana?
• Qual a época do ano?
5. Quais são, em linhas gerais, as expectativas e inte-
• Qual a previsão meteorológica?
resses da clientela em relação à recreação?
• Quais as atividades preferidas? 11. Quais os recursos materiais necessários?
• Qual a postura predominante em relação ao lazer?
12. Como serão obtidos?
–– Compensação do desgaste promovido por • Já estão disponíveis
outras áreas de atividades
• Serão comprados
–– Diversão pura e simples –– Com verba de quem promove
–– Perspectiva de desenvolvimento pessoal, no –– Com dinheiro dos participantes
sentido de buscas mais significativas, autênti-
–– Com verba de patrocínios comerciais
cas, satisfatórias
• Serão arrecadados
6. Quais são os objetivos a atingir com o evento ou
–– Por empréstimos
programa?
–– Junto à comunidade participante
• Sensibilizar os participantes para o valor de cer-
tas atividades –– Junto ao comércio e à indústria
– 95
13. Quais os recursos humanos necessários?
• Quantos monitores animadores e/ou coordenadores?
• Há necessidade de treinamento prévio do pessoal?
• Qual a qualificação exigida dos monitores e/ou
coordenadores?
• Serão remunerados ou voluntários?
• Receberão transporte e alimentação?
• Trata-se de estágio?
14. De que maneiras são definidas e distribuídas fun-
ções e responsabilidades?
• Elaborar organograma com fluxograma e fun-
ções
15. Como será a divulgação do evento ou programa?
• Por internet
• Por correspondência
• Através da comunicação verbal
• Por cartazes e folhetos
• Por faixas
• Por jornais e revistas
• Por rádio
• Pela televisão
• Por alto-falantes
GESTÃO DE EVENTOS
“O gestor é aquele que sabe usar a arte de fazer com
que os outros trabalhem.”
“Gestor é aquele que tem a tarefa de criar um todo
verdadeiro que seja maior do que a soma de suas
partes; uma entidade produtiva que ofereça mais do
que a soma dos recursos nela investidos.”
(Peter F. Drucker)
Funções de um gestor
• Criação: criar sem ter uma base sólida pode virar
desastre.
• Solução de problemas: levantar fatos, identificar
objetivos e problemas, escolher soluções e pôr em
prática e observar para verificar o resultado.
• Motivação: transmitir a ideia aos participantes, moti-
var funcionários, oferecer recompensas.
• Controle: gerenciar o que está acontecendo e o que
acontecerá.
• Planejamento: estabelecer metas e usar a melhor
estratégia para alcançá-las.
• Organização: verificar como as metas e ideais se
tornaram realidade e quais as atividades a serem
realizadas.
• Comunicação: arte de dar, receber e trocar informa-
ções a fim de que tudo seja completamente entendi-
do por todos os envolvidos.
96 –
16. Como o evento ou programa será avaliado?
• Através de reuniões
• Por depoimentos dos participantes
• Por relatórios escritos dos coordenadores e/ou
monitores
• Utilizando-se de fichas-roteiro de observação
17. O evento ou programa será documentado?
• Com cópia do planejamento
• Com atas das reuniões
• Através de fotos, slides, filmagens etc.
• Através de folhetos, cartazes, boletins, fichas
• Por relações nominais do pessoal envolvido
• Por relatórios de avaliação
18. Quais são as etapas de desenvolvimento do evento
ou programa?
• Traçar cronograma que pode conter as fases de:
–– Planejamento
–– Organização
–– Divulgação
–– Recrutamento e/ou treinamento pessoal
–– Desenvolvimento de atividades
–– Avaliação
Ao iniciar um evento, pergunte-se... (David C. Watt)
–– Por que precisamos deste evento?
–– Qual a natureza dele?
–– Quando acontecerá?
–– Onde ocorrerá?
–– Como pode ser desenvolvido?
–– Quais os custos?
–– Quem irá organizar, participar, pagar etc.?
–– Como será divulgado?
–– A mídia terá interesse?
–– Atrairá patrocinadores?
–– Existem implicações políticas?
–– Existem outros eventos concorrentes?
–– O que acontecerá depois do evento?
Para seguir em frente num evento, pergunte-se...
–– Você conhece o ramo onde irá atuar?
–– Possui os objetivos precisos?
–– Possui organização para desenvolver todo o projeto?
–– Possui uma equipe comprometida?
–– Sabe utilizar uma comunicação eficiente entre as
pessoas?
–– Compromete-se a atender totalmente o cliente?
–– Consegue monitorar e controlar todos os setores
envolvidos?
–– Está entusiasmado, disposto a trabalhar num clima
que contagie as pessoas ao seu redor?
–– Consegue fazer uma boa avaliação depois do evento?
 GINCANA INTERNA – CESTA BÁSICA

Equipe:

QUANTIDADE
QUANTIDADE
ALIMENTOS PREÇO MÉDIO X
(QUILOS, LATAS)
PREÇO

Arroz

Feijão

Óleo

Farinha

Açúcar

Macarrão

Produtos de limpeza

Biscoitos

Latarias

TOTAL GERAL

– 97
 REQUERIMENTO DE REVISÃO

TAREFA N.o: NOME DA TAREFA:

HISTÓRICO: _________________________________________________________________________________
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PROVIDÊNCIA SOLICITADA: ___________________________________________________________________

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PARECER DA COMISSÃO JULGADORA: __________________________________________________________

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____________________________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
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__________________________________ __________________________________
Assinatura do líder da equipe Assinatura da comissão julgadora

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 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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esportes radicais na educação física escolar. Revista Mo-
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– 99